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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
JANEIRO DE 2004
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
ELETRÔNICA INDUSTRIAL
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
JANEIRO DE 2004
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 13
2. AUTOMAÇÃO ..................................................................................... 16
2.1 INSTRUMENTAÇÃO ...................................................................................................... 16
2.2 AUTOMAÇÃO DE PROCESSO INDUSTRIAL E NÃO INDUSTRIAL (CONTROLE DE
PROCESSO).............................................................................................................. 16
2.3 AUTOMAÇÃO DA MANUFATURA .................................................................................. 17
2.4 AUTOMAÇÃO .............................................................................................................. 17
2.5 APLICAÇÕES ............................................................................................................... 17
3. INSTRUMENTAÇÃO .......................................................................... 19
3.1 TELEMETRIA .......................................................................................................... 19
3.1.1 Sinais Padrões. .......................................................................................................... 19
3.1.1.1 Fieldbus ................................................................................................................ 19
3.2 GRANDEZAS VARIÁVEIS DE UM PROCESSO INDUSTRIAL ............................. 20
3.2.1 Pressão ...................................................................................................................... 20
3.2.1.1 Unidades ............................................................................................................... 20
3.2.1.2 Pressão Atmosférica .............................................................................................. 21
3.2.1.3 Pressão Relativa e Pressão Absoluta ...................................................................... 21
3.2.1.4 Dispositivos para medição de pressão .................................................................... 22
3.2.1.5 Cuidados Importantes nas Instalações .................................................................... 27
3.2.2 Nível ......................................................................................................................... 28
3.2.2.1 Unidades ............................................................................................................... 28
3.2.2.2 Dispositivos Para Medição de Nível ...................................................................... 28
3.2.3 Vazão ........................................................................................................................ 33
3.2.3.1 Unidades de Vazão ................................................................................................ 34
3.2.3.2 Dispositivos para Medição de Vazão ..................................................................... 34
3.2.4 Temperatura .............................................................................................................. 42
3.2.4.1 Unidades de Medida de Temperatura..................................................................... 42
3.2.4.2 Dispositivos para medição de temperatura ............................................................. 43
3.3 SENSORES ............................................................................................................... 44
3.3.1 Características Importantes ....................................................................................... 44
3.3.1.1 Linearidade ........................................................................................................... 44
1. INTRODUÇÃO
No início dos anos 60, o termo CAD (do inglês Computer Aided Design ou “Projeto
Auxiliado por Computador”) começou a ser utilizado para indicar os sistemas gráficos
orientados para projetos.
Nos anos 70, as pesquisas desenvolvidas na década anterior começaram a dar frutos.
Setores governamentais e industriais passaram a reconhecer a importância da computação gráfica
como forma de aumentar a produtividade.
Na década de 1980, as pesquisas visaram à integração e/ou automatização dos diversos
elementos de projeto e manufatura com o objetivo de criar a fábrica do futuro. O foco das
pesquisas foi expandir os sistemas CAD/CAM (Projeto e Manufatura Auxiliados por
Computador). Desenvolveu-se também o modelamento geométrico tridimensional com mais
aplicações de engenharia (CAE – Engenharia Auxiliada por Computador). Alguns exemplos
dessas aplicações são a análise e simulação de mecanismos, o projeto e análise de injeção de
moldes e a aplicação do método dos elementos finitos.
Hoje, os conceitos de integração total do ambiente produtivo com o uso dos sistemas de
comunicação de dados e novas técnicas de gerenciamento estão se disseminando rapidamente. O
CIM (Manufatura Integrada por Computador) já é uma realidade.
2. AUTOMAÇÃO
INSTRUMENTAÇÃO
AUTOMAÇÃO DA MANUFATURA
AUTOMAÇÃO
APLICAÇÕES
qual deveria detectar, de entre essa grande massa de dados, as variáveis que se desviavam
de certos valores prefixados e atuar sobre o complexo fabril de modo a reconduzi-lo a um
funcionamento mais estável ou mais econômico.
Porém as limitações intrínsecas do homem oferecem a este processo de
integração uma lentidão incompatível com as grandes produções das unidades fabris
modernas. A atenção a dois fatores simultâneos é praticamente impossível. Um esforço
no sentido de uma maior rapidez acarreta um aumento dos erros e falsas manobras.
Nas últimas décadas, as técnicas do controle automático permitiram liberar os
operadores fabris de funções enfadonhas e que exigiam grande esforço nervoso
permitindo, simultaneamente, que essas funções fossem cumpridas com maior precisão,
rapidez e segurança.
O controle automático é verdadeiramente a primeira fase da automação.
3. INSTRUMENTAÇÃO
TELEMETRIA
Sinais Padrões.
Fieldbus
Pressão
É comum ouvir que a rede de distribuição de água está sem pressão, que o pneu do caro
está com determinada pressão de ar, etc.
Mas qual o significado físico da palavra pressão.
Pode-se dizer que pressão é a força que atua numa superfície de área igual a 1.
Isto não significa que pressão e força sejam a mesma coisa. Pressão significa força por
unidade de área.
FORÇA
PRESSÃO �
ÁREA
Unidades
Pressão Atmosférica
Vimos o que vem a ser pressão atmosférica, entretanto notamos como se torna difícil
perceber a existência dessa pressão pelo fato de se exercer sobre todas as coisas parece não
existir.
Vejamos, por outro lado, como qualquer pressão acima de pressão atmosférica se torna
facilmente perceptível.
Vamos supor uma bola de borracha, que desejamos encher com ar.
Enquanto não soprarmos para dentro da bola, seu interior permanece "vazio" e "sem
pressão".
Na realidade, a bola não está vazia: contém ar e não está sem pressão: está sujeita a
pressão atmosférica.
Como, porém, do lado externo também existe a mesma pressão atmosférica, a bola
permanece "murcha". Quando sopramos ar, a bola então adquire "pressão". Ora, pelas noções já
aprendidas, sabemos que ela adquire maior pressão, uma vez que já estava sujeita a pressão
atmosférica.
Agora temos:
- Parte interna da bola: pressão atmosférica + acréscimo de pressão;
- Parte externa da bola: pressão atmosférica.
Vemos que o acréscimo de pressão além da pressão atmosférica é que finalmente
estufou a bola.
Esse acréscimo de pressão chamamos PRESSÃO RELATIVA.
Da mesma forma, qualquer outro sistema elástico (pneus, foles, mangueiras, etc ) só
responderia à pressão relativa, daí porque é muito mais fácil notarmos a existência medir seu
valor.
A pressão total ou PRESSÃO ABSOLUTA de qualquer sistema será obtida sempre que
somarmos à pressão relativa o valor da pressão atmosférica.
São medidores de pressão por deslocamento que, por sua grande precisão, servem de
padrão para aferição de outros equipamentos.
Uma coluna medidora de pressão é constituída por um tubo de vidro de seção circular e
uniforme contendo um líquido de densidade conhecida. A coluna se apresenta sempre associada
a uma escala, cuja graduação apareça em milímetros ou em polegadas.
Existem quatro tipos mais comuns de colunas:
Barômetro
760mm
P= .h
Onde h é a diferença de nível em milímetros, entre os dois braços do tubo em "U", � é a
massa específica do líquido utilizado e P é a pressão medida.
Exemplo: Ao aplicarmos uma pressão de 1800 mm H2O em tubo em "U" teremos:
Se o líquido contido for água com � = 1,0 g/cm3 teremos h = 1800 mm
Se o líquido contido for álcool com � = 0,8 g/cm3 teremos h = 2250 mm.
Se o líquido for mercúrio com � = 13,6 g/cm3 teremos h= 132,5 mm
Para leitura direta, multiplica-se o valor do trecho por 2, constrói-se uma escala
definitiva.
As leituras são feitas medindo a diferença do nível do líquido nos dois braços, medição
que pode ser em mm ou polegada.
Pressão
2
1
0 h
1
2
Pressão
Neste tipo de coluna apresenta uma escala ampliada, proporcionando a precisão ainda
maior. A escala "expandida" é resultado de m deslocamento maior do líquido para uma mesma
pressão, devido à inclinação do tubo.
Elementos Elásticos
Diafragma (Membrana)
� Diafragma Metálico
Consiste basicamente de um disco ondulado ou corrugado ( a fim de aumentar sua área
efetiva) cuja borda é fixa à carcaça.
Uma haste fixa ao centro do disco está ligada a um mecanismo de indicação, Quando
uma pressão é aplicada, o diafragma se desloca e esse deslocamento é proporcional a pressão
aplicada.
O material usado na construção dos diafragmas metálicos são variados entre eles temos:
latão, bronze fosforoso, cobre, aço inox, monal, etc.
Fole
Tubo de Bourdon
Nível
Unidades
O nível é expresso diretamente em unidades de altura do líquido ou sólido (cm, mm. m).
Em alguns casos utilizamos o recurso da porcentagem, ou seja, a faixa vai de 0 a 100% do total
da capacidade do recipiente.
Na indústria, a medição do nível é muito importante, desde o ponto de vista do
funcionamento correto do processo até a verificação do balanço adequado de matéria prima ou
produto final. Com medidas apropriadas de nível e com controles corretamente aplicados, as
dimensões dos recipientes podem ser reduzidas e a eficiência do processo pode ser aumentada.
Visores de Nível
São os tipos mais elementares para medição de nível em tanques abertos. Consiste em
um tubo de vidro com suas extremidades conectadas à lateral do fundo e do topo do reservatório.
Podemos também conectar uma extremidade na lateral do fundo do reservatório, deixando a
outra extremidade aberta para a atmosfera.
Dependendo das condições de uso, podemos tê-lo em tanques fechados.
Geralmente inclui-se válvulas de isolação para permitir a retirada do para a limpeza ou
substituição. A dificuldade comum dos visores de nível é o escurecimento do visor com o tempo.
Existem três tipos de visor de nível mais usados:
Consiste numa bóia presa a um cabo que tem sua extremidade ligada a um contra peso.
No contra peso está fixado um ponteiro que indicará diretamente o nível de uma escala graduada.
Esta medição é normalmente encontrada em tanques abertos, fechados não pressurizados.
A bóia pode ser acoplada a uma ampola de mercúrio ou a um microswitch (micro
interruptor) para controle liga-desliga ou para alarme. O movimento da bóia independe da
densidade do líquido. Entretanto turbulência ou existência de espuma na superfície do líquido
podem causar erro na medição.
OBS: - A medição de nível por bóia ou dispositivo semelhante permite a determinação
precisa do volume do líquido contido no tanque. Se a área do tanque for constante (é somente
válido para tanques regulares), o volume será V = Ab.h.
Bóia
Roldana
0%
25%
50%
75%
Escala 100
%
Neste tipo de medição usamos a pressão devido a altura da coluna líquida para
medirmos indiretamente o nível. A medida mais apropriada para este tipo de medição é o
cm ou "de coluna de água”.
Se tivermos um recipiente contendo água a uma temperatura ambiente a
indicação do nosso instrumento será igual ao nível do tanque. Como a pressão aplicada
no fundo de um vaso varia proporcionalmente com o nível do líquido, basta medir esta
pressão e convertê-la em altura líquida correspondente.
Esse tipo de instrumento oferece muitas vantagens como transmissor de nível.
Tem uma larga faixa de ajustes de Span e praticamente não há deslocamento de
membrana, não sendo, portanto necessário a colocação de potes de condensado. É
fabricado de material resistente à corrosão. Podemos dispor dos 2 tipos diferentes para
montagem direta no reservatório. O tipo "Tenk-side" que tem diafragma de alta pressão
totalmente exposta mas afastado da parede do reservatório por medida de proteção. O
tipo diafragma com extensão permite que o diafragma, faceando à parece do tanque,
elimina a possibilidade de uma cavidade capaz de estagnar alguma quantidade de
produto. Este tipo é recomendado para lama ou fluido que podem congelar ou depositar
sólidos em suspensão.
Constantes: P = C.h � y = 2x
y
P=h A
x
h
Podemos definir interface como sendo o ponto comum entre dois fluidos não
miscíveis e de densidades diferentes. Na indústria, muitas vezes temos que medir o nível
de interface em um tanque contendo dois líquidos diferentes. Este fato ocorre em torres
de destilação, torres de lavagem, decantadores.
A medição de nível por interface pode ser feita tanto por pressão hidrostática
quanto por displacer.
No caso da medição por pressão hidrostática o nível total do tanque deve ser
constante, variando apenas os níveis parciais dos diferentes líquidos contidos no mesmo.
A proporção que variam os níveis parciais varia a pressão hidrostática no fundo do
tanque.
Na medição por displacer o mesmo deve estar sempre totalmente submerso, ou
seja, o nível "total" também não varia, variando apenas os níveis parciais dos líquidos de
densidades diferentes e variando conseqüentemente o empuxo total.
Consideremos um flutuador de forma cilíndrica mergulhado em dois fluidos com
pesos específicos diferentes �1 e �2.
Sendo que �2 > �1.
Desta forma, podemos considerar que Empuxo aplicado no flutuador de área (A)
e altura (h), será a soma dos Empuxos E1 e E2 aplicados no cilindro, pelos líquidos de
pesos específicos �1 e �2, respectivamente.
O Empuxo será dado por:
E=E1 + E2
onde
E1 = � . 1h . 1A e E2 = � . h2 . A2
Vazão
A) Placa de Orifício
São os mais empregados entre todos os elementos primários, para tubos de diâmetro de
2” a 14”, devido a reprodutividade, facilidade de instalação e remoção e baixo custo.
É constituída de uma placa de aço inox AISI-304, 316 ou 430, com orifício que
funciona como restrição da seção da tubulação onde é colocada entre flanges de preferência em
trechos horizontais de tubulação.
Caso tenhamos que instalar a mesma em trecho vertical utilizar fluxo ascendente para
líquidos e descendentes para gases.
Seu uso, entretanto, é limitado no caso de fluídos contendo sólidos em suspensão e onde
os centros de bombeamento e perdas de pressão na linha são fatores sérios.
Quanto ao orifício podemos dividir as placas em:
CONCÊNTRICAS;
EXCÊNTRICAS;
SEGMENTAIS.
Mais adequado para trabalhar com gás ou vapor do que com líquidos. Sua capacidade é
cerca de 65% maior que a da placa nas mesmas condições, sendo por isso, recomendável para
medir fluidos alta velocidade.
Em fluidos com pequena quantidade de sólidos em suspensão é superior a placa, porem,
neste caso, ele deve ser instalado em trecho vertical com fluxo para baixo.
Apresenta, também, menor perda de carga que a placa de orifício.
Não devem ser utilizados em fluidos com sólidos em suspensão, dando menor perda de
carga que o VENTURI.
Utilizado onde não se deseja grande precisão, medindo a pressão devido a velocidade do
fluido, em tubos de grande diâmetro.
Em líquidos sujos com sólidos em suspensão e gases ou vapores com parcelas líquidas
ficam sujeitos a entupimento.
O diferencial gerado é pequeno e a medida de vazão é imprecisa, pois, a velocidade não
é uniforme ao longo da seção de medição da tubulação.
3.2.3.2.6 Magnéticos
Neste caso, o líquido é o condutor, e nele será induzida uma voltagem diretamente
proporcional a sua velocidade de escoamento.
Mede vazão volumétrica, independente da viscosidade, densidade, turbulência, sólidos
em suspensão, condutividade (> 200�� - 100ppm de sal em água pura)pois a voltagem gerada é
proporcional a velocidade média.
Possui sinal de saída linear, não introduz perda de carga no sistema, sendo adequado
para líquidos com grande quantidade de sólidos em suspensão, ácidos corrosivos, água.
Infelizmente, a maioria dos produtos de petróleo não possuem condutividade suficiente
para medição satisfatória com este instrumento.
Óleo cru, por exemplo, contendo água salgada poderá apresentar condutividade
suficiente, porém, a distribuição não uniforme da água poderá prejudicar a leitura.
Medidor Magnético
3.2.3.2.7 Turbina
Neste tipo de medidor a ação da velocidade linear do líquido, sobre as palhetas do rotor,
provoca sua rotação.
Como a velocidade angular é proporcional a velocidade linear tem-se uma medida da
vazão volumétrica.
O rotor possui em sua periferia diversos pontos magnéticos, igualmente espaçados, que
ao passarem pelo campo produzido pelo imã permanente, induzem na bobina captadora, uma
onda senoidal, de freqüência proporcional a vazão volumétrica.
O sinal captado pela bobina poderá ser amplificado, convertido em um instrumento
receptor, obtendo-se a vazão instantânea e totalizada.
Medidor Turbina
Há mais de vinte anos, numa busca pelo aprimoramento tecnológico, foram iniciados os
primeiros trabalhos para medição direta de vazão mássica por meio do efeito Coriolis, que pela
lei de Newton é diretamente proporcional à massa. Após 10 anos de pesquisas foi lançado o
primeiro medidor Coriolis, para uso laboratorial.
O medidor não exige cuidados especiais de montagem não tendo restrições de trechos
retos mínimos e apenas recomenda-se que o medidor esteja sempre cheio e, na prática, observa-
se os seguintes tipos de montagem orientados aos diferentes tipos de fluidos:
Líquidos
Gases
3.2.4 Temperatura
congelamento foi dividida em 180 (212-12) partes iguais às quais se deu o nome de grau
farenheit.
Mais tarde, baseada no sistema métrico, foi desenvolvida a escala Celsius ou centígrado
que, tomando os mesmos 2 pontos de referência deu a eles a designação 0o Ce 100o C. À
diferença entre os dois pontos de referência dividida em 100 (100- 0) partes iguais, deu-se o
nome de grau Celsius.
Com o desenvolvimento da física teórica e prática, os cientistas concluíram que, embora
se tivesse conseguido chegar a temperaturas muito abaixo de 0OF ou 0o C, haveria um valor
teórico que jamais poderia ser ultrapassado. Seria a temperatura em que os corpos simplesmente
não teriam mais energia térmica. A este valor atribuiu o nome de “zero absoluto”. Na escala
Farenheit este valor corresponde a -459,67oF, na escala centígrado a - 273,15oC. Nestas
temperaturas, os corpos perderam todo o seu conteúdo calorífico.
Foram então desenvolvidas duas outras escalas, chamadas de absolutas. A escala Kelvin
começa a contar a partir de zero absoluto da escala centígrado, isto é,-273,15o C.
Conseqüentemente, para a variação de 10 centígrado na escala Celsius, teremos a mesma
variação na escala Kelvin. Mudou apenas a referência. Assim é que na escala Kelvin a água
congela a + 273,15 o K e evapora a +373,15O K.
A escala Rankine usa o mesmo princípio, iniciando em --459,67O F sendo que para a
variação de 10 na escala Rankine teremos a mesma variação de 10 na escala Farenheit. Assim é
que na escala Rankine a água congela a 491,670 R e evapora a 671,670 R.
Outras escalas de temperatura existem, porém de raríssima utilização como é o caso da
escala Rémur (0 Ré) que considera o ponto de fusão do gelo a 00 Ré e o ponto de ebulição da
água a 800 Ré( para pressão 760mm de mercúrio).
Para conversão de temperaturas de uma escala para a outra pode-se usar ábacos, tabela s
ou simplesmente fórmulas como segue:
o
C = oF - 32 x 5
9
o o
F= Cx9 + 32
5
o
K = C + 273,15
o
R = oF + 459,67
o
Ré = 4 x oC
5
Definição: Sensores de temperatura são transdutores que alteram uma ou mais de suas
características físicas ao se equalizar com o meio a ser determinada a temperatura. A maioria dos
sensores se utiliza da transmissão de calor por contato, para assimilar a energia do meio.
Entre os instrumentos baseados nesse princípio, incluem-se os que utilizam:
I - Alterações Físicas: como volume, pressão ,dilatação.
II - Alterações Elétricas: como resistência ôhmica, geração de ddp.
3.3 SENSORES
Sensores são dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza
física, podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza.
Quando operam diretamente, convertendo uma forma de energia em outra, são chamados
transdutores. Os de operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a
capacitância ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional.
O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de
controle, e nos instrumentos de medição, que freqüentemente estão associados aos SC de malha
aberta (não automáticos), orientando o usuário.
3.3.1.1 Linearidade
É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem destruição ou
imprecisão.
3.3.2.2.1 Termistores
O tempo de resposta pode variar desde uma fração de segundos até minutos,
dependendo do tamanho da massa detectora e da capacidade térmica do termistor.
O limite superior de temperatura de funcionamento depende das mudanças físicas do
material ou solda usados para ligar as conexões elétricas e é geralmente de 400 oC. O limite
inferior de temperatura é -269 oC, porém, industrialmente é usado até -60oC.
Deve-se levar em consideração a manutenção de uma corrente de medição, a mais baixa
possível, para se evitar o aquecimento da unidade detectora, de modo que qualquer variação da
resistência dependa somente da variação da variação de temperatura da área em volta.
Os termistores podem ser usados para compensação das variações de resistência em
circuitos elétricos (principal aplicação), como chave de circuito de segurança e alarme, para
viabilizar a tensão de saída em circuitos com uma grave variação na tensão de saída em circuitos
com uma grande variação na tensão de entrada e várias outras aplicações.
Notas
a) sistemas Classe II são tomados como SAMA Classe IIA ou IIB. Na Classe IIA, o
sensor é sempre mais quente do que o tubo ou a caixa do instrumento. Na classe IIB o sensor é
sempre mais frio do que o tubo ou a caixa do instrumento.
b) O span mais estreito varia com temperaturas elevadas.
c) Valores menores disponíveis em regiões criogênicas.
d) Valores dependem do range, comprimento do capilar, dimensões do sensor e tipo do
instrumento utilizado.
Sistemas de pressão-vapor são altamente seguros e confiáveis, precisão inerente ao
sistema; não requerem compensação para alterações na temperatura ambiente. Instrumentos
seguem as curvas de pressão-vapor do fluído utilizado para preenchimento do bulbo e capilar.
Se o bulbo não for completamente imerso no meio, a indicação poderá ser incorreta.
3.3.2.2.3 Termopares
A C T4
A T3 A
T1 f.e.m = T2 T1 f.e.m = T2
E E
B B
T1 f.e.m = T2
T1 f.e.m = T2 E
E
B
B T4
Um exemplo de aplicação prática desta lei é que podemos ter uma grande variação de
temperatura em um ponto qualquer, ao longo dos fios termopares, que esta não influirá na ddp
produzida pela diferença de temperatura entre as juntas, portanto, pode-se fazer medidas de
temperaturas em pontos bem definidos com os termopares, pois o importante é a diferença de
temperatura entre as juntas.
"A soma algébrica das ddp termais em um circuito composto de um número qualquer de
metais diferentes é zero, se todo o circuito estiver à mesma temperatura".
Deduz-se daí que um circuito termoelétrico, composto de dois metais diferentes, a ddp
produzida não será alterada ao inserirmos, em qualquer ponto do circuito, um metal genérico,
desde que as novas junções sejam mantidas a temperaturas iguais.
Onde se conclui que:
Se: T3 = T4 � E1 = E2
T3 � T4 � E1 � E2
Um exemplo de aplicação prática desta lei é a utilização e contatos de latão ou cobre,
para interligação do termopar ao cabo de extensão no cabeçote.
538 OC 38 OC 24 OC
B
E1
A
B
E2
B
A
E3
T3 T2 T1
A
Pode-se mostrar, também que a ddp pode ser medida num circuito termoelétrico, com
vários metais e junções a temperaturas diferentes.
A milivoltagem E é igual à soma das milivoltagens de vários circuitos separados,
compostos dos mesmos metais e com as junções às mesmas temperaturas.
Um exemplo prático da aplicação desta lei, é a compensação ou correção da temperatura
ambiente pelo instrumento receptor de milivoltagem.
Para uma melhor adaptação de termopares aos processos industriais e para atender os
objetivos de diversos tipos de medição, costuma-se utilizar de associação de termopares, em
série ou em paralelo, cada qual com suas finalidades específicas.
A associação em série é utilizada quando se deseja ampliar o sinal elétrico gerado pelo
termopar. Como vemos na figura 23, o sinal de um termopar é a f.e.m. "E". Ao efetuarmos a
associação em série (no exemplo com 4 termopares iguais) a milivoltagem medida pelo
instrumento será igual a 4E.
A aplicação mais comum desse tipo de associação é encontrada nas termo pilhas dos
Pirômetros de Radiação pois, como a intensidade de calor que atinge a junta de medida é muito
pequena precisamos de uma montagem em série, para que a milivoltagem gerada seja suficiente
para sensibilizar os aparelhos de medição.
T1 T2 T3 T4 +
- + - + - +
A B A B A B E = ( E1 + E2 + E3 ) /3
T1 T2 T3
Para se obter temperaturas médias reais, as características temperatura versos f.e.m. dos
termopares devem ser lineares, através das faixas de temperaturas envolvidas, devendo o
instrumento operar dentro do princípio de equilíbrio nulo, onde não existe fluxo de corrente na
ocasião da medida.
Dois termopares podem ser usados na medição de temperaturas diferenciais entre dois
pontos. Dois termopares semelhantes são ligados junto com o fio de extensão de mesmo material
usado nos termopares.
As conexões são feitas de tal modo, que as forças eletromotrizes desenvolvidas, opõem-
se uma contra a outra. Assim se as temperaturas dos dois termopares forem iguais,
independentemente da magnitude, a f.e.m. resultante será zero. Quando existem diferentes
temperaturas, a milivoltagem produzida corresponderá a esta diferença de temperatura.
A precisão desta medida está vinculada à linearidade da curva de f.e.m. gerada em
função da temperatura e do tipo de termopar utilizado para o intervalo de temperatura que se está
medindo.
Cuidados especiais devem ser tomados para não haver uma interpretação errada da
milivoltagem lida, quando tivermos termopares para medida de temperatura diferencial. Devido
à não linearidade da curva do termopar, para mesmos diferenciais de temperatura, teremos
diferentes variações de milivoltagem.
E
- + + -
A B B A
T1 T2
São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo
relativamente baixo e sua aplicação admite um limite de erro maior.
TIPO"T"
- Nomenclaturas:
T - Adotado pela Norma ANSI
CC- Adotado pela Norma JIS
Cu - Co
Copper-Constantan
- Liga: (+) Cobre - (99,9%)
(- ) Constantan - São as ligas de Cu-Ni compreendidos no intervalo entre CU50
e Cu65 Ni35. A composição mais utilizada para este tipo de termopar é de Cu58 Ni42.
TIPO "J"
- Nomenclatura:
J - Adotada pela Norma ANSI
IC - Adotada pela Norma JIS
Fe-Co
Iron-Constantan
- Liga: (+) Ferro - (99,5%)
(- ) Constantan - Cu58 NI42, normalmente se produz o ferro e a partir de sua
característica casa-se o constantan adequado.
-Identificação de polaridade: o positivo (ferro) é magnético, o negativo não é magnético
- Características:
- Faixa de utilização: 0 a 760oC
- f.e.m. produzida: 0 a 42,922mV
- Potência termoelétrica média: 5,65mV/100 oC
- Pode ser utilizado em atmosfera a vácuo, inertes, oxidantes ou redutoras.
- Baixo custo relativo, sendo assim é um dos mais utilizados industrialmente.
- Tem baixa homogeneidade devido à dificuldade de obtenção de ferro com alto teor de
pureza.
- Indicado para serviços contínuos até 760oC em atmosfera neutra ou redutora.
- Limite máximo de utilização em atmosfera oxidante de 760oC, devido à rápida
oxidação de ferro.
- Utilizar tubo de proteção acima de 480oC.
- Pode ser utilizado, ocasionalmente, para temperaturas abaixo de 0oC, porém, a
possível ferrugem ou quebra do ferro , sob esta condição, o tornam inadequado.
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo 57
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Instrumentação
TIPO "K"
- Nomenclaturas:
K - Adotada pela Norma ANSI
CA- Adotada pela Norma JIS
NiCr-Ni- Adotada pela Norma DIN
- Liga: (+) Chromel - Ni90Cr10
(-) Alumel - Ni95,4Mn1,8Si1,5AI1,2-
- Identificação da Polaridade: o negativo (alumel) é levemente magnético, o positivo
não é magnético.
- Características:
- Faixa de utilização: 0 a 1260oC
- f.em. Produzida: 0 a 50,990mV
São aqueles que os pares são constituídos de platina. Embora possuam custo elevado e
exijam instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido à baixa potência termoelétrica,
apresentam uma altíssima precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios .
TIPO "S"
- Nomenclaturas:
S - Adotada pela Norma ANSI
- Liga: (+) Platina Rhodio 10%
(- ) Platina 100%
- Identificação da polaridade: o positivo (Pt90Rh10)é mais duro.
- Características:
- Faixa de utilização: 0 a 1480oC
- f.e.m. produzida: 0a 15,336mV
- Potência termoelétrica média: 1,04mV/1000C
- Pode ser utilizado em atmosferas inertes e oxidantes.
- Apresenta boa precisão em altas temperaturas.
- Define a Escala Internacional Prática de Temperatura/IPTS na faixa de 630,74(ponto
de fusão do antimônio) a 1064,43oC (ponto de fusão do ouro), sendo adotado como padrão nesta
faixa.
- Utilizado como padrão na calibração de outros termopares.
- Foi desenvolvido em 1886 por Le Chatelier.
- Usado em medidas de alta precisão.
- Não devem ser utilizados em atmosfera redutora, requerendo substancial proteção
quando aplicado neste tipo de ambiente.
- Para altas temperaturas (= 1300o), devem ser utilizados isoladores e tubos protetores
de alta alumina (tipo 710)
- Não deve ser utilizado em temperaturas abaixo de 0o C, pois sua curva de f.e.m.X
Temperatura varia irregularmente.
- Depois de submetido a altas temperaturas (acima 14800C), para ser utilizado
novamente, deve ser aferido.
- Com o uso próximo de seu limite de aplicação, a platina pura apresenta crescimento de
grão acentuado, tornado-se quebradiça e isto pode tornar a vida útil do termopar curta, quando
aplicado em processos sujeitos a esforços mecânicos (vibração)
- Aplicações; Siderúrgica, Fundição, Metalúrgica, Usina de Cimento, Cerâmica, Vidro e
Pesquisa Científica.
É utilizado em Sensores Descartáveis na faixa de 1200 a 1768o, para medição de
temperatura de metais líquidos em Siderúrgicas e Fundições.
TIPO"R "
- Nomenclaturas:
R - Adotada pela Norma ANSI
PtRh 18%
- Liga: (+) Platina 87% Rhodio 13%
(- ) Platina 100%
- Identificação da Polaridade: o positivo (Pt87Rh13) é mais duro.
- Características:
- Faixa de utilização: 0 a 1480o C
- f.e.m. produzida: 0 a 17,163mV
- Potência termoelétrica média, 4,16mV/100oC
- Possui as mesmas características gerais do tipo S, porém tem uso industrial menor que
este.
- Possui uma potência termoelétrica cerca de 11% maior que o tipo S.
- É um tipo recente, surgido a cerca de 40 anos atrás, devido à necessidade de se adaptar
a alguns instrumentos que apresentavam erros da ordem de 20%.
- Aplicações: As mesmas do tipo "S "
- Características:
- Faixa de utilização: 870 a 1705oC
- f.e.m. produzida: 3.708 a 12,485mV
- Potência termoelétrica média: 1,05mV/1000C
- Pode ser utilizado em atmosferas inertes, oxidantes e por curto período de tempo em
vácuo.
- É utilizado em medidas constantes de temperaturas elevadas (acima de 14000C)
- Apresenta melhor estabilidade na f.e.m. e resistência mecânica, do que os tipos "S "e
"R"a temperaturas elevadas.
- Não necessita de compensação da junta de referência, se a temperatura desta não
exceder a 50oC.
- Não necessita de cabo de compensação se a temperatura de seus terminais não exceder
a 100oC.
- Não pode ser utilizado em temperatura inferior a 1000C.
- Deve-se utilizar isoladores e tubos protetores de alta alumina (tipo 710)
- Aplicações: Vidro, Siderúrgica, alta temperatura em geral.
Aos longos dos anos os tipos de termopares produzidos oferecem, cada qual, uma
característica especial porém, apresentam restrições de aplicação, que devem ser consideradas.
Novos tipos de termopares foram desenvolvidos para atender às condições de processo
onde os termopares básicos não podem ser utilizados.
Tungstênio - Rhênio
Tungstênio/Tungstênio 26% Rhênio
Tungstênio 3% Rhênio/Tungstênio 25% - Rhênio
Tungstênio 5% Rhênio/Tungstênio 26% - Rhênio
Destes, o primeiro é o mais barato, porém o "braço"de Tungstênio puro está sujeito a
tornar-se quebradiço.
Esses termopares podem ser usados continuamente até 2300oC e por curto período até
2750oC no vácuo, na presença de hidrogênio puro ou gás inerte. A ASTM( American Society
for Testing and Materiais) tem publicado padrões para os termopares 3/25 e 5/26 com uma
tolerância de � 1% Isolação de BeO ou ThO2 tem sido recomendada para esses termopares
embora alguma reação possa ocorrer entre os fios e a isolação no limite superior à temperatura
de utilização.
Iridio 40% Rhodio/Iridio
Termopares feitos a partir de precauções variáveis destes dois elementos. São os únicos
que podem ser usados sem proteção no ar até 2000o C embora, somente por períodos limitados.
Podem ser usados no vácuo ou atmosfera inerte. Os fios tornam-se quebradiços e frágeis
devido ao crescimento dos grãos após longo período de exposição a altas temperaturas.
Não se recomenda a utilização de cabos ou fios menores que 16 AWG, para uso em
conduítes, pois estes não têm suficiente resistência à tração. No entanto, os fios de bitola 20
AWG podem ser usados quando em conjunto de feixes reforçados adequadamente (multi-cabo),
para dar maior resistência à tração.
A resistência total do fio ou cabo é importante quando este for ligado a um instrumento
do tipo galvanométrico. Estes instrumentos requerem, muitas vezes, um valor definido da
resistência de linha, sendo este valor informado pelo fabricante do instrumento.
Para instrumentos do tipo potenciométrico, que possuem uma alta impedância interna, o
valor da resistência dos fios de extensão não é crítica e, portanto, não é levada em consideração.
A isolação usada nos cabos deve ser escolhida de tal maneira a resistir às condições do
ambiente onde irá trabalhar, levando-se em consideração todas as variáveis, tais como:
temperatura, solicitação mecânica, umidade, presença de óleo ou outros componentes químicos.
Os fios ou cabos devem ser sempre instalados de maneira a estarem protegidos do
aquecimento excessivo, que é nocivo à isolação e aos condutores.
Sempre que possível devem ser instalados em conduítes, de tal modo que não fiquem
sujeitos à flexão ou curvaturas, que podem, eventualmente, alterar suas características
termoelétricas: portanto, o layout do conduíte para fio de extensão ou compensação deve ser bem
planejado, sendo aconselhável o caminho mais curto.
A) Inversão simples
Inversão simples.
A pena do registrador irá bater no início de escala, pois está recebendo uma
milivoltagem de - 19,202 mV.
Inversão dupla.
O registrador irá indicar que o forno está a 511oC, quando na realidade está a 538oC;
portanto, indicará com um erro de -27oC.
A dupla inversão acontece com freqüência pois, quando uma simples inversão é
constatada, é comum pensar-se que uma nova troca na ligação dos terminais compensará o erro,
Porém, isto não acontece. É evidente que, se o Cabeçote e o Registrador estiverem à mesma
temperatura, a dupla inversão não ocasionará discrepância na medição.
usuário compre os termopares prontos, pois técnicas impróprias podem resultar em erro
significativos na medição de temperatura.
Os fios para confecção de termopares devem ser comprados de preferência em pares,
para assegurar a precisão dentro dos limites de erros normalizados.
É essencial que o termopar tenha a mesma calibração que o instrumento com o qual
será usado.
Para os termopares tipo "S ", "R " e "B ", recomenda-se que o isolante seja de óxido de
alumínio e em uma só peça em todo o seu comprimento, conseguindo-se assim um conjunto
adequado a minimizar o "cansaço" do fio de metal nobre.
A proteção é utilizada na maioria das instalações dos termopares para prevenir a
contaminação destes, a proteção mecânica e a sustentação.
O diâmetro da proteção deve ser adequado para acomodar o elemento do termopar,
entretanto, proteções com diâmetros maiores são necessários para aumentar a resistência
mecânica, permitir a introdução de um termopar de checagem e manter uma atmosfera oxidante
dentro do tubo de proteção para utilização dos termopares tipo "K " e "E ".
A instalação do termopar deve ser perfeitamente adequada, para que este apresente boas
características de precisão, manutenção e vida útil.
O comprimento da proteção e do elemento do termopar deve ser de tal forma que
acomode a junta de medição , bem no meio do ambiente em que se deseja medir a temperatura.
Um comprimento de inserção mínimo recomendado é da ordem de 8 a 10 diâmetros da
proteção, para minimizar o erro por condução, Esta deverá, ainda, estar internamente limpa e
livre de componentes sulfúricos, óleos, óxidos e umidade.
O cabeçote é recomendado para que sejam feitas as conexões entre o termopar e o cabo
de extensão , permitindo também, a fácil substituição do elemento termopar. A proteção deverá
se estender até a face externa do equipamento cerca de 100 mm, de tal modo que a temperatura
do cabeçote seja aproximadamente igual ao ambiente externo do equipamento, devendo esta
nunca exceder a faixa de utilização recomendada para fios e cabos de extensão e compensação.
Isto deve ser rigorosamente observado quando se utiliza cabos de compensação.
Em equipamentos com aquecimento a gás ou óleo combustível, a chama não deve
atingir a proteção diretamente pois, caso isto ocorra, teremos uma medida incorreta da
temperatura, além de reduzir a vida útil da proteção.
Quando se utilizam termopares com tubo de proteção cerâmica, antes de sua inserção
em ambiente com temperatura elevada, deve-se pré-aquecer os tubos, a fim de evitar o choque
térmico e, conseqüentemente, a quebra do tubo.
A proteção deve ser presa ao equipamento, de tal modo que se evite o escape de gases
do processo pois, caso isto ocorra, estes podem vir a atacar o elemento termopar, o que diminuirá
sua vida útil.
Nas medições de temperaturas elevadas deve-se, preferivelmente, colocar o termopar
na vertical, para evitar, assim a deformação da proteção, devido ao peso próprio.
3.3.2.2.4.4 Ligações
R4 R3
1 2
R1 R2
RL
R3
R4
RL
R1 R2
RL
RL
R3
R4
RL
R1 R2
3.3.2.2.4.5 Aferição
Apesar de extremamente preciso em sua utilização e de seus baixos limites de erro, são
necessários métodos de aferição para a determinação de sensores de alta precisão.
Para se efetuar a atenção de um termômetro de resistência utilizam-se 2 métodos
básicos, que são:
B) Método da comparação:
Para se realizar esse método é necessária a utilização de um termômetro de resistência já
aferido. Normalmente este padrão é m sensor Pt 25 � a 0oC, com certificado de aferição em
décimo de grau.
A comparação é efetuada utilizando-se um forno de aferição, tendo-se o cuidado de se
equalizar a temperatura no forno e nas termoresistências.
Para que se tenha um perfeito funcionamento do sensor, são necessários certos cuidados
de instalação, bem como armazenagem e transporte, conforme segue:
I- Deve-se especificar materiais da proteção e ligação capazes de operar na temperatura
de operação requerida.
II - O sensor deve ser imerso completamente no processo, para se registrar a
temperatura correta. A imersão mínima deve ter o mesmo valor do corpo do sensor, excluindo-se
proteção.
III - Deve-se evitar choques mecânicos nas peças, pois estes podem danificar o sensor.
IV - Em locais sujeitos à vibração, deve-se utilizar sensor com isolação mineral.
V - Deve-se utilizar fios de mesma bitola para interligação da termoresistência.
VI - Para se efetuar o transporte, a embalagem deve ser adequada para evitar choques
mecânicos.
A) Vantagens
I - Possuem maior precisão dentro da faixa de utilização do que outros tipos de
sensores.
II - Com ligação adequada não existe limitação para distância de operação.
III - Dispensa utilização de fiação especial para ligação,
IV - Se adequadamente protegido, permite utilização em qualquer ambiente.
V - Têm boas características de reprodutibilidade.
VI - A montagem do tipo isolação mineral pode ser utilizada como termopar de mesma
montagem, com precisão bem superior.
B) Desvantagens
I - São mais caras do que os sensores utilizados nessa mesma faixa.
II - Deterioram-se com mais facilidade, caso haja excesso na sua temperatura máxima
de utilização.
III - Temperatura máxima de utilização 630o C.
IV - É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura equilibrada para
indicar corretamente.
V - Alto tempo de resposta.
O diodo comum de silício, polarizado diretamente com corrente de 1mA, tem queda de
tensão próxima de 0.62V, a 25oC. Esta tensão cai aproximadamente 2mV para cada ºC de
aumento na temperatura, e pode ser estimada pela equação:
Vd = A - BT
A e B variam um pouco conforme o diodo. Esta equação é de uma reta, e vale até uns
125 ºC, limite para o silício.
O diodo é encontrado em controles e termômetros de baixo custo e razoável precisão,
até uns 100 ºC.
3.3.2.3.1 LDR
O LDR (light dependent resistor, resistor dependente da luz) tem sua resistência
diminuída ao ser iluminado. É composto de um material semicondutor, o sulfeto de cádmio,
CdS. A energia luminosa desloca elétrons da camada de valência para a de condução (mais longe
do núcleo), aumentando o número destes, diminuindo a resistência. A resistência varia de alguns
m�, no escuro, até centenas de �, com luz solar direta.
Os usos mais comuns do LDR são em relés fotoelétricos, fotômetros e alarmes. Sua
desvantagem está na lentidão de resposta, que limita sua operação.
3.3.2.3.2 Foto-diodo
ópticas (que permitem escrever na tela do computador), toca-discos CD, fotômetros e como
sensor indireto de posição e velocidade.
3.3.2.3.3 Foto-transistor
É um transistor cuja junção coletor-base fica exposta à luz e atua como um foto-diodo.
O transistor amplifica a corrente, e fornece alguns mA com alta luminosidade. Sua velocidade é
menor que a do foto-diodo.
Suas aplicações são as do foto-diodo, exceto sistemas de fibra-óptica, pela operação em
alta freqüência.
3.3.2.4.1 Tacogerador
É um pequeno gerador elétrico de CC, com campo fornecido por imã. A tensão gerada,
pela Lei de Faraday é proporcional à velocidade com que o fluxo magnético é cortado pelo
enrolamento do rotor. Assim, o Tacogerador é um transdutor mecânico elétrico linear.
V=Kn
K é uma constante que depende do campo do imã, do número de espiras e pólos e das
dimensões do rotor; n é a rotação do eixo (por minuto, rpm, ou segundo, rps).
A polaridade da tensão gerada depende do sentido de rotação.
As lâminas
Evidentemente o material com que são fabricadas as lâminas devem ter
propriedades ferromagnéticas, para que possam sofrer uma magnetização sob a ação de
um campo externo. O material usado é o ferro-níquel, uma liga de alta permeabilidade
para que não haja perda do fluxo magnético. A retenção magnética deve ser o menor
possível para evitar que o magnetismo remanescente prejudique o funcionamento do
dispositivo quando o campo externo desaparece. A presença desta retenção fariam com
que os contatos "grudassem" permanecendo o dispositivo ligado mesmo depois de
retirado o campo externo de acionamento.
O coeficiente de dilatação da lâminas deve ser equivalente ao do vidro do
encapsulamento para evitar problemas durante o processo de soldagem. Uma dilatação
desigual com o aquecimento poderia resultar em micro-trincas no vidro que causariam a
fuga do gás interno do dispositivo que, conforme veremos é de grande importância tanto
no desempenho do dispositivo como na determinação de sua vida útil.
A superfície das lâminas deve ser totalmente limpa, isenta de gases que possam
causar problemas de funcionamento.
Finalmente, a dureza da liga de ferro-níquel deve ser rigorosamente controlada.
O vidro
O vidro usado na construção dos reed-switches deve apresentar características
especiais.
Uma delas é a alta resistividade, pois as lâminas fazem contato internamente a
ampola e portanto este deve funcionar como um perfeito isolante.
Nas ampolas que possuem sistemas reversíveis, existe uma pequena pastilha de
quartzo entre as lâminas NA e NF, para garantir a isolação neste ponto em que existe uma
grande proximidade física entre eles. conforme a figura que segue.
É obvio que, pelas mesmas razões expostas, ao falarmos das lâminas o vidro
deve ter um determinado coeficiente de dilatação. Para aumentar a capacidade de
dissipação de calor do dispositivo, óxido de fero é acrescentado ao vidro, o que lhe dá a
coloração esverdeada o que caracteriza este tipo de componente.
Contatos
Mínima resistência ôhmica, capacidade de resistir ao faiscamento, são algumas
das exigências para estes elementos dos reed-switches.
Estas características são resultantes de banhos eletrolíticos rigorosamente
controlados. O material mais usado é a liga de Ródio/rutênio que tem um ponto de fusão
de aproximadamente de 2000 oC e apresenta uma resistência de contato inicial que pode
variar entre 50 e 200 miliohms dependendo do tipo de ampola.
As ampolas com contato NA de Ródio/rutênio, comutam, dependendo de seu
tamanho potências de 10 a 15 watts.
Para comutação de potência mais elevadas, até 100 W com contatos NA, existem
ampolas com contatos de tungstênio, que tem um ponto de fusão bem mais alto, de 3387
oC, mas com resistências de contato mais elevadas, da ordem de 500
TIPO BARREIRA
OBJETO DETECTADO
TIPO REFLEXIVO
ELEMENTO TRANSMISSOR ESPELHO
ELEMENTO TRANSMISSOR
No sensor de reflexão um feixe luminoso atinge um disco com um furo ou marca de cor
contrastante, que gira. O sensor recebe o feixe refletido, mas na passagem do furo a reflexão é
interrompida (ou no caso de marca de cor clara a reflexão é maior), e é gerado um pulso pelo
sensor.
O sensor de interrupção de luz usa também um disco com furo, e a fonte de luz e o
sensor ficam em lados opostos. Na passagem pelo furo, o feixe atinge o sensor, gerando um
pulso.
A freqüência destes pulsos é igual à velocidade, em rps, nos dois tipos.
As vantagens destes sensores são o menor tamanho e custo, a maior durabilidade e a
leitura à distância. É usado em sistemas de controle e tacômetros portáteis.
Se instalarmos uma turbina ou roda dentada numa tubulação, o fluxo fará esta girar,
convertendo a vazão em velocidade, que pode ser medida como já visto.
Medidor de vazão VDP utiliza duas engrenagens que são acionadas pelo fluido cuja
vazão está sendo medida. Imãs insertados nas engrenagens sensibilizam um sensor externo, sem
contato com o fluido, gerando pulsos de saída. Cada pulso representa um volume bem
conhecido. A unidade eletrônica converte os pulsos em uma unidade de engenharia conhecida
podendo ser mostrado a distância do display do indicador ou ser transmitido em sinal analógico
de 4–20mA ou ainda interligado a um equipamento por comunicação serial RS485.
Quando um gás ou líquido flui sobre um corpo aquecido, retira calor deste, reduzindo a
temperatura de forma proporcional à velocidade do fluído.
Se colocarmos um sensor de temperatura, como um NTC, aquecido a uma temperatura
maior que a do fluído, podemos avaliar a vazão pela variação da resistência.
São interruptores que são acionados pela própria peça monitorada. Há diversos tipos e
tamanhos, conforme a aplicação.
Ex: Nas gavetas de toca-discos laser e videocassetes há chaves fim-de-curso que
indicam que a gaveta está fechada, ou há fita. Estas informações são necessárias ao
microprocessador, para o acionamento dos motores (e do LED laser).
Também se usam com motores, na limitação do movimento, como no caso de um
plotter ou impressora, ou abertura / fechamento de um registro.
Este pode ser usado como sensor de posição se usado junto a um pequeno imã, colocado
na peça. Quando esta é aproximada, o sensor atua, saturando o transistor Hall, fazendo a tensão
entre coletor e emissor próxima de 0V.
A distância sensora nominal (Sn) para o sistema por barreira é especificada como sendo
a máxima distância entre o transmissor e o receptor, o que não impede o conjunto de operar com
distâncias menores.
Neste sistema o transmissor e o receptor são montados na mesma unidade. Sendo que o
acionamento da saída ocorre quando o objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e
reflete para o receptor o feixe de luz emitido pelo transmissor.
A distância sensora nominal no sistema por difusão é a máxima distância entre o sensor
e o alvo padrão.
Para os modelos tipo fotosensor existem vários fatores que influenciam o valor da
distância sensora operacional (Sa), explicados pelas leis de reflexão de luz da física.
Este sistema apresenta o transmissor e o receptor em uma única unidade. O feixe de luz
chega ao receptor somente após ser refletido por um espelho prismático, e o acionamento da
saída ocorrerá quando o objeto a ser detectado interromper este feixe.
A distância sensora nominal (Sn) para o sistema refletivo é especificada como sendo a
máxima distância entre o sensor e o espelho prismático, sendo possível montá-los com distância
menor.
Entende-se como meio de propagação, o meio onde a luz do sensor deverá percorrer. A
atmosfera, em alguns casos, pode estar poluída com partículas em suspensão, dificultando a
passagem da luz. A tabela abaixo apresenta os fatores de atmosfera que devem ser acrescidos no
cálculo da distância sensora operacional (Sa).
3.3.2.8.1 Potenciômetro
Quando se aplica uma tensão nos extremos de um potenciômetro linear, a tensão entre o
extremo inferior e o centro (eixo) é proporcional à posição linear (potenciômetro deslizante) ou
angular (rotativo).
Nos sistemas de controle usam-se potenciômetros especiais, de alta linearidade e
dimensões adequadas, de fio metálico em geral, com menor desgaste.
O capacitor é formado por duas placas metálicas, carregadas com cargas elétricas
opostas, montadas na face sensora, de forma a projetar o campo elétrico para fora do sensor,
formando assim um capacitor que possui como dielétrico o ar. Quando um material aproxima-se
da face sensora, ou seja, do campo elétrico, o dielétrico do meio se altera, alterando também o
dielétrico do capacitor frontal do sensor. Como o oscilador do sensor é controlado pelo capacitor
frontal, quando aproximamos um material, a capacitância também se altera, provocando uma
mudança no circuito oscilador. Esta variação é convertida em um sinal contínuo, que, comparado
com um valor padrão, passa a atuar no estágio de saída.
É a superfície onde emerge o campo elétrico. É importante notar que os modelos não
embutidos, com região sensora lateral, são sensíveis aos materiais a sua volta.
É a distância sensora teórica, a qual utiliza um alvo padrão como acionador e não
considera as variações causadas pela industrialização, temperatura de operação e tensão de
alimentação. É a distância em que os sensores são especificados.
A tabela abaixo indica o dielétrico dos principais materiais, para efeito de comparação;
sendo indicado sempre um teste prático para determinação da distância sensora efetiva para o
acionador utilizado.
É a distância sensora teórica, a qual utiliza um alvo padrão como acionador e não
considera as variações causadas pela industrialização, temperatura de operação e tensão de
alimentação. É o valor em que os sensores de proximidade são especificados.
Como utiliza o alvo padrão metálico, a distância sensora nominal informa também a
máxima distância que o sensor pode operar.
L=D (se 3xSn<D) ou
L=3xSn (se 3xSn>D)
D - diâmetro da área onde emerge o campo
eletromagnético
Sn - distância sensora nominal
A distância sensora operacional varia ainda com o tipo de metal, ou seja, é especificada
para o ferro ou aço e necessita ser multiplicada por um fator de redução.
3.3.2.10.9 Histerese
3.3.2.10.10Repetibilidade
Onde o transistor de saída está normalmente cortado, ou seja: com o sensor desatuado
(sem o acionador na região de sensibilidade), a carga está desenergizada, pois o transistor de
saída está aberto (cortado). A carga só será energizada quando o acionador entrar na região de
sensibilidade do sensor.
Onde o transistor de saída está normalmente saturado, ou seja: com o sensor desatuado
(sem o acionador na região de sensibilidade), a carga está energizada, pois o transistor de saída
está fechado (saturado). A carga só será desenergizada quando o acionador entrar na região de
sensibilidade do sensor.
Em um mesmo sensor, podemos ter uma saída normalmente aberta e outra normalmente
fechada, que permutam quando o sensor é acionado.
Esta é uma das características mais importante dos sensores de corrente contínua, pois
determina a potência da carga. É conceituada como a máxima corrente que pode ser comutada
pelo transistor de saída sem danificá-lo. Se o sensor não possui um circuito de proteção contra
curto circuito, qualquer sobrecarga danificará permanentemente o transistor de saída.
Cuidado:
Na instalação e manutenção, pois uma ferramenta que
encoste nos terminais danifica instantaneamente o sensor.
Lembre-se:
Válvulas solenóides, lâmpadas, possuem alta corrente
de pico que pode danificar o sensor.
Cuidado:
Quando utilizar sensores do tipo NPN comutando portas TTL,
verifique se o sensor possui queda de tensão menor que 0,5V, pois a
queda de tensão pode ser interpretada como se o sensor estivesse
acionado.
Esta proteção desliga o transistor de saída, quando a corrente de saída está acima do
máximo permitido gerando um sinal pulsado sobre a carga.
Neste tipo de proteção usa um resistor térmico em conjunto com o transistor de saída,
que em condição normal de operação apresenta baixa impedância (cerca de 1�) e em caso de
sobrecarga rapidamente eleva sua resistência, desenergizando a saída, protegendo o sensor. Após
a sobrecarga o sensor necessita de alguns segundos para restabelecer a impedância do resistor
térmico.
Nesta versão, o estágio de saída possui apenas dois terminais, que devem ser ligados em
série com a carga. Quando a carga está desenergizada, flui uma pequena corrente residual na
carga, e quando a carga está energizada, surge uma queda de tensão no sensor. Isto porque o
sensor é alimentado pela carga (ligada em série).
Quando o sensor está acionado, aparece uma queda de tensão de aproximadamente 5V,
que deve ser considerada para efeito da energização da carga, principalmente em circuitos
eletrônicos e controladores programáveis (exemplo: com a alimentação de 24Vcc, o sensor
fornece 19V a carga, que deve seguramente ser necessária para o acionamento da carga).
É a corrente que circula pela carga quando o sensor está desacionado, com valor de
aproximadamente 2,5mA, necessária para alimentação do sensor. Deve-se certificar que cargas
de alta impedância, como controladores, não sejam acionadas devido a corrente de fuga.
O sensor a dois fios requer uma carga mínima, aproximadamente 5mA, para manter o
sensor alimentado enquanto a carga estiver energizada. Deve-se tomar o cuidado de checar a
corrente de consumo, principalmente de controladores lógicos, visando a compatibilidade entre
os equipamentos.
Cuidado:
As Barreiras de Segurança Intrínseca podem apresentar-se como os amplificadores, que
não são próprios para instalações intrinsecamente seguras e põem em risco a segurança da
instalação.
Neste tipo de associação deve-se colocar um diodo em cada saída, para evitar que ao
acionar um sensor, não acenda o led dos outros.
Esta fonte não é adequada, pois o ripple é muito alto (ripple >10%) e existem os pontos
próximos a t1, t2, em que a tensão é praticamente nula, além da tensão de pico ser muito maior
que o valor médio.
Esta fonte pode ser adequada dependendo do ripple, que deve ser calculado com todas
as cargas ligadas a fonte. Ideal para cargas inferiores a 300mA.
Esta fonte apresenta ripple _5%sem o uso de capacitor de filtro e também pode ser
aplicada com sensores desde que não existam muitas cargas indutivas.
3.3.2.12.4 Regulada
Esta fonte é a mais adequada para aplicação com sensores indutivos, pois a saída de
tensão permanece constante independentemente das variações da rede elétrica.
3.3.2.12.6 Ripple
Nota: Em sistemas com muitas cargas indutivas, aconselha-se utilizar fontes separadas.
A fonte 1 é uma fonte regulada de baixa potência, somente para consumo dos cartões de
entrada do controlador. Já a fonte 2 é de potência e não requer sofisticação, podendo ser
simplesmente um retificador, o que normalmente é suficiente para cargas indutivas. É a queda de
tensão que permanece no sensor quando a carga está energizada, torna-se importante com cargas
de alta impedância. No sensor a 3 fios a queda de tensão é muito pequena (1Vca) e nos sensores
a 2 fios a queda é maior (de 4 a 10Vca dependendo do fabricante), pois este resíduo de tensão
mantém o sensor alimentado.
O sensor de corrente alternada a 2 fios possui no estágio de saída uma ponte retificadora
em conjunto com um SCR, tornando o sensor apto a conduzir corrente não polarizada
(alternada).
Estes modelos utilizam tecnologia mais antiga, sendo muito semelhantes aos sensores
de corrente contínua, pois possui dois fios para alimentação interna e um terceiro que é
conectado a carga, podendo ser normalmente aberto, fechado ou reversível.
É a queda de tensão que permanece no sensor quando a carga está energizada, torna-se
importante com cargas de alta impedância. No sensor a 3 fios a queda de tensão é muito pequena
(1Vca) e nos sensores a 2 fios a queda é maior (de 4 a 10Vca dependendo do fabricante), pois
este resíduo de tensão mantém o sensor alimentado.
É a corrente que circula pela carga quando o tiristor de saída está bloqueado e é
necessária para alimentação interna do sensor. No caso do sensor a 2 fios, este valor
normalmente é menor que 5mA; e no modelo a 3 fios é praticamente nulo.
Cuidado: em aplicações com controladores programáveis e sensores a 2 fios, verifique
se a corrente residual não acionará o cartão de entrada, pois pode causar queda de tensão
entendida como nível lógico “1".
Este parâmetro é aplicável somente a sensores a 3 fios, sendo medido com a carga
desconectada, indicando assim, a corrente que realmente é consumida apenas para o
funcionamento do sensor.
3.3.2.13.10 Proteções
Aqui, estão relacionados os principais cuidados que o usuário deve observar durante a
instalação e operação dos sensores eletrônicos de proximidade. A não observação destes itens
pode provocar o mau funcionamento e até mesmo um dano permanente no sensor, com a
conseqüente perda da garantia.
Abaixo estão relacionados os principais cuidados que devem ser observados durante a
instalação do sensor.
Evitar que o cabo de conexão do sensor seja submetido a qualquer tipo de esforço
mecânico.
3.3.2.14.1.2 Oscilação
Evitar o aperto excessivo das porcas de fixação, não ultrapassando o torque máximo.
Nas instalações em ambientes agressivos, especificar o sensor mais adequado para cada
aplicação.
Os sensores capacitivos são influenciados pela densidade do meio onde o sensor está
instalado, portanto, deve-se tomar cuidados adicionais com poeira, umidade e acúmulo de
detritos próximo ao sensor.
Outro ponto importante do sensor capacitivo é o potenciômetro de ajuste de
sensibilidade, que deve ser precisamente calibrado e lacrado pelo parafuso de proteção.
Utilizar o sensor para acionar altas cargas indutivas, poderá danificar permanentemente
o estágio de saída dos sensores sem proteção contra curto circuito, além de gerar altos picos de
tensão na fonte.
3.3.2.14.4.2 Cablagem
Nota: apesar dos sensores possuírem filtros para evitar ruídos transitórios, se os cabos
dos sensores ou da fonte de alimentação utilizarem as mesmas canaletas ou leitos de cabos de
circuitos com motores, freios elétricos, contactores e disjuntores, etc; as tensões induzidas podem
possuir energia suficiente para danificar permanentemente os sensores.
Uma bóia magnética deslizante sobre uma haste vertical aciona por
acoplamento magnético sensores eletrônicos que geram sinais de baixa
energia. Estes sinais são amplificados e convertidos pela unidade eletrônica
em sinal padrão de 4-20 mA para transmissão a longa distância.
lateral. Entre as aplicações típicas encontram-se : medição de nível de tanques contendo água,
líquidos viscosos, produtos químicos, alimentícios, etc., em poços profundos ou locais de difícil
acesso e instalação.
3.3.2.15.12Medidor de interfaces
3.3.2.16 Encoders
São sensores que atuam por transmissão de luz. Além dos já vistos, há os encoders
(codificadores), que determinam a posição através de um disco ou trilho marcado.
Dividem-se em relativos, nos quais a posição é demarcada por contagem de pulsos
transmitidos, acumulados ao longo do tempo, e absolutos, onde há um código digital gravado no
disco ou trilho, lido por um conjunto de sensores ópticos (fonte de luz e sensor). Os códigos
adotados são os de Gray, nos quais de um número para o seguinte só muda um bit, o que facilita
a identificação e correção de erros.
A demarcação do disco ou trilho é feita através de furo ou ranhuras, ou por pintura num
disco plástico transparente, que podem ser feitos através de técnicas fotolitográficas, permitindo
grande precisão e dimensões micrométricas.
A fonte de luz é geralmente o LED, e o sensor um fotodiodo ou fototransistor.
Estes sensores são muito precisos e práticos em sistemas digitais (encoder absoluto), e
usam-se em robôs, máquinas-ferramenta, CNC e outros.
São instrumentos projetados para indicar os valores das varáveis medidas e/ou controlá-
las. Podem receber uma grande variedade de sinais ou sensores, convertendo-os em indicação
visual, podendo transmitir o valor da variável através de um sinal analógico linear ou digital
(RS), além de permitir efetuar o controle por meio de relês.
Construção em que a peça móvel descreve um movimento retilíneo, acionada por uma
haste deslizante As construções típicas são: válvula globo, diafragma, válvula gaveta, etc.
A válvula de controle é composta por dois conjuntos básicos: conjunto do corpo, que
mantêm a peça móvel: e conjunto do atuador, que promove o deslocamento de peça móvel.
Acessórios diversos podem ser incorporados para executar funções auxiliares específicas:
posicionador, limitador de curso, bloqueio de segurança, etc.
Válvula de deslocamento linear, corpo de duas vias, com formato globular de passagem
reta com internos de sede simples ou de sede dupla.
Caso particular de válvula globo, de sede simples, corpo de duas vias, com conexões de
entrada e saída em planos ortogonais(as linhas de fluxo de entrada e saída fazem ângulo de 90o).
� Válvula de três vias: Caso particular de válvula globo, de sede dupla, corpo de três
vias, com fluxos convergentes (válvulas misturadora) ou divergentes (válvula
separadora).
� Válvula de gaiola: Caso particular de válvula globo, com internos tipo gaiola de
sede simples (corpo de duas vias)ou de sede dupla (corpo de três vias).
Válvula de deslocamento linear, corpo de duas vias, de passagem reta, com o elemento
vedante constituído por um diafragma flexível que promove a restrição variável à passagem do
fluxo(patente Saunders).
Válvula de descolamento rotativo, corpo de duas vias, de passagem reta, com internos
de sede simples e elemento vedante constituído por uma calota ou segmento esférico acionado
por eixo de rotação axial.
Válvula de deslocamento rotativo, corpo de duas vias, de passagem reta, com internos
de sede simples e elemento vedante constituído por um disco ou lâmina de formato circular
acionado por eixo de rotação axial.
Esquema de uma válvula operando: (A) sem posicionador e (B) com posicionador.
Para processos lentos, como a maioria dos sistemas térmicos, (nível de líquido e alguns
processos de pressão de grande volume de gás), o posicionador deve melhorar a qualidade do
controle.
É a combinação dos dois controles anteriores, realizada pela soma dos sinais vindos de
um amplificador e um integrador.
Este controlador alia a vantagem do controle proporcional, resposta mais rápida, com a
do integral, erro de regime nulo. É mais usado que os anteriores.
Este é o mais usado dos tipos de controle eletrônicos. Os parâmetros deste sistema
podem ser alterados ajustando-se os potenciômetros (que alteram as constantes de integração e
diferenciação), o que dá flexibilidade a estes sistemas analógicos somente superadas pelos
digitais.
3.4.3.1 Funcionamento
Têm três conexões e dois orifícios, um estará sempre fechado enquanto o outro estiver
aberto e vice-versa.Estas válvulas podem ser usadas para aplicar ou exaurir pressão de uma
válvula operada por motor a diafragma ou operada por cilindros de simples efeito, com retorno à
mola.Têm aplicações para selecionar ou dirigir fluxos através de suas conexões.
São geralmente utilizadas para comando de cilindros de duplo efeito. Estas válvulas têm
quatro conexões: uma de pressão, duas para cilindro e uma de exaustão.
Em uma posição da válvula, sempre em função do comando elétrico, a pressão é
aplicada a um lado do cilindro e do outro lado é conectado a exaustão.
Na outra posição da válvula a pressão e exaustão, se invertem. As válvulas-solenóide de
quatro vias são construídas com bobina única ou dupla, para atender a diferentes requisitos de
comando e segurança.
3.4.4 Servomecanismo
3.4.4.1 Servomotor
Os servoacionamentos são utilizados nas mais diversas aplicações industriais nas quais
elevada dinâmica, controle de torque, precisão de velocidade e posicionamento são fatores
decisivos para o aumento da qualidade e produtividade.
� Dosadoras;
� Bobinadeiras;
� Retrofitting;
� Máquinas-ferramenta;
� Máquinas de corte e solda e
� Sistemas de posicionamento.
4.3.1 Descrição
4.3.4 Características
4.3.5 Histórico
4.3.6 Evolução
Desde o seu aparecimento até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos. Esta
evolução está ligada diretamente ao desenvolvimento tecnológico da informática em suas
características de software e de hardware.
O que, no seu surgimento, era executado com componentes discretos, hoje se utiliza de
microprocessadores e microcontroladores de última geração, usando técnicas de processamento
paralelo, inteligência artificial, redes de comunicação, fieldbus, etc.
Até recentemente não havia nenhuma padronização entre fabricantes, apesar da maioria
utilizar as mesmas normas construtivas. Porém, pelo menos em nível de software aplicativo, os
controladores programáveis podem se tornar compatíveis com a adoção da norma IEC 1131-3,
que prevê a padronização da linguagem de programação e sua portabilidade.
Outra novidade que está sendo incorporada pelos controladores programáveis é o
fieldbus (barramento de campo), que surge como uma proposta de padronização de sinais
em nível de chão-de-fábrica. Este barramento se propõe a diminuir sensivelmente o número de
condutores usados para interligar os sistemas de controle aos sensores e atuadores, além de
propiciar a distribuição da inteligência por todo o processo.
Hoje os CLPs oferecem um considerável número de benefícios para aplicações
industriais, que podem ressaltar em economia que excede o custo do CLP e devem ser
considerados quando da seleção de um dispositivo de controle industrial. As vantagens de sua
utilização, comparados a outros dispositivos de controle industrial incluem:
� Menor Ocupação de espaço;
� Potência elétrica requerida menor;
� Reutilização;
� Programável, se ocorrerem mudanças de requisitos de controle;
� Confiabilidade maior;
� Manutenção mais fácil;
� Maior flexibilidade, satisfazendo um maior número de aplicações;
� Permite a interface através de rede de comunicação com outros CLPs e
microcomputadores;
� Projeto do sistema mais rápido.
4.3.7 Aplicações
Com a tendência dos CLPs terem baixo custo, muita inteligência, facilidade de uso e
massificação das aplicações, a utilização deste equipamento não será apenas nos processos mas
também nos produtos. Poderemos encontrá-lo em produtos eletrodomésticos, eletrônicos,
residências e veículos.
TERMINAL DE PROGRAMAÇÃO
PROCESSADOR
FONTE Unidade Central
DE de Processamento
ALIMENTAÇÃO MEMÓRIA
(UCP)
INTERFACE
DE
E/S
CARTÕES CARTÕES
DE DE
ENTRADA SAÍDA
Um dado importante de uma UCP é o seu tempo de ciclo, ou seja, o tempo gasto
para a execução de uma varredura. Este tempo está relacionado com o tamanho do programa do
usuário (em média 10 ms a cada 1.000 instruções).
Certas ocorrências no processo controlado não podem, algumas vezes, aguardar o ciclo
completo de execução do programa. Neste caso, ao reconhecer uma ocorrência deste tipo, a UCP
interrompe o ciclo normal de programa e executa um outro programa chamado de rotina de
interrupção.
Esta interrupção pode ocorrer a qualquer instante da execução do ciclo de programa. Ao
finalizar esta situação o programa voltará a ser executado do ponto onde ocorreu a interrupção.
Uma interrupção pode ser necessária , por exemplo, numa situação de emergência onde
procedimentos referentes a esta situação devem ser adotados.
Da mesma forma que determinadas execuções não podem ser dependentes do ciclo
normal de programa, algumas devem ser executadas a certos intervalos de tempo, às vezes muito
curto, na ordem de 10 ms.
Este tipo de processamento também pode ser encarado como um tipo de interrupção,
porém ocorre a intervalos regulares de tempo dentro do ciclo normal de programa.
4.4.2 Memória
255 377 FF
511 777 1FF
1023 1777 3FF
MEMÓRIAS
ROM RAM
As memórias ROM são designadas como memória de programa por serem memórias
que não podem ser alteradas em estado normal de funcionamento, porém têm a vantagem de não
perderem as suas informações mesmo quando é desligada sua alimentação.
4.4.2.3 Estrutura
MEMÓRIA EXECUTIVA
MEMÓRIA DO SISTEMA
MEMÓRIA DE STATUS
MEMÓRIA DE DADOS
MEMÓRIA DO USUÁRIO
É formada por memórias do tipo ROM ou PROM e em seu conteúdo está armazenado
o sistema operacional responsável por todas as operações que são realizadas no CLP.
O usuário não tem acesso a esta área de memória.
Esta área é formada por memórias tipo RAM, pois terá o seu conteúdo constantemente
alterado pelo sistema operacional.
Armazena resultados e/ou operações intermediárias, geradas pelo sistema, quando
necessário. Pode ser considerada como um tipo de rascunho.
Não pode ser acessada nem alterada pelo usuário.
A memória de status dos módulos de E/S são do tipo RAM. A UCP, após ter efetuado a
leitura dos estados de todas as entradas, armazena essas informações na área denominada status
das entradas ou imagem das entradas. Após o processamento dessas informações, os resultados
serão armazenados na área denominada status das saídas ou imagem das saídas.
A UCP efetuará a leitura das instruções contidas nesta área a fim de executar o
programa do usuário, de acordo com os procedimentos predeterminados pelo sistema
operacional.
As memórias destinadas ao usuário podem ser do tipo:
� RAM
� RAM/EPROM
� RAM/EEPROM
A saída digital basicamente pode ser de quatro tipos: transistor, triac, contato seco e
TTL podendo ser escolhido um ou mais tipos. A entrada digital pode se apresentar de várias
formas, dependendo da especificação do cliente, contato seco, 24 VCC, 110 VCA, 220 VCA,
etc.
A saída e a entrada analógicas podem se apresentar em forma de corrente (4 a 20 mA, 0
a 10 mA, 0 a 50 mA), ou tensão (1 a 5 Vcc, 0 a 10 VCC, -10 a 10 VCC etc). Em alguns casos é
possível alterar o range através de software.
BOTÃO
CHAVE
PRESSOSTATO
FLUXOSTATO
CARTÕES
TERMOSTATO
FIM DE CURSO DISCRETOS UCP
TECLADO
CHAVE BCD
FOTOCÉLULA
OUTROS
A entrada digital com fonte externa é o tipo mais utilizado. Também, neste caso a
característica da fonte de alimentação externa dependerá da especificação do módulo de entrada.
As chaves que acionam as entradas situam-se no campo.
CAMPO
ENTRADA 1
ENTRADA 2
PSH
fonte
COMUM
As entradas dos CLPs têm alta impedância e por isso não podem ser acionadas
diretamente por um triac, como é o caso do acionamento por sensores a dois fios para CA, em
razão disso é necessário, quando da utilização deste tipo de dispositivo de campo, o acréscimo de
uma derivação para a corrente de manutenção do tiristor. Essa derivação consta de um circuito
resistivo-capacitivo em paralelo com a entrada acionada pelo triac, cujos valores podem ser
encontrados nos manuais do CLP, como visto abaixo.
CAMPO
ENTRADA 1
FONTE C.A.
COMUM
Se for ser utilizado um sensor capacitivo, indutivo, óptico ou indutivo magnético, saída
à transistor com alimentação de 8 a 30 VCC, basta especificar um cartão de entrada 24 VCC
comum negativo ou positivo dependendo do tipo de sensor, e a saída do sensor será ligada
diretamente na entrada digital do CLP.
A entrada digital do tipo contato seco fica limitada aos dispositivos que apresentam
como saída a abertura ou fechamento de um contato. É bom lembrar que em alguns casos uma
saída do sensor do tipo transistor também pode ser usada, esta informação consta no manual de
ligação dos módulos de entrada.
TRANSMISSORES C.A.
C.A. UCP
TERMOPAR
C.A.
TERMO
RESISTÊNCIA
OUTROS
C.A.
CAMPO
ENTRADA
1
ENTRADA 2
P T
fonte
COMUM
saída do transmissor e da faixa de entrada do ponto analógico. Para tal cálculo utiliza-se a lei de
ohm ( R = V / I).
CAMPO
ENTRADA 1
ENTRADA 2
PT
fonte
COMUM
O tratamento que deve sofrer um sinal de entrada, varia em função de sua natureza, isto
é, um cartão do tipo digital que recebe sinal alternado, se difere do tratamento de um cartão
digital que recebe sinal contínuo e assim nos demais tipos de sinais.
A seguir é mostrado um diagrama onde estão colocados os principais componentes de
um cartão de entrada digital de tensão alternada :
Elementos Discretos
VÁLVULA SOLENÓIDE
CONTATOR
SINALIZADOR
RELÉ
UCP CARTÕES SIRENE
DISPLAY
DISCRETOS OUTROS
De acordo com o tipo de elemento de comando da corrente das saídas, estas apresentam
características que as diferem como as seguintes:
� Saída a TRANSÍSTOR: promove comutações mais velozes, mas só comporta
cargas de tensão contínua;
� Saída a TRIAC: tem maior vida útil que o tipo a contato seco, mas só pode
acionar cargas de tensão alternada;
� Saída a CONTATO SECO: pode acionar cargas alimentadas por tensão tanto
contínua quanto alternada.
CAMPO
carga
saída fonte
SAÍDAS 1
DIGITAIS
INDEPENDENTE
carga
saída fonte
SAÍDA 1
SAÍDA 2 ATUADOR
POSICIONADOR
COMUM
Existem vários tipos de cartões de saída que se adaptam à grande variedade de atuadores
existentes. Por este motivo, o sinal de saída gerado de acordo com a lógica de controle, deve ser
condicionado para atender o tipo da grandeza que acionará o atuador.
A seguir é mostrado um diagrama onde estão colocados os principais componentes de
um cartão de saída digital de corrente contínua:
Os terminais de programação portáteis, geralmente são compostos por teclas que são
utilizadas para introduzir o programa do usuário. Os dados e instruções são apresentados num
display que fornece sua indicação, assim como a posição da memória endereçada.
A maioria dos programadores portáteis são conectados diretamente ao CP através de
uma interface de comunicação (serial). Pode-se utilizar a fonte interna do CP ou possuir
alimentação própria através de bateria.
Com o advento dos computadores pessoais portáteis (Lap-Top), estes terminais estão
perdendo sua função, já que se podem executar todas as funções de programação em ambiente
mais amigável, com todas as vantagens de equipamento portátil.
A UCP pode assumir também o estado de erro, que aponta falhas de operação e
execução do programa.
4.6.1.1 Programação
Neste estado o CP não executa programa, isto é, não assume nenhuma lógica de
controle, ficando preparado para ser configurado ou receber novos programas ou até
modificações de programas já instalados. Este tipo de programação é chamada off-line (fora de
linha).
4.6.1.2 Execução
4.6.2 Funcionamento
Após a execução desta rotina, a UCP passa a fazer uma varredura (ciclo) constante, isto
é, uma leitura seqüencial das instruções em loop (laço).
Entrando no loop, o primeiro passo a ser executado é a leitura dos pontos de entrada.
Com a leitura do último ponto, irá ocorrer, a transferência de todos os valores para a chamada
memória ou tabela imagem das entradas.
Após a gravação dos valores na tabela imagem, o processador inicia a execução do
programa do usuário de acordo com as instruções armazenadas na memória.
Terminando o processamento do programa, os valores obtidos neste processamento,
serão transferidos para a chamada memória ou tabela imagem das saídas, como também a
transferência de valores de outros operandos, como resultados aritméticos, contagens, etc.
Ao término da atualização da tabela imagem, será feita a transferência dos valores da
tabela imagem das saídas, para os cartões de saída, fechando o loop. Neste momento é iniciado
um novo loop.
Para a verificação do funcionamento da UCP, é estipulado um tempo de processamento,
cabendo a um circuito chamado de Watch Dog Time supervisioná-lo. Ocorrendo a ultrapassagem
deste tempo máximo, o funcionamento da UCP será interrompido, sendo assumido um estado de
erro.
O termo varredura ou scan, são usados para um dar nome a um ciclo completo de
operação (loop).
O tempo gasto para a execução do ciclo completo é chamado Tempo de Varredura, e
depende do tamanho do programa do usuário, e a quantidade de pontos de entrada e saída.
START
PARTIDA
- Limpeza de memória
- Teste de RAM
- Teste de Execução
Não
OK
Sim
Leitura dos
Cartões de
Entrada
Atualização da
Tabela Imagem das
Entradas
Execução do Programa do
Usuário
Atualização da
Tabela Imagem das
Saídas
Transferência da
Tabela para
a Saída
Tempo Não
de Varredura
OK
STOP
Sim PARADA
Cartão de Entrada
o - 00
o - 01
o - 02
o - 03
o - 04
o - 05
o - 06
o - 07
1 0
E
N
T
R
A
OUT D
A
Memória
S
Imagem
IN IN
00 03
S
A
Í
D
A
Cartão de Saída S
1
o - 00
o - 01
o - 02
o - 03
o - 04
o - 05
o - 06
o - 07
4.7.1 Classificação
� Linguagem de baixo nível
� Linguagem de alto nível
Código Binário
Endereço Conteúdo
0000000000000000 00111110
0000000000000001 10000000
0000000000000010 11010011
0000000000000011 00011111
0000000000000100 00100001
0000000000000101 00000000
0000000000000111 01111110
0000000000001000 00100011
0000000000001001 10000110
0000000000001010 00111111
0000000000001011 00000001
0000000000001111 11011010
0000000000010000 00000000
0000000000010001 11011010
Código Hexadecimal
Endereço Conteúdo
0000 3E
0001 80
0002 D3
0003 1F
0004 21
0005 00
0006 10
0007 7E
0008 23
0009 86
000A 27
000B D3
000C 17
000D 3F
Cada item do programa, chama-se linha ou passo, representa uma instrução ou dado a
ser operacionalizado.
1111
COMPILADORES 0000
PROGRAMA OU 0101
INTERPRETADOR 0100
4.7.1.2.2 Vantagem
4.7.1.2.3 Desvantagem
� Pascal
� C
� Fortran
� Cobol
� Etc.
� Linguagem corrente.
Alguns CLPs, possibilitam a apresentação do programa do usuário em uma ou mais
formas.
Exemplo:
Mesma linguagem utilizada em lógica digital, onde sua representação gráfica é feita
através das chamadas portas lógicas.
Exemplo:
I 0.0 >=1
&
Q 0.0
Q 0.0
I 0.2
I 0.4 >=1
Q 0.2
&
Q 0.2
I 0.6
As portas lógicas são identificadas pelos símbolos que são colocados no interior dos
quadros.
& Função E
>=1 Função OU
Exemplo:
:A I 1.5
:A I 1.6
:O
:A I 1.4
:A I 1.3
:= Q 3.0
� Organização;
� Desenvolvimento de bibliotecas de rotinas utilitárias para utilização em
vários programas;
� Facilidade de manutenção;
� Simplicidade de documentação e entendimento por outras pessoas além do
autor do software.
� Permite dividir o programa segundo critérios funcionais, operacionais ou
geográficos.
4.8.7.3 Documentação
4.9 NORMALIZAÇÃO
O diagrama ladder utiliza lógica de relé, com contatos (ou chaves) e bobinas, e por isso
é a linguagem de programação de CLP mais simples de ser assimilada por quem já tenha
conhecimento de circuitos de comando elétrico.
Compõe-se de vários circuitos dispostos horizontalmente, com a bobina na extremidade
direita, alimentados por duas barras verticais laterais. Por esse formato é que recebe o nome de
ladder que significa escada, em inglês.
Cada uma das linhas horizontais é uma sentença lógica onde os contatos são as entradas
das sentenças, as bobinas são as saídas e a associação dos contatos é a lógica.
São os seguintes os símbolos:
CONTATO NORMALMENTE
ABERTO
CONTATO NORMALMENTE
FECHADO
BOBINA
ladder com um nome simbólico, para facilitar a programação, arbitrariamente escolhido pelo
fabricante, como os exemplos vistos a seguir.
Enquanto uma bobina com endereço de saída estiver acionada, um par de terminais no
módulo de saída será mantido em condição de condução elétrica.
Percebe-se, pois que pode ser usada chave externa de qualquer tipo, desde que no
ladder se utilize o contato de tipo conveniente. Mesmo assim, por questão de segurança, não se
deve utilizar chave externa NF para ligar nem NA para desligar.
INICIO
DEFINIÇÃO
PONTOS DE E/S OPERANDOS
ELABORAÇÃO DO PROGRAMA
USUÁRIO
TESTE DO PROGRAMA
USUÁRIO ALTERAÇÕES
DO PROGRAMA
FUNCIONA? NÃO
SIM
FIM
A lógica de diagrama de contatos do CLP assemelha-se à de relés. Para que um relê seja
energizado, necessita de uma continuidade elétrica, estabelecida por uma corrente elétrica.
ALIMENTAÇÀO
+ -
CH1
K1
Ao ser fechada a CH1, a bobina K1 será energizada, pois será estabelecida uma
continuidade entre a fonte e os terminais da bobina.
O programa equivalente do circuito anterior, na linguagem ladder, será o seguinte.
E1 S1
E1 S1
1 1
E1 E1
0 0
T T
1 1
S1 S1
0 0
T T
Os contatos em série executam a lógica E, pois a bobina só será acionada quando todos
os contatos estiverem fechados
E1 E2 E3 S1
E1 S1
4.10.1.2 Instruções
� Multiplicação de registros;
� Divisão de registros;
� Extração de raiz quadrada;
� Bloco OU lógico de duas tabelas;
� Bloco E lógico de duas tabelas;
� Ou exclusivo lógico de duas tabelas;
� Deslocar bits através de uma tabela-direita;
� Deslocar bits através de uma tabela-esquerda;
� Mover tabela para nova localização;
� Mover dados para memória EEPROM;
� Mover inverso da tabela para nova localização;
� Mover complemento para uma nova localização;
� Mover valor absoluto para uma nova localização;
� Comparar valor de dois registros;
� Ir para outra seqüência na memória;
� Executar sub-rotina na memória;
� Converter A/D e localizar em um endereço;
� Converter D/A um dado localizado em um endereço;
� Executar algoritmo PID;
� Etc.
S1
E2
BLOCO
FUNCIONAL
S1
E2
TEMPORIZADOR
T1 = 30 SEG
O contador conta o número de eventos que ocorre e deposita essa contagem em um byte
reservado. Quando a contagem estiver completa, ou seja , igual ao valor prefixado, esta instrução
energiza um bit de contagem completa. A instrução contador é utilizada para energizar ou
desenergizar um dispositivo quando a contagem estiver completa.
E1 S1
CON T ADOR
E2 C1
P U L S O S= 5 0
Para cada contador destina-se um endereço de memória de dados onde o valor prefixado
será armazenado.
Na memória de dados do CLP, o contador ocupa três bytes para o controle. O primeiro
byte reservado para o dado prefixado, o segundo byte reservado para a contagem e o terceiro
byte reservado para os bits de controle da instrução contador.
1o byte = valor prefixado de 50
2o byte = contagem
3o byte = bits de controle D.E. ( bit de entrada), D.S. ( bit de saída ) e D.R. ( bit de
reset).
1
EVENTO
0
T
1
BIT DE
ENERGIZAÇÃO
D.E.
0
T
BIT DE
CONTAGEM 1
COMPLETA
D.S.
0
T
BIT DE
1
ZERAMENTO
D.R.
0
T
MOVER
D1 ===>D2
Abaixo temos cinco endereços da memória de dados do CLP. Observe que o dado de
D1 é distinto de D2.
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 0 1 1 1 1
D2 0 0 1 1 0 0 0 0
D3 0 0 0 0 1 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Supondo que a instrução mover tenha sido acionada e que a movimentação será de D1
para D2.
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 0 1 1 1 1
D2 0 0 0 0 1 1 1 1
D3 0 0 0 0 1 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Observe que o conteúdo de D2 foi alterado. No momento em que a instrução mover for
desacionada, o dado de D2 permanecerá o mesmo.
Enquanto E1 estiver acionada o dado será movido uma vez a cada ciclo de varredura,
portanto E1 deve ser acionado e desacionado rapidamente.
Temos o gráfico que ilustra antes e depois do acionamento de E1 para a instrução
mover.
ENTRADA
0
T
MEMÓRIA
D1 = 00001111 D1 = 00001111
DE
DADOS
0
MEMÓRIA T
DE D2 = 00110000 D2 = 00001111
DADOS
0
T
E1 S1
CO MP AR AR
D 1>D 2
E1 S2
CO MPAR AR
D 1<D 2
T0 T1 T2 T3 T4
D1=35 D1=35 D1=35
D2=10 D2=35 D2=45
1
ENTRADA E1
0
T
SAÍDA S1
0
T
1
SAÍDA S2
0
Permite somar valores na memória quando habilitado. Nesta instrução podem-se usar os
conteúdos de um contador, temporizador, byte da memória imagem, byte da memória de dados.
E1 S1
SOMA
D1+D2=D3
Nesta instrução de programa, quando E1 for acionada, a soma do dado 1 com o dado 2
será depositado no dado 3, portanto o conteúdo do dado 3 não deverá ter importância. Caso o
conteúdo do dado 3 seja importante, o mesmo deve ser movido para um outro endereço ou o
resultado da soma depositado em outro endereço.
Enquanto E1 estiver acionado o dado D1 será somado com D2 e depositado no dado D3
a cada ciclo de varredura, portanto E1 deve ser acionado e desacionado rapidamente.
Abaixo temos cinco endereços da memória de dados do CLP.
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 1 1 0 1 0
D2 0 0 0 0 1 1 1 1
D3 0 0 0 0 1 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Supondo que a instrução somar tenha sido acionada e que a soma será de D1 e D2 em
D3.
D1 equivale em decimal a 26 e D2 a 15, a soma resultará 41 no D3.
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 1 1 0 1 0
D2 0 0 0 0 1 1 1 1
D3 0 0 1 0 1 0 0 1
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Observe que o conteúdo de D3 foi alterado, no momento em que a instrução soma for
desacionada, os dados de D1 e D2 permanecerão os mesmos.
ENTRADA
0
T
D1 = 00011010 D1 = 00011010
MEMÓRIA
D2 = 00001111 D2 = 00001111
DE
D3 = 00001000 D3 = 00101001
DADOS
Permite subtrair valores na memória quando habilitado. Nesta instrução podem-se usar
os conteúdo de um contador, temporizador, byte da memória imagem, byte da memória de
dados.
E1 S1
SUBTRAÇÃO
D1-D2=D3
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 1 1 0 1 0
D2 0 0 0 0 1 1 1 1
D3 0 0 0 0 0 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Supondo que a instrução subtração tenha sido acionada e que a subtração será de D1
menos D2 em D3.
D1 equivale em decimal a 26 e D2 a 15, a subtração resultará 9 no D3.
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 1 1 0 1 0
D2 0 0 0 0 1 1 1 1
D3 0 0 0 0 1 0 0 1
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Observe que o conteúdo de D3 foi alterado, no momento em que a instrução soma for
desacionada, os dados de D1 e D2 permanecerão os mesmos.
1
ENTRADA
0
T
D1 = 00011010 D1 = 00011010
MEMÓRIA
D2 = 00001111 D2 = 00001111
DE
D3 = 00000000 D3 = 00001001
DADOS
MULTIPLICAÇÃO
D1 . D2 = D3
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 1 1 0 1 0
D2 0 0 0 0 0 1 1 1
D3 0 0 0 0 0 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Supondo que a instrução multiplicação tenha sido acionada por E1 e que a multiplicação
será de D1 por D2 em D3.
D1 equivale em decimal a 26 e D2 a 7, a multiplicação resultará 182 no D3.
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 0 1 1 0 1 0
D2 0 0 0 0 0 1 1 1
D3 1 0 1 1 0 1 1 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
E1 S1
DIVISÃO
D1 / D2 = D3 , D4
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 0 1 1 0 0 1 0
D2 0 0 0 0 0 1 0 0
D3 0 0 0 0 0 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Supondo que a instrução divisão tenha sido acionada por E1 e que a divisão será de D1
por D2 em D3, D4.
D1 equivale em decimal a 50 e D2 a 4, a divisão resultará 12,5 no D3, D4.
B7 B6 B5 B4 B3 B3 B2 B1
D1 0 0 1 1 0 0 1 0
D2 0 0 0 0 0 1 0 0
D3 0 0 0 0 1 1 0 0
D4 0 0 0 0 0 1 0 1
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Quando a entrada E1 for acionada, a divisão do dado D1 pelo dado D2 será depositada
no conteúdo do dado D3, D4.
Estas instruções destinam-se à comparação lógica entre bytes. São recursos disponíveis
para os programadores, podendo serem empregadas na análise de byte e diagnose de dados.
AND
D1 . D2 = D3
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 1 0 1 1 0 1 0
D2 0 1 0 0 0 1 1 1
D3 0 0 0 0 0 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Supondo que a instrução AND tenha sido acionada por E1 e que a instrução será de D1
and D2 em D3.
Observe a tabela verdade abaixo e verifique o resultado da analise AND entre os dois
bytes D1 e D2.
E1 E2 SAÍDA
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 1 0 1 1 0 1 0
D2 0 1 0 0 0 1 1 1
D3 0 1 0 0 0 0 1 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Quando a entrada E1 for acionada, a instrução do dado D1 and dado D2 será depositada
no conteúdo do dado D3.
4.10.1.5.2 Instrução OR
Permite executar função OU com valores da memória quando habilitada analisar valores
na memória quando habilitada.
E1 S1
OR
D1 + D2 = D3
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 1 0 1 1 0 1 0
D2 0 1 0 0 0 1 1 1
D3 0 0 0 0 0 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
Supondo que a instrução OR tenha sido acionada por E1 e que a instrução será de D1 or
D2 em D3.
Observe a tabela verdade abaixo e verifique o resultado da analise OR entre os dois
bytes D1 e D2.
E1 E2 SAÍDA
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 1 0 1 1 0 1 0
D2 0 1 0 0 0 1 1 1
D3 0 1 0 1 1 1 1 1
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
XOR
D1 + D2 = D3
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 1 0 1 1 0 1 0
D2 0 1 0 0 0 1 1 1
D3 0 0 0 0 0 0 0 0
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo172
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Comunicação Industrial
Supondo que a instrução XOR (ou exclusivo) tenha sido acionada por E1 e que a
instrução será de D1 xor D2 em D3.
Observe a tabela verdade abaixo e verifique o resultado da análise xor entre os dois
bytes D1 e D2.
E1 E2 SAÍDA
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
B7 B6 B5 B4 B3 B2 B1 B0
D1 0 1 0 1 1 0 1 0
D2 0 1 0 0 0 1 1 1
D3 0 0 0 1 1 1 0 1
D4 1 1 1 0 0 1 0 0
D5 1 0 0 0 0 1 1 1
a 4 44 8 9
Mo
nito
r
G E N IU S
C u rren t S o u rc e
1 S er O KU n i O utp u t
2
ia l t 1 1 5 V 5 0/60 H z
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GND
H
N
NC
BS M
Out
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IO U T O u 1
t1
R TN
GND
IO U T O u O ut
t2 p ut
R TN 2
GND
IO U T O u
t3 O ut
R TN
p ut
GND 3
IO U T O u
t4
R TN
GND O ut
p ut
V O UT
4
IO U T O u
t5
R TN
JM P O ut
p ut
GND
5
V O UT
IO U T O u
t6
R TN O ut
JM P p ut
6
GND 50 m A /P t M a x
a42453
CPU
CONTROLADORA
DE
BARRAMENTO MONITOR
PORTÁTIL
BARRAMENTO DE
COMUNICAÇÃO
PONTO REMOTO
P S
S C
A
N
N
E
R
BLOCOS DE I/O
1- Apresentação do problema.
2- Esclarecimento e análise.
3- Algoritmo.
4- Representação gráfica.
5- Esquema funcional.
6- Circuitos de comando.
4.12.1.1 Apresentação
4.12.1.2 Análise
4.12.2.1 Algoritmo
1- Frear o carro.
2- Verificar se possui estepe e se está em bom estado.
3- Em caso negativo, procurar um borracheiro.
4- Em caso afirmativo, pegar as ferramentas e o estepe.
5- Dar um leve desaperto nos parafusos.
6- Levantar o carro.
7- Soltar os parafusos.
8- Trocar o pneu.
9- Apertar os parafusos.
10- Baixar o macaco.
11- Dar o aperto final nos parafusos.
12- Guardar as ferramentas e o pneu furado.
13- Fim.
Bloco de decisão por meio do qual se indicam condições para executar o desvio.
Comentário ou notas. Símbolo colocado ao lado dos outros blocos para tornar o
fluxograma mais claro.
A Automação não é uma técnica atual, ela passou por vários processos de modernização
até chegar ao que é hoje.
Depois do advento dos CLPs e dos computadores de processo, oS “estados da arte” em
automação industrial são atualmente as redes de automação, mais conhecidas como “Fieldbus”.
Em todo campo da moderna tecnologia de automação, novos modos de equipar
máquinas e plantas estão sendo desenvolvidos. A enorme competitividade e o custo são fatores
que pesam fortemente em todas as áreas de produção e processos de engenharia, necessitando
uma exploração potencial mais racional. Deste ponto de vista a fiação paralela convencional de
sensores e atuadores em uma máquina ou processo passa a ser inflexível devido à grande
exigência relacionada à quantidade de dados e ao tempo de transmissão. Uma solução para este
problema é a rede serial com seus componentes, chamado de barramento de campo ou
“Fieldbus”.
Fieldbus é um termo genérico para sistemas de comunicação serial industrial e
representa um sistema de comunicação digital bidirecional que interliga equipamentos
inteligentes de campo com sistema de controle ou equipamentos localizados na sala de controle.
Toda máquina ou processo industrial necessita de um “cérebro”, ou seja, um
equipamento que vai comandar o funcionamento da mesma.
Hoje em dia, o equipamento que mais se utiliza é o CLP (Controlador Lógico
Programável), que nada mais é do que um computador-dedicado padrão industrial, cuja
programação é intuitiva para pessoas com formação na área elétrica. Há ainda aplicações que
empregam o PC como elemento controlador de um sistema, por exemplo o controle de uma
máquina, e também existem sistemas mais sofisticados como os SDCDs (Sistema Digital com
Controle Distribuído) que normalmente são utilizados em plantas químicas, petroquímicas e
siderúgicas.
Todos esses sistemas possuem algo em comum que é a ligação física com o dispositivo
de campo, isto é, precisa existir algum componente no sistema que tenha a função de fazer a
ligação do elemento controlador com os sinais de entrada e saída de campo (I/O). Por exemplo:
sensores, chaves fim-de-curso, válvulas, motores, variáveis analógicas provenientes de
transdutores de temperatura, etc...
PLC
p
l
c
A automação centralizada foi a primeira a ser utilizada na indústria. Com o passar dos
anos a automação foi evoluindo juntamente com o número de pontos de uma aplicação (entende-
se como número de pontos o número de elementos de entrada e saída que uma aplicação possui).
Para uma automação centralizada isto começa a representar um problema, pois aumentando o
número de pontos aumenta-se também:
- O tamanho do painel elétrico;
- O número de fios e muticabos entrando no painel;
- Erros nas ligações dos fios;
- O espaço físico onde os painéis estão instalados;
Com tudo isso, aumentam também os custos da automação como um todo.
Na figura 5.2 vemos um diagrama que representa um sistema centralizado, podemos
observar que todos os elementos de campo estão ligados diretamente no CLP.
PLC
bus
A Automação não está presente apenas nos elementos finais de campo, mas também em
todos os níveis de uma empresa. Podemos ver na figura 5.4 os níveis de automação presentes em
uma indústria.
- Segmento automotivo:
Estamparia, onde as chapas de ferro do veículo são prensadas e cortadas;
Soldagem da carroceria;
Pintura do veículo;
Etapa de montagem final;
Transporte de veículos.
- Indústria farmacêutica:
- Indústria Eletro-eletrônica;
- Saneamento e distribuição de energia;
- Entre muitos outros segmentos.
Há vários tipos de Fieldbus sendo que alguns são mais simples e outros mais
complexos. Alguns tipos podem ser aplicados para longas distâncias enquanto outros somente
servem para distâncias curtas. Algusn representam sistemas abertos podendo trabalhar com
equiapmentos de diferentes fabricantes enquanto que outros são sistemas proprietários
(fechados) e consistem de equipamentos fornecidos por um único fabricante.
� Sysmac (Omron)
� JETWay-R (Jetter)
� Pneubus (Norgren)
� Link Bus (Allen Bradley)
� Melsec (Mitsubishi)
� Device-Net
� Interbus-S
� Profibus FMS
� Profibus DP
� AS-Interface
A transmissão serial de dados é o método mais comum para transmitir dados. Os dados
são formados por seqüências de “0” e “1” que representam os estados “ligado” e “desligado” e
são chamados de bit. Um bit representa a menor quantidade de informação possível. Os dados
são enviados em um fluxo, um bit de cada vez, através de um canal. Os bits são reunidos para
formar palavras e as palavras formam as mensagens.
bus
Topologia em linha onde outros cabos derivam do cabo principal. Cada derivação
possui apenas um nó (figura 5.7).
bu
s
Topologia em linha que utiliza cabo de 5 vias. Um cabo envia o sinal enquanto o outro
recebe. O quarto cabo é o terra e o quinto a blindagem (figura 5.8).
bus
bus
É uma topologia que apresenta múltiplas derivações tanto do cabo principal como das
derivações.
bus
5.1.9 Comunicação
Esse modelo foi idealizado para estruturar redes e aplicativos em computadores, mas
analogamente a uma rede Fieldbus, ele também efetua troca de dados e podemos aproveitar
alguns de seus preceitos para uma melhor compreensão e divisão dos componentes que
envolvem a troca de dados em um sistema Fieldbus. De acordo com esse modelo, os
processamentos de uma comunicação devem ser estruturados em até sete camadas ou níveis,
como podemos ver na figura 5.11.
As camadas do modelo OSI seguem as seguintes regras:
� O caminho da comunicação do “usuário” até o meio de transmissão passa
através de sete camadas estabelecidas;
� Cada camada tem uma função específica dentro do modelo;
� As camadas possuem bibliotecas de serviços que podem ser utilizadas pelas
camadas superiores, sendo que estas para efetuar uma comunicação, enviam um
pacote com dados contendo a requisição do serviço que este deseja da camada
inferior;
Essas regras permitem que uma tarefa complicada como é a “comunicação” possa ser
dividida em pequenas e gerenciáveis tarefas, e com isso é possível a troca de conteúdo de uma
camada somente em caso de necessidade, sem alterar as demais.
Não é necessário para um sistema de comunicação implementar as sete camadas do
modelo, ou seja, pode-se deixar camadas “vazias”.
A figura 5.12 ilustra como dois sistemas abertos trocam dados de acordo com o modelo
OSI.
O equipamento A insere os dados na camada de aplicação do sistema A. Esses dados
são passados de uma camada para outra.
Na última delas, que é o nível físico, os dados são efetivamente transferidos para o nível
físico do sistema B. A partir desta, os dados são transferidos camada por camada até estes
estarem disponíveis para o equipamento B.
Com a implementação das camadas é possível assegurar a validade dos dados, o correto
envio dos dados para o endereço de destino – “equipamento B” – (supondo que existam mais de
dois participantes na rede), o controle dos processos de comunicação, e também a
implementação de serviços fáceis para o usuário, por exemplo: o acesso aos dados de entradas
analógicas do equipamento B a partir do equipamento A.
Figura 5.12. Troca de dados entre dois sistemas utilizando o modelo OSI.
5.1.12.1 Física
Na camada física, uma seqüência de bits representa os dados que estão sendo
transmitidos pelo canal de comunicação.
Deve ser assegurado nesta camada que o nível lógico do bit, os 0s e 1s, sejam
reconhecidos pelo receptor exatamente como o transmissor os enviou. É possível codificar esses
níveis lógicos de diversas formas: níveis de tensões, presença ou não de luz, entre outros.
Principal tarefa
A correta transmissão de uma seqüência de bits.
Principais pontos
� Qual meio de transmissão?
� O que é nível lógico 0 ou 1?
� Qual a velocidade da transmissão?
� É possível a comunicação nos dois sentidos ao mesmo tempo?
� Como a conexão é feita e como é a terminação?
� Quantos terminais de conexão existem nos conectores, e eles são usados para
quê?
5.1.12.2 Enlace
A camada de enlace passa para a camada física, além dos dados, também uma
informação para a segurança dos mesmos.
São incluídos nos dados códigos de proteção e redundância dos mesmos formando, com
isso, um pacote de dados. Esses códigos podem ser métodos simples de reconhecimento de erros
(checksum) ou códigos de correção de erros (exemplo: Hamming codes).
Principal tarefa
Proteção dos dados.
Principais pontos
� Criação de pacotes de dados;
� Marcação dos pacotes de dados;
� Códigos de detecção de erros;
� Códigos de correção de erros;
� Repetição do pacote de dados em caso de erros;
� Reconhecimento de uma transmissão correta;
� Controle do fluxo de dados.
Haverá problemas se todo o pacote de dados for destruído, uma vez que a mensagem de
erro que será gerada também poderá ser danificada no retorno.
A camada enlace deverá assegurar também que o receptor pode aceitar o pacote de
dados por completo e passá-los adiante em tempo determinado. Controle dos fluxos de dados e
até buffers de dados podem ser implementados para isso.
5.1.12.3 Rede
Principal tarefa
Selecionar rotas entre os elementos participantes da comunicação.
Principais pontos
� Dependência total da topologia da rede (veremos adiante);
� Canais de comunicação ponto-a-ponto;
� Canais de comunicação broadcast;
� Endereçamento;
� Coordenação dos pacotes de dados a serem transmitidos;
� Oferta de serviços para utilização destes canais.
5.1.12.4 Transporte
A camada de transporte aceita dados da camada de seção e passa para a camada de rede
um pacote de dados cujo tamanho possa ser transmitido. Um pacote de dados da camada de
seção é quebrado em diversos e pequenos pacotes para serem trnsmitidos sem sobrecarregar a
rede e chegando ao destino sejam remontados formando o bloco original dos dados.
Essa não é uma tarefa fácil, pois uma vez que os pacotes são quebrados, eles podem
trafegar pela rede por diversos caminhos e, com isso, chegarão ao destino em tempos diferentes,
isso quer dizer “fora de ordem”, e como trafegam por caminhos diferentes, pode ser que alguns
deles tenham que ser retransmitidos devido a erros e outros não, atrasando ainda mais a
montagem do pacote final.
O protocolo mais conhecido para essa camada é o TCP (Transmission Control
Protocol).
Principal tarefa
Preparação dos dados para a camada de rede.
Principais pontos
� Quebra os dados em pequenos pacotes de transmissão para reagrupá-los no lado
destino;
� Transmite os pacotinhos por diversos caminhos;
5.1.12.5 Seção
Principal tarefa
Disponibiliza serviços para as camadas de apresentação e aplicação.
Principais pontos
� Obtenção de acesso a outros sistemas e equipamentos;
� Sincronização e restabelecimento da comunicação a partir do ponto onde parou.
5.1.12.6 Apresentação
Uma vez que vários equipamentos e sistemas estejam disponíveis para a troca de dados,
é útil que uma camada possa fazer determinados tipo de conversões, tais como conversão de
fontes, diferentes representações de números (decimal, hexadecimal, binário), etc., e também é
nessa camada que é realizada a criptografia dos dados para autenticidade e sigilo dos mesmos .
Principal tarefa
Conversão na estrutura de dados.
Principais pontos
� Conversão de fontes e sistemas de numeração;
� Compressão dos dados a fim de diminuir o volume deles a serem trnsmitidos;
� Criptografia dos dados.
5.1.12.7 Aplicação
Ao contrário das outras camadas, esta disponibiliza serviços para o usuário. Como os
dados são transmitidos ou recebidos, eles são transparentes para o usuário.
Principal tarefa
Disponibilizar serviços aos usuários finais.
Principais pontos
� Transmissão de arquivos e gerenciamento de diretórios;
� Leitura e escrita de dados entre equipamentos de automação;
Como foi dito anteriormente, nem toda a rede de comunicação necessita dos sete níveis
do modelo OSI para ser implementada. A maioria das redes Fieldbus precisa somente de três
níveis: nível 1- Físico, nível 2- Enlace e o nível 7 – aplicação. Podemos citar como exemplo as
redes Interbus e Profibus.
A transmissão dos dados em uma rede Fieldbus pode trafegar por vários canais de
comunicação. Podemos citar alguns, como:
� Fibra óptica – esta é utilizada em meio industrial não pela sua capacidade de
alcançar grandes distâncias sem a perda do sinal, mas sim, para isolar
eletricamente os equipamentos e também para proteger a integridade dos dados
contra interferências eletromagnéticas.
� Slip- Ring – também chamado coletor rotativo, este equipamento é empregado
quando que temos que transmitir os dados em nós que ficam em partes rotativas
de uma máquina, por exemplo.
� Guia de ondas – possui a mesma filosofia do slip-ring, porém para máquinas
com deslocamentos lineares;
� Infravermelho – é utilizado onde não há possibilidade de passar nenhum tipo
de cabo ou em ambientes onde a temperatura é muito alta.
� Cabo de cobre – é o meio de transmissão mais utilizado dentre todos os citados.
Todos esses meios de transmissão mencionados acima são meios de transmissão serial e
não paralela, porque a transmissão serial elimina a quantidade de cabos condutores, que é
justamente a filosofia do Fieldbus.
PLC
PROFI BUS DP
Gateway/ Gateway/
Controller Controller
AS-I AS-I
5.1.17 Protocolo
5.1.18 Mensagem
0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1
5.1.19 Velocidade
“Rede AS-i”: a rede ideal para pequenas aplicações em automação industrial, onde não
existe a necessidade de utilização de painéis elétricos, isto é, onde todos os módulos de I/O ou
são IP54 ou IP67, assegurando uma isolação do módulo ao meio externo. Sua fácil conexão,
alimentação e dados no mesmo cabo, aliados a um rápido tempo de atualização garantem o
sucesso desta rede em suas aplicações.
A rede “Actuator/ Sensor interface” também conhecida como rede AS-i, é um sistema
fieldbus para o nível mais baixo de uma automação industrial. Um cabo de bus que
tradicionalmente é blindado, na rede AS-i é substituído por um simples cabo elétrico, como
veremos mais a frente. Esse cabo é chamado de AS-i.
Utilizando um cabo AS-i e um mestre AS-i, as entradas e saídas digitais podem ser
controladas por módulos especiais chamados de módulos AS-i.
Para a rede AS-i existe hoje uma variedade enorme de fornecedores de produtos e
equipamentos e a tendência é aumentar ainda mais.
A rede AS-i está na base da pirâmide de automação industrial. A rede AS-i é
caracterizada pelos seguintes fatores:
� “AS-interface” é otimizada para a conexão de sensores e atuadores digitais. O
cabo AS-i é usado para troca de dados entre os módulos de I/O e o mestre da
rede, e também provê alimentação para os sensores e atuadores;
� Conexão simples e econômica: com a técnica de conexão por “vampiro”, a rede
AS-i se torna a rede mais simples de utilizar do mercado. Com o cabo AS-i
podemos fazer as mais diversas topologias de rede;
O mestre AS-i é o elemento principal da rede, pois é ele que controla e determina o
tráfego de dados entre o controlador e os I/Os.
Como mestre, podemos ter:
� Placas para CLPs como das famílias da Siemens S5 (CP2430, CP2433) e S7
(CP342-2);
� Placas para PC como são os casos da Phoenix Contact e da Siemens;
� Gateways para o interfaceamento de redes fieldbus de nível superior para a rede
AS-i. Por exemplo: Interbus para AS-i ou Profibus –DP para AS-i.
Par paralelo de 2 vias de seção 1,5 mm², em isolamento do tipo chato para conexão sem
parafusos ou redondo com conexão por conectores. Existe um cabo amarelo para transferência
de dados e potência e um cabo preto utilizado somente para potência. O cabo amarelo pode ser
utilizado para transferir potência somente para sensores pois os atuadores costumam apresentar
potência além dos limites do cabo.
Quando se utiliza o cabo chato, não é necessário cortar o cabo para fazer a conexão.
Basta colocar na posição no módulo e fechar. O módulo possui mordentes (piercing) que
perfuram o isolamento do cabo e fazem a conexão. Ao ser retirado o módulo, os orifícios se
fecham e selam o local contra a entrada de umidade.
A fonte para rede AS-i fica conectada diretamente no cabo AS-i e ela fornece para todos
os participantes da rede a alimentação necessária ao funcionamento do sistema. Caso uma fonte
não seja suficiente para alimentar todo os sistema, é possível a colocação de mais fontes no
mesmo cabo. Em particular para os atuadores, pode se fazer necessário outro cabo para a
alimentação dos módulos, visto que eles consomem muito mais corrente.
Cada módulo de I/O deve ser programado para um endereço, e este endereço o
identifica como participante da rede e , dependendo da versão da rede AS-i (falaremos mais
adiante), existe um número máximo de participantes. Este dispositivo de programação é
responsável pelo endereçamento de cada módulo da rede.
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo199
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Comunicação Industrial
Mestre-Escravo
A rede AS-i é uma rede de um único mestre, o que quer dizer que existe somente um
único elemento da rede capaz de gerenciar a troca de dados entre os módulos.
Confiabilidade e flexibilidade
O método de transmissão utilizado (modulação por corrente) garante uma alta
confiabilidade da rede. O mestre monitora a tensão do cabo, bem como a transferência dos
dados. E este detecta erros e falhas dos módulos escravos e envia mensagens de diagnóstico para
o CLP. E com isso, o CLP pode tomar alguma providência com a relação a esses fatos.
Cada telegrama é conferido pelo receptor por possíveis falhas na transmissão. Isso é
feito conferindo o bit de paridade e outras variáveis do sistema.
Através desses checks é possível a detecção de não apenas uma, mas de várias falhas
simultâneas no barramento.
E, caso haja alguma falha de transmissão, é pedido para o transmissor repetir o pacote
dos dados e essa operação dura somente 150 microssegundos.
A rede AS-i pode ser utilizada até mesmo em ambientes com alto índice de interferência
eletromagnética como, por exemplo, perto de máquinas de solda ou inversores de freqüências.
A adição e retirada de módulos da rede funcionando não impede que os outros módulos
continuem em operação.
A rede AS-i foi criando várias versões ao longo do tempo, e hoje estamos na versão 2.1,
mas até um passado muito próximo a versão era 2.0. Vejamos na tabela 5.1 as diferenças.
TABELA 5.1
Características AS-i 2.0 AS-i 2.1
Número máximo de módulos I/O 31 62
Variáveis de processo analógicas integradas ao mestre da rede Não Sim
LED de indicação de diagnóstico local no módulo Não Sim
Número máximo de I/O 124 I +124 O 248 I + 186 O
Tempo de ciclo na capacidade máxima de módulos de I/O 5 ms 10 ms
Compatibilidades:
Todos os módulos I/O antigos podem se comunicar com a nova versão de mestre da
rede, sem nenhuma limitação.
Podemos em aplicações antigas utilizar módulos na versão AS-i 2.1.
Observação:
Na versão 2.0 da rede AS-i também era possível a obtenção de valores analógicos,
porém este recurso era muito trabalhoso e o resultado não era dos melhores. Era preciso ter um
Bloco de Função dentro do CLP para a multiplexação dos valores analógicos nos módulos ou até
mesmo cada módulo analógico utilizava-se de 2 ou 3 chips AS-i para, com isso, ter um canal
maior de dados.
Já na versão 2.1, o tratamento do sinal analógico passa a ser feito diretamente pelo
mestre AS-i.
A rede AS-i é, hoje em dia, a mais utilizada onde precisamos ligar poucos pontos em
módulos IP67, pois alis a facilidade na montagem e custo dos equipamentos. Podemos dizer
ainda que ela, junto com a rede Interbus- Loop, são as redes mais baratas do mercado.
O Modbus, além de ter a maior gama de produtos que conversam neste protocolo, é o
mais utilizado em aplicações que envolvem uma eficiente troca de dados entre dispositivos, e
também onde se faz necessário uma simples implementação do seu protocolo, pois não abrange
um desenvolvimento de hardware, como as outras redes Fieldbuses que vimos até aqui.
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo202
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Comunicação Industrial
Veja algumas características desta rede bastante utilizada não somente em automação
Industrial, mas também em vários outros segmentos do mercado.
O protocolo Modbusy foi desenvolvido pela empresa Modicon em 1978 como um
simples meio de troca de dados entre controladores e sensores, utilizando uma porta de
comunicação serial em RS-232. Uma vez que o padrão foi estabelecido pela indústria, o Modbus
foi desenvolvido em outros produtos para automação industrial, e hoje em dia, é o protocolo
mais implementado em produtos para Automação Industrial.
Modbus é marca registrada da empresa Schneider Electric. Entretanto, ela abriu a
especificação do protocolo e suas formas de implementação para qualquer um que queira utilizar
este eficiente protocolo de comunicação, portanto é um protocolo extremamente aberto.
O Modbus é empregado para a comunicação mestre-escravo entre equipamentos
inteligentes e sensores e instrumentos, e também para monitorar equipamentos de campo
utilizando PCs e IHMs.
Ele é ideal em aplicações onde se faz necessária a comunicação via rádio-modem onde
facilmente pode ser implementado o protocolo Modbusy, sendo esta aplicação muito usada em
empresas de saneamento e subestações de óleo e gás. Mas o protocolo Modbusy não é apenas
um protocolo para ser utilizado na indústria, ele pode ser usado também em: automação predial,
transporte, energia, entre outros.
O Modbus é um protocolo que se encontra na camada de aplicação, posicionada na
camada 7 do modelo OSI, que provê a troca de dados no modelo Cliente/Servidor entre
equipamentos conectados em diferentes tipos de redes e Fieldbuses.
O protocolo Modbus toma sempre por base que o Client (Mestre) é que inicializa uma
transmissão de dados. A função indica para o Server (escravo) que tipo de ação ele deve tomar.
A função é codificada para um byte. Os códigos válidos para a função são 1 ... 255 em decimal
(128 – 255 reservado para aplicações especiais). Quando a mensagem é enviada do Client para o
Server, o código da função diz para o Server qual a ação que ele deve tomar. Códigos de
subfunções são adicionados a somente alguns códigos de função para definir múltiplas ações.
O campo de dados da mensagem enviada do Client para o Server contém informações
adicionais que este último utiliza para realizar as ações determinadas pelo código da função. Esse
campo pode conter itens como endereços discretos ou registros, quantidade de dados a serem
manipulados, a contagem dos bytes no campo. O campo de dados pode também não conter
alguma informação em determinados tipos de requisição, isto é, o Server não precisa destes
dados para processar algum tipo de solicitação do Client, e o próprio número da função já
especifica a ação a ser tomada pelo Server.
Se não surgir nenhum tipo de erro na transmissão da requisição do Client para o Server,
este deverá ter em seu campo de dados os dados solicitados pelo Client. Caso ocorra algum erro
na requisição da função, o campo de dados conterá o código de erro correspondente que
retornará ao Client para este determinar a próxima ação a ser tomada.
Por exemplo: O Client quer ler o status de alguns módulos de entradas ou saídas
digitais.
Quando o Server responde para o Client, é utilizado no campo código de dados um
código de erro que indica o tipo de erro ocorrido, este procedimento é chamado de “exception
response” .
Também em caso de erro, o Server retorna para o Client no campo do código da função
ou código que foi solicitado com o seu bit mais significativo setado para o nível lógico 1.
No caso de uma resposta normal, o Server simplesmente copia o código da função que
foi solicitada pelo Client.
� Se o usuário quiser que a sua função se torne pública, ele deve iniciar junto ao
modbus.org uma RFC para assim ter a possibilidade da incorporação da sua
função na área pública.
Alguns códigos de função são utilizados por algumas empresas fazendo parte da sua
linha de produtos e, com isso, não estão disponíveis para uso público.
O protocolo Modbus utiliza dois tipos de verificação de erros, o mais básico deles é o de
cada frame serial onde o bit de paridade indica a inversão dos estados dos bits e o CRC (Cyclic
Redundancy Check), que é um check que é implementado na mensagem inteira ocupando dois
bytes no final de cada telegrama. O CRC nada mais é do que um algoritmo lógico em que seu
resultado tem por base todos os bytes do telegrama.
� Fibra de vidro multimodo: quando temos grandes distâncias envolvidas, elas são
empregadas. Seu custo é o mais caro das três, porém, é a que alcança a maior
distância, aproximadamente 3300 metros entre módulos. Requer o máximo de
cuidado no manuseio e sua conectorização depende de empresas especializadas
para fazê-la.
Lembramos que o uso de fibra óptica em meio industrial é empregado na maioria das
aplicações onde temos um alto índice de interferências eletromagnéticas ou quando precisamos
isolar dois módulos eletricamente, e não somente pela distância envolvida ou por uma suposta
melhoria de performance (a taxa de transmissão é fixa, independentemente do cabo utilizado).
Actuator/Sensor Level
Os sinais de sensores e atuadores são transmitidos nesse nível. A implementação deste
nível é relativamente barata e seus elementos têm que ser de fácil instalação, e é altamente
recomendável que nessa rede os dados trafeguem junto com a alimentação dos dispositivos no
mesmo cabo. Exemplos desse tipo de rede são: Interbus Loop e rede AS-i (AS- Interface).
Device Layer
Também conhecido como Field Level, nesse nível de rede encontram-se módulos de
I/O, inversores de freqüência, CLP, IHM, ilha de válvulas, entre outros, todos eles comunicando-
se com alta eficiência, com tempos de varredura extremamente curtos e comunicação em tempo
real. O Device Net é compatível com essa camada de rede e satisfaz todas essas características.
Como seus concorrentes (também nesse nível), temos a rede Interbus e a rede Profibus.
Control Layer
Também conhecido como Control Level, é nesse nível que todos os elementos
controladores de sistemas estão, podendo ser citados o CLP e Computadores de Processo
comunicando-se um com outro. Nesse nível são trocados grandes pacotes de dados, e também
requerem muitas funções de comunicação. Integração com redes Ethernet e sistemas de acesso a
outros sistemas também são requisitos desse nível de comunicação. A rede ControlNet se
encaixa neste nível.
Information Layer
É nesse nível que as informações são supervisionadas ou até mesmo controladas por
sistemas remotos que, normalmente, estão distantes da planta ou processo, onde se encontram os
elementos controladores e os controlados.
5.4.1 Histórico
A rede DeviceNet é uma derivação da rede CAN e voltada para a área de automação
industrial.
Tendo como empresa patrocinadora a Allen-Bradley (hoje Rockwell Automation), ela
começou seu desenvolvimento em março de 1994 e se tornou uma rede aberta, sendo divulgada e
assistida pelo ODVA (Open DeviceNet Vendor Association).
A rede é normalizada pelas normas ISSO 11898 & 11519 e atualmente pela norma IEC
– 61158.
Podemos dizer que esta rede é a principal no mercado norte-americano, e que aqui no
Brasil ela tem uma expressividade muito grande dividindo a liderança com as redes Interbus e
Profibus.
Existem diversos benefícios em se utilizar a rede DeviceNet, podemos citar alguns:
� Redução da fiação elétrica e com isso reduzindo também seus custos de
instalação;
� Redução do tempo de start-up;
� Redução do tempo de máquina parada;
� Rápido diagnóstico e localização de falhas;
� Inserção, retirada e substituição dos módulos sem com isso parar a rede;
� Comunicação com os maiores fornecedores de equipamentos de automação do
mercado;
� Configuração da rede on-line;
� Alta confiabilidade;
� Dados e alimentação de 24 Vdc no mesmo cabo.
A rede DeviceNet é uma rede em barramento baseada no protocolo elétrico RS-485,
mas sua configuração pode ser expandida em árvore também, utilizando conectores especiais
para esse fim. A linha principal do barramento é chamada de TRUNCK e as linhas derivadas de
DROP.
5.4.3 Comunicação
5.4.3.1 Polling
5.4.3.2 Strobing
O mestre faz a requisição para todos de uma só vez, e assim um a um vai respondendo
ao mestre, sendo um de cada vez. Por exemplo, o nó número 1 responde primeiro e depois quem
responde é o nó número 2, e assim sucessivamente. Podemos até estipular prioridades para as
informações.
Os métodos Polling e Strobing são os mais utilizados.
5.4.3.3 Cyclic
Para mensagens que requerem mais de 8 bytes de dados por scan. Os dados que
possuem mais de 8 bytes são quebrados em grupos de 8 em 8 bytes para serem transmitidos, e ao
chegarem todos os bytes no equipamento destino, estes são novamente agrupados. Este método
necessita de mais de um ciclo de varredura para enviar uma mensagem completa.
5.4.3.8 Multi-Master
Hoje em dia, o requisito básico em uma comunicação é que ela seja aberta. Isso é
baseado em um compreensível desejo de garantia de que cada equipamento funcionará
independentemente do fornecedor. Essas condições incluem certas regras, estipulações,
requisitos e padronizações de acordo com a funcionabilidade de cada equipamento. Para este
propósito as padronizações devem ser abertas, isto é, independentes do fabricante, só assim então
poderão ser utilizadas por todos os sistemas e fornecedores de produtos.
Outro fator importante em ter uma configuração aberta é a de não ficarmos presos em
um só fornecedor de produto, pois nem sempre é bom dependermos totalmente dele.
5.4.5 ODVA
Actuator/Sensor Level
Os sinais de sensores e atuadores são transmitidos nesse nível. A implementação deste
nível é relativamente barata e seus elementos têm que ser de fácil instalação, e é altamente
recomendável que nessa rede os dados trafeguem junto com a alimentação dos dispositivos no
mesmo cabo. Exemplos desse tipo de rede são: Interbus Loop e rede AS-i (AS- Interface).
Field Level
Nesse nível de rede encontram-se módulos de I/O, inversores de freqüência, CLP, IHM,
ilha de válvulas, entre outros, todos eles comunicando-se com alta eficiência, com tempos de
varredura extremamente curtos e comunicação em tempo real. O Profibus é compatível com essa
camada de rede e satisfaz todas essas características.
Cell Level
É nesse nível que todos os elementos controladores de sistemas estão, podendo ser
citados o CLP e Computadores de Processo comunicando-se um com outro. Nesse nível são
trocados grandes pacotes de dados, e também requerem muitas funções de comunicação.
Integração com redes Ethernet e sistemas de acesso a outros sistemas também são requisitos
desse nível de comunicação.
O DP é mais utilizado. Ele é otimizado para ser o mais rápido, com maior eficiência e
para baixos custos por conexão. O DP foi feito para interligar elementos controladores (por
exemplo, um CLP) a elementos de campo (I/Os). Denominamos os módulos que se comunicam
nesse Profile de módulos Profibus DP está no Field Level da figura 5.22.
O FMS é o protocolo da comunicação universal que oferece sofisticadas funções de
comunicação entre dispositivos inteligentes. Ele foi projetado para um grande volume de troca
de dados em um tempo de resposta aceitável para esse fim. Chamamos os módulos que se
comunicam nesse Profile de módulos Profibus FMS. O Profibus FMS está no Cell Level.
De acordo com a aplicação, pode-se utilizar como meio de transmissão (Physical
Profile) qualquer um dos seguintes padrões: RS-485, IEC 61158-2 ou Fibra Óptica.
O Perfil da Aplicação (Aplication Profile) define as opções do protocolo e da tecnologia
de transmissão requerida nas respectivas áreas de aplicação e para os vários tipos de dispositivos.
Estes perfis também definem o comportamento do dispositivo.
5.5.2.2.1 RS-485
TABELA 5.2
Baud rate (kbits/s) 9,6 19,2 93,7 187,5 500 1500 1200
5 0
Distância (m) 1200 1200 1200 1000 400 200 100
como padrão para as redes Fieldbus em áreas classificadas. O modelo segue os seguintes
princípios:
� Cada segmento tem apenas uma única fonte de energia;
� Nenhuma energia é transportada pelo bus de dados quando o equipamento está
enviando dados;
� Todos os equipamentos consomem uma corrente padrão constante;
� A terminação do bus é feita com componentes passivos consistindo de um
resistor de 100� e um capacitor de 100µF;
� São possíveis as topologias em barramento, árvore e em estrela.
Em estado normal cada estação consome uma corrente padrão de 10mA e essa corrente
serve como energia para o equipamento de campo. O sinal de dados é modulado pelo
equipamento transmissor que é de +/-9 mA em cima doa 10mA.
Para a rede Profibus trabalhar em áreas classificadas é necessário que todos os
equipamentos participantes da rede estejam de acordo com o modelo FISCO. Na tabela 5.3
fornecemos as características da norma IEC-61158-2.
Normalmente, o elemento controlador (CLP) está em um painel elétrico comunicando-
se em RS-485 com outros elementos Profibus, e para “transformar” o sinal RS-485 em IEC-
61158-2 há dois elementos: os Acopladores de Redes e os Links. A diferença entre eles é:
Acopladores de Redes: Simplesmente convertem o sinal físico RS-485 no IEC-61158-
2. pelo ponto de vista protocolo, o Acoplador de Rede é transparente, e quando é utilizada a taxa
de transmissão em RS-485 ela deve ser de no máximo 936,75 kbits/s.
Links: Ao contrário do Acoplador de Rede, estes têm sua própria inteligência. O Link é
um elemento da rede Profibus e possui seu próprio endereço. Não há limites de velocidade para
se trabalhar com um Link, com isto é possível trabalhar com equipamentos em alta velocidade
junto com equipamentos para área classificada.
Note que nessa figura existe uma distância com o nome de Stub. Um Stub é a distância
do elemento até o barramento de dados, e em área classificada essa distância nunca pode ser
maior que 30 metros.
TABELA 5.3
Transmissão de dados Digital com sincronismo, código Manchester
Velocidade de transmissão 31,25 kbits/s
Segurança dos dados Preamble, error-prof start e delimitador no fim do frame.
Cabo Cabo com um par de condutores trançados e com malha
de terra (shield).
Classe de proteção Intrinsecamente seguro (EEx ia/ib) e encapsulamento
(EEx d/m/p/q).
Topologia Linha, estrela ou árvore.
Número de estações Até 32 estações, podendo chegar até 126 com uso de
repetidores.
As Fibras Ópticas são utilizadas na rede Profibus em ambientes com alto índice de
interferência eletromagnética ou para isolar equipamentos eletricamente, ou ainda para aumentar
a distância entre elementos da rede. Podemos ver na tabela 3 os tipos de Fibras Ópticas
empregadas com a rede Profibus.
Alguns fornecedores de produtos para a rede Profibus disponibilizam além da
tradicional conexão em cobre, também a conexão em Fibra Óptica, porém quando isso não
ocorrer se fará necessário o uso de conversores de sinal.
TABELA 5.4
Tipo de Fibra Características
Fibra de Vidro Multimodo Distâncias médias que variam de 2 a 3 Km
Fibra de Vidro Monomodo Grandes distâncias podem chegar até 15 Km
Fibra HCS ou PCS Distâncias pequenas de até 500 m
Fibra polimérica Distâncias pequenas de até 80 m
O MAC também é responsável por permitir que somente uma estação tenha o direito de
transmissão por vez.
Esse protocolo foi desenvolvido para combinar dois requisitos básicos:
- Durante a comunicação entre dois mestres de rede, o protocolo deve garantir que cada
estação tenha o controle do tempo para transmissão dos dados de forma precisa e em intervalos;
- Por outro lado, na comunicação entre um mestre e um elemento escravo, a
comunicação deve ser cíclica, em tempo real e o mais rápido possível, de forma simples e sem
erros.
O MAC da rede Profibus (veja figura 5.27) utiliza um procedimento de Token Passing
quando há troca de dados entre elementos mestres de rede, e um procedimento mestre-escravo
quando a comunicação é entre um elemento mestre e um escravo.
O procedimento Token Passing garante que um direito de acesso ao bus seja dado a
cada mestre de rede, de tempos em tempos, de uma maneira precisa. A “Token Message” que é a
mensagem de um mestre para outro passando o direito do uso do bus, deve ser executada dentro
de um tempo limite configurável por software.
Já o procedimento mestre-escravo permite que o mestre gerencie os frames de dados
entre ele e os elementos escravos, fazendo o que se chama de “polling” entre as estações.
Com esses métodos de acesso, é possível fazer as seguintes configurações de redes:
� Um sistema puro Mestre-Escravo;
� Sistemas Multi-Mestres (Token Passing);
� A combinação dos dois.
O Token Ring forma uma seqüência lógica de estações mestre formando um anel
lógico, sendo que cada estação mestre que tem o direito de acesso ao bus naquele momento,
troca de dados com os elementos escravos na comunicação mestre-escravo.
Adicionalmente, a comunicação mestre-escravo ponto-a-ponto é possível também o
estabelecimento de mensagens para outras estações ao mesmo tempo em Broadcast ou Multicast.
Mensagem Broadcast: é quando uma estação mestre envia uma mensagem para todos
os participantes da rede.
Mensagem Muticast: é quando uma estação mestre envia uma mensagem para um
grupo pré-definido de participantes da rede.
TABELA 5.5
Serviço Função DP FMS
SDA Send Data with Acknowledge ���
Envia dados com reconhecimento
SRD Send and Request Data with replay � ���
Envia e requisita dados com resposta
SDN Send Data with No acknowledge � �
Envia dados sem reconhecimento
CSRD Cyclic Send and Request Data with replay �
Envia e requisita dados ciclicamente com resposta
Cada perfil de comunicação PROFIBUS utiliza um subset específico dos servi ços da
camada 2 (veja tabela 5.5). Os serviços são acionados por camadas mais elevadas via pontos de
acesso de serviço (SAP’s). No PROFIBUS-FMS estes pontos de acesso de serviço são utilizados
para endereçar os relacionamentos lógicos de comunicação. No PROFIBUS-DP a cada função
definida é associado um ponto de acesso de serviço. Vários pontos de acesso de serviço podem
ser usados simultaneamente por todas estações passivas e ativas. Uma distinção é feita entre
fonte (SSAP – Source) e destino dos pontos de acesso de serviço (DSAP - Destiny).
5.5.4 Profibus DP
funções de monitoração tanto no mestre, como no escravo. A tabela 5.6 proporciona um resumo
das funções básicas do PROFIBUS-DP.
TABELA 5.6
Tecnologia de transmissão
RS-485 (par trançado cabo de dois fio) ou Fibra Óptica
Baudrate: 9.6 kbit/sec a 12 Mbit/sec
Acesso ao Bus
Procedimento de passagem de token entre mestres e procedimento de mestre-escravo para
escravos
Possível sistemas mono-mestre ou multi-mestre
Dispositivos mestre e escravo, máximo de 126 estações em um barramento de comunicação
Comunicação
Peer-to-peer (transmissão de dados de usuário) ou Multicast (comandos de controle)
Transmissão de dados do usuário mestre-escravo cíclica e transmissão de dados não cíclica
mestremestre
Modos de Operação
Operate: Transmissão cíclica de entrada e saída de dados
Clear: Entradas são lidas, e saídas são mantidas em estado seguro.
Stop: Transmissão de dados só é possível em mestre-mestre
Sincronização
Comandos de controle permitem sincronização de entradas e saídas
Sync mode: Saídas são sincronizadas
Freeze mode (modo de congelamento): Entradas são sincronizadas.
Funcionalidade
Transmissão de dados cíclica entre mestre DP e escravo(s) DP
Ativação ou desativação dinâmica de escravos individualmente
Verificação da configuração do escravo DP
Poderosas funções de diagnóstico, 3 níveis hierárquicos de mensagens de diagnósticos
Sincronização de entradas e/ou saídas
Designação de endereços para escravos DP via o barramento
Configuração de mestre DP (DPM1) sobre o bus
Máximo de 246 bytes de entrada e saída por escravo DP
Funções de segurança e proteção
Todas mensagens são transmitidas com Hamming distance HD=4
Watchdog timer no escravo DP
Somente uma alta velocidade de transferência de dados não é um critério suficiente para
o sucesso de um sistema de comunicação de dados. Instalação e manutenção simples, uma boa
capacidade de diagnóstico e uma de transmissão de dados segura e livre de erros são também
importantes para o usuário. O PROFIBUS-DP representa a combinação ótima destas
características.
5.5.4.2.1 Velocidade
adicional para executar os serviços de comunicação acíclico. Para permitir isto, a ferramenta de
parametrização normalmente aumenta o tempo de circulação do token o suficiente para dar ao
mestre a chance de executar não somente as comunicações cíclica de dados mas também tarefas
acíclicas.
Estas funções são opcionais, porém compatíveis com as funções básicas do
PROFIBUS-DP. Dispositivos existentes que não necessitam ou não queiram utilizar estas novas
funções continuam a ser utilizados, já que estas funções são complementares às funções básica
existentes. As extensões do PROFIBUS-DP são especificadas na diretriz técnica de PROFIBUS
No. 2.082.
Figura 5.32. Dispositivo de Campo Virtual (VFD) com Dicionário de Objetos (OD).
Os serviços FMS são um subset dos serviços MMS ((MMS = Manufacturing Message
Specification, ISO 9506), que foram otimizados para aplicações de barramentos e que foram
então estendidos por funções para a administração dos objetos de comunicação e gerenciamento
de redes.
5.5.6 Profibus PA
� Válvulas e
� Analisadores
TABELA 5.7
Parâmetro Leitura Escrita Função
OUT � � Valor medido atual da variável de processo
PV_SCALE � � Escala da faixa de medição da variável de processo,
códigos para unidades e números de dígitos após o
ponto decimal.
PV_FTIME � � Tempo de resposta da saída do bloco funcional em
segundos.
ALARM_HYS � � Histerese do alarme, funciona como % do range de
medição.
HI_HI_LIMIT � � Limite altp-alto de alarme: Se ultrapassado, bit de
alarme e status são ativados.
HI_LIMIT � � Limite alto de alarme: Se ultrapassado, bit de
warning e status são ativados.
LO_LIMIT � � Limite baixo de alarme: Se ultrapassado, bit de
warning e status são setados.
LO_LO_LIMIT � � Limite baixo-baixo de alarme: Se ultrapassado para
baixo, bit de interrupt e status são acionados.
HI_HI_ALARM � � Estado do limite alto-alto de alarme.
HI_ALARM � � Estado do limite alto de alarme.
LO_ALARM � � Estado do limite baixo de alarme.
LO_LO_ALARM � � Estado do limite baixo-baixo de alarme.
Tabela 5.7. Parâmetros do bloco de função Saída Analógica (AI)
5.5.7 PROFISAFE
O perfil PROFISafe (No. Ordem 3.092) define como dispositivos de Falha Segura
(botões para parada de emergência, lâmpadas) são conectados a um Controlador Programável via
PROFIBUS. Isto significa que as vantagens de um padrão de comunicação industrial aberto tipo
PROFIBUS, pode ser também utilizado em áreas especiais onde até agora quase todos
dispositivos são conectados convencionalmente.
Durante o desenvolvimento do conceito para transmissão segura de dados via
PROFIBUS, o foco não foi somente a redução do gasto com fiação, mas também o grande
campo de aplicação nas indústrias de manufatura e processo. Como resultado, dispositivos com
perfil PROFISafe podem operar sem restrições e em harmonia com dispositivos padrão
utilizando o mesmo meio físico. PROFISafe é baseado no perfil de comunicação do DP e pode
ser operado com RS-485, fibra óptica ou IEC 61158-2.
O PROFISafe é uma solução de software de canal simples, que não requer nenhum cabo
adicional. Ele leva em conta todos possíveis erros conhecidos que podem ocorrer durante uma
comunicação serial (repetição, perda, inserção, seqüência incorreta, atrasos, dados de processo
corrompidos e endereçamento errado) e define mecanismos de segurança adicionais estendendo
os limites padrão de detecção e de eliminação de erros no protocolo de acesso ao barramento do
PROFIBUS.
Por meio de uma inteligente seleção e combinação das medidas disponíveis, tal como
numeração consecutiva, monitoração de tempo com reconhecimento, identificação fonte-alvo e
controle CRC, assim como o patenteado SIL Monitor, foi possível alcançar a desejada classe de
probabilidade de falhas até SIL3 ou AK6, ou categoria 4. Para os fabricantes de dispositivos
Failsafe, há um software especial que implementa todas definições do perfil PROFISafe. Um
fator relevante são os relatórios positivos que o perfil PROFISafe recebeu dos institutos TÜV e
BIA.
Figura 5.37. No perfil ProfiSafe, dispositivos failsafe podem comunicar-se via PROFIBUS.
Cada módulo Profibus tem seu conjunto de características. Funcionalidades que diferem
de módulo para módulo (por exemplo: número de pontos de I/O, mensagens de diagnóstico).
Essas características vêm especificadas normalmente no manual do fornecedor do equipamento.
Com o intuito de tornar “Plug and Play” a configuração do Profibus, manuais eletrônicos foram
feitos por parte de cada fabricante para cada produto e a esses manuais foi dado o nome de
arquivo GSD.
Há poderosas ferramentas de configuração de rede disponíveis para Profibus. E graças
aos arquivos GSD, a configuração de cada dispositivo e equipamento tornou mais fácil o dia-a-
dia do programador de rede.
Os arquivos GSD devem ser fornecidos pelo fornecedor do equipamento no ato da
aquisição do mesmo. Cada dispositivo tem que trazer consigo um disquete contendo o arquivo
GSD.
5.8 INTERBUS S
A rede Interbus é, hoje em dia, uma das redes Fieldbus mais utilizadas na Indústria, pois
possui uma alta confiabilidade, um rápido e preciso diagnóstico, e uma gama muito grande de
fabricantes e produtos, aliados a uma excelente performance para todos os níveis de automação,
seja ela em máquinas ou em processos.
O princípio básico da rede Interbus é baseado no conceito do circuito eletrônico do shift
register. Este consiste em vários módulos escravos que possuem registros internos e são usados
para passar informações de um módulo para o outro até chegar no seu mestre de acordo com um
clock que, neste caso, é de 500kbps. Em teoria, podemos colocar quantos módulos quisermos.
Na implementação prática, porém, é um circuito integrado que possui um limite máximo de taxa
de transmissão. O fluxo de dados forma uma seqüência de blocos de dados que são conectados
através de dois fios: o de sinal e o de retorno do sinal. Esse par de condutores que, na verdade, é
um par trançado de cobre, é somente limitado por parâmetros elétricos (atenuação, run time) na
transmissão de dados.
Esse conceito de transmissão de dados através do princípio shift register é a base para
entendermos a rede Interbus. Cada módulo da rede tem um determinado número de registros que
possuem algumas tarefas específicas, tais como leitura dos dados do processo ou a escrita dos
dados no processo nos terminais de saída do módulo. Existem também alguns registros que
fornecem o diagnóstico de funcionamento do módulo para monitoração do status e códigos de
falhas na rede. Os módulos da rede são conectados formando uma estrutura em anel, como
verificamos na figura 5.38. Com isso temos o sistema Interbus, que se caracteriza por uma
topologia mestre-escravo e sua comunicação formando um grande shift register em anel. Esse
conceito diferencia o Interbus das outras redes de chão de fábrica.
Módulos simples da rede Interbus, como entradas e saídas digitais e analógicas, têm que
ter seus ciclos de atualização muito rápidos, pois destes dependem a performance da máquina ou
processo que está sendo aplicado. Por outro lado, módulos mais complexos como inversores de
freqüência, robôs e leitores de código de barras devem ser parametrizados também pela rede
Interbus, e esta deve apresentar um ótimo tempo de ciclo para não degradar o tempo dos I/Os
convencionais.
Como anteriormente citado, todos os dados são digitalizados e serializados e
distribuídos em shift register do sistema Interbus. Para esse propósito os dados os dados vindos
do processo e indo para o processo possuem um formato específico. Esse formato garante que
todos os módulos recebam e transmitam no mesmo ciclo de dados. Essa transmissão é chamada
de full-duplex..
A posição de cada módulo na rede especifica o seu endereço.
Com a possibilidade de se montar uma topologia em árvore (figura 5.40), a rede
Interbus pode ser expandida praticamente sem restrições. Essas topologias podem ser aplicadas
em basicamente todos os segmentos da automação industrial, e como sua estrutura é em anel,
isso a torna uma rede chamada de determinística, isto é, o tempo de atualização dos I/Os é
constante.
A rede Interbus, como já foi citado, é uma rede em anel, porém é implementada com
apenas um cabo. Isso é possível porque no mesmo cabo temos dois pares de fios trançados: um
par para transmissão dos dados e outro para a recepção. O padrão elétrico de comunicação na
rede Interbus é o RS-422 a quatro fios.
Na figura 6 temos um exemplo de Interbus: nele, vemos um elemento mestre que é a
controller board seguida pelos seus módulos escravos participantes da rede.
Os meios físicos de comunicação entre os elementos pode ser:
� Cabo trançado de cobre: este é o mais utilizado por se tratar de um meio fácil de
se fazer o conector e muito barato comparado aos outros. Sua distância máxima
entre módulos é de 400 metros;
� Fibra óptica polimérica: entre as fibras ópticas é a mais utilizada, por ser a mais
fácil de se trabalhar, a mais flexível em ambiente industrial e a mais barata, sua
Lembramos que o uso de fibra óptica em meio industrial é empregado na maioria das
aplicações onde temos um alto índice de interferências eletromagnéticas ou quando precisamos
isolar dois módulos eletricamente, e não somente pela distância envolvida ou por uma suposta
melhoria de performance (a taxa de transmissão é fixa, independentemente do cabo utilizado).
Para qualquer um desses cabos a distância máxima total da rede Interbus é de 12,8 Km,
somando todos os trechos de cabos envolvidos.
O cabo principal da rede Interbus é chamado de cabo de Remote Bus, e os módulos
ligados a ele, módulos de Remote Bus. Podemos ter no máximo 256 módulos.
Existem alguns módulos especiais chamados de módulos BK, esses módulos permitem
uma configuração local de I/Os chamada de Local Bus, e dependendo do módulo BK utilizado,
podemos colocar um determinado número de módulos ao lado.
A rede Interbus pode ter um total de 512 módulos na rede, somando os módulos de
remote bus e os de local bus.
A comunicação da Controller Board com o CLP é dada através de uma área de memória
em comum entre eles, essa área é chamada de MPM (Multi-Port-Memory). Quando o CLP
precisa ler o estado de uma determinada entrada, ele lê da MPM, e quando o CLP precisa
escrever em alguma saída ele escreve na MPM.
Enquanto isso, o processador da Controller Board está lendo ciclicamente todos os
módulos de entradas e disponibilizando os dados para o CLP através da MPM, bem como lendo
o conteúdo das saídas na MPM e enviando para os módulos de saídas Interbus.
Hoje, o requisito básico para uma comunicação é que ela seja aberta. Isso é baseado em
um compreensível desejo de garantia de que cada equipamento funcionará independentemente
do fornecedor. Essas condições incluem certas regras, estipulações, requisitos e padronizações de
acordo com a funcionalidade de cada equipamento.
Vantagens
Na utilização de uma rede para sensores e atuadores espera-se obter uma série de
vantagens econômicas e funcionais, onde se destacam:
� Configuração e manutenção simplificada;
� Flexibilidade;
� Diagnósticos de erros;
� Compatibilidade;
Desvantagens
� Alto custo para implantação do sistema;
� Ineficiência do sistema de controle, sendo que, os dispositivos de aquisição de
dados e atuadores não se interagem simultaneamente, pois a informação deve
necessariamente passar pelo host.
A rede ideal para pequenas aplicações para as quais não existe a necessidade da
utilização de painéis elétricos, ou seja, todos os módulos I/O são IP54 ou IP67, assegurando sua
isolação em relação ao meio externo. Sua fácil conexão, alimentação e dados no mesmo cabo,
aliados a um rápido tempo de atualização garantem o sucesso desta rede em suas aplicações.
O Interbus Loop é uma rede de chão de fábrica indicada onde a aplicação exige poucos
pontos de I/O e uma rápida atualização, características de uma rede “Bit Level”.
Essa rede é uma derivação da rede Interbus, entretanto, apenas algumas características
físicas e a transmissão simultânea da alimentação e dados formam a diferença entre as duas
redes; o protocolo, a configuração e os tempos envolvidos são os mesmos. O Interbus Loop é
completamente integrado em todo o sistema Interbus. É otimizado para estar diretamente no
campo, pois utiliza módulos com índice de proteção para tal uso (IP54 até IP67).
Podemos imaginar que a rede Interbus Loop é o braço do Interbus para pequenas redes
de aplicação local onde seus I/Os estejam diretamente no campo.
A rede Interbus Loop é interligada à rede Interbus via um módulo de abertura de rede
chamado módulo BK ou através de outro chamado ILL2 para a família Inline, da Phoenix
Contact. O módulo BK possui conexões de Remote Bus para a rede Interbus e conexões para
rede Interbus Loop onde ele “abre” o anel para o tráfego de dados. Uma rede Interbus Loop é
reconhecida pelo mestre da rede como um segmento de rede.
É no módulo BK que se faz a alimentação dos 24V que será utilizada em todos os
módulos da rede Loop.
Sob o ponto de vista do mestre da rede Interbus (por exemplo, um CLP), a rede Interbus
Loop é apenas mais um segmento de rede como um local bus, por exemplo, e sendo um
segmento do Interbus, o Loop possui as mesmas características da rede Interbus no âmbito de
diagnóstico que, diga-se de passagem, é um dos melhores existentes no mercado.
Qualquer mestre de Interbus da geração nº 4 é capaz de comunicar-se com uma rede
Loop.
TABELA 5.8
Topologia. Segmento de um Remote Bus, com estrutura em anel.
Taxa de transmissão. 500kbits/s
Codificação dos dados. Manchester Code
Transmissão do sinal. 0mA, � 10 mA
Funções de comunicação. Cíclico Process Data, Acíclico PCP (Peripherals
Communication Protocol)
Mestre do Interbus Geração 4, versão de firmware 4.15 ou posterior.
(Host Controller Board).
Meio de transmissão. Cabo sem blindagem 2x1,5 mm² (AWG16)
Corrente máxima permitida na 150 A/s no segmento total. Típico 1,5 A/s por módulo.
linha do bus.
Proteção contra polarização Através de ponte retificadora e uma função de protocolo do
reversa. chip LPC2 (PAPR).
Tensão de alimentação para Eletricamente isolado (UISO = 500V).
atuador externo.
As principais características da rede Interbus Loop podem ser vistas na tabela 5.8.
Desde quando o Interbus Loop foi criado, ele sofreu um upgrade das suas
especificações. Ele foi gerado como Interbus Loop 1, e hoje já existe o Interbus Loop 2. as
diferenças das duas versões encontram-se na tabela 5.9.
TABELA 5.9
Loop 1 Loop 2
Número de módulos no anel da rede. Máximo de 63, Máximo de 63, típico
típico de 32. de 32.
Comprimento total do cabo da rede. 100 m 200 m
Comprimento mínimo do cabo entre dois 0,2 m 0,2 m
módulos.
Comprimento máximo do cabo entre dois 10 m 20 m
módulos.
Comprimento mínimo do cabo entre o 0,2 m 0,2 m
módulo BK e um módulo da rede.
Comprimento máximo do cabo entre o 10 m 20 m
módulo BK e um módulo da rede.
Capacidade de corrente de segmento da 1,5 A 1,8 A
rede Interbus Loop.
Consumo de cada módulo da rede 50 mA 50 mA
(eletrônica do módulo).
Tensão de alimentação da rede. 28,5 V� 5% 28,5 V� 5%
Tensão a ser fornecida para o módulo BK. Min. 20 V Min. 18,5 V
Máx. 30V Máx. 30V
A rede Interbus Loop possui vários tipos de módulos de diversos fabricantes. Módulos
de entradas e saídas digitais são o “feijão com arroz” em uma automação. O forte da Interbus
Loop é a disponibilidade de módulos de entrada e saída analógicas, pois seus concorrentes quase
não os possuem, e quando possuem, seu endereçamento é feito de forma multiplexada, atrasando
com isso seu tempo de atualização.
Além dos módulos acima mencionados existem também:
� Encoders;
� Acionamentos para motores;
� Ilha de válvulas;
� Scanners;
� Entre outros...
A Ethernet está cada vez mais se solidificando na área de Automação Industrial, seja
para o transporte dos dados de equipamentos de campo tais como PLCs, computadores
A rede Ethernet foi desenvolvida em meados de 1970 pela empresa Xerox (pelo Dr.
Robert M. Metcalfe), com o intuito de conectar computadores com impressoras, numa versão
que foi desenvolvida em 3 Mbits.
Sua padronização formal ocorreu em 1980 pelo consórcio das empresas DEC, Intel e
Xerox (DIX), e confirmada como norma IEEE 802.3 CSMA/CD em 1985.
No ano de 1995 ela foi introduzida em ambiente industrial para interligar algumas
máquinas a sistemas de monitoramento remoto via rede Ethernet, e daí começou o seu uso no
chão de fábrica.
O uso da Internet em automação industrial, como foi dito anteriormente, começou com
a interligação de máquinas a sistema de aquisição de dados remotos.
Esse foi o pontapé inicial, e nos dias de hoje já existem as mais diversas aplicações para
a rede Ethernet no chão de fábrica, porém a mais utilizada delas é a troca de informações
substituindo o nível de processo pirâmide da automação (Process Level), em lugar das redes
mais tradicionais como: ControlNet, Profibus – FMS e ARCNet.
Outras aplicações envolvem também o monitoramento/ controle de pontos de I/O com
suas “ilhas” ligadas diretamente na rede Ethernet, possuindo elas com isso seu próprio
endereçamento IP. Essas aplicações são um pouco mais difíceis para estimar quando vão
trabalhar a contento (ou não), e isso se deve ao fato de que a rede Ethernet não é uma rede
determinística, mas abordaremos mais adiante essas explicações.
Algumas aplicações foram realizadas com sucesso utilizando a rede Ethernet, entre elas
podemos citar:
Transportes:
� Metrô de Paris;
� Estradas da Alemanha;
� Monitoramento de túneis na Áustria, Estados Unidos, etc.
Indústrias:
� Refinarias;
� Automobilísticas;
� Armazenamento e logística.
Escritórios:
� Hospitais;
� Aeroportos;
� Prédios Inteligentes;
� Universidades.
Um equipamento que foi desenvolvido para escritório não está apto para ficar exposto
em um ambiente onde existem interferências eletromagnéticas, picos de tensões diversos e toda
sorte de pessoas operando o mesmo.
Equipamentos de Automação Industrial são equipamentos robustos, com um alto índice
de imunidade a interferências eletromagnéticas, com dispositivos especiais para fixação em
trilho DIN NS35. Em razão disso, somente algumas empresas estão aptas a fornecer
equipamentos com esses requisitos.
Vamos citar agora alguns dos equipamentos mais utilizados em automação industrial
com Ethernet.
HUB
Também conhecido como acoplador estrela, concentrador, distribuidor e até mesmo
como repetidor. O HUB é o equipamento mais empregado em uma rede Ethernet, ele tem a
função de interligar os mais diversos equipamentos da camada física, fazendo com que um deles
converse com qualquer outro equipamento da mesma rede com o mesmo meio físico de
comunicação. Este envia pacotes de dados recebidos por uma porta e transmite para todas as
portas do HUB.
Amplitude, formato e potência do sinal são preparados antes do reenvio dos pacotes de
dados. As principais vantagens da utilização de um HUB são:
� Custo baixo;
� Fácil instalação e configuração, na maioria das vezes “plug and play”.
� Redundância na alimentação 24V.
Suas desvantagens:
� Quanto mais equipamentos receberem pacotes de dados desnecessários, aumenta
a freqüência das colisões na rede, aumentando assim o tráfego da rede (o que
não é bom);
� Planejamento: aproximadamente 20 dispositivos por segmento, se necessário no
máximo 40;
� Tamanho máximo de segmento de 4500m utilizando somente HUBs. Para
maiores distâncias, subdividir a rede com switches.
Switch
Também conhecido como Bridge ou MAC level bridge, o SWITCH está cada vez mais
crescendo nas instalações em Ethernet. O SWITCH possui uma inteligência que o HUB não tem,
que é a de enviar o pacote de dados somente para a porta onde está conectado o destino da
transmissão.
Suas principais tarefas são:
� Enviar o pacote de dados recebido por uma porta para a porta onde o
equipamento destino está conectado. Se o destino não for conhecido, o pacote
será transmitido para todas as portas (FLOODING);
� Aprender o endereço MAC (hardware) das estações conectadas e associá-los as
respectivas portas (LEARNING);
� Não transferir colisões, bem como os pacotes defeituosos;
� Reduzir a carga da rede inteira.
Acesso a rede:
� Na comunicação com os equipamentos, a comunicação é feita em half duplex
via CSMA/CD;
� Na troca de dados entre switches em redundância, a comunicação é em full
duplex sem CSMA/CD: transmissão e recepção ao mesmo;
� Chaveamento da taxa de transmissão de acordo com cada equipamento
individual por porta (10Mbps ou 100 Mbps).
Vantagens:
� Custo baixo em 10 Mbps, fácil instalação (plug- and -play);
� Link de redundância STP com tempos de chaveamento de 15 até 60s em caso de
quebra no cabo. Essa é uma característica importante para equipamentos
industriais a “redundância” no caso do SWITCH em questão ele permite a
redundância dos cabos up-link formando uma rede em anel, onde o tráfego de
dados não pára no caso de uma quebra no cabo, ou até mesmo se queimar algum
SWITCH (o que é muito improvável);
� Redundância da fonte de alimentação, isto é, o módulo possui duas entradas para
alimentação de 24V, onde podem ser ligadas duas fontes de alimentação
distintas, de modo que, se uma delas queimar, a outra continua fornecendo a
alimentação ao módulo, e esse fato é reportado ao sistema via um contato seco
de um relé, e também via diagnóstico do módulo.
Desvantagens:
� Conforme forem utilizadas mais funções do switch, mais configurações
precisam ser realizadas.
5.11 CONTROLNET
A rede ControlNet é uma rede fieldbus que se destina a um dos quatro níveis de
comunicação existentes em uma fábrica.
5.11.1 Histórico
A rede ControlNet foi desenvolvida em 1995 pela empresa Allen Bradley, que hoje
chama-se Rockwell Automation. No começo a rede era dedicada somente aos produtos AB, mas
depois ela se tornou uma rede aberta, e hoje já existem vários fornecedores de equipamentos para
a rede ControlNet.
5.11.2 Funcionamento
A rede ControlNet é uma rede serial para a transmissão de dados críticos ao processo.
Esses dados são transmitidos continuamente e disponibilizados para a aplicação em intervalos de
tempo configuráveis (NUI, Network Update Interval). Entretanto, a rede ControlNet também
suporta a transmissão para dados não críticos como aqueles para configuração e parametrização
de devices em formato de telegramas não cíclicos de mensagem, esse tipo de comunicação
porém não é determinística.
Ambos os tipos de transmissão são combinados em um único ciclo de bus. Aqui o
tempo de ciclo é calculado tendo como base que a transmissão cíclica e pelo menos uma
transmissão acíclica podem ser transmitidas.
O cabo de bus é o padrão RG-6 em um cabo coaxial. Pelo menos um “Tap” é necessário
por participante. Um “Tap” é um dispositivo passivo que conecta um device ControlNet na rede.
É permitida a redundância de rede. O tamanho total da rede depende do número de nós
conectados ou dos Taps utilizados. Com dois participantes, a distãncia máxima entre segmentos
é de 1000m. Esse comprimento é reduzido em 16,3m por Taps adicionais na rede.
Caso haja a necessidade da utilização de mais de 48 participantes no sistema ou até
mesmo se um segmento tiver que ser aumentado, se faz a necessidade de um repetidor.
A capacidade das redes tradicionais não satisfaz a incrível demanda por alta
produtividade e melhores desempenhos. Maiores taxas de transmissão e maior eficiência do
protocolo ainda não são suficientes para atender a demanda.
A rede ControlNet é baseada em uma solução aberta e inovadora, o modelo
Fornecedor/Consumidor. A grande vantagem deste modelo é que todos os participantes da rede
possam acessar simultaneamente o mesmo dado de uma única fonte. Resumidamente este
modelo provê:
� Maior performance do sistema, aumentando com isto a sua produtividade;
� Aumento de eficiência, pois os dados têm que ser fornecidos uma única vez,
independentemente do número de “consumidores”.
� Sincronização precisa, pois os dados chegam aos nós ao mesmo tempo.
� Determinismo da rede.
Na comunicação Fornecedor/Consumidor os dados tem um único identificador.
Utilizando este modelo, vários nós podem acessar os mesmos dados ao mesmo tempo de um
simples fornecedor, resultando em um maior aproveitamento da taxa de transmissão. Por
exemplo: transmissão da data de hoje de um controlador para 20 estações.
5.11.4 Benefícios
TABELA 5.10
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
* Tipo de Fieldbus * Número de pontos de I/Os
- Control Layer - Sem limite definido
- Também pode ser utilizado como
Device Layer
* Tempo de scan da rede
* Topologia da rede - Varia de 2 até 100 ms (selecionável pelo
usuário)
- Barramento Linear
- Árvore * Modos de comunicação
- Estrela - Mestre/ Escravo
- Misto - Multi – Mestre
- Ponto-a-Ponto
* Velocidade da rede
- 5 Mbps (máximo) * Métodos da distribuição das informações
na rede
- Polling
* Comprimento da rede, ponto a ponto - Cíclico
- 1000 m cabo coaxial em 5 mbps - Mudança de Estado
-1000 m entre dois nós
- 250 m com 48 nós * Cyclic Redundancy Check (CRC)
- 3000 m com uso de Fibra óptica - CCITT polinomial modificado utilizando
16 bits
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo257
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Comunicação Industrial
5.12 WORLDFIP
WorldFIP consiste num fieldbus que promove o link entre o nível zero
(sensores/atuadores) e nível um (PLC's, controladores etc) em um sistema de automação.
O WorldFIP possui as seguintes vantagens:
Economia:
5.12.1 Barramento
TABELA 5.11
Gateway HART&ASI
Esse nível funcional organiza os caracteres em strings até formar mensagens. Também
faz uma verificação antes de enviá-las.
Responsável por operações de :
� Sincronização
� Transmissão
� Empacotamento
� Controle de erro num único link.
Utiliza o modelo produtor/consumidor com barramento scheduler.
O modelo produtor/consumidor possui as seguintes características:
� Resposta em alta velocidade determinísticas.
� Dados produzidos são consumidos imediatamente.
� Produtor não precisa reconhecer consumidores.
� Integridade dos dados garantida.
� Redundância - Barramento duplo
� Resistência EMC
� Assegura a integridade do dado transmitido, por checagem de seqüência e a
codificação Manchester tipo 2.
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo260
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Comunicação Industrial
5.12.5 Dispositivos
Os dispositivos WorldFIP podem ser mais ou menos complexos dependendo dos tipos
de sensor, atuador, rack de I/O ou unidade de processamento (PC, PLC, etc.).
Profile 1
Plug and Play - poucos dados e sem configuração
Ex: Sensores simples e leitora de código de barras
Profile 2
Equipamento simples tipo A, os equipamentos têm poucos parâmetros simples e o dado
é normalmente trocado ciclicamente, com a possibilidade de troca aperiódicas.
Profile 3
Equipamento simples tipo B, o equipamento é configurado e a troca de dados é tanto
periódica quanto aperiódica, com a possibilidade de muitas variáveis aperiódicas a qualquer
tempo.
Ex: Atuadores, racks I/O, sensores complexos
Profile 4
Equipamento complexo, o equipamento pode ser configurado e feito um download. Há
uma grande quantidade de dados de todos os tipos.
Ex: racks I/O complexos, PLC's, etc.
diferentes fabricantes. Esse barramento é uma solução flexível, poderosa, de arquitetura aberta,
com tempos de resposta rápidos e com custo relativamente baixo.
Observe a seguinte situação:
"Imagine acordar com uma voz suave, com música ao fundo falando que já é hora de
você se levantar. Quando você entrar no banho o sistema de aquecimento começa a funcionar
fazendo com que sua cafeteira já comece a preparar o seu café na cozinha. Enquanto você estiver
tomando o café da manhã na cozinha a televisão ativa seus e-mails e os lê para você através do
sintetizador de voz.
Se você entrar no seu carro elétrico e perceber que esqueceu de recarregar as baterias
perceberá que este problema já foi detectado e automaticamente as baterias já foram recarregadas
durante a noite. Se você por acaso não gostasse de chegar cedo ao trabalho porque pela manhã o
prédio onde você trabalha está sempre escuro, frio e ligeiramente assustador e descobrisse que a
partir de agora assim que você estacionar o seu carro no parque de estacionamento as luzes do
prédio onde você trabalha automaticamente se acenderão, seu computador será ligado
automaticamente e os seus e-mails acessados.
Se você descobrisse que não será mais necessário trabalhar no chão de fábrica como já
era de costume, mas sim num confortável escritório e certo de que todas as atividades realizadas
em chão de fábrica estão sendo realizadas eficientemente, além de segurança, gereciamento de
gasto de energia nos horários de pico e automação de muitas outras atividades".
A situação descrita acima já é possível graças a tecnologia LonWorks que já se encontra
presente no mercado.
Com o uso de sistemas de controle inteligentes para residências é possível controlar:
a) Iluminação:
É possível controlar luzes em qualquer comodo da casa em qualquer hora do dia.
b) Sistemas de Ar Condicionado:
Os locais da casa onde você se encontra são refrigerados e o sistema será desligado
automaticamente quando você sair.
c) Aquecimento:
Enquanto você dorme o controlador do volume diminui o aquecimento e quando você
acordar pela manhã ele automaticamente deixa a sua casa numa temperatura ligeiramente morna
que é mais agradável.
d) Segurança:
O sistema de alarme contra roubos da sua casa reconhece pessoas estranhas mas admite
que as pessoas possuidoras de uma senha como encanadores ou outros prestadores de serviços
possam entrar sem problemas.
e) Irrigação:
Os irrigadores são ligados automaticamente quando o gramado está precisando de água
e são desligados quando chove.
f) Gerencimento de energia:
Nos horários de pico você pode utilizar a tecnologia LonWorks para desligar alguns dos
aparelhos elétricos da sua casa de acordo com a prioridade que você mesmo estipular evitando
assim desperdício de energia.
g) Entreterimento:
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo264
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Comunicação Industrial
De qualquer cômodo da sua casa você poderá controlar a TV, o CD e o vídeo cassete
através de um controlador remoto fácil de usar.
Vantagens:
a) Rapidez no desenvolvimento de projetos:
LonWorks permite desenvolver um sistema desde o início em menos de um ano
causando um aumento da renda pois seu sistema entra mais cedo no mercado.
b) Baixo custo:
LonWorks é uma das alternativas de mais baixo custo dentro deste segmento segundo
opinião de usuários.
c) Interoperabilidade:
Qualquer produto ou sistema baseado na tecnologia LonWoks pode se comunicar com
outro produto ou sistema que também tem esta tecnologia não importando se são de fabricantes
diferentes.
d) Modularidade:
É possível adicionar aos poucos dispositivos à sua rede de controle LonWorks.
e) Boa performance:
A velocidade da rede é aumentada pois o processamento é distribuído.
f) Boa Confiabilidade:
Cada ponto da rede possui inteligência para processar as informações no mesmo local
onde estas são aquisitadas evitando que haja concentração em um único nó.
g) Disponibilidade:
Existe no mercado uma variedade de fabricantes usando tecnologia LonWorks.
h) Padronização:
As redes baseadas na tecnologia LonWorks foram reconhecidas pela ANSI (American
National Standards Institute) como sendo verdadeiramente uma arquitetura aberta.
i) Treinamento e assistência:
A Echelon Corporation oferece aulas regulares (cursos de 2 a 4 dias) em Palo Alto,
Londres, Paris, Munique e Tokio.
O serviço de assistência técnica inclui atualização dos softwares, substituição de placas,
acesso ao telefone, fax e e-mails dos engenheiros e um serviço de atendimento 24 horas para os
clientes.
Desvantagens:
O uso da tecnologia LonWorks tem seu uso limitado à redes de controle que não
requerem taxas de transmissão superiores a 1.25 Mbits/s e tempos de resposta através da rede de
7-13 ms e permite somente comunicação entre equipamentos LonWorks.
Conheceremos a rede LIN – Local Interconnect Network, um dos mais novos avanços
na tecnologia de comunicação veicular multiplexada. Essa nova rede automotiva, complementar
às já conhecidas redes CAN, vem permitindo que projetistas de sistemas eletrônicos ampliem o
alcance da rede veicular às mais diversas cargas, sensores e atuadores de um veículo.
Network, que trouxe aos sistemas eletrônicos automotivos vantagens competitivas de custo,
flexibilidade e o aproveitamento de soluções já disponíveis no mercado.
Como comentamos anteriormente, o consórcio foi formado para que fosse encontrda
uma solução competitiva em custo e flexibilidade. Como conseqüência disto, a sub-rede LIN
deveria atender aos seguintes objetivos:
� Padrão aberto: todas as fabricantes de módulos eletrônicos, sistemas e
fabricantes de veículos podem utilizar este padrão, sem que seja necessário o
pagamento de royalties ou licenças de uso;
� Fácil de usar: a idéia é simplificar sistemas que se tornam cada vez mais
complexos, portanto a solução deve trazer simplicidade e facilidade de uso;
� Usar componentes disponíveis atualmente: diferentemente dos barramentos
CAN e J1850, onde são necessários componentes eletrônicos específicos para
estes protocolos, a escolha foi por implementar o padrão utilizando-se
componentes eletrônicos não dedicados.
� Mais econômico que CAN ou J1850: este é o objetivo principal, permitir a
integração de módulos eletrônicos em uma rede multiplexada, com custos
comparativamente menores que os da CAN ou J1850.
5.14.6 Mecatrônica
O conceito LIN
Falando-se agora em requisitos técnicos, eis as especificações básicas da LIN, conforme
definido pelo LIN Consortium:
� Implementação através de uma única linha bidirecional, de baixo custo, baseado
no padrão ISSO 9141 (amplamente utilizado na indústria automotiva nas linhas
de comunicação serial de diagnóstico);
� Velocidade de até 20 kbits/s limitada por razões de EMI (Electro Magnetic
Interference);
� Um único nó mestre, vários nós escravos (Single Máster / Multiple Slaves),
eliminado a necessidade de arbitragem durante colisões de mensagens, como
verificado na CAN;
5.14.9 Mensagens
5.14.11Previsibilidade
O CAN Bus (ou Barramento Controller Área Network) foi desenvolvido pela empresa
alemã Robert BOSCH e disponibilizado em meados dos anos 80. Sua aplicação inicial foi
realizada em ônibus e caminhões. Atualmente, é utilizado na indústria, em veículos automotivos,
navios, tratores, entre outros.
O CAN é um protocolo de comunicação serial síncrono. O sincronismo entre os
módulos conectados a rede é feito em relação ao início de cada mensagem lançada ao
barramento (evento que ocorre em intervalos de tempo conhecidos e regulares).
Os fundamentos do CAN são especificados por duas normas: a ISO 11898 e a ISO
11519-2. A primeira, ISO 11898, determina as características de uma rede trabalhando com alta
velocidade de transmissão de dados (de 125 Kbps a 1 Mbps). A segunda, ISO 11519-2,
determina as características de uma rede trabalhando com baixa velocidade (de 10 Kbps a 125
Kbps).
Ambos os padrões especificam as camadas Física e de Dados, respectivamente 1 e 2, se
considerando o padrão de comunicação OSI de 7 camadas (ISO7498). As demais camadas, de 3
à 7, são especificadas por padrões fundamentados no CAN, dentre os quais podemos destacar:
� NMEA 2000: Baseado no CAN 2.0B é utilizado em aplicações navais e áreas.
� SAE J1939: Baseado no CAN 2.0B é usado em aplicações automotivas,
especialmente ônibus e caminhões.
� DIN 9684 – LBS: Baseado no CAN 2.0A e empregado em aplicações agrícolas.
� ISO 11783: Baseado no CAN 2.0B é também utilizado em aplicações agrícolas.
Esses padrões especificam o equivalente às camadas de Rede (3), Transporte (4), Sessão
(5), Apresentação (6) e Aplicação (7), do padrão OSI, incluindo-se as mensagens pertinentes ao
dicionário de dados de cada aplicação em especial.
bit, chamado de Stuff Bit. Caso uma mensagem seja recebida com pelo menos seis bits
consecutivos iguais, algo de errado terá ocorrido no barramento.
Nível de Mensagem - São três os tipos de erros possíveis:
CRC ou Cyclic Redundancy Check: Funciona como um checksum. O módulo
transmissor calcula um valor em função dos bits da mensagem e o transmite juntamente com ela.
Os módulos receptores recalculam este CRC e verificam se ele é igual ao transmitido com a
mensagem.
Frame Check: Os módulos receptores analisam o conteúdo de alguns bits da mensagem
recebida. Esses bits (seus valores) não mudam de mensagem para mensagem e são determinados
pelo padrão CAN.
Acknowledgment Error Check: Os módulos receptores respondem a cada mensagem
íntegra recebida, escrevendo um bit dominante no campo ACK de uma mensagem resposta que é
enviada ao módulo transmissor. Caso essa mensagem resposta não seja recebida (pelo
transmissor original da mensagem), significará que, ou a mensagem de dados transmitida estava
corrompida, ou nenhum módulo a recebeu.
Toda e qualquer falha acima mencionada, quando detectada por um ou mais módulos
receptores, fará com estes coloquem uma mensagem de erro no barramento, avisando toda a rede
de que aquela mensagem continha um erro e que o transmissor deverá reenviá-la.
Além disso, a cada mensagem erroneamente transmitida ou recebida, um contador de
erros é incrementado em uma unidade nos módulos receptores, e em oito unidades do
transmissor. Módulos com esses contadores iguais a zero são considerados Normais. Para os
casos em que os contadores contêm valores entre 1 e 127, os módulos são considerados Error
Active. Contadores contendo valores entre 128 e 255 colocam os módulos em condição de Error
Passive. Finalmente, para contadores contendo valores superiores a 255, os módulos serão
considerados em Bus Off e passarão a não mais atuar no barramento. Esses contadores também
são decrementados à medida que mensagens corretas são recebidas, o que reduz o grau de
incerteza em relação à atividade dos módulos ora com contadores contendo valores diferentes de
zero e possibilita novamente a plena participação deles no barramento.
Nível Físico – Para os barramentos com 2 e 4 fios, caso algo de errado venha a ocorrer
com os fios de dados CAN_H e CAN_L, a rede continuará operando sob uma espécie de modo
de segurança. Seguem abaixo algumas das condições de falhas nas linhas de comunicação que
permitem a continuidade das atividades da rede:
� Curto do CAN_H (ou CAN_L) para GND (ou VCC);
� Curto entre os fios de dados CAN_H e CAN_L;
� Ruptura do CAN_H (ou CAN_L);
mesma e o valor relativo ao seu identificador. Além dessa matriz, a documentação referente ao
Dicionário de Dados deverá conter uma descrição detalhada de cada mensagem, bit a bit.
O Dicionário de Dados é implementado numa rede CAN via software e deverá ser o
mesmo (ter a mesma versão de atualização, inclusive) em todos os módulos conectados à rede.
Isso garantirá total compatibilidade entre os participantes do barramento.
Uma rede CAN, dependendo da sua aplicação, poderá ter até centenas de módulos
conectados. O valor máximo para a conexão de módulos em um barramento depende da norma
que se utiliza na dada aplicação.
Toda rede CAN possui 2 Terminadores. Esses terminadores nada mais são do que
resistores com valores entre 120 e 124 ohms, conectados à rede para garantir a perfeita
propagação dos sinais elétricos pelos fios da mesma. Esses resistores, um em cada ponta da rede,
garantem a reflexão dos sinais no barramento e o correto funcionamento da rede CAN.
Outra característica de determinadas aplicações fundamentadas no CAN é que estas
poderão ter duas ou mais sub-redes trabalhando, cada qual, em uma velocidade diferente. Os
dados são transferidos de uma sub-rede para a outra através de módulos que atuam nas duas sub-
redes. Esses módulos são chamados de Gateways.
5.16.1 Características
Topologia Multi-master (CLPs de segurança), rede linear para até 64 participantes com
até 1.008 Entradas/ Saídas de segurança, distâncias de até 500 metros, taxa de transmissão de até
500 Kbits/s e configuração tipo “plug & play”.
5.16.3 Vantagens
5.16.4 Segurança
Um sistema de bus seguro também deve poder garantir a segurança. Por isso, na
qualidade de sistema bus seguro e aberto, o SafetyBus p dispõe das seguintes homologações:
� Homologação através de órgãos certificadores até a Categoria 4 (inclusive)
segundo a norma EN954-1;
� Homologação através do TÜV (entidade alemã de supervisão tecnológica) para
AK 6, segundo a norma DIN V 19 250;
� Robustas propriedades físicas de transmissão, assegurando uma ausência de
interferências devidas a efeitos eletromagnéticos.
5.16.5 Disponibilidade
5.16.6 Rentabilidade
5.16.7 Compatibilidade
Pode realizar troca de dados com todos os outros sistemas fieldbus Standard.
Processamento de madeira:
Controla centros de processamento de madeira com uma extensão de até 250m. A sua
vantagem: grande economia na instalação elétrica.
Aeroportos:
Controla esteiras de transporte de bagagem e aeroportos. A sua vantagem: as
possibilidades de diagnóstico conduzem a uma taxa de disponibilidade do equipamento da ordem
de 99,9%.
Institutos de pesquisa:
Garante um desligamento seguro do anel de armazenamento. A sua vantagem devido à
menor instalação elétrica: é possível controlar mais dispositivos de segurança.
Prensas:
É utilizado na produção em larga escala de peças para a indústria automobilística. A
sua vantagem: mais segurança e mais flexibilidade. Torna-se fácil implementar ampliações e
alterações específicas segundo as exigências do cliente.
Comanda linhas de prensagem hidráulicas.
Suas vantagens:
� Os blocos de software (certificados) para aplicações de prensas asseguram uma
entrada em operação rápida e segura.
� Clara separando entre o sistema bus seguro e ajustado à aplicação, e a
possibilidade de isolar determinadas prensas da rede.
Indústria siderúgica:
Em instalações siderúgicas de ferro e aço, ele controla os circuitos de parada de
emergência e as portas de segurança de máquinas de corte. As suas vantagens: montagem fácil e
detecção de falhas e avaliação confiáveis.
Máquinas de empacotamento:
É usado em processos de enchimento e empacotamento.
A sua vantagem: as máquinas e acessórios provenientes de diferentes fabricantes podem
ser colocados sob um conceito de segurança comum.
Produção automobilística:
Comanda processos de produção preliminares.
Suas vantagens:
� Ganho de produtividade através de uma detecção e solução de falhas mais
rápida;
� A forte eliminação de instalação elétrica convencional permite realizar
significativas economias na expansão e utilização das instalações.
� Máx. 64 participantes;
� Máx. 1008 entradas/saídas;
� Topologia de bus linear;
� Composição flexível de grupos, com até 32 grupos;
� Transferência de dados comandada pelas ocorrências;
� Controle permanente da ligação, comandada temporalmente;
� A taxa de transferência (dependendo do comprimento da instalação elétrica) é da
ordem de:
� 20 Kbits/s com 3500m de comprimento da instalação elétrica
� 50 Kbits/s com 1400m de comprimento da instalação elétrica
� 125 Kbits/s com 500m de comprimento da instalação elétrica
� 250 Kbits/s com 250m de comprimento da instalação elétrica
� 500 Kbits/s com 100m de comprimento da instalação elétrica.
� Para ligações ponto-a-ponto podem ser usados também fotocondutores (LWL)
como meio de transporte bus;
� Utilização de elementos de software já existentes.
5.17.2 Definições
Características Técnicas:
1- Acesso ao meio
Existem três formas para acessar a rede:
a) Passagem de Token: O Token é o modo direto de iniciar uma transição no
barramento. Quando termina de enviar as mensagens, o equipamento retorna o "Token" para o
LAS (Link Active Scheduler). O LAS transmite o "Token" para o equipamento que requisitou,
via preconfiguração ou via escalonamento.
b) Resposta Imediata: o mestre dará uma oportunidade para uma estação responder com
uma mensagem.
c) Requisição de "Token": um equipamento requisita um Token usando um código em
alguma das respostas que ele transmitiu para o barramento. O LAS recebe esta requisição e envia
um "Token" para o equipamento quando houver tempo disponível nas fases aperiódicas do
escalonamento.
2- Modelo Produtor/Consumidor:
Um equipamento pode produzir ou consumir variáveis que são transmitidas através da
rede usando o modelo de acesso à rede de resposta imediata. O produtor coloca as variáveis em
Buffers e qualquer estação pode acessar estes dados. Com apenas uma transação, dados podem
ser transmitidos para todos os equipamentos que necessitam destes dados. Este modelo é o modo
mais eficiente para transferência de dados entre vários usuários. Um controlador consome a
variável de processo produzida pelo sensor, e produz a saída consumida pelo atuador.
4- Sincronização do Tempo:
Existe um mecanismo para garantir uma referência de tempo da rede para conseguir
sincronização do barramento e atividades de processo.
5- Endereçamento:
Pode ser usado para endereçar um grupo de estações, uma estação ou até uma variável.
Este endereçamento permite uma otimização do acesso às mensagens.
f) deve ser respeitada a polaridade em sistemas que utilizem pares trançados, seus
condutores devem ser identificados e esta polarização deve ser mantida em todos os pontos de
conexão;
g) para sistemas com meio físico redundante:
� Cada canal deve atender as regras de configuração de redes;
� Não deve existir um segmento não redundante entre dois segmentos
redundantes;
� Os repetidores também deverão ser redundantes;
� Os números dos canais deverão ser mantidos no FIELDBUS, isto é, os canais do
FIELDBUS devem ter os mesmos números dos canais físicos.
h) o “shield” dos cabos não deverá ser utilizado como condutor de energia.
5.17.5.1 Características dos equipamentos energizados em rede para o modo de tensão de 31,25
kbit/s
TABELA 5.12
Características dos equipamentos energizados em Limites para 31,25 kbit/s
rede
Tensão de operação 9,0 a 32,0 V DC
Máxima tensão 35 V
Máxima taxa de mudança de corrente de repouso (não 1,0 mA/ms
transmitindo); este requisito não é aplicado nos
primeiros 10 ms após a conexão do equipamento em
uma rede em operação ou nos primeiros 10 ms após a
energinzação da rede.
Máxima corrente; este requisito é ajustado durante o Corrente de repouso mais 10 mA
intervalo de 100 �s até 10 ms após a conexão do
equipamento a uma rede em operação ou 100 �s até 10
ms após a energização da rede.
Tabela 5.12. Características dos equipamentos energizados em rede.
5.17.5.2 Requisitos para a alimentação de redes para o modo de voltagem de 31,25 kbit/s
TABELA 5.13
Requisitos para a alimentação de redes Limites para 31,25 kbit/s
Voltagem de saída, não intrinsecamente seguro. ��32 V DC�
Voltagem de saída, intrinsecamente seguro (I.S.) Depende da faixa da barreira
Impedância de saída não intrinsecamente segura, medida ��3 k��
dentro da faixa de frequência 0,25 fr à 1,25 fr
Impedância de saída, intrinsicamente segura, medida ��400 k��(A alimentação
dentro da faixa de frequência 0,25 fr à 1,25 fr intrinsecamente segura inclui uma
barreira intrinsecamente segura).
Tabela 5.13. Requisitos para a alimentação de redes
Um equipamento FIELDBUS que inclui o modo de voltagem de 31,25 kbit/s será capaz
de operar dentro de um intervalo de voltagem de 9 V à 32 V DC entre os dois condutores
incluindo o ripple. O equipamento poderá ser submetido a máxima voltagem de 35 V DC sem
causar danos.
NOTA: Para sistemas intrinsecamente seguros a voltagem de operação pode ser
limitada pelos requisitos de certificação. Neste caso a fonte de energia estará localizada na área
segura e sua voltagem de saída será atenuada por uma barreira de segurança ou um componente
equivalente.
Um equipamento FIELDBUS que inclui o modo de voltagem de 31,25 kbit/s obedecerá
os requisitos da norma ISA-S50.02 quando energizada por uma fonte com as seguintes
especificações:
a) A tensão de saída da fonte de alimentação para redes não intrinsecamente seguras
será no máximo de 32 V DC incluindo o ripple;
b) A impedância de saída da fonte de alimentação para redes não intrinsecamente
seguras será ��3 k��dentro da faixa de frequência 0,25 fr à 1,25 fr (7,8 kHz à 39 kHz). Este
requisito não é aplicado dentro dos 10 ms da conexão nem na remoção de um equipamento do
campo;
c) A impedância de saída de uma fonte de alimentação intrinsecamente segura será
��400 K��dentro da faixa de frequência 0,25 fr à 1,25 fr (7,8 KHz à 39 KHz);
d) Os requisitos de isolação do circuito de sinal e do circuito de distribuição de energia
em relação ao terra e entre ambos devem estar de acordo com a IEC 1158-2 (1993).
5.17.5.6.1 Conectores
5.17.5.6.2 Cabos
Observações:
Outros tipos de cabo para conformidade de testes podem ser utilizados. Cabos com
especificações melhoradas podem habilitar barramentos com comprimentos maiores e/ou com
imunidade superior à interferência. Reciprocamente, cabos com especificações inferiores podem
provocar limitações de comprimento para ambos, barramentos (trunk) e derivações (spurs) mais
a não conformidade com os requisitos RFI/EMI.
Para aplicações de segurança intrínseca, a razão indutância/resistência (L/R) deve ser
menor que o limite especificado pela agência regulamentadora local.
�
5.17.5.6.3 Acopladores
O acoplador pode prover um ou muitos pontos de conexão para o barramento. Pode ser
integrado ao equipamento FIELDBUS caso não haja nenhuma derivação. Caso contrário, deverá
ter pelo menos 3 pontos de acesso como visto na figura 5.49: um para o spur e um para cada lado
do trunk.
Um acoplador passivo deve conter qualquer um ou todos os elementos opcionais
descritos abaixo:
5.17.5.6.4 Splices
5.17.5.6.5 Terminadores
As barreiras de segurança intrínsecas devem ter impedância maior do que 400 ��em
qualquer frequência no intervalo de 7,8 kHz a 39 kHz, essa especificação vale para barreiras de
segurança intrínsecas do tipo equipamento separado ou incorporadas internamente em fontes de
alimentação.�
Dentro do intervalo de voltagem de funcionamento da barreira de segurança intrínseca
(dentro do intervalo 7,8-39 kHz) a capacitância medida do terminal positivo (lado perigoso) para
a terra não deverá ser maior do que 250 pF da capacitância medida do terminal negativo (lado
perigoso) para a terra.
Uma barreira de segurança intrínseca não deverá estar separado do terminador por mais
de 100 m. A barreira pode apresentar uma impedância de 400 ��na frequência de trabalho e a
resistência do terminador deve ser suficientemente baixa para que quando colocada em paralelo
com a impedância da barreira, a impedância equivalente deverá ser inteiramente resistiva.
Para novas instalações devemos especificar cabos de par trançado com blindagem do
tipo A, outros cabos podem ser usados mas respeitando as limitações da tabela abaixo como por
exemplo os cabos múltiplos com pares trançados com uma blindagem geral (denominado cabo
tipo B).
O tipo de cabo de menos indicação é o cabo de par trançado simples ou multiplo sem
qualquer blindagem (denominado cabo tipo C).
O tipo de cabo de menor indicação é o cabo de múltiplos condutores sem pares
trançados (denominado cabo tipo D) e sem blindagem. �
A seguir a tabela de especificações dos tipos de cabos (a 25 ºC):
TABELA 5.14
Parâmetros Condições Tipo “A” Tipo “B” Tipo “C” Tipo “D”
Impedância característica, fr (31,25 kHz) 100 ± 20 100 ± 30 ** **
Z0, Ω
Resistência DC máxima, por condutor 22 56 132 20
Ω/km
Atenuação máxima, dB/km 1,25 fr (39 kHz) 3.0 5.0 8.0 8.0
Área seccional nominal do 0.8 0.32 0.13 1.25
condutor (bitola), mm2
(#18 AWG) (#22AWG) (#26 AWG) (#16 AWG)
Capacitância máx. não 1 metro de 2 2 ** **
balanceada, pF comprimento
Tabela 5.14 Especificações dos tipos de cabos
TABELA 5.15
Cabo tipo Distância (m)
A 1200
B
C 400
D 200
Tabela 5.15. Comprimentos típicos de barramento e derivações
Para a elaboração dos dois tipos de projetos (SDCD e FIELDBUS) são gerados diversos
documentos, tanto para o SDCD como para o FIELDBUS, porém com graus de complexidades
diferentes, que são característicos de cada tecnologia.
Podemos observar a seguir uma tabela comparativa:
TABELA 5.16
Projeto SDCD FIELDBUS / Grau
de Complexidade
Revisão de fluxogramas de engenharia Sim Igual
Diagrama de malhas Sim Menor
5.17.9.1 Cabos
ATERRAMENTO:
As regras de aterramento para um sistema FIELDBUS devem ser utilizadas em
conformidade com a instalação e manutenção do nível físico que seguem práticas padrões de
corrente baseadas na empresa, padrões de plantas e padrões internacionais.
Os equipamentos FIELDBUS não devem conectar ao terra nenhum dos condutores do
par trançado em nenhum ponto da rede pois isto provocaria a perda da comunicação entre os
equipamentos deste barramento cujo codutor fosse aterrado.
SHIELDS:
O shield (blindagem) do cabo FILEDBUS é, por prática padrão, aterrado em apenas
uma de suas pontas ao longo do cabo e não deve ser utilizado como condutor de energia.
POLARIDADE:
Todos os sistemas endereçados por este tipo de aplicação devem ser sensíveis à
polarização. Baseado nos padrões de nível físico, não há nenhum requerimento para que os
equipamentos sejam insensíveis à polaridade, apesar de alguns equipamentos poderem ser ou não
polarizados. O meio (par trançado) deve indicar a polaridade e a esta deve ser mantida em todos
os pontos de conexão.
5.17.9.4 Conectores
Os conectores são dispositivos opcionais que são muito utilizados em instalações onde
os equipamentos devem ser periodicamente desconectados e/ou movidos, e poderia ser utilizada
em uma conveniente conexão de um equipamento temporário num determinado local.
Os conectores FIELDBUS devem seguir as especificações da IEC/ISA Phisical Layer
Standard, Annex B.
Neste mesmo anexo encontram-se especificações técnicas de conectores comerciais.
O mesmo bloco terminal utilizado para 4-20 mA pode ser usado para FIELDBUS.
Os blocos terminais possibilitam múltiplas conexões de barramentos de modo que um
equipamento pode ser conectado a qualquer set de terminais de barramento.
O diagrama da figura 5.51 mostra um método de conexão e terminação de um segmento
FIELDBUS a vários equipamentos de campo em uma caixa de campo.
REPETIDOR
É um equipamento com barramento energizado ou não, utilizado para extender um
segmento FIELDBUS.
Podem ser utilizados no máximo 4 repetidores e/ou acopladores ativos entre quaisquer 2
equipamentos num segmento FIELDBUS utilizando 4 repetidores, a máxima distância entre
quaisquer 2 equipamentos num segmento é de 9.500 metros.
BRIDGE
É um equipamento com barramento energizado ou não, utilizado para conectar
segmentos FIELDBUS de diferentes velocidades (e/ou níveis físicos como fios, fibras ópticas,
rádio, etc.) a fim de formar uma extensa rede (figura 5.52).
GATEWAY
É um equipamento com barramento energizado ou não utilizado para conectar um ou
mais segmentos em outros tipos de protocolo de comunicação como Ethernet, RS232,
MODBUS, etc.
Tráfego acíclico (onde são publicadas informações não de controle, como por exemplo dados de
monitoração ou atuações vindas do software supervisório).
O tempo de tráfego acíclico pode ser definido e configurado pelo usuário através do
software SYSCON (o típico é ��100 mseg).
O tempo de tráfego cíclico pode ser determinado pelo maior valor entre:
��a somatória dos tempos de execução dos blocos funcionais de cada device, e
��o cálculo do número de links externos (entre os devices ) multiplicados por 30mseg.
Uma explosão pode ocorrer quando se tem energia na forma de calor ou eletricidade e
estas são adicionadas a uma mistura de vapores inflamáveis, ou poeiras ou fibras. As práticas de
projeto inicialmente previam o uso de métodos como : caixas e invólucros a prova de explosão,
invólucros com pressurização ou purga, encapsulamento em resina epoxy, imersão em óleo,
preenchimento de dutos ou canaletas de passagem com talco ou areia, entre outros. Depois da
Segunda guerra Mundial tivemos o surgimento da tecnologia das Barreiras de Segurança
Intrínseca que é um método de limitação de energia elétrica para os instrumentos localizados na
área classificada, sem ser necessário o uso dos sistemas pesados e caros da tecnologia anterior.
Cada classificação é dividida de acordo com o nível de risco que pode estar presente :
Divisão 1 - O perigo pode estar presente durante a condição de funcionamento
normal, durante reparos ou manutenções, ou onde uma falha pode causar a falha
simultaneamente do equipamento elétrico.
Grupo A - Acetileno
Grupo B - Hidrogênio, combustíveis ou gases de processo com mais de 30 % de
hidrogênio em volume, ou gases vapores de butadieno, óxido de etileno, óxido de propileno.
Grupo C - Éter, etileno ou gases ou vapores de risco equivalente
Grupo D - Acetona, amônia, benzeno, butano, etanol, metano, gás natural, nafta,
propano ou gases ou vapores de risco equivalente.
Na Classe III as localizações perigosas são aquelas que são perigosas por causa da
presença de fácil ignição de fibras ou sólidos em suspensão, mas tal fibras ou sólidos suspensos
não podem ser suspensos em quantidades suficientes para produzir misturas explosivas.
Classe III, Divisão 1 são aqueles locais que facilmente dão ignição em fibras ou
materiais que produzem combustíveis sólidos suspensos quando são manuseados, processados ou
usados.
Classe III, Divisão 2 são aqueles locais que facilmente dão ignição em fibras
quando são armazenadas ou manuseadas.
Locais que pertencem a essas classes geralmente incluem partes de moinhos têxteis,
algodoeiras, fábricas de produtos de madeira, fábrica de roupas manufaturadas, etc.
Fibras de fácil ignição e sólidos suspensos incluem rayon, algodão, sisal, fibra de coco,
etc.
Locais de Classe III não são mais subdivididos.
Onde:
Rc – resistência do cabo Cc – capacitância equivalente
Lc – indutância do cabo Ceq – capacitância equivalente
Observação: A barreira não deve ser aterrada, somente a blindagem do cabo deve ter
continuidade.
Grandeza que expressa a velocidade que a luz possui num determinado meio de
transmissão. É definido por n=c/v, onde:
c é a velocidade da luz no vácuo
CEDUP Hermann Hering – Blumenau Engº Deonisio L. Lobo306
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Comunicação Industrial
Quando uma onda incide numa superfície de separação de dois meios de índice de
refração diferentes, com uma certa inclinação, uma parcela da energia atravessará a superfície e
propagará através do meio de transmissão, enquanto que outra parcela refletirá na superfície,
continuando no meio incidente.
Ao passar para o meio de transmissão, a onda sofre um desvio de sua direção natural
regido pela lei de Snell (ni.sen�i=nt.sen�t).
Quando um raio de luz muda de um meio que tem índice de refração grande para um
meio que tem índice de refração pequeno a direção da onda transmitida afasta-se da normal
(perpendicular). A medida que aumentamos o ângulo de incidência i, o ângulo do raio refratado
tende a 90o. Quando isso acontece, o ângulo de incidência recebe o nome de ângulo crítico. Uma
incidência com ângulo maior do que este sofre o fenômeno da reflexão interna total.
Este tipo de fibra foi o primeiro a surgir e é o tipo mais simples. Constitui-se
basicamente de um único tipo de vidro para compor o núcleo, ou seja, com índice de refração
constante. O núcleo pode ser feito de vários materiais como plástico, vidro, etc. e com dimensões
que variam de 50 a 400 �m, conforme o tipo de aplicação.
A casca, cuja a função básica de garantir a condição de aguiamento da luz pode ser feita
de vidro, plástico e até mesmo o próprio ar pode atuar como casca (essas fibras são chamadas de
bundle).
Essas fibras são limitadas quanto à capacidade de transmissão. Possuem atenuação
elevada (maior que 5 dB/km) e pequena largura de banda (menor que 30 MHz.km) e são
utilizadas em transmissão de dados em curtas distâncias e iluminação.
Este tipo de fibra tem seu núcleo composto por vidros especiais com diferentes valores
de índice de refração, os quais temo o objetivo de diminuir as diferenças de tempos de
propagação da luz no núcleo, devido aos vários caminhos possíveis que a luz pode tomar no
interior da fibra, diminuindo a dispersão do impulso e aumentando a largura de banda passante
da fibra óptica.
A variação do índice de refração em função do raio do núcleo obedece à seguinte
equação n(r)=n1.(1-(r/a)�.�), onde
n(r) é o índice de refração do ponto r
n1 é o índice de refração do núcleo
r é a posição sobre o raio do núcleo
� é o coeficiente de optimização
� é a diferença entre o índice de refração da casca e do núcleo
Os materiais tipicamente empregados na fabricação dessas fibras são sílica pura para a
casca e sílica dopada para o núcleo com dimensões típicas de 125 e 50 �m respectivamente.
Essas fibras apresentam baixas atenuações (3 db/km em 850 nm) e capacidade de transmissão
elevadas. São, por esse motivo, empregadas em telecomunicações.
Esta fibra, ao contrário das anteriores, é construída de tal forma que apenas o modo
fundamental de distribuição eletromagnética (raio axial) é guiado, evitando assim os vários
caminhos de propagação da luz dentro do núcleo, consequentemente diminuindo a dispersão do
impulso luminoso.
Para que isso ocorra, é necessário que o diâmetro do núcleo seja poucas vezes maior que
o comprimento de onda da luz utilizado para a transmissão. As dimensões típicas são 2 a 10 �m
para o núcleo e 80 a 125 �m para a casca. Os materiais utilizados para a sua fabricação são sílica
e sílica dopada.
São empregadas basicamente em telecomunicações pois possuem baixa atenuação (0,7
dB/km em 1300 nm e 0,2 dB/km em 1550 nm) e grande largura de banda (10 a 100 GHz.km).
Quando tratamos a luz pela teoria ondulatória, a luz é regida pelas equações de
Maxwell. Assim, se resolvermos as equações de Maxwell para as condições (chamadas
condições de contorno) da fibra, que é um guia de onda, tais como diâmetro do núcleo,
comprimento de onda, abertura numérica, etc. encontramos um certo número de soluções finitas.
Dessa maneira, a luz que percorre a fibra óptica não se propaga aleatoriamente, mas é canalizada
em certos modos.
Modo de propagação é, portanto, uma onda com determinada distribuição de campo
eletromagnético que satisfaz as equações de Maxwell e que transporta uma parcela individual
(mas não igual) da energia luminosa total transmitida. Esses modos podem ser entendidos e
representados como sendo os possíveis caminhos que a luz pode ter no interior do núcleo. Numa
fibra óptica, o número de modos está relacionado com a freqüência normalizada V que é uma
2 � � � a � AN
grandeza definida por V � , onde
�
a é o raio do núcleo
� é o comprimento de onda
AN é a abertura numérica
A relação entre a freqüência normalizada e o número de modos M é dada por
V2
M� para fibras de índice gradual
4
V2
M� para fibras de índice degrau
2
A fibra óptica apresenta certas características particulares, que podemos tratar como
vantagens, quando comparadas com os meios de transmissão formados por condutores metálicos,
tais como:
� Imunidade a ruídos externos em geral e interferências eletromagnéticas em
particular, como as causadas por descargas atmosféricas e instalações elétricas
de altas tensões;
� Imunidade a interferências de freqüências de rádio de estações de rádio e radar, e
impulsos eletromagnéticos causados por explosões nucleares;
� Imune a influência do meio ambiente, como por exemplo umidade;
� Ausência de diafonia;
� Grande confiabilidade no que diz respeito ao sigilo das informações
transmitidas;
� Capacidade de transmissão muito superior a dos meios que utilizam condutores
metálicos;
� Baixa atenuação, grandes distâncias entre pontos de regeneração;
� Cabos de pequenas dimensões (pequeno diâmetro e pequeno peso) o que implica
em economia no transporte e instalação.
� Redes de telecomunicações
� Entroncamentos locais
� Entroncamentos interurbanos
� Conexões de assinantes
� Redes de comunicação em ferrovias
� Redes de distribuição de energia elétrica (monitoração, controle e proteção)
� Redes de transmissão de dados e fac-símile
� Redes de distribuição de radiodifusão e televisão
� Redes de estúdios, cabos de câmeras de TV
� Redes internas industriais
� Equipamentos de sistemas militares
� Aplicações de controle em geral
� Veículos motorizados, aeronaves, navios, instrumentos, etc.
5.18.9.1 Atenuação
5.18.9.1.1 Absorção
5.18.9.1.2 Espalhamento
A atenuação típica de uma fibra de sílica sobrepondo-se todos os efeitos está mostrada
na figura abaixo:
5.18.9.2 Dispersão
Esse tipo de dispersão é provocado por variações nas dimensões do núcleo e variações
no perfil de índice de refração ao longo da fibra óptica e depende também do comprimento de
onda da luz. Essa dispersão só é percebida em fibras monomodo que tem dispersão material
reduzida (�� pequeno em torno de 1300 nm) e é da ordem de alguns ps/(nm.km).
5.18.10Instalação de Cabos
Cabos ópticos requerem cuidados especiais para instalação pois as fibras são materiais
frágeis e quebradiços. Deve-se observar que:
� O cabo não deve sofrer curvaturas acentuadas, o que pode provocar quebra das
fibras em seu interior .
� O cabo não deve ser tracionado pelas fibras ou elementos de enchimento
adjacentes a elas, mas sim pelos elementos de tração ou aço existentes no cabo.
� A velocidade de puxamento não deve ser muito elevada para permitir uma
paralização imediata se necessário.
� Não se deve exceder a máxima tensão de puxamento especificada para o cabo. Esta
deve ser monitorada, através de uma célula de carga ,durante todo o puxamento.
� O cabo deve ser limpo e lubrificado a fim de diminuir o atrito de tracionamento.
� Deve-se puxar o cabo com um destorcedor para permitir uma acomodação natural
do cabo no interior do duto ou canalização.
5.18.11Confecção de Emendas
Neste tipo de emenda a fibra é introduzida numa máquina , chamada máquina de fusão,
limpa e clivada, para , após o alinhamento apropriado, ser submetida à um arco voltaico que eleva a
temperatura nas faces das fibras, o que provoca o derretimento das fibras e a sua soldagem. O arco
voltaico é obtido a partir de uma diferença de potencial aplicada sobre dois eletrodos de metal.
Após a fusão a fibra é revestida por resinas que tem a função de oferecer resistência
mecânica à emenda, protegendo-a contra quebras e fraturas. Após a proteção a fibra emendada é
acomodada em recipientes chamados caixa de emendas.
As caixas de emendas podem ser de vários tipos de acordo com a aplicação e o número de
fibras. Umas são pressurizáveis ou impermeáveism, outras resistentes ao sol, para instalação aérea.
A CLIVAGEM é o processo de corte da ponta da fibra óptica. É efetuada a partir de um
pequeno ferimento na casca da fibra óptica (risco) e a fibra é tracionada e curvada sob o risco, assim
o ferimento se propaga pela estrutura cristalina da fibra.
5.18.11.2Emenda Mecânica
Este tipo de emenda é baseado no alinhamento das fibras através de estruturas mecânicas.
São dispositivos dotados de travas para que a fibra não se mova no interior da emenda e contém
líquidos entre as fibras , chamados líquidos casadores de índice e refração, que tem a função de
diminuir as perdas de Fresnel (reflexão). Neste tipo de emenda as fibras também devem ser limpas e
clivadas.
Este tipo de emenda é recomendado para aqueles que tem um número reduzido de emendas
a realizar pois o custo desses dispositivos é relativamente barato, além de serem reaproveitáveis.
5.18.12 CONECTORES
Os conectores utilizam acoplamentos frontais ou lenticulares, sendo que existem três tipos
de acoplamentos frontais:
� Quando a superfície de saída é maior que a de entrada.
� Assimétrico
Existem conectores:
� Para fibra única
� Para várias fibras (múltiplo)
Conector múltiplo
Com relação à forma que se realiza o alinhamento podemos ter vários tipos de estruturas
sendo que os mais comuns são os circulares e os tipo V-GROOVE. Os tipos circulares são
recomendados para conecções duradouras enquanto que os V-GROOVE para situações provisórias
de conecções de fibras nuas (sem revestimento).
Para sistemas ópticos, encontramos dois tipos de fontes ópticas que são freqüentemente
utilizadas: LED e LASER.
Cada um destes dois tipos de fontes oferecem certas vantagens e desvantagens, e
diferenciam-se entre sí sob diversos aspectos:
� Potência luminosa: os lasers oferecem maior potência óptica se comparados com
os leds.
LED : (-7 a -14dBm)
LASER : (1dBm)
� Largura espectral: os lasers tem largura espectral menor que os leds, o que
proporciona menor dispersão material.
Através das características de ambos os elementos, vemos que o laser é o que nos
fornece uma maior potência luminosa e uma menor largura espectral, razão pela qual é
amplamente empregado nos circuitos ópticos. Desta forma, faremos um breve entendimento
sobre os conceitos básicos do laser, bem como o seu funcionamento como fonte óptica.
5.18.13.1Laser
Os lasers são geralmente montados em módulos que tem a função básica de garantir um
perfeito funcionamento e alinhamento em condições de operação, pois são componentes
herméticos ou selados.
Há alguns anos a rede feita com cabo de par trançado vem substituindo as redes
construídas com cabos coaxiais de 50 Ohms devido principalmente a facilidade de manutenção,
pois com o cabo coaxial é muito trabalhoso achar um defeito devido que se houver um mau
contato ou qualquer problema com as conexões em algum ponto da rede o problema se refletirá
em todas as maquinas da rede, o que não acontece em uma rede de par trançado.
Outro motivo é a vantagem de se atingir maior taxa de transferência podendo trabalhar
não somente a 10 Mbps, mas também a 100 Mbps (Fast Ethernet) ou até 1000 Mbps (1 Gigabite
Ethernet).
Da-se o nome de cabo de par trançado devido que os pares de fios se entrelaçarem por
toda a extensão do cabo, evitando assim interferências externas, ou do sinal de um dos fios para
o outro.
Se utilizarmos cabos convencionais haverá comunicação sim , mas com ruídos que
prejudicaria muito a comunicação entre as maquinas.
Como em qualquer comunicação que estejam varias maquinas envolvidas os dados só
podem ser recebidos ou enviados por uma máquina por vez, enquanto as outras máquinas
esperam para enviar os seus dados, se o pacote de dados chegar corrompidos, a máquina que os
recebeu pede que eles sejam enviados novamente e isto custará mais tempo de espera das outras
máquinas, então quanto mais perfeito a linha que trafega os dados, mais rápida será a rede,
utilizando-se placas especiais ´Fast Ethernet´ e cabos CAT 5 chegarmos até a 100 Mb por
segundo.
Com a popularização das conexões rápidas ( Speed, Cabo etc... ) as placas de 100 Mb e
os Hubs tornaram-se acessíveis no seu preço, portanto são as ideais para uma pequena rede ou
rede domestica, e também deve ser utilizado o cabo UTP CAT 5.
Deve-se verificar também a ligação do cabo de acordo com os sinais envolvidos, como
no conector RJ 45 para a ligação de rede convencional (10 ou 100 Mbps) somente os pinos 1,2,3
e 6 são na verdade utilizados então devemos fazer a ligação de acordo com o mostrado na figura
2, se ligarmos os pinos de acordo com a figura 1, a rede também funcionaria, mas com ruídos a
menos de 10 Mb/s e jamais funcionaria a 100 Mb/s podendo até travar os computadores da rede.
Os cabos UTP foram padronizados pelas normas da EIA/TIA com a norma 568 e são
divididos em 5 categorias, levando em conta o nível de segurança e a bitola do fio, onde os
números maiores indicam fios com diâmetros menores, veja abaixo um resumo simplificado dos
cabos UTP.
Tipo Uso
Categoria 1 Voz (Cabo Telefônico) São utilizados por equipamentos de
telecomunicação e não devem ser
Categoria 2 Dados a 4 Mbps (LocalTalk) usados para uma rede local
Categoria 3 Transmissão de até 16 MHz. Dados a 10 Mbps (Ethernet)
Categoria 4 Transmissão de até 20 MHz. Dados a 20 Mbps (16 Mbps Token Ring)
Categoria 5 Transmissão de até 100 MHz. Dados a 100 Mbps (Fast Ethernet)
5.17.4.1 Pinagem
NÚMERO DOS
DESTINAÇÃO
PINOS
2 - TD Verde
3 + RD Lr/Br
4 N/Utilizado Azul
5 N/Utilizado Az/Br
6 - RD Laranja
7 N/Utilizado Mr/Br
8 N/Utilizado Marrom
Esquema de ligação sem cruzamento algum (Strainght Through) conforme
norma EIA/TIA 568A "Este é o esquema de ligação mais utilizado em todo
o mundo"
2 - TD Laranja
3 + RD Vd/Br
4 N/Utilizado Azul
5 N/Utilizado Az/Br
6 - RD Verde
7 N/Utilizado Mr/Br
8 N/Utilizado Marrom
Esquema de ligação com cruzamento parcial de T568A (Half Cross)
conforme norma EIA/TIA 568A
2 - BI_DA Verde
3 +BI_DB Lr/Br
4 +BI_DC Azul
5 -BI_DC Az/Br
6 - BI_DB Laranja
7 +BI_DD Mr/Br
8 - BI_DD Marrom
Esquema de ligação conforme norma EIA/TIA 568A para 1000BaseT, a
codificação das cores é a mesma, modificando-se somente os sinais e que
neste tipo de ligação se utiliza todos os pinos de ligação para os sinais (full
duplex)
2 - BI_DA Laranja
3 +BI_DB Vd/Br
4 +BI_DC Mr/Br
5 -BI_DC Marrom
6 - BI_DB Verde
7 +BI_DD Azul
8 - BI_DD Az/Br
Para se interligar apenas dois computadores com cabo par trançado podemos executar a
interligação do tipo Cross (cruzamento) que é feito conforme o mostrado na figura abaixo, se não
existisse o cruzamento não seria possível a comunicação pois um PC tentaria enviar sinais para a
porta de transmissão de sinal do outro PC e não para a porta de recepção.
Vantagem : Neste tipo de conexão é a não necessidade de se investir em um HUB
concentrador basta apenas obedecer os sinais obedecendo a inversão do pino 1 para 3 e 2 para 6.
Desvantagem : Somente é possível interligar dois computadores.
Observação: Este tipo de interligação também é utilizada para se interligar HUB a HUB
(cascatear) quando não tem ou não é utilizada a porta UpLink do HUB
1 + TD Transmite dados para + RD Recebe dados 3
2 - TD Transmite dados para - RD Recebe dados 6
3 + RD Recebe dados para + TD Transmite dados 1
6 - RD Recebe dados para - TD Transmite dados 2
Para fazer um cabo com cruzamento parcial, utilize a ligação T568A em uma ponta
e T568B na outra (funciona para para 10Base-T e 100Base-TX
CONECTOR 1 "Half Cross" CONECTOR 2 "T568A"
cor pino função função pino cor
1 + TD + TD 1
2 - TD - TD 2
3 + RD + RD 3
4 N/Utilizado N/Utilizado 4
5 N/Utilizado N/Utilizado 5
6 - RD - RD 6
7 N/Utilizado N/Utilizado 7
8 N/Utilizado N/Utilizado 8
Para fazer um cabo com cruzamento total, utilize a ligação T568A em uma
ponta e Cross Over na outra (funciona para para 10Base-T, 100Base-
T,1000Base-T)
CONECTOR 1 "Cross Over" CONECTOR 2 "T568A"
cor pino função função pino cor
1 +BI_DA +BI_DA 1
- -
2 2
BI_DA BI_DA
3 +BI_DB +BI_DB 3
4 +BI_DC +BI_DC 4
5 -BI_DC -BI_DC 5
6 - BI_DB - BI_DB 6
7 +BI_DD +BI_DD 7
- -
8 8
BI_DD BI_DD
Para se interligar três ou mais computadores com cabo par trançado é necessário um
HUB interligando todas as máquinas, no mercado encontra-se Hubs de 4,8,16 e 32 portas, a
ligação é conforme a figura abaixo obedecendo-se a trança do cabo:
com um alicate ou com a lamina do próprio climpador para que todos fiquem no mesmo
alinhamento e sem rebarbas, para que não ofereçam dificuldades na inserção no conector RJ-45.
4 - Segure firmemente as pontas dos fios e os insira cuidadosamente no conector
observando que os fios fiquem posicionados no conector exatamente em sua posição correta.
5 - Inserir o conector já com os fios colocados dentro do alicate climpador, e pressionar
até o final.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS