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INSTITUTO GRADUARTE

RENATA SCKIANTA

O USO DO PENSAMENTO VISUAL NA SESSÃO DE COACHING

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo


Científico, apresentado ao Núcleo de Trabalhos
de Conclusão de Curso do Curso de Pós
Graduação Lato Sensu do curso de
Especialização em Formação em Coaching,
como requisito obrigatório para a obtenção do
grau de especialista.

ITAÚNA – MG

2019
2

O USO DO PENSAMENTO VISUAL NA SESSÃO DE COACHING

RENATA SCKIANTA

RESUMO

O objetivo desta pesquisa consistiu em abordar o uso do pensamento visual na


sessão de Coaching a partir de uma revisão da literatura. Em uma sessão de
Coaching com a utilização de ferramentas incluindo estratégias do pensamento
visual é considerado um estilo de aprendizagem em que o indivíduo entende melhor
e retém informações quando ideias, palavras e conceitos estão associados a
imagens. Muitos estudos analisados apontam que a maioria das pessoas precisam
ver informações para aprender. Algumas ferramentas a serem utilizadas em uma
sessão de Coaching incluem a criação de organizadores gráficos, diagramas, mapas
mentais, delineamentos dentre outros. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e
descritiva com abordagem qualitativa, em que foi desenvolvida a fundamentação
teórica a partir da revisão da literatura existente: livros, publicações científicas,
documentos legais, sobretudo artigos. Os resultados da pesquisa revelaram que
dentro de uma cultura de pensamento, as pessoas experimentam a sessão de
Coaching como um lugar onde o pensamento é valorizado e dado tempo, ricas
oportunidades para pensar em sua experiência cotidiana, modelos de pensamento
estão presentes na forma de ver a sua realidade, vivências e experiências, e o
ambiente está cheio com a documentação do pensamento. Assim em uma sessão
de Coaching é possível proporcionar a prática das habilidades de raciocínio, mas
também a fomentar uma inclinação para o pensamento e desenvolver uma maior
consciência das ocasiões de raciocínio.

Palavras-chave: Pensamento visual. Coaching. Ferramentas. Aprendizagem.


Criatividade.
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1. INTRODUÇÃO

O Coaching é um processo útil de desenvolvimento das habilidades das


pessoas e de aumentar o desempenho pessoal, profissional. Também pode ajudar a
lidar com problemas e desafios antes de se tornarem grandes problemas. Uma
sessão de Coaching geralmente ocorre como uma conversa entre o Coachee
(pessoa treinada) e o Coach (treinador), e se concentra em ajudar o Coachee a
descobrir respostas por si. Afinal, as pessoas são muito mais propensas a se
envolver com soluções que eles criaram com eles mesmos, e não aqueles que são
obrigados a eles!
De acordo com Aguiar (1997), em algumas organizações, o treinamento ainda
é visto como uma ferramenta corretiva, usada apenas quando as coisas deram
errado. Mas em muitas empresas, o Coaching é considerado uma abordagem
positiva e comprovada para ajudar os outros a explorar seus objetivos e ambições, e
depois alcançá-los. Os Coachs no local de trabalho não são conselheiros,
psicoterapeutas, gurus, professores, treinadores ou consultores - embora possam
usar algumas das mesmas habilidades e ferramentas, como por exemplo, o uso do
pensamento visual.
Assim, em uma sessão de Coaching com a utilização de ferramentas
incluindo estratégias do pensamento visual é considerado um estilo de
aprendizagem em que o indivíduo entende melhor e retém informações quando
ideias, palavras e conceitos estão associados a imagens. Muitos estudos analisados
apontam que a maioria das pessoas precisam ver informações para aprender.
Algumas ferramentas a serem utilizadas em uma sessão de Coaching incluem a
criação de organizadores gráficos, diagramas, mapas mentais, delineamentos dentre
outros.
No mundo de hoje, as pessoas ainda dependem de habilidades de leitura
para aprender. As mesmas também contam com habilidades orais e escritas para
transmitir o que aprenderam aos outros. No entanto, as pessoas de todas as idades
dependem de habilidades de pensamento visual para obter uma compreensão mais
profunda dos conceitos. Para entender e criar representações visuais de
conhecimento é necessário aprender maneiras de desenvolver suas habilidades
analíticas visuais, assim como exigem instrução sobre como ler, tais aspectos
4

podem ser apreendidos através da sessão de Coaching. Diante disso, justifica a


realização deste tema, considerando que o mesmo é pouco difundido na literatura
sobre Coaching, por isso, surgiu o interesse por esta abordagem.
O objetivo desta pesquisa consiste em abordar o uso do pensamento visual
na sessão de Coaching a partir de uma revisão da literatura.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva com abordagem
qualitativa, em que foi desenvolvida a fundamentação teórica a partir da revisão da
literatura existente: livros, publicações científicas, documentos legais, sobretudo
artigos. De acordo com Gil (2010, p. 42) “as pesquisas descritivas têm como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno
ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. E as explicativas visam a
análise dos fenômenos encontrados.
A metodologia empregada no presente estudo contemplará os objetivos
propostos, que são: Conceituar motivação; mapear as principais ferramentas que
contribuam para a motivação das equipes e refletir o papel do líder na influência do
ambiente motivacional. Conforme Gil (2010, p 45): “a principal vantagem da
metodologia dialética reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma
gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar
diretamente”. As fontes empregadas para a presente pesquisa consistiram
essencialmente na consulta de materiais como artigos, dissertações, livros e
impressos digitais, de onde se pesquisou o embasamento para o desenvolvimento
dos objetivos aqui discorridos.

2. CONSIDERAÇÕES SOBRE ATUAÇÃO DE COACHING

A maioria dos Coaching formais e profissionais é realizada por pessoas


qualificadas que trabalham com os clientes para melhorar sua eficácia e
desempenho e ajudá-los a alcançar seu pleno potencial. Os treinadores podem ser
contratados por Coachees ou por organizações. O treinamento nesta base funciona
melhor quando todos compreendem claramente o motivo da contratação de um
treinador, e quando eles definem conjuntamente as expectativas para o que eles
querem alcançar através do treinamento.
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No entendimento de Araújo (2009) os gerentes e líderes na organização


podem ser tão eficazes quanto os treinadores contratados externamente. Os
gerentes não precisam ser treinados formalmente como Coaching. Enquanto eles
permanecerem dentro do escopo de seu conjunto de habilidades e manter uma
abordagem estruturada, eles podem agregar valor e ajudar a desenvolver as
habilidades e habilidades de suas pessoas.
Coaching é uma forma de desenvolvimento em que uma pessoa chamada de Coach
apoia um cliente para atingir um objetivo pessoal ou profissional específico,
fornecendo treinamento e orientação.
O Coaching profissional usa uma variedade de habilidades de comunicação
(como retornos direcionados, escuta, questionamento, esclarecimento, etc.) para
ajudar os clientes a mudar suas perspectivas e assim descobrir diferentes
abordagens para alcançar seus objetivos. Essas habilidades podem ser usadas em
quase todos os tipos de Coaching. Nesse sentido, o Coaching é uma forma de
"meta-profissão" que pode se aplicar ao apoio a clientes em qualquer
empreendimento humano, desde suas preocupações em dimensões de saúde,
pessoais, profissionais, esportivas, sociais, familiares, políticas, espirituais, etc. pode
haver alguma sobreposição entre certos tipos de atividades de Coaching.

Fonte: Adaptado por Araújo (2009).


O Coaching de negócios é um tipo de desenvolvimento de recursos humanos
para líderes empresariais. Fornece suporte, feedback e conselhos positivos em uma
base individual ou em grupo para melhorar a eficácia pessoal na configuração de
negócios.
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O Coaching de negócios também é chamado de Coaching executivo,


treinamento corporativo ou treinamento de liderança. Os treinadores ajudam seus
clientes a avançar em direção a objetivos profissionais específicos. Estes incluem
transição de carreira, comunicação interpessoal e profissional, gerenciamento de
desempenho, eficácia organizacional, gerenciamento de mudanças profissionais e
pessoais, desenvolvimento de presença executiva, aprimoramento do pensamento
estratégico, lidar efetivamente com conflitos e construção de uma equipe efetiva
dentro de uma organização. Um psicólogo organizacional industrial é um exemplo de
treinador executivo.
O Coaching não se restringe a especialistas ou provedores externos. Muitas
organizações esperam que seus líderes seniores e gerentes intermediários treinem
os membros da equipe para alcançar níveis mais altos de desempenho, aumento da
satisfação no trabalho, crescimento pessoal e desenvolvimento de carreira. Estudos
de pesquisa sugerem que o coaching executivo tem um impacto positivo no
desempenho no local de trabalho (DINIZ, 2005).
Em alguns países, não há nenhuma certificação ou licenciamento necessário
para ser um empresário ou treinador executivo, e a adesão a uma organização de
Coaching é opcional. Além disso, os padrões e os métodos de capacitação dos
treinadores podem variar amplamente entre as organizações de treinamento. Muitos
treinadores de negócios se referem a si mesmos como consultores, um
relacionamento comercial mais amplo do que aquele que envolve exclusivamente no
Coaching.
O Coaching financeiro é uma forma relativamente nova de coaching que se
concentra em ajudar os clientes a superar sua luta para atingir metas e aspirações
financeiras específicas que estabeleceram para si. O Coaching financeiro é um
relacionamento individual em que o treinador trabalha para incentivar e apoiar o
objetivo de facilitar a realização dos planos financeiros do cliente.
Um Coaching financeiro, também chamado de treinador de dinheiro,
geralmente se concentra em ajudar os clientes a reestruturar e reduzir dívidas,
reduzir gastos, desenvolver hábitos de economia e desenvolver disciplina financeira.
Em contraste, o termo consultor financeiro refere-se a uma gama mais ampla
de profissionais que normalmente fornecem produtos e serviços financeiros aos
clientes. Embora pesquisas iniciais liguem coaching financeiro para melhorias nos
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resultados do cliente, é necessária uma análise muito mais rigorosa antes que
qualquer ligação causal possa ser estabelecida (VERGARA, 2005).
O Coaching que atua na área de saúde está se tornando reconhecido como
uma nova maneira de ajudar os indivíduos a "gerenciar" suas doenças e condições,
especialmente aquelas de natureza crônica. O treinador usará técnicas especiais,
experiência pessoal, experiência e encorajamento para auxiliar o coachee em trazer
suas mudanças comportamentais, ao mesmo tempo em que visa reduzir os riscos
para a saúde e diminuir os custos de saúde.
A National Society of Health Coaches (NSHC) diferenciou o termo treinador
de saúde do treinador de bem-estar. De acordo com o NSHC, os treinadores de
saúde são qualificados "para guiar aqueles com condições agudas ou crônicas e / ou
risco de saúde moderado a alto", e os treinadores de bem-estar fornecem orientação
e inspiração "para pessoas de outra forma" saudáveis "que desejam manter ou
melhorar a sua globalidade estado geral de saúde”.
A filosofia subjacente por trás do Coaching é que nós, seres humanos, temos
imensuráveis recursos de energia, sabedoria, habilidade e gênio que esperam ser
postos em movimento. Podemos criar a vida que desejamos de forma mais rápida e
fácil, fazendo parcerias com um treinador que nos ajude a utilizar esses recursos
para facilitar a mudança e realizar o nosso potencial.
Muitas das primeiras teorias psicológicas (Adler, Jung, Ellis) e teorias atuais,
como Psicologia Positiva e as terapias "focadas em solução", são antecedentes do
coaching moderno. Em vez de a patologia como foco principal, essas teorias se
concentram na mudança de comportamento através de uma maior conscientização
e escolhas para resultados futuros desejados e soluções para os problemas atuais
de viver, com o indivíduo como criador e artista de sua vida (REIS, 2008).
Os Coaching profissionais na área da Educação e das artes conhecem a
importância de identificar as características e considerações éticas que diferenciam
o treinamento de consultoria, terapia, orientação, aconselhamento ou mesmo
amizade e apoio à adesão do grupo. Enquanto o Coaching e a terapia compartilham
algumas semelhanças, a psicoterapia geralmente se concentra no impacto que o
passado tem sobre o presente, na cura da disfunção psicológica e no alívio da dor
emocional. O terapeuta é considerado o especialista, aquele com respostas sobre o
que é certo para o cliente.
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Coaching concentra-se no presente e no futuro, os pontos fortes do cliente, o


propósito da vida e os objetivos, trabalhando com os clientes para criar
possibilidades para enriquecer sua vida. Com base na crença de que todos os
indivíduos são indivíduos inteiros e capazes, o Coaching assume que o cliente é
especialista, capaz de determinar o que é melhor para suas vidas e o treinador
trabalha junto com eles para maximizar seus potenciais pessoais e profissionais,
para fechar as lacunas para criar vidas extraordinárias.
Aqui estão algumas das habilidades mais básicas que precisamos para nos
envolver em conversas de treinamento: ouvir ativo para garantir ao ouvinte que você
está ouvindo o que eles estão dizendo, reconhecendo o Sabotador e eliminando
suas crenças limitantes e abordagem de Inquérito Apreciador à melhoria que se
baseia no positivo em vez de partir de uma premissa do que está errado.
Estamos em um momento em que o campo e a prática do Coaching crescem
e evoluem. A demanda por Coaching surgiu quando os executivos estressados
começaram a procurar ajuda para lidar com suas vidas profissionais e pessoais.
Além disso, à medida que as empresas começaram a fazer downsizing e outplacing,
e os baby boomers começaram a completar 50 anos, treinadores foram contratados
para facilitar as transições traumáticas e ajudar as pessoas a voltarem a progredir.
O Coaching é composto por profissionais de uma ampla variedade de
disciplinas e origens, desde consultoria de negócios, Relações Humanas (RH) e
Desenvolvimento Organizacional (OD), treinamento, esporte, educação e filosofia,
para qualquer número de disciplinas psicológicas, como psicologia industrial /
organizacional (I / O), psicologia de aconselhamento, psicologia clínica e psicologia
social. Dado os diferentes contextos, experiências e perspectivas que os treinadores
trazem, não é surpreendente ver uma falta de consenso sobre definições, métodos e
técnicas.

2.1 ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA UMA SESSÃO DE COACHING

Em um processo de Coaching é necessário alguns elementos principais como


foco, comprometimento, ação intenção positiva, evolução contínua, supervisão e
resultados. Além dos elementos mencionados, em um processo de Coaching o
Coach deve estabelecer uma confiança entre ele e o Coachee e de criar um local
seguro para que seu Coachee sinta o acolhimento de forma sagrada. O Coach deve
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se preocupar em ouvir na essência e essa habilidade é fundamental durante o


processo, pois é através da escuta que o processo se desenvolve (ARNHEIM,
2015).
Na sequência da escuta vem o não julgamento de valor, aceitando o coachee
do jeito que é reconhecendo que cada indivíduo é diferente. Durante o processo de
Coaching o Coach ressignifica ações passadas que trouxeram resultados
indesejáveis. Em uma sessão de Coaching o rapport é um elemento de conexão,
onde o Coach consegue acompanhar o Coachee. Esse elemento é necessário em
um processo de Coaching (ARNHEIM, 2015).
Na sessão de Coaching se estabelece um contrato de formalização do
contrato de Coaching, onde é estabelecida a quantidade e duração das sessões,
bem como a duração do processo e definição do estado desejado. Estabelece
portanto, a confidencialidade e a ética dentro do processo.
Em cada sessão de Coaching se faz necessário a medição e avaliação de
resultados e o feedback deve ser constante e o Coach assume esse papel durante o
processo. O Coach utiliza ferramentas, técnicas e perguntas chamadas poderosas
que proporciona ao Coachee encontrar recursos dentro de si e despertar seu
potencial (ARNHEIM, 2015).
Entende-se que um processo de Coaching é pautado em resultados. O
Coaching traz melhorias, superação de obstáculos, quebra de paradigmas,
superação e atingimento de metas e objetivos. É Importante definir junto ao
Coachee quais situações começariam a ocorrer, se este realmente estivesse
obtendo resultados. Assim, cria-se uma garantia de que o Coachee perceba por ele
mesmo quando um resultado positivo acontecer, valorizando todo o processo ao
qual ele submeteu.

3. PENSAMENTO VISUAL

O pensamento visual, também chamado de aprendizagem visual /


espacial ou pensamento pictórico é o fenômeno do pensamento através
do processamento visual. O pensamento visual foi descrito como vendo palavras
como uma série de imagens. De acordo com Galton (2014) e comum em
aproximadamente 60–65% da população geral. "Pensadores de imagens reais",
aqueles que usam o pensamento visual quase à exclusão de outros tipos de
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pensamento, compõem uma porcentagem menor da população. A pesquisa da


teórica do desenvolvimento infantil Linda Kreger Silverman sugere que menos de
30% da população usa fortemente o pensamento visual / espacial, outros 45% usam
o pensamento visual / espacial e o pensamento na forma de palavras, e 25% pensa
exclusivamente em palavras.
No entendimento de Kozhevnikov (2010) o Pensamento Visível é uma
estrutura ampla e flexível para enriquecer o aprendizado em sala de aula nas áreas
de conteúdo e promover o desenvolvimento intelectual dos alunos ao mesmo
tempo. Aqui estão alguns de seus principais objetivos:

Compreensão mais profunda do conteúdo; Maior motivação para aprender;


Desenvolvimento de habilidades de pensamento e aprendizagem dos
alunos; Desenvolvimento de atitudes dos alunos em relação a pensar e
aprender e sua atenção às oportunidades de pensar e aprender (o lado
"disposicional" do pensamento); Uma mudança na cultura de sala de aula
para uma comunidade de pensadores e alunos entusiasticamente
envolvidos.

Para atingir esses objetivos, Kozhevnikov (2010) menciona que o


Pensamento Visível envolve várias práticas e recursos. Os professores são
convidados a usar com seus alunos uma série de "rotinas de pensamento" -
protocolos simples para explorar ideias - em torno de quaisquer tópicos importantes,
como a aritmética de frações, a Revolução Industrial, a Segunda Guerra Mundial, o
significado de um poema, a natureza da democracia.
O Pensamento Visual inclui atenção a quatro "ideais de pensamento" -
compreensão, verdade, justiça e criatividade. O Pensamento Visível enfatiza várias
maneiras de tornar o pensamento dos alunos visível para si e para o outro, para que
possam melhorá-lo (ARNHEIM, 2015).
Entende-se que a ideia de pensamento visível ajuda a tornar concreto o
aspecto de uma sala de aula pensativa. A qualquer momento, podemos perguntar:
"O pensamento está visível aqui? Os alunos estão explicando coisas uns para os
outros? Os alunos estão oferecendo ideias criativas? Eles são, e eu, professor,
usando a linguagem do pensamento? Existe um brainstorm sobre interpretações
alternativas? na parede? Os alunos estão debatendo um plano? " (KOZHEVNIKOV,
2010, p. 34).
Quando as respostas para perguntas como essas são consistentemente sim,
os alunos são mais propensos a demonstrar interesse e compromisso à medida que
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a aprendizagem se desdobra na sala de aula. Eles encontram mais significado nos


assuntos e conexões mais significativas entre a escola e a vida cotidiana. Eles
começam a mostrar os tipos de atitudes em relação ao pensamento e aprendizado
que mais gostaríamos de ver em jovens aprendizes - não mente fechada, mas
mente aberta, não entediada, mas curiosa, nem ingênua nem radicalmente negativa,
mas apropriadamente cética, não satisfeita com " apenas os fatos ", mas querendo
entender.

3.1 A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO EM UMA SESSÃO DE COACHING

A ideia central do Pensamento Visual é muito simples: tornar o pensamento


visível. Aprendemos melhor o que podemos ver e ouvir ("pensamento visível"
significa geralmente disponível para os sentidos, não apenas o que você pode ver
com seus olhos). Observamos, ouvimos, imitamos, adaptamos o que encontramos a
nossos próprios estilos e interesses, construímos a partir daí. Agora imagine
aprender a dançar quando os dançarinos ao seu redor são invisíveis. Imagine
aprender um esporte quando os jogadores que já conhecem o jogo não podem ser
vistos (KANDEL, 2013).
Por mais estranho que pareça, algo próximo a isso acontece o tempo todo em
uma área muito importante de aprendizado: aprender a pensar, que inclui aprender a
aprender. Pensar é praticamente invisível. Para ter certeza, às vezes as pessoas
explicam os pensamentos por trás de uma determinada conclusão, mas muitas
vezes não. Principalmente, o pensamento acontece sob o capô, dentro do
maravilhoso motor da mente-cérebro.
Para Galton (2014) o Pensamento Visual em uma sessão de Coaching inclui
uma série de maneiras de tornar o pensamento dos alunos visível para si, para seus
colegas e para o professor, para que eles se envolvam mais com ele e cheguem a
gerenciá-lo melhor para o aprendizado e outros propósitos.
Quando o pensamento é visual nas salas de aula, os alunos estão em
posição de serem mais metacognitivos, para pensar sobre o seu
pensamento. Quando o pensamento é visível, fica claro que a escola não é sobre
memorizar conteúdo, mas explorar ideias. Os professores se beneficiam quando
conseguem ver o pensamento dos alunos porque é mais provável que os conceitos
errôneos, o conhecimento prévio, a capacidade de raciocínio e os graus de
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compreensão sejam descobertos. Os professores podem, então, abordar esses


desafios e ampliar o pensamento dos alunos começando pelo local onde estão.
De acordo com Galton (2014) dos 30% da população geral que usam o
pensamento visual / espacial, apenas uma pequena porcentagem usaria esse estilo
acima de todas as outras formas de pensamento, e pode-se dizer que são
verdadeiros "pensadores de imagem"
O reconhecimento e a aplicação de diferentes estilos cognitivos e de
aprendizagem, incluindo estilos de pensamento visual, cinestésico, musical,
matemático e verbal, são uma parte comum de muitos cursos atuais de formação de
professores. Aqueles que pensam em imagens geralmente afirmam ser melhores
em aprendizagem visual (GALTON, 2014).
Pesquisas empíricas mostram que não há evidências em uma sessão de
Coaching de que identificar o "estilo de aprendizagem" de um aluno produz melhores
resultados. Há evidências significativas de que a "hipótese de geração de malha"
difundida, a suposição de que um aluno aprenderá melhor se ensinada em um
método considerado apropriado para o estilo de aprendizado do aluno, é inválida.
Estudos bem desenhados "contradizem categoricamente a hipótese popular do
engrenamento" (KANDEL, 2013).
A teoria das múltiplas inteligências de Gardner reconhece várias formas de
inteligência, nomeadamente espacial, linguística, lógico-matemática, corporal-
cenestésica, musical, interpessoal, intrapessoal, naturalista. A teoria de Gardner é
discutida e citada em muitas das séries de livros de David A Sousa, "Como o
Cérebro Aprende", incluindo "Como o Cônjuge Superdotado aprende" e "Como o
Cérebro Necessário Especial Aprende". As áreas de competência podem ser
reforçadoras, mas também mutuamente exclusivas. Na sociedade atual, o elo entre
o QI e a educação enfraqueceu, mas a ideia de educado e inteligente tornou-se
sinônimo, intercambiável; reforçado por verbalizadores sendo mais capazes de
internalizar informações, defender sistemas e projetar empregos que recompensam
monetariamente os pontos fortes, um ciclo que se autoperpetua (BLAZHENKOVA,
2010).
De acordo com Galton (2014) o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito
realizam tarefas diferentes. O hemisfério esquerdo e direito pode ser
simultaneamente consciente em experiências mentais diferentes, até mutuamente
conflitantes, que correm em paralelo. O hemisfério direito [não-verbal] percebe,
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pensa, lembra, raciocina e deseja, tudo em um nível caracteristicamente humano. A


pesquisa que se baseia na pesquisa do cérebro dividido de Sperry é reforçada
por evidências casuais , que apoiam a premissa de que diferentes arquiteturas se
prestam a um dos canais, às custas dos outros.
Conceitos relacionados ao pensamento visual têm desempenhado um papel
importante na educação em arte e design nas últimas décadas, mas isso nem
sempre tem sido o caso. Na Grécia Antiga, Platão tendeu a enfatizar a música para
auxiliar a cognição na educação de heróis por causa de suas tendências
matemáticas e "harmonias do cosmos". Por outro lado, imagens visuais, pinturas em
particular, causaram a confiança em "imagens ilusórias” (GALTON, 2014).
No entanto, no mundo ocidental, as crianças começam a escola primária com
pensamentos e formas abstratas, mas à medida que envelhecemos, segundo Rudolf
Arnheim "as artes são reduzidas a um complemento desejável" A tendência geral do
mundo no final do século XX causou uma ênfase na abordagem científica,
matemática e quantitativa da educação, e a educação artística é frequentemente
refutada porque é baseada na percepção. É qualitativa e subjetiva, o que torna difícil
medir e avaliar.
No entanto, os fundamentos do pensamento visual estabelecem o trabalho
básico para uma sessão de Coaching. Dois dos aspectos mais influentes da
composição visual nessas disciplinas são padrões e cores. Padrões não são apenas
predominantes em muitos aspectos diferentes da vida cotidiana, mas também estão
dizendo sobre nossa interpretação do mundo. Além disso, agora existem
abordagens e ferramentas estudadas sobre como deve ser usada na sessão de
Coaching, onde "a estética funcional da cor pode ser reduzida a um pequeno
número de diretrizes e lista as principais propriedades necessárias para tomar
decisões de design que levem à clareza visual" (GALTON, 2014)
Ao mesmo tempo, as técnicas de arte utilizadas a partir do pensamento visual
em uma sessão de Coaching podem abrir caminhos para estimular o processo de
pensamento e a resolução de problemas. Os esboços oferecem uma maneira
desenfreada de colocar pensamentos no papel através das "representações
abstratas de ideias e estruturas de ideias". Desta forma, esboçar não só ajuda a
gerar idéias, mas também para refletir e editá-las também. É também um meio
eficaz de comunicação. Apesar de todas as vantagens de integrar arte e visuais na
sessão de Coaching, é uma habilidade difícil de dominar. Aqueles que podem são
14

bem versados em análise visual. É preciso muita prática para que os esboços
evoluam de "rabiscos sem sentido" para uma "ferramenta de pensamento" complexa
(GALTON, 2014).

3.2 FERRAMENTAS UTILIZADAS NA SESSÃO DE COACHING ATRAVÉS DO


PENSAMENTO VISUAL

O pensamento visual é um corpo de metodologias que usa diagramas para


representar ideias, conceitos, fluxos de processos e relacionamentos. Geralmente,
ideias e conceitos são representados por imagens e texto, e conectados por linhas
para mostrar associação e representar fluxo, como demonstrado na figura 1
representada pela formulação de uma criança que almejou chegar a um resultado
através das técnicas do pensamento visual.

Figura 1- Representação utilizando a técnica do pensamento visual em uma


sessão de Coaching com uma criança de 6 anos de idade

Fonte: REIS (2008, p. 102).

West (2009) cita que os mapas de ideias são a ferramenta perfeita para
desencadear e capturar ideias. Muitas vezes, essas metodologias visuais são
usadas em uma sessão de Coaching para co-criar e compartilhar
15

conhecimento. Metodologias de pensamento visual comprovadamente aumentam a


compreensão, melhoram a retenção e efetivamente comunicam informações.

Figura 2- Imagem de mapa conceitual utilizado na sessão de Coaching

Fonte: WEST (2009)

Percebe-se que usar o pensamento visual para pensar e planejar, seja feito
individualmente ou em grupo, estimula a imaginação e estimula a
criatividade. Envolvendo os lados lógicos e criativos do cérebro, o pensamento
visual aumenta a clareza das informações complexas revelando rapidamente
conexões, adjacências e lacunas de conhecimento que podem ser perdidas de uma
forma estritamente linear.
Para John-Steiner (1997) no brainstorming visual, as ideias são gravadas
rapidamente e representadas visualmente, depois organizadas para estruturar as
informações e identificar as áreas onde é necessário pensar e pesquisar mais. A
adição de cores e imagens estimula ainda mais o pensamento e estimula a
investigação adicional, abaixo estar um exemplo de brainstorming visual (Figura 3),
16

o qual pode ser efetivamente utilizado em uma sessão de Coaching, tendo em vista
estimular o senso crítico e reflexivo do Coachee.

Figura 3- Demonstração de brainstorming visual

Fonte: JOHN-STEINER (1997)

Com o brainstorming visual, a pessoa pode visualmente debater, organizar,


compreender e comunicar ideias e informações. O mesmo, segundo John-Steiner
(1997) suporta muitos tipos diferentes de metodologias de pensamento visual, como
mapas conceituais, fluxos de processos, webs e mapas de ideias, facilitando a
escolha do que melhor se adapta ao u projeto ou ao seu estilo de pensamento
pessoal. O brainstorming visual fornece uma poderosa organização para expandir as
ideias e informações em planos e relatórios. Com os recursos de colaboração do
brainstorming visual, não importa em qual projeto ou documento que esteja
trabalhando, você pode co-criar e colaborar com membros da equipe, grupos de
estudo e colegas.

Apreende-se que o pensamento visual faz uso extensivo de rotinas de


aprendizado que são ricas em pensamento. Essas rotinas são estruturas simples,
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por exemplo, um conjunto de perguntas ou uma pequena sequência de etapas, que


podem ser usadas na sessão de Coaching em vários níveis e conteúdos.

Galton (2014) menciona que as rotinas de pensamento formam o núcleo do


programa pensamento visual. O que faz com que essas rotinas funcionem para
promover o desenvolvimento do pensamento das pessoas e da cultura vivenciada
por cada um de modo impessoal:

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da presente pesquisa, foi possível entender que o pensamento visual


permite que as pessoas vejam como as ideias estão conectadas e percebem como
as informações podem ser agrupadas e organizadas. Com o pensamento visual, os
conceitos são mais bem compreendidos, pois as pessoas são capazes de
estabelecer conexões e estabelecer relações entre as ideias.
O desenvolvimento de disposições de pensamento - seja uma disposição
para se esforçar para entender, para descobrir as complexidades da justiça, para
buscar a verdade ou buscar soluções criativas - ocorre dentro de um contexto
cultural. É dentro dos contextos culturais que desenvolvemos nossos padrões de
comportamento e pensamento que se tornam nossos hábitos.
Portanto, o uso do pensamento visual na sessão de Coaching ajuda a
desenvolver o pensamento, imergindo-os em uma cultura rica de pensamento
criativos e inspiradores para todas as idades. Dentro de uma cultura de pensamento,
as pessoas experimentam a sessão de Coaching como um lugar onde o
pensamento é valorizado e dado tempo, ricas oportunidades para pensar em sua
experiência cotidiana, modelos de pensamento estão presentes na forma de ver a
sua realidade, vivências e experiências, e o ambiente está cheio com a
documentação do pensamento. Assim em uma sessão de Coaching é possível
proporcionar a prática das habilidades de raciocínio, mas também a fomentar uma
inclinação para o pensamento e desenvolver uma maior consciência das ocasiões
de raciocínio.
Constatou-se que o pensamento visual é dedicado a ajudar as pessoas a se
tornarem melhores pensadores. Para pensar bem no dia-a-dia, as mesmas devem
desenvolver padrões de pensamento em que sua capacidade seja combinada com
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sua inclinação para pensar bem e sua consciência das oportunidades de


pensar. Verificou-se através dos autores referenciados que o pensamento visual em
uma sessão de Coaching oportuniza uma abordagem encultivadora, o que significa
que acreditamos que o desenvolvimento disposicional ocorre melhor dentro de um
contexto cultural em que:
 Pensar é valorizado
 Há tempo para pensar
 Ricas oportunidades para pensar abundam
 Pensar é modelado regularmente
 O processo, assim como os produtos do pensamento, estão presentes
no meio ambiente
Tal ambiente envia a mensagem de que o pensamento é valorizado. Além
disso, ele não apenas fornece um tempo e lugar para a prática das habilidades, mas
também fornece a alavancagem necessária para promover uma inclinação para o
pensamento e para desenvolver uma maior consciência das ocasiões de
raciocínio. Imersos em uma cultura de pensamento, as pessoas têm a oportunidade
de desenvolver padrões de comportamento e pensamento que se tornam hábitos.
Por fim, conclui-se que as ferramentas e recursos utilizados em uma sessão
de Coaching são projetados para ajudar as pessoas a se concentrarem
coletivamente nas mensagens implícitas sobre o envio de pensamentos visuais.

5. REFERÊNCIAS
19

AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira. Psicologia aplicada à administração. São


Paulo: Excellus, 1997.

ARAUJO, Ane. Coach: Um parceiro para o seu sucesso. Ed. Gente, São Paulo,
2009.

ARNHEIM, Rudolf. Pensamento Visual . Berkeley: University of California Press.


2015.

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