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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA


CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

LILIAN GRAZIELLY G. DA SILVA


MARIA PAULA N. M. DA SILVA
RAFAELA DAIANE DE OLIVEIRA

PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES

TRABALHO ACADÊMICO

PONTA GROSSA
2011
LILIAN GRAZIELLY G. DA SILVA
MARIA PAULA N. M. DA SILVA
RAFAELA DAIANE DE OLIVEIRA

PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES

Trabalho apresentado como requisito de


avaliação parcial referente ao 1º período do
Curso Superior de Engenharia Química,
disciplina de Química Geral e Experimental,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná-
UTFPR

Profª Maria Regina

PONTA GROSSA
2011
Resumo

Utilizou-se de substâncias padronizadas a fim de obter a concentração molar de substâncias


desconhecidas, através da prática de titulação. Tendo como base a da solução de HCl padronizada, a
qual apresentava 0,096mol/L, foi realizada a padronização de NaOH a 0,1 M e pureza do NaOH
comercial. Nesse experimento encontramos a porcentagem da massa de sódio que reagiu do total
pesado. Após obter a solução de NaOH padronizada, esta foi usada nas práticas de determinação da
acidez do leite, a qual tinha por finalidade verificar se o teor do leite estava bom para o consumo
humano; determinação da concentração (g/L) de ácido cítrico presente em uma amostra de
refrigerante; e determinação do teor de ácido acético no vinagre, o qual foi comparado com o do
rótulo (4,2% - teor de acidez). Todas as práticas envolveram titulação da solução que se desejava
conhecer o padrão, calculando assim, a sua respectiva concentração a partir da concentração da
solução padronizada e do volume adquirido com a titulação.

Palavras-chave: Titulação. Padronização. Análise de acidez. Pureza. Concentração.


SUMÁRIO
1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 6
2 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 6
2.1 Soluções ..........................................................................................................6

2.1.1 Padrão Primário ............................................................................................7

2.1.2 Padrão Secundário .......................................................................................7

2.2 Titulação ..........................................................................................................7

2.3 Determinação da pureza do NaOH .................................................................9

2.4 Determinação da acidez do leite .....................................................................9

2.5 Determinação do teor de ácido acético no vinagre .......................................10

2.6 Determinação da concentração de ácido cítrico presente em uma amostra de


refrigerante ................................................................................................................11

3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 12


3.1 Materiais ........................................................................................................ 12
3.2 Métodos......................................................................................................... 14

4 RESULTADOS ............................................................................................... 19
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 23
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 25
6

1 OBJETIVOS

- Preparar soluções;
- Preparar uma solução de 0,1 mol/L de HCl e padronização desta solução;
- Padronizar uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 M;
- Determinar a pureza de hidróxido de sódio comercial;
- Determinar a concentração de ácido cítrico em amostra de refrigerante;
- Determinar a acidez de leite longa vida para verificar se está adequado para
consumo humano;
- Determinar a acidez de vinagre comercial.

2 INTRODUÇÃO

2.1 Soluções

Ao encontrar substâncias na natureza, verifica-se que a maior parte delas


apresenta-se como misturas e não como substâncias puras. Essas misturas podem
ser caracterizadas como homogêneas e heterogêneas, sendo que a mistura
homogênea é denominada solução. Esta pode ser sólida, liquida ou gasosa e não
apresenta composição fixa como nos compostos, podendo ser separada por
processos físicos, ou seja, sem haver reação química.
A distinção entre uma substancia pura e uma solução pode ser feita a partir
da análise da temperatura nas mudanças de estado. Sabe-se que uma substância
pura apresenta temperatura constante, enquanto seu estado é alterado, em
contrapartida em uma solução a temperatura é variável.
A solução irá ser composta de soluto- substância dissolvida- e solvente – em
maior proporção na mistura-, sendo a água considerada solvente universal. Essas
soluções, contendo água, são denominadas aquosas.
Quando se prepara uma solução, deve-se atentar a concentração desta, pois
é ela quem expressa à composição dos componentes da mistura. A unidade de
medida utilizada é a porcentagem em massa, sendo a concentração molar, ou
molaridade (M), a mais importante. Sua unidade é expressa em mol/litro, a qual
indica o número de mols de um soluto adicionado ao solvente em quantidade
suficiente para completar um litro de solução.
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A solução é preparada a partir de um soluto com pesagem conhecida e


dissolvido no solvente, logo sua concentração fica conhecida e exata. Tal solução é
chamada de solução padrão, a qual se subdivide em:

2.1.1 Padrão primário

Substâncias puras que permitem o preparo de uma solução padrão com


pesagem direta e diluição até um volume determinado com os seguintes requisitos:
Essas substâncias devem ser fáceis de obter, purificar, secar e preservar em estado
puro; Ela não deve ser alterada no ar durante a pesagem e deve passar por testes
para impurezas em ensaios qualitativos e testes de sensibilidade conhecida; A
reação com a solução padrão deve ser estequiométrica e praticamente instantânea;
O padrão deve ter massa molecular elevada, para que os erros de pesagem possam
ser ignorados; A substância deve ser facilmente solúvel nas condições de trabalho.

2.1.2 Padrão Secundário

Composto que pode ser utilizado nas padronizações, pois sua concentração
foi determinada por comparação com o padrão primário, ou seja, sua concentração
foi determinada por titulação- adição da solução padrão até que a reação esteja
completa- do volume da solução com um volume conhecido de uma solução
primária. O soluto dissolvido, ao contrário do padrão primário, é determinado pela
titulação e não por pesagem direta, como no padrão primário.
A padronização tem por finalidade determinar a concentração real de
um soluto em uma solução, verificando o quanto a concentração da solução
preparada aproxima-se da concentração da solução desejada. Sendo realizada
através da comparação com outra solução que já esteja padronizada ou por
titulação. (RUSSEL)

2.2 Titulação

A titulação consiste em um método analítico quantitativo que determina a


concentração de uma solução, a partir de outra com concentração já conhecida.
As
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reações de neutralização são conhecidas por titulação ácido-base, a qual se


subdivide em: acidimetria, determinação da dosagem de um ácido utilizando uma
solução básica padronizada; e alcalimetria, determinação da dosagem de uma base
a partir de uma solução padronizada de ácido.
A titulação ocorre no aparato da Figura 1, no qual a solução titulada será
colocada na bureta e a solução padronizada no erlenmeyer.

Figura 1 – Aparato de titulação


Fonte: Russel,1994, p.109.

O processo de titular consiste na adição vagarosa de uma solução básica, por


exemplo, de concentração conhecida na solução ácida, a qual deve ser
constantemente agitada enquanto o volume é derramado. A solução ácida será
colocada em um erlenmeyer com auxílio da pipeta, logo seu volume será conhecido,
com algumas gotas de indicador, enquanto a solução básica estará na bureta. O
processo só será interrompido quando a quantidade de íons H + do ácido e OH- da
base forem iguais, este estágio é chamado de ponto de equivalência ou ponto de
viragem, quando este ponto é atingido deve-se fechar a torneira e analisar quando
de volume foi necessário para a viragem.
9

O ponto de equivalência será perceptível, devido à adição do indicador, o qual


varia de acordo com a substância que se pretende titular, podendo ser utilizados os
indicadores dispostos na Tabela 2.
Indicador Meio Ácido Meio Básico
Tornassol róseo Azul
Fenolftaleína incolor Vermelho
Alaranjado de metila vermelho Amarelo
Azul de bromotimol amarelo Azul

No ponto de equivalência, a razão do numero de mols de ácidos no início


para o número de mols da base que foi adicionada é igual a razão estequiométrica.
Logo, a partir do volume encontrado na titulação é possível calcular a concentração
da solução que está na bureta, que no exemplo dado é a do ácido.

2.3 Determinação da pureza do NaOH

O hidróxido de sódio comercial contém muitas impurezas, além do fato de que


a porcentagem de pureza descrita no rótulo da embalagem, nem sempre
corresponder ao valor real. Para o preparo de uma solução utilizando o NaOH, é
necessário conhecer a concentração, logo o grau de pureza deve ser conhecido.
O grau de pureza é medido através da titulação, a qual determinará o teor real
de NaOH. Para a titulação utiliza-se solução de HCl, já padronizada, o qual será
colocado no erlenmayer com gotas de fenolftaleína-indicador de meio básico-,
enquanto o NaOH será colocado na bureta. Ao estabelecer o ponto de viragem o
ácido clorídrico ganha coloração vermelha indicando que o numero de mols de H + é
igual ao número de mols de OH-.
Depois de anotado o volume gasto de NaOH, faz o cálculo da pureza, descrito
abaixo, no qual a massa é pesada em balança analítica antes de ser diluído para a
titulação.
MNaOH pesada_______________ 100%
MNaOH reagiu ________________ x(pureza do NaOH)%
10

2.4 Determinação da acidez do leite

O leite é constituído de proteínas (caseína), lipídeos, glicídios, sais minerais,


como NaCl e KCl, vitaminas, enzimas e gases CO2 e O2. Logo, possui um alto
valor nutritivo, tornando-se então um meio de cultura de microorganismos que
realizam fermentação neste. O processo de fermentação do leite consiste na
conversão anaeróbica parcial de carboidratos, ou seja glicose, tendo como produto
final o ácido lático, além de outras substâncias orgânicas.
A fermentação do leite contribui para a produção de seus derivados, porém a
presença desses germes fermentadores aumenta a acidez do leite, devido a
liberação do ácido lático, tornando-o ácido e impróprio para o consumo humano.
Portanto, é realizada a medida da acidez do leite para obter a certeza de que este
está bom para o consumo.
O teor de acidez é medido em graus Dornic(°D), este teste é importante para
verificar se houve variação da acidez do momento da ordenha à utilização do leite.
O grau Dornic é o número de mililitros de solução 1/9 mol/L de NaOH gastos
para neutralizar 100mL de leite, o equivalente a acidez de 0,01% de ácido lático.
Logo 1°D representa 0,1g/L de ácido lático. Sabe-se que 15°D a 18°D(1,5 a 1,8g/L)
é equivalente a uma acidez normal, acima de 18°D há fermentação lática- leite muito
ácido- e abaixo de 15°D há denuncia da adição de água no leite. Valores altos do
grau Dornic podem estar associados a condições precárias de higiene no momento
e no pós ordenha, deficiência de refrigeração, ou, tempo prolongado de estocagem.
O leite que apresenta acidez alterada, revela-se um produto final com qualidade
inferior, com perda de rendimento

2.5 Determinação do teor de ácido acético no vinagre

O vinagre é obtido não só de vinhos, mas também de cidra, álcool diluído,


cervejas deixados ao ar, isto é, forma-se por fermentação espontânea, a qual
raramente excede a 5%(m/v) devido as limitações do teor de açúcar. A fermentação
alcoólica é seguida da acética, a qual é realizada espontaneamente sobre qualquer
substrato açucarado exposto leveduras e bactérias.
Encontramos o ácido etanoico, ou acético, em nosso dia a dia sob sua forma
impura, o vinagre. Este apresenta de 4 a 8% de ácido acético em sua composição,
11

sendo que quando o álcool diluído é a matéria prima, o ácido pode chegar até 12%
ou 14%(m/v), entretanto a acidez impede a atividade das bactérias.
Sua produção e o valor dependem da matéria prima utilizada para a
proliferação das bactérias aeróbicas que farão a oxidação do álcool etílico e ácido
acético diluído, conforme a reação a seguir, na qual CH3CHO é o aldeído acético e o
CH3CHOOH é o acido acético.
2C2H5OH(l)+2O2(g)  2CH3CHO(l) +2H2O(l)
2CH3CHO(l) + 2O2(g)  2CH3CHOOH(l)
O ácido acético apresenta sérios riscos a saúde em sua forma pura, um deles
é o fato de os vapores dele serem inflamáveis, logo precisam ser deixados longe de
chamas ou outros materiais combustíveis. Podem causar ainda queimaduras, bolhas
na pele, dor de garganta, dificuldade respiratória, entre outros.
Em contrapartida, ele é um ácido fraco com constante de acidez igual a
53.10-5 e monoprótico, ou seja, em solução aquosa libera apenas um H +. Sua
concentração pode ser determinada por titulação com uma solução de base forte,
utilizando fenolftaleína como indicador, seu pH fica entre 8,3 a 10.
A acidez do vinagre comercial medida através da titulação corresponde ao
teor de ácido acético, que é o componente principal da oxidação. O Vinagre bom
para consumo deve estar entre 4% a 6%(m/v) de ácido acético. A legislação
brasileira estabelece que o teor mínimo de ácido acético para o vinagre ser
comercializado deve ser de 4%.
O vinagre contendo álcool comercial possui uma solução de acido acético
diluído, com menores quantidades de outros componentes, logo se faz a
determinação do teor deste no vinagre para ter certeza de que este está nos
padrões que a legislação permite a comercialização.

2.6 Determinação da concentração de ácido cítrico presente em uma amostra


de refrigerante

O refrigerante é uma bebida não alcoólica, carbonatada com diversos


sabores. O Brasil é o terceiro produtor mundial de refrigerantes, depois dos
Estados Unidos e México. Sua composição é baseada em ingredientes
padronizados, sendo a água, cerca de 88% m/m do produto final.
12

A água presente no refrigerante deve apresentar baixa alcalinidade, com


carbonatos interagindo com ácidos orgânicos, como por exemplo, o ácido ascórbico
e cítrico, presentes em sua formulação, os quais alteram o sabor do refrigerante.
Em sua composição, sulfatos e cloretos são responsáveis por auxiliar na
definição do sabor, cloro e fenóis dão um sabor característico e provocam reações
de oxidação e despigmentação, alterando a cor do refrigerante;os metais aceleram
as reações de oxidação degradando o refrigerante (ferro cobre magnésio). Os
concentrados dão o sabor à bebida, enquanto o acidulante regula a doçura do
açúcar, realça o paladar e baixa o pH da bebida, inibindo a proliferação de
microrganismos.
Sabe-se que todos os refrigerantes possuem pH ácido entre 2,7 e 3,5. O
acido cítrico presente em sua formula é obtido a partir de um microrganismo que
transforma glicose em ácido cítrico.
Devido ao caráter ácido dos refrigerantes é possível medir sua acidez, por
meio da concentração de ácido cítrico (C6H8O7) através da titulação.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

3.1.1 Preparação de soluções

Sulfato de cobre pentahidratado, água destilada, béquer de 100 mL, bastão


de vidro, balão volumétrico de 100mL.

3.1.2 Preparação e padronização de HCl

Ácido clorídrico concentrado, água destilada, balão volumétrico de 100 mL,


carbonato de sódio, béquer de 100mL, erlenmeyer de 125 mL, bureta de 50 mL e
indicador alaranjado de metila.
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3.1.3 Padronização de NaOH

Hidróxido de sódio, balança analítica, alaranjado de metila, bureta 50 ml,


ácido clorídrico, funil de vidro, erlenmeyer 125 ml, balão volumétrico de 100 mL,
espátula, suporte universal.

3.1.4 Pureza de NaOH

Hidróxido de sódio, erlenmeyer 125 ml, água destilada, alaranjado de metila,


ácido clorídrico, bureta (50 ml), espátula, suporte universal.

3.1.5 Concentração de ácido cítrico em amostra de refrigerante

Pipeta 10 ml, refrigerante, erlenmeyer 125 ml, água destilada, bastão de vidro,
indicador fenolftaleína, bureta 50 ml, balão volumétrico de 100 ml e suporte
universal.

3.1.6 Acidez do leite

Pipeta 10 ml, erlenmeyer 125 ml, indicador fenolftaleína, bureta 50 ml, balão
volumétrico de 100 ml e suporte universal, leite longa vida.

3.1.7 Teor de ácido acético no vinagre

Ácido acético (vinagre), balança analítica, balão volumétrico 100 ml, água
destilada, pipeta, erlenmeyer 125 ml indicador fenolftaleína, bureta 50 ml, balão
volumétrico de 100 ml e suporte universal.
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3.2 Métodos

3.2.1 Preparação de soluções

Pesou-se aproximadamente 0,5g de sulfato de cobre pentahidratado


(CuSO4.5H2O) em copo de béquer e adicionado água destilada agitando com bastão
de vidro até completa dissolução. A solução foi transferida para balão volumétrico de
100 mL, completando o volume com água destilada até a marca, para transferir a
solução foi lavado o béquer com água 3 vezes para não perder resíduos da solução.
A solução do balão volumétrico, após homogeneizada, foi transferida pra
béque e pipetado 10mL, colocando em outro balão volumétrico os 10 mL da solução
e água destilada até a marca de 100 mL do balão. Os valores foram anotados, e
realizado o cálculo de concentração da solução.

3.2.2 Preparação e padronização de HCl

O HCl concentrado, não é solução primária, e a solução de HCl utilizada


apresentava uma concentração de 36,46g/L, densidade de 1,20g/mL e pureza de
37%. Primeiramente foram feitos os cálculos do volume de HCl concentrado, com a
pureza e densidade apresentados no rótulo, para prepara uma solução de 100mL a
concentração de 0,1mol/L.
Os cálculos realizados estão apresentados a seguir, passo a passo:

36,46g de HCl -----------------------------1000 mL


X -------------------------------------- 100 mL
X = 3,646 g ----------------- 1M
Y ------------------------------0,1 M
Y = 0,3646g de HCl

O valor Y corresponde a quantidade de HCl, em massa, necessária para


preparar uma solução de 0,1M na quantidade de 100mL, como o HCl não possui
100% de pureza, calculou-se a massa de HCl considerando o 37% de pureza do
rótulo.
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0,3646 g de HCl ----------------------------- 37%


X ---------------------------------------100 %
X = 0,9854 g de HCl

Como o HCl é muito volátil e corrosivo, é preciso transformar essa massa em


volume, para isso utilizamos a densidade do HCl.

𝑚𝐻𝐶𝑙
1,20 g/mL = 𝑉𝐻𝐶𝑙

0,9854 𝑔
1,20g/mL =
𝑉𝐻𝐶𝑙

𝑉𝐻𝐶𝑙 = 0,8212 mL

Como a vidraria utilizada para medir o volume de HCl é a pipeta,


aproximamos o valor para 0,8mL, sendo mantido o HCl concentrado na capela
durante o manuseio. Em balão volumétrico, primeiramente foi adicionado água até a
metade do volume de um balão volumétrico de 100mL, e colocado o volume de
HCL. Em seguida, foi completado o volume do balão com água destilada e
homogeneizada a solução.
Após preparo, foi utilizado carbonato de sódio (Na 2CO3) para padronizar
solução e obter a concentração correta do HCl, sendo feito o seguinte cálculo para
determinar a quantidade de Na2CO3 a ser utilizado.
2 HCl + 1 Na2CO3  2 NaCl + CO2 + H2O

2 moles --------------------- 1 mol


1 mol ------------------------- 0,5 mol
36,46 g ---------------------- 106/2 = 53g

Para gastar 20mL de HCl são necessários:

1000 mL de HCl --------------------- 53 g de Na2CO3


20 mL de HCl ------------------------ x
X = 1,06 g de Na2CO3
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Essa é a massa necessária se a amostra tiver 1M, para 0,1 M a quantidade é


0,106g de Na2CO3.
E para gastar 25 mL de HCl:
1000 mL de HCl --------------------- 53 g de Na2CO3
25 mL de HCl ------------------------ x
X = 1,325 g de Na2CO3
Essa é a massa necessária se a amostra tiver 1M, para 0,1 M a quantidade é
0,1325g de Na2CO3.
Em balança analítica foi pesado uma massa de Na2CO3 entre 0,106 g e
0,1325 g, diluindo em erlenmeyer de 125mL com aproximadamente 50mL de água
destilada, sendo anotado exatamente a massa pesada. Uma bureta foi preparada
com a solução de HCl e no erlenmeyer com carbonato de sódio foi adicionado 3
gotas de indicador alaranjado de metila. Com fundo branco sob a bureta, foi
realizado titulação até mudança de cor da solução do erlenmeyer, anotando-se o
resultado, a análise foi repetida mais uma vez desde a pesagem do carbonato de
sódio.

3.2.3 Padronização de NaOH

Com o funil de vidro é adicionado na bureta, 5 ml da solução de hidróxido de


sódio, tal bureta é preparada anteriormente com a solução para que não haja
resíduos que interfiram na reação, após esse processo, 30 ml de solução são
colocados na bureta com a torneira fechada e sem bolhas, para realização da
titulação.
O ácido clorídrico é 0,096 M é colocado em um erlenmeyer e nele são
adicionadas 3 gotas de fenolftaleína como indicador, colocado de volta no suporte,
começa a abrir a torneira para realizar o processo de titulação e achar o ponto de
viragem, para isso é necessário atenção no volume, na cor e é preciso movimentar
cuidadosamente o erlenmeyer para homogeneizar a solução.
Após o ponto de viragem é anotado o volume da bureta que foi de 10,6 ml na
primeira titulação e de 9,9 ml na segunda.
Logo após são feitos os cálculos para encontrar o volume médio e a
molaridade da solução.
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3.2.4 Pureza de NaOH

Pesa-se no erlenmeyer uma lentinha de NaOH, com resultado de 0,4209g


dehidróxido de sódio, que é dissolvido em água destilada e então acrescentado três
gotas de alaranjado de metila.
Logo após é colocado 0,096 M de HCl e a titulação pelos métodos citado
acima, sendo feita até atingir o ponto de equivalência, que é a mudança da
coloração do indicador que dá-se em volume anotado.

3.2.5 Concentração de ácido cítrico em amostra de refrigerante

São pipetados 10 ml de refrigerante fornecidos pelo professo que são


colocados em um béquer para que com o auxílio do bastão de vidro todo o gás
carbônico existente seja eliminado para que este não interfira na reação, então é
adicionada água destilada e 2 gostas de fenolftaleína como indicador.
O próximo passo é colocar na bureta já lavada com solução de NaOH a
0,094mol/L, e realizar a titulação até obter o ponto de viragem com volume anotado
e calculado pela média.

3.2.6 Acidez do leite

O leite longa vida fornecido é pipetado em 10 ml e transferido para o


erlenmeyer onde são adicionados 5 gostas de fenolftaleína.
Na bureta lavada com solução de NaOH 0,094 mol/l é realizada a titulação
até o ponto de viragem do leite, tendo o volume gasto anotado e calculado. O
procedimento foi repetido para o leite, adicionando uma quantidade de água a
amostra.

3.2.7 Teor de ácido acético no vinagre

O ácido acético ou vinagre é levado para a balança analítica e anotado o seu


peso, posteriormente transferido para o balão volumétrico de 100 ml onde é
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necessário adicionar água destilada para completar a marca do balão observando o


menisco corretamente e então a solução é homogeneizada e adicionado 3 gotas de
fenolftaleína.
Após tal procedimento a solução é levada a bureta com solução de NaOH a
0,094 mol/l e a titulação é realizada até o ponto de equivalência anotado
posteriormente.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Preparação de soluções

Após pesados os 0,5600g de sulfato de cobre pentahidratado em copo de


béquer e praparada a solução verificamos a molaridade desta:
Uma vez que 1 mol de CuSO4.5H2O pesa 249,6g verificamos quantos mols
existem em 0,5600g encontrando 0,002249g/mol dividimos, então esse resultado por
0,1 L e encontramos a concentração 0,02249 mol/L.
0,5600 1
𝑥= ×
249,6 0,1
Com isso obtemos o valo de 0,02249 mol/L que significa a concentração
molar que deverá ser colocada no rótulo da solução junto a CuSO4.5H2O e data da
preparação da solução.
Após realizado o processo de preparação da solução e transferida para o
balão com 10 ml uma nova concentração será encontrada pois o volume deverá ser
completado, havendo maior diluição.
0,02249 × 0,01
𝑥=
0,1
Obtendo 0,002249 mol/L, com isso um novo rótulo deve ser preparado pois a
concentração molar sofreu alterações.

4.2 Preparação e padronização de HCl

Para a determinação do volume de HCL concentrado foi usado 27,4 ml de


HCL e uma massa molar de 0,1375 de carbonato de sódio (Na2CO3), dentro dos
padrões primários.
Primeiramente calculamos quantos mols tem em 0,1375g de carbonato de
cálcio, uma vez que 106g são equivalentes a um mol, portanto:
0,1375
𝑥=
106
Resultando em 1,29.10-3 mol de Na2CO3.
Com esse resultado aplicamos na equação, indicando que para cada 1 mol de
Na2CO3 são necessários 2 mols de HCL.
2 HCL + 1 Na2CO3  2 NaCl + CO2 + H2O
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Com isso calculamos que se para 2 mols de HCL temos 1 mol de carbonato
de sódio se utilizarmos o resultado obtido na primeira parte dos cálculos
encontramos 2,594.10-3 mol de HCL.
𝑥 = 2 × 1,297. 10−3
O resultado dividido pelo volume do ácido, 27,4. 10-3 determina uma
concentração de 0,095mol/L.
Em seguida é calculado a concentração de carbonato de cálcio com massa
molar de 0,1068g no volume de 20,6 ml de HCL, com isso ã realização dos cálculos
segue o mesmo procedimento. Se 106g de Na2CO3 correspondem a 1 mol então se
temos uma massa molar de 0,1068g obtemos 1,0075.10-3 mol.
0,1068
𝑥=
106
Assim jogando nas proporções da equação exemplificada assim,
encontramos a concentração
𝑥 = 1,0075 × 2
O resultado é de 2,015.10-3 mol de HCL que dividido pelo volume do ácido,
20,6. 10-3 encontramos uma concentração de 0,0978 mol/L.
Para obtermos a concentração fazemos a média dos dois volumes
encontrados na bureta:
0,0978 + 0,095
𝑋𝑚 =
2
Com o resultado de 0,096 mol/L de HCL sendo a concentração
aproximadamente 0,1mol/L, como esperado no começo do experimento.

4.3 Padronização de NaOH

A reação que ocorre entre NaOH e HCl possui proporção 1:1, sendo assim,
utilizou-se o volume de HCl de 10mL para calcular a quantidade de mols de NaOH
que foram utilizados para neutralizar a solução. Com a quantidade de mols e o
volume gasto de NaOH na bureta foi calculado a concentração.
O volume gasto na primeira titulação foi 10,6 mL de NaOH, e a segunda
titulação foi 9,9mL, foram efetuados os seguintes cálculos: 10 mL de HCl a 0,096
mol/L possui 9,6x10-4 mols de HCl, que corresponde a NaOH.
Para o volume de NaOH 10,6mL:
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9,6x10−4
M= = 0,090566 mol/L
10,6x10−3

Para o volume de NaOH 9,9mL:


9,6x10−4
M= = 0,09697 mol/L
9,9x10−3

Obtendo a média desses valores, temos uma concentração de 0,094 mol/L na


solução de NaOH, aproximadamente a concentração pretendida de 0,1 M.

4.4 Pureza de NaOH

A massa pesada de NaOH foi 0,4209g, após diluição completa e adição do


indicador, a titulação obteve virada de cor em 102,6 mL de HCl de concentração 0,1
mol/L gasto. A reação de HCl e NaOH, como visto anteriormente, tem relação 1:1,
sendo assim: 102,6 mL de HCl a 0,1 mol/L possui 0,01026 mols de HCl, que reage
pra neutralização com a mesma quantidade de mols de HCl. A massa molecular do
NaOH é 40 g/mol, portanto 0,01026mols de NaOH corresponde a uma massa de
0,4104 g. Para o cálculo da pureza, utilizamos a massa pesada como equivalente a
100% e a massa que reagiu corresponde ao grau de pureza:
0,4209g ------------------------- 100%
0,4104g ------------------------- x
x = 97,5%
Portanto, o grau de pureza do NaOH utilizado é de 97,5 %, isso indica que da
massa total do NaOH comercial utilizado, apenas 97,5% corresponde realmente a
substância.

4.5 Concentração de ácido cítrico em amostra de refrigerante

Na titulação foi gasto 2,2 mL de NaOH concentração 0,094 mol/L, o que


equivale a 0,000207 mols de NaOH, pela reação que ocorre é preciso 3 mols de
base para neutralizar 1 mol do ácido cítrico presente no refrigerante:
C6H8O7 + 3NaOH → Na3(C3H5O(COO)3) + 3H2O
22

Efetuando os cálculos, o volume de 10mL de refrigerante continha 0,00282mols de


ácido cítrico, a concentração no volume de 10 mL de refrigerante usado foi calculada
da seguinte fórmula:

0,00062
M= = 0,62 mol/L de ácido cítrico.
0,001

Se o refrigerante contém 0,62 mols de ácido cítrico em 1000 mL, então


contém 6,2 mols em 100 mL o que corresponde a uma concentração de 6,2% de
ácido cítrico. As frutas cítricas contém entre 5 % a 7% de ácido cítrico, portanto o
refrigerante possui a mesma quantidade de ácido que uma fruta cítrica.

4.6 Acidez do leite

O NaOH utilizado para determinação de acidez do leite possui 0,094 mol/L de


concentração, a titulação de 10 mL de leite comercial utilizou 2,4 mL de NaOH,
como a equação de neutralização do leite (CH3COOH + NaOH --> CH3COONa +
H2O) determina que é utilizado na neutralização 1 mol de NaOH para 1 mol de ácido
lático. Efetuando o cálculo, 2,4mL de NaOH tem 0,00023 mols de NaOH que
neutraliza a mesma quantidade de mols de ácido lático. A concentração de ácido no
leite é calculado dividindo a quantidade de mols pelo volume em litros, resultando
em 0,02256 mol/L de ácido lático na amostra de leite.
A acidez do leite é medida em graus Dornic, portanto fazendo a conversão:
1 mol ácido lático -------------------------------------- 90 g
0,02256 mol de ácido lático --------------------------- x
x = 2,03 g/L de ácido lático
Como 1ºDornic corresponde a 0,1g/L de ácido lático, portanto essa amostra
apresentou 20,3ºD, acima do padrão para consumo. Esse resultado pode indicar
uma falha na observação do ponto de viragem do leite ou o produto apresenta
acidez inadequada para consumo.
Uma segunda amostra de leite foi propositalmente fraudada com uma
quantidade de água, e a titulação dessa amostra usou um volume de 3 mL de
NaOH. Efetuando o cálculo, 3 mL de NaOH tem 0,000282 mols de NaOH. A
concentração de ácido no leite é calculado dividindo a quantidade de mols pelo
volume em litros, resultando em 0,0282 mol/L de ácido lático na amostra de leite.
23

A acidez do leite é medida em graus Dornic, portanto fazendo a conversão:


1 mol ácido lático -------------------------------------- 90 g
0,0282 mol de ácido lático --------------------------- x
x = 2,54 g/L de ácido lático
Esse valor corresponde a 25,4ºD de acidez no leite, que corresponde a
amostra fora dos padrões vigentes para consumo, conforme esperado.

4.7 Teor de ácido acético no vinagre

A análise de acidez do vinagre foi feito em duplicada, as massas de vinagre


utilizadas foram 19,9292g e 20,0122g. A concentração do NaOH utilizado é de
0,094mol/L, sendo gasto para as titulações 15,2 mL e 16,1 mL, respectivamente, o
que corresponde a 0,000143 mols e 0,000151 mols de NaOH gasto em cada
titulação. A equação de neutralização é CH3COOH + NaOH → NaCH3COO + H20,
observando a relação de 1:1 dos reagentes.
Assim podemos calcular o percentual de ácido acético no vinagre,
transformando a quantidade de mols de ácido acético neutralizados para massa
usando sua massa molecular que é 60g/mol.
Para primeira titulação: 0,000143 mols x 60g/mol = 0,00858 g de ácido
acético. E na segunda titulação: 0,000151 mols x 60 g/mol = 0,00906 g de ácido
acético. A média das massas pesadas é 19,9707 g e a média de massas que reagiu
foi 0,00882 g, considerando a massa pesada como 100%, temos que a massa que
reagiu corresponde a 4,4% de ácido acético, valor próximo ao que indica o rótulo do
produto (4,3%).

5 CONCLUSÃO

A padronização do ácido clorídrico é feita a partir dos cálculos da


concentração molecular do composto que é necessária para rotulação e outras
padronizações, conclui-se então que com a padronização primária que satisfaz as
condições de fácil obtenção, ser uma solução estável, com massa molar elevada e
facilmente solúvel, do HCl é confiável obter novas padronizações e concentrações,
além de verificar pureza e também padronizar o NaOH.
24

O grau de pureza do NaOH testado foi de 97,5 %, por ser uma substância
altamente higroscópica e pela dificuldade no processo de purificação não podemos
afirmar uma pureza de 100% nessas substâncias e o valor encontrado no
experimento é considerado adequado.
No experimento a determinação de ácido acético foi de 4,4% e estava dentro
das especificações, porém no rótulo do produto analisado indicava-se 4,2% de
acidez, considerando que o vinagre para consumo deve ter entre 4% e 6% (m/v) do
referido ácido e a legislação brasileira estabelece em 4% o teor mínimo de ácido
acético para o vinagre comercial o produto mesmo assim encontra-se nos padrões
para consumo.
A concentração de 2,82 mol/L de ácido cítrico no refrigerante corresponde a
aproximadamente a quantidade deste ácido encontrado em frutas cítricas, entre 5 %
e 7%.
O leite analisado encontrou-se fora dos padrões de acidez, apresentando
resultado acima de 18ºD, sendo 20,3ºD e 25,4ºD para a amostra comercial e
amostra com adição de água, respectivamente. O fato da amostra com adição de
água apresentar uma acidez maior que a amostra comercial pode ser atribuido a
possivel erro de titulação ou procedimento, o que também pode explicar a acidez
acima do padrão para a amostra comercial, pois o ponto de viragem do indicador na
amostra de leite é discreto. Porém, para confirmar se o leite está fora dos padrões
serai necessário nova titulação.
Nesse relatório observamos que a titulação possui diversas utilizadades, e
que sendo utilizada para padronização, um erro pode desencadear outro, portanto
as diluições devem ser as mais precisas possíveis, assim como o ponto de viragem
deve ser observado cuidadosamente para evitar erros. A titulação é uma análise
largamente utilizada em indústrias para controle de qualidade de produtos, como o
leite, vinagre e refrigerante testados neste experimento.
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REFERÊNCIAS

KOTZ, John C. Química & Reações Químicas. 3ª Ed. v1. Rio de Janeiro: LTC,
1998.

RUSSEL, John B. Quimica geral. 2ª Ed. São Paulo: Pearson Education Do Brasil,
1994.

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