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HERDEIROS DE
DANANN

Edirlene – Eduardo

Minas Gerais
2019
 

PRÓLOGO
Kiara Danvers
_ Para que você foi se apaixonar por um Baleon?

Kiara Danvers, uma aluna colegial do ​George Heriot's


School​, olhou fixamente para sua amiga e sorriu.

_ Não escolhemos por quem nos apaixonamos.

_ Mas seus pais odeiam os Baleons, como você manterá


esta relação? _ Jane indagou _ Seria algo impossível até
mesmo para você, Kiara.

_ Eles não precisam ficar sabendo do meu relacionamento


ainda_ Kiara tenta refutar os pensamentos de sua amiga
com esperança _ e se um dia eu tiver que apresentá-lo a
meus pais, espero que a rixa entre nossas famílias já tenha
acabado.

Alan estava do outro lado dos corredores do colégio.


Com seus olhos, Kiara analisou o rapaz, lindo e generoso.
De todas as pessoas que ela conhecia em Edimburgo,
Kiara não poderia imaginar um namorado mais perfeito.
Alan tinha uma estatura alta até para a média local, cabelos
negros, pele clara e olhos castanhos claros. O rapaz era
um excelente estudante, não era o mais inteligente, mas
era dedicado e esforçado, mantendo sempre suas notas
altas. Praticava aulas de artes marciais e estudos musicais
duas vezes por semana.

Sob a luz daquela tarde , Alan Baleon brilhava como


uma joia preciosa aos olhos das colegiais de ​George
Heriot's School​.

Alan avista Kiara, e caminha na direção da garota.


Enquanto caminha ela observa um sorriso se levantar em
seus lábios. Sorriso encantador e com um formato perfeito
com um grande poder de sedução. Kiara percebia os
olhares ao redor de Alan , cobiçando seu namorado. A
garota tinha total
 

confiança em si mesma, as investidas femininas em seu


namorado para ela eram insignificantes. O rapaz enfim
atravessa o pátio do colégio e se aproxima da jovem.

_Oi querida_ Alan da um beijo em Kiara e a envolve


de forma aconchegante em seus braços , então ele olha
para a amiga de Kiara _ Olá Jane, tudo bem?

_ Oi amor_Kiara diz olhando nos olhos de Alan


enquanto suas mãos seguram seu rosto e a jovem lhe
devolve o beijo

_ Olá_Jane responde enquanto cora seu rosto, e


desvia o olhar, depois pega seu celular que estava em sua
bolsa e aponta-o para Kiara e Alan, disparando uma
fotografia e sorrindo para o casal_ está foto é para eu
guardar de minha melhor amiga no seu momento mais feliz.
_ O que vocês estavam conversando_ Alan não
gosta muito de fotos, então pergunta, desviando o
assunto.

_ Estávamos falando sobre os pais de sua namorada_


responde Jane.

_ Eu acho inadequado seus pais me condenarem por


eu ser um Baleon. Na verdade, acredito que se eu tivesse a
chance de conhecer seus pais, eles não me julgariam por
de quem sou filho , e sim por quem eu sou.

_ Conheço meus pais desde que nasci _ brinca Kiara


lhe dando um leve sorriso_ O senhor e a senhora Danvers
não iriam mudar de opinião tão facilmente depois de
estarem decididos_ Os braços de Kiara atravessam o
pescoço do rapaz, ela o olha nos olhos, agora com um
longo sorriso em seu rosto_ Você para conseguir tal feito
terá de usar todo o seu charme para encantá-los, assim
como fez comigo.

O assunto era delicado para o casal, mas as palavras


ditas por Kiara eram doces e gentis, o que fez Alan se
sentir bem.

Os Danvers e os Baleons são uma das famílias mais


influentes de Edimburgo, e anos de influencia geram bons e
maus negócios. O pai de Alan, o senhor Natan Baleon, a
cerca de 6 anos atrás entrou em uma parceria com o
senhor Leonel Danvers, o pai de Kiara. Leonel é dono de
uma empresa de Empreendimentos , que constrói bairros
na cidade. Já Natan é
 
proprietário de uma construtora. A parceria durou por 4 anos.
Porém no ultimo ano, Natan não pode entregar o pedido
feito por Leonel, pois o local onde o Sr. Danvers iria
construir o bairro, não era do agrado de ​Donald MacKenzie,
um fazendeiro magnata daquela região. Leonelpossuía
toda a documentação necessária para construir naquele
local, e nada o impediria de concluir seu projeto, então o
senhor MacKenzie pagou uma quantia considerável para
que Natan atrasasse as obras. Com o atraso, os
compradores começaram a solicitar a devolução de suas
compras. Com este tempo ganho por Natan, Donald
MacKenzie pode negociar com o prefeito da cidade e ele
cancelou o projeto de construção do bairro, fazendo com
que Leonel perdesse bastante dinheiro. Algum tempo
depois Leonel descobriu a armação entre MacKenzie ,
Baleon e a prefeitura de Edimburgo, e cortou negócios com
a família Baleon.

Kiara tinha plena consciência que depois do


acontecido, seus pais jamais iriam aceitar seu
relacionamento, mas para a jovem o tempo que ela
passava com seu amado era único e especial. Ela sabia
que o relacionamento deles iria ser complicado, e que a
qualquer momento seus pais poderiam estragar tudo, mas
era tão bom o tempo que eles passavam juntos um do
outro , que ela estava disposta a correr esse risco.

O intervalo no colégio havia se encerrado, e todos os


alunos se direcionaram as suas respectivas salas de aula.
Kiara e Alan estavam em seu ultimo ano do ensino médio,
e faltava apenas algumas semanas para o ano letivo
terminar. Alan já havia completado a maioridade, porem
ainda faltavam alguns meses para o aniversário de 18 anos
de Kiara.
As horas que se passaram em sala de aulas foram
comuns como sempre são, com a sala sendo dividida em
“facções” de alunos, onde os estudiosos se sentam na
frente da sala, próximos ao quadro negro, local onde Kiara
se sentava, e os mais reclusos, se sentando no fundo da
sala. Nas laterais da sala se encontram as sub-divisões: os
roqueiros e góticos em um canto da sala, e de outro lado,
os drogados. Kiara achava que eles só estavam na escola
por estarem sendo obrigados a estudar. E por ultimo
dispersos em pontos aleatórios na sala, se encontravam os
dorminhocos. Para a jovem, eles eram inofensivos, pois
passam a maior parte do tempo dormindo.
 

Seus dois últimos horários de aula foram de


Matemática, matéria ao qual a garota sente prazer em
estudar. Sua amiga Jane tem muita dificuldade em
conseguir resolver cálculos matemáticos, e Kiara sempre
que pode a auxilia nas questões. Ela é como seu
namorado, não é a pessoa mais inteligente de sua sala,
mas é muito esforçada e dedicada aos estudos, e assim
consegue notas sempre acima da média.

O sinal para o fim da aula toca e os alunos juntam


seus matérias de escola nas mochilas, formando filas
apressadamente e saindo pela porta. Ao sair, Kiara
despede-se de sua amiga e vai até o portão do colégio.
como de costume, para dar adeus a seu namorado. E lá ele
estava, esperando por ela. Ela dá um ultimo beijo no rapaz,
se despede dele e pega o ônibus para ir pra casa.

O trajeto da escola de Kiara até sua casa não é muito


extenso e portanto a jovem não demora a chegar. Quase
todos os dias de sua semana se repetem e a jovem sempre
chega em casa em um horário que seus pais estão
trabalhando. Durante este tempo, ela arruma a casa e
deixa o jantar preparado para que seus pais possam
descansar. Kiara não possuía muitos talentos culinários,
mas sempre se esforçava para fazer um jantar que fosse
do agrado de seus pais. Sua mãe a Sra. Helena Danvers,
trabalhava assessorando os negócios de seu pai, e ambos
sempre chegavam juntos em casa, por volta das 19:00
horas, e neste dia não foi diferente.

_Oi filha tudo bem?_ Helena cumprimenta Kiara


dando nela um beijo e colocando sua bolsa em uma mesa
na sala.

_ Oi mãe_ diz a garota.

_ Oi meu anjo como foi seu dia?_ pergunta Leonel a sua filha.

_ Foi ótimo pai_ Kiara responde e logo após narra seu


dia de escola para seu pai omitindo tudo sobre Alan.

_ Nossa, Jane ainda não conseguiu acompanhar o


ritmo em matemática, fico admirado em ouvir isso, o pai
dela trabalha com Automação Industrial.
 

_ Ela não gosta da matéria, geralmente somos bons


naquilo que gostamos de fazer.

_ Nisso você tem razão minha filha _ diz Helena indo


em direção a cozinha _ E parece que nossa cozinheira ama
muito o que faz, pois está tudo com um cheiro ótimo.
_ Terminei de cozinhar agora a pouco _Kiara cora. Ela
sabe que os elogios de sua mãe são exagerados, mas se
sente feliz em ouvi-los mesmo assim_ Fiz lasanha de carne
moída e Haggis, pois sei que vocês adoram.

_ Bonita, Inteligente e com ótimos dotes culinários


_Leonel pronuncia a sua filha com orgulho_ Acho difícil
você encontrar algum rapaz que a meus olhos seja um
partido a sua altura.

_ Falando nisso pai ... tem um rapaz que...

Kiara começa a dizer mas é interrompida por seu pai.

_ Vamos nos sentar, enquanto jantamos você me conta sobre


este

rapaz.

Todos se sentam a mesa, Kiara serve seus pais ,


depois se serve, sentando-se para comerem juntos.

_ Pois então , me conte, qual o nome do rapaz


?_Leonel pergunta a sua filha.

_ O nome dele é Alan_ Kiara responde pois sabia que


seu pai não conhecia o filho dos Baleons, então ela estava
segura ao responde-lo._ Ele esta no mesmo ano que eu, é
um ótimo aluno, dedicado e esforçado. Ele pratica artes
marciais e faz aulas de musica durante a semana.

_ Vocês estão namorando minha filha?_Sua mãe pergunta.

_ Ainda é muito cedo para que eu pense assim.


_ Quando você achar que é o momento certo, traga-o
para conhecermos ele_ Leonel olha para sua filha sorrindo
_ Se ele lhe agrada, tenho certeza que me agradará.

_ Tudo bem _ Kiara murmura quase de forma inaudível.


 
Neste momento o telefone de Leonel toca.

_ Alô_ o pai de Kiara atende. Kiara sabia que era uma


ligação da empresa de seu pai, pois quase todos os dias
nos jantares ou ele ou sua mãe eram interrompidos por
ligações de negócios_ Sr. Campbell, tudo bem com o Sr.?
O que o sr. deseja?

Kiara já tinha percebido ligações deste tal Sr.


Campbell antes. Umas das peculiaridades que ela decorou
nas ligações feitas por ele, é que sua voz ao telefone é tão
alta que sempre dava pra ouvi-lo como se ele fosse mais
um integrante da mesa. Pelo que ela sabia, o Sr. Campbell
é o novo Construtor que trabalha para seu pai.

_ Maravilha! Então o senhor consegue me entregar o


projeto até segunda – feira? _ O pai de Kiara parecia estar
muito empolgado._ Na segunda acerto com você o restante
do valor do contrato, como combinamos, muito obrigado
Campbell.

Leonel desliga o telefone e olha contente pra sua esposa.

_ Querida, parece que nossas férias estão garantidas,


Campbell vai conseguir terminar o projeto antes do prazo.
_ Isto é excelente meu amor_ Helena parabeniza
Leonel e olha para Kiara_ estávamos planejando tirar umas
férias nesses meses que estão chegando. Com a noticia
que eu acabei de receber, está tudo confirmado.

_E para onde estão pensando em ir este ano?

_ Para Inverness _ responde sua mãe.

_ Amo Inverness _ Kiara foi para lá quando era garota


, e as boas lembranças do local permanecem em sua
memória até os dias de hoje_ É um lugar tão lindo, o
mercado vitoriano de lá é perfeito, vende roupas e
artesanatos incríveis.

_ Também gostamos de lá_ Leonel conclui enquanto


morde um pedaço de seu Haggis _ Inverness é uma cidade
costeira lindíssima mesmo. Sempre gostei dos traços
antigos mais conservados do local, por exemplo, a Catedral
do século XIX ou a igreja Old High St. Stephen's do século
XVIII.
 
_ E quando vamos pai?_ Kiara pergunta ansiosa.

_ Assim que terminar seu ano letivo, que é daqui...

O telefone de Leonel volta a sinalizar, desta vez ele


recebeu uma mensagem de rede social. A expressão
serena de Leonel se encerra. Um tom pasmo e assustador
fica sob seu rosto.

_ Aconteceu alguma coisa querido?_ pergunta Helena.


_ Kiara, como você disse que se chamava seu
namorado?_ Leonel olha firmemente para a jovem, como
se a interrogasse por um crime.

_ Alan papai_ a jovem se estremece temendo o pior_


por que a pergunta?

_ QUAL O SOBRENOME DELE? _ Os tons serenos e


doces de Leonel se tornam uma voz trovejante e ríspida.

_ Ba...Bal...Bale..._ O medo não deixava Kiara


conseguir terminar sua frase, agora ela tinha certeza , o
pior aconteceu._ Baleon.

Leonel levanta abruptamente esmurrando a mesa.

_ COMO VOCÊ PÔDE? DE TANTOS RAPAZES ,


ESCOLHER LOGO UM BALEON_ As voz trovejante de seu
pai pareciam ter dominado toda a sala. _ VOCÊ PERDEU
O BOM SENSO, AQUELA FAMILIA É UM CANCER.

A mãe de Kiara olha para ela, indignada.

_ Kiara. Me diga que seu pai esta enganado. Você não


esta se relacionando com um Baleon. Está?

_ O Alan não é como os pais dele. Ele é um bom rapaz.

As palavras de sua filha eram como uma lança


apunhalando o coração de seu pai.
_ ESTE RAPAZ CARREGA O SANGUE RUIM DE
SEUS PAIS, E JAMAIS VOU PERMITIR QUE VOCÊ SE
RELACIONE COM UMA ESCORIA COMO ELES.

_ VOCÊ NEM O CONHECE !_Kiara vocifera, pois não


aceita os argumentos de seu pai. Para ela somente
comparar seu amado com seus
 

pais sem conhecê-lo, é um erro_ Deixe que eu o traga aqui,


converse com ele, e você vera que ele é um bom rapaz.

_ TRAZER UM BALEON PARA MINHA CASA?_ Kiara


já imaginava que os berros de seu pai podiam ser ouvidos
por toda a vizinhança. Leonel põe a mão sobre seu rosto,
sentindo uma fisgada em sua cabeça. Ele espera um
momento, recompõe a lucidez, olha para sua esposa, e
retorna a falar._ Querida, pegue nossas malas, e arrume
nossas coisas._ Ele olha para Kiara, pegando-a pelo braço
com força _ E você mocinha, venha comigo.

De forma autoritária, Leonel a leva para fora da casa, até a


garagem.

Abre a porta do carro e coloca a garota dentro do carro.

_ AONDE VAMOS?_ pergunta jovem aflita.

_ Vou resolver sua atitude impensada. _ responde o pai


entrando no

carro.

Kiara então tenta abrir a porta do carro, mas seu pai a


olha com um ódio que ela jamais viu antes.
_ Não se atreva a sair deste carro.

Leonel então dá a partida no carro. Durante todo o


percurso, seu pai não dirigiu uma palavra a ela. Pela
direção onde ele a estava levando , Kiara já tinha uma
noção do destino, mas ela desejava ser mentira.

Como seu pai descobriu a verdade ? Kiara se lembra


então da mensagem no telefone dele. Quem quer que seja,
deve ter enviado algum recado dizendo que Alan é filho dos
Baleons. Mas ninguém da escola de Kiara conhecia o
numero de seus pais, exceto...

A tristeza no coração da garota aumentou ao concluir


seu raciocínio. Foi sua amiga, sua melhor amiga, que por
algum motivo contou ao seu pai sobre Alan.

Kiara então se lembra de Jane tirando uma foto deles


juntos, cria coragem e olha para seu pai perguntando:

 
_ Pai, me empreste seu telefone?
Leonel arremessa o telefone com força na direção de
Kiara. Agora suas suspeitas foram confirmadas. No
telefone de seu pai , a foto que Jane tinha tirado .

Uma lagrima escorre nos olhos de Kiara. Ela devolve o


telefone para seu pai, e fica em silencio durante todo o
restante do percurso. Kiara poderia tentar explicar para ele,
mas ele não entenderia seus sentimentos por Alan, assim
como não analisaria o fato de um sobrenome não ser
fundamento para julgar alguém.
Enfim o carro chega no destino. A casa dos Baleons
ficava localizada no Bairro Broughton e CaltonEm. Uma
área onde grandiosas residências da Cidade Nova dão
espaço a shoppings e habitações utilitaristas, um bairro de
identidade mista em desenvolvimento. É aqui que o vilarejo
gay de Edimburgo encontrou um lar na década de 80. No
agitado centro da Broughton Street, a cultura gay é
evidente, mesmo que pubs refinados, bistrôs, delicatéssens
e galerias de arte mostrem uma riqueza mais tradicional. A
parte de cima de Leith Walk é mais irregular. Essa via
principal conta com um famoso clube gay e ótimos
restaurantes indianos. Você encontra residências
georgianas e vitorianas majestosas nas ruas desertas de
Calton, com poucos restaurantes e hotéis trazendo um
pouco mais de agitação para o lugar. E é neste local que
está localizado a residência dos Baleons.

Leonel abre a porta do carro, levanta-se, sai do


veiculo, fecha a porta bruscamente sem nem ao menos
olhar para sua filha e vai em direção a porta de entrada da
residência dos Baleons. Kiara abre a porta do carro, e
caminha para perto de seu pai. Ao lado da porta tinha um
interfone que Leonel toca sem parar até ser atendido.

_ Alô. _ Uma voz adulta masculina faz com que Kiara


tivesse quase certeza de ser o pai de Alan _ Residência
dos Baleons.

_ Natan, sou eu, Leonel_ A voz do pai de Kiara


demonstrava para a jovem o esforço que ele estava
fazendo para falar com o pai de seu amado_ Desça até a
porta, preciso conversar com você.

_ Leonel... Ok. Estou descendo.


Não demora para que a porta abra, e Natan apareça.

_ O que você deseja Leonel?


 

O pai de Kiara então pede para que sua filha traga seu
celular, que estava no banco de traz do carro e mostra para
Natan a foto comprovando que os filhos de ambos estão
mantendo um relacionamento juntos.

_ Natan, peço que desencoraje seu filho a continuar o


relacionamento com minha filha_ Leonel começa a
discursar olhando para o vazio, sua mente estava tão
longe, e as palavras saiam de sua boca após serem lidas
em uma folha imaginária a sua frente_ Não desejo que seu
filho mantenha um relacionamento com ela. Já tivemos
envolvimento o suficiente entre nossas famílias.

O pai de Alan desvia totalmente o olhar. Kiara tinha a


sensação de que ele não desejava estar naquele local, que
não desejava estar ouvindo aquela conversa, e ela tinha
razão. Neste momento Alan aparece atrás de seu pai, e por
sua expressão, Kiara sabia que ele ouviu a conversa, e
entendeu o que estava acontecendo. Kiara agora se sentia
como Natan, e desejava apenas sumir para o mais longe
possível.

_ Eu não tinha a menor idéia que meu filho estava se


envolvendo com sua filha Leonel_ Natan começa a falar
buscando refugiar seus olhos em seu filho _ se soubesse
jamais teria deixado esta situação chegar onde chegou.

Leonel agora olha fixamente para Natan, seu olhar era


tão autoritário e tão penetrante que Natan não teve como
evitar olhar de volta.
_ Não preciso de explicações Natan! Preciso apenas
que me prometa, e cumpra desta vez, que ira fazer o
necessário para que seu filho retire minha filha de seus
pensamentos.

_Como quiser Leo...

Antes que Natan pudesse terminar sua frase, Alan


puxou seu pai se aproximando de Leonel.

_ Com todo respeito senhor_ inicia Alan olhando


firmemente para o pai de sua amada _ A briga que o
senhor tem com meu pai, não determina quem eu sou. Eu
amo sua filha e sou um bom rapaz, desejo o melhor para...

O olhar de Leonel nos olhos de Alan são tão


penetrantes , e possuem tanto ódio que interrompem o
rapaz.
 

_ ESQUEÇA MINHA FILHA!_ Leonel perde totalmente


a compostura e educação, seus gritos são ensurdecedores.
Kiara observa que a mão de Natan que estava segurando a
porta, estava vermelha. A garota percebe então que ele
estava com toda a força de seu corpo apertando a madeira
da porta, usando-a como escudo para conter sua raiva_
ESQUEÇA MINHA FAMILIA! VOCÊ TEM EM SEU
SANGUE O MAL DE SEUS PAIS. ENQUANTO VIDA EU
TIVER JAMAIS PERMITIREI QUE ESSA PAIXONITE
ADOLESCENTE CONTINUE.

_ Me dê uma chance, para mostrar ao senhor que


posso ser melhor que minha família _Os olhos de Alan
ficam vermelhos, e Kiara percebe lagrimas em seu rosto.

_ Garoto estúpido, você não entende mesmo não é?_


Leonel tinha se acalmado um pouco _ A questão não é
você, a questão é que enquanto vocês estiverem juntos,
sua família e a minha estarão ligadas, e é isto que eu
jamais permitirei.

Alan caminha em direção a Kiara, tentando segurar a


mão dela, mas Leonel o empurra, se enfurecendo
novamente.

_ NÃO CHEGUE NUNCA MAIS PERTO DE MINHA FILHA


MOLEQUE! Natan vai para perto de seu filho e o
segura fortemente pelos

braços.

_ Vamos para casa Alan, já chega de discussões.

Alan se enfurece, usando sua força para se libertar


das mãos de seu pai. Ele se aproxima de Leonel.

_ O senhor gostando ou não, eu e sua filha nos


amamos, e nada nem ninguém irá nos separar_ O rosto de
Leonel fica avermelhado, e uma veia em sua testa parecia
que iria explodir a qualquer momento. Kyara estava com os
olhos lacrimejados, todos pareciam estar totalmente
abalados com a situação. Leonel levanta sua mão, e
esmurra Alan, que cai para traz com a força do soco do pai
de Kiara.

_ Papai, pare com isso!_ Kiara corre e segura seu pai,


que a empurra jogando-a para trás. Ela cai de joelhos no
chão, machucando-os. A dor leva automaticamente a mão
de Kiara para os joelhos, e ela percebe que eles estavam
sangrando. Kiara olha para Alan, o rapaz estava com os
olhos fixos em suas feridas, a expressão de Alan não era
mais de frustração e raiva, mas sim de tristeza e
compaixão. Leonel estava tão cego com seu ódio que não
tinha percebido o que havia feito a sua filha.
_ Fique quieta Kiara_ Para Kiara, seu pai não estava
agindo como o mesmo que ela sempre conheceu. Leonel
sempre foi justo e gentil com ela
 

e com sua mãe._Não se intrometa neste assunto_ ele disse


ríspido e sem piedade.

Alan então parece desistir de lutar.

_ Tudo bem Sr._ ele vira de costas para Leonel, indo


em direção a porta de sua casa. _ se o senhor prefere
desta forma, eu entendo. Vou acatar ao seu pedido. Não
irei mais procurar sua filha.

_ Isto é ótimo.

_ Leonel, você tem minha palavra _ Natan diz a


Leonel enquanto se dirige a porta de sua casa.

_ Essa frase já foi usada_ Leonel diz enquanto se vira


indo para o carro _ E não foi cumprida antes, mas desta
vez, eu tomarei providencias para que sua promessa seja
realizada.

Antes de entrar na porta os olhos e Alan e Kiara se


cruzam mais uma vez. Não era um olhar como no colégio,
de amor e ternura, mas de pura tristeza e pesar. Kiara
sente que Alan desejava dar um ultimo beijo nela, mas por
não haver maneiras de saciar sua vontade, o rapaz abaixa
a cabeça, se vira e entra com seu pai em sua residência.

Leonel se acalma novamente, observando então os


ferimentos no joelho de sua filha. Ele tenta tocá-la, mas ela
tira as mãos de seu pai de seu corpo

_ Me desculpe filha.
_ O SENHOR NUNCA VAI SER PERDOADO PELO
DIA DE HOJE PAPAI!_ Exclama a garota que agora se
entrega a dor e sofrimento, caindo em lagrimas.

Leonel , mesmo com toda a resistência de Kiara, a


pega em seu colo, levando-a para o carro, colocando-a no
banco de traz do veiculo. Ele fecha a porta. Dá a volta, indo
para a porta do motorista, abrindo-a e depois entrando
nela.

Leonel olha para sua filha, agora seu rosto parecia do


pai que Kiara sempre amou, mas a garota não expressava
nada , exceto decepção.

_ Minha filha, de tantas pessoas neste mundo, você se


envolveu justamente com o filho de Natan_ Leonel falava
enquanto dava a partida no carro.

Kiara não o respondeu. A jovem observava pela janela


o carro se afastar da resistência dos Baleons, retornando
para sua casa.

_Você sabe os problemas que aquela família causou a


nossa_ Leonel insistia em iniciar uma conversa com sua
filha a todo custo _ Você está
 

tentando me punir por alguma coisa? De tantos rapazes por


que justamente ele?

_Eu não escolho por quem decido me apaixonar papai


_ Kiara não consegue continuar em silencio e responde as
perguntas de seu pai.

O Telefone de Kiara toca, vibrando no bolso de


Leonel. Ele segura-o em sua mão e desliga a chamada.
Kiara consegue ver a tempo que era uma ligação de Alan.
_ Se apaixonar? Você é jovem e não sabe o que é estar
apaixonada. Kiara percebe como aquela situação deve
estar sendo difícil para Alan também. Ambos os pais terão
motivos para proibir o relacionamento

dos dois e eles a partir de então terão de viver um


relacionamento as escondidas. Seu peito chega a doer de
tanta tristeza.

_ Papai, o Sr. tem que entender que eu o amo, e que


Alan é um bom rapaz_ os olhos de Kiara se enchem de
lagrimas novamente_ Dê uma chance a ele, por favor.

O telefone toca novamente. Leonel se enfurece .


Mesmo não conseguindo ver a tela de seu telefone, Kiara
sabia que era Alan tentando contatá-la. Leonel abre a
janela lateral do veiculo, e arremessa o telefone longe.
Kiara se enfurece.

_ VOCÊ É UM MONSTRO!_As lagrimas de Kiara


agora eram uma mistura de tristeza, frustração e ódio.

Leonel para o carro. Olha para o banco de traz e começa a


falar:

_ Kiara, já falei, não me faça perder meu tempo e


paciência. Seu relacionamento com este rapaz não passará
de hoje.

Percebendo que seria totalmente desnecessário tentar


argumentar algo com seu pai, a jovem decide ignorá-lo
durante o restante do caminho de volta para a casa.

Perdida em seus pensamentos , Kiara se lembra do


verdadeiro vilão daquele que se tornou o dia mais triste de
sua vida. Jane. Toda a raiva que ela estava sentindo foi
direcionada a garota. Em seus pensamentos Kiara não
conseguia imaginar como uma pessoa é capaz de tamanha
falsidade. Ela se esforça um pouco pra se lembrar da frase
que Jane disse ao tirar a foto, que destruiu sua vida. “Está
foto é para eu guardar de minha melhor amiga no seu
momento mais feliz”.

Vadia Inescrupulosa. Como ela conseguia agir de


​ iara
forma tão falsa, durante tanto tempo. E Pra quê? K
dedicou todos os seuspensamentos a entender o porque
sua amiga faria isso com ela.
 

Jane e Kiara são amigas desde o ensino básico e


nunca ela havia demonstrado uma atitude assim. Na
verdade é realmente o contrário. Jane sempre demonstrou
ser uma aliada, ajudando Kiara, sempre que podia, em
todos os seus problemas.

Kiara percebe então como foi ingênua durante todo


este tempo. Ela percebe o único motivo que faria sua amiga
fazer isto. Jane também amava Alan. “Para que você foi se
apaixonar por um Baleon?” ”Mas seus pais odeiam os
Baleons, como você manterá esta relação?”, “Seria algo
impossível até mesmo para você, Kiara”. Agora tudo fazia
sentido na mente de Kiara. As palavras de Jane não eram
apenas duvidas e perguntas, a jovem queria que ela
desanimasse de manter o relacionamento com seu amado.

Desgraçada, sem ética nem moral. M ​ esmo com tudo


que seu pai lhefez, Kiara agora percebia que sua raiva
estava sendo direcionada para a pessoa errada. Jane foi a
verdadeira culpada por tudo que estava acontecendo, e
tudo que Kiara mais queria é poder encontra-la cara a cara
novamente, pelo menos por um pequeno instante.

O carro para. Kiara ficou por tanto tempo distraída ,


perdida em seus pensamentos que não percebeu que havia
chegado em casa. Sua mãe estava do lado de fora da
residência, com varias malas já arrumadas.

_ Querido, como foi? _ pergunta Helena ao marido.

_ Tudo correu como imaginei, mas não vamos discutir


este assunto _ Leonel responde quase que por obrigação
enquanto saia do carro, indo até sua esposa e pegando
uma das malas_ Vou lhe ajudar a colocar as malas dentro
do carro querida.

_ Para onde vamos?_ Kiara pergunta, agora com os


sentimentos já melhor organizados em seu coração.

_ Para a vila de seus avós , em Callanish.


CAPITULO
Alan Baleon
Alan Baleon estava tomando banho naquela noite na
residência dos Baleons. Alan morava naquele local desde que
se lembra. A casa de seus pais é localizada no Bairro
Broughton e CaltonEm, e é herdada de geração em geração
aos descendentes dos Baleons.
Enquanto se banhava, Alan ouve do lado de fora do
banheiro um ruído de vozes. Alan desliga o chuveiro, pega a
toalha, enrolando-se. No gabinete do banheiro , Alan tinha
colocado suas roupas.Ele as veste, saindo do banheiro e
seguindo o ruído. Conforme chegava mais próximo, ele
identificava a voz de seu pai, porem a segunda voz ele não
conseguia distinguir:
_ Natan, peço que desencoraje seu filho a continuar o
relacionamento com minha filha_ Alan então percebe que
aquela voz só poderia pertencer ao pai de sua amada_ Não
desejo que seu filho mantenha um relacionamento com ela.
Já tivemos envolvimento o suficiente entre nossas famílias.

Alan percebe que seu pai estava sem reações para


confrontar as opiniões de Leonel. Ele desce as escadas de
sua casa indo a porta de entrada da residência as
pressas.Ele estava transtornado, pois percebeu que os pais
de Kyara descobriram seu relacionamento escondido com
ela. Alan acreditava que alguma das garotas do colégio que
sempre davam em cima dele devem ter descoberto o
numero do pai de Kyara e contado tudo para arruinar seu
relacionamento. Pensar nisso o arrasava .
_ Eu não tinha a menor idéia que meu filho estava se
envolvendo com sua filha Leonel_ Natan olha para Alan, e
Alan retorna o olhar para seu pai, porem, com um olhar de
vergonha. Um sentimento causado por tudo que
Natancausou a reputação de sua família. Alan também
estava se sentindo culpado, por não conseguir esconder
melhor o relacionamento com Kyara_ se soubesse jamais
teria deixado esta situação chegar onde chegou.

Alan percebe os olhares fixos e amedrontadores de


Leonel para seu pai. Natan se sente intimidado por
tamanha pressão e olha para Leonel de volta.

_ Não preciso de explicações Natan! Preciso apenas


que me prometa, e cumpra desta vez, que ira fazer o
necessário para que seu filho retire minha filha de seus
pensamentos.

_Como quiser Leo...

Antes que Natan pudesse terminar sua frase, Alan


puxou seu pai se aproximando de Leonel.

_ Com todo respeito senhor_ inicia Alan olhando


firmemente para o pai de sua amada _ A briga que o
senhor tem com meu pai, não determina quem eu sou. Eu
amo sua filha e sou um bom rapaz, desejo o melhor para...

Alan sente que Leonel era capaz de matá-lo se ele


terminasse aquela frase, e interrompe seus pensamentos.
_ ESQUEÇA MINHA FILHA!_ Alan se assusta com os
gritos desproporcionais de Leonel. Ele se afasta, mas tenta
manter os olhos firmes encarando Leonel_ ESQUEÇA
MINHA FAMILIA! VOCÊ TEM EM SEU SANGUE O MAL
DE SEUS PAIS. ENQUANTO VIDA EU TIVER JAMAIS
PERMITIREI QUE ESSA PAIXONITE ADOLESCENTE
CONTINUE.

_ Me dê uma chance, para mostrar ao senhor que


posso ser melhor que minha família _Os olhos de Alan
ficam vermelhos, ele começa a chorar.

_ Garoto estúpido, você não entende mesmo não é?_


Leonel tinha se acalmado um pouco _ A questão não é
você, a questão é que enquanto vocês estiverem juntos,
sua família e a minha estarão ligadas, e é isto que eu
jamais permitirei.

Alan caminha em direção a Kyara, tentando segurar a


mão dela, mas Leonel o empurra, se enfurecendo
novamente.

_ NÃO CHEGUE NUNCA MAIS PERTO DE MINHA FILHA


MOLEQUE!
O pai de Alan vai para perto de seu filho o segurando nos
ombros.

_ Vamos para casa Alan, já chega de discussões.

Alan se enfurece. Por mais que seu pai estivesse


sentindo-se culpado e humilhado por receber ordens e
ofensas em sua casa e se achando culpado pela traição
que ele fez aos Denvers, ele deveria tentar questionar
Leonel para proteger seu filho. O ódio domina Alan. Ele usa
sua força para se libertar das mãos de seu pai e se
aproxima de Leonel.

_ O senhor gostando ou não, eu e sua filha nos


amamos, e nada nem ninguém irá nos separar_ Alan olha
para Kyara e percebe que ela estava chorando. Leonel
levanta sua mão enquanto Alan a observava e esmurra
Alan, que cai para traz com a força de seu soco.
_ Papai, pare com isso!_ Kiara corre e segura seu pai,
que a empurra jogando-a para trás. Ela cai de joelhos no
chão, machucando-os. A dor leva automaticamente a mão
de Kiara para os joelhos, e ela percebe que eles estavam
sangrando. Para Alan, aquele momento se tornou o pior dia
de sua vida. Ver sua amada triste, com dor e sofrendo e
tudo por que ele não conseguiu manter o relacionamento
dos dois mais secreto.

_ Fique quieta Kiara. Não se intrometa neste assunto_


Leonel diz ríspido e sem piedade.

Alan então parece desistir de lutar.

Alan estava arrasado. O melhor que ele podia fazer naquele


momento era se afastar de Kyara, mas ele sabia em seu
coração que não teria força suficiente para isto.

Então decidiu a melhor atitude que pode pensar. Alan


olha para Leonel e começa a falar:
_ Tudo bem Sr._ ele vira de costas para Leonel, indo
em direção a porta de sua casa. _ se o senhor prefere
desta forma, eu entendo. Vou acatar ao seu pedido. Não
irei mais procurar sua filha.

_ Isto é ótimo.

Alan estava parado na porta, perdido em sua mente. A


frustração , angustia e o ódio que ele sentia, de si mesmo,
por se achar idiota e irresponsável com seu
relacionamento; de seu pai, por não protegê-lo no momento
que ele mais precisava; de quem quer que tenha contado
aos pais de Kyara sobre seu relacionamento; e por fim da
vida, que era injusta de colocá-lo nesta situação.
Antes de entrar na porta os olhos e Alan e Kiara se
cruzam mais uma vez. Não era um olhar como no colégio,
de amor e ternura, mas de pura tristeza e pesar. Ele entra
em sua casa e vai até a janela. Ele vê Kiara entrando
sendo carregada por Leonel, vê Leonel entrando no veiculo
e continua na janela até que o carro dos Danvers tenha
sumido completamente de suas vistas.
Natan entra na porta e se dirige enfurecidamente a
seu filho dando-lhe um empurrão:
_ Como você pode fazer isso meu filho? De tantas
garotas. Justamente a filha de Leonel.
Alan estava arrasado.Seus olhos ainda estavam fixos
a janela e nada mais importava para ele.
Leonel continua:
_ Você está terminantemente proibido de voltar a se
encontrar com aquela moça. Você manchou o nome dos
Baleons!
As palavras de seu pai parecem trazer Alan
novamente para a realidade.
_ Manchei?_ Alan se sentia enojado de ouvir seu pai o
dando sermão_ Não tem como manchar algo que o senhor
já destruiu.
Natan tenta bater em Alan, que segura o braço de seu
pai.
_ Se não fosse sua ganância Natan, nada disso teria
acontecido hoje_ Se sentir com razão em seus argumentos
enfurece ainda mais Alan que aumenta seu tom de voz, a
um nível quase que similar ao de Leonel. _ VOCÊ JÁ É
RICO! LEONEL ERA INTEGRO COM VOCÊ , E FOI SUA
GANANCIA QUE MANCHOU O NOME DESTA FAMILIA_
Alan segura o braço de seu pai ainda mais forte_ E ESTA
MESMA GANANCIA DESTRUIU A ÚNICA COISA BOA
QUE JÁ ACONTECEU EM MINHA VIDA.
A mãe de Alan aparece, e ao observar que seu filho
estava afrontando o pai corre em sua direção, segurando-o.
_ Meu filho, por favor, largue seu pai _ Alan vê os
olhos de sua mãe lacrimejarem_ Não percebe que ele
também sofreu?
Alan se acalma um pouco e liberta o braço de seu pai.
_ Não vou perder meu tempo discutindo com o Sr._
Alan começa a caminhar para as escadas_Nada que eu
fizer mudaria o dia de hoje.
Alan sobe as escadas e vai para seu quarto. Ele deita
em sua cama, e sente enfim que toda a dor , medo ,
angustia e ódio poderiam se tornar agrimas. “Eu perdi a
melhor coisa de minha vida” ou “como pude deixar chegar
aonde chegou” eram frases que passavam eu sua mente.
Kyara para ele era muito especial, diferente de todas as
garotas que ele costumava ter relações e agora ele sentia
que o mundo iria conspirar para destruir seu
relacionamento. Sua raiva aumenta. Suas lagrimas
aumentam. Alan enfia seu rosto no travesseiro e urra,
extravasando sua frustração, depois esmurra a cama,
dando repetidos socos. O celular de Alan estava na cama e
após alguns murros cai no chão. Ele então o pega, e disca
o numero de Kyara. O telefone começa a chamar. Chama,
chama, mas ninguém atende. Alan imagina que o pai de
Kyara deve ter tomado o telefone dela. Ele tenta
adivinharquantas coisas vão ser retiradas de Kyara por sua
culpa. Alan sente um aperto em seu coração.Ele tenta ligar
novamente. Chama...Chama...Mas ninguém atende
novamente. O rapaz tentava em sua mente , imaginar uma
forma de remediar esta situação, mas nada vinha em sua
mente. Ele se acalma ao lembrar que mesmo que forem
proibidos de manterem contato por telefone, ou de saírem,
ainda teria o colégio, que os pais de ambos não
conseguiriam controlá-los. Alan se vira puxando as
cobertas, e fecha seus olhos. “Eu jamais irei desistir de
Kyara assim tão facilmente, e sei que ela também não” e
“Se for necessário irem enfrentar o mundo para te-la em
meus braços ” eram as frases que dominavam os
pensamentos do rapaz durante algum tempo, até que o
cansaço pela tristeza e pelo sono, o fizeram dormir.
Na manha do dia seguinte, Alan foi acordado pelo
despertador, que ele mesmo regulava para sempre se manter
pontual no colégio. A ansiedade de ver sua amada e poder
conversar com ela sobre tudo que aconteceu.A vontade de
descobrir quem foi o responsável por destruir sua vida e o
desejo de poder tocar Kyara e apaziguar seu coração
novamente o dominavam.
Ele se arruma rapidamente para o colégio, pegando as
chaves de seu carro que estavam na cabeceira da cama. Ele
pega também seu celular e seu material de escola e desce
rapidamente as escadas.
Sua mãe o vê descendo as pressas e diz:
_ Meu filho, não vai tomar o café da manhã?
_ Compro algo no colégio_ Alan responde sem nem ao
menos olhar para traz. A impaciência o dominava.
Alan vai até a garagem e entra em seu carro. Um Jaguar
F-Type Cabrio. Um veiculo conversível na cor prata. Ele liga o
motor do veiculo, aciona o portão da garagem para abri-lo e
sai. O trajeto era necessário porem angustiante. Semáforos
fechados se tornavam inimigos e cada pequena parada do
veiculo durante o caminho era uma tortura. Tudo que ele
queria é chegar o mais rapidamente no colégio e ver Kyara
novamente. Sua escola era longe de sua casa, sendo mais
perto da casa dela do que a dele, o que fazia com que ela
sempre chegasse primeiro que ele no colégio quase que todas
as vezes.
O carro de Alan estaciona, chegando em seu destino:
George Heriot's School​. Alan pega sua mochila e pula pela
porta de seu conversível rapidamente. Ativa o alarme e
caminha a passos largosaté a entrada do colégio. Ele procura
por Kyara em todos os lugares.
“Fiquei tão apressado que cheguei antes dela pela
primeira vez”_ ironiza em seus pensamentos.
Em ​George Heriot's School, tocam-se dois sinais. O
primeiro sinal é para que os alunos entrem no colégio. Já o
segundo sinal é para que todos entrem em suas salas e o
portão do colégio se fecha. ​Alan se mantém calmo até o
primeiro sinal tocar. Ao perceber que Kyara não estava
realmente lá, e que não viria ao colégio, ele se desespera. Vai
até a sala deKyara, procurando-a,contudoencontra Jane, a
amiga dela:
_Jane,Tudo bem?_ Alan inicia quase que mecanicamente
uma conversa com a jovem _Você viu Kyara em algum lugar
hoje?
_Oi Alan. Tudo bem sim._ Jane responde se aproximando
de Alan._Eu não sei. Ainda não vi ela na escola. Então decidi
telefonar para ela , mas deu fora de área ou desligado _ Jane
olha para Alan e percebe que o rapaz estava afoito. Com suas
mãos, ela segura seu braço carinhosamente _ O que
aconteceu Alan, ela esta bem?
_ Ontem o pai dela foi na minha casa_ Alan explica para
Jane olhando para todos os lados com esperança de ver sua
amada a qualquer momento. _ De alguma forma ele descobriu
que eu e Kyara estamos namorando.
Alan nota que Jane não pareceu surpresa com o assunto.
_Você chegou a conversar algo com ela ontem Jane?
_ Ontem... sim.
Alan se anima. Ele segura no ombro de Jane com as duas
mãos.
_ E ela disse algo sobre o que aconteceu?
_ Olha Alan_Jane põe a mão no pescoço do rapaz, e o
olha nos olhos_ Vou falar isso pois você é um ótimo rapaz, e
não merece sofrer. Kyara disse que mesmo amando você, o
relacionamento de vocês se tornou insustentável. Mais cedo ou
mais tarde ela vai criar coragem e terminar com você, pois a
pressão que os pais estão colocando nela, a faz mal.
Alan se encosta na parede triste e cabisbaixo. Tudo o que
ele não queria aconteceu.Jane caminha até ele, dando-lhe,
com uma mão um abraço e com a outra segurando sua mão.
_ Não fique assim Alan_ Alan se sentia desconfortável
com as ações de Jane, mesmo achando que eram apenas
para confortá-lo_O melhor para você e para Kyara, é
terminarem mesmo, afinal de contas, manter esta relação só
iria fazê-los sofrer.
Alan se entrega a tristeza de pensar em romper com
Kyara.
_ Se fosse para o bem dela, eu me afastaria...
_ E depois de um tempo _Jane então desce sua mão que
estava segurando a mão de Alan, tocando as coxas do rapaz._
você vai perceber que existem outras garotas tão incríveis
quanto Kyara nesta ...
Alan se afasta de Jane.
_ VOCÊ ENLOUQUECEU JANE?_ finalmente Alan
percebe as intenções de Jane em seduzi-lo _ Você é amiga de
Kyara, e está dando em cima de mim enquanto ela esta
sofrendo sabe-se Deus aonde?
_ Só queria que você entendesse que eu me importo com
você. _ Jane fala novamente segurando as mãos de Alan_ E
que você soubesse que quando terminarem, eu o ajudarei a
superá-la.
Alan se enfurece e empurra Jane com força, fazendo-a
cair no chão.
_ Você enlouqueceu mesmo garota. Kyara é sua amiga, e
nunca fez nada contra você. E ai está você , dando em cima do
homem que ela ama. Você não tem vergonha?
Jane se levanta novamente, com os olhos cheios d´água.
_ VOCÊ QUER SABER ONDE ELA ESTÁ?EU NÃO SEI!
ESQUECE ELA E PRESTE A ATENÇÃO EM QUEM ESTÁ
AQUI PRA VOCÊ. PRESTE ATENÇÃO EM ALGUÉM QUE
NÃO CAUSARIA TANTOS PROBLEMAS PARA SUA VIDA E
QUE AMA VOCÊ ATÉ MAIS QUE ELA.
A raiva cresceu dentro de Alan. Ele finalmente entendeu.
Ele finalmente percebeu que Jane foi quem denunciou seu
relacionamento com Kyara para Leonel.
_VOCÊERA A ÚNICA PESSOA QUE SABIA DO ATRITO
ENTRE MINHA FAMILIA E A FAMILIA DE KYARA_ Alan
segura novamente os braços de Jane, só que agora com uma
força que fazia a garota sentir dor_FOI VOCÊ QUE CONTOU
AO PAI DELA?
Jane se apavora. Nunca havia visto Alan com raiva.
_Alan para com isso.Você não é assim.
_ REPONDE LOGO JANE
A força de Alan parecia crescer proporcional a sua raiva.
_Eu só adiantei o processo._ Jane mal conseguia se
concentrar em responder, tamanha era a força exercida por
Alan em seus braços_Mais cedo ou mais tarde, seus pais iriam
descobrir e vocês iriam se cansar de tanta pressão!
Alan empurra Jane novamente, fazendo-a cair no chão.
Uma roda de curiosos se formou naquele local.
_VOCÊ É UM MONSTRO GAROTA. VOCÊ DESTRUIU
MINHA VIDA!
_ Pensa bem Alan!_ Jane fala do chão enquanto apóia
suas mãos em seus bíceps, que estavam latejando de dor
_Comigo você vai poder ter um relacionamento de verdade!
Sem ninguém para estragá-lo.
A fúria de Alan parecia ter alcançado o limite.
_SUA VAGABUNDA! COMO VOCÊ PODE! _ Alan
caminha em direção a Jane _VOCÊ SE DIZIA AMIGA DELA!
ELA CONFIAVA E CONTAVA TUDO A VOCÊ!_ Alan ergue
seus punhos contra Jane _EU VOU TE MOSTRAR O QUE
ESTOU SENTINDO POR VOCÊ.
Nesse momento alguns alunos vestidos com o uniforme
de Rugby do colégio avançam até Alan o segurando.
_Ei cara!_ O mais alto dos rapazes alerta Alan. Não sei o
que está acontecendo, nem seus motivos, mas ela é uma
mulher.
Neste momento, o sinal toca. Alan percebe o quão
desnecessário era tudo o que ele estava fazendo. Com algum
esforço ele se solta do grupo de rapazes.
_ John, você não sabe o que aconteceu, mas não tenho
tempo pra te explicar_ Alan diz ao rapaz e em seguida olha
para Jane _Você queria me conquistar, e fez tudo isso para
alcançar seus desejos não é mesmo? Pois saiba que mesmo
que Kyara e eu jamais voltemos a ficar juntos novamente, você
será a ultima pessoa no mundo que eu me interessaria.
Alan então corre para a saída do colégio. Ele finalmente
entendeu tudo que aconteceu, e precisava contar para Kyara.
Ele também estava decidido a enfrentar o pai dela, e mostrar
para ele que nada faria com que ele desistisse de seu amor.
Alan entra novamente em seu carro e dirige seu Jaguar o mais
rápido que pode, indo para residência dos Danvers.
A casa dos pais de Kyara não era muito distante do
colégio e graças a velocidade que Alan estava dirigindo não
demorou muito para chegar.
Alan já tinha visitado Kyara na casa dela diversas vezes,
porem esta seria a primeira vez que ele iria vê-la com seus
pais estando lá. Pelo menos era o que ele pensava. Ao bater
na porta ninguém atendeu. Então ele olhou pelas janelas do
primeiro andar e a casa parecia deserta. Alan chegou a
conclusão que ninguém estava em casa. Ele caminha pala
lateral da casa e olha para o segundo andar, onde tinha uma
janela. A janela era do quarto de sua amada, e ele queria muito
descobrir onde eles foram. Alan não queria perder nem mais
um minuto. Então escala os arbustos que ficavam nas paredes
laterais. A janela do quarto de Kyara não era muito difícil de ser
arrombada. Alan entra no quarto da jovem, e percebe que
vários pertences dela estavam faltando. Ele abre as gavetas e
todos os objetos pessoas dela já haviam sido retirados do
local. No guarda-roupa , havia pouquíssimas roupas.Ele vai até
o banheiro e vê que escova de dentes , pentes e pastas de
dentes, não estavam mais lá. Alan entende o que tudo aquilo
significava. Os Danvers viajaram para outro lugar. Alan volta
para o quarto e senta na cama de Kyara desesperado. Ele
corre até o guarda-roupa dela e o esmurra, rachando a
madeira do guarda-roupa. Alan então vê o ursinho de sua
amada e o abraça, como se a estivesse abraçando. Neste
momento ele se lembra de Kyara já ter mencionado que tinha
avós em um vilarejo próximo a Edimburgo, a vila de Callanish.
Ele percebe que se tem algum lugar onde os pais de Kyara
poderiam levá-la às pressas, seria Callanish. Alan sai da
residência dos Danvers , levando o ursinho de Kyara consigo.
Entra em seu carro e começa a dirigir.
A certeza de Alan era quase que irrefutável. Kyara só
poderia estar na casa de seus avôs.
“Os pais dela deveriam ter ido a noite, as pressas,
aproveitando que o ano letivo já estava acabando”_ Alan fica
envolto em pensamentos enquanto dirige seu carro. “Com isso
eles imaginam que iram afastá-la de mim. Mas nada, nem
ninguém irá conseguir tal feito.”
Depois de alguns minutos dirigindo Alan retorna
novamente para sua casa. Ele entra impacientemente em sua
casa, subindo as escadas. Sua mãe e seu pai não estavam em
casa. “Que alivio”_pensou. Ele junta o Maximo de coisas que
eram necessárias para viajar, pois ele não sabia quanto tempo
ficaria na vila. Pegou o cartão de credito que seu pais lhe
deram. Desceu novamente, colocando toda a bagagem no
carro. Depois olhou para sua casa por um tempo e ligou seu
carro, partindo para Callanish.

Capitulo 2
Kiara
Há distancia entre Edimburgo e Callanish em estrada é de
aproximadamente 6 horas 41 minutos .Para Kyara seriam as
horas mais silenciosas e frustrantes de sua vida, pois, ela não
queria estar naquele local, não queria falar com seus pais, e
não queria ter vivido aquele dia e nem ser retirada de perto de
Alan. O centro da vila de Callanish possui um moderno centro
de visitas que fornece informações sobre o principal círculo e
vários outros monumentos menores que estão próximos, e
varias informações sobre a cultura Celta. Os avôs maternos de
Kyara moraram a vida toda em Callanish. Helena, a mãe de
Kyara só saiu da região, alguns anos após conhecer Leonel,
que na época visitava a região. Kyara já visitou seus avós
inúmeras vezes, porem nunca explorou a região, pois era
muito nova e não saia da vila, por ordens de seu pai.
Era por volta de meia noite quando Kyara começou a se
sentir sonolenta, deitou-se no banco de traz do veiculo. Helena
puxou uma coberta que estava em uma sacola e cobriu sua
filha. Dormir era o modo mais saudável de acabar com a
tortura de ser obrigada a ficar naquele carro. O carro que cada
vez mais deixava para trás as paisagens sinuosas e
escandalosamente verdes, pontuadas de casas e prédios
estilosos, e trazia à vista um mundo desolado e virgem, que a
Europa parece ter posto à margem. Um cenário quase que
intocado pelo homem.
As horas se passam e metade do tempo total de viagem
para se chegar a Callanish já se fora. Kyara estava enraizada
em seus sonhos, neles ela via Alan e ela em sua casa,
jantando em família com seus pais, um devaneio lindo para
ela, onde todos os seus problemas não existiam mais. Alan e
ela estavam felizes e tudo parecia ser uma linda fantasia, mas
seu pai se irrita, algo que agora seu cérebro podia gerar
facilmente em sua mente. Leonel em seus sonhos se levanta
da mesa gritando com Alan. Kyara não queria ver aquilo. E
começa a correr. Saindo da residência de seus pais correndo
sem parar pelas ruas de Edimburgo. Enquanto corria a voz de
Jane ecoavam em sua mente. Ela fecha seus olhos e tapa
seus ouvidos, e continua a correr sem parar. E depois de um
momento quando ela percebe que não esta mais em
Edimburgo ela decide abrir seus olhos. Ela estava em
Calanais. Calanais é um local da região de Callanish, no oeste
da Ilha de Lewis, nas ilhas Hébridas da Escócia onde se
encontra as “Pedras de Callanish”. Essas pedras são uma
formação rochosa posicionadas em formato de cruz criada
pelos que viveram na região por volta de 2000 AC, um dos
mais espetaculares monumentos megalíticos da Escócia. As
pedras possivelmente foram usadas para observações
astronômicas. Para os místicos, no entanto, elas são um posto
avançado do espírito. No ceu uma linda aurora boreal brilhava
deixando a região ainda mais magnífica. Kyara por um
momento se esqueceu completamente de seus problemas e
sofrimentos. Uma mão masculina a toca em seu ombro. Ela se
vira, mas não reconhece a pessoa. Curiosamente seu coração
esta fervendo, por ser tocada por ele. Ele a segura pela
cintura, e escorrega um dedo por seu rosto, depois dois até
segurar com a mão seu queixo. Kyara não conseguia entender,
mas estava se sentindo bem com a situação. Tudo que ela
conseguia fazer é deixar sentir. Ele então a beija. O calor que
vinha de seu corpo, o deslizar doce de seus lábios em sua
boca. Kyara percebe então que esta consentido o beijo. Ela
se lembra de Alan e tenta sair, mas seu corpo não a deixa. Ela
não conseguia parar de beijá-lo , não conseguia parar de se
deleitar com o prazer de estar com ele. O homem misterioso
de seus sonhos a deita na campina de Callanish. Ele começa a
beijar cada pedaço de seu corpo. Kyara decide destravar suas
defesas contra aquela situação. Ela se entrega aquele homem,
agarrando suas costas e a arranhando. Kyara fecha seus
olhos. Era realmente tentador. Mesmo no escuro de sua
mente, ela podia sentir seu corpo. Era tão real para ela aquilo
tudo. Ao abrir os olhos Kyara se apavora. Um ser envolvido na
escuridão com olhos vermelhos como o sangue a estava
observando. Ela não estava mais em Calanais, e o homem
misterioso de agora a pouco sumira. Agora a jovem estava em
uma floresta, que nunca havia visto antes em sua vida. A
criatura começa a correr em sua direção, e a jovem se levanta
e começa a fugir. Seus instintos a ordenavam para que fugi-se.
Seu corpo a alertava do perigo que seria deixar a criatura
chegar perto dela. Kyara sentia o cansaço em seu corpo, que
estava exausto. Ela tropeça e cai. A criatura se aproxima e
salta para atacá-la. Esté é o fim. Kyara sentiu que ira morrer.
_ Querida o que foi? _ Helena pergunta a Kyara.
Ao acordar ela percebia que seu corpo estava
completamente suado. Seu coração palpitava rapidamente. O
desespero em seu sonho foi transportado para a vida real. Ela
se senta adequadamente ao banco do carro.
_ Tive um pesadelo tão real_ responde a sua mãe.
_ Devem ser as Pedras_ brinca sua mãe para confortá-la
_ Minha mãe sempre dizia que elas são um um refugio para as
almas, mas para mim são apenas rochas.
Kyara olha para a janela do veiculo, e percebe então que
o carro estava naquele exato momento passando pelas
Pedras de Callanish. As 13 pedras primárias formam um
círculo com cerca de 13 m de diâmetro, com uma avenida ao
longo de uma fileira de pedras ao norte, e linhas mais curtas
de pedra para o leste, sul e oeste. O plano geral do
monumento recorda uma cruz celta distorcida. As pedras
individuais variam entre cerca de 1 metro e até 5 metros de
altura, com uma média de 4 metros. Kyara acabou de sonhar
com essas pedras
Ela se lembra do homem misterioso em seus sonhos. Mas
agora, com controle total sobre sua mente e seu corpo, tenta
fortemente desviar seus pensamentos. Então se lembra da
criatura que tentou atacá-la. Kyara não era supersticiosa,
porém também não desacreditava em forças misteriosas
agindo em nosso mundo. Ela se perguntava se o sonho que
teve significava algo.

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