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PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE DE ÁGUA EM UMA

MICROBACIA DE OCUPAÇÃO URBANA EM SOROCABA-SP.

Urban, R.C.1; Silva, A.M. 1; Carvalho, R.M. 1; Fernandes, R.A.F. 1; Santos, A.R. 1; Manfré, L.A. 1

1
UNESP – Campus Experimental de Sorocaba, 18087-180, Sorocaba, SP

rodrigourban@grad.sorocaba.unesp.br

ABSTRACT: The physical parameters of water quality can demonstrate the impact
of the human actives and indicate the connexion with land use. They are commonly
used in monitoring the health conditions of watercourses. The region of Sorocaba, in
the State of São Paulo present an intensive urban growth, which increases the impact
on water resources. The survey of water quality parameters of a watershed in the
region may help in assessing the environmental quality and also in urban planning.
The parameters used in this study were total solids (total, mineral and organic),
dissolved oxygen, electrical conductivity, temperature and pH. Sample collections
were made between March and June of 2009 at two points of the main stream of the
watershed. Point 2 (located in the upper region) presented higher values of dissolved
oxygen. and lower values of temperature, conductivity and total solids and mineral
solids, and similar values of other parameters. So there were best aspects of quality at
point 2, located near the source of the stream with remaining vegetation. Point 1
(located in the middle), with intensive urbanization, had much lower quality, despite
the small extent of the water course, indicating severe degradation in the same
region. It was not possible to observe the seasonal aspect of water quality.

Key Words: Water quality;, Environmental quality

1. INTRODUÇÃO
O controle da qualidade das águas, se faz necessário frente aos diversos tipos de
usos deste recurso natural. Os objetivos desse controle englobam a conservação e
melhoria das fontes e mananciais, o estudo das modificações ocasionadas pela ocupação
desordenada, entre outros (Pivelli & Kato, 2005). Especificamente o levantamento de
parâmetros físicos da água pode demonstrar fontes de impacto antrópico e relacioná-las
com o uso da terra, como o estudo elaborado por Silva & Schulz (2007), onde foi
realizada essa comparação a partir do levantamento de turbidez e sólidos suspensos,
sedimentáveis e dissolvidos. A região de Sorocaba, localizada no sudeste do Estado de
São Paulo, experimenta um período de intenso crescimento populacional e urbano,
principalmente com a construção de condomínios fechados em suas áreas periféricas. A
área da microbacia estudada é um exemplo em menor escala dessa situação e necessita
de ações de planejamento visando organização e proteção das manchas de vegetação
natural. Este trabalho apresenta os resultados de levantamento de parâmetros físicos de
qualidade da água do córrego principal da microbacia, buscando relacioná-los com uso
do solo.

2. MATERIAL E MÉTODOS
A área de estudo é uma microbacia de terceira ordem que possui área de 3,02 km2
e seu principal curso d’água mede aproximadamente 2.550 metros de extensão
Localiza-se na porção central do município de Sorocaba e as águas deste córrego
deságuam diretamente no rio Sorocaba. Existem áreas de vegetação natural
remanescente e, em uma porção mais baixa, ocorre cobertura predominantemente
urbana, com uso da terra destinado a fins residenciais de classe média. Coletou-se uma
amostra de água por mês de cada um dos dois pontos estabelecidos durante um período
de 4 meses. Um ponto localizado em área com cobertura vegetal remanescente e o outro
em área intensamente antropizada. Foram feitas análises in situ e as amostras foram
levadas para laboratório para análise dos demais parâmetros. A amostragem da água foi
realizada seguindo o Guia de Coleta e Preservação de Amostras de Águas da CETESB
(CETESB, 1987). Foram quantificados os sólidos totais, a fração orgânica e a mineral
do seguinte modo: uma amostra mensal de 100 ml foi coletada. Colocada num
recipiente de porcelana previamente pesado e levada à estufa a 80 oC para a evaporação
até peso constante. A massa de sólidos totais foi obtida a partir da diferença entre a
massa medida após a estufa e a massa do recipiente. Em seguida a amostra foi colocada
em um forno de mufla a 400 oC por duas horas. Após atingir temperatura ambiente sua
massa é novamente medida, a diferença dessa massa e a massa do recipiente
corresponde à fração mineral enquanto a diferença da massa total e a mineral
corresponde à fração orgânica. (Silva et al., 2007). A temperatura, condutividade
elétrica, oxigênio dissolvido e pH foram determinados a partir de métodos
eletrométricos segundo determinações do APHA, (1985).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores dos parâmetros observados nos quatro meses de coleta estão


representados na tabela 1 para o ponto em local antropizado, chamado ponto 1, e na
tabela 2 para o ponto localizado próximo de vegetação remanescente, denominado
ponto 2.
Tabela 1 - Parâmetros observados no ponto 1

PONTO 1

Parâmetros
Data da
Sólidos Totais (mg/l)
Temperatura Condutividade
coleta O.D. (mg/l) pH
Total Mineral Orgânico (oC) (µg/l)

23/3/2009 1,95 238,33 194,00 44,33 --- 23,8 344,9

13/4/2009 2,06 120,00 103,67 16,33 7,74 25,2 89,8

15/5/2009 1,57 205,33 144,00 61,33 7,5 23,2 278,5

29/6/2009 1,99 171,00 134,00 37,00 7,6 17,7 314,8

O parâmetro pH não foi quantificado no mês de março pois ocorreu um


problema com o pHmetro utilizado. Os valores de condutividade elétrica mostraram-se
muito inferiores no mês de abril. Não foi observada nenhuma característica excepcional
nessa coleta, por isso acredita-se que esses valores discrepantes devem-se 1) a
equívocos de leitura ou 2) a alguma situação específica que ocorreu no lançamento de
eflutentes de modo a baixar, pelo menos momentaneamente, o valor de condutividade.
O ponto 2 é localizado mais a montante, tendo proximidade com a nascente do
corpo d´água. Aspecto que também influencia em sua melhor qualidade de água. De
modo geral pode-se perceber valores superiores de oxigênio dissolvido, e inferiores de
condutividade e sólidos totais e minerais no ponto 2. A relação de pH e de sólidos
orgânicos é bem parecida nos dois pontos. Essas características demonstram que a água
coletada no ponto 2 tem melhor qualidade, devido à cobertura vegetal e ao menor
impacto antrópico sofrido nesse local. Também é possível observar valores de
temperatura inferiores no ponto 2, evidenciando a proteção física relacionada com a
cobertura vegetal.
Não foi possível identificar aspectos provenientes do comportamento sazonal, do
curso d´água, pois as amostras apresentaram comportamento semelhante.

4. CONCLUSÃO
Pode-se concluir um melhor aspecto qualitativo do ponto de coleta localizado
próximo a nascente e com cobertura vegetal remanescente, comprovando a influência
dessas características no corpo d´água. Também foi possível observar alterações
significativas entre o ponto próximo a nascente e àquele próximo a foz, indicando uma
grande degradação ao longo do curso do córrego estudado. Para uma avaliação do
comportamento sazonal da qualidade da água o período de amostragem deve ser maior.

Tabela 2 - Parâmetros observados no ponto 2

PONTO 2

Parâmetros
Dia da
Sólidos Totais (mg/l)
Temperatura Condutividade
coleta O. D. (mg/l) pH
Total Mineral Orgânico (oC) (µg/l)

23/3/2009 2,83 190,33 144,00 46,33 --- 23,1 226

13/4/2009 2,96 119,00 107,33 11,67 7,34 23,8 98,4

15/5/2009 2,86 126,67 91,67 35,00 7,4 21,4 214,3

29/6/2009 3,06 115,34 95,67 19,67 7,54 16,8 201,2

5. BIBLIOGRAFIA

American Public Health Association (APHA). Standard Methods for the examination
of water and wastewater. 15.ed. New.York: APHA, 1985.

CETESB (São Paulo). Guia de coleta e preservação de amostras de água. 1ª ed. São
Paulo: CETESB, 1987.

Piveli,R.P.; Kato,M.T. Qualidade das águas e poluição: Aspectos Físico-Químicos.


São Paulo: ABES, 2005.

Silva,A.M.; Schulz,H.E. Spatial and temporal characterization of some water quality


physical parameters and their relationships with land-use in Água Fria watershed
(Palmas – TO, Brazil). Revista Ambi-Água, Taubaté, v. 2, n. 1, p. 21-29, 2007.

Silva,A.M.; Schulz,H.E.; Camargo,P.B. Erosão e hidrossedimentologia em bacias


hidrográficas. 2ª ed. São Carlos: Editora Rima, 2007.

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