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DAS 2 coi qtr at ee ery medicamentos e terapias para controlar os sintomas a a DETECTADO Quando és DE ONDE desconfiar VEM?2 do problema i Conhega as Cro ee 1 ene eT diagnosticar vt sy TILA DA A MENTE NOKP Ty AOS A doenga modifica o funcionamento do Pare ee eerie eS, E ed Ete de saude! O diagnéstico de depressdo nao Brn Cue cart por exemplo, de alguém que tenha diabetes, identificdvel pelo nivel COPA TO RR CM CU) quebrado, que facilmente pode Come mC CD aaa PO UOMO M ei teai) em torno da doenca. Contudo, Cn et OM mt) é provocada por um desequilibrio POR ect oe Tecate eC oe nT) Cre CMa COMO Cry como qualquer outra e precisa de PO Ue RU UCC mec ecu eeag E empatia e tentar entender melhor o CU eR uct portanto, é essencial para dar fim COP eerie ee Cie usu Cd quem tanto precisa de ajuda. Boa LT DS Ra cn) PU ol Rg NA MENTE DO DEPRESSIVO Pore Oma) Perel Pe aa) DE ONDE VEM? Fatores de risco para o Cra mac ssr (ey DETECTANDO O PROBLEMA O diagnéstico correto é fundamental PLM CRC CLC TRATAMENTOS Novos medicamentos e aparelhos tecnoldgicos que fazem a diferenca LeU toy wa irs PS ORC CR Ory Pr Mu rem MLS depressivo Os neurotransmissores desempenham funcoes i importantes que, se estiverem desequilibradas, podem levar a depressao cérebro é um érgao que, em toda sua complexidade, é res- ponsavel por inuimeras fungoes do corpo humano por meio das comunicages entre as bilhoes de células que formam o sistema nervoso — os neur6nios. E estruturas tao mintsculas como essas podem gerar efeitos devastado- res se forem afetadas por fatores ambientais, como situacées estressantes do diaa dia, ou algum descontrole do proprio corpo. Desse modo, com func6es alteradas, algumas dis- fung6es podem aparecer, como transtornos mentais que afetam a memoria, coordena- ao motora, concentracao e humor, como é ‘0 caso da depressao. Agentes importantes Como citado no comeco do texto, os gran- des responsaveis pelo bom funcionamento da organizaco cerebral sao os neurénios. Es- tas células, através das sinapses, o meio de comunicacao entre um neurénio e outro, re- gulam diversas fungdes no sistema nervoso que afetam o corpo todo. O problema ocor- re, de fato, quando os neurotransmissores — que, como explica o professor de neurologia Victor Fiorini, sao substancias quimicas pro- duzidas pelas células nervosas — se encon- tram desregulados. Esse processo, segundo oespecialista, pode ter duas consequéncias: ativar um neurénio (neurotransmissao exci- tatoria) ou inibi-lo (neurotransmissao inibi- . "Na depressao, existe um problema na quantidade ou na qualidade de alguns neurotransmissores excitatérios. Isso atra- palha o funcionamento de varios neurénios em determinadas regides cerebrais, causan- do os sintomas de tristeza, apatia, al- teracdes de sono, apetite, entre outras”, complementa Fiorini. As substancias que tém maior importancia no de- senvolvimento da depres- ‘sao so aquelas sintetizadas nos neurénios do sistema limbico e da regiao frontal do encéfalo, com destaque para a serotonina, grande responsavel pelas reac6es de estres- se e pelo controle do humor, e principal alvo dos medicamentos antidepressivos que atu- am na regulacao do orgao. ‘Além desse neurotransmissor, “alteraces ‘em neurénios produtores de noradrenalina, dopamina e glutamato sao responsaveis por quadros de depressdo, Alguns antidepressi- vos também atuam na producao destas subs- tncias”, finaliza o professor de neurologia. Regides afetadas Do ponto de vista da neurociéncia, po- de-se desencadear um quadro depressivo a partir do momento em que duas es- truturas cerebrais nao trabalham em harmonia, como cita o mé- dico neurologista e neurocien- tista Martin Portner. “Uma € a amigdala cerebral, que permanece excessivamente ativa, ea outra, o cortex pré-frontal, traba- Iha abaixo do esperado. Essas duas estrutu- ras mantém estreito funcionamento e, além disso, regulam outras areas cerebrais respon- saveis por motivacao, apetite, sexualidade e comportamento social”, explica Portner. Nao ha como apontar uma tinica estru- tura “culpada” em relacao aos transtornos depressivos no cérebro, uma vez que o dis- +tuirbio é fruto da acdo conjunta de varias al- teracdes no érgao. No entanto, a neurociéncia ja ¢ capaz de indicar as areas mais afetadas pelo mal. Dentre elas, Victor Fiorini destaca “o siste- ma limbico, responsavel pelas emocées, for- mado por estruturas como o hipocampo, a amigdala, o talamo e 0 giro do cingulo. Ou- tras estruturas frequentemente acometidas sao os lobos frontais e os nuicleos da base. Isso, segundo 0 profissional, pode indicar 0 aparecimento mais comum da depressao em. individuos que j4 passaram por alguma do- enca neurolégica, como o acidente vascu- lar cerebral (AVC). “Vitimas de derrame no <érebro tém maior risco de, no futuro, de- senvolverem depressao, por conta da perda de neurdnios nas regides cerebrais citadas. Mas nao confunda: depressao nao significa que a pessoa esteja tendo um AVC”, ressal- ta Victor. “Vitimas de derrame no cérebro tém maior risco de, no futuro, desenuolver depressdo, por conta da perda de neurénios nas regiGes cerebrais citadas. Mas nao confunda: depressao nao significa que a pessoa esteja tendo um AVC” Victor Fiorini, professor de neurologia A raiz do transtorno hy iante do diagnéstico da de- pressdo, uma das questdes que mais perturba a mente é “por que isso aconteceu?”. Essa re- flexao passa pela cabeca da pessoa que est convivendo com o transtor- no, daqueles que esto ao seu redor (tentan- do, ou nao, ajudar) e também do profissional de satide mental. Isso porque a identifica- Go das causas propicia a informacao neces- Entender as causas da depressao é um passo importante para o tratamento séria para que o disturbio seja tratado e até mesmo estudado. “O entendimento dos de- sencadeadores do quadro depressivo favo- rece o desenvolvimento de novas pesquisas que poderao servir como instrumentos para © diagnéstico precoce, a escolha terapéutica adequada e a revisao dos caminhos para va- lorizar os momentos da vida", destaca a pro- fessora de neuroanatomia e neurobiologia Marta Relvas. E fato que existem diversos fatores capa- zes de causar a depressao, que se desenvol- ve de maneira distinta em cada individuo. No entanto, os especialistas acreditam que a combinacdo de fatores genéticos e ambien- tais esta por tras da maioria dos casos. Hereditariedade Investigagdes promovidas atualmente es- to comprovando, cada vez mais, a relacdo entre genética e depressao. Uma pesquisa conduzida por estudiosos da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, avaliou 424 pais deprimidos e 143 filhos de pessoas des- se grupo. Ao mesmo tempo, em outro gru- po, acompanhou o mesmo niimero de pais sem depressao e 197 filhos. Depois de 23 anos de estudos, os resul- tados demonstraram que os filhos adultos dos individuos deprimidos possuem maior propensdo aos sintomas da depressao (as- sim como mais problemas fisicos e emocio- nais) quando comparados aos filhos dos pais saudiveis. Além disso, 70% dos que possu- iam pais portadores do disturbio alegaram ter outros membros da familia com o mes- mo quadro, enquanto apenas 45% do outro grupo relatou o mesmo caso. Em 2016, um artigo publicado na revis- ta cientifica Nature Genetics evidenciou 17 variagées genéticas ligadas ao transtomo. Ao analisar perfis de genes de mais de 450 mil voluntarios, dentre os quais 121 mil de- clararam possuir hist6rico de depress3o. De acordo com Marta, fatores genéticos repre- sentam papéis importantes no desenvolvi- mento do transtorno do humor depressivo, que apresenta caracteristica de heranca ge- nética quantitativa, ou seja, uma gravidade gradual de sintomas. “Por causa de seus fe- nétipos continuos de apresentacao, o dis- turbio possui um padrao de transmissdo de heranca nao mendeliana e, em geral, ocorre em familias com um modo de heranca com- plexo - provavelmente multifatorial poligé- nico, resultante da interacdo de multiplos genes de vulnerabilidade com o ambiente”, explica. A professora também ressalta que ‘essa abordagem orienta que patologias li- gadas a depressao podem ser causadas por fatores ambientais e que os genes influen- ciam as suscetibilidades desses fatores. Um mundo de razoes Os nossos genes criam tendéncias, mas $80 as condicdes externas que motivam o transtorno. Grandes traumas, como doencas ea perda de pessoas queridas, também sao capazes de gerar o quadro depressivo por es- tabelecerem mudancas repentinas e signifi- cativas na vida das pessoas. Contudo, ainda existem cenarios em que o declinio gradativo do emocional produz o mesmo efeito. Fatos como problemas no relacionamento amoro- so, desentendimentos familiares e insatisfa- &o profissional colaboram com a perda de perspectiva. “O mais incrivel nao é simplesmente o fator externo, masa interpretacao deste. Quando a pessoa se vé para baixo, acha que o mundo esta contra ela e nao consegue enfrentar as situagdes que a vida apresenta, atitude que desencadeia a depressao. Assim, varios sis- ‘temas neurais so enfraquecidos, e o cortex pré-frontal direito comecaa ser ativado. En- +tdo, ha uma jungao de elementos que podem ser considerados causadores: situacao, inter- pretaco, sistema neurolégico de neurotrans- missores e ativacao do cortex pré-frontal”, salienta a psicdloga e coach Graziela Vanni. “O entendimento dos desencadeadores do quadro depressivo fauvorece o desenvolvimento de novas pesquisas que poderdo servir como instrumentos para o diagndstico precoce, a escolha terapéutica adequada ea revisdo dos caminhos para valorizar os momentos da vida” Marta Reluas, professora de neurobiotogia e neuroanatomia Quimica do corpo De acordo com Marta Relvas, uma das causas que também pode ser considerada como causadora da depressao é a alteracéo no sistema monoaminérgico, que tem como alvos neurotransmissores conhecidos como noradrenalina, serotonina e dopamina. A profissional explica que as principais ideias atuais so de que o aumento de concentra- Go de monoaminas cause mudancas adap- tativas em neurénios-alvo. “Uma das teorias 6 que essas mudangas ocorrem por altera- go de vias de sinalizacao intra- celular, levando a fosforilacao de proteinase alteracdes de ‘expresso génica. Evidéncias sugerem que vias de sinaliza- Gao intracelular representam pi péis fundamentais na disfuncao de miltiplos sistemas de neuro- transmissores e processos fisiolé- gicos no transtorno depressivo”, finaliza. ov Remediando 0 sofrimento Os antidepressivos podem ser uma saida eficaz para quem precisa superar a depressdo, mas como eles funcionam? depressdo é um dos transtor- nos mentais mais sérios que existem, segundo os manuais de diagnéstico de doencas psi- quicas. E, assim como amaioria das doencas, ha casos em que certos remé- dios so indicados para um tratamento efi- ciente. Tais medicamentos, quando receitados eadministrados por um profissional, atuam no sistema nervoso central, elevando os ni- veis de neurotransmissores e aumentando a excitacao cerebral. Cabe ao psiquiatra defi- nir quais farmacos sao os mais indicados em cada situacao, ja que a intervencdo médica deve ser individualizada, levando em conside- racio as condicées clinicas de cada paciente. Grande oferta Atualmente, dezenas de classes de remé- dios antidepressivos so encontrados no mer- cado. Ha uma grande variedade, pois cada grupo apresenta diferentes mecanismos de ago. “E como se eu tivesse varios tipos de ferramentas que pudessem se adaptar ao problema em questao”, explica o psiquiatra Rodrigo Pessanha. O profissional completa destacando a importancia dessa diversida- de, uma vez que, dessa forma, o tratamen- ‘to torna-se mais personalizado. “Sao levados em consideragao aspectos como a idade, 0 peso corporal, a existéncia de uma doenca subjacente e a possivel utilizacao de outros medicamentos de uso geral”, aponta. Entre essas classes, as que se destacam so 0s antidepressivos triciclicos, mais efica- zes em casos de depressao crénica ou pro- funda; os inibidores da monoamina oxidase (IMAOs), usados para a de longa duracao; e os da recaptacao de ser dos apenas em depressao | Riscos menores Os ISRS, introduzidos no mercado recen- temente, se diferenciam pelo fato de inter- virem no aumento do nivel de serotonina, enquanto os mais antigos ficaram conhe- cidos pela atuacao nos sistemas de nora- drenalina. “Em fungao do risco que podem trazer ao paciente, mesmo que sejam mui- to eficientes em alguns casos, os primei- ros antidepressivos foram | gradativamente mais recen- res”, relata Rodrigo. Gracas a esse menor perigo —e a grande difusao que tiveram nas duas ulti- mas décadas —, atualmente, os ISRS sao os antidepressivos mais receitados por médi- cos em diversos paises. Isso se deve, também, a diversidade de. caracteristicas encontradas nos medicamen- tos dessa classe. “A paroxetina, por exemplo, é bastante sedativa, enquanto a sertralina tem efeito estimulante. Isso vai ser vantajo- so na escolha do remédio adequado, frente 4s caracteristicas do paciente e do disturbio depressivo que ele tem”, relata o psiquiatra. Novos medicamentos Diferentemente dos antidepressivos ja tados, ha alguns anos comecaram a surgir remédios de aco pos-sinaptica, como 0 Vor- tioxetina, que, segundo o fabricate, possui eficacia “significativamente superior”. Além dele, outras substancias — criadas para ou- ‘tros fins —vém ganhando espaco no comba- te a depressdo. “Temos uma série de outras ‘opcées de tratamento que nao usam an’ depressivos, como 0 carbonato de litio, que @ empregado como um complemento”, ex- ménios tireoidianos, /mesmo para pacientes que nao apresentam hipotireoidismo. “Em alguns casos, também sao usados estimu- lantes do sistema nervoso central, como 0 metilfenidato — conhecido aqui no Brasil como Ritalina — e, mais recentemente, va- rios estudos foram feitos a respeito do uso do anestésico cetamina”, aponta. Essa subs- tancia, segundo as pesquisas, tem um efei- to “surpreendentemente rapido” no alivio dos sintomas depressivos, além de apresen- tar relativa melhora em relacao as ideias de suicidio, especificamente. A psiquiatra Ma- ria Cristina di aponta que “os es- tabilizadores do humor e os medicamentos que controlam a ansiedade sao utilizados em conjunto, além dos neurolépticos e dos anticonvulsivantes”. Afinal, vicia? Apesar da prescricao médica, muitas pes- soas diagnosticadas com depressao tém receio de iniciar o tratamento a base de re- médios. Tudo porque existe a ideia, no sen- so comum, de que antidepressivos causam dependéncia. Segundo o neurocientista Aris- tides Brito, tal conceito é um mito. “Como so tratamentos longos, fica a sensacao de que viciam”, assegura. Um dos motivos para essa imagem nega- tiva se da pela utilizacao de ansioliticos no tratamento a depressdo. Esses medicamen- tos tém a capacidade de controlar a ansie- dade, induzir o sono e colocar a pessoa em estado hipnotico. Segundo a psiquiatra Ma- ria Cristina, os farmacos dessa classe sao em- pregados apenas pelo tempo necessario, ja que “eles agem em neurotransmissores di- ferentes dos antidepressivos e diminuem al- gumas das atividades dos neurénios”, sendo necessarios cuidados médicos constantes. “Eles provocam sensacao de prazer e por isso acabam viciando. Assim, devem ser re- tirados de forma gradual para nao provo- car abstinéncia e outros problemas”, alerta © neurocientista Aristides Brito. COM CAUTELAL Apesar de necessario, 0 uso continuo de antidepressivos pode trazer alguns riscos a satide e alteracoes na funcionalidade de determinadas partes do corpo. Algumas mudancas biofisicas podem surgir, ocasionando temporariamente insonia, erupcoes cutaneas, além de dores — como de cabeca, musculares, articulares e de estémago. Nauseas e diarreia também podem ser um problema, s antidepressivos podem causar uma reducao da capacidade de coagulacao do sangue, ja que ha uma diminuicao na concentragao do neurotransmissor serotonina nas plaquetas. ‘0 médico responsavel pela prescricao do medicamento precisa estar atento ao uso de outros remédios. Se o antidepressivo for tomado junto com outro farmaco que aumenta a atividade da serotonina, é possivel desenvolver a sindrome da serotonina. Com isso, podem ocorrer palpitacées, sudorese, febre alta, pressdo arterial elevada e, por vezes, delirios. Além disso, podem causar espasmos musculares e tiques, assim como a diminuicao do apetite e do desempenho sexual do paciente. Durante a gravidez, 0 uso deve ser acompanhado pelo médico responsavel. » Identificando a doenca Importante passo para a ~..--yecuperacdo do paciente, o ~~“ diagnéstico da depressao pode ser feito por médicos de diversas especialidades depressdo tem um apeli- do nada agradavel: o mal do século 21. Nao é para menos. De acordo com uma projecio da Orga- nizacéo Mundial da Satide (OMS), em pouco mais de uma década, a doenca sera ade maior abrangéncia no mundo », atualmente, ela é conside- rada a mais incapacitante das patolo- gias. Para um grupo formado por médi- cos e pesquisadores voluntarios (a For- a Tarefa para Servicos Preventivos dos Estados Unidos — USPSTF, na siglaem inglés), a aplicacao de avaliacdes que visem 0 diagnéstico de casos depressi- vos deveria ser constante para adultos de todas as idades. O motivo para isso seria 0 fato de que, segundo a equipe, aidentificagao precoce do disturbio aju- daria na recuperacdo e a diminuir os prejuizos causados pela doenca. Outra O diagnéstico da depressdo pode ser realizado por médicos de qualquer Grea, mas 0 caso deve ser encaminhado para um psiquiatra, ° doencas mentais esp indicado para tratar #4 corganizacao que fez recomendacio se- melhante foi a Academia Americana de Pediatria, mas, dessa vez, com os testes voltados a criancas a partir dos 11 anos. Arelevancia Talvez, mais importante do que o progresso do tratamento da depres- $40 seja a observacao dos sintomas e 0 diagnéstico do transtorno em si. Isso porque, para que a recuperacao seja eficiente, o reconhecimento pre- ciso logo no inicio do quadro é essen- cial, levando-se em conta os aspectos pessoais de cada um eo contexto em que esta inserido. Para se ter uma ideia da importancia da andlise correta, mais da metade dos pacientes identificados com o quadro depressivo ndo passa por acompanhamento médico, segundo a Pesquisa Nacional de Satide, realizada em 2013, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Desses, 73,4% alegou nao se sentir mais depri- mido, apesar do diagnéstico. Detectando a depressao A identificagao do estado depressi- vo é feita baseada nos relatos dos pa- cientes. Um dos métodos ados & a partir da aplicacao de questionarios, como os recomendados pelas organiza- Ges americanas. Nos Estados Unidos, inclusive, ha modelos padronizados, que podem ser aplicados inicialmente por médicos de assisténcia basica. JA no Brasil, esses questiondrios, traduzi- dos do inglés, também sdo utilizados, mas apenas quando ha uma suspeita inicial ou como acompanhamento de pesquisas cientificas. Por aqui, o diag- BU Cts Pen ore eee i) € Estatistico de Transtornos Mentais (DSM- 5), o principal guia para profissionais Oe ee aca Sete re eure) Gore oc acres ene ee Oe er RC Se PRE ee Coo Peco teem iceman rs De Ces eo Dene ecg cd ee eo cue cy Dak eg cs eee ka oe seinen i atividades, na maior parte dos dias, que Pe net tees Gye ee ecu ee de apetite. D) Ins6nia e sonoléncia excessiva. Bye eee etic ene ime’ F) Cansaco e falta de energia para realizar Pee au eres Pee et Td Deere kee a rs Arona ace Dees eect Cae Mais bem-estar A psicoterapia é fundamental no tratamento da depressdo e é a responsduel por mudar a forma como a mente trabalha diante das adversidades da vida esmo quando os medica- mentos sao indicados, eles funcionam muito melhor se associados a psicoterapia. Este é 0 tratamento indi pensdvel para qualquer caso de depresso e pode ser realizado tanto com psicdlogo quanto com psiquiatra terapeuta. Existem diversos métodos psicoterapicos disponiveis para aqueles que sofrem com a depressao e cada paciente pode escolher a aborda- gem com a qual mais se identifica - poder do consultar outros profissionais caso nao veja resultados. No entanto, a terapia, ali da a certas atitudes e posturas diante da vida, pode oferecer resultados ainda me- lhores. “Cuidar de si, melhorando.aspe tos importantes como sono, alimentago saudavel e atividades fisicas. Ser gen- til com vocé mesmo e nao se culparse nao fizer algo que planejou, além de experimentar coisas novas e ‘comparti- Ihar experiéncias com as pessoas”, anali- sa a psicéloga Monica Pessanha. objetivo principal da terapia € ofe- recer habilidades e visdo que irdo aju- dara lidar coma depressao por meio de técnicas praticas sobre como reformu- lar o pensamento negativo e empregar ha- _ pelo qual a pessoa se sente de determinada bilidades comportamentais. “O tratamento maneira e quais os gatilhos desencadeiam também pode trabalhar a raiz do distirbio, suas sensac6es”, pontua a psicdloga, A colaborando para a compreensao do motivo profissional ainda acrescenta que, em termos gerais, a terapia se concentra em trés areas: pe relacionamento (familiar e trabalho), definicio — de limite (uma vez "Se * que tentardar”passos maiores que as pemnas’ pode ser um desencade- ~~ ador da depressao) e 0 momento de lidar com os problemas da vida (a maneira coma qual devemos desenvolver maior resiliéncia). “Existem muitos tipos disponi- veis e trés métodos mais comuns utilizados no tratamento, como as terapias cognitivo- -comportamental, interpessoal e psicodina- mica. Muitas vezes, uma abordagem mista mais usada”, esclarece Monica. Tanto os sintomas como as causas ea ma- neira com a qual se enfrenta o distirbio sao particulares, cada um passa por esse perio- do de um jeito especifico, e com as respos- tas ao tratamento nao é diferente. “Alguns individuos sofrem de depressao clinica tem- pordria e tomam medicamentos por até 12 meses. Para outros, é uma batalha ao longo da vida, em que picos da doenca aparecem com o tempo”, assinala Monica. Em muitos casos, 0 tratamento, ministrado por meio de psicoterapias e também de medicacées, mos- tra-se eficaz, e o paciente pode ser conside- rado curado. “A depresso tem cura, mas a pessoa precisa ficar atenta para nao reinci- dir e deslizar de volta'aos habitos sombrios, pois a tendéncia permanece. Toda cura psi- quica 6 um processo de autoconhecimento, a descoberta de objetivos de vida ajuda aanular essa predisposicao”, ressalta Julia. TERAPIAS COMPLEMENTARES Tudo o que puder ser feito para ameni- zar os sintomas da depressao é bem-vindo, inclusive as terapias altemativas, hoje cha- madas de complementares por auxiliarem 05 tratamentos convencionais. Confira algu- mas opsées! + Aarte da meditagao Essa técnica vem sendo cada vez mais usada de forma complementar ao trata- mento médico. "Na meditacao; utilizamos a respiracdo como uma viga mestra. Quando coxigenam-se as células nervosas, ha uma al- teracao no humor quenos faz sair do estado de inércia para uma maior proatividade", ex plica a terapeuta especialista em meditacao Nara Louzada, Por meio desse procedimen- to, é possivel estimular nosso cérebro para transformar a interpretacio de situacdes do dia a dia, “A meditacao atua na parte fron- tal do cérebro, onde se situam a atencao e © foco, além de trabalhar o sistema limbi- co, responsavel pelas questdes emocionais”, descreve Nara. + Técnica oriental Outra opcao que surge para auxiiar quem se encontra num quadro depressive é a acu- puntura. De acordo com o acupunturista Ru- benildo Coutinho, ha dois mecanismos por meio dos quais essa pratica pode ser util. "Ha oenergético, que consiste no equilibrio dos canais por onde a energia do corpo trans- corte, € 0 fisiol6gico, que libera substancias analgésicas, anti-inflamatorias, relaxantes musculares, além de ter uma acéo modula- dora sobre as emocées € distirbios como a depressio e a ansiedade, ao estimular a pro- ducdo de horménios como a serotonina e a endorfina', esclarece. Coutinho relata que a técnica empregada inclui estimulos com agu- Ihas ou laser em determinados locais da pele — 0s chamados pontos de acuipuntura — que s2o escolhidos para tratar a depressio. + Ajuda da tecnologia Desde 2012, a estimulacao magnética transcraniana (EMT) é uma técnica apro- de, transtorno do panico, dor crénica, entre outros problemas. Outra ferramenta que pode ajudar pacien- vada pelo Conselho Federal de Medicina ‘tes com depressao e recentemente lancado no para ajudar no tratamento de paciente. Brasil é o Deprexis, um software baseado nos com depressao e que nao apre- principios da terapia comportamental sentam resposta satisfatéria com cognitiva (TCC) e que conduz um did- uso de terapias convencionais. A logo interativo com os pacientes, na EMT é nao invasiva e indolor, tentativa de despertar o pra- realizadacom um objeto = zer de realizar algumas semelhante a um tarefas do dia a dia. capacete acopla- O Deprexis pode ser do a cabeca do utilizado em dispositi- paciente, emitin- vos com acesso a inter- do pulsos magnéti- net, incluindo smartphones, cos de maneira focalizada e tablets. Um estudo publica- no cérebro. As sess6es duram do em novembro de 2017 no 15 minutos em média e 0 objetivo Journal of Affective Disorders é reduzir os sintomas da doenca, po- mostra que o uso de um softwa- dendo inclusive suspender o uso re como ferramenta complementar de medicamentos. O paciente se da psicoterapia pode ser uma opgao mantém acordado e a técnica é promissora para o tratamento da de- segura, sem apresentar efeitos pressao. Assim, o Deprexis nao deve colaterais, além de poder ser substituir o tratamento convencional > usada também no tratamen- (como uso de medicamentos caso ne- to da esquizofrenia, ansieda- io), e sim ser usado como um complemento para acelerar amelho- ra dos sintomas. ad aa nse ames oa os eel Moma he ep tg Sats Ane nte = “me rman UE LSC ep ee eee ere ee marae scan a ‘tenants tae aum natok hoe tanceT rote Ree OMS tet oy fovea coe aisha ee mee is cg tooth cd Rs Confira informagées atualizadas sobre satide e bem-estar, horéscopo, receitas, dicas de moda e beleza e muito mais! alto2<, www.altoastral.com.br

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