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SIMPÓSIO
ABR / /
CIENTÍFICO
2018 BRASIL

1. Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Arquitetura e Urbanismo

A PRODUÇÃO DE Av. Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, Paraná, Brasil,


gabrieldeller@hotmail.com

PRÉDIOS PÚBLICOS PELA 2. Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Arquitetura e Urbanismo


Av. Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, Paraná, Brasil,
aaaalves@uem.br

DIRETORIA DE OBRAS
PÚBLICAS DURANTE RESUMO

O PLANO DE AÇÃO DE
O presente trabalho debruça-se sobre a pioneira produção arquitetônica moderna
efetuada no âmbito do Plano de Ação de Carvalho Pinto (1959 – 1963), considerada
do ponto de vista da infraestruturação do território enquanto parte do processo de

CARVALHO PINTO:
modernização paulista e brasileiro. Focaliza as atividades de inventariamento da
produção de prédios públicos pela DOP – Diretoria de Obras Públicas da Secretaria
de Viação e Obras Públicas do Estado de São Paulo – durante o período citado, a

INVENTARIAMENTO
partir das informações contidas nos exemplares do Diário Oficial do Estado de São
Paulo. Efetua um panorama do Plano de Ação, que enfatiza o papel da arquitetura
moderna no provimento dos equipamentos públicos destinados a serviços de

DE PRÉDIOS A PARTIR
educação, justiça e saúde, no setor do plano dedicado à Melhoria das Condições
do Homem; apresenta levantamentos de dados de exemplares construídos a partir
de notícias, concorrências e contratos de execução de obras publicados no DOSP;

DO DIÁRIO OFICIAL DO
identifica a autoria de projetos contratados junto a arquitetos atuantes na iniciativa
privada pela DOP nos dois primeiros anos do Plano de Ação, dentre os quais Ramos
de Azevedo, João Carlos Bross, Oswaldo Corrêa Gonçalves, Christiano Stockler das

ESTADO DE SÃO PAULO


Neves, Rino Levi. O estudo, ao identificar e reconhecer esse patrimônio arquitetônico
contribui para subsidiar os processos de proteção como tombamento pelos
Conselhos de Defesa de Patrimônio Arquitetônico Estadual e Municipal e, também,
para estruturar atividades de educação patrimonial.
AGUIAR, GABRIEL D.; ALVES, ANDRÉ A. A.

Palavras-chave: arquitetura moderna; Plano de Ação; DOP; São Paulo; Carvalho Pinto

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imprecisões destes dados, bem como permitirá o dimensionamento de pesquisas


Introdução futuras.

O Plano de Ação (1959-1962) de Carvalho Pinto, governador do estado de São Pau-


lo, foi um conjunto de diretrizes organizados com objetivo de promover o desen-
A Diretoria de Obras Públicas e o Plano de Ação
volvimento do referido estado, de forma integrada e planejada. Ele estrutura-se
O ato de planejamento das ações do governo foi uma decisão que Carvalho Pinto
em três setores: 1) infraestrutura, 2) expansão agrícola e industrial – com o finan-
tomou a fim de harmonizar e equilibrar o funcionamento da máquina pública, de
ciamento da indústria de base e a constituição de uma rede de fomento agrícola
modo que funcione em seu conjunto de modo otimizado, em favor dos objetivos
– e 3) investimentos para a melhoria das condições do homem – educação, cultura
previstos.
e pesquisa, justiça e segurança pública, saúde pública e sistemas de água e esgoto
– inserindo a dimensão do desenvolvimento humano no planejamento estatal da Em contraponto à ideia de documento estático, não adequado ao dinamismo e
época (São Paulo (Estado), 1959). Neste sentido, tal iniciativa constitui experiência imprevisibilidade dos acontecimentos nos diversos setores do estado durante os
emblemática de planejamento estatal da passagem das décadas de 1950 e 1960. 4 anos, o governador tinha por ideia um processo de planejamento permanen-
De caráter desenvolvimentista, revela-se marcante no que se refere à infraestru- te, sendo acompanhado em sua execução e sendo periodicamente revisto. Para
turação do território paulista, resultando em vasto acervo edificado de caráter tanto, se serviu de uma Equipe Técnica, formada por especialistas que mediavam
moderno. e coordenavam ações de modo direto com as secretarias, que era subordinada
ao Grupo de Planejamento, formado por personagens notáveis da administração
Este trabalho se debruça sobre o setor da produção do Plano de Ação constituído
pública e Universidade:
pelo acervo da Diretoria de Obras Públicas – DOP, em termos de seu inventaria-
mento a partir das informações contidas nos exemplares do Diário Oficial do Esta- Carvalho Pinto reunia-se, quando possível, aos sábados de manhã com
do de São Paulo publicados no período da gestão deste governador. Tal produção a Equipe Técnica, quando eram avaliados os relatórios mensais de
é abordada do ponto de vista da infraestruturação do território enquanto parte do atividades e tomadas as medidas pertinentes, através de memorandos
processo de modernização paulista e brasileiro, conforme Segawa (1988, 1999) e redigidos em papel amarelo, exclusivo do governador (ALVES, 2008,
p.90).
Lamparelli, Camargo e George (1997).

As formulações dos grupos específicos subordinados diretamente ao governador


Para além de seu ineditismo, o inventário gerado, soma-se a levantamentos ante-
evitava que a atividade de planejamento se afastasse da realidade administrativa
riores – em muitos casos focados na produção promovida pelo Ipesp (Alves, 2008,
e que o poder executivo se afastasse da fidelidade às definições do plano.
2011) – contribuindo para a construção, futuramente, de uma visão mais global
das iniciativas de produção de prédios públicos pelo governo do Estado, que as
Esta inserção do funcionalismo público e da totalidade da máquina administrativa
coloque sob uma nova lente, a dos contatos e imbricações da atuação de difer-
no processo de planejamento, é considerada pelos planejadores como um dos
entes organismos estatais na produção de diferentes. A execução deste inventar-
elementos que asseguraram o sucesso do Plano de Ação, e o tornou singular, dif-
iamento também possibilitará, futuramente, o cruzamento de dados colhidos em
erenciando-o de outras iniciativas, como o Plano de Metas de Juscelino Kubistchek
diferentes bases documentais, visando o preenchimento de lacunas e correção de

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(ALVES, 2017). Este fato foi exposto por Plinio de Arruda Sampaio, vice-chefe da Contabilidade, contando como repartições anexas a Repartição de Águas e Esgo-
Casa Civil no governo Carvalho Pinto, em entrevista a Marcucci (s.d., p. 181): tos da Capital, Repartição de Saneamento de Santos, as Comissões de Obras de
Abastecimento de Águas e Esgotos e Saneamento e as ferrovias de propriedade
Todos esses intentos foram parciais, abrangendo setores da economia, do Estado (ALVES,2017). Esta é a configuração a que se depara o Brigadeiro Faria
regiões territoriais ou áreas de administração. O primeiro plano a
Lima, chefe da Secretaria de Viação e Obras Públicas durante a gestão do gover-
abranger toda a ação administrativa foi o Plano de Ação. Daí seu
nador Carvalho Pinto, e que persiste até o início da gestão de Adhemar de Barros
pioneirismo.
(1963 – 1966).

A DOP insere-se de modo peculiar nessa iniciativa planejadora. Sua grande


Durante sua existência [a DOP] foi subordinado a Secretarias distintas.
tradição, tem origem no projeto modernizador da elite cafeicultora paulista, quan-
Ao longo do tempo foi transformado em Divisão de Obras e Projetos
do em 1889, logo após a Proclamação da República, reorganiza o aparato admin- e no primeiro governo Laudo Natel (1966/1967) foi transformada
istrativo, e é criada, pelo engenheiro Paula Souza, a Superintendência de Obras em departamento, com personalidade jurídica própria, denominado
Públicas, reunindo competências antes dispersas na estrutura governamental. Em Departamento de Edifícios e Obras Públicas da Secretaria de Estado
1891 a SOP foi incorporada à importante Secretaria de Agricultura, Comércio e dos Negócios dos Serviços de Obras Públicas tornando-se autarquia
Obras Públicas, uma espécie de “supersecretaria”, objetivava condensar a totali- através da Lei Estadual nº 9.296 de 14/4/1966. O DOP, sigla pela qual
é conhecido e registrado em documentos e peças gráficas, foi extinto
dade das atividades voltadas à infraestruturação do território em suas interfaces
em 1991 pelo governador Orestes Quércia (1987/1991), através da
agrárias e urbanas, e que contrasta com a situação de desprezo embutida na visão
Lei Estadual nº 7.394 de 8/7/1991 que autoriza a transformação
que diagnostica, em fins da década de 1950, a “falência” dos organismos estatais do Departamento de Edifícios e Obras Públicas - DOP na empresa
de planejamento, ou a viciação e engessamento de estruturas burocráticas. Companhia Paulista de Obras e Serviços – CPOS e a dissolução da
CONESP. (ArtArqBr, 2014, p.25)
Já em 1907 Campo Botelho reorganiza a secretaria e estabelece cinco diretorias:
Diretoria de Agricultura; Diretoria de Indústria e Comércio; Diretoria de Terras, A Diretoria de Obras Públicas foi, assim, tanto pela sua importância quanto pela
Colonização e Imigração; Diretoria de Viação, além da Diretoria Geral. A estas, so- necessidade, um dos únicos, senão o único, setor da administração em que se fa-
mam-se a Diretoria de Estradas de Rodagem, a Diretoria de Publicidade, a Direto- zia pertinente a realização de uma reforma administrativa. (ALVES, 2017). Esta re-
ria de Contabilidade e a Diretoria de Expediente, criadas em 1926. (ALVES,2017) organização e modernização da DOP é explicitada por Francisco Whitaker Ferreira,
membro da Equipe Técnica do Plano de Ação responsável pelo acompanhamento
Em sua origem, a DOP é composta pela Seção de Arquitetura e a Seção de Estradas do plano no âmbito da DOP, em entrevista ao Grupo de Pesquisa Arte e Arquitetu-
e Pontes, a primeira organizava projetos e orçamentos para obras públicas, além ra, Brasil – Diálogos na Cidade Moderna e Contemporânea:
de realizar estudos de tipos a serem adotados por elas e realizar o registro de edi-
ficações pelo estado. Em 1927 a “supersecretaria” é desmembrada, dando origem O DOP trabalhava com procedimentos antigos tinha setores separados
a Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio e à Secretaria da Viação e Obras para arquitetura, hidráulica, elétrica, etc. Quando entrava um projeto
cada setor desenvolvia isoladamente sua tarefa e ficava circulando entre
Públicas. Esta, é composta pela Diretoria Geral, Diretoria de Viação, Diretoria de
eles separadamente, sem noção de conjunto perdendo muito tempo
Obras Públicas, Diretoria de Estradas de Rodagem e Diretoria de Expediente e no projeto. Então veio a ideia, por influência do padre Lebret que tinha

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ideias de interdisciplinaridade, do DOP fazer ateliês para desenvolver Transparece, assim, a distância entre os dois universos em tela; um que se apoia
o trabalho completo. Quer dizer nos ateliês, que tinham outro nome na arquitetura enquanto instrumento de construção da identidade e expressão
na época, tinha o arquiteto, o hidráulico, todos os técnicos das do desenvolvimento nacional, outro que parece voltar-se à eficiência e raciona-
diversas fases da obra. Eles pegavam o projeto e tinham que resolver
lidade supostamente preconizada por esta arquitetura. Nesse sentido, a notícia
integralmente. (ArtArqBr, 2014, p.47)
publicada no DOSP de 19/01/1960, é reveladora: através de um memorando des-
tinado aos secretários, o governador Carvalho Pinto orienta que as realizações
Além das mudanças no modo de trabalhar da DOP, o governo criou novos cargos
do Plano de Ação se abstenham de todo requinte supérfluo e sejam austeras,
“considerados imprescindíveis ao novo estágio de funcionamento do órgão”, (São
eficientes e funcionais:
Paulo, 1961, p.2) extinguiu funções gratificadas, e contratou novos profissionais
para seu quadro técnico. Outra prática promovida pela Diretoria durante o pla-
Srs. Secretário: A propósito das construções a serem levadas a efeito
no, e que pode ser observada através do levantamento de dados publicados nos na conformidade do Plano de Ação do Governo, renovo as minhas
DOSP, foi a contratação de projetos arquitetônicos junto a iniciativa privada para determinações no sentido de não se admitir qualquer luxo ou obras
equipamentos de diferentes tipos e portes, destacando-se os projetos de grupos supérfluas, devendo os projetos se pautar em critérios de austeridade e
escolares – prática está até agora associada apenas ao Ipesp (ALVES, 2017). funcionalidade (São Paulo, 1960, p.1).

A arquitetura produzida pela DOP Tem-se, assim, na historiografia, a oposição entre a produção da DOP, um es-
critório de projetos público, elaborada por arquitetos do funcionalismo, baseada
Ao longo dos anos, a DOP produziu uma grande variedade de edifícios e infraestru- na concepção e aplicação de projetos padronizados e desprovida dos atributos
turas públicas, como escolas, hospitais, delegacias, pontes. A arquitetura deste plásticos da arquitetura moderna brasileira, e a produção promovida pelo Ipesp
departamento era bastante variada, englobando manifestações ecléticas e neoco- junto a escritórios privados de arquitetura, que elaboram projetos de prédios pú-
lonial, de modo pragmático, de acordo com as características de cada empreen- blicos caso a caso, a partir de discussões realizadas no IAB/SP, em que Artigas
dimento ou setor de produção, como porte, localização – na capital em processo defende o significado cultural da arquitetura nacional.
de industrialização ou nas áreas mais longínquas do interior – porte e programa
Diante desse quadro, efetuou-se levantamento de dados relativos aos prédios
– desde espaços de uso cotidiano da população até os prédios mais representati-
públicos produzidos Diretoria de Obras Públicas no Plano de Ação nos exem-
vos do governo. As raízes de tal pragmatismo residem no caráter do projeto mod-
plares do DOSP publicados durante o mandato de Carvalho Pinto, de 31/01/1959
ernizador implementado pela elite cafeicultora paulista desde a República Velha
a 31/01/963. Os dados foram sistematizados em planilhas dedicadas a contratos
– época da criação da DOP –, marcando a inserção da arquitetura moderna nessa
assinados, concorrências públicas abertas e notícias sobre o Plano de Ação em
diretoria e sua produção, no que tange a referências, abordagens, processos e
geral ou sobre a atuação da Secretaria de Agricultura, publicadas nas primeiras
modos de incorporação. Esses são, por isso, bastante diversos daqueles difun-
páginas de cada Diário. Ao todo, foram levantados e registrados 441 contratos,
didos em geral pela historiografia da arquitetura moderna brasileira, calcada na
682 concorrências e 350 notícias nos Diários Oficiais do Estado de São Paulo entre
atuação de arquitetos como Lucio Costa e Niemeyer no Mesp, após a Revolução de
1959 e janeiro de1963.
1930 – eventos, personagens e lugares alheios, senão opostos ao referido projeto.

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Do total de contratos, 402 se referem a construção de obras, e são assinados junto 09/10/60 28/09/60 Arq. João Carlos Elaboração de um projeto completo Sorocaba 1.200.000,0
a firmas de engenharia e empresas construtoras privadas, se destacando a Firma Bross destinado ao Hospital para Tuberculosos
09/10/60 01/10/60 Arq. Oswaldo Elaboração de um projeto completo São Paulo540.000,00
Engenharia e Construções Barker Ltda. e Firma Albuquerque e Takaoka Ltda., com C.Gonçalves destinado ao Biotério e Laboratório de
26 e 21 contratos assinados respectivamente. A grande maioria das obras des- Pesquisas do Instituto Butãtã
05/01/61 30/12/60 Firma Esc. Elaboração de um Projeto para a Avaré 2.000.000,0
tas duas empresas referem-se a pontes municipais, sendo elas responsáveis pela
Téc. Ramos Penitenciária de Avaré
execução de 54 obras do tipo. É preciso salientar que em alguns casos um único Azevedo Eng.
documento contratual se refere a construção de 2 ou mais obras, desta forma, Arq. - Construções
da totalidade de contratos publicados nos exemplares do DOSP, 215 se referem a Severo e Villares
S.A.
pontes municipais, 56 a grupos escolares, 16 a ginásios estaduais, 70 a delegacias 28/01/61 26/01/61 Mauricio Nogueira Elaboração de Projeto destinado a São Paulo360.000,00
e penitenciárias, 17 a hospitais e unidades de saúde, e 83 a obras de menor porte, Lima Construção do Colégio Estadual Vila
como serviços complementares e anexos. O grande número referente à con- Pompéia. Tipo II
28/01/61 26/01/61 Aroldo Grosteia Elaboração de Projeto destinado a São Paulo264.000,00
strução de pontes reflete a importância dada, pelo Plano de Ação, ao programa Construção do Grupo Escolar Clemente
de pontes municipais. A DOP ficou responsável pela execução destas obras de in- Quaglio. Tipo II
01/02/61 27/01/61 Mauricio Santos Elaboração de Projeto destinado à São Paulo264.000,00
fraestrutura, que se complementam a outros investimentos do governo no plano Cruz Construção do Grupo Escolar Alvares de
rodoviário e na Secretaria da Agricultura, para possibilitar um rápido escoamento Azevedo - Tipo II
01/02/61 28/01/61 David A. B. Ottoni Elaboração de Projeto destinado à São Paulo122.000,00
da produção, um transporte de mercadorias mais rápido e econômico e, conse-
Construção do Grupo Escolar Estrada
quentemente, a baixa nos preços das mercadorias relacionadas a alimentação, Conceição - Tipo I
contribuindo desta forma na melhoria das condições de vida da população. 01/02/61 30/01/61 Álvaro P. N. Elaboração de Projeto destinado à São Paulo360.000,00
Gabriele Construção do Colégio Estadual de Vila
Anastásia - Tipo II
Outros 39 registros referem-se a projetos de prédios públicos contratados pela 01/02/61 31/01/61 Ubaldo Carpielani Elaboração de Projeto destinado à São Paulo350.000,00
DOP a arquitetos da iniciativa privada explicitados na tabela a seguir. Construção do Colégio Estadual do
Carandirú
08/02/61 06/02/61 Zilah T. C. Elaboração de Projeto destinado à São 208.000,00
Tabela de arquitetos contratados pela DOP durante o Plano de Ação (1959-1962) Tambasco Construção do Grupo Escolar da Cidade Mateus
de São Mateus - Tipo II
A B C D E F G 08/02/61 31/01/61 R. M. Arquitetos Elaboração de Projeto destinado à São Paulo122.400,00
Ltda. Construção do Grupo Escolar de
05/07/60 01/07/60 Renato Pistelli Construção de Prédio do Grupo Escolar Bragança 3.975.072,70 7 Aeroporto - Tipo I
do Bairro do Taboão Paulista meses 08/02/61 06/02/61 Renato Luiz M. Elaboração de Projeto destinado à São Paulo360.000,00
26/08/60 16/08/60 Firma Esc. Construção de Prédio da Secretaria da São Paulo Nunes Construção do Colégio Estadual de Vila
Téc. Ramos Justiça e Tribunal de Contas Esperança - Tipo I
Azevedo Eng. 18 08/02/61 06/02/61 Jaime Veloso de Elaboração de Projeto destinado à São Paulo264.000,00
Arq. - Construções meses Castro Filho Construção do Grupo Escolar Jardim
Severo e Villares Popular - Tipo III
S.A. 08/02/61 06/02/61 José Eduardo M. Elaboração de Projeto destinado à São Paulo264.000,00
09/10/60 31/10/60 Dr. Christiano S. Elaboração de um projeto completo para Botucatu 2.590.000,00 de Mendonça Construção do Grupo Escolar Carlos
x
das Neves o Hospital Psiquiátrico de Botucatu Gomes - Tipo III

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08/02/61 06/02/61 José Pinto Elaboração de Projeto destinado à São Paulo187.200,00 17/05/61 09/05/61 João Francisco Elaboração de Projeto destinado à 104.400,00
30
Construção do Grupo Escolar de Vila dias
P.de Andrade Construção da Unidade Sanitária de
Iório - Tipo II Americana
08/02/61 06/02/61 Léo Ribeiro de Elaboração de Projeto destinado à São Paulo360.000,00 11/07/61 04/07/61 Jaime Veloso de Elaboração de Projeto Destinado à São Paulo307.500,00
30
Morais Construção do Colégio Estadual de dias
Castro Filho Construção do Prédio do Ginásio
Mo...(ilegivel) - Tipo II Estadual e Escola Normal do Pacaembu
08/02/61 31/01/61 Carlos de Almeida Elaboração de Projeto destinado à São Paulo264.000,00 18/07/61 14/07/61 Léo Ribeiro de Elaboração de Projeto Destinado à Santos 600.000,00
30
Vidal Construção do Grupo Escolar José dias
Morais Construção do Prédio do Hospital
Talavico - Tipo III Guilherme Álvaro
08/02/61 01/02/61 Cesar L. Pines de Elaboração de Projeto destinado à São Paulo264.000,00 25/07/61 20/07/61 Clovis Felipe Olga Elaboração de Projeto Destinado à São Paulo500.000,00
30
Mello Construção do Grupo Escolar Jardim dias
Construção do Prédio do Conservatório
Penha - Tipo III Dramático e Musical de Tatuí
22/02/61 15/02/61 Walter Saraiva K. Elaboração de Projeto destinado à São Paulo360.000,00 10/08/61 04/08/61 Arq. Hildebrando Construção do Prédio da Garagem da São Paulo3.757.922,0
30
Construção do Colégio estadual de Vila dias
Cuschnir Utchitel Secretária da Saúde no Jabaquara
Madalena - Tipo II 10/08/61 04/08/61 Hildebrando C. Construção do Prédio e Serviços São Paulo7.665.171,9
22/02/61 15/02/61 Renato Alessandri Elaboração de Projeto destinado à São João 360.000,00 Utchitel Complementares do Pavilhão de
30
Construção do Colégio estadual de São Climaco dias Recolhimento provisório de Menores
João Climaco - Tipo II 02/06/62 28/05/62 Rino Levi Elaboração dos Estudos Referentes ao 950.000,00
22/02/61 15/02/61 João Clodomiro B. Elaboração de Projeto destinado à São Paulo264.000,00 Hospital Psiquiátrico de Araraquara
30
Construção do Grupo Escolar Maria 19/12/62 17/12/62 Arq. Antonio Elaboração de Projeto Arquitetônico Taubaté 960.000,00
dias
Augusta - Tipo III Walter Viana de para Construção do Prédio destinado a
22/02/61 15/02/61 Adolpho Drogherri Elaboração de Projeto destinado à São Paulo360.000,00 Paula Venturini Unidade Polivalente de Taubaté
30
Construção do Colégio estadual da dias
Casa Verde - Tipo III Legenda: A: Data do DOSP em que foi publicado o contrato; B: Data de assinatura do contrato;
25/02/61 23/02/61 Roberto Tibau Elaboração de Projeto destinado à Osasco 208.000,00
30 C: Contratante responsável pelo projeto; D: Caracterização do projeto, E: Local de construção, F:
Construção do 2º Grupo Escolar de dias Valor do contrato em Cruzeiros, G: Prazo estipulado para execução das obras.
Osasco - Tipo II
11/04/61 06/03/61 Jorge Zalszupin Elaboração de Projeto destinado á São Paulo122.400,00
30
Construção do Grupo Escolar Vila dias Os dados levantados revelam a contratação de arquitetos ecléticos como Christia-
Souza. Tipo I
11/04/61 27/03/61 Oswaldo C. Elaboração de Projeto destinado á São Paulo208.000,00 no Stocker das Neves, Ramos de Azevedo e Severo e Villares, junto a uma maioria
30
Gonçalves Construção do Grupo Escolar Vila Brasil. dias de arquitetos modernos, de diferentes gerações de profissionais.
Tipo I
16/05/61 10/05/61 R. M . Arquitetos Elaboração de Projeto destinado à São Paulo450.000,00
30 Dos projetos levantados, com contratos assinados por arquitetos, se destaca o ed-
Ltda. Construção do Ginásio Estadual do dias
Imirim ifício do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (1960). O DOSP de 26/08/1960,
16/05/61 10/05/61 Léo Ribeiro de Elaboração de Projeto destinado à Bananal 180.000,00
30 publicou o contrato de projeto e execução da obra, assinado 10 dias antes no
Morais Construção do Ginásio Estadual de dias
Bananal valor de Cr$ 175.000.000,00. Este contrato foi assinado junto a Firma Escritório
16/05/61 10/05/61 Arq. João C. de Elaboração de Projeto destinado à São Paulo300.000,00 Técnico Ramos Azevedo Engenharia, Arquitetura - Construções Severo e Villares
30
Abreu Construção do Grupo Escolar Chácara dias S.A., porém o projeto do escritório citado não foi construído, mas sim o de Anto-
do Belenzinho
nio Melchor, arquiteto formado pela Universidade de São Paulo e funcionário da

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DOP naquele momento, cujo projeto para o Tribunal está disponível no Acervo da
Companhia Paulista de Obras e Serviços – CPOS.

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que não corresponde ao construído. Escritório Técnico
Ramos de Azevedo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Arquiteto Antonio Melchor (DOP) - 1960
Fonte: Grupo de Pesquisa Arte e Arquitetura, Brasil – diálogos na cidade moderna e Fonte: Acervo CPOS.
contemporânea. Relatório das Atividades, p.64

O edifício construído reflete a abordagem modernista ”austera e funcional”, pre-


conizada por Carvalho Pinto no início de sua atuação. Sendo assim, o programa de
necessidades e os fluxos, são tratados de modo rigoroso e pragmático, e o volume
de forma prismática e fachadas sóbrias, é trabalhado de acordo com o uso interno
dos espaços. (ALVES,2017) A justaposição de tal projeto com o edifício lindeiro,
pertencente a Secretaria da Fazenda, e de feições ecléticas com elementos histor-
icistas e tradicionalistas, é sintomática da evolução da arquitetura promovida pela
DOP desde sua origem.

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Outra obra que merece destaque dentre as publicadas no DOSP durante o perío-
do, é a da Penitenciária de Avaré, com contrato de construção assinado no valor Conclusão
de Cr$ 524.034.115,00, o maior de todos os quatro anos de mandato de Carval-
Ao longo da pesquisa percebeu-se que os contratos, concorrências e notícias pub-
ho Pinto. A atividade de construção ficaria a cargo da “Firma Consispa Constru-
licadas no DOSP não esgotam a ampla ação do Plano de Ação idealizado por Car-
tora de Imóveis S. Paulo”, já a elaboração do projeto coube também a “Firma Es-
valho Pinto, mas constituem-se fontes fundamentais na formulação de uma base
critório Técnico Ramos Azevedo Engenharia, Arquitetura - Construções Severo e
documental e na apreensão da ação governamental como um todo. É preciso res-
Villares S.A.”, como mostra o contrato assinado em 30/12/1960, e publicado dia
saltar que nem todos os contratos assinados na secretaria foram publicados no
05/01/1961 no DOSP. A penitenciária de Avaré, se soma a outros prédios do tipo,
DOSP, sendo que há muitos prédios que nele não constam, mas são registrados
como a penitenciária de Presidente Wenceslau, e muitas delegacias, na tentativa
nas mensagens enviadas pelo governador anualmente à Assembleia Legislativa.
do governo de solucionar o problema carcerário, “encarado de frente pelo gover-
O mesmo ocorre com alguns projetos levantados diretamente no acervo da CPOS.
no”. (São Paulo, 1959)

Os resultados alcançados, antes de esgotarem o tema, encerram uma etapa da


pesquisa fortemente calcada no conhecimento de seu objeto. Tais resultados tam-
bém revelam como este balizamento teórico desdobra-se em uma série de prob-
lemáticas que vão desde a ocupação e infraestruturação do território paulista e as
relações mais amplas entre arquitetura e sociedade.

Assim, o estudo, ao identificar e reconhecer esse patrimônio arquitetônico con-


tribui para subsidiar os processos de proteção como tombamento pelos Consel-
hos de Defesa de Patrimônio Arquitetônico Estadual e Municipal e, também, para
estruturar atividades de educação patrimonial.

Penitenciária de Avaré
Fonte: Google Maps

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27 — 28 BELO HORIZONTE
SIMPÓSIO
ABR / /
CIENTÍFICO
2018 BRASIL

SAO PAULO (ESTADO). GOVERNO DO ESTADO. Mensagem apresentada pelo gover-


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6052 6053
27 — 28 BELO HORIZONTE
SIMPÓSIO
ABR / /
CIENTÍFICO
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