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PNRS

O tempo passou e já foram 4 anos desde a publicação da LEI Nº 12.305, DE 2 DE


AGOSTO DE 2010 que instituiu a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos. Se
remontarmos ao passado na verdade verificaremos que as “teorias” acerca deste
assunto são antigas e que o meio ambiente, conforme define a nossa Constituição
Federal está longe demais da nossa realidade.

A problemática agora não envolve mais a falta de um dispositivo legal sobre o


assunto, e sim mais uma vez da inércia de um sistema que sempre aguarda findar os
prazos para pedir mais tempo para implementar ações previstas há muito tempo, num
cenário que já não permite qualquer adiamento. São vários aspectos que devem ser
combinados para que esta “engrenagem” gire - vontade política, capacidade técnica e
recursos financeiros são alguns dos fatores que impedem a implantação da Política
Nacional de Resíduos Sólidos.

Prazo para a
elaboração do Plano
Lei nº 8.666 Lei nº 11.079
Municipal de Gestão
Licitações e Parceria
Interada de RS
contratos Pública-Privada
Lei nº 12.305 (PNRS)
PNRS

Lei complementar
nº 101 Lei nº 11.445 Plítica Prazo para
Constituição Responsabilidade Nacional de encerramento de
Federal Fiscal Saneamento lixões (PNRS)

Out/1988 Jun/1993 Maio/2000 Dez/2004 Jan/2007 02/08/2010 02/08/2012 02/08/2014

Fonte: Guia de orientação para adequação dos Municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - 2011 PricewaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda

O Brasil possui 2.906 lixões em 2.810 municípios segundo estudo Diagnóstico dos
Resíduos Sólidos Urbanos, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea) em
2012. Ainda segundo a ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e
Ambiental, dados de 2012 apontam que 42 % da massa de resíduos ainda têm
disposição inadequada, o que equivale a mais de 60% dos municípios brasileiros.
Dentre estes oito capitais ainda destinam seus resíduos de forma inadequada: Belém,
Manaus, Macapá, Porto Velho, Campo Grande, São Luis, Aracajú e Brasília.

Se analisarmos a situação atual veremos que com o fim do prazo estabelecido na


legislação, parte dos municípios sequer estabeleceu os seus Planos de Gestão de
Resíduos e estima-se que em torno de 80% dos 5.565 municípios do país não vão
cumprir o compromisso estabelecido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) de extinguir seus lixões.

Por outro lado enquanto a logística reversa já funciona para embalagens de


agrotóxicos e óleo lubrificante usado, vemos que existe muito a ser definido em
outros setores, como é o caso das embalagens em geral e eletroeletrônicos. Ainda de
acordo com dados publicados pelo Instituto Ethos a maioria da empresas consultadas
não participa de acordos setoriais para discussão da logística reversa, item
importantíssimo e previsto na PNRS.

Participa de acordo setorial de


logística reserva exigido pela PNRS

50%
Não participa 70,8%
60,9%

31,8%
Embalagens 12,5%
21,7%

18,2%
Produtos eletrônicos
12,5%
e seus componentes 15,2%

4,5%
Lâmpadas fluorecentes de vapo de 25%
sódio e mercúrio e de luz mista 15,2%

13,6%
Pilhas e baterias 4,2%
8,7%

4,5%
Pneus 8,3%
6,5%

Óleos lubrificantes, seus 4,5%


0%
resíduos e embalagens 2,2% Obs: Respostas múltiplas

Indústria Comércio e Serviços Total

Fonte: Política Nacional de Resíduos Sólidos – Desafios e Oportunidades para as Empresas – Instituto Ethos - São Paulo, agosto de 2012

Frente a esta situação podemos imaginar que vamos observar um cenário político
semelhante ao que ocorreu quando da revisão do nosso Código Florestal, onde muito
se arrastou em discussões para poucos resultados práticos e que um tema tão impor-
tante será mais uma vez usado como escudo ou lança nas próximas eleições.

O que não pensaram é que desta vez talvez não vai dar para depositar os resíduos
embaixo do tapete.

Marcelo De Souza – Engenheiro Ambiental – Consultor, Auditor E Gerente Regional Da Verde Ghaia Filial - Sp

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