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> Mc | 9° Aula Prof. Bernardo Loeb Fullne a3 ~ dc lie de ‘ende Wre, Defeitos Lineares A deformagdo pldstica ou permanente de um cristal pode ocorrer pelo destocamento de planos de atomos em relago aos planos paralelos adjacentes. Em principio © deslocamento de um plano deve ocorrer por meio do movimento simultineo ‘cooperativo de todos os éiomos (do plano que esta deslizando), de uma posigto atdmica de equillbrio pura a posigio vizinka, conforme figura abaixo: sox PT Bean es A tensio de cizalhamento neceSsario para 0 processo da figura acima foi calculado por J, Frenkel em 1926. A anflise de Frenkel leva a uma tensfo tedriva cizalhante maxima: 6 = bla. G/2n, onde G é 0 médulo de cizalhamento sendo b=a, entéo b/a = I, ¢ teremos que: o=Gix(1) © como G = 80,650 Nii para o ferro puro, toremos eptio substituinde o valor de G na(l), g = 80,650/2n = 12.836 Nima altissima para o ferro puro, que ndo é um material to duro. : : <3 4 Através dos ensaios priticos, constatou-se que 0 valor era 10" a 10” menor que 0 valor dado por Frenkel. A conclusaic inevitavel da comparagio do vator da tensi calculada por Frenkel, com os valores medidos experimentalmonte, ¢ que o modelo da deformagto considerado por Frenkel, nfo refletia 0 comportamento dos eristais reais, 1s80 Por exemplo, os cristais reais contém defeitos que reduzem a sua resisténcia, Ja em 1921 o inglés A. A. J. Griffith havia postulado a presenga de fissuras microscopicas para justificar a baixa resisténcia mecénica dos sdlidos frageis (sdlidos que pouco se deformam plasticamente, como os vidros. As microfissuras postuladas por Griffith, podem ser observadas facilmente nos vidros, mas sao raras nos cristais metalicos. Em 1934. E. Orowan ¢ M. Polanyi ¢ G. I. Taylor propuseram em trabalhos independentes, a existéncia de um defeito cristalino denominado em portugués por discordancia ou deslocagao. Usaremos preferencialmente o termo discordancia, © coneeito de discordancia, na verdade o de discordancia em cunha, pode justificar a discrepancia entre 0 valor calculado para as tensdes e as medidas no sélido cristalino, O conceito de discordancia em hélice, que seré apresentado adiante, foi introduzido em 1939 por J. M. Burgers junto com os conceitos de vetor e circuito de Burgers. A discordancia é a fronteira entre a parte do cristal que deslizou e a parte do cristal que ainda nao deslizou, conforme figura abaixo, phafoetAgertabeige, ¢ cla nao pode terminar no interior do cristal plano extra regio cizalhada do plano de escorregamento ABCD — plano de escorregamento da discordancia em cunha DCEF ~ deformagio do cristal Agora podemos dizer que a deformagao plastica ocorre pelo movimento da discordancia “varrendo” os planos de escorregamento. O movimento das discordancias envolve o rearranjo de apenas alguns étomos ao seu redor e nao mais 0 movimento simultineo © cooperative de todos os étomos de um plano cristalino, como supunha Frenkel Os planos de escorregamento onde as discordancias se movimentam sio nonualmente aqueles de maior densidade atdmica. A movimentagae atomic ao redor de uma discordancia em cunha ¢ mostrado na figura abaixo Figura 9.3 (livro do prof. Padilha) Temos 0 movimento da discordancia (a) e (b), 0 movimento atémico perto da discordancia em cunha durante a deformagao, Intuitivamente é evidente que a deformagao plastica causada pela movimentagao de uma discordancia exige uma tens&o muito menor que a necessaria para movimentar um plano de atomos como um todo. £ muito freqiente fazer-se a analogia do tapete da lagarta, para justificar 0 movimento facilitado pela presenga de discordancias O céleulo da tensao necessaria para movimentar uma discordancia foi feito pela 1° vez por R. E. Peierls em 1940, sendo que estes cdlculos foram corrigidos ¢ refeitos em 1947 por F. R. N. Nabarro. A chamada forga (tensdo) de Peierls-Nabarro é dada pela formula: o =2G/l-vexp. (-2na/b(1-¥)) ¥= constante elistica do material, denominada de imédulo de Poisson. G ~ méduio de cizaihamento Tomando-se g valor de v = 0,291 © supondo-se a= b, e para_o ferro puro onde G = 80.650 Ninn’, a expressao acima daria o valor de 32,2 N/mii , valor este bem mais proximo do valor medido nos ensaios praticos, do que o de Frenkel de 12.836 N/mm Nas década(fe 1930, 1940 ¢ 1950 a teoria da discordancia foi desenvolvida sem que 6s cientistas pudessem observa-las dirctamente, pois nesta época tinhamos apenas 0 microscépio ético onde o aumento maximo é de 3.000 X. Em 1949 R. D. Heidenreich observou pela i* vez, utilizando a microscopia eletronica de transmissao, discordancias e arranjos de discordancias (contomos de sub-er40s) em laminas finas de Al Nas décadas de 1950 e 1960, as principais previsdes da teoria das discordancias foram confirmadas com a microscopia eletrénica da transmissao Hist6rico da Microscopia 1) Microseépios dticos - aumentos de 50 a 3000 X 2) Microscépios eletronicos de varredura ~ aumento de 5 a 50.000 x 3) Microscépios eletrénicos de transmissaio — aumento de 5.000 a 300.000 X 4) Microscépio eletrénico de campo iénico - aumento até 1.060.000 5) Microscépio de tunelamento i6nico — aumento até 300.000.000 X Se a deformag4o plastica ¢ enormemente facilitada pelo movimento das discordancias, duas possibilidades decorrem imediatamente, para aumentar a resisténcia mecanica de um material 1) reduzir drasticamente a densidade de discordancias do material, se pe climinando-as. 2) Dificultando a movimentagao das discordancias eh As duas possibilidades foram concretizadas experimentalmente. A primeira altemativa foi coneretizada pela obtengio de cristais filamentares denominados de “whiskers”. © néimero de discordaneias nestes cristais é muito baixa, sendo que em alguns casos elas esto praticamente ausentes. Em 1952 Herring e Galt, pesquisadores nos E.E.U.U., determinaram a resisténcia mecdnica de whiskers. de Sn O valor medido era proximo do valor calculado pela teoria de Frenkel Estes cristais tem,conforme esperado, resisténcias mecdnicas muito altas.Por exemplo, j4 foram obtidos whiskers de ferro de orientagao (1 I I) e com limite de escoamento de 12.000 N/mm: Para ter resisténcias mecdnicas muito maior que os materiais convencionais, estes whiskers tem didmetro menor que 10 microns. O comprimento maximo dos whiskers também é bastante limitado. Estas restrigses dificultam extraordinariamente a utilizago dos whiskers como materiais estruturais.Para concretizar a segunda alternativa e dificultar 0 movimento das discordancias, varios tipos de obstéculos foram utilizados, muitas vezes simuttdneamentes. Esta area da ciéncia dos materiais ¢ denominada mecanismos de aumento da resisténcia mecanica ou simplesment2 mecanismos de endurecimento, Os seguintes obstaculos ou mecanismos de endurecimento sao mais utilizados: 1) outras discordancias: ( endurecimento por deformagao ou encruamento) 2) atomos de soluto: (endurecimento por solugio sélida)-Exemplo- prata de lei que é formada por 92,5 de dtomos de prata e 7,5 de atomos de cobre 3) Precipitados coerentes com a matriz(endurecimento por precipitagao) 4) Precipitados incoerentes com a matriz( endurecimento por dispersao) 5) Contornos de grios e sub-graos( endurecimento por refino de gros) Estes mecanismos sero discutidos em capitulos posteriores. A outta alternativa de se obter materiais de altissima Tesisténcia, é o projeto de ligas, ¢ de tratamentos termomecdnicos combinando de maneira otimizada os diversos mecanismos de endurecimento acima mencionados. Por este caminho. for am desenvolvidas ligas a base de ferro, por exemplo os agos maraging com limite de escoamento de 3GPa ieo00 r | whiskers. Aigos de ably rem Broce we Staaments em Wren’ smaTeminis Pol ceimetnos, De sure vee to ry | 4 | | yes da cons hui | | t Limite me z

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