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2014
Editorial
Comitê Editorial
Fernando Fukuda
Simone Markenson
Jeferson Ferreira Fagundes
Autor do Original
Marco Fábio Polli
Bons estudos!
Processamento de
Dados e Estrutura Básica
do Computador
Computadores não se limitam aos notebooks
C e aos desktops nos escritórios, eles estão nos
CCC
equipamentos médicos, carros, aparelhos de TV,
celulares e em simples brinquedos. É impossível dis-
CC C
Você se lembra?
Você já deve ter visto diversos filmes e artigos que discutem
o tema da inteligência artificial. Seria possível mesmo que
computadores sejam inteligentes? Eles poderiam ter von-
tade ou consciência? Ao ler esse capítulo, busque re-
fletir sobre o que um computador pode ou não fazer,
relembrando as obras de ficção e opiniões sobre o
assunto.
Organizações de Computadores
8
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
Já a informação seria:
(...) uma abstração informal (isto é, não pode ser formalizada atra-
vés de uma teoria lógica ou matemática), que está na mente de
alguém, representando algo significativo para essa pessoa. Note-
-se que isto não é uma definição, é uma caracterização, porque
“algo”, “significativo” e “alguém” não estão bem definidos; assu-
mo aqui um entendimento intuitivo (ingênuo) desses termos. Por
exemplo, a frase “Paris é uma cidade fascinante” é um exemplo de
informação – desde que seja lida ou ouvida por alguém, desde que
“Paris” signifique para essa pessoa a capital da França (supondo-se
que o autor da frase queria referir-se a essa cidade) e “fascinante”
tenha a qualidade usual e intuitiva associada com essa palavra.
9
Organizações de Computadores
Organizar
Ribeirão
24°
Preto- SP
10
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
11
Organizações de Computadores
WIKIMEDIA
Figura 2 – ENIAC (Parte dele, na verdade, pois aqui vemos sua interface de operação.)
12
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
WIKIMEDIA
O ENIAC não tinha sistema opera-
cional e todas as operações eram inseridas
diretamente na máquina usando códigos
numéricos.
Foi produzido usando a tecnologia
de válvulas a vácuo, que foi a tecnologia
inicial para computadores eletrônicos. Por
isto, ele é o marco da Primeira Geração de
Computadores. O problema das válvulas
era o custo alto para manutenção. Para
você ter uma ideia, o ENIAC foi cons-
truído usando mais de 17 mil válvulas e
gastava mais de 200.000 watts, aquecendo
muito!
As válvulas eletrônicas possuíam
o tamanho aproximado de uma lâmpada
elétrica.
A era da computação comercial
iniciou-se no ano de 1951, quando o UNI- Figura 4 – Foto de uma válvula
VAC (Universal Automatic Computer) foi eletrônica
entregue ao primeiro cliente: o escritório
do Censo do Estados Unidos para tabulação dos dados do censo do ano
anterior. Pode-se dizer que o UNIVAC foi o resultado de modificações
positivas no ENIAC.
ANNEDAVE / DREAMSTIME.COM
Em 1947, os cientis-
tas John Bardeen, Walter H.
Brattain e William Shockley
desenvolveram o transistor. O
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
ALEXSKOPJE / DREAMSTIME.COM
14
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
NASA / WIKIMEDIA
Figura 7 – O IBM 360
Já a quarta geração de computadores, com início na década de 1970,
traz consigo a criação do microprocessador. Os computadores atuais são
muito menores, mais de 100 vezes menores que aqueles de primeira ge-
ração, mas um único chip é mais poderoso que o próprio ENIAC. Para
você ter uma ideia, em 1977 uma calculadora podia fazer cerca de 250
multiplicações por segundo, custava de 300 a 500 dólares e pesava mais
de 500 gramas. Hoje, uma calculadora pesa muito pouco, custa 1 dólar ou
menos às vezes (depende da cotação) e realiza muito mais cálculos. Em
comparação ao ENIAC, um Pentium de 150 MHz era capaz de mais de
300 milhões de operações de soma por segundo, enquanto que o ENIAC
processa apenas 5.000 operações.
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
15
Organizações de Computadores
Retirado de A
SWTPC6800 / WIKIMEDIA
16
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
Figura 10 – Apple I
Figura 11 – Apple II
17
Organizações de Computadores
Figura 12 – IBM PC
18
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
Armazenamento secundário
A unidade central de
processamento (UCP)
executa instruções
O dispositivo
O dispositivo de computador
de saída
de entrada envia
disponibiliza
dados à unidade
os dados
central de
processados
processamento
A memória mantém (as Informações)
dados e programas em
uso no momento
19
Organizações de Computadores
2 3
1
6
20
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
Von Neumann
Lembra-se de termos comentado sobre John Von Neumann, que par-
ticipou da criação do ENIAC? Apesar de Von Neumann ter sua formação
na área de matemática, sua contribuição foi muito importante em diversas
outras áreas e, ele popularizou a chamada Arquitetura de Von Neumann,
que será nosso objeto de estudo agora.
A arquitetura de Von Neumann é a base da construção da principal
arquitetura dos computadores modernos, os PCs.
21
Organizações de Computadores
Unidade de
Dados
Dados
Entrada e
Saída
22
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
23
Organizações de Computadores
VisuAlg.
24
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
Site oficial
http://www.facom.ufu.br/~claudio/Cursos/PP/Docs/Visualg2.pdf
Download (endereço abreviado)
goo.gl/n8YLk
Download (endereço completo)
http://www.guanabara.info/2007/09/visualg-v25/
5 // Seção de Declarações
6 var
7
8 inicio
9 // Seção de Comandos
10 fimalgoritmo
Na primeira linha do algoritmo é necessário especificar um nome,
da mesma maneira que você define nomes para documentos em editores
27
Organizações de Computadores
Atividades
01. Especifique a diferença entre organização e arquitetura de computa-
dores.
29
Organizações de Computadores
Reflexão
Vimos até aqui que há muito mais sobre computadores do que sim-
plesmente entender como eles funcionam. A história e a evolução dos
computadores determinaram, de certa forma, como as pessoas passaram a
pensar em tecnologia e a “consumir” tecnologia. Mesmo que você não se
torne especialista na área de tecnologia da informação, é sempre impor-
tante saber como funcionam os equipamentos que serão usados no dia a
dia. Isto facilita o diálogo entre nós e as novas tecnologias.
Leituras recomendadas
Artigo – O papel da informação no processo de capacitação tecno-
lógica das micro e pequenas empresas. Escrito por Paulo César Rezende
de Carvalho Alvim.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext
&pid=S0100-19651998000100004>.
Referêncais bibliográficas
CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. São
Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004.
30
Processamento de Dados e Estrutura Básica do Computador – Capítulo 1
No próximo capítulo
No próximo capítulo, entederemos como os dados são representa-
dos na computação. Serão vistos os conceitos de bit, byte, bases e a con-
versão entre elas.
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
31
Organizações de Computadores
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
32
Representação de
Dados
No capítulo prévio, entendemos o com-
Você se lembra?
Ao preencher dados em formulários eletrônicos, muitas vezes recebe-
mos mensagens de erro, indicando incompatibilidade entre os dados
que entramos e o tipo de dados esperado. Qual seria a consequên-
cia de não haver esse controle?
Organização de Computadores
• Número convencionado
WORD
de bits adjacentes
34
Representação de Dados – Capítulo 2
Tamanho Exemplo
bits 1
nibble 1 1 0 1
byte 0 0 0 1 1 1 1 1
16 bits 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1
32 bits 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0
FELD, 2010).
• Os serviços de mapas do Google disponibilizam certa de 20 petabytes
de imagens (MCKENNA, 2013).
36
Representação de Dados – Capítulo 2
37
Organização de Computadores
sistema muito comum, não nos detemos para pensar como funciona.
Veja o exemplo abaixo de decomposição de números em base decimal:
15 = 1x10 + 5x1
146 = 1x100 + 4x10 + 6x1
8303 = 8x1000 + 3x100 + 0x10 + 3x1
15 = 1x101 + 5x100
= 8 + 4 + 2 + 0 = 14
39
Organização de Computadores
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
8 1000
9 1001
10 1010
11 1011
12 1100
13 1101
14 1110
15 1111
Quadro 2.3 – Representação Binária de Inteiros Positivos (zero a quinze)
(255)10 = (11111111)2
Usando as combinações possíveis de zeros e uns em 8 bits, um byte
pode representar 256 valores numéricos, ou seja, 28. Se precisássemos
usar apenas inteiros positivos, poderíamos representar valores começando
40
Representação de Dados – Capítulo 2
por zero até chegar a 255. Contudo, para indicar se o valor é negativo ou
positivo em um byte, precisamos usar um dígito para ter essa informação.
Assim, usando-se o byte, chega-se a um intervalo que vai de -128 a 127
(STALLINGS, 2002) .
Bug do Milênio
Quando os sistemas computacionais estavam sendo desenvolvidos
no pós-guerra, um dos principais gargalos era a capacidade de memória
e processamento. Por essa razão, foi simplificada a representação dos
anos, subentendendo que todas as datas se referiam ao século 20. Assim,
a representação de “1985” correspondia a 85, subentendendo-se os dígitos
“19” à frente. Chegando a “2000”, porém, teríamos “00”, que seria enten-
dido como “1900”. Previu-se que esse problema de representação pudesse
causar o colapso de muitos sistemas computacionais, mas as consequên-
cias foram muito menores do que as previstas (BBC, 2014).
Também pela forma de representação de datas, estão previstos
problemas em 2038 com sistemas UNIX de 32 bits e programados na
linguagem C (SMAAL, 2011).
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F
42
Representação de Dados – Capítulo 2
hexadecimal.
cisamos fazer mais uma divisão. DECABIN: converte da base deci-
• Atenção: dividindo-se 1 por 2, consi- mal para a binária.
dera-se o resultado 0 com resto 1.
44
Representação de Dados – Capítulo 2
45
Organização de Computadores
nome_da_variável: tipo_da_variável
49
Organização de Computadores
50
Representação de Dados – Capítulo 2
51
Organização de Computadores
Figura 10 – Algoritmo que demonstra a utilização dos principais tipos de dados e apresenta
a manipulação de valores do tipo lógico.
Atividades
01. Pesquise sobre a origem da linguagem binária, antes de seu uso pela
computação.
02. Por que o sistema binário é mais adequado para o uso em dispositvos
Proibida a reprodução – © UniSEB
eletrônicos?
52
Representação de Dados – Capítulo 2
Reflexão
Neste capítulo, entendemos melhor como o computador e dispositi-
vos eletrônicos podem representar números e letras. Também vimos que
o sistema binário permite manipulações aritméticas, o que seria suficiente
para caracterizar uma calculadora. Contudo, como os sistemas computa-
cionais conseguem fazer tarefas variadas como reconhecer voz e ajudar
em diagnósticos médicos? Como essas tarefas se traduzem em processa-
mento de dados?
Leitura recomendada
LEVY, S. Os Heróis da Revolução. São Paulo: Evora, 2012.
Comentário: a descrição de como computadores funcionam pode ser um as-
sunto bastante árido se esquecermos as pessoas e as motivações que residem por
cada característica da computação. Ao traçar o panorama dos atores que ajudaram a
desenvolver os primeiros sistemas computacionais, passando pelos PCs, chegando
aos programadores de aplicativos móveis, Levy nos mostra a feição humana, entu-
siasmada e obsessiva dos responsáveis pela revolução digital.
Referências bibliográficas
BBC. Y2K around the word. BBC, website. <http://news.bbc.co.uk/hi/
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Organização de Computadores
No próximo capítulo
No próximo capítulo, conheceremos a álgebra booleana, que permi-
te que os computadores possam manipular os dados logicamente.
54
Álgebra Booleana e
Operações Lógicas em
3 Algoritimos
lo
No capítulo anterior, vimos a forma como dados
podem ser representados no computador em base nú-
ít u
Você se lembra?
No primeiro capítulo, foi dado o exemplo da receita de bolo
como um algoritmo não computacional. Como outros algorit-
mos, a receita de bolo é um conjunto de instruções formali-
zado para resolver um problema e, nesse caso específico,
as instruções seguem umas às outras diretamente. Bus-
que pensar em algoritmos condicionais, ou seja, cuja
realização de instruções depende de condições e
também de resultados de instruções anteriores.
Organização de Computadores
3.1.1 Origens
A linguagem binária se tornou um componente fundamental da
computação, mesmo tendo sido desenvolvida muito antes dos primeiros
computadores. O mesmo aconteceu com a álgebra booleana: nascida no
séc. XIX fruto da formalização do pensamento lógico realizada por Geor-
ge Boole, um grande matemático inglês (figura 1). A motivação de Boole
era encontrar e formalizar leis universais do raciocínio, aproximando este
da álgebra matemática. Esse esforço foi estruturado em sua obra “As Leis
do Pensamento”, de 1854 (NULL & LOBOUR, 2011).
p q p•q
V V V
V F F
F V F
F F F
p q p+q
V V V
V F V
F V V
F F F
57
Organização de Computadores
58
Álgebra Booleana e Operações Lógicas em Algoritimos – Capítulo 3
p q p•q
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 0
p ~p
1 0
0 1
59
Organização de Computadores
p q (p • ~q) + (~p • q)
1 1 0
1 0 1
0 1 1
0 0 0
• NEM (NOR)
O resultado dessa operação é 1 se, e somente se, todas as entradas
forem 0. A tabela-verdade do operador NOR é:
p q ~ (p + q)
1 1 0
1 0 0
0 1 0
0 0 1
0 0 1
60
Álgebra Booleana e Operações Lógicas em Algoritimos – Capítulo 3
Operador Símbolo
AND
OR
NOT
XOR
NOR
NAND
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:NAND_
ANSI.svg. Acesso em: 24 jul. de 2014.
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
1
1 1
1
61
Organização de Computadores
Em 1997, o supercomputador
Deep Blue da IBM venceu o cam-
peão mundial de xadrez Garry Kas-
parov em um match de seis partidas.
O evento chamou a atenção do mun-
do para os avanços em inteligência
artificial, estimulando a reflexão
sobre os limites e as potencialidades
dos computadores. Kasparov havia Figura 3 – Supercomputador
Deep Blue (Museu da História
derrotado uma versão desse compu- do Computador, Califórnia.
tador em 1996 e acusou a IBM de
Fonte: http://commons.wikimedia.
fraudar a disputa em 1997. A fraude org/wiki/File:Deep_Blue.
teria sido o uso de grandes mestres jpg. Acesso 24 jul. de 2014
de xadrez para apoiar o processo de
decisão do computador. De qualquer
modo, a superioridade dos computa-
dores nesse jogo foi reafirmada por
programas de software mais inteli-
gentes e que, assim, não requerem
a capacidade de processamento do
Deep Blue. Se este calculava até
200 milhões de posições de jogo por
segundo em um estrutura complexa
e dedicada, o programa Deep Fritz,
rodando em Windows com processa- Figura 4 – Garry Kasparov.
Proibida a reprodução – © UniSEB
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Álgebra Booleana e Operações Lógicas em Algoritimos – Capítulo 3
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Organização de Computadores
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Álgebra Booleana e Operações Lógicas em Algoritimos – Capítulo 3
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Organização de Computadores
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Álgebra Booleana e Operações Lógicas em Algoritimos – Capítulo 3
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Organização de Computadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_verdade
http://www.calculadoraonline.com.br/tabela-verdade
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Álgebra Booleana e Operações Lógicas em Algoritimos – Capítulo 3
69
Organização de Computadores
Atividades
01. Monte uma tabela-verdade para o operador AND com quatro entradas.
03. Por que a álgebra booleana se mostrou adequada para circuitos elétricos?
1
1 q
0
Reflexão
Não ocorrendo problemas de hardware, um computador basicamen-
te segue as instruções que lhe são fornecidas, incluindo aquelas de opera-
ções lógicas. Sendo assim, quando nos deparamos com falhas em nossos
programas e equipamentos, seria mais adequado falar em erro humano?
Leituras Recomendadas
BERLINSKI, D. O Advento do Algoritmo: A ideia que governa o mundo. Rio
de Janeiro: Globo, 2002.
Esta obra oferece o desenvolvimento histórico do algoritmo, um conceito
que antecede o desenvolvimento dos computadores, mas que agora, como de-
monstra o autor, está presente em quase todas as nossas atividades.
Referências Bibliográficas
CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. São
Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004.
70
Álgebra Booleana e Operações Lógicas em Algoritimos – Capítulo 3
No próximo capítulo
No próximo capítulo, vamos compreender como as instruções são
recebidas e executadas pela Unidade Central de Processamento.
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Organização de Computadores
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
72
Instruções e
Processamento
A partir do conteúdo anterior, enten-
Você se lembra?
Quantas vezes você viu uma campanha sobre o lançamento de uma nova
geração de microprocessadores? A velocidade dos computadores que
você usa se mantém constante ou tende a cair? A maior parte dos pro-
blemas de processamento é devido aos microprocessadores, ou você
identifica outras causas mais relevantes?
Organização de Computadores
Barramento
Memória
Dispositivo de E/S
Programa
Área de dados
1 010101 11001 101 01000 1 111
.........................
1 10 0 110 10001 1101 0001 1 101
Área de código
110 0 110 10001 1101 0001 1 101 Registro
1 010101 11001 101 01000 1 111
1 10 0 110 10001 1101 0001 1 101
Un. de
UAL
Controle
Registradores
São componentes de hardware que guardam dados binários rela-
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74
Instruções e Processamento – Capítulo 4
Unidade de Controle
Essa unidade é responsável por manipular os registradores adequa-
damente e ativar a UAL para as operações requeridas na ordem correta.
Cabe ainda à Unidade de Controle executar interrupções e monitor o esta-
do das operações (STALLINGS, 2002).
Relógio
A frequência desse dispositivo sincroniza todo o sistema computa-
cional. Os registradores podem ser carregados com outro dados apenas
com a passagem de um ciclo do relógio (NULL & LOBUR, 2010).
Barramento
Os elementos descritos acima precisam se comunicar, transmitindo
dados, instruções de controle e energia. Essa comunicação é feita pelo
conjunto de vias de transmissão chamado barramento.
75
Organização de Computadores
76
Instruções e Processamento – Capítulo 4
Conexão:
Leia um artigo que resume a
história dos microprocessadores
e a disputa entre Intel e AMD:
http://www.tecmundo.com.br/
historia/2157-a-historia-dos-processa-
dores.htm
Acesso em 24 jul. de 2014.
77
Organização de Computadores
Codificação
Tipo de instrução Função/Exemplos
comum
Aritmética / Lógica Adicionar, subtrair, conjunção ADD, SUB, AND
Movimentação de dados Faz a transferência de dados en- LOAD, STORE,
tre os registradores e a memória OUT
principal ou entre o registradores
entre si: carregar, gravar, saída.
Transferência de Controle Chamar subrotinas, Desviar a HALT, JE
instrução do fluxo sequencial:
suspensão, “desvia se igual”.
Quadro 4.1 – Tipos Principais de Instruções
Fonte: adaptado de Murdocca & Heuring, 2000.
O tamanho de uma instrução pode variar bastante de acordo com a
arquitetura a que pertence e com sua forma de implementação. Em micro-
controladores (chips com instruções simples), o limite de tamanho pode
ser tão pequeno quanto 4 bits, enquanto há arquiteturas que suportam
instruções longas, com mais de uma operação a cada uma, chegando a
centenas de bits. Em computadores pessoais e servidores mais comuns,
o tamanho das instruções costuma variar entre 8 e 64 bits, sendo que em
uma mesma arquitetura suas instruções podem ter tamanhos diferentes.
Em processadores do tipo RISC, como os ARM, as instruções possuem
tamanhos fixos.
Como vimos anteriormente, um conjunto determinado de bits utili-
zado por um computador é denominado word (palavra), e uma instrução,
de um ponto de vista geral, é nada mais do que isso, um bloco de bits que
pode conter o código de operação, os operandos e outros campos adicio-
nais. Uma instrução pode ser representada, para fins didáticos, da seguinte
maneira:
Busca
instrução na
memória
Interpretar a
operação a ser
realizada
Busca
operandos
(se houver)
Executar a
operação
Escrever o
resultado
Término
4.2.3 Interrupções
Como já foi comentado, os processadores possuem o que se chama
de conjunto de instruções (instruction set). Cada arquitetura de processa-
dor pode oferecer um conjunto diferente de instruções, sendo que, eventu-
almente, novos modelos de uma marca de processadores podem oferece-
rer instruções adicionais.
Um dos tipos de instruções é o de interrupções, que na verdade é
uma instrução capaz de interromper o fluxo normal de operação do pro-
cessador. Isto é, a UCP possui uma sequência enorme de instruções a
serem executadas a todo momento, e as executa em sequência de acordo
com um agendamento, o que se chama de escalonamento de processos ou
agendamento de tarefas (scheduling) o qual é feito pelo sistema operacio-
nal; uma interrupção é uma instrução que pode ter diversas origens e que
interrompe esse escalonamento, chamando a atenção do processador para
atender uma necessidade imediata.
Quando recebe a requisição de interrupção, o processador executa
certos procedimentos para atendê-la e depois voltar fluxo normal de pro-
cessamento agendado. Esses procedimentos são necessários para que o
processador mude de contexto sem perder os dados da sequência normal
de tarefas:
Ele faz o que se chama de salvamento de contexto, isso é, termina
uma instrução do programa que estava executando, salva os contadores de
programa e o estado de seus registradores;
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
81
Organização de Computadores
Operando: endereço do
Código de Operação dado na memória principal
Modo Indireto
Nesse modo, há um duplo endereçamento na memória principal ou
no registrador. O operando da instrução carrega um endereço de memória
que não leva diretamente ao dado, mas a outro endereço de memória que,
esse sim se refere à célula contendo o dado solicitado.
Operando: identificação do
Código de Operação registrador
Modo Indexado
O modo indexado apresentou uma grande evolução no passar dos
anos e passou a ter um conjunto de variações mais sofisticadas. Esse
modo de endereçamento possui um operando com um endereço de me-
mória com um dado, podendo esse ser um endereço base para um vetor, e,
além disso, a instrução possui um índice armazenado em um registrador, o
qual indica a posição do elemento no vetor.
Operando: endereço do
Código de Operação dado na memória principal Registrador índice
ou do registrador
86
Instruções e Processamento – Capítulo 4
Identificação de registra-
Código de Operação Deslocamento
dor: base
87
Organização de Computadores
4.3.1 Placa-mãe
Como a placa-mãe
A placa-mãe realiza a comuni- é responsável por transmitir
cação e dá suporte físico aos com- sinais elétricos entre componentes
ponentes do computador. Essa co- eletrônicos, quaisquer fatores físicos que
prejudiquem a qualidade desse comunicação
municação pode se referir àquela dificultará ou mesmo impedirá o desempenho
entre os componentes internos, do computador, por exemplo: poeira, umidade e
ou entre esses componentes e maresia, oscilações de energia (corrente/voltagem),
altas temperaturas e falta de ventilação.
interfaces externas. Por meio da
Algumas placas-mãe são banhadas a ouro para
placa-mãe, o processador se comu- prevenir a oxidação. Em todos os casos, reco-
nica com a memória principal; esta menda-se realizar a manutenção preventiva
se comunica com a memória prin- da placa-mãe e não apenas a correti-
va, depois que problemas se
cipal se comunica com dispositivos de manifestaram.
armazenamento secundário; os resultados
de cálculo são transmitido para a tela; etc. Para
tanto, as placas-mãe possuem conjuntos de circuitos integrados (chipsets) que
fazem a comunicação entre o processador, a memória e o controle de periféri-
cos. (CORNACCHIONE, 2012).
Avanços na tecnologia dessas placas buscam prover uma melhor
ventilação e resfriamento, especialmente ao processador (CORNAC-
CHIONE, 2012).
Proibida a reprodução – © UniSEB
Figura 4 – Placa-mãe
Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Mother_
board#mediaviewer/File:MicroATX_Motherboard_with_AMD_
Athlon_Processor_2_Digon3.jpg>. Acesso em 24 jul. de 2014.
88
Instruções e Processamento – Capítulo 4
Software aplicativo
Software Aplicativo
Linguagens de programação
Linguagens de quarta geração
Pacotes de software e ferramentas
de produtividade para PCs
92
Instruções e Processamento – Capítulo 4
100100100100100111
001100011111101011
???
Mostre um número
na sua tela.
93
Organização de Computadores
94
Instruções e Processamento – Capítulo 4
Ferramentas
de linguagem
Descrição Exemplo
de quarta
geração
WordPerfect
Ferramentas Orientada
Pacotes de softwares de uso geral para Internet Explores
de software para o
PCs. Access
de PC usuário final
Linguagens para extrair dados armaze-
Linguagens de nados em arquivos ou bancos de dados.
SQL
consulta Suportam requisições de informações
que não são predefinidas
Extraem dados de arquivos ou bancos
de dados para criar relatórios específicos
sob uma grande variedade de formatos
que não são produzidos por sistemas de
Geradores de informação.
Cristal Reports
relatórios
Geralmente proporcionam maior controle
sobre a maneira como dos dados são for-
matados, organizados e apresentados do
que as linguagens de consulta.
Extraem dados de arquivos ou banco de
dados e os apresentam sob o formato
Linguagens de gráficos. alguns softwares gerado- SAS Graph
gráficas res de gráficos também pode executar Systat
operações aritméticas ou lógicas com os
dados.
Contém módulos pré-programados que
poderm gerar aplicações completas, in-
cluindo sites Web, conferindo grande ve- FOCUS
Geradores de locidade ao desenvolvimento. O usuário PowerBuilder
aplicações pode especificar o que precisa ser feito e Microsoft Fron-
o gerador de aplicação criará o código de tPage
programa apropriado para entrada, vali-
dação, atualização e apresentação.
Programas de software vendidos ou ar-
Pacotes de
rendados por empresas comerciais que PeopleSoft HRMS
softwares
eliminam a necessidade de software SAP R/3
aplicativos
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
personalizado, da casa.
95
Organização de Computadores
Atividades
01. Quais causas podem acarretar o interrompimento de uma instrução?
Reflexão
Por muito tempo, a capacidade dos processadores foi um limite
frequente para a microinformática. Avanços em software e hardware fre-
quentemente precisavam esperar uma nova geração de microchips. Reflita
sobre o estado atual da microinformática: são os microprocessadores hoje
um gargalo relevante para a maioria dos usuários? Caso contrário, que
fator se tornou a principal fronteira da microinformática?
Leitura Recomendada
Relatório de pesquisa: TUSSET, F. Evolução dos processadores. Rio de
Janeiro: UFRJ, sem ano. Disponível em: <http://equipe.nce.ufrj.br/gabriel/ar-
qcomp2/Hist%F3rico.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2014.
Referências Bibliográficas
CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. São Pau-
lo: Pearson Prentice Hall. 2004.
96
Instruções e Processamento – Capítulo 4
OVIDE, S. CEO exits sets Microsoft on new path. The Wall Street
Journal, edic’ão eletrônica, 25 ago 2013. Disponível em: <http://onli-
ne.wsj.com/news/articles/SB100014241278873246195045790313004
09638802>. Acesso em: 15 jun. 2014.
No próximo capítulo
No próximo capítulo, vamos entender como funciona o sistema de
memória e as suas operações com a UCP. Ainda, vamos explorar os dispo-
sitivos de entrada e saída.
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
97
Organização de Computadores
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
98
Memória e
Dispositivos de
Entrada e Saída
5 No capítulo anterior, vimos como a UCP
precisa ter dados e instruções disponíveis para
lo
que possa cumprir a sua função. A fonte imediata
de dados para a UCP encontra-se nos registradores,
ít u
Você se lembra?
Busque identificar todos os tipos de armazenamento que você pos-
sui e classifique-os em termos de velocidade de transferência e
capacidade. Quais tipos de armazenamento você já usou com
frequência, mas hoje estão obsoletos? Quantas vezes você já
foi prejudicado por problemas relacionados a armazenamen-
tos de dados?
Organização de Computadores
5.1 Memória
5.1.1 Hierarquia
Os diversos tipos de memória são definidos em termos da sua relação
com a UCP. Quanto mais direta for essa relação, considera-se maior a sua po-
sição hierárquica. Há diversas formas de ilustrar essa hierarquia, a figura 1 é
baseada na versão de Stallings (2002) e Murdoca & Heuring (2000).
Deve-se notar que discos rígidos são considerados como armazena-
mento externo ou secundário. Apesar de possuírem uma interface com a
placa-mãe, essa relação não é tão direta e veloz quanto aquela da memória
interna à UCP. Durante o funcionamento da UCP, primeiro se verifica se
o dado necessário está ou não na memória interna. Em caso contrário, é
acionado o armazenamento externo e assim por diante.
Mais rápida e cara
Memória
Interna
Armazenamento
Externo (disco)
Armazenamento de Segurança
(fitas)
Deve-se notar que quanto mais alto estiver na hierarquia, mais cus-
toso tende a ser o dispositivo. Assim, um projeto de computador deve ba-
lancear os benefícios trazidos pela capacidade da memória interna face a
seus custos. Ainda, deve haver um balanceamento adequado na velocida-
de dos componentes do computador: De nada adianta, por exemplo, haver
Proibida a reprodução – © UniSEB
101
Organização de Computadores
N
R=
TΝ − T a
102
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
Registradores
Memória Cache
Memória Principal
Memória
UCP
Principal
Barramento
103
Organização de Computadores
Elemento Função
Registrador de endereço (REM) armazena temporariamente o endereço a
ser acessado.
Barramento de endereços transmite dados do REM para a memória
principal (unidirecional).
Registrador de dado (RDM) armazena de forma temporária o dado a
ser transferido.
Barramento de dados faz a ligação entre o RDM e a memória
principal (bidirecional)
Controlador da memória integra a unidade de controle: sinaliza
instruções e avalia o estado de execução
das operações de memória integrando
toda a UCP.
Barramento de controle comunica os sinais relativos ao controle
no sistema.
Relógio sincroniza o sistema.
Quadro 5.2 – Elementos para Operações de Memória
Fonte: adaptado de Monteiro (2007)
watch?v=avP5d16wEp0
de comunicação pelo barramento tam-
Acesso em 24 jul. de 2014.
bém são usadas.
104
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
Início
Término
Início
Término
105
Organização de Computadores
Figura 8 – iMac.
Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/
IMac#mediaviewer/File:IMac_vector.svg>.
107
Organização de Computadores
UCP Memória
Cache Principal
Barramento
108
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
UCP
Memória Principal
Controlador E/S
P1 P2 P3
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
110
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
dados, que com as tecnologias atuais são mais lentos do que a transmissão
no barramento.
Como é necessário fazer a transformação de dados de dispositi-
vos de E/S, controlar seu fluxo e coordenar o fluxo de dados de diversos
dispositivos, são utilizados Controladores de E/S entre o conjunto UPC/
memória e os dispositivos, os quais também são chamados de Interfaces
de E/S. Na verdade, as interfaces conectam o periférico ao barramento do
computador, enquanto o controlador implementa sua lógica. Por exemplo,
você já teve ter ouvido falar bastante em placas de vídeo para PC, certo?
A placa ou chipset de vídeo é, em parte, um controlador de E/S, que capta
instruções da UCP e transforma em sinais de vídeo a serem exibidos por
um monitor. No entanto, apesar de ser o caso mais amplamente conhe-
cido de controlador, as placas de vídeo modernas possui funções muito
mais amplas, desempenhando tarefas que antes eram realizadas pela UCP,
possuindo uma unidade própria de processamento gráfico e hardware
especializado em aceleração de vídeo e vetores geométricos. Assim, não
podemos dizer que as placas de vídeo são apenas controladoras de E/S,
possuindo funções de processamento adicionais.
Outros controladores de E/S comuns que se pode ouvir no dia-a-
dia do profissional da área são: controlador de discos, controlador USB,
controlador Firewire (padrão competidor do USB), controlador de portas
seriais e paralelas (para mouse, teclado e impressoras em computadores
mais antigos), controlador de rede (ou controlador ethernet, que geral-
mente fazem parte das placas de rede) etc. Esses controladores podem
possuir sua lógica de funcionamento desenhada em seu chip ou até pos-
suir memórias ROM próprias que armazenem tal lógica, mas, atualmente,
é comum que seja necessário utilizar softwares denominados drivers para
que o sistema operacional identifique, se comunique e controle a atuação
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
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Organização de Computadores
Barramento
do sistema
Dispositivo E/S
Registrador
Endereço de endereço
Registrador Dados
Dados
de dados
Registrador Dados
Controle de controle
Sinais de
controle
Figura 11 – Exemplo de módulo de interface de E/S e suas conexões. Fonte: Monteiro, 2007.
rior. Isso deve ocorre porque os dispositivos são enormemente mais lentos
que o processador, e cada um possui sua velocidade para diferentes opera-
ções. No entanto, como o processador faz o pooling ciclicamente e, mais
frequentemente, os dispositivos não estão disponíveis, muito da atividade
do processador é desperdiçada com esse método.
O atendimento de requisições de E/S por programa é bastante ine-
ficiente em termos de uso do processador e, por isso, pouco utilizado
atualmente em computadores de uso geral, como PCs e servidores. Mas
esse método é passível de uso em sistemas embarcados. Já ouviu falar de
placas de desenvolvimento como o Arduino? Essas placas rodam apenas
113
Organização de Computadores
114
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
115
Organização de Computadores
Transmissão Serial
Com o desenvolvimento das tecnologias envolvidas, em equipa-
mentos modernos a transmissão serial deixou de ser desvantajosa, já que
o fluxo de sua comunicação em série passou a ser bem mais veloz. Um
exemplo claro de como isso pode ocorrer é o caso de fibras óticas, que
transmitem bits em sequência única, mas com velocidade bastante alta em
relação aos cabos de cobre.
Na transmissão serial, tanto o transmissor quanto o receptor (dispo-
sitivo e controlador) devem trabalhar na mesma velocidade de ciclo, de
forma que cada bit possa ser detectado no mesmo intervalo de tempo da
variação da corrente (corrente alta = 1 e corrente baixa = 0). A transmissão
entre dispositivo e controlador é feito em apenas um canal, mas a comu-
nicação entre controlador e UCP através do barramento pode ser feito por
múltiplos canais paralelos; a diferença de velocidade entre ambos os tre-
chos é regulada por um buffer (“estoque” de dados) no controlador.
Na transmissão serial, como os bits são transmitidos um a um, é
necessário utilizar alguma estratégia para identificar quais bits em sequ-
Proibida a reprodução – © UniSEB
116
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
Transmissão Paralela
Na transmissão paralela, a cada ciclo um grupo de bits é transmi-
tido, cada bit através de um canal separado, geralmente um conjunto de
fios ou linhas no circuito. Muitos circuitos desenhados na placa dos com-
putadores usam a comunicação paralela. Antigamente, era mais comum
que impressoras, leitores de CR-ROM e discos rígidos (no padrão IDE),
utilizassem cabos de conexão com comunicação paralela.
No entanto, a transmissão paralela cria vários desafios que aumen-
tam seus custos. Além de exigirem mais cabos, que utilizam mais material
e espaço, é necessário utilizar mecanismos que garantam que os bits de
cada ciclo de transmissão cheguem exatamente juntos, fazendo com que
defeitos e falhas fossem mais comuns.
Assim, com a melhoria das tecnologias existentes, a transmissão
serial passou a ser privilegiada e a absorver formas mais rápidas de trans-
missão de dados em sua via única. Com isso, surgiram vários padrões
rápidos de transmissão em série, entre os quais se destacam:
SATA (Serial AT Attachment): para conexão de discos rígidos e lei-
tores de CD/DVD;
USB (Universal Serial Bus): para conexão de periféricos em geral;
FireWire (High Performance Serial Bus/HPSB): uma tecnologia
competidora do USB criada pela Apple.
5.2.3 Discos
EAD-14-Organização de Computadores – Proibida a reprodução – © UniSEB
117
Organização de Computadores
velocidades muito altas, mas mesmo assim esses dispositivos são relativa-
mente muito mais lentos em relação ao processador e até à memória prin-
cipal. Por isso é importante que eles trabalhem com buffers intermediados
pelos seus controladores.
118
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
Figura 12 – Disco rígido com sua caixa de proteção aberta. Observe os discos e cabeçotes
paralelos.
119
Organização de Computadores
120
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
121
Organização de Computadores
LiFo (Last In First Out): que quer dizer “último a chegar é o pri-
meiro a sair”. Nesse caso, os processos que fazem requisições rápidas e
chegam por último serão atendidos com velocidade, sem ficarem presos
na fila, podendo reduzir o movimento do cabeçote. Por outro lado, o pro-
blema são os processo de requisições demoradas, que podem demorar
muito mais a serem atendidos, o que pode causar o que se costuma cha-
mar de starvation, ou seja, pode deixar um processo “passar fome” e criar
problemas de funcionamento;
122
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
123
Organização de Computadores
GOCE / DREAMSTIME.COM
5.3.2 Notebooks
Estes computadores são mais leves, projetados para o uso portátil.
Equipados com bateria com boa duração, são usados em viagens ou em
qualquer lugar. Atualmente existem notebooks com configurações tão ro-
bustas e caras quanto workstations.
Recentemente, surgiu uma variação dos notebooks. São modelos
com tela menor (de 7 a 11 polegadas), bateria com maior duração, sem
leitores de CD ou DVD e muito mais leves, além de serem mais baratos
(em geral). São os chamados netbooks. Planejados para portabilidade e
Proibida a reprodução – © UniSEB
KMTHEMAN / DREAMSTIME.COM
HYSIDE / DREAMSTIME.COM
125
Organização de Computadores
5.3.4 Supercomputadores
São os mais caros e mais poderosos computadores. Usados para
grandes simulações, como previsão do tempo, análise do mercado de
ações, efeitos especiais em produções cinematográficas. Também são
muito usados por órgãos do governo para tarefas que envolvam gigantes-
ca manipulação de dados.
LEROY N. SANCHEZ, RECORDS MANAGEMENT / MEDIA SERVICES AND OPERATIONS / WIKIMEDIA
Atividades
01. Qual é a diferença das memórias RAM e ROM?
126
Memória e Dispositos de Entrada e Saída – Capítulo 5
Reflexão
Os tablets e smartphones trouxeram uma nova abordagem tanto
para hardware quanto para software. A microinformática se tornou ainda
mais presente no cotidiano, ganhando uma natureza muito próxima e intí-
ma com o usuário. Quais serão os caminhos de desenvolvimento dos com-
putadores, sabendo-se da tendência de queda de preços de componentes
de um lado e, de outro, da motivação das empresas em lançarem produtos
inovadores, os quais garantem uma maior margem de lucro?
Leitura recomendada
Livro: SCHMIDT, E.; COHEN, J. A Nova Era Digital. Rio de Janeiro: Intrín-
seca, 2013.
Referências bibliográficas
APPLE. Compare Mac models. Website. 2014. . Disponível em: <ht-
tps://www.apple.com/mac/compare/>. Acesso em: 22 jun. 2014.
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