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A Aprendizagem Significativa: estratégias

facilitadoras e avaliação
Meaningful Learning: facilitating strategies and
evaluation
Evelyse dos Santos Lemos
Pós-Graduação Stricto sensu em Ensino em Biociências e
Saúde – Departamento de Ensino do IOC/Fiocruz.
e-mail: evelyse@ioc.fiocruz.br

Resumo
Este texto corresponde à conferência final do 1º Encontro Nacional de Aprendizagem Significativa e tem
como propósito relacionar os conceitos e princípios da Teoria de Aprendizagem Significativa com o cotidi-
ano da prática docente, particularmente com as decisões relacionadas às escolhas das estratégias de
ensino e de avaliação. O principal objetivo é evidenciar o caráter complexo e contextual dos processos de
ensino e de aprendizagem bem como a inexistência de estratégias de ensino e de avaliação que sejam
ideais por si só. Considerando que estamos analisando uma teoria de ensino e que nossa preocupação é
o processo de ensino e de aprendizagem, a apresentação está organizada em três momentos: 1) a contri-
buição da TAS como um referencial teórico para orientar o fazer docente; 2) o processo de organização do
ensino subsidiado pela TAS e, simulando a possibilidade de se oferecer uma receita para algo que não tem
receita, 3) apresentação de alguns princípios considerados ideais para orientar o professor na decisão das
estratégias de ensino e de avaliação.
Palavras-chave
Teoria de Aprendizagem Significativa; prática docente; estratégias de ensino e de avaliação.

Abstract
This text is related to the last conference of the 1st National Meeting of Meaningful Learning and the
purpose of this is to connect the concepts and the principles of the Theory of Meaningful Learning with the
everyday life of teaching practice, and especially, with the decisions related to the choices of teaching and
evaluating strategies. The main aim is to bring out the complex and contextual aspects of the teaching and
learning processes as well as the non-existence of teaching and evaluating strategies that are ideal by
themselves. Considering that we are analyzing a teaching theory and that our concern is the teaching and
learning process, this study is organized in 3 parts: 1) the contribution of the Theory of Meaningful
Learning as a theoretical reference in order to orientate the teacher’s action; 2) the process of the organization
of teaching, subsidized by the Theory of Meaningful Learning and, simulating the possibility of offering a
recipe for something that has no recipe; 3) the presentation of some principles considered ideal for
orientating the teacher in the decision of teaching and evaluating strategies.
Key words
Theory of Meaningful Learning; teaching practice; teaching and evaluating strategies.

Série-Estudos - Periódico do Mestrado em Educação da UCDB.


Campo Grande-MS, n. 21, p.53-66, jan./jun. 2006.
Introdução garante a boa qualidade dos resultados
procurados, descrevendo detalhadamente
“Como ensinar?” é uma questão re- a metodologia da investigação e apresen-
corrente no cotidiano do processo educativo. tando as conclusões sem explicitar as evi-
Ela antecede as decisões do professor na dências que possibilitaram a elaboração
organização do seu ensino. Está presente das mesmas. Tais práticas expressam, den-
nas interações entre professores e forma- tre outros fatores, a idéia de que ensino e
dores de professores, ora motivando cons- aprendizagem apresentam relação direta de
truções coletivas para o aprimoramento causa e efeito e, portanto, que o “bom ensi-
profissional de ambos, ora criando expecta- no” é, por si só, condição suficiente para a
tiva de receber receitas prontas, ora oportu- ocorrência de aprendizagem.
nizando a passagem de receitas e ora re- É este aspecto, a relação entre ensi-
forçando a atual distância entre professor no e aprendizagem, que será focado nesta
e pesquisador por meio da tradicional ne- conferência. Sem desprezar que a qualida-
gação da experiência (ou conhecimento) de da aprendizagem do aluno depende de
que um faz do outro (CAMPANÁRIO, 2002). um bom ensino, defenderei que ensinar e
A questão também costuma estar presen- aprender são ações que não possuem re-
te nas interações que o professor estabele- lação direta de causa e efeito e, além disso,
ce com o não professor, especialmente pais que não existe um modelo de ensino ideal.
de alunos, que sem conhecimento apropria- Ou seja, procurarei evidenciar que cada si-
do sobre a natureza do trabalho docente, tuação de ensino é idiossincrática e, por-
julga-se capaz de avaliar o professor e até tanto, demanda ações também idiossincrá-
aconselhá-lo sobre como ensinar melhor. ticas. Minha premissa é que ensinar signifi-
Por outro lado, as investigações so- ca fazer aprender, isto é, mais do que apre-
bre o ensino, particularmente o de Ciências sentar o tema “A” por meio da estratégia
e Biologia, também costumam priorizar as “B”, ensinar compreende um conjunto de
ações do professor ou o conhecimento do ações que o professor (considerando a na-
aluno em momentos pontuais para anali- tureza do conhecimento, do contexto e dos
sar a qualidade do processo educativo. São seus alunos) realiza para ajudar o aluno a
raros os trabalhos que discutem explicita- aprender significativamente um determina-
mente a relação entre o fazer docente e o do tema.
processo de aprendizagem do aluno, ou São muitos os referenciais que po-
melhor, entre os aspectos do evento edu- dem nos orientar na compreensão do pro-
cativo que influenciaram o tipo de aprendi- cesso educativo e na construção de estra-
zagem realizada (ou não realizada) pelo tégias de ensino e de avaliação que efeti-
aluno (LEMOS e MOREIRA, no prelo). As vamente contribuam para a formação dos
comunicações científicas da área, refletin- nossos alunos. Entretanto, meu propósito
do as investigações que descrevem, costu- é explicitar que a Teoria de Aprendizagem
mam reforçar a idéia de que “fazer bem” Significativa (TAS) é um referencial essencial

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para a organização, desenvolvimento e Significativa, ocorrido em 2003 no estado
avaliação do ensino e da aprendizagem. de Alagoas, Brasil, momento em que acor-
Tal defesa não decorre da motivação de es- damos a organização deste primeiro encon-
tarmos no contexto do 1º Congresso Nacio- tro nacional, apresentamos o resultado de
nal de Aprendizagem Significativa (1º ENAS), um estudo que buscou identificar, nos tra-
mas do fato de falarmos de uma teoria de balhos apresentados no III Encontro Inter-
ensino que possui relevantes implicações nacional de Aprendizagem Significativa
tanto para o ensino quanto para a investi- (PORTUGAL, 2002), como o evento educa-
gação sobre o ensino. Além disso, acredito tivo estava sendo contemplado nas investi-
que parte dos atuais problemas educacio- gações que assumem a TAS como referen-
nais decorre do fato do conceito de apren- cial teórico. Percebemos, mesmo entre estes
dizagem significativa ainda ser polissêmi- textos (e autores), incoerência entre o dis-
co entre os sujeitos que integram o contex- curso (reforçando que a teoria é essencial
to educativo, sejam os profissionais (parti- como referencial para o ensino e para a
cularmente professores, formadores de pro- investigação sobre o ensino) e o delinea-
fessores e investigadores da área de ensi- mento metodológico que eles explicitavam.
no), sejam os seus “usuários” (alunos, pais Naquele momento, defendemos que os
de alunos e a sociedade em geral). conceitos e princípios ausubelianos deve-
Diante do exposto, apresentarei, ba- riam ser tratados como “um conhecimento
seada nas principais contribuições da TAS de base comum” para os profissionais que
para a organização do ensino, os concei- atuam no processo educativo e que, assu-
tos e princípios fundamentais para subsi- midos como tal, deveriam ser explicitamente
diar a ação docente na organização do en- discutidos e utilizados como linguagem
sino. Em seguida, descrevo o processo de comum no cotidiano escolar, inclusive nos
organização do ensino e ao final, visando programas de formação de professores, e
a uma síntese, apresentarei alguns princí- nas investigações educativas (LEMOS e
pios orientadores para a tomada de deci- MOREIRA, no prelo).
são do professor sobre o seu fazer docente. Neste momento, procurarei eviden-
ciar que a adoção da TAS como referencial
1 A contribuição da Teoria de teórico para subsidiar o planejamento, de-
Aprendizagem Significativa para a senvolvimento e avaliação do ensino de-
organização do ensino termina uma ação docente mais voltada
para a natureza do conhecimento do aluno
A potencial contribuição da TAS para e, portanto, com maiores chances de favo-
a organização do ensino e a sua subutili- recer a ocorrência de aprendizagem signi-
zação (ou inadequada apropriação) no ficativa por sua parte. Dentre a contribui-
contexto educativo vem sendo uma preo- ção da TAS para a organização do ensino,
cupação recorrente. No quarto e último destaco que esta foi pensada para e no
Encontro Internacional de Aprendizagem contexto escolar, define claramente o que

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é aprendizagem, caracteriza a aprendiza- aprendizagem significativa, tem um cará-
gem significativa como finalidade do pro- ter idiossincrático que determinará o modo
cesso educativo, explicita as condições ne- como o indivíduo se relacionará com o
cessárias para a sua efetivação e apresen- meio ou, nas palavras de Novak (2000), o
ta princípios programáticos que favorecem seu modo de sentir, de pensar e de agir.
a sua ocorrência e avaliação. São esses as- Dessa maneira, a aprendizagem significati-
pectos que comentarei a seguir. va de um determinado corpus de conheci-
mento corresponde à construção mental de
1.1 O significado do conceito significados por que implica uma ação pes-
aprendizagem significativa soal – e intencional – de relacionar a nova
informação percebida com os significados
O processo de ensino e de aprendi- já existentes na estrutura cognitiva. Quan-
zagem ganhou uma nova perspectiva to mais estável e organizada for a estrutu-
quando David Ausubel, em 1963, propôs o ra cognitiva do indivíduo, maior a sua pos-
conceito de aprendizagem significativa. Até sibilidade de perceber novas informações,
então, falávamos de aprendizagem e de realizar novas aprendizagens e de agir com
não aprendizagem enquanto atualmente, autonomia na sua realidade.
apesar de ainda ser uma realidade a se Quando a estrutura cognitiva do indi-
construir, o produto do processo de ensino víduo não possui subsunçores diferenciados
é analisado, quando se considera que ocor- e estáveis para ancorar (subsumir) a nova
reu aprendizagem, como um ponto no informação, o indivíduo a armazenará de for-
continuum entre a aprendizagem significa- ma literal e não substantiva, ou seja, realiza-
tiva e a mecânica. rá aprendizagem mecânica. O conhecimen-
A aprendizagem significativa é um to aprendido mecanicamente pode ir pau-
processo no qual o indivíduo relaciona uma latinamente sendo relacionado com novas
nova informação de forma não arbitrária e idéias e reorganizado na estrutura cognitiva
substantiva com aspectos relevantes pre- caso o sujeito continue interagindo com o
sentes na sua estrutura cognitiva (AUSUBEL novo conhecimento. É essa interação dinâ-
et al, 1980). São esses aspectos relevantes, mica que caracteriza a não dicotomia entre
denominados subsunçores ou idéias ânco- essas duas formas de aprendizagem e, como
ra, que ao interagirem com a nova informa- já foi dito, o seu caráter processual.
ção dão significado para a mesma. Neste Considerando alguns equívocos na
processo de interação, que não deve ser apropriação da TAS como referencial teóri-
interpretado como uma simples ligação, os co para o ensino e a pesquisa sobre o ensi-
subsunçores modificam-se, tornando-se pro- no, parece importante ressaltar, desde já,
gressivamente mais diferenciados, elabora- que o termo significativo nada tem a ver
dos e estáveis (MOREIRA, 2000). com idéias importantes ou com idéias ci-
Caracterizando-se como um proces- entificamente corretas. Conforme melhor
so de construção pessoal de significados, a expressa o termo inglês do conceito,

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“meaningful learning”, a aprendizagem o novo significado. Este, por sua vez, pode
significativa implica atribuição pessoal de ser aprendido de forma significativa ou
significado para as idéias que são percebi- mecânica e esta forma é determinada pelo
das, processadas e representadas mental- tipo de interação estabelecida entre a es-
mente. Assim, de acordo com a TAS, o signi- trutura cognitiva e o novo conhecimento e
ficado atribuído pelo sujeito que aprende não pela sua importância social. É possível
pode ser ou não correto do ponto de vista aprender de forma mecânica um “conheci-
científico e também é o sujeito que, de for- mento importante”, porque a estrutura cog-
ma consciente ou não, atribui importância nitiva carece de subsunçores adequados
ao conhecimento ao atribuir-lhe utilidade para assimilar a nova informação e, por
para sua vida cotidiana. outro lado, pela razão oposta, pode-se
A ausência de explicitação da apren- aprender de forma significativa uma idéia
dizagem significativa tanto como processo que, do ponto de vista científico, não tem
e como produto evidenciam que este con- relevância ou não é correta.
ceito ainda é polissêmico no contexto
educativo. A aprendizagem – significativa ou 1.2 A aprendizagem significativa
mecânica – é produto
produto, porque caracteriza como finalidade do processo
um significado identificado em um momen- educativo
to específico, entretanto, é sempre um pro-
A compreensão do significado de
duto provisório porque no instante seguinte,
aprendizagem significativa, conforme pro-
dependendo dos fatores contextuais e da
posto por Ausubel, nos aponta para uma
intencionalidade do sujeito, esse conhecimen-
série de questões que influenciam direta-
to poderá modificar-se, reorganizando-se ou
mente o processo de ensino e de aprendiza-
ancorando (subsumindo) novas informa-
gem. A primeira delas refere-se à importân-
ções. Por essa mesma razão, a aprendiza-
cia do conhecimento para o sujeito, visto
gem é processo
processo, visto que independente do
que é ele que determinará o modo como o
nível de conhecimento que se tem, sempre
indivíduo irá agir na sua realidade. Quando
será possível avançar no continuum entre
se tem uma estrutura cognitiva organizada
aprendizagem mecânica e a significativa. O
de forma lógica com ligações substantivas
processo de aprendizagem, na perspectiva
e não arbitrárias entre os significados arma-
da TAS, é dinâmico, contínuo, pessoal
zenados, o indivíduo está melhor instrumen-
(idiossincrático), intencional, ativo (no senti-
talizado para usar o conhecimento, realizar
do de atividade mental), recursivo, de inte-
novas aprendizagens e, portanto, interagir
ração (entre a nova informação e a prévia)
com e na realidade. Novak (2000) ressalta
e interativo (entre sujeitos).
bem esta importância quando nos diz:
Resumindo o que foi dito, quando
se tem contato com uma nova informação, Pense-se em qualquer área de conheci-
mento onde se consegue relacionar o que
seja em uma situação de ensino ou não, o se sabe com a forma como esse conheci-
indivíduo pode aprender ou não aprender mento funciona, para compreender o

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sentido da experiência nessa área, (...). Este taliza o indivíduo para intervir com auto-
é um conhecimento que se consegue con- nomia na sua realidade, é essencial que o
trolar e que dá uma sensação de posse e
de poder” (2000).
professor esteja comprometido com a
aprendizagem do aluno e este, por sua vez,
O conhecimento, quando produto de
com a sua própria aprendizagem. É por esta
aprendizagem mecânica, por ter restrita a
razão que comecei dizendo que ensino e
sua capacidade de utilização em novas si-
aprendizagem não possuem relação direta
tuações, não garante autonomia intelectu-
de causa e efeito. O bom ensino é aquele
al para a ação do indivíduo. A aprendiza-
que, tendo sido organizado em função das
gem significativa, ao contrário, favorece a
especificidades do conhecimento que se
construção de respostas para problemas deseja aprendido e do seu público alvo,
nunca vivenciados e “leva tanto à garantiu o compartilhamento de significa-
capacitação humana quanto ao com- dos captados (GOWIN, 1981) e favoreceu
promisso e à responsabilidade
responsabilidade” a ocorrência de aprendizagem significativa
(NOVAK, 2000). Entretanto, não é qualquer por parte do aluno.
conhecimento que se deseja aprendido e, Neste processo, professor e aluno têm
partindo da premissa que os grupos sociais responsabilidades distintas. O primeiro deve:
ganham identidade, quando os seus sujei- a) diagnosticar o que o aluno já sabe so-
tos compartilham conhecimentos, crenças bre o tema; b) selecionar, organizar e ela-
e valores, a educação formal ganha impor- borar o material educativo; c) verificar se os
tância como instância responsável pela significados compartilhados correspondem
seleção e o favorecimento da aprendiza- aos aceitos no contexto da disciplina e d)
gem significativa desses conhecimentos. reapresentar os significados de uma nova
Não pretendo aqui, ao chamar a maneira, caso o aluno não tenha ainda
atenção para a importância da educação captado aqueles desejados. O aluno, por
formal, desprezar o papel educativo dos sua vez, tem a responsabilidade de: a) cap-
diferentes contextos sociais que cada um tar e negociar os novos significados e b)
de nós integra no nosso cotidiano. O obje- aprender significativamente.
tivo é ressaltar que uma situação de ensino, Entretanto, para garantir que o ensi-
seja ela formal ou não formal, deve ser en- no efetivamente favoreça a aprendizagem
tendida como o momento em que uma significativa por parte do aluno, é preciso
pessoa, intencionalmente, ajuda outra a compreender o caráter provisório e contex-
aprender alguma coisa. tual do conhecimento e da aprendizagem.
Desse modo, o significado de apren- Tal fato nos permite perceber que a quali-
dizagem significativa aponta para o papel dade dos procedimentos de ensino é tam-
do professor e do aluno no processo de bém contextual, ou seja, a realização de um
ensino e de aprendizagem. Ou seja, se a procedimento depende das características
aprendizagem significativa de um determi- dos sujeitos e de tempo e espaço envolvi-
nado corpus de conhecimento instrumen- dos, e são estes os aspectos que fornecem

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a especificidade de uma situação didática. 1.3 Condições necessárias para a
São eles que indicam a posição intermediá- ocorrência de aprendizagem
ria do ensino no processo educativo e que significativa
explicam porque os alunos, muitas vezes,
aprendem significados diferentes daqueles Se tivesse que reduzir toda a psicologia
educacional a um só princípio, diria o se-
que lhes foram ensinados. guinte: o fator isolado mais importante
Assim, não é a quantidade de infor- influenciando a aprendizagem é aquilo
mações que importa, mas a construção que o aprendiz já sabe. Descubra isso e
partilhada de conhecimentos, a partir do ensine-o de acordo. (AUSUBEL et al., 1978
significado que eles representam para os – prefácio)
sujeitos envolvidos. Para tanto, no contexto Quando Ausubel sintetizou a psico-
de uma sala de aula, é fundamental que o logia educacional em um só princípio, nos
professor tenha clareza sobre quem são proporcionou ensinamentos importantes
seus alunos e porque precisam aprender, para a organização, desenvolvimento e
para decidir o que ensinar e qual a melhor avaliação do ensino. Em primeiro lugar, nos
estratégia de ensino e de avaliação para alertou para o fato de que o ato de ensinar
este contexto e momento particular. deve ter o aluno como foco e não as ações
Vivenciar um ensino desse tipo é fun- do professor em si (LEMOS e MOREIRA, no
damental para o aluno, pois terá oportuni- prelo). Como já antecipei, ensinar, neste en-
dade de aprender significativamente o sig- foque, implica favorecer a aprendizagem do
nificado do conceito de aprendizagem sig- aluno e identificar os seus conhecimentos
nificativa e, com isso, de perceber-se como prévios é (apesar de não ser garantia de)
sujeito construtor do próprio conhecimento condição fundamental para o seu sucesso.
e, portanto, autogestor da própria forma- A identificação do que o aluno já sa-
ção. É com base nessa premissa que consi- be está intrinsecamente relacionada com a
deramos que o processo educativo à luz primeira condição apontada por Ausubel
da Teoria de Aprendizagem Significativa como necessária para a ocorrência de
corresponde a um contexto no qual indiví- aprendizagem significativa: a organiza-
duos, que se percebem como sujeitos em ção de um material de ensino poten-
formação, ajudam outros sujeitos a se per- cialmente significativo. Tanto a natureza
ceberem como tal e a aprenderem a auto- da estrutura cognitiva do aluno quanto à
geri-la, isto é, a aprender a aprender. do conhecimento a ser ensinado (e aprendi-
do) são fundamentais para que esta condi-
ção seja atendida. Assim como cada um
de nós tem um conhecimento próprio, exis-
te diferença entre aprender História, Biolo-
gia e Matemática, pois cada área de conhe-
cimento tem suas especificidades e estrutu-
ra própria. Portanto, organizar um material

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de ensino potencialmente significativo requer Ainda falando do material de ensino
que a relação entre a natureza desses dois potencialmente significativo – e mesmo
conhecimentos – a estrutura lógica do conhe- assumindo que é o professor quem, em úl-
cimento em si e a estrutura psicológica do tima instância, decide o que e o como ensi-
conhecimento do aluno – seja considerada. nar – não se pode negligenciar que existem
A segunda condição para a ocorrên- influências que (de)limitam o seu poder de
cia de aprendizagem significativa é a decisão e atuação. Tal fato nos leva a ques-
intencionalidade do aluno para tionar até onde vai a autonomia do profes-
aprender de forma significativa
significativa, ou sor e, portanto, a considerar que a natureza
seja, é o aluno que deverá relacionar de – política, econômica, social e ambiental –
forma substantiva e não arbitrária a nova do contexto poderia ser tomada como uma
informação com as idéias relevantes que terceira condição a influenciar a organiza-
já existem na sua estrutura cognitiva. As ção do material potencialmente significati-
duas condições não são excludentes, elas vo. Um professor, por melhor preparado que
devem acontecer simultaneamente visto seja, dificilmente conseguirá desenvolver um
que é possível aprender sem ensino e, do bom trabalho se os fatores macroestruturais
mesmo modo, se o aluno não decidir apren- não contribuírem para isso.
der de forma significativa, não haverá ensi- A importância dessa reflexão pode
no ou material potencialmente significati- ser fundamentada em Novak (1988) quan-
vo que garanta a aprendizagem do aluno. do nos apresenta os cinco elementos do
Do mesmo modo, se o aluno tiver intencio- evento educativo (professor, aluno, conhe-
nalidade para aprender de forma mecânica, cimento, avaliação e contexto) e em
como comumente ocorre atualmente, não Chevalard (1999) quando faz referência ao
haverá ensino potencialmente significativo autismo didático, idéia que não desenvol-
que garanta aprendizagem significativa. verei aqui. Novak, quando fala dos cinco
Como já foi dito anteriormente, estas elementos, enfatiza a influência do contexto
condições evidenciam que o processo de na captação de significados na situação de
ensino e de aprendizagem implica co-res- ensino em si e, neste momento, quero apon-
ponsabilidade do professor e do aluno. O tar a influência do contexto no espaço de
professor deve estar subsidiado teorica- atuação (e decisão) do professor.
mente para construir, considerando o que Quero ressaltar que planejar, desen-
o aluno já sabe e a natureza do conheci- volver e avaliar um ensino nas concepções
mento a ser ensinado, um material de en- tradicional e comportamentalista de apren-
sino potencialmente significativo e o alu- dizagem, sabidamente inadequadas para
no, por sua vez, deve buscar ativamente a atualidade, é tão trabalhoso quanto na
captar os significados ensinados, interpretá- cognitivista. A superação desse equívoco,
los e relacioná-los (de forma substantiva e portanto, não passa pela negação da rea-
não arbitrária) com os conhecimentos que lidade mas pela reflexão – individual e co-
já possui. letiva – sobre os saberes que orientam a

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atual prática educativa e a qualidade da orienta as decisões do professor e do aluno
aprendizagem que os alunos realizam em ao longo do seu processo. O diferencial não
função deles. está na seqüência das ações e sim no “pro-
Até agora fizemos uma leitura da TAS duto final” que possibilitam construir, o co-
no sentido de explicitar os conceitos e prin- nhecimento. O ato de ensinar e de aprender
cípios que o professor deve considerar na é intermediado por diferentes representa-
organização do seu ensino. Minha premis- ções sobre um mesmo conhecimento: a do
sa é a de que na ausência dessa concep- professor, a do aluno e a do material de
ção de aprendizagem subsidiando a ação ensino (GOWIN, 1981). Nessa interação, a
docente, dificilmente o professor terá con- ocorrência de aprendizagem depende de que
dições de ajudar o seu aluno a aprender os significados dessas representações sejam
de forma significativa. previamente captados e compartilhados.
É o tipo de interação que professo-
2 A organização do ensino à luz res, alunos e conhecimento estabelecem
da Teoria de Aprendizagem entre si que dará a identidade de cada situa-
Significativa ção de ensino. Suas especificidades integra-
das determinarão a identidade do evento
O ensino é uma atividade complexa educativo que, podendo ser interpretado
e dinâmica que se efetiva em um ambien- como um contexto particular, está inserido
te social particular, visando à aprendizagem em um contexto também particular. O cur-
que, por sua vez, é um processo pessoal rículo é conseqüência da natureza desse
decorrente de relações sociais, afetivas e contexto e a avaliação um elemento que
cognitivas. Meu foco, interpretando o even- permeia todo o processo.
to educativo na perspectiva da TAS, está na Assumir a interdependência entre os
posição intermediária do ensino em rela- elementos do evento educativo e o seu
ção à aprendizagem do aluno no processo caráter contextual, implica compreender o
educativo. O ensino
ensino, reforço, não é a fina- ensino como um processo que, objetivando
lidade do processo educativo, mas o meio “fazer o aluno aprender” envolve o planeja-
pelo qual a aprendizagem do aluno é mento, a situação de ensino propriamente
favorecida. Ou seja, dita e a avaliação. O planejamento tem
o aluno, com sua identidade particular, é como meta a construção do material poten-
o ponto de partida para a organização do
ensino que, por sua vez, só terá sido bem
cialmente significativo que, como já anteci-
sucedido se o aluno, agora como ponto pei, depende de um bom diagnóstico sobre
de chegada, tiver aprendido significativa- o contexto, o aluno e do corpus de conheci-
mente (LEMOS e MOREIRA, no prelo). mento em questão. Tal diagnóstico, produto
Desse modo, a qualidade do ensino de avaliação, possibilitará a tomada de de-
não depende de procedimentos ou estra- cisão sobre qual será a estratégia mais ade-
tégias específicos, mas, fundamentalmen- quada e subsidiará a preparação ou sele-
te, da concepção de aprendizagem que ção dos recursos instrucionais necessários.

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O segundo momento do ensino, a zagem do aluno e com a qualidade do
situação de ensino propriamente dita, deve ensino que foi desenvolvido.
garantir a negociação e o compartilhamen- A avaliação, para Ausubel (1980,
to de significados. A aprendizagem é uma p.501), é importante em todas as etapas,
ação pessoal e, portanto, está aquém da ou seja, no início, no meio e no fim e
vontade ou ação do professor. O objetivo significa emitir um julgamento de valor
do evento educativo é alcançado, como ou mérito, examinar os resultados educa-
cionais para saber se preenchem um con-
Gowin nos chama atenção, quando os sig-
junto particular de objetivos educacionais.
nificados são compartilhados, a decisão de
aprender é do aluno. Entretanto, é respon- Nesse aspecto, ele ressalta que o re-
sultado da avaliação só tem valor para
sabilidade do professor oportunizar ao alu-
evidenciar até que ponto os objetivos edu-
no pensar sobre e com o conhecimento. A
cacionais foram alcançados e que na prá-
organização do conteúdo de uma discipli-
na concreta na mente de um indivíduo é
tica, temos um fracasso educacional por-
uma estrutura hierárquica na qual as idéi- que, seus atores, sem a definição prévia dos
as mais inclusivas estão no topo da estru- objetivos, acabam agindo aleatoriamente.
tura e, pouco a pouco, incorporam propo- A determinação dos objetivos, por sua vez,
sições, conceitos e fatos menos inclusivos deveria ser resultado de um trabalho de
e mais diferenciados (AUSUBEL, 1980).
equipe, com especialistas de diferentes
Os princípios programáticos propos- áreas que, em comum acordo, priorizassem
tos por Ausubel devem, para facilitar o pro- um ensino baseado no desempenho e na
cesso de aprendizagem do aluno, permear competência do aluno para executar tare-
todo o ensino. A organização seqüencial fas e não limitados à uma classificação for-
deve ser pensada no planejamento e a dife- mal, que pode ser interpretada de diferen-
renciação progressiva e reconciliação inte- tes maneiras por diferentes pessoas. So-
grativa, princípios coerentes com o caráter mente após a determinação dos objetivos
recursivo da aprendizagem, devem ser é que podemos planejar uma instrução
oportunizadas em diferentes momentos e adequada e determinar qual a melhor
situações. Tais preocupações são fundamen- maneira para avaliar.
tais para que o aluno vá gradativamente Partindo desse princípio, o autor
consolidando o conhecimento aprendido. enfoca avaliação como aspecto central
Finalmente, a avaliação que, mesmo para a promoção de aprendizagem em sala
estando presente em todas as etapas que de aula, já que é a partir da mesma que se
lhe antecedem, finaliza o processo indican- pode verificar os conceitos que o aprendiz
do se o objetivo (aprendizagem significati- já conhece antes da efetivação do ensino,
va do aluno) foi alcançando e se as estra- acompanhar e aperfeiçoar a evolução da
tégias e recursos adotados foram apropri- aprendizagem e verificar se os objetivos
ados. Ou seja, a avaliação final está com- foram alcançados, assim como se a orga-
prometida com o processo, com a aprendi- nização dos assuntos e as estratégias

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utilizadas foram as mais eficazes e 3 Finalizando... uma receita para o
apropriadas. que não tem receita...
Durante a situação de ensino, a
O propósito desta apresentação foi
aprendizagem dos alunos ainda é facilita-
evidenciar que não existe um ensino ou
da pela avaliação, quando o professor for-
uma estratégia de ensino e de avaliação
mula e esclarece os objetivos e conseqüen-
que sejam ideais por eles mesmos e, em
tes expectativas, elabora instrumentos de
decorrência disso, que a organização do
medida fidedignos e válidos para verificar
ensino, antes de estar limitada à preocupa-
se os mesmos estão sendo alcançados. O
ção sobre como e o que ensinar deve ocu-
aluno, ao se preparar para o exame, na
par-se também de questões mais abran-
expectativa de êxito, faz uma revisão, con-
gentes como: porque, para quem, onde e
solidação e integração do assunto. A dis-
com que tempo ensinar? Sem essa preocu-
cussão dos resultados do exame confirma pação, mais global, a questão “como ensi-
ou corrige idéias, evidenciando o que deve nar” fica fora de foco, dando a impressão
ser mais estudado e a experiência de sofrer de que o ato de ensinar é condição suficien-
constantes avaliações externas leva o es- te para a ocorrência de aprendizagem.
tudante a fazer uma auto-avaliação do seu Diante disso e da premissa de que a
rendimento escolar. Nessa dinâmica, a ava- TAS é um referencial essencial para subsidi-
liação deixa de ser entendida como instru- ar o processo de ensino e de aprendiza-
mento de punição, o aluno tem maior cla- gem e também um conhecimento de base
reza sobre a sua própria aprendizagem, tem comum para professores, formadores de
maior autonomia para decidir o que estudar, professores e investigadores sobre o ensi-
tem a autoestima aumentada e, após o no (LEMOS e MOREIRA, no prelo), argu-
período escolar, o hábito da auto-avalia- mentei que o professor, antes de submeter-
ção lhe possibilitará diagnosticar os própri- se a receitas prontas e produzidas por ter-
os erros e corrigi-los, sem depender de uma ceiros, deve fugir delas e procurar ter auto-
avaliação externa. nomia intelectual para tomar as decisões
Para os professores, medida e avalia- que são inerentes ao seu fazer docente.
ção são importantes como retroalimenta- Defendi que os conceitos e princípios
dores para o aprimoramento do seu traba- da TAS proporcionam uma compreensão
lho e quando feitas constantemente, darão diferenciada do processo de ensino e de
subsídios para conhecer o aluno, perceber aprendizagem, especialmente no que diz
o seu progresso, decidir o que e como fazer respeito à posição intermediária do ensino
e justificar a eles as decisões. As estratégias em relação à aprendizagem do aluno. O
de ensino, por outro lado, podem ser quais- caráter processual da ação de ensinar foi
quer uma, desde que oportunizem a evolu- ressaltado e a interdependência de suas
ção conceitual (Toulmin) dos conhecimen- etapas (planejamento, desenvolvimento e
tos prévios dos alunos. avaliação), apesar da aparente linearidade,

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foi explicada pela presença da avaliação nejamento, a situação de ensino propria-
que, ao permear todo o processo, subsidia mente dita e avaliação;
as decisões docentes sobre o seu planeja- c) A natureza do conhecimento prévio do
mento, sua continuidade ou reestruturação aluno é determinante do tipo de ensino
e, ao final, sobre a avaliação da aprendiza- a ser realizado;
gem do aluno, do seu ensino e dos recur- d) A organização de um material de ensi-
sos e estratégias adotadas. no potencialmente significativo requer
O ensino ideal foi apresentado como que a relação entre a natureza do co-
aquele no qual o professor, quando efeti- nhecimento do aluno e do conhecimen-
vamente comprometido com a aprendiza- to a ser ensinado seja considerada;
gem significativa do aluno, considera a sua e) O conteúdo a ser ensinado deve ser se-
realidade (cognitiva, afetiva e social) e cria lecionado e organizado a partir das suas
situações que lhe possibilite captar e nego- idéias centrais, seja na aprendizagem dos
ciar significados. Assim, a melhor estratégia seus significados ou na evolução
de ensino e de avaliação é subordinada a conceitual dos mesmos
fatores vários: a natureza do conhecimento f) A natureza do conhecimento a ser ensi-
que se deseja aprendido, a natureza do nado deve ser considerada e enfocar
conhecimento prévio do aluno bem como suas idéias centrais;
o seu perfil sócio-afetivo, o contexto no qual g) Favorecer a aprendizagem significativa
ocorrerá o evento educativo, o tempo dis- implica possibilitar a interação do aluno
ponível para a sua realização, entre outros. com um mesmo conhecimento em dife-
Finalmente, tentando criar “uma re- rentes momentos do processo educativo;
ceita para o que não tem receita...”, agrupei h) O objetivo do evento educativo é garan-
uma série de princípios que, mesmo não tir que os significados sejam compartilha-
dando conta do todo, me parecem funda- dos e, portanto, deve ser garantir a ocor-
mentais na hora em que o professor deci- rência de situações que oportunizem ao
de sobre a estratégia de ensino e de aluno apresentar e negociar suas idéias;
avaliação que irá realizar. São eles: i) A avaliação, voltada para a identifica-
a) O ensino é apenas um meio pelo qual a ção de evidências de aprendizagem sig-
aprendizagem significativa do aluno é nificativa, permeia todo o ensino;
favorecida; j) O aluno deve ter oportunidade de se
b) O ato de ensinar deve ser compreendido perceber como construtor do próprio co-
como um processo que envolve o pla- nhecimento.

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Recebido em 8 de fevereiro de 2006.


Aprovado para publicação em 10 de abril de 2006.

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