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FACULDADE ISSED/FAVED
Licenciatura em Educação Física
SÃO PAULO
2019
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Orientador (a):
SÃO PAULO
2019
3
Aprovado em:
Banca Examinadora
Assinatura________________________________________________________
Prof(a) ___________________________________________________________
Assinatura_________________________________________________________
Prof(a) Ms _________________________________________________________
Assinatura_________________________________________________________
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Dedicatória
AGRADECIMENTOS
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
CAPÍTULO I
A EDUCAÇÃO E A FORMAÇÃO HUMANA .............................................................. 11
CAPÍTULO II
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO BRASIL: UM BREVE HISTÓRICO .................. 21
CAPÍTULO III
A EDUCAÇÃO FÍSCIA ESCOLAR E O DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA
CRIANÇA .................................................................................................................. 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 43
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45
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INTRODUÇÃO
mediada. Isso porque é por meio da educação que ocorrem tomadas de consciência
que desencadeiam processos de transformação social. (PELEGRIN, 2016)
Nesse pensar, pode-se afirmar que se torna primordial uma mudança nas
concepções educacionais, pois “a formação do indivíduo requer um processo
educativo pelo qual o homem se apropria da experiência sócia histórica acumulada
ao longo dos anos, em sua relação com outros indivíduos”. (PELEGRIN, 2016)
Refletir a respeito da educação requer a compreensão do processo de
desenvolvimento do sujeito como um ser pensante e racional. De acordo com
Leontiev, citado por Pelegrin (2016): “o homem se insere num contexto que
possibilita o surgimento de necessidades, a de se apropriar das condições sociais
por meio da linguagem, valores, comportamentos, o que se dá por meio da atividade
educativa”.
Nesse contexto, segundo Pelegrin (2016), como outros animais, o homem
possui características que determinam sua espécie, transmitido por gerações em
função da carga genética. Mas somente ele tem a possibilidade de assimilar a
experiência pela apropriação da cultura. Aceitar esta afirmação requer o
entendimento de que o homem incorpora o desenvolvimento sócio histórico a que se
sujeita.
Ressalta-se que o homem não é um ser pronto e acabado, ele vive em
eterna transformação e modificação, de seus atos e atitudes, pensamentos,
opiniões, ou seja, vive em pleno processo de aprendizagem, pois conforme o
aprendizado que vai adquirindo ao longo de sua vida, passa a ampliar os
conhecimentos e a constituir os seus próprios saberes, que irão norteá-lo em sua
jornada.
Segundo, Pelegrin (2016) para pensar e sentir; querer, agir ou avaliar, é
preciso aprender, o que implica o trabalho educativo. O saber que diretamente
interessa à educação é o que emerge como resultado do processo de
aprendizagem. Para chegar a esse resultado, a educação toma como referência o
saber objetivo produzido historicamente. Portanto, a atividade educativa não é a
responsável pela produção do indivíduo, mas a mediadora da apropriação da
humanidade por ele.
A escola como instituição de transformação social, dispõe de recursos que
possibilitam a auxiliar no desenvolvimento do ser humano, vindo assim a educação a
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desafiam a instalar uma atitude crítica, que levará o aluno a identificar possibilidades
de reconhecer seus limites nas ações e nos relacionamentos a partir dos valores
que os orientam.
De acordo com Santos (s/d) se faz necessário: “Formar uma escola que está
sempre atenta à qualidade do relacionamento entre seus alunos, professores, pais e
dirigentes, uma vez que praticam as relações sociais, são os melhores mestres em
moralidade”. Ressalta-se que: cooperação, diálogo e respeito são elementos
essenciais no convívio diário, ou seja, na construção da cidadania.
O papel da escola é justamente esse: fazer compreensível o significado dos
conceitos das normas e valores, se esforçar para torna-los visíveis, assimilar os
valores no seu comportamento ao conscientizá-los na sua relação com os outros
alunos afirmando sua autonomia, estabelecer limites ao exercício da liberdade,
contribuir para uma convivência democrática. (SANTOS, s/d)
Destaca-se que se encontra inserido na “Lei Diretrizes e Base Da Educação
Nacional - LDB que é dever da escola o compromisso de educar os alunos dentro
dos princípios democráticos”. (op. cit.). Assim, conduzir o aluno a compreensão e o
entendimento desses princípios de valores, o possibilitará a ser um sujeito social,
que entende a importância e o valor de respeitar a si e o outro.
Desta forma, a escola deve preocupar-se, possibilitando condições para que
a sociedade que a abriga ingresse em seu meio, assumindo assim seu compromisso
como local de transmissão de saber e construção do conhecimento o papel da
escola deve estar equilibrado entre uma função sistêmica de preparar cidadãos tanto
para desenvolver suas qualidades como para a vida em sociedade. (SANTOS, s/d)
Nesse momento aponta-se que os Parâmetros Curriculares Nacionais –
PCNs (1998) em seu bojo ressaltam que os alunos sejam capazes de:
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-
dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando
o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de
tomar decisões coletivas;
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Como pode ser observada nos PCNs a educação deve ser comprometida
com a cidadania, para tanto elege princípios orientadores para a formação do sujeito
no que condiz: sua integralidade, dignidade, igualdade de direitos, participação e
reponsabilidade, sendo alguns ditames que norteiam a convivência social.
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benefícios ganhos por sua pratica na escola que o aluno pode levar para o resto da
sua vida sendo um ser praticante de atividades físicas. (LIMA, 2016)
A Educação Física vem a ser capaz de entender e compreender o sujeito no
seu mais amplo significado, pois por meio da prática, a qual possibilita dinamismo,
criatividade e inovação, vem a utilizar de atividades que possam contribuir
diretamente com a aprendizagem em sala de aula e para a vida . Assim, essa
disciplina se prima por possuir ferramentas que auxiliam e norteiam o aluno no
decorrer do processo de ensino-aprendizagem em seu âmbito total e integral.
A Educação Física não deve ser uma disciplina na qual prima apenas um
momento de mero prazer, ou como auxiliadora das demais disciplinas, e sim, como
uma disciplina independente, que possui um caráter transdisciplinar, no qual utiliza o
brincar, como recurso pedagógico, ou seja, o conteúdo desta disciplina escolar é
composto por ferramentas que possibilitam o desenvolvimento de atividades que
envolva jogos educativos, esportes, brinquedos e brincadeiras.
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segundo o autor citado, vem a afirmar em seus inscritos que as atividades corporais
gymnásticas foram efetivamente praticadas a partir de 1841.
Conforme Cunha Jr. (s/d apud op. cit.), vem a descrever que: Joaquim
Caetano da Silva, Reitor do Collégio D. Pedro II, propõe ao Ministro Candido José
de Araujo Viana (Ministro e Secretário dos Negócios do Império), que se pague ao
“Instructor de Gymnástica um ordenado anual de quatrocentos mil reis por sete
horas de exercício semanais; duas na quinta feira e huma em cada hum dos cinco
dias de aula”, somada a esta sugestão o Reitor arrisca recomendar que ao Mestre
não fosse concedido o título de professor devido à natureza prática da atividade, ou
porque o mesmo não estivesse incluído nos exames públicos de admissão como o
obrigatório.
Apesar de reconhecer a suma importância do trabalho, escassez de mão de
obra especializada, o Ministro responde ao responsável pela direção do
estabelecimento. Sobre o valor da renumeração do Instructor, afirma que a mesma é
muito superior a dos demais docentes tais como os de Inglez, Francez, Dezenho e
Música “todos pressionados e com muito mais trabalho que o Mestre de
Gymnástica”. Assim entendendo e, muito incomodado, em junho de 1843, o reitor
questiona a possibilidade de substituir-lhe por hum mestre de dança (CUNHA
JÚNIOR, s/d apud ARANTES, 2008).
Segundo, Cardoso (2003): “Quase dez anos depois, na Cidade do Rio de
Janeiro, observa-se a obrigatoriedade da prática da ginástica nas (poucas) escolas
primárias do Município da Corte”. Ainda conforme o autor, bem como em 1870 dá-se
ali a construção do primeiro prédio destinado exclusivamente para a escola pública.
Nesse ponto, Arantes (2008) vem a retratar que no século XIX dois métodos
ginásticos são citados: 1 - A de quarto: realizada por alunos em sala de aula por
entre as carteiras, composta por exercícios localizados visando melhoria da saúde; 2
- A ginástica alemã (introduzida em 1852 - para soldados): que objetivava o
condicionamento físico dos alunos do sexo masculino, pela utilização de exercícios
acrobáticos exigindo disciplina e certo grau de hipertrofia muscular.
Ressaltam-se nos inscritos de Arantes (2008), que “As indicações sobre a
realização das aulas de gymnástica se multiplicavam. Aqui e acolá se se observa a
recomendação deste conteúdo aos escolares”. A fim de melhor compreensão e
entendimento a respeito à autora vem escrever que no ano de 1852, na província do
Amazonas, é expedido um documento regulamentando a instrução pública primária,
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população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. (São Paulo; SE/CENP
1985; 79 apud op. cit.).
A totalidade do ser humano se diferencia no transcurso da evolução
humana. À medida que se desenvolve o homem acentua suas predisposições e as
influências do mundo circundante na estrutura holística do ser, e a Educação Física
como participante deste processo tem como objetivo desenvolver e estimular o lado
biológico do homem, suas aptidões corporais e sensoriais, concomitante com o lado
emocional, oferecendo-lhe estímulos ao desenvolvimento em seu campo de ação
(PADRÃO REFERENCIAL DE CURRÍCULO, 1996 apud OLIVEIRA e MENEZES,
s/d).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs de 1997, o trabalho
de Educação Física nas séries iniciais do Ensino Fundamental é importante, pois
possibilita aos alunos terem desde cedo, a oportunidade de desenvolver habilidades
corporais e de participar de atividades culturais: como jogos, esportes, lutas,
ginásticas e danças, com a finalidade de lazer, expressão de sentimentos, afetos e
emoções. (OLIVEIRA e MENEZES, s/d)
O que condiz a afirmar que a Educação Física ao longo de sua história
objetiva-se em adequar o prazer por meio do movimento, devendo propiciar e
proporcionar ao aluno força sobre o movimento do corpo. Entretanto segundo
Oliveira e Menezes (s/d): “algo mais que todos os exercícios físicos, ela é educação,
pois por meio da seleção e ordenamento das atividades o educador busca cumprir
seus objetivos educacionais”.
Nesse contexto, os PCNs de 1997, conforme Bezerra (s/d) trazem em seu
bojo que a prática da Educação física na escola deverá proporcionar a autonomia do
aluno para observar as suas atividades: regulando o esforço, traçando metas,
conhecendo as potencialidades e limitações, sabendo distinguir situações de
trabalho corporal que podem ser prejudiciais a sua saúde. A iniciação precoce, o
desempenho e o imediatismo desconsideram a individualidade de cada aluno, único
em suas potencialidades e limitações. Os movimentos são estereotipados, gerando
conformismo pela ausência do exercício da crítica e do espaço da criação. “Em
oposição a uma Educação Física mantenedora do “status quo” propõe-se uma ação
onde o homem seja o agente ativo da construção de sua história pela sua ação
consciente”. (PADRÃO REFERENCIAL DE CURRÍCULO, p.67 apud op. cit.)
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cidadão de papel, mas que saibam serem cidadãos de fato e de direito, em todo
tempo e lugar. (THOMAZ e OLIVEIRA, 2009, pag.10)
Em suma para os autores: “Ser cidadão não é apenas possuir um
documento, vem a ser muito mais. Para que, o educando passe a agir como um
verdadeiro cidadão é necessário fazer com que a cidadania seja vivenciada no
cotidiano escolar”. (2009, pag.10)
Nas aulas de Educação Física é desenvolvida diversas habilidades, e, por
meio do movimento pode-se desenvolver habilidades como o equilíbrio,
coordenação, força, agilidade, e varias outras como o trabalho em equipe, a
cooperação, a autonomia, a criatividade, a autoconfiança, os cuidados com a saúde,
e o gosto pela atividade física, valores que ultrapassam os limites da escola e se
trabalhados de forma correta são indispensáveis para a sequência da vida deste
aluno, que irá se defrontar com uma sociedade individualista, na qual a
responsabilidade e a ética estão cada vez mais sendo esquecidas. (LOVERA, 2015,
pag.5)
Dentro dos conteúdos possíveis de ser trabalhado nas aulas de Educação
Física, Barbosa (2004), descreve alguns objetivos específicos que podem ser
trabalhados para cada série da Educação Básica, partindo da 5ª série do ensino
Fundamental:
Para Seybold (1980 apud op. cit. pag.10) os exercícios físicos trabalhados
em seu sentido original, ou seja, primitivo, são adequados à criança. Pois neles ela
encontra a resposta à sua necessidade natural de se movimentar, à sua inclinação
natural de brincar, à sua ânsia de recompensa e de um eficaz desempenho.
Barbosa (2004), citado por Lovera (2015, pag. 5), nos mostra que o
movimento, para ser útil à alfabetização, não deve ser encarado apenas em seu
aspecto corporal, mas, sobretudo no social, através do qual devem ser exploradas
todas as possibilidades sociopolíticas. O objetivo deverá ser o de alfabetizar as
crianças de classes populares para que elas possam “ler o mundo”, tendo assim
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
possam auxiliar nesta formação, assim como conteúdos próprios e novos modelos
de atuação, conciliando a teoria com à pratica.
Quanto ao papel do professor, este se torna a chave principal no processo
de formação dos alunos, e para que ocorra esta mudança nas aulas de Educação
Física, é necessário que ele esteja comprometido com suas aulas, sempre se
atualizando, sendo criativo e inovador, traçando os objetivos e metas a serem
alcançadas. E assim mostrando a verdadeira importância da Educação Física no
ambiente escolar, bem como o papel que esta exerce na formação das crianças e
jovens estudantes.
Enfim, conclui-se que no decorrer das aulas de educação física, fortalece o
sujeito aprendiz em sua estrutura emocional, psicomotora e corporal, ou seja, o
fortalecimento estrutural de um ser que pensa, age, reflete, se estabelece, que tece
opinião e transforma a si e modifica a sociedade na qual se encontra inserido.
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REFERÊNCIAS
MARQUES, Mayanna. Educação física escolar: por que é tão importante? Artigo
publicado em Educa Mais Brasil 31/10/2018. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/educacao-
fisica/noticias/educacao-fisica-escolar-por-que-e-tao-importante. Acesso em
04.05.2019.
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MEDALHA, J. (et. al.) Educação física no currículo da escola de 1º. Grau. São
Paulo: 1985. 75p.