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As lesões dentais têm sido classificadas de acordo com uma variedade OMS. A classificação que se segue leva em conta lesões aos dentes, às
de fatores, tais como etiologia, anatomia, patologia ou considerações estruturas de suporte, gengiva e mucosa bucal, com base em conside-
terapêuticas<l6). A presente classificação está baseada em um sistema rações anatõmicas, terapêuticas e no prognóstico. Essa classificação
adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em sua Aplicação pode ser aplicada tanto à dentição permanente como à decídua. O nú-
de Classificação Intemacional de Doenças à Odontologia e à Estomato- mero de código está de acordo com a Classificação Intemacional de
logia<171.Ainda assim, em nome da integralidade, considerou-se neces- Doenças (1995)<17).
sário definir e classificar certos tipos de trauma não incluídos no sistema
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LESÕES AOS TECIDOS PERIODONTAIS (Ver também p. 5
Concussão (S 03.20). Lesão às estruturas de suporte do dE,nt6. se'"'"
mobilidade ou deslocamento anormal do dente, mas com acer• eca
sensibilidade à percussão.
Subluxação (afrouxamento) (S 03.20). Lesão às estruturas de "'-'< -
te do dente, com mobilidade anormal, mas sem deslocamento do er-
te.
Luxação extrusiva-extrusão (deslocamento periférico. avulsão ;,
aI) (S 03.21). Deslocamento parcial do dente para fora do seu a ~ ':
OBSERVAÇÕES
OBJETIVOS 1 Executar procedimentos clínicos para reunir informações necessárias sobre o tipo e a extensão da
lesão
2 Executar procedimentos de exame radiográfico para reunir informação necessária sobre lesões ao
dente e à estrutura de suporte
3 Executar procedimentos de exame radiográfico para revelar corpos estranhos posicionados em
ferimentos labiais
A fim de chegar a um diagnóstico rápido e correto sobre a provável criança para tratamento também deve fazer-nos suspeitar de abuso ao
extensão da lesão à polpa, ao periodonto e às estruturas associadas, menor.
toma-se essencial fazer um exame sistemático do paciente traumatiza-
do(l8-20) (ver também Apêndices 1-3). Houve um período de inconsciência? .
Em caso afirmatiVO, ~r quanto tempo? Há dor de cabeça? Amnésia?
Quando o paciente é recebido para tratamento de um trauma agudo, a Náusea? Vômito? Todos esses aspectos são indícios de concussão ce-
região oral geralmente está muito contaminada. Assim, o primeiro pas- rebral, exigindo atenção médica. Contudo, isso geralmente não contra-
so no exame é lavar o rosto do paciente (no caso de ferime~tos do indica o tratamento imediato da lesão dental.
tecido mole, um detergente suave deve ser usado). Enquanto, isso é
feito, pode-se obter uma impressão inicial da extensão da lesão. A se- Houve lesões prévias aos dentes?
guir, uma série de perguntas deve ser formulada para ajudar no diagnós- A resposta a essa pergunta pode explicar achados radiográficos tais como
tico e no planejamento do tratamento: obliteração do canal radicular e formação radicular incompleta em uma
dentição que, a não ser por isso, teria desenvolvimento radicular com-
Quando ocorreu a lesão? pleto.
A resposta implicará um fator de tempo, que é crítico no caso de dentes
avulsionados ou deslocados, podendo influenciar a escolha de trata- Há distúrbios da mordida?
mento. Uma resposta afirmativa pode significar luxação dental, fratura alveolar,
fratura da mandíbula, ou luxação ou fratura da articulação temporoman-
Em que local ocorreu a lesão? dibular.
Embora possa haver implicações legais nesta resposta, ela também in-
dicará a possibilidade de contaminação dos ferimentos. . Há reação nos dentes ao frio elou calor?
Um achado positivO indica exposição da dentina, requerendo tratamen-
Como ocorreu a lesão traumática? to.
A resposta a essa pergunta indicará possíveis zonas de lesões (p. ex.,
fraturas corono-radiculares na região de pré-molares e molares após História médica
impacto no queixo). Qualquer inconsistência entre os ferimentos obser- Finalmente, uma curta história médica deve revelar possíveis alergias,
vados em uma criança e a história que ela conta deve levantar a suspei- distúrbios sangüíneos ou outras informações que poderão influenciar o
ta de abuso ao menor. É quando devemos então solicitar a assistência tratamento.
de outras especialidades médicas. Um atraso significativo em trazer a
.-
1&
EXAME CÚNICO
O primeiro passo em um exame adequado do paciente traumatizado deve ser o registro de
achados clínicos. Os apêndices 1 e 2 (p. 54-57) apresentam formulários padronizádos de
exames clínicos que ajudarão o dentista em uma seqüência ordenada de exame e garan-
tirão registro de toda a informação clínica pertinente. O exame clínico deve incluir uma
avaliação dos ferimentos dos tecidos moles: se presentes, sua natureza penetrante deverá
ser determinada, com ênfase sobre a possível presença de corpos estranhos (ver p. 19).
logo após, os tecidos duros dos dentes são examinados em busca de trincas e fraturas. O
di~ de trincas fica facilitado quando se dirige o feixe luminoso do refletor, paralelo
à superfície vestibular do dente lesado. No caso de fratura da coroa, as exposições pulpa-
res devem ser observadas, anotando-se o seu tamanho. Além disso, as luxações devem
ser regstradas, pois elas têm influência negatiVa sobre o prognóstico, a longo prazo, da
cicatrização pulpar.
TESTE DE MOBIUDADE
Este teste deve determinar a extensão do afrouxamento, em especial axialmente, de den-
tes indMduais (uma indicação de vascularidade pulpar rompida) e da mobilidade de gru-
pos de dentes (uma indicação de fratura alveolar). O grau de mobilidade é registrado em
uma escala de zero a três (O = sem mobilidade; 1 = mobilidade horizontal S 1 mm; 2 =
mobilidade horizontal ~ 1mm; 3 = mobilidade axial), sendo um auxílio na definição do tipo
de luxaçáO(1gl. Deve ser observado, contudo, que a mobilidade ·0· pode significar tanto
mobilidade fisiológica como absolutamente nenhuma mobilidade, um indício de intrusão
ou luxação lateral por ocasião da lesão, ou anquilose no período de acompanhamento.
Assim sendo, a mobilidade ·0· deve ser usada em conjunção com o resultado da percus-
são para a definição de luxaçôes (ver adiante).
TESTE DE PERCUSSÃO
Este teste, para o qual se usa o dedo, em crianças menores, ou o cabo de um instrumento
metálico, possui duas funções: a sensibilidade ao toque, na percussão, indicará dano ao
ligamento periodontal. A percussão da su~cie vestibular gerará um tom, que poderá ser
alto ou baixo. Um tom alto, metálico, imp~ca Que o dente lesado está travado no osso
(como na luxação lateral ou intrusão). No exame de acompanhamento, este tom indica
anquilose, achado que pode ser confirmado se um dedo for colocado sobre a superfíCie
palatal ou lingual do dente em teste. Em um dente com lPD normal, é possível sentir a
pancada do instrumento. No caso de intrusão, de luxação lateral ou de anquilose, a per-
cussão não poderá ser sentida no dedo.
i·
Exame e Diagnóstico 17
EXAME RADIOGRÁRCO ACOMPANHAMENTO (CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO)
O exame clínico deve agora focalizar a área da lesão, área a ser exami- Um acompanhamento bem planejado é" essencial para diagnosticar com-
nada radiograficamente. plicações. Nesse sentido, é adequado o seguinte programa de controle
pós-operatório:
Vários estudos têm demonstrado a importância de exposições radiográ- Uma semana (somente para pacientes com dentes reimplantados):
ficas múltiplas para revelar deslocamento dental por ocasião da lesão, a contenção deve geralmente ser removida nesta ocasião, para evi-
bem como alterações periapicais nas consultas de acompanhamento(18, tar anquilose.
19). Vale a pena considerar o formato do filme radiográfico, a fim de se Três semanas: um exame radiográfico é capaz de demonstrar radio-
obter imagens de alta qualidade e que sejam reproduzíveis. Uma exposi- lucidez periapical, bem como, em alguns casos, reabsorção infla-
ção oclusal, com acentuada angulação (usando-se um filme tamanho 2 matória. Após luxação, a contenção pode, quase sempre, ser
[DF 58, EP 21]) da região anterior traumatizada, fomece uma vista ex- removida.
celente da maioria das luxaçóes laterais, fraturas apicais e do telÇO Seis semanas: um exame clínico e radiográfico é capaz de demons-
médio e fraturas alveola~. O ângulo de exposição que divide ao meio o trar a maior parte dos casos de necrose pulpar, bem como reabsor-
padrão periapical de cada dente traumatizado (usando-se um filme ta- ção radicular inflamatória.
manho 1 [DF 56, EP li]) fornece informação sobre fraturas radiCulares Dois e seis meses: opcional para casos com cicatrização questioná-
celVÍCais, bem como outros deslocamentos dentais. Assim, um exame vel.
radiográfico da região traumatizada, compreendendo uma exposição Um ano: um exame clínico e radiográfico pode determinar o pr0g-
oclusal íngreme e três exposições de ângulo divisor periapical, fornecerá nóstico a longo prazo. Traumatismos especiais, tais como fratura
o máximo de informações na determinação da extensão do trauma. corono-radicular, fraturas radiculares, intrusões e dentes reimplan-
tados, podem requerer períodos de observação mais longos.
EXAME RADlOGRÁFIco DAS LESÕES DOS TECIDOS MOLES
Na presença de uma lesão labial penetTânte, uma radiografia do tecido DIAGNÓSTICO DE NECROSE PULPAR
mole é indicada, a fim de localizar quaisquer corpos estranhos(1B). Deve- Os indícios clássicos de necrose pulpar são alteração de cor da coroa
se observar que os músculos orbicularis oris comprimem-se ao redor de (cinza, azul ou vermelho), teste negativo de sensibilidade e radíolucídez
corpos estranhos no lábio, tomando-os impossíveis de apalpar; tais cor- periapical (A). Em caso de luxação, o teste de sensibilidade é indicado
pos só podem ser identificados radiograficamente, colocando-se um fil- somente após dois meses, devido à invaginação de novas fibras nervo-
me dental entre os lábios e o arco dentário, e usando-se 25% do tempo sas na polpa lesada. Se dois dos três indícios de necrose pulpar estive-
normal de exposição. Caso essa exposição revele corpos estranhos (um rem presentes, isso será uma indicação para realização da endodontia.
exame radiográfico poderá demonstrar, normalmente, fragmentos den-
tários, metálicos ou de restaurações, enquanto materiais orgânicos como DIAGNÓSTICO DE OBUTERAÇÃODO CANAL PULPAR
tecido e madeira não podem ser vistos), uma radiografia lateral pode.§er Nos casos em que ocorreu revascularização pulpar (p. ex., extrusão,
realizada (a 50% do tempo de exposição normal) para visualizar os cor- luxação lateral e intrusáo), é comum encontrar-se uma deposição acele-
pos estranhos nas superfícies cutânea e mucosa dos lábios. Com. a rada de tecido duro na cavidade pulpar, devido à atividade de odonto-
informação combinada dos exames clínico e radi~fico, pode-se então blastos alterados. Esse processo conduz, dentro de uns poucos anos, a
realizar o diagnóstico, o prognóstico e o planejamento de tratamento. uma quase que completa obliteração do canal radicular (A).
Finalmente, o registro fotográfico do trauma é recomendado, pois ofere- DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO RADICULAR
ce uma documentação exata da extensão da lesão, podendo ser usado A reabsorção radicular pode usualmente ser diagnosticada três a oito
mais tarde no planejamento do tratamento, em reivindicações legais ou semanas após a lesão. A reabsorção de superfície manifesta-se como
em pesquisa clínica. pequenas escavações na superfície da raiz, sem alteração associada da
lâmina dura (8). A reabsotçáo inflamatória é vista como cavidades em
forma de pires sobre a superfície da raz, com uma radiolucidez associa-
da afetando a lâmina dura (C). O dente mostra-se móvel e sensível à
percussão. A reabsorção por substituição (anquilose) é inicialmente vis:
ta como um desaparecimento do espaço do ligamento periodontal, sen-
do seguido, mais tarde, por uma substituição dos tecidos duros da raiz
por osso (D). O dente está imóvel, e o som da percussão é seco e
metálico.
Apêndice 1
Nome do paciente:
Data de nascimento:
54
Registro de emergência para traumatismo dental agudo
página 2
Exame objetivo
A condição geral do paciente está afetada?
Em caso positivo. pulso
pressão sangüínea
reflexp pupilar
condição cerebral
Observações objetivas além da região de cabeça e pescoço?
Em caso positivo. tipo e localização
Observações objetivas na região de cabeça e pescoço?
Em caso positivo. tipo e localimção
55
Registro de emergência para traumatismo dental agudo
página 3
Observações radiográficas
Deslocamento do dente
Fratura radicular
Fratura óssea
Registro radiográfiro
Laceração da mucosa
Contusão da mucosa
Fratura radicular
Subluxação
Extrusão
Luxação lateral
lntrusão
Avulsão
Plano de tratamento
No momento da lesão: Terapia final:
Reposicionarnento (momento da conclusão)
Contenção (momento da conclusão)
Terapia pulpar (momentoda conclusão)
Cobertura dentinária (momento da conclusão)
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·
Apêndice 2
Dente número 12 11 21 22
Data
Cor do dente
normal
amarelo
vermelho
cinza
restauração coronária
O
.<
cn Deslocamento (mm)
~ intruído
<
Q extruído
/
~ protruído
Z retruído
llJ ~
:::E
O Aumento de mobilidade (0-3)
:::E
Sensibilidade à percussão (+1-)
Fístula (+/-)
llJ
.....l
O Gengivite (+/-)
IX
~ Retração gengival (mm)
O
u
Bolsa periodontal (+1-)
Cada coluna representa o exame de determinado dente. A primeira coluna para cada dente fornece o valor no mo-
mento da lesão. Apenas os parâmetros listados na metade superior do formulário rMomento da lesão") devem ser
registrados no momento da lesão. A informação deste exame e a informação obtida no registro de emergência são
usadas para determinar o diagnóstico final para O dente traumatizado. Esses parâmetros e os quatro últimos (fístula,
gengivite, retração gengival, bolsa periodontal) devem ser registrados em todos os exames de acompanhamento.
Apêndice 3
Observações clínicas e radiográficas nos vários tipos de luxação
Clínicas
Mobilidade anormal - + + -(+) - (+)
Sensibilidade à percussão + +(-)' +/- -(+) - (+)
Som da percussão" normal fraco fraco metálico metálico
Resposta ao teste pulpar +/- +/- - (+) - (+) - (+)
Deslocamento clínico - - + + +
Deslocamento radiográfico - - + + +
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