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Capítulo: I ...................................................................................................................................3
1. Introdução ...............................................................................................................................3
1.2 Problematização.................................................................................................................3
1.3. Objectivos.........................................................................................................................4
Capítulo: II..................................................................................................................................6
2.2.1 Impostos.................................................................................................................... 15
2.2.2 Taxas......................................................................................................................... 16
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“2.7.1 Principais Impostos do Estado ................................................................................. 21
Conclusão ................................................................................................................................. 30
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Capítulo: I
1. Introdução
O presente trabalho tem como o tema reforma fiscal Moçambicano; no qual estão descrito muita
informação relacionado ao tema.
Reforma fiscal são mudanças de um período para o outro do acto de adopção de política que o
Estado cria para tributar a população duma forma eficaz, eficiente e económica; que as mesmas
políticas devem de estar dentro dos limites para que a população possa contribuir com seu
rendimento para o Estado através desses recursos cobrados realizar as despesas públicas.
O trabalho está estruturado em três capítulos a destacar: o primeiro capítulo corresponde a parte
da introdução onde dentro da mesma tem a justificativa; problematização; objectivos gerais e
específicos; relevância do tema; hipóteses e por fim a metodologia aplicada. O segundo capítulo
corresponde a parte do desenvolvimento do trabalho. O terceiro e último capítulo correspondem
a parte de conclusão e referências bibliográficas.
1.1. Justificativa
A opção da escolha do tema que é sobre reforma fiscal em Moçambique; deve se ao ser da área
do conhecimento adquirido nesse percurso da formação académica no curso de contabilidade e
administração pública; e de ser um tema de muita importância naquilo que são as formas de
obtenção de recursos financeiro, isto é os períodos que se passou deste que iniciou o fisco até a
situação actual. E não se esquecendo de que o tema foi atribuído pela docente da cadeira de
direito fiscal que no âmbito da competência ela possui competências para a execução desse acto.
1.2 Problematização
Partindo do pressuposto de que as formas que o Estado utiliza para angariar fundos para poder
executar ou realizar despesas em prol da colectividade, iniciaram há muito tempo ante da
independência, isto é no tempo colonial; mas até os nossos dias pós dias ainda esta continuar
com a mesma lógica de obter fundos a partir dos tributos para com os mesmos garantir o bem-
estar social. E como se não basta se verifica-se uma melhoria por parte do mesmo Estado no acto
da cobranças das receitas públicas comparando com o período colonial.
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Perante esta realidade coloca-se a seguinte questão:
Problema
Será que as reformas fiscais melhoraram o sistema fiscal ou o processo de tributo dos recursos
públicos por parte do Estado em Moçambique?
1.3. Objectivos
1.3.1 Geral:
Descrever sobre o processo das reformas fiscais de Moçambique.
1.3.2 Específicos:
Conceptualizar o sistema fiscal, receitas bem como imposto e taxas;
Debruçar em torno da evolução do sistema tributário Moçambicano bem como as suas
devidas reformas fiscais;
Escrever todos impostos do sistema tributário de Moçambique.
1.5. Hipóteses
H1: As reformas fiscais melhoraram o sistema fiscal ou o processo de tributo dos recursos
públicos por parte do Estado em Moçambique.
H0: As reformas fiscais não melhoraram o sistema fiscal ou o processo de tributo dos recursos
públicos por parte do Estado em Moçambique.
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1.6. Metodologia de Estudo
O trabalho é o resultado de pesquisa sobre reformas fiscais e teve como principais métodos:
Técnica Documental: este método consiste na consulta de materiais sobre reforma fiscal que
não receberam tratamento analítico.
Pesquisa Exploratória: este método tem como finalidade desenvolver, esclarecer, modificar e
aprimoramento de ideias, envolvendo um levantamento bibliográfico em matéria da reforma
fiscal.
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Capítulo: II
Para a realização dos fins que se propõe, e que se traduzem na realização de despesas orientadas
fundamentalmente à satisfação de necessidades públicas (necessidades colectivas da sociedade
organizada politicamente), o Estado necessita de obter receitas. Tais receitas provêm
prioritariamente da cobrança de tributos (prestações compulsivas, pecuniárias ou em espécie)
que podem revestir a natureza de impostos ou de taxas, ou da venda e exploração de bens do
património público (receitas patrimoniais).
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Os camponeses, através do “mussoco”, renda em géneros, canalizavam parte dos seus excedentes
agrícolas para a “elite” dos prazos, sendo, muitas das vezes, utilizados para alimentação. Com a
penetração crescente do capitalismo colonial, o “mussoco” passou a ser cobrado em trabalho e,
depois, em dinheiro, o que exprime uma mudança profunda nas relações sociais de produção.
Segundo Carlos Serra (1982), o imposto de palhota foi introduzido ao abrigo do decreto de 9 de
Julho de 1982 e cobrado à luz do Regulamento do Imposto de Palhota de 30 de Julho de 1892.
Os proprietários das palhotas situadas no interior ficavam obrigados ao pagamento anual de 900
reis por palhota utilizada como habitação. Nos dois primeiros anos, o imposto de palhota podia
ser cobrado em dinheiro ou género, mas em 1894 passou a ser obrigatoriamente recebido em
dinheiro. Aquele que não cumprisse com esta obrigação era punido com trabalho forçado durante
os dias necessários do valor do salário oficial local acrescentado 50 por cento no valor após a
finalização do trabalho forçado.
Salienta-se que a administração directa durou até 1892, e era feita através dos agentes da
autoridade, cuja função não era apenas de cobrar o “mussoco” mas, também de controlar os
chefes locais.
Como forma de obter dinheiro para pagamento do imposto de palhota a maior parte dos homens
moçambicanos residentes na zona sul do país emigravam para África do Sul para trabalhar nas
minas, o que facilitava a cobrança.
Segundo Ibraimo Ibraimo (2002), o fenómeno de emigração no sul do nosso país influenciou a
política fiscal porque fez com que o Estado colonial encarasse duas questões que não lhe
agradavam:
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Ao mesmo tempo, este fenómeno causava problemas no próprio orçamento do Estado colonial e
na balança de pagamentos. Por um lado, necessitava de promover a emigração, de obter o
imposto em libras - ouro, e por outro lado necessitava da mão-de-obra.
Após o imposto de palhota, a outra forma de tributação introduzida foi a tributação indirecta, que
incidia sobre os bens de consumo produzidos pelos indígenas, como forma de os levar a
concorrer para as despesas públicas. E, nesse sentido, foram criados alguns impostos directos,
nomeadamente:
Impostos prediais que incidiam sobre os prédios rústicos e urbanos situados na baixa da
cidade, dentro do território das companhias;
Tributação das actividades comerciais e industriais que eram tributados por
taxas variáveis, em função do valor das mercadorias importadas por cada
contribuinte, a legislação e a cobrança deste imposto era feito com base nas
declarações dos contribuintes;
Contribuição de Juros que consistia num imposto sobre o crédito e sobre a aplicação de
capitais, com base numa taxa fixa;
Sisa que incidia sobre os actos de transmissão da propriedade de bens imóveis a título
oneroso;
Imposto sucessório que incidia sobre os actos de transmissão de propriedade móvel a
título gratuito.
Nessa época vigorava um sistema tributário moldado aos objectivos do Estado que estava
dimensionado às necessidades orçamentais deste mesmo Estado. Para tal, estava organizado um
sistema administrativo adequado e dotado de pessoal apropriado, convenientemente treinado. Era
um sistema fiscal com uma legislação complexa e quase inacessível à grande maioria dos
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contribuintes, e não respeitava os princípios de justiça social, onde todos deviam pagar impostos
independentemente da sua condição social e financeira.
O Estado Português em Moçambique tinha um orçamento que integrava as receitas por um lado
e as despesas por outro lado. E, a tabela de despesas procurava responder às necessidades dos
gastos do Estado na altura. De acordo ainda com Ibraimo Ibraimo (2002), os impostos indirectos
por exemplo como o imposto de consumo e direitos aduaneiros, tinham algumas taxas
proteccionistas para a importação de produtos que aparentemente eram supérfluos e taxas mais
pesadas para outros produtos considerados essenciais para consumo da população, mas que
beneficiavam se de taxas aduaneiras preferenciais, quando importadas de certos países.
O nível de receitas era suficiente para fazer face às despesas de funcionamento do seu aparelho
administrativo.
O conjunto de pequenas taxas e impostos de nível local ou regional cujas características e fim a
que as receitas se destinavam - despesas das instituições locais e autónomas - estavam em
perfeita consonância com a forma de organização administrativa e eram dotados de processos
orçamentais que permitiam estipular as cobranças.
Ibraimo Ibraimo (2002), menciona que os principais impostos vigentes nessa altura eram:
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singulares, nacionais ou estrangeiras, que em Moçambique exerciam qualquer
actividade por conta de outrem ou por conta própria;
Imposto sobre aplicação de capitais que incidia sobre os rendimentos provenientes da
simples aplicação de capitais;
Imposto Complementar que incidia sobre o rendimento global das pessoas singulares e
colectivas.
Esta situação foi originada pela queda de produção industrial pois as unidades económicas de
cujos lucros dependiam do êxito da contribuição industrial foram abandonadas pelos seus
proprietários e algumas sofreram sabotagem. O facto associado à debilidade verificada na
administração e o dealbar da guerra de desestabilização originou a quebra da matéria colectável e
consequente ineficácia da contribuição industrial.
A Assembleia Popular adoptou então a Resolução 5/77, de 1 de Setembro. Com este instrumento
definiram-se os princípios fundamentais a observar no sistema tributário. A nova política fiscal
visava os seguintes objectivos: primeiro, simplificar o processo de captação do rendimento das
empresas, através da retenção antecipada deste no processo de circulação de mercadorias e
prestação de serviços; segundo, transformar os impostos de contribuição industrial e
complementar em simples impostos correctivos; terceiro, fundir os diversos impostos parcelares
sobre o rendimento do trabalho em um apenas, criando-se uma tributação progressiva, de acordo
com as normas constitucionais; quarto, agravar a carga fiscal sobre os lucros das empresas; e,
finalmente, simplificar a legislação fiscal em vigor.
O sistema não permitia a captação dos excedentes financeiros gerados pelos agentes económicos,
tal situação fazia com que do lado da procura aumentasse cada vez mais o dinheiro disponível e,
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do lado da oferta, os preços reais não correspondiam ao valor ofertado, daí que gradualmente
começam a surgir os mercados paralelos.
Revogou-se então a Resolução 5/77 pela Lei 3/87, de 19 de Janeiro, que passou a fixar os novos
princípios em que o Sistema Tributário Moçambicano devia assentar, com o objectivo de
aumentar a elasticidade das receitas em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e
alargar a base tributária.
A tributação directa dos rendimentos era feita com base no seguinte sistema de impostos:
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A tributação indirecta, que integrava os impostos sobre as despesas, com base no seguinte
sistema de impostos:
Imposto sobre valor acrescentado, que incidia sobre o valor das transmissões de bens e
prestações de serviços realizados no País;
Imposto sobre Consumos Específicos, que tributava, de forma selectiva, o consumo de
determinados bens;
Imposto especial sobre combustíveis, que incidia sobre qualquer combustível
comercializado no território nacional.
A Lei 3/87, de 19 de Janeiro, preocupou-se ainda com os objectivos de justiça social e com
objectivos tributários não financeiros, nomeadamente o de redistribuição do rendimento
nacional, de orientação dos consumos, de personalização dos impostos e da progressividade na
tributação dos rendimentos não provenientes do trabalho, continuando estes a ser tratados de
forma privilegiada e diferenciada.
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2.1.2 Objectivos do Sistema Fiscal ou Tributário Nacional (OSFTN)
Segundo do artigo 127.º, n.º 1 da CRM que o Sistema Fiscal Moçambicano é estruturado com
vista a satisfazer as necessidades financeiras do Estado e das demais entidades públicas, realizar
os objectivos da política económica do Estado e garantir uma justa repartição dos rendimentos e
da riqueza.
Deste princípio fundamental advém o entendimento de que é pelas receitas públicas que o Estado
realiza as necessidades públicas. A tributação tem assim como principal objectivo a
operacionalização de um mecanismo que garanta uma eficaz colecta e redistribuição das receitas
públicas em vista a promoção da justiça social. Eficaz porque deverá garantir a consecução das
metas orçamentais no que diz respeito as receitas públicas e sua sustentabilidade ao longo do
tempo, ao mesmo tempo o sistema proporcionará recursos para o melhoramento dos serviços
públicos, sem sobrecarregar o sector privado e evitando alterações na pauta fiscal.
Concomitantemente, a recolha de receitas também possui funções extra fiscais, como a utilização
para a distribuição da renda e diminuição da desigualdade entre pessoas e regiões. Serve também
para a protecção da economia nacional, estímulo de actividades de produção e geração de
empregos. Deve, em tese, ainda, regular ou restringir o consumo de produtos não essenciais,
nocivos à saúde e de luxo. Pode estimular o desenvolvimento económico e social promovendo a
educação e cultura, fortalecer a economia informal, facilitar a produção e muitos outros
objectivos.
A doutrina maioritária considera que o sistema fiscal é considerado justo na base de dois
critérios: equidade vertical (requer que os indivíduos com maior capacidade de pagamento
suportem uma carga fiscal maior) e equidade horizontal (a distribuição da carga fiscal deve
efectuar-se de modo a que indivíduos com igual capacidade suportem a carga), tudo no sentido
de minimizar a evasão fiscal e estender a base tributária.
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Ainda assim o sistema fiscal deverá ser simples, evitando complexidades administrativas e
minimizando as diferenças arbitrárias na tributação, concorrendo deste modo para que o
contribuinte se predisponha a pagar o tributo, pois sabe como o imposto foi calculado. Mais
ainda, o sistema deve ser previsível, isto é, deve ser conhecido e ter por base uma legislação
estável e transparente, sem excessiva carga tributária e ainda flexível para acomodar as
mudanças necessárias.
Por fim a eficiência do sistema é aferida pela moderação das distorções do impacto dos impostos
na decisão sobre poupança, investimento, produção, comércio, trabalho e consumo.
Ainda conforme Waty, Receitas públicas é um recurso patrimonial definitivo obtido, num
período financeiro, pelo Estado, ou outros entes públicos ou com funções publicas, para cobrir
necessidade publicas. Classifica-os em receitas ordinárias e extraordinárias, receitas correntes e
as de capital, receitas voluntárias contratuais ou não coactivas, receitas originárias e derivadas e
receitas efectivas e não efectivas.
Para Franco (2002), as receitas tributárias são constituídas por três grupos de impostos, imposto
directo aquela que se aplicam directamente aos rendimentos das pessoas e empresas, e os
impostos indirectos que se aplicam normalmente sobre bens e serviços consumidos na economia
e que, portanto recaem indirectamente sobre os rendimentos dos indivíduos, empresas e
instituições e outros que se aplica em objectivos específicos.
Das abordagens acima, pode se entender, receitas tributárias como meios económicos que o
Estado e os restantes entes públicos podem lançar mão, para a provisão dos bens atinentes a
satisfação das necessidades públicas e assumem uma natureza variada com uma classificação
complexa.
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2.2.1 Impostos
Os impostos cumprem uma importante função na nossa sociedade. Com os recursos arrecadados
via tributação, o Estado consegue financiar-se e prover bens públicos à população. Saúde,
educação e segurança pública são alguns dos exemplos que o Estado na senda do
assistencialismo fornece gratuitamente à sociedade em troca do pagamento do imposto.
O alargamento da base tributária é o objectivo traçado pelo Governo com vista a diminuir a
dependência da ajuda externa e obtenção de maiores receitas internas, bem assim para enfrentar
os desafios da globalização em geral.
Sucede, porém, para um país com cerca de dez milhões de pessoas economicamente activas, das
quais apenas dez por cento pagam impostos (pouco mais de um milhão), o grau de realização se
afigura muito aquém do necessário para o equilíbrio das contas públicas. O Estado ainda está
muito aquém de reunir os fundos suficientes para fazer face as despesas públicas, pelo que a
contribuição de todos para o pagamento dos impostos seria de grande utilidade, podendo alargar
de forma significativa a base tributária, factor que ajudaria no melhoramento do desempenho do
Orçamento do Estado. Surgem, pois, alargar a base tributária.
O imposto define-se como uma prestação pecuniária compulsiva de carácter unilateral, cujo
objectivo é gerar recursos orientados prioritariamente para o financiamento da prestação de
serviços que visem a satisfação de necessidades públicas;
Segundo Teixeira (1985), o imposto é uma prestação pecuniária efectiva, de pagamento coercivo
com carácter unilateral e definitivo, em geral não consignados a nenhum tipo de utilizações,
sendo uma prestação devida ao Estado, estabelecida por lei sem carácter de sanção, tendo como
objectivo a realização de fins públicos.
Sanches (2007), refere que definir imposto não é tarefa fácil como vem demonstrando a
doutrina. O imposto é uma das espécies tributárias criadas por lei e está sujeito ao princípio da
legalidade.
Ibraimo, Ibraimo (2002), em que “o imposto é uma prestação pecuniária, exigida aos particulares
por via da autoridade, a título definitivo e sem contrapartida, com vista à cobertura dos encargos
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públicos”. Nabais (2008), define o imposto com base em três elementos, “um elemento
objectivo, um elemento subjectivo e um elemento teológico (ou finalista) ”. Neste contexto, será
objectivo porque o imposto é uma prestação pecuniária, unilateral, definitiva e coerciva.
Enquanto elemento subjectivo, o imposto é uma prestação, com as características objectivas
acima mencionadas, exigida a (ou devida por) detentores (individuais ou colectivos) de
capacidade contributiva (ability to pay) a favor de entidades que exerçam funções ou tarefas
públicas. O elemento teológico (ou finalista) reside no facto do imposto ser exigido pelas
entidades que exercem funções públicas, para a realização dessas funções, sem carácter
sancionatório. Portanto, o imposto tem como conteúdo um dever de prestar que surge pela
simples verificação de um facto previsto na lei, dando origem a uma relação jurídica tributária.
Assim, tendo em vista os fins da tributação, o pagamento de impostos deve respeitar os
princípios constitucionais da generalidade. Por isso, estamos perante um imposto se apenas puder
ser medido ou aferido com base na capacidade contributiva do contribuinte. Independentemente
do ou não pagamento de uma certa taxa ou imposto para o uso deste bem.
2.2.2 Taxas
As taxas são consideradas por Waty (2011), como sendo uma espécie tributária, que corresponde
a uma prestação patrimonial, legal, a favor de ente público como contraprestação específica e
individual de um serviço público ou de remoção de obstáculo jurídico ao comportamento de
particulares. As taxas podem ser tarifas ou licenças, administrativas ou jurídicas.
Ibraim Ibraim (2002), as taxas são devidas pela utilização individual de serviços públicos ou de
bens de domínio público, de que todos necessitam abstractamente, mas que só alguns procuram
activamente, ou pela remoção de um limite jurídico à actividade dos particulares mediante a
concessão de autorização administrativa (propinas de estabelecimento de ensino oficial,
“imposto” de justiça, selos postais, taxas hospitalares, portagens, taxas camarárias por ocupação
da via pública ou estacionamento.
Apesar das duas abordagens apresentarem uma semelhança, para o presente trabalho optamos
pela abordagem de Waty (2011), por ser mais simplista ao definir taxas como sendo uma espécie
tributária, que corresponde a uma prestação patrimonial, legal, a favor de ente público como
contraprestação específica e individual de um serviço público ou de remoção de obstáculo
jurídico ao comportamento de particulares.
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As taxas, por sua vez, definem-se como prestações pecuniárias compulsivas que:
Correspondem à obrigação que o Estado assume de prestar determinados serviços
específicos virados à satisfação de necessidades públicas ou semi-públicas, ou
alternativamente colocá-los à disposição da população (Ex: taxas de aterragem, taxa de
lixo, taxa de rádio); ou,
Surgem como contrapartida de uma actividade específica da administração em resposta a
uma solicitação explícita do contribuinte (licenças de caça, licença de exploração de
minas, licença de corte de florestas).
Ao contrário do imposto, no conceito de taxa está ausente o carácter unilateral, pois existe, neste
caso, uma contraprestação específica do lado da administração (só paga a taxa aquele que solicita
a prestação do correspondente serviço, licença ou outro acto administrativo).
Na acepção ainda destas definições, são bens ou serviços públicos aqueles cuja existência
permite à colectividade usufruírem de um benefício ou utilidade imediata, não susceptível de
individualização (requisito indispensável para que possa haver a divisibilidade dos respectivos
custos, e a correspondente imposição de uma taxa), motivo pelo qual não podem ser cobertos
por contraprestações determinadas.
São exemplos de serviços desta natureza a existência de uma força policial, a construção de uma
nova estrada, a iluminação pública nas cidades, etc., os quais se destinam a satisfazer
necessidades comuns dos membros da comunidade, sem que se possa contudo (ou não seja
prático ou politicamente aceitável) determinar em que medida beneficiam individualmente cada
um deles.
Tais serviços são normalmente financiados por recursos arrecadados pelo “ente público” (Estado,
Município, etc.) na base de critérios diferentes do da contraprestação (ou preço pela utilização do
serviço), uma vez que tal contraprestação não é determinável.
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2.3 Distinção entre Imposto e Taxas
As taxas o derivadas pela utilização individual de serviços público ou de bens de domínio
público de que todos necessitam abstractamente, mas que só alguns procuram activamente, ou
pela remoção de um limite jurídico à actividade dos particulares mediante a concessão de
autorizações administrativas, (Ibraim, Ibraim, 2002).
Assim a diferença fundamental entre o imposto e a taxa reside no facto de aquele ser uma
prestação unilateral e a taxa ser uma prestação bilateral ou sinalagmática, isto é, com uma
contraprestação específica, individual, imediata e directa (serviços prestados). (Ibid.)
A verdade é que a distinção entre imposto e taxa assume especial relevância no que se refere ao
princípio da legalidade: o imposto só pode ser criado por lei da Assembleia da República,
enquanto a taxa, nem sempre é assim.
Os impostos tem sempre vários objectivos, que se encontram geralmente associados, muito
embora em alguns casos predomine este ou aquele, assim podemos distinguir os seguintes
objectivos:
Objectivos fiscais
Segundo Ibraim Ibraim (2002), aqui os impostos visam a obtenção de receitas para
financiamento das despesas públicas, isto é, a satisfação das necessidades financeiras do Estado.
Objectivos sociais
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Por outro lado, os impostos podem adaptar a estrutura do consumo à evolução das necessidades
de justiça social. (Ibid.)
Objectivos económicos
Princípios Gerais:
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Estão sujeitos ao princípio da legalidade tributária a incidência, a taxa, os benefícios
fiscais, as garantias e obrigações dos contribuintes e da administração tributária e o
regime de infracções tributárias.
As bases da política de impostos e o sistema fiscal são definidos por Lei, nos termos da
Constituição;
A Lei de Bases do Sistema Tributário determina a incidência, as taxas e os benefícios
fiscais dos impostos nacionais, as garantias e as obrigações do sujeito passivo e da
administração tributária, bem como os procedimentos básicos de liquidação e cobrança
de impostos;
A Lei das Finanças Autárquicas determina a incidência, as taxas e os benefícios fiscais
dos impostos autárquicos;
O exercício da justiça tributária é garantido através dos tribunais das jurisdições fiscal e
aduaneira para tutela plena e efectiva de todos os direitos ou interesses legalmente
protegidos em matéria tributária.
Franco (2008), afirma que a política tributária é prerrogativa dos Governos somente, o sector
privado para ter receitas tem que vender bens/ e ou serviços. Os governos geram receitas através
dos impostos que posteriormente financiarão despesas relacionadas com a prestação de serviços
e bens públicos e investimento em infra-estruturas.
A carga fiscal ou tributária, também conhecida por perda de eficiência mede a ineficiência
económica ou perda de recursos produtivos criada pela imposição de um imposto. A incidência
fiscal ou tributária é a proporção da carga fiscal que é partilhada por consumidores e produtores.
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2.7 Os Impostos do Sistema Tributário
Segundo o manual do quadro legal para imposto em Moçambique:
Regras de Incidência:
As sociedades comerciais e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado com sede
ou direcção efectiva em território moçambicano, pela totalidade dos seus rendimentos, incluindo
os obtidos fora do território nacional, sem prejuízo das regras de prevenção da dupla tributação
internacional aplicáveis - convenções internacionais estabelecidas com Portugal, Itália,
Maurícias e Emiratos Árabes Unidos;
As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva no
território nacional, relativamente apenas à parcela dos respectivos rendimentos obtidos no País e
aqui não sujeitos a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS).
Regras de Incidência:
O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) incide sobre o valor global anual
dos respectivos rendimentos, expressos quer em dinheiro quer em espécie, seja qual for o local
onde se obtenham e a moeda e a forma por que sejam auferidos, mesmo que provenientes de
actos ilícitos, classificados nas seguintes categorias:
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Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente;
Segunda Categoria: rendimentos empresariais e profissionais;
Terceira Categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias;
Quarta Categoria: rendimentos prediais;
Quinta Categoria: outros rendimentos.
São sujeitas a IRPS as pessoas singulares que residam no território nacional, pela totalidade dos
respectivos rendimentos, incluindo os produzidos fora desse território, e as não residentes, pelos
rendimentos aqui obtidos.
Existindo agregado familiar, o imposto é devido pelo conjunto dos rendimentos das pessoas que
o constituem.
Foi aprovado pela Lei nº 5/2009, de 12 de Janeiro, o Imposto Simplificado para Pequenos
Contribuintes com o objectivo de reduzir custos de cumprimento das obrigações tributária,
encargos de fiscalização e controlo através das simplificação dos procedimentos, bem como
incentivar os contribuintes registar-se e pagar imposto.
Refira-se que a tributação dos sujeitos passivos no ISPC é de carácter optativo. Para os sujeitos
passivos que optem pela tributação em ISPC, sobre as transmissões de bens e prestações de
serviços que realizem não há lugar ao IVA e, sobre os rendimentos obtidos, não incide IRPS ou
IRPC.
Os sujeitos passivos de ISPC que aufiram outros rendimentos, para além de rendimentos
classificados como da segunda categoria em sede de IRPC (rendimentos empresarias e
profissionais), são tributados em ISPC apenas relativamente aos rendimentos desta categoria,
devendo os restantes rendimento serem declarados para efeitos de tributação em IRPS.
Regras de Incidência:
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As pessoas singulares ou colectivas que desenvolvam actividades agrícolas, industriais ou
comercias, bem como a indústria transformadora e a prestação de serviços (incluindo
exportadores e importadores), podem optar pela tributação em ISPC, desde que:
Não sejam obrigados, para efeitos de IRPS ou IRPC a possuir contabilidade organizada.
Regras de Incidência:
O imposto sobre o Valor Acrescentado incide sobre o valor das transmissões de bens e
prestações de serviços realizadas no território nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo
agindo como tal, bem como sobre as importações de bens.
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2.7.1.5 Outros Impostos sobre a Despesa
A tabela de taxas em vigor, contendo a lista dos bens tributados, é a constante da Lei nº 17/2009,
de 10 de Setembro, e encontra-se organizada segundo a classificação e a nomenclatura da pauta
aduaneira.
Incide sobre todo e qualquer combustível, produzido ou importado, que se destine a ser
comercializado no território nacional, tendo como sujeitos passivos:
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2.7.1.6 Impostos sobre a Transmissão da Propriedade
O Imposto sobre as Sucessões e Doações incide sobre as transmissões a título gratuito do direito
de propriedade sobre bens móveis e imóveis, designadamente por sucessão hereditária, legado,
doação ou por qualquer negócio jurídico que transmita a propriedade a título gratuito e entre
vivos, mesmo nos casos em que a propriedade é transmitida separadamente do usufruto, uso ou
habitação.
Consideram-se bens imóveis, para efeitos de incidência do imposto, apenas os prédios urbanos
situados no território nacional.
2.7.1.6.2 Sisa
Contudo, com a implementação do Sistema Tributário Autárquico a Sisa foi substituída nas
autarquias pelo Imposto Autárquico da Sisa. Assim, a partir de 30 de Dezembro de 2008, a Sisa
só é devida nas transmissões de imóveis situadas fora do território das autarquias.
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São casos particulares de incidência da Sisa, aqui indicados a título meramente ilustrativo:
O Imposto sobre Veículos incide sobre o uso e fruição dos veículos a seguir mencionados,
matriculados ou registados no País, ou desde que, independentemente de registo ou matrícula,
sejam decorridos 180 dias a contar da respectiva entrada no mesmo território nacional e se
encontrem a circular ou a ser usados em condições normais de utilização:
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Consideram-se potencialmente em uso os veículos automóveis que circulem pelos seus próprios
meios ou estacionem nas vias ou recintos públicos e os barcos de recreio e aeronaves, desde que
possuam certificados de navegabilidade válidos.
O Imposto do Selo incide sobre os documentos, contratos, livros, papéis e actos designados na
Tabela anexa ao respectivo Código, compreendendo designadamente, entre outros:
Não estão, porém, sujeitas a imposto de selo as operações abrangidas pela incidência do
imposto sobre o valor acrescentado e dele não isentas.
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2.7.2.3 Imposto de Reconstrução Nacional
Regulamentado, no seu ordenamento actual, pelo código aprovado pelo Decreto nº 4/87, de 30
de Janeiro, o imposto de reconstrução nacional reveste a natureza de imposto geral de capitação,
legalmente definido como “representando a contribuição mínima de cada cidadão para os
gastos públicos”. O imposto incide sobre todos as pessoas residentes no território nacional,
ainda que estrangeiras, quando para elas se verifiquem as circunstâncias de idade, ocupação,
aptidão para o trabalho e demais condições estabelecidas no respectivo Código.
As taxas do imposto, de montante inexpressivo, são estabelecidas para cada ano pelo Ministro
das Finanças, mediante propostas de cada Governo Provincial, diversificadas de modo a atender
ao grau de desenvolvimento e às condições socioeconómicos prevalecentes em cada distrito ou
região.
Contribuição de Melhorias;
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Tarifas e Taxas pela Prestação de Serviços.
A entrada em vigor desta nova configuração do Sistema Tributário Autárquico efectivou-se com
a publicação do Código Tributário Autárquico, aprovado pelo Decreto nº 63/2008, de 30 de
Dezembro.
Com estas notas introdutórias, descrevem-se de seguida os elementos essenciais de cada um dos
tributos que actualmente integram o Sistema Tributário Autárquico do País.
Actividade mineira;
Actividade petrolífera;
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Capítulo: III
Conclusão
Terminado o trabalho que aborto conteúdos da reforma fiscal de Moçambique; o mesmo foi
satisfatório visto que consegui alcançar-se os objectivos pretendido isso porque descreveu se
muito sobre o a reforma fiscal Moçambicano assim como os objectivos especifico que nos fez
alcançar o nosso objectivo geral.
Período colonial: é onde vigorou o imposto de palhota; Mussoco entre prazo e os prazeiro.
Período da independência: 1975 – 1977. Houve a necessidade do estado criar condições para
satisfazer as necessidades colectivas. Onde tributava todas empresas industriais, de exploração,
predial urbanos, profissional, explicações de capitais, selo, consumo.
Período pôs independência: no final de 1977 houve a necessidade de criar a primeira reforma.
1ª Reforma: surgir com motivo de simplificar o processo de cobrança em 1978; e unir o imposto
complementar e industrial; e agravou se algumas taxas tornando a legislação mas compreensível.
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Referências bibliográficas
Carlos, S (1982).Uma introdução à ciência das finanças. 4ª. ed.Rio deJaneiro: Forense,
Sanches, Giuliani; Caderno de Direito Financeiro Alberto. Santa Cruz do Sul, 2007
LEGISLAÇÃO
Constituição da República de Moçambique. Escolar Editora. Maputo, Moçambique. 2004;
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