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Este livro foi feito para apaixonados por guitarra, música e histórias.
Salvá-la de um incêndio, reencontrá-la décadas depois de pensar que a tinha perdido para sempre,
enterrá-la junto com um fã, chamá-la de esposa ou fazer dela algo para se lembrar da sua mãe.
A guitarra tem alma e espírito. É muito mais do que um objeto feito de madeira.
Neste eBook, você pode optar por ir rolando página por página ou então
acessar sessões do livro clicando nos links interativos a seguir:
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Interatividade
Gian Bazzo nasceu em 1983 e, 16 anos depois, comprou a sua primeira guitarra, uma Strato branca (e
linda). Sonhou viver de música e ser “rock star”, mas nunca foi músico profissionalmente. Trabalhou em
diversas atividades, se formou em Gestão de Micro Empresas e se encontrou feliz trabalhando com
Marketing. Em setembro de 2014 fundou O Guitarreiro, um Blog de conteúdo que reuniu fãs e leitores
numa fanpage. Lançou uma loja virtual de guitarras seis meses depois, mas os negócios não se
viabilizaram e a loja encerrou as atividades antes de completar dois anos. Mesmo assim, Gian seguiu
trabalhando com música e vivendo a sua paixão por Marketing e Design. Desde os primeiros dias dO
Guitarreiro, o gosto pela escrita crescia à medida que o conteúdo do Blog era produzido, e assim a ideia
de lançar uma publicação começava a ganhar força. Mas tirar o projeto do papel não seria simples com
uma rotina densa e dias curtos, então uns dois anos depois, em 2017, as mangas foram arregaçadas,
alguns textos antigos revisados e novas pesquisas iniciadas intensivamente, para lançar o projeto e
realizar o sonho deste livro, aliando um bonito design gráfico com as mais incríveis histórias sobre
guitarras legendárias.
Um Guitarreiro
Gian ainda toca guitarra, mais por hobbie, mas sempre pensando em ter uma banda ou um projeto
musical com alguma atividade. Atualmente toca com a Five O´Clock, banda de rock instrumental
britânico. Na sua pequena coleção de instrumentos estão dois violões folk; um ukulele; uma guitarra
Strato (branca e linda, mas não a mesma de 1999); uma outra Strato, comprada em 2009 (preta, linda e
customizada - história contada a seguir); mais uma Strato, na cor creme, comprada para que o seu
braço fosse usado na customização da Strato preta e que, por fim, também foi customizada, recebendo o
nome de ‘‘Melissa II’’; e a Melissa (a I, no caso), uma guitarra comprada em 2008 e com um shape não
tradicional, customizada com captadores do Steve Morse e com o nome da sua esposa na headstock.
Imagens: Gareth Cattermole (guita Hendrix, pg. 7); Baron Wolman (Jimi Hendrix, pg. 8); Corbis Images (Angus Young); Jeff Daly (Peter
Frampton); Diana Davies (Bob Dylan); Astrid Kirchherr (George Harrison, pg. 16); Paul Natkin (Bob Marley; Randy Rhoads); Andy
Sheppard (Billy Gibbons, pg. 18); Frank Driggs (Bo Diddley); Dan Erlwine (guita Albert King Lucy); Frans Schellekens (Albert King);
Joshua Gunter (Chuck Berry); Michael Ochs (Prince, pg. 25); John Peden (guita Clapton, pg. 26); Maria Chrisá (Slash); Jo Hale (Gary
Moore, pg. 34); Christie Goodwin (Joe Bonamassa; Joe Satriani); Bertrand Guay (Prince, pg. 47); Joe Beine (The Edge); Dave Collis
(Nancy Wilson); Nancy Gray (Joan Jett); Kevin Winter (Tom Morello, pg. 50); Larry Marano (Tom Morello, pg. 51); Michael Putland
(guita Les Paul, pg. 53); Jeff Yeager (Kirk Hammet, pg. 53); Derek Riggs (Eddie, mascote de Iron Maiden); Terje Bendiksby (Iommi, pg.
64); Mike Cameron (James Hetfield, pg. 63); Robert F. Bukaty (Billie Joe Armstrong); Gijsbert Hanekroot (Jimmy Page, pg. 71); Shu
Tomioka (guita Rory Gallagher); Clayton Call (Steve Morse com a Tele); Carlos Delgado (John Petrucci); Rusty Russel (guita Tele
String Bender); Eleanor Jane (Marty Stuart); Ian Dickson (John McLaughlin); Tasos Katopodis (John Mayer); John Gellman (Duane
Allman, pg. 85); Steve Morley (George Harrison, pg. 86); Adrin Snider (George Benson); Frank Micelotta (Rick Nielsen); Amy
Whitehouse (Jack White); Patrick Ford (Noel Gallagher); Tom Hill (Johnny Winter); Tony Nelson (Brian Setzer); Chris O'Meara (Prince,
pg. 112); Tim Mosenfelder (Dimebag Darrell, pg. 114); Bettmann (John Lennon, pg. 116); Jan Persson (Jimmy Page, pg. 119); Jeff Kravitz
(Kurt Cobain); Bob King (Ritchie Blackmore); Tucker Ransom (Santana, pg. 128); Kevork Djansezian (Santana, pg. 129); David Corio
(Johnny Ramone); Bruce Fleming (Jimi Hendrix, pg. 132); Ian Gavan (Brian May, pg. 141); Christopher Simon Sykes (Keith Richards,
pg. 142); Simone Joyner (Keith Richards, pg. 143); MJ Kim (David Gilmour, pg. 146); Robert Knight (Jimmy Page, pg. 151); Jonathan
Stathakis (Jimi Hendrix, pg. 159).
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Versões alternativas dos fatos supõem que a guitarra queimada em Londres sobreviveu, foi restaurada
e novamente queimada no Miami Pop Festival. Depois disso, Frank Zappa teria a resgatado para gravar
um dos seus discos e, muitos anos depois, seu filho a encontraria debaixo de uma escada e tentaria
leiloá-la, sem sucesso. Outras histórias afirmam que a Strato de Zappa seria outra, uma segunda entre
três das guitarras queimadas por Hendrix.
Mistérios à parte, a primeira guitarra queimada é uma das peças mais valiosas do acervo histórico de
Jimi Hendrix, talvez por ser a única das guitarras sacrificadas que permaneceu completa. Ela foi
leiloada em 2008 por cerca de meio milhão de dólares. A mais valiosa das guitarras de Hendrix, outra
Strato, também está neste livro.
Começamos esta jornada pela história da guitarra apresentando a simbólica e legendária Strato do
Guitarreiro que revolucionou a música e a guitarra.
Coloque um som para rodar e aproveite a viagem!
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#98
Guitarra capetuda
No início dos anos 60 a Gibson lançou o modelo SG como uma tentativa de competir com os modelos de
dois cortes no corpo, próximo ao encaixe do braço, popularizados pela Fender. A ideia era construir uma
guitarra mais confortável para tocar, e não foi fácil conquistar os Guitarreiros já apaixonados pela Les
Paul, que era o principal modelo da Gibson. Mas nos anos 70 surgiu um Guitarreiro icônico que tornaria
legendário o shape da SG, lembrando chifres diabólicos, que ele mesmo usava como um dos seus
símbolos artísticos.
Angus Young usou diversas guitarras SG durante a sua carreira, sempre com o AC/DC. Ele mesmo não
sabe com precisão sobre o ano da sua primeira, comprada nos anos 70, provavelmente uma SG '67 ou
'68, embora ele tenha dito em entrevistas que seria uma '69. De qualquer forma, a Gibson se baseou no
modelo '68 para reeditar modelos legendários do Guitarreiro capetudo.
#98
Guitarra capetuda
No início dos anos 60 a Gibson lançou o modelo SG como uma tentativa de competir com os modelos de
dois cortes no corpo, próximo ao encaixe do braço, popularizados pela Fender. A ideia era construir uma
guitarra mais confortável para tocar, e não foi fácil conquistar os Guitarreiros já apaixonados pela Les
Paul, que era o principal modelo da Gibson. Mas nos anos 70 surgiu um Guitarreiro icônico que tornaria
legendário o shape da SG, lembrando chifres diabólicos, que ele mesmo usava como um dos seus
símbolos artísticos.
Angus Young usou diversas guitarras SG durante a sua carreira, sempre com o AC/DC. Ele mesmo não
sabe com precisão sobre o ano da sua primeira, comprada nos anos 70, provavelmente uma SG '67 ou
'68, embora ele tenha dito em entrevistas que seria uma '69. De qualquer forma, a Gibson se baseou no
modelo '68 para reeditar modelos legendários do Guitarreiro capetudo.
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A Les Paul
de Jimmy Page #5 Conhecida como o santo
graal das Les Paul´s, esta
guita '59 é a marca
O amor declarado pela registrada de Jimmy Page
guitarra, nas palavras de e, ao longo dos anos, foi se
Jimmy Page: transformando na cara do
‘‘Assim que toquei a Les Led Zeppelin. Em 1969, foi
Paul, me apaixonei. Não comprada de John Walsh,
que a Tele (Dragon) não lendário Guitarreiro do
fosse amigável, mas a Eagles, e logo passou a
Les Paul era maravilhosa receber modificações para
e fácil de tocar. Ela me melhorar a tocabilidade de
parecia uma boa guita Page, como um lixamento
para turnês...’’. na parte de trás do braço
para torná-lo mais fino,
‘‘... ela realmente tinha troca de tarraxas e
um lindo sustain. Eu diversas alterações da
gosto de sustain.’’, disse parte elétrica e captadores
Page. ao longo dos tempos.
A Lespa '59 é considerada a número um (“number one”) de Jimmy Page e, bom, está na
conta das 99 guitas deste livro, mas não podemos deixar de citar a Les Paul número dois,
que é praticamente gêmea dela, com uma pequena diferença na parte da frente do corpo,
que é mais tigrado do que a number one. A dois é muito atribuída por ter sido tocada com
arco de violino nos shows, e também por receber a afinação especial de Page, conhecida
como DADGAD, para tocar, entre outras, a música “Kashmir” ao vivo. Lembrando que,
como já contamos neste livro, a legendária música foi gravada com a Danelectro '61.
A Blackie de Eric Clapton #4
O resumo do surgimento da Blackie é simples: Eric Clapton comprou três guitarras Fender Stratocaster,
pagando 100 dólares por cada uma delas. Ele mesmo as desmontou e usou as melhores peças para
construir uma super guitarra, a qual carinhosamente chamou de Blackie.
Nashville, 1970:
Clapton adquire diversas Strato´s '56 em uma época que o mercado de guitarras estava em baixa. As
Les Paul´s eram as preferidas, mas ele tinha um sentimento especial pelas “Strats”. Ele as compra e volta
para a Inglaterra, dando uma para o Steve Winwood, outra para Pete Townshend e outra para George
Harrison, separando outras três delas: as que tiveram peças extraídas para a criação da Blackie.
“Esta guitarra esteve sempre comigo em todos os tipos de dificuldades. Me lembro de uma vez na
Jamaica, ensaiando para as gravações do álbum “461 Ocean Boulevard”… eu estava muito bêbado e
completamente fora de mim… ao terminar um número de Chuck Berry, eu caí, e o baterista terminou a
música… eu esmaguei algumas partes da Blackie sob mim e, dentro de meia hora, ela estava tocando
como nova, somente com alguns pequenos reparos. O corpo e o braço da guitarra estavam totalmente
partidos e eu pensei: esta guitarra é minha vida. Ela pode aguentar tanto quanto eu”.
(Relato de Eric Clapton, - editado em resumo)
Lee Dickson, GuitarTech de Clapton, foi o guardião da Blackie.
Ele cuidou para que ela seja fosse com enorme cuidado. Mas num
ponto, Eric era inflexível: ela raramente saía do seu lado e, ao
contrário da maioria das guitarras, era mantida em sua casa.
A Fender criou uma série com 185 réplicas que os fãs do “Deus
da guitarra” tiveram a oportunidade de adquirir com todos os
legendários detalhes da Blackie original de Clapton, até mesmo
marcas de cigarro no braço da guitarra foram feitas.
*Diferente do modelo ES-335 da Gibson, pois não tem os f-holes de uma guitarra semi-acústica e
também tem especificações diferenciadas, como o knob varitone para ajustar diferentes timbres.
Uma das mais valiosas guitarras do universo #1
A guitarra que acompanhou o maior Guitarreiro de todos os tempos no
memorável show do Woodstock em 1969, quando ele tocou o hino americano
numa versão de fúria contra a guerra que acontecia no Vietnan. A guitarra do
último show da vida de Jimi Hendrix. Um símbolo de valor inestimável para a
história da música.
A Woodstock Strat pode tranquilamente ser considerada o santo graal de
todas as guitarras. Uma Fender '68, na cor branca (mais para um creme),
simples, linda, e que esteve com Hendrix em gravações e shows, o último deles,
doze dias antes da sua morte, no Festival da Ilha de Fehmarn, na Alemanha.
Entre este show e o seu adeus, Jimi presenteou Mitch Mitchell (baterista da
banda Jimi Hendrix Experience) com a guitarra.
O destino da legendária Strato a levou até Paul Allen, milionário co-fundador
da Microsoft que a arrematou por mais de 2 milhões de dólares num leilão. O
preço é especulado, mas o valor é imensurável! Paul a mantém no Experience
Music Project Museum, em Seattle, terra natal de Hendrix. Mas a guitarra
também viaja pelo mundo com exposições em memória a Jimi Hendrix.
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Ode à guitarra!
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Índice de Guitarreiros por página
(Aqui não tem links - seria uma tremenda mão, o jeito é ver a página e rolar, valeu?)
Toda guitarra pode ser legendária, principalmente para o seu próprio Guitarreiro. Toda guitarra tem
uma história, e esta Strato passou por um drama com uma incrível reviravolta. Ela foi jogada no lixo,
mas o seu destino fez com que a sogra de um Guitarreiro a encontrasse. Marcelo Koh foi o felizardo que
recebeu a guita toda desmontada e sem algumas peças. Ele foi até o luthier Drurys, de Santa Cruz do
Sul/RS, que analisou a guitarra e descobriu ser uma Giannini anos 80.
‘‘Rapidamente fizemos um projeto... Foi feito uma polida geral, colocamos knobs e um escudo novo.
Tarraxas, ponte, captadores e parte elétrica novas, um encordoamento e tudo foi bem regulado para, 60
dias depois, renascer uma Giannini Stratosonic 1980!’’, disse Marcelo.
Como último capítulo (até agora) da história desta comum e legendária guitarra, ela foi escolhida para
ser fotografada e estrelar a capa deste livro.
Tu és quem constrói a história da tua guitarra e a torna legendária!
que também são
Histórias bônus
exclusivas neste eBook
Elas quase estiveram entre as 99