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Sem negar a centralidade de Camões, mas também Para explicar a centralidade auferida por Luís de
conscientes de que, de certa maneira, ainda que de Camões na cultura portuguesa, é forçoso invocar,
uma forma indirecta e involuntária, a aura do poeta em primeiro lugar, a real qualidade do seu engenho,
maior enfraqueceu a atenção devida a outros, o centro espraiado nos mais variados temas e assuntos; mas logo
interuniversitário
Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos, de concorrem outros factores, alguns de natureza mais
estudos
a Universidade dos Açores e a Universidade Católica camonianos emocional e ideológica do que propriamente literária, que
Portuguesa uniram-se para lançar um repto a muitos dos não só fizeram vingar a poesia camoniana, como também
mais reconhecidos estudiosos da obra camoniana e da sua sedimentaram uma imagem do poeta que o tornou
época, numa tentativa de obter algumas respostas para símbolo e peça fulcral na constituição da identidade
um conjunto de interrogações que se levantam hoje sobre nacional.
Camões, os poetas seus contemporâneos e as relações que
com ele estabelecemos.
Procurando sistematizar as respostas obtidas, o livro
Camões No entanto, não o podemos esquecer, a época de
Camões é uma época literária e culturalmente rica.
O poeta não está isolado e, a par dele, outros homens de
que ora se edita reuniu-as em três secções. Um primeiro
momento apresenta o “estado da arte”, num conjunto
de ensaios que permitem a contextualização rigorosa e
e os contemporâneos letras ganham vulto.
Quem são os escritores coevos de Camões? Como era o
mundo em que se moviam? Qual o seu horizonte literário
instigadora de problemas que a temática geral do livro e cultural? Por que razões persistem ou foram esquecidos?
vem a implicar de forma mais ou menos explícita. E como podem continuar a ter significado junto das
O “Príncipe dos Poetas” e alguns dos seus contempo- Organizadores gerações mais novas? Que lugar ocupa Camões entre
râneos, também eles merecedores de atenção, são eles? Como ler hoje Camões e os seus contemporâneos?
contemplados na segunda secção. Finalmente, encerrando Maria do Céu Fraga
E, por outro lado, de que forma se projectam, seja como
o volume de uma forma que se diria natural, a última
UNIÃO EUROPEIA
José Cândido de Oliveira Martins influência, seja como tema, a vida e a obra de Camões na
secção regista a presença inspiradora de Camões e da sua
Fundo Europeu
de Desenvolvimento Regional João Amadeu Carvalho da Silva literatura dos nossos dias? Poderemos considerar nossos
obra na literatura dos nossos dias, interpretando o seu Maria Madalena Teixeira da Silva contemporâneos Camões e os seus contemporâneos?
acolhimento em autores nossos contemporâneos. Manuel Ferro
UNIÃO EUROPEIA
Fundo Europeu
de Desenvolvimento Regional
Ficha técnica
Organizadores: Maria do Céu Fraga . José Cândido de Oliveira Martins . João Amadeu Carvalho da Silva
Maria Madalena Teixeira da Silva . Manuel Ferro
ISBN: 978-989‑9892‑3-9
9 789899 809239
O conteúdo dos artigos e a norma ortográfica usada são da responsabilidade dos autores.
Índice geral
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
I
O estado da arte
A memória da alma
Barbara Spaggiari . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
8 Índice geral
II
Camões e os seus contemporâneos
Canto Nono
Hélio J. S. Alves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
Hospital das Letras de D. Francisco Manuel de Melo: o olhar avisado de um cortesão discreto
sobre “modernos” e “antigos”
Maria João Mota e Silva de Figueiredo Bettencourt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
Ilustre senhor meu: a épica nas dedicatórias das éclogas de Diogo Bernardes, Camões e os seus
contemporâneos
Ana Filipa Gomes Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
Índice geral 9
Sá de Miranda e Camões
Marcia Arruda Franco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339
Luís de Camões e Luís da Cruz: dois poetas, mas o mesmo amor à pátria
António Maria Martins Melo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 475
Camões para o futuro. Excerto de uma teoria sobre a composição d’Os Lusíadas
Luiza Nóbrega . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 537
III
Camões na literatura contemporânea
A sombra de Camões
Susana Rosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 757