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ALFABETIZAÇÃO.
RESUMO: A criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida e ouvida para
que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado. E o professor
é quem prepara e organiza o microuniverso da busca e do interesse das crianças.
A postura desse profissional se manifesta na percepção e na sensibilidade aos
interesses das crianças que, em cada idade, diferem em seu pensamento e modo
de sentir o mundo. Este trabalho tem como objetivo principal salientar os
benefícios que um relacionamento afetivo saudável tem como solidificar
confiança entre professor, aluno, direção, família e comunidade escolar.
Introdução
1 Afetividade: Conceito
No Dicionário Aurélio (1994, p.80), o verbete afetividade está definido da seguinte
forma: “Psicol: Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma
de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre dá impressão de dor
ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou
tristeza.
Conforme La Taille (1992, p. 76), Vygotsky explica que o pensamento tem sua
origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades,
interesses, impulsos, afeto e emoção. Nesta esfera estaria a razão última do
pensamento e, assim, uma compreensão completa do pensamento humano só é
possível quando se compreende sua base afetivo-volitiva. Apesar de a questão
da afetividade não receber aprofundamento em sua teoria, Vygotsky evidencia a
importância das conexões entre as dimensões cognitiva e afetiva do
funcionamento psicológico humano, propondo uma abordagem unificadora das
referidas dimensões.
Pelo fato de ser mais visível que as outras duas manifestações, a emoção é tida
por Wallon como a forma mais expressiva de afetividade e ganha destaque
dentro de suas obras. Ao observar as reações emotivas, ele encontra
indicadores para analisar as estratégias usadas em sala de aula. "Se o professor
consegue entender o que ocorre quando o aluno está cansado ou desmotivado,
por exemplo, é capaz de usar a informação a favor do conhecimento, controlando
a situação”, não é possível falar em afetividade sem falar em emoção, porém os
dois termos não são sinônimos.
Wallom sem dúvida foi o autor que soube muito bem privilegiar a relação
entre o domínio afetivo e cognitivo, na medida em que criou uma teoria de
desenvolvimento da personalidade. Ocupando-se em estudar a passagem do
orgânico ao psíquico, verificou que, nesse processo, ocorre
concomitantemente de ambos os domínios. O desenvolvimento da
personalidade oscila entre movimentos ora afetivos, ora cognitivos, que são
interdependentes; em outras palavras, à medida que a afetividade se
desenvolve, interfere na inteligência e vice-versa. O desenvolvimento
humano não está pautado somente em aspectos cognitivos, mas também e,
principalmente, em aspectos afetivos. Assim a sala de aula é um grande
laboratório para se observar e questionar os motivos que levam o convívio
escolar do professor e aluno, muitas vezes, a ficar desgastado e sem
estímulo. Experiências vividas em sala de aula ocorrem, inicialmente, entre
os indivíduos envolvidos, no plano externo (interpessoal). Através da
mediação, elas vão se internalizando (intrapessoal), ganham autonomia e
passam a fazer parte da história individual. Essas experiências também são
afetivas. “Para aprender, necessitam-se de dois personagens (ensinante e
aprendente) e um vínculo que se estabelece entre ambos”. (FERNANDEZ,
1991, p.47 e 52).
Para Wallon (2007, p.122) “é inevitável que as influências afetivas que rodeiam a
criança desde o berço tenham sobre sua evolução uma ação determinante”.
“segundo Boing e Crepaldi Apu Oliveira e Ruiz(2005, pag.7)”: o desenvolvimento
da aprendizagem e da consciência de um bebê, depende dos sentimentos
maternos , que são passados, pois eles criam um clima emocional que transmite
ao bebê muitas experiências vitais”.
Uma relação amorosa e contínua entre mãe e filho desempenha papel importante
para a saúde mental de uma criança, bem como na formação de sua
personalidade. Uma relação afetivo-amorosa com a criança deve envolver toda a
família e implica futuramente em agentes importantes de socialização inteligência
de uma criança.
É na família que a criança aprende a equilibrar suas emoções, que são tão
importantes quanto aprender na escola, ler, escrever, calcular e viver sociável, a
afetividade unida ao bom aprendizado se completa na escola, local onde a criança
passa boa parte de sua vida, está por sua vez tem a responsabilidade de reafirmar
e continuar a construção iniciada em casa pela família, os professores são os
espelhos dos alunos, é ele quem organiza e instiga a busca do conhecimento e
despertando o interesse das crianças para o conhecer. Para Cury (2003, p 36) “os
professores precisam deixar de serem bons e se tornarem fascinantes para que
suas aulas e conteúdos façam sentido e possam ser assimilados por seus alunos”.
“Na sala de aula não há necessidade de o professor ser “bonzinho” ele precisa
ser amoroso, saber separar os momentos que ocorrem em sala de aula, ele
precisa deixar que sua afetividade penetre no aluno, só assim conseguirá ter o
alunos para si e fazer com que o mesmo aprenda, em nossa era precisamos de
professore que fascinem o aluno, sem deixar de assumir o papel de professor, é
necessário que o professor cative seu aluno, assim o próprio aluno percebe que
na escola ele tem a mesma influencia que recebeu em casa, onde ficará cada vez
mais motivado e em busca do saber.
Conforme Vygotsky apud La Taille (1992, p. 76), explica que o pensamento tem
sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades,
interesses, impulsos, afeto e emoção. Em sua teoria Vygostsky destaca a
importância das ligações entre a afetiva e cognitiva, em relação ao funcionamento
do psicológico humano.
Toda relação com uma criança deve-se manifestar afetividade, onde o professor
deve conhecer seu aluno, abraçar, perceber se ele está bem, ou se está deixando
transparecer algum problema, se tiver jamais deve ser deixado esquecido, e sim
mostrar sua preocupação com ele, desse modo ele se sentirá importante,
podendo mudar seu comportamento.
Para Lima (1994, p.44) baseado na teoria de Piaget, “um professor deve deixar
transparecer um afetividade igual por todas as crianças, suas preferências não
devem ser manifestadas em sala”.
Segundo Masseto apud Siqueira (2008, p.3), o sucesso (ou não) da aprendizagem
está fundamentado essencialmente na forte relação afetiva existente entre alunos
e professores, alunos e alunos e professores e professores.
Wallon apud Almeida (1999, p.51) destaca que “a afetividade e a inteligência
constituem um par inseparável na evolução psíquica, pois ambas têm funções
bem definidas e, quando integradas, permitem à criança atingir níveis de evolução
cada vez mais elevados”
Em uma boa prática educativa, o professor não deve usar seu autoritarismo para
“prender” seus alunos, mas deve transmitir afetividade, dessa forma ele consegue
atrair a atenção de seus educandos bem como transmitir conhecimento
proporcionando aprendizagem. A afetividade tem uma valiosa contribuição para o
desenvolvimento da criança, na alfabetização, principalmente quando ela deixa a
educação Infantil e adentra num ambiente alfabetizador em que a afetividade tem
um papel importante uma que há troca de professor e de ambiente, novos olhares
e novos horizontes podem trazer alegria e prazer dependendo do grau de
afetividade criado. Um ambiente frio e triste não produz motivação para aprender.
A sala deve ter cores e decorações para criar um ambiente de aceitação. Por “tom
afetivo” não devemos entender que o educador deva se comportar como um
aluno, ou que não exija respeito. Ele pode ser muito amável e até amigável, sem
se pôr a brincar com eles. Quando a criança nota que a professora gosta dela, e
que a professora apresenta certas qualidades como paciência, dedicação,
vontade de ajudar e atitude democrática, a aprendizagem torna-se mais facilitada;
ao perceber os gostos da criança, o professor deve aproveitar ao máximo suas
aptidões e estimulá-la para o ensino.
A todo o momento, a escola recebe crianças com auto estima baixa, tristeza,
dificuldades em aprender ou em se entrosar com os coleguinhas e as rotulamos
de complicadas, sem limites ou sem educação e não nos colocamos diante delas
a seu favor, não compactuamos e nem nos aliamos a elas, não as tocamos e
muito menos conseguimos entender o verdadeiro motivo que as deixou assim. O
grau de afetividade que envolve a relação do (a) professor (a) com os seus pares
representa o fio condutor e o suporte para a aquisição do conhecimento pelo
sujeito. O aluno, especialmente o da alfabetização, precisa sentir-se integralmente
aceito para que alcance plenamente o desenvolvimento de seus aspectos
cognitivo, afetivo e social. (BALESTRA, 2007,p .50).
O processo de desenvolvimento na alfabetização se realiza nas interações, que
objetivam não só a satisfação das necessidades básicas, como também a
construção de novas relações sociais, com o predomínio da emoção sobre as
demais atividades.
A afetividade só é estimulada através da vivência, na qual o professor-educador
estabelece um vínculo de afeto com o educando. A criança precisa de estabilidade
emocional para se envolver com a aprendizagem.
O processo de desenvolvimento da aprendizagem na alfabetização se realiza nas
interações, que objetivam não só a satisfação das necessidades básicas, como
também a construção de novas relações sociais, com o predomínio da emoção
sobre as demais atividades. As interações emocionais devem se pautar pela
qualidade, a fim de ampliar o horizonte da criança e levá-la a transcender sua
subjetividade e inserir-se no social. Na concepção walloniana, tanto a emoção
quanto a inteligência são importantes no processo de desenvolvimento da criança,
de forma que o professor deve aprender a lidar com o estado emotivo da criança
para melhor poder estimular seu crescimento individual. No âmbito da
alfabetização, a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada
um em particular é constante, dá-se o tempo todo, na sala, no pátio ou nos
passeios, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os
objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Como afirma
Saltini (1997, p. 89), “essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do
conhecimento”.
Complementa o referido autor:
Neste caso, o educador serve de continente para a criança. Poderíamos
dizer, portanto, que o continente é o espaço onde podemos depositar nossas pequenas
construções e onde elas tomam um sentido, um peso e um respeito, enfim, onde elas são
acolhidas e valorizadas, tal qual um útero acolhe um embrião (SALTINI, 1997)
Conclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Ana Rita Silva. Emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999.
ALMEIDA, Ana Rita Silva. O que é afetividade? Reflexões para um conceito. Disponível
em: http://www.educacaoonline.pro.br Acesso em: 09 de novembro de 2010
CHALITA, Gabriel. Educação. A solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2004.
LIMA, Adriana Flávia dos Santos de Oliveira. Pré escola e Alfabetização: uma
proposta baseada em P. Freire e J. Piaget. Petrópolis: vozes,1994.
RUIZ, Valdete Maria. OLVEIRA, Marli Jorge Vischi de. A dimensão afetiva da ação
pedagógica. Rev. Ped. – SP, v. 01, n. 03, jan./dez. 2005. Disponível em: http://
www.webartigo.com.br, acesso em 12 de novembro de 2010.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.