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FORMAÇÃO DAS NAÇÕES MUNDIAIS A PARTIR DE NOÉ

Ao finalizar o Dilúvio, Deus fez um pacto com Noé de não voltar a destruir mais a
civilização humana com um dilúvio, e essa promessa selou o futuro da humanidade que
não voltará a ser destruída na sua totalidade por nenhuma causa.

É certo que nos “fim dos tempos”[1] haverá uma Grande Tribulação e que a
humanidade chegará ao borde de sua total aniquilação. Mas a promessa que Deus fez a
Noé e a seus filhos que originaram as nações que existem hoje será cumprida. Deus
intervirá em um futuro próximo e salvará uma parte da humanidade para dar
continuidade à civilização humana, só que sob seu governo teocrático, uma antessala
para a salvação de toda a humanidade, isto é, de todas as pessoas que, depois de
conhecer o verdadeiro caminho de Deus, se arrependam e decidam obedecer as leis
divinas.

Uma nova fase da história humana se iniciou depois do dilúvio com os três filhos de
Noé, Sem, Cam e Jafé, a mesma que começou com um incidente curioso, mas que
impactou fortemente na história das civilizações humanas.

11.1. A MALDIÇÃO SOBRE CAM


Concluído o dilúvio aos 1.657 anos de ter criado o homem, Deus lhes disse aos 4 casais
sobreviventes em Gênesis 9:1 “Abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes:
Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra („eretz)”. Isto é, o globo terrestre.

Os primeiros anos foram passando, assim como Sem teve seu primeiro filho dois anos
depois do dilúvio, seus irmãos também começaram a ter seus filhos, pois a Bíblia diz
em Gênesis 9:19, o seguinte: “Estes três foram os filhos de Noé; e destes foi povoada
toda a terra”.

Mas eles preferiram voltar à Mesopotâmia e começaram a reedificar as cidades


arrasadas pelo dilúvio e fundaram novas cidades também. Os primeiros impérios
surgiram nessa região depois do dilúvio e foi nesse lugar que Deus teve que confundir
as línguas para obrigar o homem a espalhar-se sobre a terra.

Quando deixaram a arca, a Bíblia relata uma história estranha cujo verdadeiro
cumprimento ainda é desconhecido por muitos estudiosos da Bíblia e da história.

“Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se e
se pôs nu dentro de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber,
fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os
próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do
pai, sem que a vissem”. (Gênesis 9:20-23)

A Bíblia só menciona as idades que viveram Noé e seu filho Sem. Depois do dilúvio,
Noé viveu 349 anos (de um total de 950 anos) e Sem viveu depois do dilúvio mais 498
anos (de um total de 600 anos). Suponhamos que seus irmãos também viveram idades
similares a Sem.

Quando esse estranho evento ocorreu, Cam tinha pelo menos 4 filhos: Cuche, Mizraim,
Pute e Canaã, este último foi o menor de esses 4 filhos. Por isso estimamos que a
mencionada embriagues de Noé ocorreu unos oito anos depois do dilúvio.

Esse acontecimento gera uma pergunta muito importante. Qual é o significa da


expressão “ver a nudez do pai (Gênesis 9:23)”? A Bíblia começa a explicação no livro
de Levítico 18:3 “Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes;
nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo; nem andareis
segundo os seus estatutos”.

Deus advertiu seu povo para não fazer o que era de costume na terra de Canaã, que
surgiu dos descendentes do filho menor de Cam. E seguindo nesse mesmo capítulo,
entre várias coisas, Moisés escreveu em Levítico 18:8 “Não descobrirás a nudez da
mulher de teu pai; é nudez de teu pai”.

A Bíblia reforça isso de uma maneira muito mais clara em Levítico 20:11 “O homem
que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez de seu pai…” Por tanto
Cam profanou o matrimônio de seu pai, deitando com sua mãe, definido como incesto.

E qual foi a consequência de Cam ter visto a nudez de seu pai? Gênesis 9:24-27
responde: “Despertado que foi Noé do seu vinho, soube o que seu filho mais moço lhe
fizera; e disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos será de seus irmãos. Disse mais:
Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a
Jafé, e habite Jafé nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo”

A pergunta é: Se Cam foi quem cometeu o delito, porque Noé amaldiçoou seu neto?

Cam foi realmente o culpado e por incrível que pareça, Noé amaldiçoou a Cam. Isso foi
parte dos costumes que perdurou por muitos séculos onde os pais recebiam a honra da
grandeza alcançada pelos filhos. Temos um exemplo desse costume nos tempos do Rei
Saul.

“Quando Saul viu Davi sair e encontrar-se com o filisteu, perguntou a Abner, o chefe
do exército: De quem é filho esse jovem, Abner? Respondeu Abner: Vive a tua alma, ó
rei, que não sei. Disse então o rei: Pergunta, pois, de quem ele é filho”. (1 Samuel
17:55-56)

Saul necessitava saber quem era o pai de Davi para poder honra-lo segundo o costume.
E desse exemplo, podemos entender também que quando um pai louvava seu filho,
estava louvando a si mesmo. Quando Noé disse “¡Bendiga O Eterno, mi Deus, a Sem”
e “Alargue Deus a Jafé, e habite Jafé nas tendas de Sem”, estava louvando a si mesmo
como pai.
Mas se Noé tivesse lançado uma maldição diretamente sobre seu filho Cam, estaria
maldizendo a si mesmo. Por isso, para que a maldição caísse sobre seu filho Cam, autor
do delito, Noé teve que maldizer o filho de Cam. Fazendo isso com o seu neto, então a
maldição cairia no pai dele, isto é, em Cam, filho de Noé.

11.2. AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NOÉ


“Essas são as famílias dos filhos de Noé segundo as suas gerações, em suas nações; e
delas foram disseminadas as nações na terra depois do dilúvio”. (Gênesis 10:32)

As nações, no plural, só começaram a existir depois do dilúvio, pois no mundo antigo


havia uma só civilização bastante homogênea, começando pelo idioma.

Mas antes de falar sobre a origem das nações, vamos voltar à criação do homem. Deus o
criou com três necessidades básicas: a espiritual, a intelectual e a física. A espiritual, no
sentido de que o homem necessita uma relação com seu criador. A intelectual está na
sua necessidade de raciocinar. A física vai no sentido de que o homem tem a capacidade
de transformar seu mundo entorno a ele. Em poucas palavras, o ser humano é um ser
espiritual, intelectual e físico, e, estas características o leva a desenvolver a religião, a
filosofia e a tecnologia.

Quando Adão e Eva falharam com seu Criador, estas três características se dividiram na
sua descendência. A descendência justa de Sete desenvolveu a espiritualidade, como diz
a Bíblia em Gênesis 4:26 “A Sete também nasceu um filho, a quem pôs o nome de Enos.
Foi nesse tempo, que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”.

Enquanto as outras duas características permaneceram na linhagem de Caim e se


separaram nos filhos de Lameque. Os descendentes de seu filho Jubal desenvolveram a
filosofia enquanto que os descendentes de seu filho Tubal-Caim desenvolveram a
tecnologia.

A sociedade era homogênea porque todos falavam um só idioma e viviam na mesma


região. Por tanto, estas três características, embora separadas nessas duas gerações,
coexistiram em uma mesma sociedade. Muito mais tarde, nos tempos de Noé, a
espiritualidade foi acabando, tornando-se dominantes a filosofia e a tecnologia.

No livro de 1 Tessalonicenses 5:23 lemos sobre essas três características humanas: “E


o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo”.

O ser humano estaria completo com esses três elementos juntos e equilibrados. O
espírito, sua relação com Deus. Sua alma, que é sua capacidade de raciocinar. Seu
corpo, que interage com o mundo físico para transformá-lo.

Pelo fato que as nações originaram-se das famílias de Sem, Cam e Jafé, elas possuem
personalidades adquirida de seus pais fundadores. As características religiosas se
manifestaram na descendência de Sem, a filosófica na descendência de Jafé, enquanto
que a tecnológica, na descendência de Cam. E isso é muito importante para identificar
às nações. Nessas descendências também se manifestaram certas características físicas,
ou seja, a variação das raças, branca e “colorida”: os caucasianos (brancos), os
negroides (negros) e os mongoloides (amarelos).

As características básicas humanas não foram suficientes para separar os grupos


humanos, pois no mundo antediluviano a sociedade foi uma só e o homem não se
espalhou pelo mundo. Mas, a variação da raça humana manifestada na descendência dos
três filhos de Noé foram determinantes, juntamente com a variação da linguagem, para a
posterior ocupação dos continentes, isto é, para a distribuição da terra entre esses três
filhos de Noé.

As pessoas de pele clara povoaram inicialmente as regiões mais frias, enquanto que as
de pele escura a as regiões mais cálidas do planeta.

Por isso, para rastrear às nações que surgiram da descendência dos três filhos de Noé é
necessário estudar três variáveis importantes. As variáveis são: 1) características físicas
como o cor da pele, 2) a linguagem e 3) as características humanas: religiosa, filosófica
e tecnológica.

11.3. NINRODE E A CONFUSÃO DAS LÍNGUAS


A Tabela das Nações descritas em Gênesis, capítulo 10 é o ponto de partida para
entender o que já foi lido, que dos três filhos de Noé “foram disseminadas as nações na
terra depois do dilúvio”.

Cam, desde um princípio foi o mais numeroso. Dos 70 descendentes dos três filhos de
Noé descritos em Gênesis 10, quase a metade é camita, isto é, 43%. No princípio, antes
da confusão das línguas, a maioria dos sumérios eram camitas. E foi justamente um neto
de Cam que quis liderar a todos os descendentes de Sem, Cam e Jafé, em um desafio
aberto contra Deus.

“Cuche (um dos filhos de Cam) também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser
poderoso na terra … O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na
terra de Sinar”. (Gênesis 10:8 e 10)

Sinar é a palavra em hebraico para Mesopotâmia assim como Babel é Babilônia. Esse
camita Ninrode estava aglutinando toda a raça humana em uma só região, isto é,
Mesopotâmia.

Nesse momento histórico Deus teve que intervir e em Gênesis 11:6 encontramos a razão
dessa intervenção: “e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o
que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem
fazer”.
A maldade dos homens com a universalidade do conhecimento e da língua, estava
abrindo caminho para repetir o que passou no mundo antigo.

“Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua
do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de
edificar a cidade”. (Gênesis 11:7-8)

Os seres humanos mantiveram anteriormente uma só língua durante 1656 anos, de Adão
até o dilúvio, por duas razões principais: a primeira, pela longevidade que os habitantes
antediluvianos tiveram. Viveram uma média de 900 anos e acompanharam
pessoalmente o desenvolvimento de muitas outras gerações. Essa foi uma das causas
principais de não variar-se o idioma no mundo antigo antes do dilúvio, pois esse
acompanhamento foi como um controle de qualidade para que o idioma no varia-se
muito.

A segunda causa foi que o homem não se dispersou pelo mundo, como Deus ordenou
quando disse “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra”. O homem frutificou e se
multiplicou, mas, no mundo antediluviano, nunca abandonou a região da Mesopotâmia.
A civilização manteve-se homogênea, contra a vontade de Deus, e, o idioma no variou
muito.

Como já indicado, depois do Dilúvio, a variação da raça foi bastante significativa na


descendência dos filhos de Noé: o caucasiano (pele clara) na descendência de Jafé, o
negroide e mongoloide (os negros e os amarelos) na descendência de Cam.

A cor da pele forçaria naturalmente os descendentes dos filhos de Noé a procurar


lugares onde podiam adaptar-se melhor: os camitas negros, regiões mais cálidas onde
teriam mais resistência ao sol e ao calor, como a África. Os camitas amarelos, a região
central e Sul de Ásia. Os Jafetitas, regiões frias e temperadas por causa de uma maior
sensibilidade da pele e olhos claros, como Europa e norte de Ásia.

Mas isso não aconteceu em um princípio. Se bem, biblicamente entende-se que os


descendentes de Sem, Cam e Jafé não se misturaram (raro algumas exceções), eles não
abandonaram a região de Mesopotâmia.

E embora estiveram na mesma região e separados nos 3 grupos familiares, o idioma


começou a variar-se rudimentarmente, mas não o suficiente para que se
desentendessem.

Foi Deus que provocou o aceleramento dessa variação e como foi lido: “Assim os
dispersou o Senhor desde ali sobre a faz de toda a terra, e deixaram de edificar a
cidade”.

A resposta de quando ocorreu a confusão de línguas e quando os homens começaram a


dispersar-se sobre a terra encontramos na genealogia de Sem.
“A Eber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porque nos seus dias foi
dividida a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã”. (Gênesis 10:25)

Pelegue foi a quarta geração depois de Sem. Nasceu 101 anos depois do dilúvio e a
Bíblia afirma que recebeu esse nome, que significa “divisão”, porque em seus dias a
terra („eretz ou globo terrestre) foi repartida. Por tanto, não foi uma divisão de um lote
ou uma região entre os descendentes de Sem, mais sim de uma repartição dos
continentes, de todo o globo terrestre, entre as descendências dos três filhos de Noé.

Fazendo as contas, o dilúvio ocorreu no ano 2325 a.C. e 101 anos depois Deus acelerou
a variação das línguas pela ocasião da construção da torre de Babel. Esse fato ocorreu
no ano 2224 a.C., isto é, a 4240 anos atrás.

Ninrode tinha nesse então uns 70 anos e já havia fundado várias cidades na baixa
Mesopotâmia, como: Babel (Babilônia), Ereque, Acade e Calné.

Depois da confusão das línguas, Ninrode se foi para o norte da Mesopotâmia e fundou
novas cidades que deram origem, mais tarde, ao império Assírio.

“Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá, e
Résem entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade)”. (Gênesis 10:11-12)

Por exemplo, a Nínive histórica é mencionada em torno do século XVIII a. C. como um


centro de adoração da deusa Ishtar, cujo culto está relacionado com a fertilidade. Nesse
século, Ninrode já não estaria vivo porque teria morrido por volta de 1860 a.C., se
considerarmos que viveu pelo menos 430 anos (a média de vida da sua geração).

É interessante, que sendo os camitas em maior quantidade que seus irmãos semitas e
jafetitas, tiveram como divindade principal a Ishtar, deusa da fertilidade. Essa deusa foi
a mesma Asterote dos filisteus, a Isis dos egípcios, Inanna dos sumérios e Astarte dos
fenícios. Mais tarde essa deusa foi assimilada também na Mitologia Nórdica e
Germânica como Easter – a deusa da fertilidade e da primavera, cujos símbolos foram
as lebres e os ovos coloridos, símbolos da fertilidade e renovação. Isso originou à
pascoa florida festejadas pela maioria das pessoas que professam o cristianismo, com
coelhinhos da páscoa y ovos de chocolate.

11.4. A TABELA DAS NAÇÕES


A Tabela das Nações de Gênesis 10 marca a origem das primeiras nações da história
humana e que, por sua vez, originaram as modernas nações de hoje. Cruzando as
diferentes variáveis: cor da pele, características humanas e idioma, entende-se, de uma
maneira general que:

Os descendentes de Sem, falantes do hebraico, aramaico e árabe originaram os grandes


sistemas religiosos, verdadeiros ou falsos. Assim, Sem originou aos hebreus e os árabes.
Os descendentes de Jafé, falantes de um idioma do tronco indo-europeu (Europa e norte
da Índia) e de características caucásicas (pele clara) originaram os grandes sistemas
filosóficos.

Os descendentes de Cam, falantes de uma grande variedade de idiomas afro-asiáticos e


ameríndios de características negroides e mongoloides (pele de cores) proporcionaram
ao mundo a base da maioria dos avanços tecnológico.

Deus distribuiu nos descendentes dos filhos de Noé essas diferencias bem marcadas
com o propósito de evitar, muito cedo, a ruína da civilização surgida depois do dilúvio.

Mas não foi a variação da raça humana nos filhos de Noé, nem as diferentes
capacidades humanas em cada uma de suas linhagens que fizeram os descendentes de
Sem, Cam e Jafé se dispersarem sobre o globo terrestre. A intervenção de Deus, com a
variação da linguagem, foi o que realmente causou a dispersão do homem fora da
Mesopotâmia.

Recapitulando, depois do dilúvio, Ninrode, um bisneto de Cam, começou a aglomerar


novamente à civilização na Baixa Mesopotâmia, por isso Deus interveio dizendo em
Gênesis 11:7 “Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não
entenda um a língua do outro “.

Por esse motivo linguístico, os grupos humanos foram obrigados a separar-se e a terra
teve que ser repartida entre eles. E sobre essa dispersão inicial não há dúvidas de que o
castigo da aceleração da confusão de língua caiu de maneira mais contundente sobre os
descendentes de Cam, porque eles foram os que instigaram aos outros dois grupos,
semitas e jafetitas, a unirem-se a ele em um desafio direto contra Deus.

Em plena construção da torre de Babel, os camitas começaram a variar sua linguagem


atribuindo significados diferentes para a mesma palavra ao mesmo tempo que
começaram a usar palavras distintas para uma mesma coisa. Isso fez com que fosse
interrompida imediatamente a construção daquela torre, e foram embora dali,
agrupando-se em outros lugares, conforme o entendimento de seu idioma.

O filólogo alemão Friedrich Max Müller publicou em Londres entre 1855 e 1898 um
estudo denominado “Leitura da Ciência da linguagem”, definindo que todos os idiomas
falados em todo o mundo originaram-se de três grandes famílias linguísticas: A Família
Linguística Aria, a Família Linguística Semítica e a Família Linguística Turania.

Essas três grandes famílias linguísticas detectadas por Müller tiveram origem nos
descendentes dos três filhos de Noé, sendo a linguagem Semita dos descendentes de
SEM, a linguagem Ario dos descendentes de JAFÉ e a linguagem Turiano dos
descendentes de CAM.
Figura 11-01. Os descendentes de Noé antes das grandes navegações e conquistas
“europeias” a partir do final do século XV (elaborado por Wanderson Esquerdo)

11.4.1. Os descendentes de Cão (Cam)


Utilizando os estudos de Müller como uma das referências, entendemos que a Família
Linguística Turiana, veio dos descendentes de CAM. Ela é tão complexa que Müller
teve que dividi-la em 2: a Turiana do Norte e a Turiana do Sul.

“Os filhos de Cão (Cam): Cuche, Mizraim, Pute e Canaã”. (Gênesis 10:6)
Cuche originou a Etiópia, Mizraim a Egito, Pute a Líbia e Canaã a Palestina.

“Os filhos de Cuche: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá são
Sebá e Dedã. Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na
terra”. (Gênesis 10:7-8)

Cuche, que originou a Etiópia, teve 6 filhos diretos. Seba, por exemplo, estabeleceu-se
em um princípio na arabia passando posteriormente a África onde fundou a Saba,
segundo o historiador Flavio Josefo[2]. Outras tribos antigas africanas como os yorubas
(descendentes de Ninrode) surgiram de Cam.

“Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e Hete… o heveu, o arqueu, o sineu”.


(Gênesis 10:15 e 17

Hete (Pai dos chineses) e filho de CANAÃ originou ao império hitita (norte da
Mesopotâmia e Turquia) que ao cair, os sobreviventes foram para o leste. Os hititas, que
em cuneiforme se escreve “Khittae”, aparecem no leste com o nome de “Cathay”, e
segundo a antropologia física, tinham traços mongoloides e vestidos originais da
cultura chinesa. É importante também sinalizar que os hititas desenvolveram a arte
da fundição do ferro e a doma dos cavalos, façanhas que se repetiram nos começos da
cultura chinesa.

Das várias cidades fundadas pelo Camita Ninrode, uma delas é Résem, entre Nínive e
Cala no norte da Mesopotâmia (Gênesis 10:12). Era costume nomear as cidades pelos
nomes de seus fundadores ou pelos nomes de seus filhos ou ainda de algum outro
parente muito próximo.

A civilização etrusca que habitaram o que hoje se conhece pela região de Toscana,
Itália, foi tão importante que sua arte, o direito, os costumes e a tecnologia foram
assimilados como próprio por outro povo, os romanos, descendentes de Jafé. Os
romanos denominaram esse povo de Etruscos, embora esse povo se chamava a si
mesmos de Rasenas. Pelos estudos linguísticos sabe-se que os Rasenas ou etruscos
vieram da Ásia Menor, antes da invasão indo-europeia na Europa e Índia. Muitas
palavras etruscas assemelhavam-se às sumérias, na Baixa Mesopotâmia.

Na arte etrusca encontram-se representações de figuras em fila, esfinges e seres


humanos que também são encontradas na arte Assíria de Nínive. O festival romano da
saturnália[3], quando se liberava os escravos por uma semana, foi um festival copiado
dos etruscos. Mas em um registro cuneiforme de assíria se lê que o rei de Gudea havia
instituído a liberação dos escravos por uma semana cada ano. Os etruscos que se
estabeleceram na Europa foram descendentes de Résem da descendência de Cam.

Cam continuou dispersando-se sobre o globo terrestre, ocupando Oceania e as


Américas, conforme as características físicas e derivações linguísticas dos primeiros
povos que ocuparam esses continentes.

11.4.2. Os descendentes de Jafé


Depois de que os descendentes de Cam se dispersaram primeiro por todos os
continentes, desbravando todos os lugares, inclusive aqueles mais inóspitos, chegou o
momento da conquista iniciada pelos descendentes de Jafé.

Os gregos, por exemplo, acreditam que originaram-se de Japeto, que sem dúvida
nenhuma é Jafé. No relato da Índia sobre o dilúvio, eles dizem que Satyaurata (que
sabemos foi Noé) teve três filhos: Jyapeti, que originou aos hindus e logo a Sharma
e Charma (Sem e Cam).

“Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras”. (Gênesis
10:2)

Esses filhos de Jafé e seus netos migraram à Europa e Norte da Índia onde foram
estabelecendo-se, deslocando e conquistando aos descendentes de Cam que já
estavam ali.
Obs: Os filhos de Jafé conquistaram o norte da India onde já se encontravam os filhos de
CANAÃ que foram os primeiros habitantes das terras hoje chamada India

Muito mais tarde, expandiram-se à África, principalmente os portugueses. E com o


descobrimento das Américas, os portugueses e espanhóis, descendentes de Jafé,
terminaram sua expansão sobre os descendentes de Cam, que também já habitavam
muito antes essas terras.

11.4.3. Os descendentes de Sem


Os descendentes de Sem, que originaram os hebreus e os árabes, seguiram os passos
de seu irmão Jafé, ocupando primeiro todo o Oriente Médio e expandiram-se por todo o
norte da África, sobre seus irmãos camitas.

Os hebreus conquistaram a Palestina, onde estavam primeiro os descendentes de


Canaan, filho de Cam. Muito tempo depois, os hebreus já como nação de Israel,
fragmentaram-se em dois reinos: Judá ao sul com capital Jerusalém e Israel ao norte
com capital Samaria.

O reino do norte (Israel), que estavam formados por 10 tribos, foram conquistados e
levados cativos a Assíria, onde mais tarde, depois da caída do império Assírio, eles
migraram ao norte da Europa, conformando vários outros países. O curioso é que eles
assimilaram os idiomas indo-europeu e os costumes de seus irmãos jafetitas.

Quando estabeleceram-se na Europa, já tinham perdido seu idioma semita e seus


costumes. Eram ingleses, franceses, holandeses, entre outros descendentes de Sem, só
que vivendo como jafetitas ou indo-europeus. Eles se expandiram à África e Oceania,
conquistando os seus irmãos camitas. Logo, com o descobrimento das américas,
expandiram-se também, juntamente com os jafetitas, sobre os camitas.

Dessa maneira, cumpriu-se a maldição de Noé sobre Cam quando disse: “ Maldito
seja Canaã; servo dos servos será de seus irmãos “. (Gênesis 9:25).

Cam espalhou-se primeiro sobre todo o globo terrestre, em todos os continentes. Eram
os mais numerosos e foram fragmentando-se linguisticamente, mais que seus dois
irmãos.

Logo os descendentes de Jafé e Sem expandiram-se sobre os descendentes de Cam. Os


semitas sobre os descendentes do filho de Cam, Canaã e logo, já assimilados à cultura e
a língua indo-europeia, expandiram-se sobre seus irmãos camitas que habitavam os
outros continentes.

Em Atos 17:26-27 encontramos o grande propósito de Deus de criar as nações: “E de


um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra,
determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para
que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não
está longe de cada um de nós”.
Hoje, as nações não estão buscando a Deus, por isso entendemos que essa afirmação do
Apóstolo Paulo é para o futuro, quando Deus reinará sobre todas as nações durante mil
anos, como está escrito em Miqueias 4:1-2 “Mas nos últimos dias acontecerá que o
monte da casa do Senhor será estabelecido como o mais alto dos montes, e se exalçará
sobre os outeiros, e a ele concorrão os povos. E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e
subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus
caminhos, de sorte que andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de
Jerusalém a palavra do Senhor”.

Figura 11-02. Palestra sobre a Tabela das nações exposta em La Paz, dezembro de
2015 (foto Wanderson Esquerdo)
[1] O fim dos tempos é uma figura profética sobre o período de tempo que antecede o estabelecimento do Reino de
Deus sobre a terra com uma série de eventos catastróficos que porão fim ao sistema humano.

[2] Flavio Josefo (37 — ca. 100) foi um historiador e apologista judaico-romano, que registrou in loco a destruição
de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano. Autor das obras A Guerra dos Judeus (c.
75) e Antiguidades Judaicas (c. 94)

[3] Festival da Antiga Roma em honra ao deus Saturno, celebrada do dia 17ao 23 de dezembro. Nessa festa se
derrubava as normas sociais romanas com um jogo onde era permitido os senhores oferecerem serviço de mesa a
seus escravos. O historiador Luciano de Samósata (125-181 d.C) escreveu que na saturnália “todos tinham
igualdade de direitos, os escravos e os livres, os pobres e os ricos”.

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