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Construindo o TCC

Etapa 3 – Referencial Teórico

Estomia

Os termos “estomia”, “ostomia”, “estoma, “ostoma”, são sinônimos oriundos do


grego stoma, que significa boca ou abertura, sendo utilizados na exteriorização
cirúrgica de qualquer víscera oca através da pele. Nosso estudo se norteará nas
estomias intestinais, colostomia e ileostomia.
“Estomia é uma comunicação artificial entre os órgãos ou vísceras até o meio
externo para drenagens, eliminações ou nutrição. A criação de uma estomia intestinal
é considerada um procedimento simples na cirurgia. De acordo com a origem da
doença, as estomias podem ser temporárias ou definitivas.” (SAMPAIO, 2008, p. 95).
“O primeiro estoma bem sucedido foi uma colostomia realizada em uma
criança com ânus imperfurado pelo doutor Duret em 1793. Em 1883, Vincent Czerny
realizou o primeiro tratamento combinado para o câncer retal com a criação de uma
colostomia. A primeira ileostomia foi realizada em 1879 na Alemanha por Baum para o
tratamento de um paciente com tumor obstrutivo de cólon.” (BECHARA, 2005, p. 146)
“Segundo a associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO), estima-se que,
no Brasil há cerca de 50 mil estomizados, 80% dos estomizados são colostomizados,
10% são ileostomizados e 10% urostomizados.” (REGO, 2012, p. 2)
“Para os estomas intestinais, tem-se a jejunostomia, ileostomia e colostomia,
previstas no tratamento de várias doenças que incluem o câncer colorretal, doença
diverticular, doença inflamatória intestinal, traumas abdominais, megacolon, infecções
perianais graves, e doenca de Crohn.” (TOSATO, ZIMMERMANN, 2006, p. 34).
“A aparência do estoma depende do tipo de colostomia e das diferenças
individuais do organismo. No início o estoma pode ser bastante grande, porém, dentro
de seis a oito semanas ele encolherá gradualmente até alcançar seu tamanho final.
Ele é morno, úmido, secreta quantidades pequenas de muco e não possui uma válvula
ou músculo de fechamento igual ao ânus. Por essa razão, o controle voluntario da
passagem das fezes não é possível.” (GOLFETO, 2015, p. 2)
“A presença do estoma gera a dependência da bolsa coletora de fezes ou
urina. A bolsa deve estar adaptada de maneira a facilitar o esvaziamento e limpeza.
Deve ser trocada sempre que houver risco de extravasamento, recortando a placa
protetora da bolsa a fim de que esta torne bem adaptada ao estoma e não cause dano
na pela devido ao contato do efluente com a pele íntegra.” (MORAES, 2012, pag. 338).
Tipos de Estomas

É importantes o estudo dos tipos de estoma, porém cabe salientar que cada
paciente é único, cada estoma é único, cada pele periestomal é única, então é
importante o conhecimento dos tipo de estomas para nos direcionarmos, mas no
entanto, o plano de cuidados será individual enriquecido com a grande oferta de
produtos para o cuidados de estomia hoje disponíveis no mercado.
“Quando o estoma é uma derivação do intestino grosso, é denominado
colostomia, quando do intestino delgado, ileostomia. Se no paciente for realizada uma
colostomia, esta poderá ser, dependendo da sua localização, transversa ou sigmoidea,
no caso do paciente apresentar ileostomia, esta estará localizada no quadrante inferior
direito, abaixo da cicatriz umbilical.” (GHEZZI, 1981, p. 23)
“A confecção de estomias intestinais (colostomias ou Ileostomias) pode ser de
caráter temporário ou definitivo, com localização terminal ou em alça. As derivações
temporárias tem como finalidade a proteção de anastomoses de alto risco de
deiscência e o restabelecimento do transito intestinal sem necessidade de
laparotomia. A colostomia terminal resulta de cirurgias como amputação
abdominoperineal do reto ou após operação de Hartmann. A construção de um
estoma intestinal é uma chance de sobrevivência frente ao seu diagnóstico clínico e é
fundamental para a recuperação fisiológica e reabilitação do paciente. A seleção do
local do estoma no pré operatório é de extrema importância, pois o paciente deve
conseguir visualizá-lo e também realizar o autocuidado com segurança e conforto.
Preconiza-se uma distância de cercs de cinco centímetros da cicatriz umbilical, das
proeminências ósseas, de pregas da pele e de cicatrizes prévias, com localização
sobre o músculo retoabdominal.” (SONOBE, 2014, p. 167).
“E quanto mais superior for a exteriorização do intestino, pior é a digestão e a
absorção de água e nutrientes, necessitando assim que o paciente siga uma dieta
específica. Esta dieta também objetiva a prevenção de formação de gases, odores,
constipação e diarréias.” (BARBUTTI, 2008, p. 28)
“Complicações precoces: isquemia ou necrose da alça exteriorizada,
sangramento, retração, infecção, edema, dermatite peri-estomal. Complicações
tardias: estenose e obstrução, prolapso, hérnia para-estomal, fístulas.” (ROCHA, 2011,
p. 52).
Colostomia x Ileostomia

Muito similiarizada pelos estudos e profissionais da saúde, a colostomia e


ileostomia são muito distintas tanto de local, aspecto do estoma, aspecto das fezes,
dietas, e que resultam em plano de cuidados distintos, bolsas distintas, adjuvantes e
outros.

“A colostomia é criada quando parte do cólon é exteriorizado, e podem ser


classificadas em Colostomia ascendente, localizada no cólon ascendente (secção
vertical, à direita), é pouco comum e as fezes são líquidas a semilíquidas, fluindo
quase continuamente, sendo muito irritantes para a pele. Colostomia transversa
localizada no cólon transverso (secção horizontal, a meio do abdómen), as fezes são
semilíquidas e irritantes quando em contato com a pele, geralmente são construídas
em alça, com 2 estomas, normalmente são temporárias. Colostomia descendente,
localizada no cólon descendente (secção vertical esquerda), é o tipo mais comum, as
fezes são semiformadas e menos irritantes quando em contato com a pele.
Colostomia sigmoidea, a parte inferior do intestino grosso é exteriorizada, à
esquerda, pouco antes do reto, as fezes são formadas e não são irritantes quando em
contato com a pele.” (CONVATEC, 2018)

“A ileostomia é uma abertura criada por meio cirúrgico entre o íleo do intestino
delgado e a parede abdominal, para permitir e eliminação do efluente do intestino
delgado. Uma ileostomia é geralmente formada no íleo terminal do intestino delgado,
sendo, em sua maioria, colocada no quadrante inferior direito do abdome. De acordo
com o tipo de doença ou indicação, a ileostomia é dividida em terminal (de Brooke) e
em temporária (alça), sendo a última classificada em convencional, em alça terminal e
continente (POGGETO, 2012, p. 503). Nas ileostomias as fezes tem consistência
líquidas a semiliquidas e semipastosas. As fezes oriundas de uma ileostomia drenam
freqüentemente e contém enzimas proteolíticas, as quais podem ser perigosas a pele.”
(NETTINA, 2003, p. 575).
“Um dos fatores importantes na técnica das ileostomias é a eversão da mucosa
e protusão da alça, o que a torna saliente, de aspecto mamilar, com 3 a 6 cm da borda
cutânea, dessa maneira o líquido entérico cai diretamente na bolsa coletora, não
provocando dermatite de contato pela secreção alcalina ileal.” (ROCHA, 2011, p. 52).
“A ileostomia deve ser localizada onde o paciente possa visualizá-la,
propiciando o autocuidado, pois, assim, ele terá maior segurança e autonomia nas
atividades da vida diária. Concomitantemente, facilitará a visualização precoce de
possíveis intercorrências, tais como dermatite, edema, excesso de muco, deiscência,
prolapso, estenose, dentre outras.” (POGGETO, 2012, p. 503).

O paciente estomizado

Em uma sociedade com valores estéticos e cosméticos e condição ser


estomizado é um grande choque de mudança na vida do paciente, que necessita de
colunas familiares e de profissionais da saúde, principalmente o enfermeiro, para
vencer tantos desafios, preconceitos e medos que vem acompanhados da estomia.
“O paciente estomizado sofre profundas transformações em sua vida, tanto no
âmbito social quanto no biológico e no psicológico, necessitando de orientações
adequadas visando sua reabilitação.” (POGGETO, 2012, p. 503).
“No processo de viver, as pessoas com estomas apresentam dificuldades de
retomar suas atividades diárias, acarretando diminuição da qualidade de vida; podem
existir também dificuldades relacionadas ao autocuidado, á imagem corporal, á
sexualidade, aos modos de se vestir e às relações interpessoais. As mudanças no
viver vão desde a aceitação da nova condição até a necessidade de adaptação a
novos materiais e conhecimentos, sendo preciso adquirir habilidades e competências
para o autocuidado. Nesse processo, a pessoa com um estoma passa por uma
transição.” (MOTA, 2015, p. 83).
“A experiência de transição é desencadeada por eventos críticos e mudanças
na pessoa ou no ambiente e tem início assim que o evento ou a mudança estejam
previstos, caracterizando por um período de instabilidade. A transição para uma vida
com estomia é acompanhada por múltiplas, significativas e duradouras mudanças. A
alteração do corpo, a insatisfação com a aparência, a incontinência, o odor, os gases,
os ajustes no vestuário e na alimentação, as dificuldades a quando as viagens e as
complicações associadas ao estoma a aos dispositivos que lhe estão associados são
algumas das mudanças que comprometem o funcionamento físico, mas também
afetivo das pessoas. As mudanças referidas são suscetíveis de provocar problemas
psicossociais nas pessoas quem vivem com um estoma, tais como: ansiedade,
depressão, sensações de solidão, falta de controle, cansaço e estigma, diminuição da
auto-estima e das atividades sociais.” (SILVA, 2017, p. 112)
“A cirurgia pode modificar a forma como a pessoa se percebe, tornando-a
alguém diferente. O individuo pode se sentir estigmatizado pela presença do estoma,
escolhendo o isolamento como forma de esconder seu corpo, agora dependente de
equipamentos e sem controle esfincteriano.” (MOTA, 2015, p. 83).
“A experiência do colostomizado vai se transformando ao longo do tempo.
Logo nos primeiros dias de pós-operatório, este não consegue nem mesmo olhar para
o estoma ou elaborar seus sentimentos ou reações para esta realidade. Com o
decorrer do tempo, dependendo da evolução de sua doença e as possibilidades de
adaptação encontradas, o colostomizado desenvolve estratégias de enfrentamento
com as quais passa a lidar com os problemas ou modificações cotidianas ocorridas em
função da ostomia. Assim a pessoa necessita de um tempo pessoal para refletir e
adaptar-se à sua condição de ostomizado, que pode levar dias, semanas ou meses”.
(SONOBE, 2002, p. 342).
“A condição de estomizado implica em mudanças no estilo de vida não só da
pessoa com estoma, mas da sua família. Evidencia-se que o processo de reabilitação
deve ser implementado com o paciente e sua família já na fase diagnóstica, visando
restituir-lhe as atividades de convívio social e melhorar sua qualidade de vida diante
do impacto de aquisição do estoma. A família do estomizado conhece seus hábitos e
preferências, ou seja, possui informações importantes que podem ser úteis no
planejamento da reabilitação.” (LENZA, 2012, pag. 140).
“Desta forma, a pessoa que vive com um estoma necessita de cuidados
especializados de enfermagem que promovam a autonomia no autocuidado ao estoma
e a qualidade de vida da pessoa, da sua família e /ou cuidadores”. (SILVA, 2017, p.
112)
Cuidados ao paciente estomizado

A enfermagem como ciência do cuidado, tem um papel fundamental no


processo de manejo do paciente estomizado, e esse cuidado independe do processo
de educação do autocuidado, já que o mesmo necessita de inúmeros fatores, o que
não ocorre com o cuidado realizado pelo enfermeiro, que é empírico.
“O paciente que se submete a uma estomia necessita de cuidados específicos,
um acompanhamento especializado que atenda às suas necessidades
psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, e requer um plano de cuidados de
enfermagem abrangente e contínuo.” (LUZ, 2009. p. 140).
“Como profissional engajado com o cuidado humano e na abordagem integral
do ser humano, o enfermeiro pode iniciar precocemente sua assistência, objetivando a
reabilitação do paciente e minimizando seu sofrimento, especialmente ao incentivar o
autocuidado.” (GEMELLI, ZAGO, 2002. p. 35).
“Em um conceito mais amplo de saúde-doença, no qual as relações não são
apenas cognitivas ou sociais, mas também afetivas, a literatura especializada em
estomaterapia tem mostrado alterações de imagem corporal como determinantes da
qualidade de vida do estomizado durante seu processo reabilitatório.” (SAMPAIO,
2008, p. 95).
O cuidado de enfermagem deve ser individualizado, objetivando o bem estar
físico e psicológico do paciente, facilitando o individuo a retornar seu papel na
sociedade. Para isso, a visita domiciliar é uma das estratégias em que se fortalece o
vínculo enfermeiro-paciente, obtendo uma visão holística, ajudando-o a resgatar
confiança, a auto-estima e independência. As necessidades psicossociais do paciente
estomizado incluem o enfrentamento do convívio familiar e social, da auto-imagem e
da mudança no estilo de vida. (POGGETO, 2012, p. 504).
“A visão holística de saúde enfoca a necessidade de atenção do paciente
estomizado voltada não só para sua nova situação de saúde, mas também para os
aspectos subjetivos relacionados à representação social do novo estoma em seu
corpo. Como mostra a literatura, as alterações de imagem corporal são determinantes
na qualidade de vida do estomizado nas diversas fases de reabilitação.” (SAMPAIO,
2008, p. 95).
“O planejamento da assistência ao estomizado não requer somente cuidados
físicos ou ensinar-se ao paciente os cuidados de higiene e troca de bolsas de
colostomia. É necessário um planejamento da assistência ao longo do período peri-
operatório com vistas ao ensino pré-operatório, demarcação do estoma, preparo físico
pré-operatório propriamente dito, integração das intervenções com a equipe do bloco
cirúrgico. Requer ainda a retomada do ensino pré-operatório para o autocuidado,
envolvendo paciente/família, visando à reabilitação e ao encaminhamento ao
Programa de Ostomizados, que é mantido pelo serviço público, para aquisição dos
dispositivos e seguimento ambulatorial.” (SONOBE, 2002, p. 342).

“Para assistir o ser humano integralmente o enfermeiro cuida da qualidade da


assistência de enfermagem prestada ao estruturar, planejar, supervisionar e gerenciar
os serviços de saúde, além de executar as ações. Nessa perspectiva, ele se encontra
como detentor da imensa maioria das decisões no cuidado à saúde”. (MENEZES,
2004, p. 338).
O autocuidado, suas teorias e o paciente estomizado

A confecção do estoma gera dificuldades, dúvidas e inseguranças após a alta


hospitalar. Nesta etapa inicial do retorno ao domicilio, o ensino do autocuidado e dos
cuidados pelo profissional de enfermagem é fundamental para o prognostico do
paciente. Para isso, torna-se indispensável o estudo do autocuidado e de suas teorias.

“O autocuidado é uma função reguladora que permite às pessoas


desempenharem, por si sós, as atividades que visam à preservação da vida, da saúde,
do desenvolvimento e do bem-estar. Conceitualizar o autocuidado e estabelecer as
necessidades e as atividades de autocuidado são fundamentais para compreender de
que forma as pessoas podem usufruir a intervenção do enfermeiro.
“O autocuidado é a chave dos cuidados de saúde e é visto como uma
orientação subjacente à atividade do enfermeiro e que a distingue de outras
disciplinas. Pode-se afirmar que por meio das ações de autocuidado são
implementadas intervenções de promoção da saúde orientadas para a prática de
cuidados de enfermagem ao longo de um continuum, desde os cuidados de saúde
primários, passando pelos serviços de internamento, unidades de internamento de
longa duração e serviços de reabilitação. Essas intervenções visam informar as
pessoas sobre a sua condição e tratamento e formá-las acerca da automonitorização,
percepção e identificação de mudanças na funcionalidade, avaliar a severidade
dessas mudanças e as opções para gerir essas mudanças, bem como selecionar e
desempenhar ações apropriadas. O autocuidado é considerado um componente
integral da gestão das doenças crônicas e da preservação de um nível aceitável de
funcionalidade. Permite à pessoa observar-se, reconhecer sintomas, determinar a
agressividade da sintomatologia e escolher estratégias apropriadas para debelar
esses sintomas, minimizando-os e maximizando a saúde.” RICHARD (2013 apud
GALVÃO, p. 227).
“Na década de 60 surgiram as primeiras teorias de enfermagem procurando
relacionar fatos e estabelecer as bases de uma ciência de enfermagem. Algumas
destas teorias, como a sinérgica, relacionam-se mais com o cuidado de enfermagem
do que a enfermagem em si”. (HORTA, 1979, p. 09). “A teoria funciona como um
alicerce estrutural para a implantação da sistematização da assistência de
enfermagem (SAE), que requer uma metodologia para ser implementada” (TANNURE,
2009, p. 13). “O objetivo da assistência de enfermagem neste setor é identificar e
monitorar os efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da própria
doença, desenvolvendo ações educativas de promoção, prevenção e tratamento.”
(OLIVEIRA, 2008, p. 170).

“Dagmar E. Brodt apresentou sua teoria sinergística de enfermagem num


trabalho publicado em 1969. Segundo autora, a confortante mistura de conhecimentos
e habilidades que protegem um paciente de sua fraqueza e mobilizam suas forças
para recuperação são os resultados de ações sinergísticas da enfermagem. Os
Cuidados de enfermagem ou ações, em qualquer uma de suas amplas dimensões,
aplicado isoladamente tem um efeito restrito, enquanto que aplicando ao mesmo
tempo vários deles, seu alcance pode ser muito maior”. (HORTA, 1979, p. 17)

A Teoria do autocuidado de Dorothea E. Orem diz que “Autocuidado é o


desempenho ou a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício
para manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, contribuindo para o
desenvolvimento humano”. (GEORGE, 2000, p. 84). “Segundo o pensamento teórico
de Dorothea Orem, quando uma pessoa não reúne habilidades suficientes para
atender a uma demanda de autocuidado, torna-se necessário que outra pessoa exerça
tais cuidados, no caso o enfermeiro”. (COSTA, 2013, p. 194). “A incapacidade para
desenvolver o autocuidado pode advir de fatores extrínsecos e intrínsecos. Entre os
primeiros, incluem-se a doença ou a morte de algum parente. Já fatores intrínsecos,
como idade, por exemplo, afetam tanto a habilidade da pessoa se engajar no
autocuidado, como o tipo e a quantidade de autocuidado requerido”. (VITOR, 2010, p.
612). “Esta teoria é constituída por três construtos teóricos – autocuidado, déficit de
autocuidado e sistema de enfermagem”. (BUB, 2006, p. 155). “Na teoria do
autocuidado incorpora-se o conceito dos requisitos de autocuidado: universais,
desenvolvimentais e desvio de saúde. Os requisitos universais são comuns aos seres
humanos, auxiliando-os em seu funcionamento, estão associados com os processos
da vida e com a manutenção da integridade da estrutura e do funcionamento humano.
Os requisitos desenvolvimentais ocorrem quando há a necessidade de adaptação às
mudanças que surjam na vida do indivíduo. Os requisitos por desvio de saúde
acontecem quando o indivíduo em estado patológico necessita adaptar-se a tal
situação. A teoria do déficit de autocuidado: o déficit de autocuidado ocorre quando o
ser humano se acha limitado para prover autocuidado sistemático, necessitando de
ajuda de enfermagem. Constitui a essência da teoria geral de enfermagem de Orem,
pois possibilita apontar a necessidade de enfermagem. Justifica-se quando o indivíduo
acha-se incapacitado ou limitado para prover autocuidado contínuo e eficaz. A teoria
de sistemas de enfermagem: dividida em sistema totalmente compensatório, quando o
ser humano está incapaz de cuidar de si mesmo, e a enfermeira o assiste,
substituindo-o, sendo suficiente para ele. Sistema parcialmente compensatório,
quando a enfermeira e o indivíduo participam na realização de ações terapêuticas de
autocuidado. O sistema de apoio-educação é quando o indivíduo necessita de
assistência na forma de apoio, orientação e ensinamento.” (DIÓGENES, 2003, p. 288).

“Promover e manter o autocuidado em pessoas portadoras de doença crônica


é papel central da intervenção do enfermeiro, pois sua interação é constante em
qualquer que seja o contexto - hospitais, centros de saúde, ambulatório, cuidados
continuados e na comunidade. A implementação de ações de autocuidado promove
uma parceria entre enfermeiro e pessoa/família, de modo a que os últimos
desenvolvam capacidades e conhecimentos para se adaptarem e procederem a
tomadas de decisão informadas relativamente à sua doença crônica.” KRALIK (2013
apud GALVÃO, p 227).

“O ensino do autocuidado assegura ao estomizado o alcance da independência


na realização dos seus cuidados em relação à família e aos profissionais de saúde.
Assim o estomizado consegue distinguir a presença de complicações do seu estoma,
bem como dificuldades importantes na manutenção e troca de equipamentos. Após a
alta hospitalar, o processo de conviver com a condição de estomizado intestinal se
inicia.” (SONOBE, 2015, p. 168). “Nesse contexto, a assistência de enfermagem aos
estomizados, com ênfase no autocuidado, tem sido uma alternativa importante no
sentido de estimular o paciente a participar ativamente do seu tratamento, além de
aumentar sua responsabilidade no seu próprio cuidado.” (MENEZES, 2013, p. 302)
“Estabelecer a autocuidado e o desenvolvimento de habilidades nunca
experimentadas relacionadas à condição de saúde não é algo fácil. É uma importante
transição com que se deparam muitos usuários com estoma.” (ROSA, 2017, p. 2)
“Por meio de práticas educativas, o enfermeiro pode fomentar orientações que
propiciem o autocuidado do paciente: alimentação e atividades diárias, higiene da
pele, estoma e dispositivo coletor, assim como a colocação/posicionamento, a retirada
e o tempo de esvaziamento deste dispositivo.” (COELHO, 2015, p. 9529)

“Destaca-se que, para o paciente estomizado possuir o mínimo de qualidade


de vida possível, há a necessidade de informações detalhadas e ensino especializado
para que as ações de autocuidado tenham sucesso. O enfermeiro que trabalha com
esse tipo de paciente, além de necessitar de conhecimentos específicos e
embasamento teórico sobre estomas e estratégias de ensino, deve ter empatia, saber
olhar, ouvir, sentir, assistir, trabalhar com diversos níveis sociais e saber lidar com
diversas situações, sejam elas de revolta, indignação, não aceitação, entre outras,
sempre com o propósito de proporcionar conforto e segurança aos clientes”. (LENZA,
2013, p. 140)

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