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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE FILOSOFIA

HISTÓRIA DA FILOSOFIA
MODERNA
O Racionalismo. Descartes e a filosofia do cogito. O
Discurso do Método.

Trabalho do tipo Resumo de Escrito apresentado à cadeira de História da Filosofia


Moderna, do Curso de Filosofia, da Universidade Federal do Piauí, como co-requisito
avaliativo complementar para obtenção de nota concernente a grupo de leitura.
JOÃO GUALBERTO DA COSTA RIBEIRO JÚNIOR

HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA


HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA

O Racionalismo. Descartes e a Filosofia do Cogito. O


Discurso do Método

Trabalho apresentado à cadeira de


Introdução à Ética I, do Curso de Filosofia, da
Universidade Federal do Piauí, como co-
requisito parcial avaliativo para obtenção de
nota concernente à atividade II.

Tutora: Prof.ª Talita Aralpe

UAPI
Piracuruca

2012
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo desenvolver a prática da escrita,


seguindo os padrões de produção textual acadêmica, de modo a descrever
sucintamente aspectos da filosofia moderna, a saber: Descartes e a filosofia do
cogito.

O pensamento filosófico de Descartes possibilitou a consolidação definitiva do


JOÃO GUALBERTO DA COSTA RIBEIRO JÚNIOR

período moderno na filosofia. O pensamento moderno até Descartes foi


consolidando-se de forma multifacetada. A Renascença, as teorias humanistas, o
ceticismo, a Reforma protestante, no contexto histórico, influenciaram de modo
significativo o início da modernidade.

A abordagem temática justifica-se pela necessidade de conhecimento do


aparato histórico formador da filosofia, para uma melhor compreensão do processo
e pensamento filosóficos, no decorrer da própria história da humanidade. Descartes
representa importante página na história da filosofia moderna.

Descartes intenciona embasar o pensamento filosófico-científico, através da


busca por algo que pudesse postular-se de tal maneira que seus princípios não
pudessem ser questionados.

Apesar das influências exercidas pelo ceticismo e outras linhas teóricas dos
séculos XVI e XVII sobre o pensamento científico de Descartes, este procura invalidar
as teorias ceticistas, em busca da fundamentação da ciência e de seu conhecimento.

Visando descrever o assunto proposto de maneira ordenada e sintética,


pretende-se definir inicialmente neste resumo de escrito, o processo de pensamento
alcançado por Descartes, bem como as características principais que representam o
desenvolvimento e evolução de sua filosofia do cogito.
2012
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O FILÓSOFO E SEU TEMPO: A MODERNIDADE DE DESCARTES

Descartes aparece no cenário filosófico moderno em meio a grandes


transformações, em um período de transição.

O século XVI pode tem como característica de base, a ruptura com o mundo
anterior. Acontecimentos importantes como as grandes navegações, as teorias de

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Copérnico, Galileu Galilei e a Reforma Protestante, influenciaram grandemente não
apenas a modernidade, mas o pensamento filosófico de Descartes.

Descartes vive numa época de intensas crises, tendo a obra cartesiana um


grande destaque voltado para a reflexão de seu próprio tempo. O pensamento de
Descartes está intimamente relacionado à idéia de modernidade.

Este período de transformações caracterizou-se pela crença no racionalismo


individual, pela metáfora do claro/escuro, pela busca do progresso, dentre outros.

Descartes sofreu forte influência da Escolástica, embora suas intenções


principais sejam contrárias aos pressupostos escolásticos, havendo uma necessidade
de contextualização do pensamento.

As primeiras obras cartesianas foram o Tratado de Metafísica e o Tratado do


Mundo. Com o trabalho Meditações, Descartes adquire grande fama.

O filósofo fora homem de muitas contradições e antíteses, o que demonstrava


bem a grande crise vivida em seu século. O pensamento de Descartes é resultado da
reflexão sobre a experiência de vida do próprio indivíduo.

UAPI
2.2 O PROJETO FILOSÓFICO DE DESCARTES
O projeto filosófico cartesiano consiste no estabelecimento de meios capazes
de defender o novo modelo científico contra a visão aristotélica da escolástica.

Descartes afirma ser a racionalidade, um elemento intrínseco, natural ao


homem; o erro, segundo o pensamento cartesiano, seria resultado do mau uso da
razão e de seus processos, incluindo-se as incorreções na aplicação da razão.

O método cartesiano tem por finalidade colocar a razão no bom caminho;


entendendo-se aqui por bom caminho, a eleição feita pelo filósofo do uso de
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aspectos racionais para consolidar seu pensamento teórico e refutar as teorias


vigentes.

Conforme Descartes, método é um procedimento que visa assegurar o


sucesso da formulação de teorias científicas. Para tal empreendimento, Descartes
estabeleceu regras que deveriam à risca serem seguidas, sob pena de falha no
procedimento.

A primeira regra cartesiana, a evidência, estabelece que uma verdade não


deve ser aceita, se esta mesma verdade, não houver sido evidenciada. A segunda
regra, a análise, dispõe sobre a melhor avaliação da teoria estudada, através de uma
divisão organizada da problemática. Na terceira regra, a síntese, Descartes exprime
a necessidade de conduzir o processo de conhecimento de maneira sistemática e
hierarquizada, a fim de manter total coesão entre as possíveis partes. Na quarta
regra, revisão, o filósofo afirma a necessidade de revisar o trabalho realizado de
forma criteriosa e ostensiva, com o objetivo de não omitir dados. Há referência para
revisão de cada parte do processo, tantas quantas existirem.

O pensamento de Descartes objetiva legitimar a ciência, mas para isto faz-se


imperativo refutar o ceticismo. Descartes parte do princípio da ineficiência dos
sistemas antigos em provar ou refutar as verdades. Segundo o filósofo, a
2012 racionalidade, a interioridade representam o ponto de partida rumo a novas
descobertas. A obra cartesiana é fortemente marcada pelo subjetivismo,
representando a fonte do conhecimento no próprio sujeito pensante, isto é, no
indivíduo. Para Descartes, o conhecimento só seria relevante se houvesse um
processo de autoanálise do indivíduo pelo indivíduo, precedendo o conhecimento.

2.3 O ARGUMENTO DO COGITO

Este célebre argumento contém a máxima cartesiana: penso, logo existo.

O principal objetivo do argumento do cogito seria a fundamentação do


conhecimento através da negação do ceticismo.

HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA


Descartes iniciou este processo com a formulação de uma dúvida que
colocasse à prova todo o conhecimento adquirido. Este representou o primeiro
argumento.

No segundo argumento, Descartes expõe a relação entre o que ocorre no


interior do indivíduo, ou seja, em sua mente e o mundo exterior; aqui reside o grande
problema cartesiano.

No terceiro argumento, Descartes introduz a concepção do deus enganador.

Com estas três proposições argumentativas, René Descartes intenciona


refutar o ceticismo e embasar a ciência.

2.4 UMA ANÁLISE DO ARGUMENTO DO COGITO

Pelo argumento do cogito, Descartes recebeu muitas críticas e objeções.

O pensar pressupõe o existir, por dedução como na lógica matemática. Se


penso que existo, então é porque existo de fato.

O argumento do cogito implica consequências e suscita dúvidas quanto à sua UAPI

validade. O argumento pode atestar a existência do sujeito pensante, mas não a


essência do mesmo; Descartes coloca aqui uma espécie de certeza adquirida pela
crença, no que reside o fato da necessidade de uso dos sentidos e da cognição, para
então, validar a “certeza”. O que é contraditório dentro da própria teoria cartesiana.

O argumento do cogito prescinde de formas, de argumentações mais


profundas e válidas, para se explicar e embasar o conhecimento, a verdade.

Descartes obtém uma verdade inquestionável, em sua busca pela refutação


do ceticismo, mas há sérias objeções contrárias ao que é estabelecido pelo
pensamento cartesiano.
JOÃO GUALBERTO DA COSTA RIBEIRO JÚNIOR

O argumento do cogito representa a o fundamento inicial, primeiro, do


discurso racional. Com este argumento, Descartes afirma a existência de algo que
pensa.

Neste argumento existe ainda um ponto levantado em relação ao dualismo


corpo-mente, sendo paradoxal à certeza do cogito, visto que para a percepção
exterior, primeiro preciso seria sofre influência da cognição, o que iria de encontro ao
argumento do cogito.

Uma grande característica do pensamento de Descartes é o que se denomina


de solipsismo cartesiano, isto é, o isolamento do eu, que remonta aqui ao
subjetivismo de Descartes e que caracterizaria toda a modernidade.

Os principais objetivos do pensamento filosófico de Descartes era


fundamentar o conhecimento científico, embasando sólida e consistentemente a
nova ciência.

Há aqui uma necessidade de superação do idealismo radical para além das


fronteiras do puro pensamento.

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