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DERMATOESTÉTICA

Apostila de conhecimento e aprendizagem.


Professora Keila S Ferreira
Especialista Dermatofuncional
Crefito121.363F
Tecnóloga em estética

1 Profa. Keila S Ferreira


Dermartoestética
1. SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar é um conjunto de estruturas que recobre o organismo
humano e exerce funções importantes na manutenção do equilíbrio do corpo.
Está organizado em camadas intimamente relacionadas: pele, hipoderme e anexos
cutâneos.

1.1 PELE
Maior órgão do corpo humano – 16% do
peso corporal mede em torno de 1,5 a 2m em um
adulto jovem. Espessura varia de 3mm na região de
palmas das mãos e planta dos pés e 1mm nas
pálpebras.
A estrutura básica da pele é a mesma em
qualquer região do corpo, o que varia é a sua espessura.

1.1.2 FUNÇÕES
 Proteção contra agressões do meio ambiente, radiações e agentes agressores
externos (germes, substâncias tóxicas, agentes mecânicos).
 Sentir (percepção) – quente, frio, áspero, liso, etc.
 Regular temperatura
 Excretar suor
 Absorção - hidratação

2. ESTRUTURAS DA PELE
• EPIDERME
• DERME
• HIPODERME

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2.1 EPIDERME
• Camada mais externa
Principal função: barreira protetora

Possui 5 camadas:
- Córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e basal.
- Desprovida de vasos e nervos, é nutrida pelo
plasma.
- Possui muitos receptores e células sensoriais.

1ª CAMADA: CÓRNEA
A camada córnea é formada pelos corneócitos, isto é, células epidérmicas
anucleadas, com membranas celulares espessas e cujo citoplasma corresponde a um
sistema bifásico de filamentos de queratina encerrados em uma matriz amorfa contínua.
Nas porções inferiores do estrato córneo, os filamentos de queratina associam- -
se à filagrina que, nas porções inferiores, por ação enzimática, desprende-se da
queratina e é degradada a aminoácidos que, osmoticamente, retêm água no estrato
córneo.

Exerce função de:


- Proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos.
- Impede a perda de água.
- Renovação da epiderme.

2ª CAMADA LÚCIDA
Fina camada de células achatadas que não esta presente em todas regiões do
corpo. Existe apenas na palma da mão e dos pés, onde a pele é mais grossa.

3ª CAMADA GRANULOSA
A camada granulosa é formada pelas células granulosas, assim denominadas por
caracterizarem-se pela presença de grande quantidade de grânulos. De tamanho e forma
irregulares, tais grânulos compõem-se de querato-hialina – compostos de profilagrina,
proteína que origina a filagrina – e citoqueratinas.
Em áreas de queratinização imperfeita, a camada granulosa pode estar ausente.
Está localizada abaixo da camada córneae possui a função de impedir a
passagem de água entre as células, portanto mantém a hidratação da pele.

4ª CAMADA ESPINHOSA
Também denominada camada Malpihiana ou
corpo mucoso de Malpighi, a camada malpighiana é
formada pelas chamadas células escamosas ou
espinhosas, que têm configuração poliédrica,

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achatando-se progressivamente em direção à superfície.
Está localizada abaixo da granulosa mantém a coesão entre as células, possui
maior resistência a atritos – quanto maior a ação de pressão e atrito na epiderme maior a
sua camada espinhosa.

5ª CAMADA BASAL
A mais profunda das camadas da epiderme, a camada germinativa ou basal
constitui-se por dois tipos de células, as células basais e os melanócitos.
A camada basal é essencialmente germinativa, originando as demais camadas da
epiderme, por meio de progressiva diferenciação celular. Por esse motivo, observa- -se,
sempre, nessa camada, intensa atividade mitótica. O tempo de maturação de uma célula
basal, até atingir a camada córnea, é de aproximadamente 26 dias.

Ou seja:
• Separa a derme da epiderme.
• Região onde as células jovens estão com intensa capacidade de reprodução ou
mitose.
• As células partem da camada basal sendo empurradas para a camada córnea,
renovando a epiderme, este processo dura em torno de 26 dias.

MEMBRANA BASAL
Abaixo da camada basal, existe uma fina estrutura constituída por
mucopolissacarídeos neutros – a membrana basal, que, habitualmente, não é visível à
microscopia óptica comum, com a coloração H.E., mas pode ser evidenciada
especialmente pela coloração com o ácido periódico de Schiff (PAS).
A microscopia eletrônica demonstra que a junção dermo-epidérmica é uma
estrutura altamente complexa, constituindo o que se denomina zona da membrana basal,
com importante participação em várias condições patológicas da pele e cuja análise
anatomopatológica, imunopatológica (por meio da imunofluorescência e da
imunoperoxidase) e, mesmo, ultraestrutural é, por vezes, muito importante no
diagnóstico e na interpretação da patogenia de certas dermatoses.
Quanto à ultraestrutura, a zona da membrana basal é formada por quatro componentes
bem definidos.
1. Membrana plasmática das células basais, as vesículas plasmalêmicas e os
hemidesmossomas, que são as estruturas de ligação entre as células basais e as
demais estruturas da zona da membrana basal. ƒ
2. Lâmina lúcida ou espaço intermembranoso. ƒ
3. Lâmina densa ou lâmina basal. ƒ
4. Zona da sublâmina densa

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A membrana plasmática das células basais é irregular e, além dos
hemidesmossomas, contém vesículas plasmalêmicas, possíveis elementos de síntese e
eliminação envolvidos na reparação contínua da membrana plasmática.
Os hemidesmossomas são complexos juncionais especializados que contribuem
para a adesão das células epiteliais à membrana basal subjacente em epitélios
estratificados ou outros epitélios complexos como pele, córnea, parte dos tratos
respiratório e gastrentérico e o âmnio.
Esses complexos multiproteicos determinam a coerência célula-estroma e
fornecem às células sinais críticos para sua polarização, organização espacial e
arquitetura tissular. Atuam em vários processos biológicos normais como cicatrização
de feridas e morfogênese tissular.
Existem evidências de que diferentes elementos como as proteínas da matriz
extracelular e fatores de crescimento regulam a função dos hemidesmossomas. A
integrina a6b4, que os compõe, parece atuar como elemento de sinalização; portanto, o
hemidesmossoma não somente representa um complexo de adesão estrutural, mas
também, por meio da 6b4, tem ações funcionais sobre o fenótipo celular.
Os hemidesmossomas associam-se a uma placa sub-basal densa e são conectados
por filamentos de ancoragem à lâmina densa, a qual, por sua vez, está ancorada à derme
papilar subjacente por fibrilas de ancoragem. Tais estruturas morfológicas, filamentos
intermediários, placa hemidesmossômica, filamentos de ancoragem e fibrilas de
ancoragem, constituem uma unidade funcional, denominada complexo de adesão
hemidesmossômico, que provê aderência estável do queratinócito à membrana basal
epitelial subjacente.

Função da membrana basal:

✓ Aderência dermoepidérmica
✓ Suporte mecânico – essa função se realiza por meio de ação estabilizadora da
lâmina densa sobre a membrana plasmática das células basais.
✓ Função barreira – aparentemente, a ZMB atua como barreira à penetração de
moléculas de peso molecular elevado. A função barreira da ZMB pode ser
exercida sobre células, o que é de grande interesse no impedimento a invasões
dérmicas por processos proliferativos epidérmicos.

BARREIRA CUTÂNEA

Barreira cutânea é a camada mais externa da pele, essencial para a saúde geral e
dermatológica. É formada por células da camada córnea, que funcionam como tijolos, e
substâncias como ceramidas, ácidos graxos, colesterol e outros lipídeos, que funcionam
como um cimento entre as células.
Duas funções da barreira cutânea são fundamentais.

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1. A primeira, considerando-a ser impermeável, é impedir a perda de água da pele,
mantendo a hidratação.
2. A segunda é proteger que agentes infecciosos e irritantes penetrem em nosso
corpo através da pele.

Constituição da Barreira cutânea:

Formada por corneócitos em conjunto com os lipídeos produzidos na epiderme e com o


sebo produzido pelas glândulas sudoríparas e água com sais minerais também da
sudorese, formam um filme sobre a pele, que constitui a barreira cutânea.

2.2. CÉLULAS TÍPICAS DA EPIDERME

• QUERATINÓCITOS
• MELANÓCITOS
• CÉLULAS DE
LANGERHANS

QUERATINÓCITOS

São células em constante


renovação geradas na camada basal, que migram para a superfície.
Produzem neste trajeto lipídeos, proteínas, das quais a mais importante é a queratina.
Após perde o núcleo e morre tornando-se um corneócito.
O processo de queratinização ou corneificação, mais popularmente conhecido
como renovação celular, é resumido entre o nascimento e a morte de células epiteliais.
O processo acontece nas subdivisões (camadas) da epiderme (córnea, granulosa,
espinhosa, lúcida, basal).
A camada mais profunda da Epiderme, a camada Basal, é o ponto de partida de
todo o processo, onde se origina as células epiteliais.
Nela existem milhares de células de dois tipos principais:
✓ As primeiras são responsáveis pela coloração da pele e do pelo (Melanócitos),
enquanto as outras se renovam a cada dia, e sua evolução em direção à
superfície sofre processo de queratinização ou corneificação, que dá origem à
Camada Córnea que é constituída basicamente de queratina, uma proteína
responsável pela impermeabilidade (proteção) da pele.

MELANÓCITO

São células de natureza dentriticas, com numerosos


prolongamentos longos e ramificados, que se relacionam com
células espinhosas suprajacentes. Os melanócitos, em conjunto

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com os queratinócitos com que funcionalmente se relacionam, constituem as unidades
epidermomelânicas da pele.
A quantidade de melanócitos varia em função da área considerada, existindo cerca
de 2.000/mm2 na pele da cabeça e antebraços e 1.000/mm2 no restante do tegumento. A
quantidade de melanócitos não varia em relação às raças; portanto, as diferenças de
pigmentação não dependem do número, mas sim da capacidade funcional dos
melanócitos.
Os melanócitos contêm, no seu citoplasma, organelas especializadas, denominadas
melanossomas, onde ocorrem a síntese e a deposição da melanina por meio do
armazenamento de tirosinase sintetizada pelos ribossomas.
O elemento inicial desse processo biossintético é a tirosina, aminoácido essencial.
A tirosina sofre atuação química da tirosinase, que, em presença de oxigênio
molecular, oxida a tirosina em dopa (dioxifenilalanina) e esta, em dopaquinona. Na
cadeia reacional, surgem os dopacromos e, finalmente, o composto tirosina-melanina,
que, combinando-se com proteínas, origina as melanoproteínas, as quais, por
polimerização, constituem a melanina.

Os melanossomas repletos de melanina são injetados no interior dos


queratinócitos da unidade epidermomelânica correspondente, por meio dos
prolongamentos dendríticos do melanócito. O pigmento melânico compreende dois
tipos de melanina, que geralmente se apresentam em mistura: a eumelanina, polímero
marrom; e as feomelaninas, compostos amarelo-avermelhados. Os queratinócitos
influenciam a proliferação, o número de dendritos e a produção melânica dos
melanócitos. Outros fatores que interferem na atividade melanocítica são hormônios
(MSH e hormônios sexuais), mediadores de inflamação e vitamina D3.

CÉLULAS DE LANGERHANS

As células de langerhans possuem função


imunológica e exercem um papel de proteção na
pele. Elas são encontradas em qualquer camada

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da epiderme, mais frequentes na espinhosa. E possuem grande capacidade fagocitária e
ativação de linfócitos T.
Também existem também na derme, linfonodos e timo e representam 3 a 6% de todas as
células epidérmicas.
As células de Langerhans originam-se na medula óssea e constituem 2 a 8% da
população celular total da epiderme. Possuem receptores para a fração Fc da IgG e da
IgE, para C3 e, além disso, expressam antígenos de histocompatibilidade classe II.
Graças a essa estrutura imunológica, a célula de Langerhans consegue
reconhecer antígenos, processá- -los e apresentá-los aos linfócitos T, iniciando, assim,
sua ativação. Participam não somente das reações de sensibilização das dermatites de
contato, mas também da rejeição de enxertos, na proteção às infecções virais e, também,
na eliminação de clones de células epiteliais neoplásicas.

CÉLULAS DE MERKEL (ESTRATO BASAL)


 Células com prolongamentos
 Conectam-se com os nervos sensitivos
Função: mecanoreceptores - tato

3.0 ANEXOS CUTÂNEOS

 Glândulas sudoríparas
 Glândulas sebáceas
 Folículo piloso
 Unhas

- Glândulas Sudoríparas
As glândulas sudoríparas distinguem-se em dois tipos: as écrinas e as apócrinas.

Glândulas sudoríparas écrinas: são glândulas tubulares em espiral, estão na camada


profunda da derme ou sobre a hipoderme e estão presentes em todo o corpo.
A sua função primária é o resfriamento por evaporação (transpiração).
A secreção écrina consiste de um líquido aquoso, fino e inodoro, onde a ação
microbiana não consegue degradar. São controladas por fibras colinérgicas do Sistema
nervoso autônomo pelo estímulo térmico e
fatores psicogênicos.
1. Elas secretam o suor de maneira
intermitente.
2. O suor é um liquido aquoso, incolor,
ácido, que contêm 99% de água, de
NaCl, de amoníaco, de ácido lático,
de ácido uricânio e de aminoácidos
livres.

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3. Respondem a estímulos físicos (temperatura, exercícios), e a estímulos psíquicos
(emoções – palma das mãos e planta dos pés).

Glândulas sudoríparas apócrinas: são glândulas tubulares que desembocam nos folículos
pilosos nas axilas e regiões urogenitais.
A secreção é uma mistura de proteínas, carboidratos e íons férricos que não possui odor,
porém torna-se fétida após ação de bactérias comensais da pele.
São mais numerosas nas mulheres e na raça negra.
São sensíveis aos hormônios androgênicos e reguladas por nervos adrenérgicos em
resposta ao atrito, agentes farmacológicos e fatores emocionais.

- Glândulas sebáceas
 Glândula simples alveolar (acinosa) ramificada
 Secreção do sebo (lubrifica a pele)
 Anexos dos folículos pilosos (abrem nos folículos)
 Glândula Holócrina
 Glândula holócrina, ou seja, é um tipo de glândula, onde a
célula inteira morre e se destaca, participando da
constituição da própria secreção da glândula.

- Folículo Piloso
Um folículo piloso é uma estrutura dérmica
tegumentar que é constituída por três invólucros (ou
bainhas) epiteliais e é capaz de produzir um pelo. As
bainhas rodeiam a raiz do pelo, na profundidade da pele.
O folículo piloso ou unidade folicular é uma
estrutura complexa composta por 1 fio de pelo ou cabelo,
com seu respectivo bulbo, glândula sebácea e sudorípara,
músculo piro-eretor e outros órgãos não menos
importantes.
O ser humano tem em torno de 5 milhões de
folículos por todo o corpo, 120.000 deles no couro
cabeludo.
O folículo pode se apresentar em número de um, minoria ou em conjuntos de 2 a
5 folículos, as famílias foliculares.

- Unhas
As unhas são lâminas de queratina que
recobrem as últimas falanges e originam-se na matriz
ungueal.
Crescem de modo contínuo e atuam como
elemento de proteção às pontas dos dedos.

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DERME

 Compreende um verdadeiro gel, rico em


mucopolissacarídeos (a substância
fundamental) e material fibrilar de três tipos:
fibras colágenas, fibras elásticas e fibras
reticulares.
 Espessura variável ao longo do organismo,
desde 1 até 4 mm, a derme compõe-se de três
porções – a papilar, a perianexial e a reticular:
Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras colágenas finas, fibras
elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância fundamental, formando as
papilas dérmicas, que se amoldam aos cones epiteliais da epiderme.
Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-se, porém, em
torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a unidade anatômica denominada
derme adventicial.

Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua


porção mais espessa, que se estende até o subcutâneo.
É composta por feixes colágenos mais espessos, dispostos, em
sua maior parte, paralelamente à epiderme.
Apresentam na sua constituição terminações nervosas
(que permitem o tacto), vasos sanguíneos e linfáticos
(responsáveis pela irrigação e drenagem da epiderme), fibras
elásticas (que conferem elasticidade à pele) e outras estruturas
derivadas da epiderme (pelos, glândulas sebáceas, glândulas
sudoríparas e unhas).
A derme participa na resistência mecânica da pele às compressões e aos
estiramentos.

1. Fibras colágenas: compreendem 95% do tecido conectivo da derme. O colágeno da


derme é composto por tipos diferentes de fibras – do tipo I até o tipo XIII.
• Colágeno tipo I: fibras espessas dispostas em rede ortogonal na derme reticular.
80 a 90%.
• Colágeno tipo II: fibras finas, abaixo da membrana basal, participa da fixação
dermo-epidérmica.
• Colágeno tipo III: 8 a 12% do colágeno dérmico. Predomina na vida
embrionária.
• Colágeno tipo IV: lâmina densa
• Colágeno tipo VII: fibrilas de ancoragem.

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2. Fibras elásticas: são microfibrilas que, na derme papilar, orientam-se
perpendicularmente à epiderme; e, na derme reticular, mostram-se mais espessas e
dispostas paralelamente à epiderme, representam 1 a 2 % do peso da derme.
O sistema elástico da pele compreende os seguintes tipos de fibras elásticas:
✓ Fibras oxitalânicas: superficiais (derme papilar), finas, dispostas
perpendicularmente à epiderme, pouca elastina. Agrupamento de microfibrilas
envolvido por elastina. Participa da ligação dermo -epidérmica.
✓ Fibras eulaunínicas – ocupam posição intermediária na derme, conectando as
fibras oxitalânicas da derme superficial com as fibras elásticas da derme
reticular. ƒ
✓ Fibras elásticas maduras – contêm cerca de 90% de elastina e ocupam a derme
reticular
✓ As fibras elásticas mais superficiais estão envolvidas na ligação entre epiderme e
derme e as mais profundas, pelo seu maior teor de elastina, na absorção dos
choques e das distensões que se produzem na pele.

A derme aloja as estruturas anexiais da pele como:


• As glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas,
• Os folículos pilossebáceos e o músculo eretor do pelo.

Apresenta ainda células próprias: fibroblastos, histiócitos, mastócitos, células


mesenquimais indiferenciadas e as células de origem sanguínea, leucócitos e
plasmócitos.
Em quantidades variáveis, também apresenta vasos sanguíneos, linfáticos e
estruturas nervosas.

3.0 INERVAÇÃO
Os nervos sensitivos, que sempre são mielinizados, em algumas regiões
corpóreas como palmas, plantas, lábios e genitais, formam órgãos terminais específicos,
os corpúsculos de Vater-Pacini, os corpúsculos táteis de Meissner, os corpúsculos de
Krause, os meniscos de Merkel-Ranvier e os corpúsculos de Ruffini. ƒ Corpúsculos de
Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas regiões palmoplantares e são específicos
para a sensibilidade à pressão. ƒ

Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, especialmente nas polpas dos
dedos, ao nível da derme papilar. São específicos para a sensibilidade tátil. ƒ

Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais-mucocutâneos,


pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e mucosas. Encontram-se, portanto, na
glande, no prepúcio, no clitóris, nos lábios vulvares e, em menor quantidade, no lábio,
na língua, nas pálpebras e na pele perianal. ƒ

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Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de posição
subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos. ƒ

Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica, permeando o
colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica.
Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura discoide rica em
células de Merkel, de localização dermoepidérmica, nas proximidades de folículos
pilosos.

4.0 VASCULARIZAÇÃO
Circulação da pele atende a duas importantes funções:
 Nutrição: dos tecidos subcutâneos
 Condução de calor: das estruturas internas do corpo pra a pele, de modo que o
calor possa ser removido do corpo.

É caracterizada por dois tipos principais de vasos:


➢ Artérias, capilares e veias nutridoras usuais.
➢ Estruturas vasculares:
• Extenso plexo venoso subcutâneo: retém grande quantidade de sangue capaz de
aquecer a superfície da pele.
• Áreas cutâneas, de anastomoses artério-venosas, que são grandes comunicações
vasculares diretas entras os plexos arteriais e venosos.

HIPODERME

Camada mais profunda da pele e de


espessura variável.
Composta exclusivamente por tecido
adiposo, isto é, células repletas de gordura.
Os adipócitos são células volumosas
que contém em seu citoplasma grande
quantidade de lipídeos representados por
triglicerídeos, colesterol, vitaminas e água.
Este tecido além de representar
reserva energética, protege o organismo
contra choques atuando ainda como isolante
térmico.

FUNÇÕES DA PELE
 Proteção: camada córnea oferece proteção devido impermeabilidade relativa à
água e eletrólitos, evitando perdas e impedindo penetração de agentes exógenos.

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Resistência relativa a agentes corrosivos ; alta impedância elétrica; superfície
seca diminui proliferação de microorganismos.
 Proteção imunológica: graças às células imunologicamente ativas da derme.
• Proteção contra radiação UV: Melanina absorve e difunde radiação.
Produção de melanina é controlada por: genética (raciais), ambientais (UV) e
hormonais:
- MSH produzido pela hipófise promove dispersão de grânulos melânicos pelo
citoplasma e escurecimento da pele.
Melatonina: produzida pela pineal sob estimulação retiniana pela luz. Agregação de
grânulos ao redor do núcleo e clareamento.
• Termorregulação: através das glândulas sudoríparas écrinas (evaporação do
suor esfria o corpo) e da rede vascular cutânea (vasodilatação permite maior
dissipação calórica).
• Secreção: secreção sebácea é importante para manutenção eutrófica da própria
pele, evitando a perda de água; propriedades anti-microbianas. E contém
precursores da vitamina D.
• Percepção: através da rede nervosa cutânea.

Propriedades da pele permitem a administração percutânea de medicamentos.


A penetração de medicamentos ocorre de três formas: orifícios anexiais:
✓ Moléculas grandes e substâncias de baixo coeficiente de permeabilidade;
✓ Espaços intercelulares da camada córnea: água e álcool de baixo peso;
✓ Através das células córneas: ocorre nas seguintes situações: aumento da
hidratação da pele, da temperatura cutânea, exposição a solventes de lipídios.
Maior eficácia de curativos oclusivos

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