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Victor Hugo Silva Ramos

Orientador: Clecio dos Santos Bunzen Júnior


Peregrinando pelo universo de
Vidas Secas
Victor Hugo Silva Ramos
Orientador: Clecio dos Santos Bunzen
Júnior

Uma proposição didática para o trabalho com

Vidas Secas em aulas de literatura no Ensino

Médio.

Recife, 2018
Vidas Secas para além da
Apresentação
Refletiremos sobre o universo de

literatura e do Nordeste brasileiro… Buscaremos mergulhar no

Olá, caro(a) estudante! universo dessa obra, ao mesmo tempo em que trabalharemos para

identificar de que modo essa obra pode mergulhar em nosso e em


Você já ouviu falar sobre um romance intitulado Vidas Secas (1938),
outros universos. Mas chega de conversa, não é? Vamos lá?!
escrito por um brasileiro chamado Graciliano Ramos (1892-1953)? Ao

ler um título desses, “Vidas Secas”, quais são as informações que

primeiro vêm à sua mente?! O que esse título lhe sugere?!

Pois bem, neste material trabalharemos a leitura integral do romance

Vidas Secas, alternando o processo de leitura entre momentos na sala

de aula e momentos individuais. Teremos muitas situações de

discussão oral, que servirão como momentos específicos para que você

manifeste a tua visão acerca dos pontos aqui abordados.

No tocante à socialização de determinadas atividades, faremos uso

de algumas redes sociais. Teremos, por exemplo, um grupo fechado

no Facebook, que nos servirá como um amplo espaço de

compartilhamento de nossas atividades. Acessaremos também sites

como o Google, o YouTube e o Dailymotion.

Entraremos em contato com vários textos verbais, bem como Existem diversas edições do Vidas Secas que estão à sua
disposição; sinta-se à vontade para escolher a que dará
teremos a oportunidade de apreciar músicas, pinturas etc.
suporte à sua leitura! De qualquer modo, a título de
Assistiremos também a filmes, a exemplo do filme Vidas Secas informação, tomamos a edição acima (Editora Record,
2008) como referência para a elaboração das atividades
(1963), adaptação da obra literária de 1938, dirigida por Nelson
aqui postas.
Pereira dos Santos (1928-2018).
Como o nosso material se organiza?

O nosso material didático será dividido em três partes ou, melhor falando, em três capítulos. Cada capítulo tomará foco

em aspectos específicos de nossa experiência pelo universo de Vidas Secas, algo que nos permitirá uma abordagem

organizada através dos aspectos linguísticos, artísticos, sociais e culturais que emergirão ao longo de nossa jornada. Por

fim, os capítulos são:

Capítulo 1: Adentrando a Caatinga


1. Preparando o “terreno”;
2. Explorando e expandindo;
3. Da ficção para a vida real, e vice-versa.

Capítulo 2: O sertão adaptado


1. Adaptação: cópia ou releitura?;
2. Vidas Secas em movimento;
3. Entre o romance e o filme.

Capítulo 3: Finalizando a peregrinação


1. Produção em grupos;
2. Socializando os últimos passos.
Capítulo 1: Adentrando a Caatinga
1. Preparando o “terreno”

Caro(a) estudante, iniciaremos agora a nossa “peregrinação” pelo universo de Vidas Secas!

De acordo com o Dicionário Online de Português,


uma das definições para peregrinação é: “Romaria,
viagem feita a um lugar de devoção.” Porém,
adotamos aqui outra definição, também encontrada
no mesmo dicionário: “Viagem a terras distantes.”

Voltando ao primeiro parágrafo de nosso texto de apresentação, você resgatará alguns questionamentos que tocam em

aspectos prévios ao texto literário em destaque, tais como: 1) o seu conhecimento sobre a existência da obra referida e

2) as suas impressões acerca do título da obra. E já que estamos falando sobre aspectos prévios ao texto, que tal

pensarmos um pouco sobre a capa do livro? Bem, como Vidas Secas possui muitas edições, vamos conferir algumas de suas

capas nacionais? Você já viu alguma das capas abaixo em algum lugar? Que efeitos de sentido elas lhe despertam?
Vidas Secas também foi traduzido para outros idiomas! Trouxemos alguns exemplos…

Acessando o site oficial dedicado ao escritor


Graciliano Ramos (clique aqui!),você terá
acesso a uma lista com várias edições
estrangeiras e capas da obra.

Você perceberá ao lado duas capas estrangeiras de duas traduções distintas do Vidas

Secas. A capa de cima corresponde a uma edição estadunidense; a capa de baixo

corresponde a uma edição italiana. Observe as imagens que selecionamos e, na sala de

aula, discuta com os(as) seus(suas) colegas de turma e responda oralmente às seguintes

questões:

1) Que semelhanças e que diferenças podemos destacar entre os elementos visuais das

duas capas?
2) Por que será que tons de laranja predominam nas duas imagens?
3) Que relações podemos compreender entre o título nacional da obra e as capas ao lado?
4) Podemos dizer que as capas estrangeiras selecionadas apresentam grandes diferenças em

relação às nacionais que trouxemos na página anterior? Justifique o seu pensamento.


Já que deu uma conferida em nossa seleção, que tal você observar por si só uma galeria com mais outras capas do Vidas

Secas? Clique na imagem acima e vá para a sessão de fotos, que está localizada na parte inferior da página. Algumas dessas

capas corresponde à edição que você carrega consigo? Gostou de alguma delas? Com base na edição que tem em mãos e/ou

em seu gosto, selecione até duas imagens da galeria e salve-as em seu dispositivo eletrônico… Trabalharemos com elas ainda

neste capítulo!
2. Explorando e expandindo

Passaremos da capa para o interior do livro que temos em mãos… Iniciaremos a leitura do Vidas Secas! Agora, em sala de

aula, trabalharemos a leitura do primeiro capítulo: Mudança. Para esta atividade, você deverá fazer uma leitura individual e

silenciosa.

A imagem em questão apresenta o alagoano


Graciliano Ramos lendo um dos exemplares de seu
Vidas Secas. Clicando aqui você terá acesso à capa da
edição que o autor tem em mãos.

Concluiu a sua leitura?! Pois bem, o que você achou do capítulo lido? Quais foram as impressões que teve acerca dos

personagens? Que situação(ões) do capítulo considera digna(as) de destaque? Após a conclusão da leitura, você consegue

esclarecer o porquê desse título, “Mudança”? E quanto ao significado do título do romance, já consegue explicá-lo?
Após a leitura feita, observe a imagem que selecionamos e junte-se a

um(a) colega de turma. Em dupla, considere a pintura ao lado, discuta

com o(a) companheiro(a) e responda oralmente às questões a seguir:

1) Que semelhanças podemos identificar entre a pintura Cacimba Seca,

de Aldemir Martins, e o capítulo Mudança?


2) Destaque uma passagem do capítulo Mudança em que um cenário

semelhante ao de Cacimba Seca é descrito.


3) Podemos notar que flexões do adjetivo “seco” estão presentes tanto

no título da pintura como no título do texto literário. A partir de

elementos visuais da pintura e de elementos narrativos/verbais do

romance, como, em poucas palavras, podemos explicar o título de ambas

as obras?

Cacimba Seca (1945), pintura de Aldemir Martins. (Clique aqui


para mais detalhes sobre a obra.) Curiosidade sobre o pintor:
Martins ilustrou a capa do Vidas Secas que trouxemos em nosso
texto de apresentação.

Você já havia visto a pintura acima? Já havia ouvido falar sobre seu autor? Conhece alguma obra semelhante?
Chegou a hora de trabalharmos com o Facebook!

A partir da mediação do professor ou da professora, criaremos um grupo fechado no Facebook para a realização de algumas

atividades ao longo de nosso material didático. Para aprender a criar um grupo na rede social em questão, clique na imagem

acima e assista ao tutorial!

Tudo certo?! Pois bem, agora que temos um grupo fechado no Facebook, vejamos a atividade da próxima página…
Com base na leitura inicial que fizemos do Vidas Secas, clique na imagem acima e pesquise no Google por algumas obras

artísticas (músicas, filmes, pinturas, contos, HQs etc.) que você conhece e que julga tematicamente semelhantes ao texto

de Graciliano Ramos. A partir disso, siga os seguintes passos:

1. Por meio da exposição de link, cole e poste até dois dos resultados de sua pesquisa em nosso grupo no Facebook;
2. Tenha em mente que um pequeno comentário escrito deverá acompanhar a(s) obra(s) selecionada(s) e postada(s) por

você, justificando a(s) escolha(s) realizada(s);


3. Ao final de seu texto, assine uma hashtag com o seu nome e sobrenome (ex.: #VictorRamos);
4. Selecione duas postagens de colegas para que você possa ler e comentar (digitando e publicando no próprio grupo) o

que eles divulgaram.

Para saber o que é uma hashtag, clique aqui!


Agora, dentro do tempo e do conforto externos ao espaço escolar, faça a leitura dos capítulos Fabiano e Cadeia do

romance Vidas Secas. Após isso, siga os seguintes passos:

1. Através de nosso grupo no Facebook, realize uma pequena postagem em vídeo (de até 5 minutos) exprimindo as suas

impressões acerca dos dois capítulos lidos;


2. Lembra-se da(s) capa(s) que você salvou em seu dispositivo, logo ao início deste capítulo? Pois bem, anexe-as à sua

postagem! Traga ela(s) para os seus comentários e diga que relações conceituais você consegue enxergar entre a(s) capa(s)

e os capítulos lidos;
3. Caso esteja lendo uma edição física do Vidas Secas, apresente-a em seu vídeo;
4. Assine uma hashtag com o seu nome e sobrenome dentro da postagem;
5. Assim como na atividade anterior, selecione duas postagens de colegas para que você possa comentar sobre seus vídeos.

A partir de um computador
(Windows 10), a imagem ao lado
mostra passo a passo como postar
um vídeo em um grupo no
Facebook.
3. Da ficção para a vida real, e vice-versa

Considerando a nossa capacidade de observação de mundo, será que podemos identificar algum “Fabiano” próximo a nós?

Será que há alguma “Sinha Vitória” perto de onde moramos? Nas andanças pelo município onde residimos, será que já

passamos alguma vez por algum “menino mais novo” ou por algum “menino mais velho”?

Leia o poema abaixo e, logo em seguida, clique na imagem para assistir a um vídeo com a declamação do mesmo poema.

O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,


Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,


Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


(Manuel Bandeira, 1947)

Você já havia lido este poema e/ou assistido a este vídeo? Conhece algum outro poema e/ou vídeo semelhante?
Com base no que lemos e assistimos recentemente, discuta com a sua turma e responda oralmente às seguintes questões:

1) Que paralelos sociais podemos traçar entre o poema O Bicho, de Manuel Bandeira, e os capítulos de Vidas Secas até

então lidos?
2) Que semelhanças e que diferenças podemos identificar entre as imagens apresentadas no vídeo e os cenários descritos na

narrativa do Vidas Secas?


3) Com as leituras que realizamos até aqui, pudemos perceber que alguns personagens do universo de Vidas Secas são

identificados a partir nomes próprios, enquanto alguns outros não são apresentados dessa forma. De que maneira podemos

interpretar a apresentação de nomes em alguns personagens e a ausência disso em outros?


4) Por qual motivo o poema de Bandeira descreve um homem enquanto um “bicho”? Você consegue destacar uma

passagem do Vidas Secas em que algum personagem também se comporta e/ou se vê como um “bicho”?
5) Observe a imagem abaixo. Ela apresenta alguma semelhança com as cenas apresentadas no vídeo a que assistimos?

Justifique a sua resposta.

A imagem extraída do filme Vidas


Secas (1963), dirigido por Nelson
Pereira dos Santos.
Faremos, agora, a leitura do capítulo Baleia de Vidas Secas. Para esta atividade, solicitamos que você permaneça em união

com a sua turma e faça revezamento de leitura em voz alta.

Lembra-se dessa capa? Você


consegue compreender o porquê de
estarmos retomando ela agora?
Por que será que ao invés da
presença humana temos, nesta
edição, a presença animal posta
como capa?

Leitura concluída?! Agora, una-se a um(a) colega e, em dupla, discuta e responda oralmente às questões abaixo:

1) Com base em nossa leitura, pudemos perceber que ideia do ser humano “bicho” é uma constante na narrativa de Vidas

Secas; diante disso, de que maneira podemos identificar a importância de Baleia, uma cadela, dentro do romance em

questão? Podemos identificar algum contraste entre o comportamento de Baleia e o comportamento dos humanos que

permeiam a narrativa?
2) Destaque algum trecho do capítulo em questão que exponha uma situação em que o narrador atribui sentimentos e

características humanas à subjetividade de Baleia. Que efeitos de sentido a humanização da personagem causa sobre o

trecho destacado? Podemos dizer isso também acontece com o restante do que lemos do romance? Justifique.
3) “Pouco a pouco a cólera diminuiu, e Sinha Vitória,

embalando as crianças, enjoou-se da cadela achacada, gargarejou

muxoxos e nomes feios. Bicho nojento, babão. Inconveniência

deixar cachorro doido solto em casa. Mas compreendia que

estava sendo severa demais, achava difícil Baleia endoidecer e

lamentava que o marido não houvesse esperado mais um dia

para ver se realmente a execução era indispensável.” (RAMOS,

2008, p. 87)

A partir do trecho destacado, como podemos interpretar a dualidade de sentimentos de Sinha Vitória em relação à

situação moribunda de Baleia? Mais uma imagem extraída do filme Vidas


Secas (1963), dirigido por Nelson Pereira
dos Santos. A versão acima de Baleia
corresponde ao seu imaginário sobre a
personagem da obra literária?

Tudo certo?! Pois bem, voltemos ao nosso grupo no Facebook! Dentro ou fora da escola, elabore individualmente uma

postagem escrita que exprima as suas impressões acerca do capítulo Baleia; inclua em sua postagem considerações acerca das

conexões estabelecidas entre o capítulo em destaque e os demais até então lidos. Anexe uma imagem, um vídeo ou um

áudio que você julgue pertinente à sua publicação… Após isso, selecione quatro postagens de colegas, leia e comente sobre o

conteúdo delas. Ah, e não se esqueça de assinar o texto com a sua hashtag!
Ao longo de nossa jornada pelo Vidas Secas, pudemos perceber que Graciliano Ramos se fez valer do sertanejo cenário

nordestino para a composição de sua obra, sendo a seca o principal elemento a constituir esse espaço narrativo. Dentro do

cenário em que ainda estamos explorando, os personagens são submetidos a situações de fome, sede, solidão e desespero.

Será que os problemas trabalhados por Graciliano Ramos estão restritos a uma questão nordestina? Será que são assuntos

estritamente brasileiros?

Dento da sala de aula, junte-se a um(a) colega, clique nas imagens abaixo e faça a leitura das respectivas reportagens:

Leitura feita?! Agora, permaneça unido(a) ao(à) seu(ua) colega e discuta oralmente sobre a seguinte questão: Que

relações podemos estabelecer entre as duas reportagens e o texto de Graciliano Ramos? Após a discussão, exponha para a

turma as conclusões tomadas em dupla.


Ainda em dupla, acesse o Google e pesquise por reportagens que abordem a questão da crise de alimentos e de água no

Brasil e no mundo; após a realização das leituras, selecione uma das reportagens encontradas em sua pesquisa e, dentro de

nosso grupo no Facebook, poste o link dela. A turma deverá ter em mente que esta atividade comportará uma reportagem

por dupla.

A partir de um computador
(Windows 10), a imagem em questão
mostra uma simples barra de
ferramentas com as opções “Copiar”
e “Colar”, que servirão de base para
a postagem de links em nosso grupo
no Facebook.

Feito? Pois bem, por enquanto, deixemos esta atividade “guardada”; em breve voltaremos para os links publicados em

nosso grupo. Agora, vejamos a atividade pedida na página seguinte…


Você costuma assistir a animações? O que acha desse gênero cinematográfico? Será que as animações servem apenas para o

público infantil?

Veja a imagem ao lado. Que impressões ela lhe causa? Por que será que tons de azul

predominam a imagem? Que efeitos de sentido a pessoa ao fundo da imagem lhe

transmite? Você consegue traduzir o letreiro exposto na parte inferior?

Pois bem, a imagem ao lado se trata de um pôster da animação A Pequena

Vendedora de Fósforos (The Little Match Girl, 2006), um curta-metragem dirigido

por Roger Allers, adaptado a partir de um conto homônimo escrito pelo dinamarquês

Hans Christian Andersen. Prestando atenção ao título da obra, que contribuições ele

nos dá para a compreensão da imagem ao lado? Podemos ter uma ideia de quem se

trata a pessoa ao fundo da imagem?

Agora, assistiremos à animação em destaque. Clique na imagem abaixo para ser direcionado(a) ao vídeo!

Após assistir à animação ao lado,


volte às perguntas acima e tente
respondê-las novamente com a sua
turma!
Retornemos ao nosso grupo no Facebook e à reportagem selecionada em nossa recente pesquisa pelo Google.

A imagem ao lado mostra a barra de


ferramentas do Facebook que permite
a edição de uma publicação.

Junte-se novamente ao(à) seu(ua) colega! A dupla deve editar a postagem e, ainda mantendo o link publicado, digitar um

texto de no mínimo três parágrafos que exprima as relações temáticas entre Vidas Secas, a animação A Pequena

Vendedora de Fósforos e a reportagem escolhida. Na produção do texto, vocês devem levar em consideração uma resposta

ao seguinte questionamento: Podemos dizer que Vidas Secas é uma obra fortemente marcada por temas universais?
Capítulo 2: O sertão adaptado
1. Adaptação: cópia ou releitura?

No capítulo anterior, entramos em contato com os universos do verbal e do visual. Para além d a leitura que fizemos do

Vidas Secas, observamos capas de livros, assistimos e gravamos a vídeos, pesquisamos por reportagens, postamos e

comentamos em postagens de colegas em nosso grupo no Facebook etc… Enfim, realizamos uma série de atividades! Você

percebeu que, ao longo das atividades que executamos, trouxemos também algo para dar suporte às nossas reflexões:

adaptações de obras artísticas? Qual o seu pesamento para com as adaptações de obras artísticas? Da literatura para o

cinema, das HQs para os jogos eletrônicos, de um gênero musical para outro… O universo das adaptações é amplo. Mas,

quando falamos sobre adaptações, estamos falando sobre cópia ou releitura? Dica: para ter uma compreensão mais
clara quanto aos termos, faça uma breve
Acessando o dicionário Aulete Digital,
consulta a um dicionário!
temos como primeira definição para o
termo “adaptação”: “Ação ou Observe as duas imagens abaixo. Consegue notar semelhanças entre elas? E diferenças?
resultado de adaptar, de adequar
uma coisa a outra, ou a uma
situação.” A partir do que viemos
trabalhando em nosso material, que
definição você daria para o tipo de
adaptação a que estamos nos
referindo?

O que você supõe que as duas imagens estejam retratado? Será que elas estão adaptando algo?
Já que falamos bastante sobre aspectos verbais e visuais, vamos agora

ouvir um pouco de música?!

Você já ouviu a uma canção chamada Súplica Cearense? Que pensamentos

esse título lhe desperta? Consegue inferir alguma relação entre o título

da canção e o que viemos estudando até aqui? Pois bem, sem mais

delongas, clique na imagem ao lado e dê uma conferida em uma playlist

com três versões distintas da canção que mencionamos.


De acordo com a Wikipédia, trata-se de
“uma canção do cantor, radialista,
humorista e artista de circo baiano
Waldeck Artur de Macedo, mais conhecido
como Gordurinha, em parceria com o
compositor Nelinho, lançada em 1960 e
gravada pelo próprio Gordurinha.”

O que podemos concluir após ouvir a essas três versões? O que elas têm

de semelhante? O que elas têm de diferente? Podemos dizer que a letra

da canção possui algum tipo de relação com o romance que estamos

acompanhando?

Com base nas três versões que ouvimos de Súplica Cearense, discuta

oralmente com a sua turma e responda: O que presenciamos agora foram

manifestações de cópia ou de releitura?


Será que, para além de suas referências, as adaptações artísticas têm o seu espaço de liberdade criativa? Bem, para que

possamos aprofundar mais nessa questão, vamos retomar uma obra familiar às nossas discussões? Voltemos ao pequeno

mundo de A Pequena Vendedora de Fósforos … Como já assistimos ao curta-metragem animado, faremos agora a leitura do

conto que originou o filme! Para esta atividade, forme dupla com algum(a) colega, clique na imagem abaixo e realize uma

leitura silenciosa.

De acordo com a
Wikipédia, o conto
original foi publicado
pela primeira vez em
1845.

Após a realização da leitura, discuta com o(a) seu(ua) companheiro(a) de dupla e responda oralmente à seguinte questão:

Que pontos podemos destacar como únicos da adaptação animada, isto é, que estão na animação mas que não estão

presentes no conto original? A dupla deverá ter em mente os conceitos de cópia e de releitura que viemos discutindo.

Antes deste material, você já havia lido ao conto acima? E quanto à animação, já a havia assistido? Gostou das obras?
2. Vidas Secas em movimento

Observe as duas imagens abaixo. Você consegue identificar semelhanças entre elas? Que paralelos podemos estabelecer entre

as duas cenas? Elas partilham de condições geográficas semelhantes?

Você possui base para identificar a fonte da imagem à direta, não é mesmo?! Mas e quanto à imagem à esquerda?… De

onde ela vem? Pois bem, por enquanto, guarde consigo esta questão, pois já já teremos base de resposta para ela.

Vamos continuar com a nossa peregrinação? Vejamos a próxima página!


A imagem abaixo pertence a uma adaptação do Vidas Secas. Observe-a. Consegue identificar que personagens estão sendo

retratados? O que eles parecem fazer? Lembra-se de algum momento do livro em que algo semelhante acontece? A

imagem em questão apresenta algum tipo de semelhança para com alguma outra que trouxemos neste capítulo?

Imagem extraída da animação


Vidas Secas, curta-metragem de
1997 dirigido por Fernando
Chade De Grande.

Para que possamos compreender melhor o momento acima retratado, voltemos ao Vidas Secas e façamos a leitura dos

capítulos O mundo coberto de penas e Fuga. Em união, devemos ler em voz alta e alternada!

Após a realização da leitura, confira as atividades da próxima página!


1) “Suspirou. Que havia de fazer? Fugir de novo, aboletar-se noutro

lugar, recomeçar a vida. Levantou a espingarda, puxou o gatilho sem

pontaria. Cinco ou seis aves caíram no chão, o resto se espantou, os

galhos queimados surgiram nus. Mas pouco a pouco se foram cobrindo,

aquilo não tinha fim.” (RAMOS, 2008, p. 111)

Quando o narrador menciona “galhos queimados” que “surgiram nus”, mas

que “pouco a pouco se foram cobrindo”, a quê exatamente ele se refere?

O trecho em destaque aborda a subjetividade de qual personagem?

2) “Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido,

combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que

possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do

amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava

jogar-se ao mundo, como negro fugido.” (RAMOS, 2008, p. 117)

Quais foram os principais motivos que levaram a família a se ver obrigada

a “jogar-se ao mundo”? Por que a expressão “negro fugido” é utilizada

no trecho acima? Imagens extraídas da animação Vidas Secas, curta-


metragem de 1997 dirigido por Fernando Chade De
Grande. Consegue enxergar alguma relação entre as
duas cenas e os capítulos há pouco lidos? Observando
as duas imagens, que ligação elas partilham entre si?
Assistiremos agora a um curta-metragem animado: uma pequena e homônima adaptação do romance que estamos

acompanhando. Clique na imagem abaixo para conferir o vídeo!

A cena ao lado soa familiar


a você? Que tal voltar ao
início deste capítulo e
relembrar o uso que fizemos
dela?

Testemunhamos a adaptação de um romance de treze páginas para um vídeo animado com pouco mais de três minutos.

Por meio de poucas palavras, como você pode explicar a maneira que o autor da animação utilizou para adaptar a trama

do romance de Graciliano Ramos para apenas alguns minutos? Discuta com os(as) colegas e, com base em suas conclusões,

responda oralmente à pergunta em destaque.


A partir de agora, abordaremos vários aspectos de uma outra adaptação do Vidas Secas: o filme homônimo de 1963,

dirigido por Nelson Pereira dos Santos. Como trabalhamos com várias imagens do longa-metragem ao longo de nossa

“peregrinação”, chegou a hora de o assistirmos! Veja logo abaixo o cartaz original da obra.

Ao clicar aqui, você poderá


conferir a ficha técnica do
filme em questão.

Já havia visto a imagem acima em algum lugar? Ao observá-la, que efeitos de sentido ela lhe desperta? A representação

do cartaz corresponde ao imaginário que você tem para com a obra literária? E quanto às capas de livros que observamos

logo ao início do primeiro capítulo, o cartaz apresenta semelhanças para com elas?
Você costuma assistir a filmes? Se sim, que tipo de filmes

aprecia? Muitos são os gêneros cinematográficos, não é mesmo?

Filmes de horror, ação, aventura, drama…

Aos(às) amantes ou simpatizantes do cinema: já param para

analisar ou pensar vagamente sobre a quantidade de filmes que

vocês assistem em um período de, por exemplo, um ano? Já

param para analisar ou pensar vagamente sobre a quantidade de

adaptações que costumam assistir?

Pois bem, agora é chegado o momento em que assistiremos ao longa-metragem Vidas Secas! Clique na imagem acima para

que sejamos levados(as) à reprodução da obra.

Ao lado, uma imagem do


cineasta paulista Nelson
Pereira dos Santos.
Anteriormente a este
material, você já havia
ouvido falar sobre ele?
O que achou da experiência de assistir ao filme? A interpretação do elenco corresponde ao seu imaginário para com os

personagens do livro? E como já havíamos feito essa pergunta em relação à versão cinematográfica de Baleia, estendemos

para os demais personagens: quanto à aparência, como você imaginava a família de retirantes? Os rostos abaixo lhe

causaram algum tipo de estranhamento ao vê-los em tela?

Já havia assistido a um filme em preto e branco antes?! O que pensa sobre a ausência de cores nesta obra?
Lembra-se que havíamos trazido as imagens abaixo ainda neste capítulo? Agora você consegue identificar de onde elas vêm,

não é mesmo?

Consegue identificar a qual ou quais capítulos do Vidas Secas elas correspondem? Em quais momentos do filme essas cenas

ocorrem? Converse com a sua turma e responda oralmente às perguntas, expondo o(s) título(s) do(s) capítulo(s) que

serviu(ram) de base para as cenas em questão, além de mencionar em qual(is) momento do filme elas acontecem . Para

responder à segunda questão, volte ao filme e faça uma breve busca pela barra de duração (ver exemplo abaixo); após

encontrar a sua resposta, indique para a turma o tempo aproximado de ocorrência das cenas.
3. Entre o romance e o filme

Voltemos ao livro… Ah, claro, e ao filme também! Faça uma leitura silenciosa dos capítulos Sinha Vitória e Festa. Após a

leitura, assista novamente às duas cenas indicadas abaixo.

(01:13:35-01:15:00) (00:39:00-00:45:50)

Tudo feito? Ok. Com base nos dois capítulos lidos e nos dois trechos revistos, converse com a sua turma e responda

oralmente às seguintes questões:


1) As duas cenas correspondem respectivamente a quais partes do romance? Justifique a sua resposta indicando trechos do

livro.
2) Que elementos podemos considerar únicos das cenas? E que elementos podemos considerar pertencentes também ao

livro?
3) As duas cenas do filme ocorrem na mesma ordem apresentada no livro? Justifique a sua resposta.
Ao observar a imagem abaixo, você consegue ter lembranças de quando ela ocorre no longa-metragem a que assistimos?

Recorda o seu contexto? Para além do fator visual, lembra-se de algum som relacionado a ela? Hum, que tal darmos uma

revisão nos três primeiros minutos de Vidas Secas?

O elemento sonoro é um dos pontos de distinção entre a narrativa cinematográfica e a narrativa literária. Enquanto na

obra literária somos levados(as) a imaginar a partir do que o narrador nos descreve, na obra cinematográfica somos

submetidos(as) a uma experiência audiovisual. O som é, portando, um elemento de grande importância nos filmes! E aí…

Após ter revisto os três primeiros minutos de Vidas Secas, consegue dizer do que se trata o zumbido que surge de

maneira crescente? Você consegue encontrar algum motivo para isso “aparecer” na introdução da obra? Para além desse

momento inicial, que outra cena do filme podemos exemplificar com a presença de tal zumbido?
"[...] Como se não se entendessem, Sinha Vitória aludira, bastante azeda, ao dinheiro gasto pelo marido na feira, com jogo

e cachaça. Ressentido, Fabiano condenara os sapatos de verniz que ela usara na festa, caros e inúteis. Calçada naquilo,

trôpega, mexia-se como um papagaio, era ridícula [...]" (RAMOS, 2008, p. 41)

Assista novamente à cena indicada em 01:13:35-01:15:00 e leia o trecho acima da imagem. Percebe que se trata do

mesmo momento? Por qual motivo você acha que uma situação que no livro é apenas descrita pelo narrador, no filme

recebe o aditivo da fala? Acha houve um grande processo de modificação do que acontece no livro para o que acontece no

filme? Converse com os(as) colegas de turma e responda oralmente às perguntas aqui feitas.
Reveja o momento indicado em 00:39:00-00:45:50 do filme e retome o capítulo Festa do livro. Observe a imagem

acima, também. Que momento do capítulo indicado expõe uma situação semelhante à da imagem acima? Você consegue

localizar algum trecho do texto escrito para referenciar a cena em questão? Que recursos você destaca como únicos do

filme e que recursos destaca como pertencentes tanto ao filme como ao livro? Converse com a sua turma e responda

oralmente às perguntas aqui colocadas.


Até o momento, fizemos a leitura de oito dos treze capítulos de Vidas Secas. Estamos quase concluindo a nossa

peregrinação! O que achou da experiência que tivemos até aqui?

Pois bem, agora, a partir do conforto e da liberdade externos ao espaço escolar, faça a leitura individual dos cinco capítulos

restantes. Para que fique mais claro, os capítulos são: O menino mais novo, O menino mais velho, Inverno, Contas e O

soldado amarelo.

Imagem extraída de
um dos momentos
finais do filme Vidas
Secas (1963).

Após a realização das leituras, voltemos ao nosso grupo! Junte-se a um(a) colega e elabore um vídeo (de até sete

minutos) em dupla para ser postado em nosso espaço no Facebook. O vídeo, no caso, deve conter as impressões da dupla

sobre os cinco capítulos lidos; além do mais, vocês deverão anexar à postagem cinco imagens que sejam condizentes com as

representações dos capítulos no filme, sinalizando tempo de ocorrência e comentando que relações conceituais cada imagem

possui com o seu capítulo correspondente. Ao final da postagem, não se esqueçam de assinar com as suas hashtags!

Publicação feita? Ok. Agora, selecione duas postagens de colegas e comente de modo escrito sobre o conteúdo delas!
Concluímos o romance! O que achou da experiência?! Qual o momento mais marcante da narrativa? Gostou da linguagem da

obra? Você considera Vidas Secas um texto acessível? Acha que a experiência que tivemos para com adaptações e textos

tematicamente semelhantes nos ajudou ao longo de nossa peregrinação? E quanto ao longa-metragem a que assistimos, ele

trouxe aspectos positivos para a tua leitura para com o texto literário?!

Calma, que ainda temos um pequeno caminho a ser percorrido em nosso material!
Confira a próxima página.
Capítulo 3: Finalizando a peregrinação
1. Produção em grupos

Façamos uma reunião em sala de aula ou em nosso grupo fechado e, para a realização de nossas últimas atividades,

dividamos a turma em quatro grupos de pessoas. Sendo assim, organize-se com os(as) seus(uas) colegas e defina com

quem trabalhará!
Feito?! Agora, vejamos o sumário de Vidas Secas…

Pronto?! Vamos lá… Cada um dos quatro grupos escolherá um capítulo do livro. Tomando como referência o capítulo

escolhido e o último filme a que assistimos, reúna-se aos(às) seus(uas) colegas de grupo e discuta com eles(as) sobre as

seguintes questões: a) como o capítulo selecionado pelo grupo está representado no filme? b) que semelhanças e que

diferenças o filme apresenta em relação ao romance como um tudo? Anote os pontos mais importantes da discussão!
Fora da sala de aula, seja fisicamente e/ou virtualmente, reúna-se aos(às) seus(uas) colegas de grupo e, a partir das

questões postas na página anterior, digite um texto coletivo de, no mínimo, quatro parágrafos. Tenha em mente o auxílio

das anotações tomadas coletivamente e das postagens feitas no Facebook!

Entrando no grupo fechado do Facebook,


você poderá digitar a hashtag com o seu
nome e sobrenome - ou então com o
nome e sobrenome de seus(uas) colegas -
e realizar uma rápida pesquisa para ajudar
em sua produção final! Dê uma conferida
em produções passadas e veja se elas
podem contribuir com o trabalho em
grupo.

Tenha em mente que se trata de uma produção coletiva! Tendo isso em vista, saiba que os nomes dos membros do grupo

deverão ser identificados ao final do texto.


2. Socializando os últimos passos

Agora que concluíram os textos, vamos ver como faremos a publicação?

Dentro do ambiente de sala de aula, reúna-se aos(às) seus(uas) colegas de grupo e converse para que cheguem a um

acordo quanto ao local onde o texto será publicado. Abaixo, oferecemos duas indicações de sites para a divulgação das

produções.

Realizado o cadastro e login no Recanto das Letras, siga


os seguintes passos para a publicação no portal:
Escrivaninha > Textos > Incluir Texto > Redações. Após
preencher os espaços de Título e Texto, marque a
autoria como sendo sua, marque o conteúdo como
Seguro, defina uma licença de uso e, por fim, clique em
Publicar. Para visualizar o texto, clique em Escrivaninha
> Textos e, por fim, clique no título do texto recém-
publicado.

Realizado o login no Filmow, siga os seguintes passos


para a publicação no portal: digite “Vidas Secas” na
barra de pesquisa, clique no resultado correspondente ao
filme que há pouco assistimos, insira o texto na caixa
“Comentar” e, por fim, clique em Enviar. Para visualizar
o texto, entre em seu perfil, clique em Filmes e, por
fim, clique na ficha de Vidas Secas.

Após a realização da publicação com o nome de todos(as) devidamente identificados, socialize o link de acesso ao texto em

nosso grupo no Facebook!


Realizada a publicação e a socialização dos textos, é chegado o momento em que faremos a leitura em voz alta da

produção dos(as) colegas! O objetivo desta atividade é fazer com que o(a) representante de cada grupo faça a exposição

oral da produção de outrem. Sob a mediação do(a) professor(a), una-se à sua turma e organize um sorteio para que se

esclareça qual texto o(a) representante de cada grupo lerá.

Tudo ok? Vejamos a página seguinte para que possamos conhecer o nosso último passo!
Passaremos agora por um processo de avaliação das produções textuais recém-concebidas. Nesta última atividade, cada

estudante acessará o nosso espaço no Facebook e fará a leitura silenciosa dos textos produzidos pelos quatro grupos – ou

seja, trata-se de uma atividade que também inclui a releitura do que você fez. Após a realização das leituras, solicitamos

que os(as) estudantes comentem nas respectivas postagens situadas no Facebook, avaliando de modo escrito as produções

textuais há pouco publicadas. Para a elaboração de seu comentário, considere os seguintes critérios de análise: 1) clareza de

escrita e organização textual; 2) êxito ao responder às questões colocadas para a produção textual.

Na imagem ao lado, uma


fotografia do filme Vidas Secas e
um trecho do livro homônimo.
Ambos os recortes correspondem
ao capítulo Mudança.
Considerações finais

Olá novamente, caro(a) estudante!

Gostou da experiência que tivemos? Gostou de nossa viagem, ou,

melhor dizendo, de nossa “peregrinação”? O que achou das atividades

que elaboramos? Entre o livro de Graciliano Ramos e o filme de

Nelson Pereira dos Santos, observamos capas de livros, assistimos a

filmes animados, ouvimos a músicas; produzimos vídeos, textos

escritos, trabalhamos sozinhos, em duplas, em grandes grupos… Ufa, e

citamos aqui apenas algumas das coisas que fizemos! Mas a viagem foi

agravável?! Esperamos que tenha apreciado a peregrinação que fizemos

pelo universo de Vidas Secas!

Tenha em mente que o nosso material didático se encerra aqui, mas

leve em consideração que a sua formação enquanto leitor(a) continua!

Dito isto, em vez de nos despedirmos com um “adeus”, preferimos

dizer um…

Até logo!

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