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FACULDADE JK – UNIDADE I – GAMA-DF

Instituto de Desenvolvimento Educacional Avançado Ltda - IDEA


CNPJ – 08692649/0001-22
Comparação das Músicas Eu amo Brasília e Melô do DF.

Gessé Chaves Macêdo1

Duas músicas foram utilizadas na última semana. A ideia era para elaborar um debate
inicial sobre os significados que podem ser atribuídos à cidade de Brasília na disciplina de
História e Geografia do DF. Uma delas se chama “Eu amo Brasília” de Wander Nascimento,
uma música sertaneja; a outra tem o nome de “Melô do DF” feita pelo humorista TJ Fernandes.
Aqui nos é cabido aprofundar um pouco as reflexões tidas no último encontro.

Temos uma sensação de distanciamento entre as duas canções. Essa foi uma constatação
clara da última aula. Consideramos esse “distanciamento” de muitas formas. Um dos pontos
que estabelece certo grau de precisão nessa afirmativa, seria a de que os personagens são muito
diferentes.

Enquanto a fala de “Eu amo Brasília” indica alguém que chega, que vê Brasília de Fora,
tenta “unificar” as diversas construções da cidade em uma imagem singular e a cobre de
elogios; “Melo do Df” parece estar diametralmente oposta a isso. Ela fala de “dentro de uma
Brasília já pronta”, tenta diferenciar os diversos bairros dando estereótipos (claramente feitos
para gerar humor) e possui uma visão urbanizada que observa problemas urbanos e uma divisão
de classes eminente.

O narrador da primeira música destaca pontos como a necessidade que o levou a estar
nessa cidade, diz que “traz a bagagem”, conversa com o “povo de lá” e deixa claro que sua
família não está aqui. Isso nos remente a condição dos operários que participaram da construção
e formação de Brasília. As pessoas que vieram do interior do país buscando condições melhores
de vida e se estabeleceram como uma classe trabalhadora aqui, podem se encaixar na posição
desse relator.

A música “Eu amo Brasília” nos traz a figura do sertanejo. Esse que além de ser uma
pessoa do meio que conhecemos como “rural” e faz o êxodo para a região “urbana” em busca
de uma vida mais digna, é figurado como alguém “simples”. Uma pessoa que vê uma beleza
gigantesca nas coisas da cidade e que une diferentes classes; e diz que “não importa ser operário
ou patrão” pois todos estavam em uma posição parecida.

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Aluno do 5° semestre do curso de Licenciatura em História
FACULDADE JK – UNIDADE I – GAMA-DF
Instituto de Desenvolvimento Educacional Avançado Ltda - IDEA
CNPJ – 08692649/0001-22
O urbano, trazido por alguém que já nasceu aqui e percebe complexidades maiores do
que a da última música, contrasta com o narrador anterior. Aqui surgem os “playboys do Lago
Sul”, os problemas de mobilidade de Planaltina, criminalidade, consumo de drogas e outros
temas que estão distantes da realidade que procura simplesmente enaltecer a cidade.

É claro que “Melô do DF” é produzida com interesses diferentes da nossa canção
sertaneja discutida anteriormente, afinal, é uma obra humorística. Inventa e força
características, generalizações e estereótipos para que a piada e o tom de graça da música
funcionem. No entanto, existe: o bairrismo forçado pela canção. Uma certa visão de diferentes
classes ao mostrar o contraste de localidades como Lago Sul, Park Way (lugares conhecidos
por serem povoados por pessoas mais bem favorecidas) com o Setor O, local onde “dos playboy
tenho dó”. Uma sensação forte de pertencimento e até rejeição a um outro (claro que
humoristicamente) na frase “pelo menos não sou do Goiás, não podem ser ignorados e são
características destoantes das trazidas pela primeira obra.

Por mais que o discutido em maior peso seja a diferenciação clara entre a posição de
cada narrador, os dois dizem que amam esse lugar. E nos fazem sentir a imersão nesse local.
Brasilia é o lugar onde vivemos, as sentenças dadas por esses dois tão diferentes relatores são
mais do que um convite para elaborarmos profundos pensamentos sobre esse “nosso local”.
Nessa disciplina, esperamos cumprir essa atividade.

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