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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR - CTTmar


DISCIPLINA: CINÉTICA DE REATORES

ENSAIO DA DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO DE


RESIDÊNCIA (DTR) EM REATOR PFR
(Bancada de Reatores – Ecoeducacional)

Professora Gizelle I. Almerindo

Itajaí, 2016/II
NORMAS DE FUNCIONAMENTO
1. É obrigatório o uso de jaleco, calça comprida, sapato fechado e cabelos presos;
2. Todo o material pessoal deve ficar em local apropriado, deixando sobre a bancada
apenas os materiais necessários para registro.
3. As equipes serão constituídas de, no máximo, 6 alunos;
4. É obrigatório o comparecimento de todos os alunos do grupo para realização do
trabalho experimental, sob pena do aluno faltoso ficar com nota “zero” no
respectivo relatório da prática;
5. Caso todo material necessário para a realização da prática não esteja junto à
montagem do respectivo experimento, os alunos deverão pedir ao professor
responsável tais materiais, não retirando, em hipótese alguma, de outras montagens;

Não é permitido:
• Entrar após a explicação do experimento;
• Manusear equipamentos antes da explicação do professor;
• Ingerir alimentos no laboratório;
• Uso do celular durante as aulas.
DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO DE RESIDÊNCIA
1. OBJETIVO
Determinar a Distribuição do Tempo de Residência (DTR) em um reator PFR para
verificar a não idealidade do escoamento.
2. INTRODUÇÃO TÉORICA
A presença de escoamentos não ideais na prática industrial resulta em um contato
ineficaz entre os reagentes e conversões menores que no caso ideal prejudicando o
desempenho da unidade. Ainda, a forma de escoamento pode causar efeitos de difusão
radial e longitudinal e, portanto, provocar gradientes de temperatura e de concentração
radiais ou axiais e, consequentemente afetar a reação química. Nesse contexto, é
impossível determinar a constante cinética sem saber qual é o “verdadeiro” tempo da
reação.
Em relação à escala de produção os problemas de escoamento não ideal estão
significativamente associados ao aumento de escala, pois a questão ou não de ampliá-la
reside em grande parte no controle de todas as variáveis mais importantes envolvidas no
processo. Geralmente, o fator não controlado no aumento de escala é a grandeza de não
idealidade do escoamento, e esta, frequentemente, apresenta significativa diferença em
unidades pequenas ou grandes.
Dessa forma, a não idealidade precisa ser considerada o que infere na necessidade de
se determinar a Distribuição do Tempo de Residência (DTR). Ademais, é de conhecimento
que elementos de fluido que percorrem diferentes caminhos no reator podem gastar
tempos diferentes para passarem através do recipiente. Mais precisamente, Distribuição
de Tempo de Residência (DTR) é a distribuição dos tempos para a corrente que deixa o
reator. Portanto, DTR é uma função da concentração do traçador no fluido na saída do
reator com o tempo.
A determinação da DTR permite diagnosticar problemas de escoamento no reator, tais
como:
i. Existência de zonas mortas ou zonas de estagnação do fluido;
ii. Curto circuito extremo e subpassagem do fluido;
iii. Existência de canalização, especialmente em operações contra-corrente;
iv. Dispersão axial/caminhos preferenciais em reatores tubulares;
v. Segregação, resultante das condições da mistura.
A forma mais simples e direta para determinar a DTR é mediante uso de um traçador
físico ou não reativo, empregando a técnica de estímulo-resposta. Pode-se perturbar o
sistema com um estímulo do tipo pulso, ou seja, o traçador é introduzido como um sinal
pulsante ideal de traçador. Em resumo, o estímulo é uma entrada de traçador no fluido
que entra no recipiente, enquanto que a resposta é um registro de tempo que deixa o
recipiente.
Na Figura 1 é apresentada uma técnica estímulo/resposta comumente utilizada para
estudar escoamentos em reatores, no qual, numa vazão constante, é calculado a partir do
registro da concentração C(t) do traçador a função E(t), conforme Equação 1:

sendo que: representa a área (Q) sob a curva de distribuição


(Figura 1).
Figura 1. Técnica estímulo/resposta comumente utilizada para estudar escoamento em
reatores. (LEVENSPIEL, O. Engenharia das Reações Químicas. Cálculo de Reatores. Vol. 2;
São Paulo: Blucher, 2 v. ilus., 1974. 481 p.)

A função E(t) é a resposta normalizada da distribuição (Figura 2). Isso porque é


conveniente representar a DTR de tal maneira que a área sob a curva seja unitária
(Equação 2), isto é,

Figura 2. Distribuição do Tempo de Residência (DTR). (LEVENSPIEL, O. Engenharia das


Reações Químicas. Cálculo de Reatores. Vol. 2; São Paulo: Blucher, 2 v. ilus., 1974. 481
p.)

Com a representação da Figura 2, a fração da corrente de saída com idade (tempo


passado por pelo traçador dentro do recipiente) entre t e t + dt é (Equação 3):

A fração de idade inferior a t1 é (Equação 4):

Já a fração de idade superior a t1 é mostrada na área tracejada da Figura 2.


A curva E (ou DTR) é necessária para levar-se em conta o escoamento não ideal. Na
Figura 3 têm-se os perfis de escoamento ideal para o CSTR e não ideal/ideal para o PBR.
Figura 3. Resposta ao traçador (pulso). (LEVENSPIEL, O. Engenharia das Reações
Químicas. Cálculo de Reatores. Vol. 2; São Paulo: Blucher, 2 v. ilus., 1974. 481 p.)

No estudo da DTR o tempo de residência médio ̅ , é um parâmetro importante e é


calculado segundo a Equação 5 a seguir. Este tempo ( ̅ representa o tempo de contato
médio das moléculas num elemento do fluido e pode ser obtido pela área sob a curva do
gráfico t vs t.E(t).

A comparação do tempo de residência médio ̅ , com o tempo espacial, permite


verificar se o escoamento é ideal ( ̅ = ), ou identificar o tipo de desvio ao escoamento
ideal. Se ̅ <  há predominância de curto circuito, se ̅ >  acontece a formação de zonas
mortas.
Conhecido o tempo de residência médio ̅ é possível definir a variância que é a
distribuição do tempo de residência em torno do valor médio. Pela teoria da probabilidade
pode ser representada pela Equação 6:

Um gráfico de (t- ̅ )2E(t) vs (tempo)2 mostra o perfil da variança. Ao analisar este perfil
pode-se inferir que a largura da curva representa a variância. No PFR ideal esta largura é
praticamente nula. Portanto, a largura do pico pode indicar o desvio do comportamento
entre os casos ideais. A Figura 4 apresenta as médias e varianças das distribuições, e a
função  de Dirac.

Figura 4. Médias e varianças das distribuições, e a função  de Dirac. (LEVENSPIEL, O.


Engenharia das Reações Químicas. Cálculo de Reatores. Vol. 2; São Paulo: Blucher, 2 v.
ilus., 1974. 481 p.)
Calculando a variância, pode-se verificar o desvio do comportamento ideal do reator
utilizando a dispersão axial, através da Equação 7 que relaciona a variância com o número
de Péclet, ou seja:

Quando o número de Péclet é grande (Pé) tem-se um comportamento próximo ao


PFR ideal. Péclet muito pequeno (Pé0) aproxima-se de um CSTR ideal.
3. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
3.1 EQUIPAMENTOS
 Bancada de reatores (Ecoeducacional);
 Mini fotômetro (Alfakit);
3.2 MATERIAIS
Reagentes e soluções:
 Solução de azul de metileno ( 1 g/mL).
Demais materiais:
 1 Cronômetro;
 1 seringa de injeção de 1 mL, sem agulha;
 1 agulha especial longa (amarela) para injeções de amostra no reator;
 10 béqueres de x mL.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 Encher com água de boa qualidade o Reservatório (R1);
 Ligar painel (chave geral) e desligar as bombas que “dispararam”;
 Verificar se o PFR não está com a saída aberta para o Reservatório de Resíduos;
 Selecionar na Bomba Peristáltica no 1 a vazão necessária para se obter um tempo espacial de
= 1 minuto sabendo-se que o volume do PFR é 550 mL. O Gráfico 1, mediante calibração já
realizada, mostra a relação entre o valor que deve ser selecionado na Bomba Peristáltica e a
vazão desejada.

900

800

700

600
Vaz‫م‬o (mL/min)

500

400

300

200

100

0
10 20 30 40 50 60
Dial

Gráfico 1. Resultado da calibração da Bomba Peristáltica 1.


 Para comprovar se o  é de realmente 1 minuto deve-se acionar o cronômetro assim que a
água entrar no reator e verificar o tempo no qual o reator ficou completamente cheio de água;
 Preparar o cronômetro e 10 béquers identificados (1-10) para coletas das amostras no
transbordo final do reator;
 Para saber o tempo de coleta de amostra e construir uma boa curva deve-se fazer um teste
injetando o traçador antes de iniciar as medidas, conforme: preparar uma seringa de injeção
(amarela) de 1000 L (1 mL) com 0,7 mL de traçador azul de metileno. Em seguida, colocar a
agulha amarela com êmbolo (para não entupir a agulha com resíduos do septo) no estágio 1
do reator. Segurar o êmbolo para não entupir a seringa com resíduos do septo. Encaixar a
seringa com traçador na agulha e injetar o mais rápido possível para que se aproxime de um
pulso teórico instantâneo (não retire a seringa do local). Anotar o tempo em que o traçador
alcançou o último estágio do reator, assim como, o tempo em que todo o traçador saiu do
reator;
 Construir uma tabela com os tempos encontrados no item anterior, conforme:
Reator Tempo (segundos)

 Verificar visualmente se há um bom nível de mistura do traçador dentro do reator;


 Para esta etapa 3 alunos precisam estar devidamente posicionados: i. para cronometar e
avisar o tempo de cada coleta; ii. entregar o béquer e receber o béquer; iii. Coletar a amostra.
 Preparar uma seringa de injeção de 1000 L (1 mL) com 0,7 mL de traçador azul de metileno
e injetar na entrada do reator o mais rápido possível para que se aproxime de um pulso teórico
instantâneo (não retire a seringa do local). Coletar amostras no transbordo final do reator (nos
tempos estabelecidos na tabela anterior) usando os béquers já identificados;
 Desligar a bomba e retirar a agulha;
 Medir as concentrações (mg/L) das amostras no mini fotômetro. Para tanto, deve-se
inicialmente calibrá-lo com água pura. Em seguida, é solicitado que se insira cada amostra.
Colocar cada amostra no frasco apropriado, inserir no equipamento e fechar com a tampa
preta. Se a amostra estiver muito concentrada a luz não conseguirá passar e dará uma
mensagem de fora da escala.
ATENÇÃO: Cada equipe realizará diferentes procedimentos conforme orientação da professora
(exemplo:  = 2, recheio etc).
5. CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Discutir os resultados levando em conta os seguintes pontos:
 Grau de desvio da idealidade para cada caso;
 Apontar as prováveis causas da não idealidade em função das características das
curvas e dos modelos utilizados;
5.1 Construir as curvas de concentração C(t) em função do tempo.
5.2 Construir as curvas de E(t) em função do tempo.
5.3 Comparar a curva obtida no experimento (E(t) em função do tempo) com a curva
obtida em um PFR ideal.
5.4 Qual o tempo de residência médio ( ̅) 
5.5 Comparar o tempo de residência médio ( ̅) a partir dos dados experimentais com o
tempo espacial () calculado a partir do volume do reator e da vazão do líquido.
Discutir as diferenças.
5.6 Determinar a variança (distribuição do tempo de residência em torno do valor
médio). Qual a informação que a largura do pico fornece em termos de idealidade
ou não idealidade de um PFR
5.7 Determinar o número de Péclet e explique o valor encontrado em relação ao
comportamento ideal de um PFR.
5.8 Qual procedimento deixou o PFR mais próximo da idealidade
6. BIBLIOGRAFIA
LEVENSPIEL, O. Engenharia das Reações Químicas. Cálculo de Reatores. Vol. 2; São
Paulo: Blucher, 2 v. ilus., 1974. 481 p.
SCHMAL, M. Cinética e Reatores. Aplicação na Engenharia Química. Rio de Janeiro:
Synergia : COPPE/UFRJ : FAPERJ, 2013. 677p.
ECOEDUCACIONAL. Roteiro Operacional de Aula Prática. Bancada de Reatores. Maio
de 2016

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