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Psicologia Social

Prof. Dr. Marcus Vinicius


contato: marvin.psc@gmail.com
Origens Históricas da Psicologia comunitária

▪ Que experiências e processos históricos contribuíram para o aparecimento


da Psicologia Comunitária?
▪ Moreno, 1908. As improvisações dramáticas com crianças que, mais tarde,
culminaram na criação do Teatro da Espontaneidade e no Teatro
Terapêutico, bases das atuais técnicas psicodramáticas.
▪ As experiências e a obra de Wilhelm Reich, nos anos de 1920. Reich fundou
uma sociedade socialista de Aconselhamento Sexual e de Sexologia, mais
tarde conhecida por SEXPOL (Associação Alemã para uma Política Social
Proletária).
▪ Por suas ideias iconoclastas, acabou expulso do PC e da Sociedade
Psicanalítica da Alemanha.
Origens Históricas da Psicologia comunitária

▪ O processo de reformulação dos


conceitos e da prática da Psiquiatria
e a crítica à estrutura dos
manicômios.
▪ Na Inglaterra, a Antipsiquiatria
promoveu uma crítica contundente
ao próprio conceito de saúde
mental, mostrando como a
sociedade se sente ameaçada pelo
comportamento desviante e como,
diante disso, a psiquiatria acaba
operando como agência de controle
e normatização social.
Origens Históricas da Psicologia comunitária

▪ A Psiquiatria Democrática, de Franco


Basaglia, na Itália.
▪ Implicou na adoção de um modelo
radical de comunidade terapêutica e
abertura do hospital para que os
pacientes pudessem viver fora dele.
▪ Em 1978, através da mobilização e
da pressão popular, conseguiram
sedimentar estas novas práticas em
uma nova lei psiquiátrica para todo
o país.
Origens Históricas da Psicologia comunitária

▪ Na América Latina, as primeiras


iniciativas comunitárias não tiveram
origem estatal, dadas as características
antipopulares dos governos locais nos
anos 1960.
▪ Foram os movimentos sociais (o
movimento feminista, o movimento
negro, etc.), que se lançaram na tarefa
de construção de laços e ações
comunitárias.
▪ Nessas experiências, além de lutas e
reivindicações políticas e materiais, as
atividades incluem várias questões
ligadas à saúde mental.
Psicologia na Comunidade

▪ Psicologia na Comunidade é uma expressão relativamente nova em nosso


meio. Nessa, a palavra comunidade vem sendo usada para designar a
instrumentalização de conhecimentos e técnicas psicológicas que possam
contribuir para uma melhoria na qualidade de vida das pessoas e grupos
que compõem a grande cidade.
▪ Trata-se de um movimento de aproximação do cotidiano das pessoas,
principalmente nos bairros e instituições populares onde a grande parcela
da população vive.
▪ Essa busca de inserção da psicologia na Comunidade parte da constatação
de que, nessas situações e lugares, a presença ativa dos conhecimentos
psicológicos tem sido pouco frequente, privando indivíduos e grupos dos
benefícios que a ciência deve proporcionar.
Psicologia na Comunidade ou Comunitária?

▪ A terminologia Psicologia na Comunidade evoluiu para Psicologia da


comunidade e posteriormente para Psicologia (social) comunitária, pois no
seu início o país vivia em um momento de crise, com modelos importados e
alheios à realidade brasileira.
▪ A primeira terminologia vem buscar práticas mais voltadas para a
população e melhoria de vida; posteriormente, a psicologia da comunidade
passa a referir-se a questões mais voltadas para a saúde da população;
▪ Atualmente, a terminologia usada é “psicologia social comunitária”, que
compreende o homem como um ser constituído sócio-historicamente e ao
mesmo tempo em contínua transformação.
O que é, afinal, a Psicologia comunitária?

▪ A Psicologia Comunitária é um campo da psicologia que se propõe a


resolver os problemas sociais em vez dos problemas particulares de cada
indivíduo.
▪ A Psicologia Comunitária se preocupa com as implicações psicológicas das
estruturas sociais.
▪ Trata-se, portanto, de uma psicologia da ação para a mudança, na qual os
atores principais são as pessoas comuns em seu cotidiano.
▪ A Psicologia Comunitária utiliza o enquadre teórico da Psicologia Social,
privilegiando o trabalho com grupos, colaborando para a formação de
consciência crítica, comprometendo-se com a inclusão e a redução das
desigualdades sociais.
O que é, afinal, a Psicologia comunitária?

▪ A Psicologia Comunitária pressupõe o reconhecimento da capacidade do


indivíduo e da própria comunidade de serem responsáveis e competentes
na construção de suas vidas, bastando pra isso a existência de certos
processos de facilitação social baseados na ação local e conscientização.
▪ A Psicologia comunitária desenvolve-se e responde com mais
especificidade:
1. às questões psicossociais decorrentes da vida comunitária;
2. às ações interdisciplinares de desenvolvimento comunitário e local;
3. à necessidade de um novo currículo em Psicologia e de uma nova
formação do psicólogo (que alie teoria-prática-compromisso).
O que é, afinal, a Psicologia comunitária?

▪ Martin-Baró, Silvia Lane e Maritza Monteiro colaboraram para a construção


de uma Psicologia Social crítica, preocupada com a realidade dos povos da
América Latina e com os caminhos de mudança dessa realidade.
▪ Nesta concepção, o indivíduo é uma realidade histórico-social que se
encontra fortemente enraizado em um processo cultural que lhe é próprio,
em um modo de vida peculiar, em uma estrutura social de classes e em um
determinado espaço histórico, geográfico, econômico e ideológico.
Psicologia Tradicional x Psicologia Comunitária

Psicologia Tradicional Psicologia Comunitária


As análises são unidisciplinares e o A abordagem é interdisciplinar e o
trabalho é predominantemente trabalho é feito em equipes
uniprofissional multiprofissionais
Enfatiza-se a abordagem individual do A ênfase está nas pessoas enquanto seres
psíquico sociais; o fenômeno psicológico tem
conotações sociais, culturais, políticas.
A abordagem é desarticulada de uma É uma abordagem articulada a uma visão
visão mais ampla do social e pretende-se totalizante do social e busca a
neutra em relação aos problemas sociais explicitação de um compromisso político e
social
A prática desenvolvida é dirigida A prioridade básica são as classes
prioritariamente para os grupos sociais populares, ainda sem acesso a serviços
mais privilegiados básicos de saúde mental
Psicologia Tradicional x Psicologia Comunitária

Psicologia Tradicional Psicologia Comunitária


Nas faculdades, a formação é A formação só é coerente se for baseada
predominantemente teórica, intramuros e na prática concreta no campo social,
desvinculada da prática. com reflexão e pesquisas concomitantes.
As técnicas são predominantemente Integração de recursos curativos e
curativas. preventivos, com ênfase na prevenção.
A teorização e o conjunto das técnicas Teorização e técnicas dirigidas para
são dirigidos para consultórios, hospitais situações institucionalizadas e de campo,
e gabinetes separados da vida social junto aos locais de trabalho e moradia
A prática profissional é altamente Formam-se profissionais mais
especializada por técnicas de trabalho generalistas, envolvidos com faixa mais
(principalmente na clínica. A clientela se ampla de técnicas e práticas adequáveis
adapta ao esquema teórico e técnico. à variedade de situações sociais
Experiências em Psicologia na Comunidade

▪ A Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) organizou, em 1981,


em São Paulo, um encontro para debater as experiências em curso, em
nosso meio, sobre Psicologia na Comunidade.
▪ Alguns psicólogos e outros profissionais detiveram-se na questão da saúde
mental da população da periferia das grandes cidades.
▪ A Psicologia na Comunidade tem trabalho, face a esse problema da saúde
mental da população-em-risco, em dois campos distintos: de um lado, na
tentativa de criação de Centros Comunitários de Saúde Mental nos bairros
da periferia.
▪ Outra atuação nessa área tem sido a luta pela presença de profissionais da
área psicossocial em Centros ou Postos de Saúde, geridos pelo Governo do
Estado ou dos Municípios.
Atuação do Psicólogo no SUAS/CRAS

▪ Políticas sociais recentes como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o


Sistema Único de Assistência Social (SUAS) vêm gerando importantes
campos de trabalho para os psicólogos em todo o país.
▪ Os psicólogos estão atuando cada vez mais em políticas públicas, já que
em 2005 foi consolidada sua participação no corpo técnico da equipe dos
Centros de Referência da Assistência Social (CRAS).
▪ A inserção do psicólogo no CRAS é um importante ponto de partida para o
desenvolvimento das comunidades, pois é através do bem-estar dos
sujeitos e dos grupos sociais que se pode construir a autonomia destes.
▪ No entanto, observa-se que os processos formativos desses profissionais
não os preparam de modo irrestrito para esse trabalho, uma vez que carece
de referenciais teórico-metodológicos específicos.
Atuação do Psicólogo no SUAS/CRAS

▪ O CRAS é responsável pela oferta de serviços continuados de proteção


social básica e de Assistência Social às famílias, grupos e indivíduos em
situação de vulnerabilidade social.
▪ As atividades do psicólogo no CRAS devem estar voltadas para a atenção e
prevenção a situações de risco, objetivando atuar nas situações de
vulnerabilidade por meio do fortalecimento dos vínculos familiares e
comunitários e por meio do desenvolvimento de potencialidades e
aquisições pessoais e coletivas.
▪ Intervir em situações de vulnerabilidades, dentro da Assistência Social,
implica diretamente em promover e favorecer o desenvolvimento da
autonomia dos indivíduos, oportunizando o empoderamento da pessoa, dos
grupos e das comunidades.
Atuação do Psicólogo no SUAS/CRAS

▪ Apontam-se, a seguir, algumas diretrizes para a atuação do psicólogo nos


serviços, benefícios e programas do CRAS:
• Desenvolver modalidades interventivas coerentes com os objetivos do
trabalho social desenvolvido pela Proteção Social Básica e Proteção Social
Especial (média e alta);
• Fomentar espaços de interação dialógica que integrem vivências, leitura
crítica da realidade e ação criativa e transformadora, a fim de que as
pessoas reconheçam-se e se movimentem na condição de co-construtoras
de si e dos seus contextos social, comunitário e familiar;
• Colaborar com a construção de processos de mediação, organização,
mobilização social e participação dialógica que impliquem na efetivação de
direitos sociais e na melhoria das condições de vida presentes no território
de abrangência do CRAS
Atuação do Psicólogo no SUAS/CRAS

• No atendimento, desenvolver as ações de acolhida, entrevistas, orientações,


visitas e entrevistas domiciliares, articulações institucionais dentro e fora do
território de abrangência do CRAS, proteção pró-ativa, atividades
socioeducativas e de convívio, facilitação de grupos, estimulando processos
contextualizados, auto-gestionados, práxicos e valorizadores das
alteridades;

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