Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Introdução: Leitura
1) A Criação:
a. Definindo Criação:
J.Roadman Willians define da seguinte maneira: A Criação pode ser
definida como o ato pelo qual
Deus deu existência ao Universo. É fazer surgir o que não existia.
b. A criação é absolutamente original
O que foi criado por Deus não surgiu de um material preexistente. É
creatio ex nihiloy “criação do nada”. “No princípio Deus criou os céus e a
terra” — assim diz Gênesis 1.1. Não há nenhuma declaração sobre
algum recurso material de que Deus se tenha valído. O que se aponta
aqui não tem paralelos na experiência humana, porque a atividade
criativa humana sempre envolve a moldagem de material já existente.
Com Deus, porém, é totalmente diferente: só ele cria de fato — do nada.
A palavra hebraica que significa criar, bãrã como em Gênesis 1.1, é uma
palavra jamais usada nas Escrituras com outra pessoa, senão Deus, por
sujeito, referindo-se essencialmente à criação do nada — ou seja,
originalidade absoluta.
2) A Fonte da Criação:
Genesis começa falando sobre a fonte da Criação:
a. “No princípio Deus criou”.
Ou, usando as palavras de Gênesis 2.4, a fonte é “o Senhor Deus”;
“Quando o Senhor Deus fez a terra e os céus”. Deus é Elohim, o Senhor
Deus é Yahweh Elohim.
Isso significa pelo menos duas coisas.
Primeira: o Deus majestoso, todo-poderoso, a saber, Elohim, que é
Soberano sobre todas as coisas, é o Criador do Universo.
Ele é chamado “Deus Altíssimo [El Elyon é o Criador dos céus e da
terra” em Gênesis 14.19,22.
Segundo, aquele que cria é também Yahweh, o Senhor , o nome de
Deus peculiarmente pessoal, associado à aliança (que mais tarde seria
revelado em seu significado pleno a Moisés [Êx 3.15]). Gênesis 1 retrata
Elohim majestoso e augusto, mas quase distante e impessoal, Criador do
Universo e do homem; Gênesis 2 mostra Deus Yahweh plantando
pessoalmente um jardim, soprando no homem o fôlego da vida, fazendo
uma aliança com ele e formando homem e mulher um para o outro.
Assim, a criação de todas as coisas por Elohim (ou El Elyon) e Yahweh
Elohim é um retrato magnífico de Deus, tanto todo-poderoso e majestoso
como pessoal e comprometido mediante aliança. É esse o Deus Criador
de todas as coisas.
Uma vez que a fonte da criação é Deus, isso cancela várias concepções
errôneas. Isso significa, para começar, que o Universo não é um
incidente casual ou acidente; não acontece simplesmente. De novo, o
mundo não é obra de algum artífice menor que Deus (como, e.g., o
demiurgo de Platão). Além disso, o Universo nem sempre existiu (como
na concepção do “estado estacionário” do Universo ou na concepção
“oscilante”, em que se entende que o Universo se expande e se contrai
para sempre, num ciclo de bilhões de anos).
Mais uma vez, o Universo não é auto-existente, como se tivesse passado
a existir ou se fizesse existir continuamente por geração espontânea.
2. Os seres vivos
O segundo ato criativo de Deus relaciona-se com os seres vivos. “Assim
Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que
povoam as águas, de acordo com as suas espécies; e todas as aves, de
acordo com as suas espécies” (Gn 1.21). Eis um ato
totalmente novo de Deus: a criação da vida animal. A palavra bãra é
empregada pela segunda vez. Antes disso, muita coisa sobre a terra foi
anunciada (luz e vegetação) e feita (o firmamento e os luminares), mas
nada foi criado depois da criação inicial do Universo.
Agora Deus deu outro grande passo adiante, algo que nunca antes
ocorrera. Ele criou o primeiro nível de vida animal. Isso significa o
alvorecer da existência consciente — criaturas que vivem e se movem —
que transcendem em muito tudo o que Deus havia feito
depois da criação original dos céus e da terra. Deus fez (não criou) as
criaturas da terra — animais selvagens, gado e animais rastejantes
(1.25). Mas, apesar de toda a importância deles, o totalmente novo era o
surgimento das primeiras criaturas que viviam e se moviam.37
Aliás, todo o mundo de criaturas vivas é uma maravilha a contemplar.
Pois eis aqui uma nova criação36 O quadro não é muito distante da
concepção científica de que a terra começou num estado gasoso e
depois evoluiu para o estado líquido; mais tarde tornou-se sólida.
3. Homem
O terceiro e último ato criativo de Deus é o homem. “Criou Deus o
homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou” (Gn 1.27).
Nesse ato de Deus, a palavra “criou” (bãra) é empregada três vezes (a
ênfase não poderia ser maior), todas relacionadas com o homem ou a
humanidade. Aqui, de novo, há um ato totalmente novo de Deus (quase
incrível para considerar), trazendo à existência uma
criatura feita à sua própria imagem.
Há obviamente uma grande distância entre a criação da vida animal e a
formação de tudo o que a precedeu, mas eis algo ainda maior: uma
criatura feita à imagem e semelhança de Deus. O homem, nessa posição
elevada, deve ter domínio sobre todo o mundo animal que o precede.
Podemos agora observar as palavras de Gênesis 1.26, ditas logo antes
da criação do homem: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves
do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os
pequenos animais que se
movem rente ao chão”. Deus, que tem domínio sobre todas as coisas,
deu ao homem esse subdomínio. Assim, sua estatura e lugar em todo o
Universo é singular.
O milagre da criação do homem parece, de certa perspectiva, menor se
comparado ao milagre da
criação dos céus e da terra. Conforme diz o salmista:“Quando contemplo
os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste,
pergunto: Que é o homem[...]?” (8.3,4). O homem parece um tanto
insignificante diante da vastidão de toda a criação de Deus.
“Contudo” — e aqui o salmista passa a dizer: “pouco menor do que Deus
o fizeste, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha
domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus
pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves
do céu e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares”
(v. 5-8, AEC).
O homem, criado à imagem de Deus, recebeu domínio sobre tudo o que
Deus fez. Assim, ele é o ápice da criação divina dos céus e da terra.