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CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, POLÍTICA E SOCIEDADE
CURSO: GEOGRAFIA
VITÓRIA
2018
CRENILSON BALTZ BANDEIRA
JHOSEPH COUTINHO DA SILVA
LUCAS RODRIGUES ATHAYDE
PEDRO HENRIQUE GÓES OZANAN
WARLEY FERREIRA DE FARIAS
VITÓRIA
2018
CRENILSON BALTZ BANDEIRA
JHOSEPH COUTINHO DA SILVA
LUCAS RODRIGUES ATHAYDE
PEDRO HENRIQUE GÓES OZANAN
WARLEY FERREIRA DE FARIAS
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dr. Vilmar José Borges.
Universidade Federal do Espírito Santo
Orientador
________________________________________
________________________________________
Drª. Regina Celi Frechiani Bitte
Universidade Federal do Espírito Santo
DEDICATÓRIA
Dedicamos esse trabalho a Marcos Athayde (in memoriam) grande pai que se
dedicou e amou intensamente sua família.
AGRADECIMENTOS...
Agradecemos nossas famílias que nos apoiaram durante toda nossa vida e
acompanharam com alegrias mesmo nas dificuldades, que mesmo quando nos
viam perdidos no colocavam no rumo certo, que olhavam por nos mesmo que
eles precisavam ser olhados.
Ao querido professor Vilma Borges, que aceitou nos orientar ao longo desse
projeto e sempre trazia, calma sem perder a rigidez. Obrigado pela paciência
durante esse período.
Resumo
CAPÍTULO I ........................................................................................................................................ 9
CAPITULO II ..................................................................................................................................... 19
Bibliografia ...................................................................................................................................... 44
Anexos............................................................................................................................................. 46
LISTA DE GRÁFICO
INTRODUÇÃO
Tendo esse cenário legal institucional e jurídico como plano de fundo, este
trabalho terá como objetivo traçar um perfil do PIBID-UFES, levando
principalmente a visão do aluno bolsista em consideração. Por meio da coleta de
matérias e conteúdos pertinentes ao projeto e, também, por meio do relato oral,
este projeto visa entender também quais são os benefícios do Projeto para o
aluno bolsista e a importância da manutenção do projeto.
9
CAPÍTULO I
1
Como materialização da relação de parceira na formação/ação docente, entre as IES e as escolas da
Educação Básica (redes estadual e municipal), o Projeto do PIBID também concedeu incentivo, na forma de
bolsa, para os professores regentes, atuantes na Educação Básica e que se dispusessem a participar como
parceiros das atividades de iniciação à docência, recebendo e acompanhando em suas respectivas unidades
escolares um grupo de licenciandos de Iniciação a Docência. Esses professores foram então denominados
de Professores Supervisores.
14
CAPITULO II
propiciar uma melhor integração das idéias, vivências e percepções dos ex-
bolsistas do PIBID. Nossa preocupação foi de obter dados empíricos que nos
possibilitassem desvelar os entendimentos de nossos sujeitos, acerca da sua
emancipação profissional, enquanto docente em Geografia. Para tanto, nos
preocupamos, também, em elaborar questões que propiciassem uma
compreensão da percepção do entrevistado acerca de como o Programa do
PIBID contribuiu e estimulou (ou não) os mesmos na busca por uma excelência
profissional enquanto docente.
a) Nome
Vale aqui destacar que definimos por informar aos entrevistados que, se
preferissem, poderíamos utilizar o critério de invisibilidade, utilizando de nomes
fictícios, caso optassem por não serem identificados. Todos os entrevistados
concordaram com a identificação.
Nessa questão nossa busca foi por tentar desvelar, nas percepções dos
entrevistados, o(s) impacto(s) que a participação no Programa provocou na vida e
em seu perfil profissional docente. Nosso principal foco, aqui, foi o de
compreender como impactou em sua aquisição de valores pedagógicos e vivência
profissional em sala de aula e como isso influenciou e influencia as atuais práticas
discentes dos entrevistados no exercício da profissão.
CAPITULO III
Conforme bem explicitam Borges e Bitte (2017), o “ser professor” vai muito
além das atividades internas e muito além da sala de aula, ideia comum e
recorrente para a grande maioria das pessoas. Ser professor é exercer toda uma
dinâmica dentro do ambiente escolar, elemento este que também é primordial
para o perfil professoral. Exercer atividades além daquelas restritas ao espaço da
sala de aula, também é de extrema importância para encorpar e acrescentar
“pontos” em sua bagagem profissional. E, essa aprendizagem fica bastante
evidenciada nas narrativas de Honorato (2018), que também destaca este
aspecto incluso nas atividades docentes e que muitas vezes é ignorado em
discussões e análises sobre o profissional das áreas pedagógicas:
2
. Para realização do Sarau Geográfico, uma vez definida a sua temática central, cada bolsista de
Iniciação à Docência assumia a coordenação/orientação de um subtema que deveria ser
desenvolvida com alguma das turmas da Escola. Assim, todos se envolviam no Projeto.
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aspecto de ligação com outras são circuladas, as que não possuem contexto com
a discussão, são explicadas porque não se enquadram naquela temática.
Como desfecho da atividade relatada por Siqueira (2018) e para que fosse
uma atividade que envolvesse a dinâmica de toda a turma, foi elaborado um
mecanismo para que um grupo, já eliminado, pudesse voltar para responder mais
perguntas e melhorar seu número de acertos. Por fim, são definidos os
campeões, os critérios impostos para avaliação dos integrantes dos grupos e
divisão de médias para cada um deles, conforme narra:
(...) aí depois disso, para não ficar... para os outros grupos não
terem jogado só uma vez, a gente fez tipo uma repescagem para
o terceiro lugar. A gente resgatou um grupo que tinha acertado
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma vez que a aliança entre PIBID e graduação se deu de forma positiva,
o que se pode considerar a partir de todos os relatos e conceitos trazidos para
este trabalho é o quanto o Programa reivindicou e buscou capacitar e dar a base
necessária para que graduandos alcançassem excelência profissional antes
mesmo de assumirem salas de aula como professores vigentes.
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Ademais, diante das mais diversas tratativas aqui obtidas acerca do PIBID,
conclui-se que o Programa pôde e buscou, em seu período vigente, acelerar e
aprimorar o perfil docente e o habitus professoral, tendo como meta final a
formação qualitativa dos profissionais a seguirem a profissão docente.
Bibliografia
ANJOS, Lucélia Carla da Silva; COSTA, Ideuvaneide Gonçalves. A contribuição do PIBID à formação
docente. In: SEMINÁRIO DE SOCIALIZAÇÃO DO PIBID – UNIFAL, 2.,2012, Alfenas. Anais
Eletrônicos...Disponível em:
<http://www.unifalmg.edu.br/sspibid/sites/default/files/file/Trabalhos/S02629.pdf> Acesso em
09. Mar .2018.
BOM MEIHY, José Carlos Sebe. Manual de História Oral. São Paulo: Loyola, 1996.
BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria da prática. In: ORTIZ, Renato (org.). Pierre Bourdieu:
Sociologia. Trad. de Paula Montero e Alícia Auzmendi. São Paulo: Ática, 1983 a, p. 46-81
BOURDIEU, Pierre. Sobre o poder simbólico. In: BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Trad.
Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001, p.07-16.
PIBID, UFES. (s.d.). Portal PIBID UFES. Acesso em 10 de 04 de 2018, disponível em histórico:
http://www.pibid.ufes.br/hist%C3%B3rico-e-alguns-n%C3%BAmeros-do-pibid
Fontes Orais
DALVI, Rafael Viana Depoimento. [jun 2018] Entrevistado: Warley ferreira. Vitória
– ES, 2018
Anexos
Nome
Eu fiquei no PIBID por dois períodos, entre abril 2016 até fevereiro 2017.
Mostrou que jamais alguém sairá da universidade sabendo dar aula, se mostrar
pronto como professor, você só aprende as realidades e ganhar experiência na
prática. E isso o PIBID é fantástico em mostrar a realidade.
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Olha, nunca tive tanto prazer em conhecer uma professora quanto a que me
comandou no PIBID, foi sem dúvidas a grande pessoa ao lado do coordenador do
programa que me mostraram o que realmente é lecionar uma turma, uma
disciplina, o conteúdo. PIBID talvez em um ano me transformou mais que a
graduação dentro do próprio curso. O PIBID é necessário.
Então, uma prática que eu adquiri do PIBID que eu até já citei ela é a prática das
músicas. Oque seria isso: O professor leva várias músicas, várias letras de
músicas para os alunos né, e os alunos tem que tirar o máximo possível de
geografia dessa música e o que eles entendem de geografia na música, e ai eles
são divididos em grupos e cada grupo tinha que desenvolver a sua música, e u
lembro até que teve um festival pra isso na escola. E eu levei essa prática pra
minha sala de aula, pegando várias músicas e levando para meus alunos no
intuito de eles retirarem o máximo de geografia dessas músicas né... Depois disso
nós começamos a fazer uma exposição de como a geografia está presente no
nosso dia a dia e inclusive nas letras de música.
Nome
Bom eu tive duas passagens pelo pibid, eu comecei no pibid eu estava no terceiro
período que foi o final de 2011, aí por motivos pessoais Eu tranquei a faculdade
por um período fiquei o ano de 2013 fora do pibid, em 2014 ingressei de novo aí
eu fiquei até o final do meu curso no caso do 6º ao 9º período também eu tava no
pibid aí eu fiquei de 2014 até o final de 2015
Sim, impactou muito quando você entra no pibid você consegue ver as
possibilidades de se trabalhar vários conteúdos em sala de aula que até então
para a gente era coisa totalmente remota, a gente não conseguia enxergar com
esses mesmos os olhos então esse trabalho em equipe essa vivência em sala de
aula esse contato com novas ideias também querendo não esse grupo acabou
proporcionando isso daí as diferentes coisas totalmente impensáveis para uns.
Então essa vivência ela foi fundamental no processo de formação como
professor, sem contar que eu era extremamente tímido e, também, o pibid
proporcionou que eu tenha um pouco mais de liberdade para conseguir falar em
público que para mim antes era uma barreira muito grande graças ao fim vídeo
conseguir romper isso
Sim, sim, alguns até então eu tinha realmente como método de sempre utilizar
eles em sala de aula e desses o que mais destacou por ter chamado atenção por
ter gostado de trabalhar com esses temas foram erradicação trabalho infantil e o
uso de agrotóxicos na produção de alimentos então esses dois sempre trabalho
eles em sala de aula
Sim, impactou muito quando você entra no pibid você consegue ver as
possibilidades de se trabalhar vários conteúdos em sala de aula que até então
para a gente era coisa totalmente remota, a gente não conseguia enxergar com
esses mesmos os olhos então esse trabalho em equipe essa vivência em sala de
aula esse contato com novas ideias também querendo não esse grupo acabou
proporcionando isso daí as diferentes coisas totalmente impensáveis para uns.
Então essa vivência ela foi fundamental no processo de formação como
professor, sem contar que eu era extremamente tímido e também pibid
proporcionou que eu tenha um pouco mais de liberdade para conseguir falar em
público que para mim antes era uma barreira muito grande graças ao fim vídeo
conseguir romper isso
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Então um dos projetos que a gente realizou no PIBID, foi sobre uso de
agrotóxicos na produção de alimentos esse trabalho até implementei eles minhas
aulas aqui, então, num primeiro momento eu faço um debate sobre o tema
comenta sobre o que é agrotóxico, explico a respeito disso, explico também um
pouco brevemente sobre o que ele pode causar na saúde humana no meio
ambiente e depois eu passo documentário “O Veneno Está Na Mesa”, aí depois
desse documentário a gente faz um debate prévio sobre o que foi tratado vídeo,
tira dúvidas faço alguns esclarecimentos que tenham surgido em relação ao vídeo
e depois eu passo um questionário para eles a respeito da alimentação deles, dos
alunos no caso, o questionário tem algumas perguntas bem simples, tipo, se eles
conhecem da cidade deles alguma feira que vende produtos orgânicos ou feira de
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pequenos produtores, igual aqui em São Mateus tem um MPA mas pouca gente
sabe disso, tem a feira do Movimento Sem Terras. Então são fontes de alimentos
um pouco mais saudáveis e que muitas vezes os alunos acabam sabendo disso a
população em geral as vezes não sabe disso, aí eu pergunto se ele sabe a
quantidade de agrotóxico tem cada produto que estão consumindo pergunto se
ele tem interesse de mudar a alimentação deles devido ao risco que agrotóxicos
os provocam. Então seria mais alguns questionários em relação ao consumo
diário deles se alimentos também sobre o risco que ele causou a saúde humana.
Nome
O PIBID para mim foi fundamental porque quando eu entrei em sala de aula como
professor Regente eu já tava tranqüilo, já... Como te disse eu fiquei três anos o
PIBID então quando eu entrar em sala de aula eu já estava tranquilo, e o
engraçado que eu lembro que eu disse pros alunos de Ensino Médio: “Ó, é a
primeira vez que eu entro em sala de aula com o professor Regente.” Eu tava tão
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tranqüilo que eu tava tão tranqüilo que isso para eles que seria uma fraqueza, eu
tava muito tranqüilo. Pô é... Foi muito importante porque, o que acontece no
PIBID a questão do impacto, não só do impacto direto de você em cima do aluno
e vice-versa porque quando você o professor que não é nunca foi Regente ele
entra numa sala de aula ele pode ter métodos autoritários por exemplo, e você
estando no PIBID você não entra com o professor Regente você entra como um
professor estagiário que se diz né, você entra como professor estagiário, então os
alunos já vão olhar pra você com menos responsabilidade né... Vão jogar pra
você menos responsabilidade, e de fato você vai ter menos responsabilidade
mesmo. Então... Basicamente é isso e você vai impactar menos o aluno porque
você vai chegar já vai chegar mais tranquilo não com professor Regente, mas
como um estagiário, e você vai observando as práticas da professora, você vai
observando as práticas dos seus próprios colegas de PIBID e você vai
aprendendo, depois vai havendo uma conversa né...Como é que elas práticas
você do que ele tem que corrigir o que tem que melhorar então acho que isso é
importantíssimo superar os projetos estão surgindo aí um conjunto né e... Eu até
hoje tem aula que eu dou que eu comecei a dar no PIBID que é de levar um
violão para sala de aula tocar música sobre a água né Guilherme Arantes Planeta
Água e é muito bacana coloco a letra no quadro e vou esmiuçando ali a letra que
fala sobre o ciclo da água. Basicamente é isso.
Eu gostei tanto do PIBID que eu comento com várias pessoas que não
participaram do PIBID que o PIBID deveria ser obrigatório, porque eu sempre
ouvia dizer que vários professores entraram e aprenderam na marra, eu ouço
muito falar isso: “A, eu terminei a minha graduação cheguei em sala de aula tive
que aprender na marra”, e... Sendo que com PIBID você já aprende no PIBID
então eu acredito que você já chegue em sala de aula praticamente preparado
com professor porque você faz tudo com professor faz Inclusive eu quis ficar 3
anos e eu tive condição também de ficar três anos porque você ficar três
ganhando 400R$ também pesa um pouquinho mas eu quis ficar o máximo que eu
sabia que era um aprendizado muito grande né...Então é isso Você já chega ,é
claro que é... A docência também é um aprendizado constante, lógico, mas a
base você já aprendeu toda ali no PIBID.
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O fato de você ser estagiário e ter outros estagiários ali com você faz com que
você possa elaborar projeto você tenha tempo para isso que é difícil um professor
elaborar vários projetos né é... E eu lembro que nós fizemos um sarau geográfico
lá no ABL aqui da Avenida Vitória né e foi muito bacana. Teve um ano que eu
fiquei com o teatro por isso que volta e meia eu faço teatro, teve um ano que eu
fiquei com a parte da música onde eu peguei tinha alguns instrumentos musicais
que eu mexo com música de alguns instrumentos musicais na escola e eu peguei
era... O sarau geográfico era sobre a África, aí eu peguei cinco músicas distribuir
os instrumentos e cada música era um tipo diferente de instrumento, por
exemplo... A, e eu também já fiz o coral da UFES aí juntou as duas coisas... Ai
teve uma música que eram dois violões, duas solistas e o coral teve outra que era
só o coral de vozes teve outra que tinha instrumentos de percussão teve outra foi
uma música do Nego Drama o Hip Hop onde pegava um surdo “Tum,
patumtumtumpa”, quer dizer cada música no som diferente e eles que
escolheram, e um tema específico que era o negro, África na época na época né.
Então eu trouxe isso também pra minha prática docente.
Esse ano teve aqui na escola... Ano passado melhor dizendo é... O dia da
consciência negra e como eu sou músico eu pensei: “Já sei eu vou fazer uma
música sobre a Consciência Negra.” Aí eu fiz essa música, chamei meus alunos,
porque aqui a escola toda estava unida nesse projeto é... E eu fiquei com uma
música aí peguei uma Turma que inclusive era uma turma meio apática e tal, fiz
em forma de coral e peguei uns quatro alunos que sabiam tocar alguma coisa
passei a música para eles e a gente apresentou, teve dois dias de apresentação
aqui, e não foi só isso teve varias outras coisas né, mas é... Projeto meu mesmo
que herança do PIBID foi esse, eu fiz um coral e alguns alunos com instrumento,
é lógico que a gente conversou antes sobre a letra da música sobre a importância
do daquele dia né.
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Uma outra coisa que eu acho importante relatar também além das práticas que
deram certo são algumas práticas que elas não vão dando certo né, e que a partir
daí a gente vai eliminando essas práticas né, não leva para sala de aula. E no
PIBID isso tem menos Impacto né, do que se você fosse ali aquele Professor
Regente em sala de aula né. Eu vi algumas práticas, mas foram pouquíssimas
práticas é... E uma outra coisa que eu aprendi muito e talvez seja o importante a
se dizer é que quando você elabora um projeto você tem um fim ali você tá
pensando num fim, mas o mais importante de tudo é o meio né. Que não adianta
né... Porque rola isso: “A, tem que sair bonitinho.” Só que às vezes a pessoa
extrapola e pra sair bonitinho acaba tolindo o aluno, acaba exagerando em
algumas coisas quando na verdade o principal ali é o aluno e a pratica em si né...
É algo que ele vai levar pra ele, porque é muito frustrante eu chegar, colocar, por
exemplo, nós vamos fazer certa pratica, mas ai: “ A, vamos colocar playback,
porque eles não vão ter capacidade de tocar não” ou “ vamos na hora de
apresentar lá a gente grava e na hora passa o som e só aparece eles lá na
frente.” Quer dizer, isso ao invés de ter ser algo positivo acaba sendo algo
negativo né, então a gente aprende essas coisas também. É importante se chegar
a um fim e que seja legal, mas se não for legal tudo bem, o mais importante é o
meio.
Nome?
Bom, o PIBID eu acho que, todo mundo que vai seguir a carreira acadêmica, a
carreira de licenciatura, tinha que fazer, tinha que ser obrigatório dentro da
universidade, o atendimento do PIBID a todos os estudantes de licenciatura.
Porque o PIBID é uma ferramenta extremamente importante que alem de você ter
o conhecimento da sala de aula você aprender a vivência e como é realmente
uma sala de aula já que você está ali em loco.
Eu estava no 4º período
Olha o que eu mais levei do PIBID para a sala de aula foi exatamente ter essa
flexibilidade de conseguir ter o olhar da realidade do aluno, porque não adianta
você chegar na sala de aula com seu plano de aula com o que você vai dar,
primeiro porque você não vai conseguir seguir aquele cronograma porque sala de
aula é uma coisa imprevisível né, cada dia é uma surpresa, cada dia é uma
historia, o tempo todo são momentos únicos e incontestáveis que acontecem em
sala de aula, saber isso acho que todo mundo sabe, mas acho que essa relação
que hoje eu tenho com os meus alunos de não ser tão, carrasco não seria a
palavra, mais tão incisivo com eles ter um pouco mais de abertura e conseguir
trabalhar, ter um dialogo com eles.
O papel do PIBID pra mim, como eu disse no inicio na minha opinião todo mundo
que faz licenciatura deveria fazer o PIBID , por que com o PIBID você aprende,
você cria o tato, você cria a sensibilidade da sala de aula independente da escola
que você esteja, se o professor que você acompanha é um professor que os
alunos consideram bom ou um professor que os alunos considerem ruim mais
você ali, você consegue trabalhar esse tato, consegue trabalhar essa
sensibilidade que é muito importante principalmente para os dias de hoje.
Nome
Bom, eu defino com base na minha experiência e tudo mais, o PIBID hoje é
fundamental, para inserir realmente o aluno de graduação, para inserir o aluno da
licenciatura na escola, porque a gente tem o estágio 1 e o estágio2, que são da grade
curricular dos alunos da licenciatura, mas o pibid é um além disso, uma experiência a
mais, o estágio 1 e 2, você passa o tempo de aula que você teria na universidade na
escola, o PIBID não, no PIBID você está ali, nas vivências diárias, todos os dias ali,
então, o PIBID foi fundamental na formação de professor como sou hoje, seja pelas
experiências com o meu professor orientador, seja por esse contato com outros
professores, seja pelo contato com os próprios alunos, por que eu pude fazer esse
papel do professor, estar um ano todo na escola, saber o nome, conhecer os alunos,
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ter esse contato, quebrar um pouco desse gelo, dessa experiência, a experiência que
o programa me deu, é nessa questão de saber lidar com o aluno, de ver com os
professores fazem, de estar ali o tempo todo, de saber como funciona escola, de
saber até questões burocráticas, como pauta, chamada, tudo mais. Então foi uma
experiência, uma vivência que eu vou levar pra minha formação e pra minha
profissão, graças ao PIBID.
é... eu não diria que o PIBID não só impactou na minha formação como professor,
como ele me formou professor né, porque, até então, a gente estava, eu e todo
mundo que é da licenciatura até então, até eu entrar, porque eu estava ainda no
quinto período, eu só tinha contato teórico, eu só tinha a teoria da licenciatura, e a
prática eu não tinha, não tinha feito nem o estágio 1, então assim, o PIBID, é não
só como impactou na minha formação como ele me formou, seja de
comportamento, seja de saberes que eu tive na escola, de contatos, de como
comportar de como resolver situações cotidianas que aparecem assim, coisas que
se eu saísse direto da licenciatura, saísse direto da graduação, e entrasse numa
escola, coisas que eu teria dificuldade enquanto professor, enquanto professor
titular ali eu teria dificuldade, o que que eu vou fazer, como eu vou resolver essas
questões, então o principal impacto da minha formação como professor foi essa,
foi eu adquirir uma experiência do que é ser professor, como ser professor, e é
isso que eu vou levar, como eu terminei, é isso que eu vou levar pra minha
atuação
Eu ainda não tive um projeto, que eu adquiri no PIBID, que tive tempo de levar
para sala de aula, como eu disse, me formei recentemente. Então ainda não tive a
oportunidade, mas um projeto que eu com certeza levaria, pra minha sala de aula,
é o sarau geográfico, que a gente desenvolve nas escolas do PIBID, a escola na
qual eu participava, desenvolveu por dois anos seguidos, o sarau geográfico, só
no último ano que não conseguiu por causa das ocupações, mas é um projeto
assim que tava encaminhado, todo ano tem, e ele move toda a escola, tem toda
sua interdisciplinaridade, ele, move a escola, ele atrai esse contato professor
aluno, além de ser novas metodologias, e novas didáticas, ele tira essa coisa de
sala de aula, aula expositiva, trás um contato com o aluno e o professor, e através
do sarau você pode desenvolver as potencialidades dos alunos, para mim, eu
acho que é um aprendizado, um projeto que eu realizei no PIBID, pude realizar e
pude ter certeza da eficácia, e com certeza eu vou levar para minha sala de aula,
também maquete, maquete de isopor com gesso, as maquetes que eu fiz no
PIBID sobre topografia, são projetos que eu aprendi graças ao meu professor
tutor, são projetos que eu vou levar com certeza para minha sala de aula.
Então, na minha experiencia com o PIBID, durante três anos e pelos colegas
também que trabalharam comigo, eu posso afirmar que a gente sempre teve total
liberdade para ser professor mesmo, pra agir como professor, para resolver
questões como professor, então assim... a gente não era colocado lá, não era
posto lá como estagiário, "ó aqui estão os estagiários do PIBID", não, a gente era
professor vinculado a um projeto que é o PIBID que é um projeto nacional, mas a
gente era professor, os alunos entendiam isso, a escola entendia isso, a
coordenação entendia isso, então a gente desenvolvia esse papel de professor,
então, eu não senti tanto uma diferença de pós PIBID, com a sala de aula que eu
assumi futuramente essa questão de liberdade entre, agora sou estagiário, e
agora sou professor, não, porque eu já tinha esse sentimento dentro de mim, né,
esse processo de, "ah" não sou estagiário, sou o professor, então o PIBID foi os
meus primeiros passos como professor, eu não julgo nem como estágio, eu julgo
como os meus primeiros passos como professor, fui (não entendi) e agora pós
formado, pós colado grau que eu vou continuar esses passos assim, eu sempre
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tive total espaço, total liberdade, sempre tive toda liberdade de fazer e de agir
como professor né
Por fim a experiência de ensino que eu pude vivenciar, que até citei ali em cima
anteriormente, que eu vou levar pra minha sala de aula e tudo mais é o sarau
geográfico.
E por fim, a gente tinha uma data final de apresentação, os alunos ensaiaram com
supervisão de todos os bolsistas do PIBID, com os professores, com os
professores interdisciplinares de outras disciplinas, e, por fim eles apresentaram
em forma de teatro esse projeto, e ficou um projeto magnífico, eles apresentaram
de maneira clara, todo conseguiu entender quem estava na platéia, o que estava
64
Nome?
Eu ainda não me formei mas desde 2016 eu já atuo como professor regente né,
em turmas...
Bom, pra quem não tinha experiência nenhuma eu consigo definir o PIBID como
algo grandioso. Porque antes disso eu não tinha experiência nenhuma, eu entrei
meio que na Geografia meio pra ver o que ia acontecer, porque a minha
expectativa era de conseguir um emprego na área, mas meu foco não era ser
professor. Com o PIBID, com a oportunidade de fazer parte do PIBID que isso
mudou, e eu até criei o hábito de estudar mais, sacou? Depois disso eu comecei a
estudar mais, me interessei mais pelos assuntos, me inteirei e comecei a ter
vontade, a ter gosto mesmo de seguir na profissão.
65
Bom, tiveram vários né, alguns que eu pude aplicar como o “ficha de leitura
geográfica”, que a gente seleciona alguns livros, leva pros alunos, eles fazem a
leitura e após isso eles determinam é... Qual espaço que acontece a história,
quais os indivíduos, quais as características da geografia que aparecem nessa
história. E também tem um agora que eu até apliquei no TCC, mas já fiz em
outras aulas, que é como se fosse um jogo de perguntas e respostas né, é
parecido com o jogo do Show do Milhão, aquele que passava no SBT, que a
gente monta um grupo de perguntas, junto com os alunos e faz questionário com
eles, dividido em grupos né, a gente vai e começa trocar essa ideia e vê onde os
alunos têm mais dificuldade, onde eles têm mais facilidade, isso até serve como
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um diagnóstico pra turma pra gente continuar aplicando dessa maneira ou trazer
novos métodos pra facilitar.
Pela experiência que eu tive, com a professora que eu tive, eu acho que o papel
do PIBID nesse sentido ele é muito importante, porque além de dar as aulas à
gente ficava responsável não só por entrar dentro da sala e falar junto com a
professora, a gente tinha o papel de fazer desde o plano de aula, até elaboração
de provas, atividades, além da aula expositiva é... Trazer outras ideias, trazer
materiais diferenciados pra gente poder aplicar isso em sala de aula, então eu
acho que o papel é muito, mas muito importante, porque a gente aqui dentro da
academia a gente não tem praticamente contato nenhum com esse... Com o
nosso foco, que vai ser os alunos né, os estudantes de escola pública ou
particular tanto faz, só que a gente não tem a ideia das reais dificuldades, aqui a
gente tem uma ideia de que “ah é difícil, falta recursos” a gente tem uma ideia do
que que falta, mas quando chega lá e a gente vê a realidade mesmo das coisas,
então... Eu acho que o PIBID pra dar essa primeira experiência pra gente eu acho
muito importante, até porque a gente fica meio que... A gente sai da escola, a
gente o papel de aluno então a gente não tem essa responsabilidade de pensar
se pô... De pensar se o aluno está entendendo, se ele consegue assimilar o que a
gente está falando, se ele está é... Seguindo a mesma linha de pensamento que a
gente pensou pra essa aula.
Eu acho que assim, antes de fazer o PIBID eu acho que a gente tinha muita
teoria, a gente tem uma bagagem teórica muito grande, e o PIBID ele vem pra
gente tentar transformar essa base teórica que a gente tem em útil em algo... Não
digo útil, conhecimento sempre é útil, mas é... Levar esse conhecimento de uma
maneira... Não simples, mas de uma maneira mais fácil de ser entendida e
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compreendida pelo aluno, de uma maneira que ele... Que ele consiga raciocinar
sobre isso, ter uma opinião, consiga debater até mesmo com o professor, trazer a
vivência dele, incorporar. Eu acho que o PIBID facilita muito, muito nessa... Nesse
próximo passo né, porque até então a gente tem um tipo de conhecimento que a
gente não lava pra escola, o nosso conhecimento daqui da academia é algo muito
difícil de ser aplicado fora daqui e o PIBID ele abre essas portas, ele dá essas
ferramentas pra gente conseguir pensar, aliás toda essa bagagem teórica que a
gente tem em algo prático, em algo útil pra ser aplicado nas escolas.
A primeira etapa é... Selecionar o conteúdo que vai ser aplicado, após esse
conteúdo, pode ser um conteúdo que esteja corrente ou pode ser algo mais atual,
a gente seleciona algumas partes do conteúdo ou pode ser o conteúdo todo. A
primeira etapa, antes de passar esse conteúdo todo pros alunos, a gente faz uma
tempestade de ideias pra tentar entender o que os alunos sabem sobre o tema,
que consiste de a gente colocar o tema no quadro e perguntar pra eles o que que
eles acham, o que que eles pensam, então eles vão falando um monte de
palavra, a gente vai anotando todas na lousa, a gente anota tudo, coisas que
fazem sentido, coisas que não fazem sentido, a gente anota tudo, após dar uns
15 a 20 minutos deles falando todas essas palavras, a gente fecha essa parte que
eles participam ativamente e após isso o papel é todo do professor e de quem
estiver tomando conta da pratica né... O professor no caso. A gente começa a
fazer ligações lógicas, é mais ou menos como o cérebro da gente funciona né,
que uma informação busca a outra, que vai ligando, até formar um pensamento
ou algo que faça sentido, por exemplo, a gente fez da Ásia e eles foram falando
é... “Kung Fu, Japão, China” um monte de palavra assim meio aleatória, mas aí
68
que você consegue tecer uma linha né, uma linha de pensamento, então você vai
circulando essas palavras e vai ligando uma a outra que faça sentido. As coisas
que não fazem nenhum sentido realmente a gente marca com um X e explica por
que que isso não tem sentido, porque que não incorpora no tema ou é algo
totalmente aleatório.
Após isso a gente define quantas aulas a gente vai utilizar pra aplicar o conteúdo,
na última que eu passei a gente usou três aulas, a gente dividiu o conteúdo entre
a parte física e a parte humana, a gente dividiu esse conteúdo, passou pra eles
um pequeno resumo no quadro e explicou todo o resto e abriu o final da aula pra
algumas perguntas. Depois desse momento a gente aplicou... na verdade a gente
abriu a parte das perguntas pra eles também que eles podiam participar
entregando algumas perguntas, eles formularam algumas perguntas, a gente
pediu umas duas ou três perguntas a cada um deles, alguns escreveram mais,
outros menos, mas a participação foi bem interessante, e cada um desenvolveu
as perguntas que acabou que a gente usou no texto final do trabalho e também a
gente usou no questionário que a gente fez pra eles no final da prática. Como eles
criaram as perguntas então eles acabaram tendo que estudar o conteúdo e na
hora eles não tiveram muita dificuldade porque eles fizeram as perguntas e
compartilhando com os amigos, conversando, acabou que todo mundo tinha mais
ou menos uma ideia do que seria aplicado.
Após isso a gente aplicou né, as aulas, mais uma aula não, uma revisãozinha, fez
um apanhado de tudo, conversando junto com eles.
Após isso a gente vai pro jogo em si que é... A gente dividiu eles em grupos né
com uma sala de 17 a 20 alunos a gente dividiu eles em grupos de 3 a 4 alunos,
cada uma deles ficou é... Responsável por estudar todo o conteúdo que a gente
tinha passado, porque a gente passou dois resumos, uma coisa que não dá duas
folhas, a gente definiu alguns níveis né.
O primeiro nível que é o que todo mundo participa, que é o nível de fácil ao
intermediário, com perguntas não muito complicadas, até algumas que eles
podiam encontrar no livro, não precisava de... De estudar nada além disso, fora
do que a gente tinha passado, todo mundo participou, o resultado também foi bem
interessante, dentro do jogo eles tinham algumas ajudas, podiam pular uma
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pergunta ou pedir ajuda pros universitários né, que no caso foi Eu (Fernando),
Esther e a professora né, então eles podiam perguntar pra gente. Tipo eles
tinham três perguntas, tinham que responder as três, eles tinham uma
oportunidade de fazer isso e uma de... e podiam pular uma vez. Após isso a gente
selecionou né, os que acertaram mais. A gente fez três perguntas inicialmente,
um grupo acertou tudo e foi pra próxima fase, outros grupos acertaram só duas,
foram três grupos que acertaram duas, mas tinha só duas vagas na final, então a
gente fez tipo uma... Um desempate que cada um dos grupos respondeu mais
duas, totalizando 5, disso a gente tirou mais um grupo que foi pra final onde as
perguntas precisavam de um raciocínio um pouco maior. Aí acabou que o grupo
que era tido como o mais bagunceiro, o mais complicado da sala, foi o que
ganhou né, que acertou todas, todas as perguntas que a gente fez eles
acertaram, não pediram ajuda em nenhum momento.
Aí depois disso, pra não ficar... Pros outros grupos não terem jogado só uma vez
a gente fez tipo uma repescagem pro terceiro lugar, a gente resgatou um grupo
que tinha acertado poucas perguntas, fez a decisão do terceiro lugar, e a partir da
decisão do primeiro, segundo e terceiro lugar a gente fez a divisão das notas,
todos os grupos que participaram ganharam notas acima da média, mas o
campeão ganhava acho que... se eu não me engano era 9 ou 10 pontos, o
segundo eu acho que era 8 ou 7, algo assim, e quem não foi no dia ganhou a
oportunidade de fazer um resuminho... um resumo não, criar um texto sobre o
nosso assunto.
Ao final disso a gente pediu um texto pra todo mundo né, sobre o que que eles
pensavam e no que que essa prática tinha mudado na vida deles. Todo mundo
respondeu, foram algumas respostas bem interessantes também, o conhecimento
que eles adquiriram foi algo que foi até surpreendente, pela quantidade de aulas,
pela quantidade de tempo que a gente aplicou isso. E também a gente aplicou um
questionário pra saber qual a ideia deles, qual a percepção, o que que eles
tinham achado, e se era interessante, se eles gostariam que isso fosse aplicado
novamente na sala deles.
E além de usar isso, de aprender né, de participar dessa prática no PIBID, além
de ter feito o TCC baseado nisso, eu também aplico nas turmas que eu tenho
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