Introdução 03

Olhando definitivamente de frente para fatos 11

Desconstruindo percepções equivocadas e propósitos irreais 12
Aprendendo a pensar como os nossos iguais que mudaram o mundo 14
ÍNDICE Premissas importantes para olhar e ver em si mesmo 20
Da ilusória percepção equivocada e sem propósito ao exercício do Verdadeiro Propósito 24
Da informação verdadeira à possibilidade de contato com o fato 29
Esclarecimentos sobre eventos mentais e suas respectivas origens 37
Do pensamento de separação ao Pensamento Universal 39
Finalmente, a Feliz e Verdadeira constatação que, definitivamente,
é capaz de encerrar a busca pela Real Motivação e pelo Verdadeiro Propósito 42
 E
screver um livro, ou mesmo um e-book, com um tema tão relevante como
esse, é uma tarefa que costuma ficar em uma instância que flutua entre
um grande prazer de compartilhar por meio da comunicação e, ao mesmo
tempo, uma sensação de estar lidando com algo que parece complexo pela necessidade
de encontrar meios de traduzir tudo o que se quer comunicar de forma acessível, sim-
ples, objetiva e que possa ser apreendido por quem busca, nestes textos, uma esperança
para suas insatisfações, demandas ou respostas que tragam a paz ao seu coração.

Mas, independente de qualquer aparente dificuldade, o prazer está sempre

presente para quem decidiu por um relacionamento verdadeiro. Relacionar-se com o
leitor é a maior dádiva para qualquer um que se proponha a transformar em palavras o
INTRODUÇÃO conteúdo de seus pensamentos, compartilhando o que parecia estar apenas em sua mente.

O que temos para conversar desta vez é um assunto que poucos já olharam
profunda e seriamente com um real compromisso com a Verdade.

O mundo, hoje, fala muito em propósito. Essa é talvez a palavra

mais buscada na internet e tem sido, também, um assunto amplamente
discutido nos meios corporativos. Porém, muito pouco se tem alcançado
como definitivo, pois o desconforto e a falta de motivação têm sido cada vez
maiores, tanto na chamada vida pessoal quanto no trabalho.

03
 O motivo desse resultado, inegavelmente insuficiente, se deve
ao fato de não encontrar meios de aprofundar até a raiz da questão,
levando em conta que os paradigmas humanos estão muito longe da
flexibilização necessária para o tamanho da reversão que terá que
ser feita para alcançar uma solução definitiva para as questões mo-
tivação e propósito.

Sabemos que todas as motivações humanas são passageiras,

tendo como última desmotivação, para continuar vivendo, a escolha
pela morte, que, equivocadamente, confirma a ilusória ideia de que
é possível escapar da falta de propósito por meio do autoataque até o
total falecimento do corpo.

Para quem não se ilude, isso não é, de fato, o fim da vida, nem
a solução para a desmotivação por falta de propósito consistente.

A insatisfação acompanha o indivíduo humano do nasci- Não há nada que as pessoas façam
mento à morte e suas buscas por plenitude acabam, via de regra,
em frustração. que traga a sensação de plenitude
ou de satisfação que não acabe.
Isso não pode ser considerado
aceitável, pois a Vida tem que ser algo
definitivamente admirável e belo,
caso contrário, nunca encontraríamos
realmente motivação perene.
04
Onde estará, então, a verdadeira
resposta para essa insatisfação
crônica e sem esperança?

Onde estará a nossa Incondicional

e Real Motivação?

Onde estará o nosso Verdadeiro

Propósito?

Mas, afinal, o que é propósito?

O que é Verdadeiro Propósito?
O que é motivação?
O que é Real Motivação?

05
 Propósito é um fim, um princípio, um meio, ou tudo ao mesmo tempo?

Ou é totalmente fora do tempo?

Propósito pode ser algo do passado, algo do presente ou algo para o futuro?

Seria lúcido pensar em Propósito Eternamente Presente?

Qual é a relação entre Real Motivação, Verdadeiro Propósito e tempo?

Propósito é uma meta a ser alcançada?

06
S
e pensarmos em propósito como uma meta a ser alcançada,
teremos que admitir que estamos buscando algo que não temos
e colocando a expectativa em ter no futuro.
Pensando assim, não faria sentido falar em Real ou Verdadeiro Propósito,
pois o que é Real é também eternamente Presente.

Como assim?

É, talvez comecemos uma grande reversão neste tema PROPÓSITO

a partir de agora.

07
 Real Propósito não é uma meta, ou um objetivo a ser alcançado.
Real Propósito é uma vivência constante, presente, diária, viva.
O Real Propósito orienta os seus dias e direciona suas ações,
falas, gestos e escolhas.

O Real Propósito, não é algo a ser conquistado, é algo
que já está em você e é o que, verdadeiramente, move tudo o que
realmente lhe diz respeito, todos os dias, horas, minutos e segundos,
em qualquer circunstância, lugar ou tempo, conduzindo sempre para
além do tempo.
Para viver o Real Propósito, você não tem que fazer ab-
solutamente nada além do que naturalmente se expressa a partir
de um lugar, em você, onde o conflito é impossível. É o seu lugar.
É o lugar da sua Real Honestidade consigo mesmo. É só viver
e expressar a Vida. É tentando fazer algo diferente do Real que
você se afasta do que lhe é natural e espontâneo. Fazer ou buscar
algo fora do Real é um falso propósito ou um despropósito.
Real Propósito é algo que define, não uma
meta, mas a condição de Ser, pois o propósito do Ser
é exatamente Ser.
Não podemos colocá-lo fora de nós, no futuro ou em
uma condição a ser conquistada. Isso não é Real Propósito, pois
não define o motivo de existir, que somente se satisfaz quando se
assume e se vive sem nenhuma negação à condição de colocar
em andamento o que temos em pura radiância e que se expressa
além de qualquer possibilidade relativa aos sentidos do corpo.
É a bênção e a graça que, do micro ao macro, em
todos os eternos momentos e além do tempo, podemos
sentir como a representatividade única do sorriso eterno
da Vida, que nos faz lembrar de Deus e da Realidade que
nos faz indivisíveis e inseparáveis em um Único e Perfeito
Universo, que se realiza em um Único Evento Espiritual
que realmente pode ser chamado de o Propósito que Vive
para Todo o Sempre.
08
Da mesma forma, quando pensamos
em motivação, será que precisamos
realmente pensar em algo que nos
motive, ou existe a Real Motivação
que é também intrínseca à própria
realidade da nossa existência?
Assim como na questão propósito, se pensarmos em
buscar motivação, temos que admitir que não a temos como
algo que nos pertence em essência e para sempre presente em
nós e, nesse caso, a motivação não será real, pois o que é real é
eterno. Mas, se a motivação é intrínseca, é também absoluta-
mente espontânea, e, sendo intrínseca e espontânea, é também
absolutamente precisa em suas manifestações plenas de alegria e
de real felicidade.
Resumindo, o que é real é nosso e, se é nosso, é eterna-
mente nosso, tanto quanto a nossa própria existência, em cuja
realidade residem todos os nossos eternos e imutáveis atributos.
De novo, como assim? Sim, o real entendimento sobre
Real Motivação é também uma grande reversão no pensamento
humano, e para promover mudanças efetivas temos que mudar
o contexto mental em suas bases, pois tudo o que o ser humano
pensa e percebe está condicionado ao que decidiu aprender a
pensar, porém sem um real compromisso com a verdade, e, sem
esse compromisso, não é possível ter esperança em soluções de-
finitivas, visto que somente a Verdade é definitiva e,
se queremos de fato alcançar a felicidade, temos
que nos acostumar com o conceito “Definitivo”.
Não podemos buscar um Propósito Realizador ou
Motivação sem limites quando pensamos em metas apontadas
para o impermanente. A própria concepção de impermanên-
cia, por definição, nos coloca em condição de total insegurança
em garantir um estado de plenitude, pois não há como pensar em
plenitude finita nem no tempo nem na abrangência de qualquer
instância. Tudo o que pode ser percebido pelos sentidos do corpo
faz parte da impermanência, não podendo, por esse motivo, ser a
instância da plenitude.
09
 A insatisfação humana pode ser crônica, e sim, real-
mente é, mas sem esperança obviamente não, pois se tivéssemos
que admitir isso, seria realmente muito desesperador, já que se-
ria assumir a sensação de “sem saída”, tão presente no dia a dia
das pessoas, como algo realmente sem solução.

A busca incessante por uma saída ou a busca incessante

por um escape da insatisfação é comumente confundida com a
sensação de motivação, mas trata-se apenas de um necessário
“agarrar-se numa esperança”, que o faz não desistir e que o
mantém levantando da cama à procura de um propósito. Só que,
como ainda não conhece qual é o Verdadeiro Propósito da Vida,
coloca essa esperança em propósitos irreais, que acabam gerando
distração e frustração, pois não resolve a insatisfação, que, aliás,
só tende a aumentar, por não se tratar de uma Real Motivação.
Porém, a boa nova é que, felizmente, isso tem saída!

A beleza da Vida é um fato e é exatamente

isso que, nesse momento, nos leva a transformar
em palavras, carregadas de alegria e consistência,
as verdadeiras respostas que, com certeza, mudarão
o mundo, gerando absoluta inclusão, cada um a seu
tempo, mas abrangendo todos no final.

Estamos falando de um libertador e inevitável currículo,

que, mais cedo ou mais tarde, todos conhecerão, independente
da via que escolherem para tal acesso.

10
 V
amos, então, a fatos que, sem compreendê-los,
não é possível o pleno entendimento dos temas
que estão sendo aqui apresentados.
OLHANDO
DEFINITIVAMENTE Em seguida, teremos que olhar para algumas perguntas
que temos que nos fazer para que nos movam a querer pensar
DE FRENTE seriamente no assunto e agir em direção à saída dos propósitos
PARA FATOS e das motivações já vistas como ilusórias, pois contra fatos não
há argumentos e as motivações e propósitos humanos, até en-
tão buscados e praticados, não convenceram os praticantes a se
darem como plenos e definitivamente realizados em qualquer
âmbito do que tem sido chamado de vida.

A questão realização pode ser resumida simplesmente

em estar realizado ou não estar realizado.

Se há conflito interno, este se manifestará

em todos os cenários onde o portador do conflito
estiver se manifestando.

11
 A
s pessoas costumam se agarrar a elementos perceptíveis aos sentidos, colocan-
do neles o que chamam de propósito, e passam os seus dias distraídas nesse
complexo, porém ilusório, sistema de brinquedos que cansam e não resolvem.

Nossa intenção é focar na última instância da otimização do seu tempo e

de forma a não mais causar frustrações em suas expectativas de encontrar algo que
realmente respeite o seu direito de ser Realmente Feliz e Realmente Motivado.

Podemos olhar para o mundo sob uma nova perspectiva e dar um novo
sentido a todas as coisas perceptíveis, dando a todos os nossos projetos não apenas
DESCONSTRUINDO inovações em formatos ou performances mas, sim, um novo sentido que nos per-
mita
aproveitá-los de forma verdadeiramente otimizada a serviço da aceleração de
PERCEPÇÕES nosso processo sempre fixado em nosso Verdadeiro Propósito.
EQUIVOCADAS
O mundo, hoje, já está olhando para inovações em todas as áreas do relaciona-
E PROPÓSITOS IRREAIS mento interpessoal, assim como no consumo de bens e serviços de forma que o servir a
demandas esteja sempre à frente de tudo o que se pretende empreender e investir.

Apesar disso, podemos, juntos, ir ainda muito mais longe, descobrindo qual
é o âmago das demandas e a essência dos atos que pretende atendê-las de forma
a deixar cada vez mais claro o que de fato realiza tanto a quem entrega quanto a
quem recebe. Para realizar temos que partir de atributos Reais com a meta de servir
também ao que é Real.

12
 As reversões aqui propostas têm como objetivo eliminar Assim passamos nossos dias, acordando e buscando
qualquer justificativa para o medo e substituí-lo pela confiança coisas para fazer que preencham o nosso tempo até o cansaço
consistente e realista em propriedades que estão, sempre estiveram nos obrigar a dormir novamente.
e sempre estarão presentes em você e em todos os cenários.
Temos também que dar conta dessa rotina com motivação
Estamos falando, portanto, de propriedades e atributos constante, caso contrário, não teríamos mais motivos suficientes
inerentes à sua própria condição de existir e que podem trazer a para levantar da cama e isso tem que ser evitado a qualquer custo,
segurança necessária para uma visão realista sobre si mesmo, so- pois, além de doentes, nos sentiríamos também incompetentes
bre a existência e sobre um cenário que, muito diferente do que em relação à vida.
é visto pela percepção humana, é sempre perfeitamente ajustado
às necessidades de cada momento, tendo em vista a otimização
para o Real Propósito que inclui a todos, independente do nível
de consciência que cada um tenha dos fatos. Será mesmo essa a rotina que temos
que chamar de Vida?
Podemos e devemos assumir um compromisso em buscar
as condições necessárias para que não percamos mais tempo em Para mudar esse ciclo vicioso de insatisfação, teremos
investimentos que nos iludem e nos frustram. que parar para pensar profundamente, como fizeram aqueles
que, de fato, mudaram o mundo, ou não sairemos disso.
Visto pela percepção humana comum, a vida parece ser
uma sequência linear de atividades na qual desenvolvemos pro-
jetos e metas, trabalhando incessantemente para cumprí-los
e, em seguida, julgar seus resultados como satisfatórios ou in-
satisfatórios com suas respectivas causas, culpas e sucessos, que
qualificam respectivos direitos, méritos e responsabilidades
a todos os envolvidos.

13
 A
queles que mudaram o mundo não o fizeram por acaso, e muito menos
aceitaram as rotinas humanas sem questioná-las em suas inconsistências.
APRENDENDO Pensaram muito, olharam muito para a própria mente.
A PENSAR COMO Aqueles que mudaram observaram muito todas as pessoas
OS NOSSOS IGUAIS QUE em seu entorno e se interessaram muito por elas, a ponto de dedicarem
a vida a salvá-las de suas desesperanças.
MUDARAM O MUNDO
Quem pensa em mudar o mundo, tem que observar muito e refletir muito
sobre tudo o que vê. Manter a mente focada nas suas questões particulares diárias só
vai alimentar as situações já conhecidas e deixá-las como estão.

14
“
Mudança requer olhar para a própria mente e
buscar conhecer a si mesmo, mas olhar também para
tudo e para todos e buscar soluções universais.

Conhece-te a ti mesmo Quem observou, refletiu muito sobre o que viu e se

e conhecerás o universo determinou a buscar entendimentos indubitáveis, deixando legados
valiosos e que merecem ser olhados com muita atenção por aqueles
Disse Sócrates
que querem objetividade em suas buscas por respostas verdadeiras.

15
“
Para pensar preciso existir, mas para existir não dependo
de pensar, ou seja, posso parar de pensar e continuar existindo
normalmente.
Isso parece bastante estranho, pois estamos fortemente
Penso, logo existo. acostumados a gerar e povoar a nossa mente, ininterruptamente,
Disse Descartes com ideias que nos envolvem e nos remetem a sensações
das mais variadas e extremas.

16
 Mas o fato de termos esse hábito de confundir nossa
mente com ideias sem fundamento não significa que estejamos
fadados a continuar assim, sem a liberdade de mudar o status
da nossa mente para patamares mais confortáveis e dignos de
“
serem reconhecidos como estado de Paz a serviço da Sabedoria.
Penso noventa e nove vezes
e nada descubro; deixo de
pensar, mergulho em profundo
silêncio - e eis que a verdade
se me revela.
Disse Einstein

17
Portanto, precisamos resgatar nossa condição de liberdade E conhecereis a Verdade e
de escolher o que entra, o que fica e o que sai da nossa mente,
na certeza de que não há nada que possa entrar ou sair que vá A Verdade vos libertará
afetar a natureza da nossa existência. Disse Jesus

18
Outro fato a ser considerado e visto como indubitável é:
Não criamos a nós mesmos.

Disse Descartes:
“Tenho a ideia de perfeição, só posso
tê-la recebido de um ser perfeito que me
ultrapassa e que é o autor do meu ser.”

Disse Jesus:
“Vou para o Pai; porque meu
Pai é maior do que eu.”
Se fomos criados, já podemos ter a certeza
de que não fomos criados sem propósito,
pois toda criação tem um propósito que a faz acontecer.

19
 O Real e Verdadeiro Propósito é um fato para quem não quer
se enganar. Temos um propósito para nossa existência e isso
nos faz não duvidar de que jamais poderemos nos considerar
inúteis sem estar mentindo. Fomos criados por algum motivo, e esse
motivo está inegavelmente impresso em nossa condição de existir.

A Fonte Criadora não teria criado a nossa existência na expectativa de que

nosso Propósito de existir fosse um “vir a ser” ou que isso somente pudesse ser cumpri-
PREMISSAS do após o resultado positivo de algum projeto que pudéssemos concluir com êxito no
IMPORTANTES mundo, por exemplo: “só vou ser feliz depois de me formar” ou “só vou ser feliz depois
de me casar” ou “só vou ser feliz depois de ter filhos” ou “só vou ser feliz depois de
PARA OLHAR ganhar muito dinheiro”, isto seria realmente um grande absurdo diante das incertezas
E VER EM SI MESMO humanas e inconsistência dos projetos humanos no mundo.

O sucesso de nosso Real Propósito existencial se faz eternamente presente

em nossa existência por ser incondicionalmente um potencial eternamente presente
como atributo da Vida. É só Viver.

O máximo que poderíamos fazer em contrário é desfocar nossa mente da

nossa condição existencialmente eficaz por sua própria concepção e imaginar que
não temos um propósito que nos faz existir ou que nos esquecemos dele a ponto de
acreditarmos que podemos nos sentir inúteis com alguma razão justa para isso. Isso
seria um devaneio sem significado na Realidade.

20
 Felizmente, é só não imaginar nada e tudo será cumpri-
do, e tudo estará sempre muito tranquilo, afinal, nada do que é
Real pode ser ameaçado por imaginações.
Constatação importante:
Um Curso em Milagres: Existimos e pensamos,
“Nada real pode ser ameaçado. mas, como se não bastasse,
Nada irreal existe. inventamos e muito!
Nisso está a Paz de Deus.”
(Um livro ditado mentalmente e recebido por Dra. Helen Schucman, alguém Perguntas:
que sinceramente buscou respostas para os conflitos humanos.) O que é pensar afinal?
Se nada altera o que somos e o que somos tem propósito
para Ser o que É, podemos, sim, ajustar o foco no que somos na Quando dizemos que estamos
certeza de estarmos cumprindo nosso papel na Existência, o que pensando em algo, o que
nos permite aceitar usufruir de todos os méritos de uma Vida ab-
solutamente condizente com nossos reais atributos e nosso Verda-
estamos querendo dizer?
deiro Propósito, o que garante plenamente a ausência de conf litos
internos, a Paz incondicional e, é claro, a nossa Real Motivação.

21
 Olhando melhor para isso:
Alguém lhe diz: “pense numa laranja.”
Para pensar na laranja, você vai ter que inventar uma laranja
em sua mente ou buscar alguma referência de laranja em seu
passado para formar, em sua mente, uma imagem que você vai
chamar de laranja para atender ao que foi sugerido. Ok?
Em seguida, você vai focar nessa imagem que você inventou.
Você fez, portanto, dois movimentos: primeiro inventou
a laranja com uma imagem e, em seguida, focou sua mente nes-
sa imagem, ou seja, você fez um movimento de inventar e outro
de focar no que você inventou.
Somente quando focou sua mente na laranja você pode
dizer: “estou pensando em uma laranja.”
Pensar na laranja foi, então, focar na laranja.
Pensar em algo está diretamente ligado a foco.
Portanto, podemos focar tanto na Realidade do pensador
ou dono da mente que pensa, como podemos também imaginar
coisas sem nenhuma realidade e focar nossa mente nessa imaginação
lúdica, que pode alcançar níveis altamente complexos, mesmo não
sendo reais.
Aliás, a complexidade da mentalidade humana e seus
respectivos projetos são diretamente proporcionais à necessidade
de ocultar o que é a obviedade absolutamente lógica e lúcida
da Realidade.
Sendo assim, podemos, agora, partir para uma próxima
etapa de perguntas ou reflexões que nos ajudam a construir uma
nova forma de olhar para a existência, buscando um Verdadeiro
Propósito.
Não estranhe a necessidade de tantas
reflexões e tantas considerações sobre o assunto
Existência para podermos garantir um razoável
contato com o que seja O Real e Verdadeiro Propósito.
Na Verdade, estamos sendo bastante otimistas e absolu-
tamente confiantes para apostar, com segurança, que o que nunca
foi realmente entendido na comunidade humana pode agora ser
dito, compreendido, apreendido e vivenciado coletivamente.
Não imagine que os grandes sábios da humanidade
pensaram menos do que estamos refletindo juntos agora.
Sendo assim, continuemos nosso profundo e confiante
relacionamento, de forma absolutamente objetiva
e conscientemente sistematizada.
22

Mais reflexões importantes:
Para que algo seja verdadeiro,
precisa, antes de mais nada, ter
compatibilidade com a Realidade.
O que é Realidade?
Realidade é tudo o que existe.
Isso nos permite compreender que o que
não é Real, não existe.
Precisamos, a partir disso, aceitar
que o que não existe, simplesmente e de-
finitivamente, não existe.
Para quem quer realmente ser sério
para falar de Real e Verdadeiro Propósito,
terá realmente que assumir que o que não
existe, de fato, não existe, e que os apegos a
ilusões que não existem terão que ser aban-
donados, mais cedo ou mais tarde, e quem
tem pressa, assume isso mais rápido. Quem
não tem pressa, assumirá um dia.
O que significa existir e o
que significa não existir?
Existo, penso e invento ou, em
outras palavras, existo, foco em minha
existência, mas também invento coisas
em minha mente e fico focado em minhas
imaginações, perdendo o contato com a
minha Realidade.
Se foco em minha existência, foco
no que existe, mas se foco no que invento,
estou focando no que não existe. Se estou
focando no que não existe, estou focando
no nada ou estou desfocado da Realidade,
distraído com ilusões.
23
DA ILUSÓRIA
E m toda a história da humanidade, entre filosofia, ciência, doutrinas diver-
sas ou religiões, muito já se falou sobre o sistema de percepção humano e
sua condição de não ser confiável em termos de garantir que o resultado
de seus processamentos traduzam os fatos tal como são.
Entre o que pensamos e o que percebemos, muitos estudos já foram feitos e continu-
PERCEPÇÃO am sendo criteriosamente trabalhados no sentido de vir a compreender qual é o nível
EQUIVOCADA de ilusão e de inconsistências que há no cenário que os nossos sentidos percebem e
E SEM PROPÓSITO afirmam ser a nossa realidade, ou aquilo que devemos estabelecer como tomador de
nossos investimentos em termos de tempo e de recursos.
AO EXERCÍCIO
DO VERDADEIRO Costumamos chamar de pensar o fato
PROPÓSITO de inventar coisas em nossa mente.
Essas invenções não duram pelo fato de não serem reais. Apesar disso, quando
queremos que durem mais, ficamos mantendo o foco no que imaginamos e isso parece
dar continuidade a uma imaginação que nunca teve consistência para durar mais do
que um desconsiderável e sem significado lapso na eternidade, que jamais se afeta com
nossas imaginações, e essa condição não vai mudar.

A Realidade é invulnerável
diante das nossas imaginações.

24
Tudo o que somos e que nos faz existir tem uma
única fonte, a Realidade.
Tudo o que imaginamos tem uma única fonte,
a nossa imaginação.
Realidade existe.
Imaginação não existe.
O Real e Verdadeiro Propósito da existência obviamente
não pode ser imaginar o que não existe.
Isso seria o mais completo absurdo e a Realidade nunca
será absurda.
Mas todos nós sabemos, mesmo sem pensar profunda-
mente sobre o assunto, que, em nosso cotidiano, agimos, pensamos
e imaginamos. Quando focamos o nosso olhar para, de fato, ver o
que está em nossa frente, conseguimos encontrar soluções práticas,
objetivas e confortáveis para qualquer cenário.
Mas constantemente, também, imaginamos coisas que não
pertencem à cena e focamos nessas imaginações, combinamos essas
imaginações com a cena e geramos interpretações falsas que nos
conduzem a conclusões equivocadas e projetos inconsistentes, que
nos fazem gastar nosso tempo com processos que terminam em
frustração e contribuições para baixar nossa autoestima e complicar
nosso cotidiano, deixando uma forte sensação de incompetência ou
inabilidade de lidar com um cenário que, se nos dispuséssemos a
ver verdadeiramente, poderíamos desfrutar de precisas oportuni-
dades de compreender o quanto os relacionamentos com tudo e
com todos podem enriquecer o nosso caminho.
É muito conhecida a prática de desviar o foco da visão
realista dos fatos para se perder em imaginações com as quais
escolhemos brincar de criar cenas que só existiram em nossa mente.
Essa prática é uma forma de rejeição e de defesa que não
permite que as coisas sejam vistas como são.
Você distorce os fatos
para não ver os fatos.
25
 Fazemos julgamentos em nossos relacionamentos e em
nossos cenários, desqualificando comportamentos e ocorrências,
vendo-os como ameaças diante de nossas metas pessoais.
Apesar de tentarmos muito justificar esse tipo de pos-
tura, o fato é que, se não julgássemos e nos permitíssemos fazer
uma leitura precisa de tudo o que se nos apresenta a todo instan-
te, veríamos a mais perfeita correspondência com tudo o que se
faz necessário em cada momento, levando em conta o nosso Real
Propósito.
Nosso Real e Verdadeiro Propósito nunca está separado
de toda a Realidade que está por detrás de tudo o que vemos e
que mantém constantes os princípios de causa e efeito.
Esses princípios ou leis imutáveis nos trazem o exato
feedback como um espelho de tudo o que pensamos, falamos e
fazemos, levando em conta a compatibilidade das frequências
próprias da estrutura de cada sistema de pensamento.
Essas estruturas se ajustam, dando sempre o único resul-
tado possível diante das premissas oferecidas.
As incontáveis possibilidades de composição de cenários
terminam sempre em uma única possibilidade como resultado
inevitável de todos os itens envolvidos.
Essa precisão está sempre presente e pode ser lida por
quem se interessa pela Verdade, mas pode também ser rejeitada
por quem, na ignorância dos fatos, se atreve a julgar.
Julgar é a prática de imaginar o que as coisas
não são e controlar na própria mente
os significados e as sensações correspondentes,
para que tudo se adeque ao que cada um
acha justo conforme o que pensa sobre si mesmo,
trazendo sempre as sensações que escolheu sentir
a partir de seus autojulgamentos.
Essa questão, ou seja, essa mania de pensar coisas sobre
sua própria condição de existir e ficar imaginando que agora se
tornou isso é uma velha mania de brincar de deus, tentando criar
até a nós mesmos, como se as nossas ilusões pudessem também
se transformar em cenários reais onde pudéssemos transitar com
uma autoimagem que passamos a fazer e acreditar e que, é cla-
ro, tem os seus propósitos específicos sem qualquer compromisso
com o Verdadeiro Propósito.
26
 Essa autoimagem é o que foi chamada de autoconceito,
usada para nos confundirmos, acreditando que o que éramos foi
alterado por nossas imaginações.
Para isso, agregamos a essa imagem um sistema com-
patível de autopercepção que possa confirmar a brincadeira
como se fosse real e, assim, nos iludimos severamente.
A percepção foi estabelecida como o instrumento de
validação dessa autoimagem chamada autoconceito. A per-
cepção possui dois níveis: a percepção correta e a percepção
equivocada.
Ambos os níveis estão dentro da mesma instância na
qual se deu a construção de autoimagem. A instância na qual se
tentou substituir o contato direto com a Realidade do Ser.
A percepção verdadeira tem que ser
colocada no mesmo endereço da
percepção equivocada para que
a correção seja possível.
A percepção correta reconhece o propósito delusório da
percepção equivocada.
A percepção correta reconhece a função da própria
percepção e torna o próprio processo consciente.
A percepção correta reconhece o propósito do equívoco
como inconsistente no sentido de substituir o Ser e tornar real a
falsidade dessa autoimagem e, assim, não dá significado a ele.
Todos os mecanismos de percepção equivocada, com
a intenção de confirmação da autoimagem, fazem parte
do que nunca será o nosso Real Propósito. Será sempre
um falso propósito ou o propósito na falsidade ideológica
existencial ou, ainda, um despropósito.
Um tipo de jogo virtual, mas que, ao longo da histórica
insistência, alcançou um patamar de delusão, cuja credibilidade
insana pareceu transformar a Beleza da Vida em tumultuados ro-
teiros intermitentes com fases chamadas de nascimento e morte.
Uma pseudovida separada da Realidade.
Tudo isso faz parte desse mecanismo imaginativo
sem realidade.
27

Todas essas ideias sem realidade podem ser percebidas
pelo mecanismo construído para autoengano, mas nada disso
pode ser visto realmente, ou seja, não é possível um real contato
direto com isso pelo fato de que não é possível contato real com
o que não é real.
Quem transcende plenamente essa ilusão, reconhece
todo esse processo e pode transitar dentro dele não dando a ele
nenhum significado de Realidade, mas vendo apenas a Verdade
sobre todos, admitindo que o que não é Real não pode ser visto
pela Visão da Mente compartilhada com Deus e, assim, absolve
tudo o que nunca existiu.
“Vida separada”
Assim surgiu um conceito absolutamente insano, cujo
propósito agora é ter propósitos também separados e fracionados,
gerando incontáveis projetos que partem da sensação de falta de
realidade, que se apresenta apenas como “sensação de falta” e se
projeta em cenários nos quais se desenvolvem propósitos futuros
que possam dar a falsa expectativa de que, ao final de cada pro-
jeto, a sensação de falta possa ser substituída por realização. Isso
é absolutamente infundado, partindo da Verdade que nos conta
que esse tipo de projeto nasceu na mais absurda irrealidade sobre
o que somos e que realmente temos que admitir que o que não é
a nossa Realidade, de fato, não existe.
28
 O bviamente, esse nível de entendimento não pode ser tratado assim,
como se tudo pudesse ser resolvido no nível da informação.
Precisamos tomar a decisão de definitivamente alcançar a visão
realista de tudo o que nos rodeia, assim como a visão correta de nós mesmos
e de nossa Fonte de Existência, para então podermos ter a certeza de que não
estamos nos iludindo sobre Real Motivação e Verdadeiro Propósito.

DA INFORMAÇÃO Mas, afinal, qual é o Verdadeiro Propósito da minha existência, já que esse é o
único exercício pelo qual eu posso estar eternamente motivado, pelo fato de ser esse o
VERDADEIRA propósito que me define e me faz ser quem eu Realmente Sou?
À POSSIBILIDADE
DE CONTATO Depois de ler tudo isso, já que você chegou até aqui, a sua forma de pensar e
de processar ideias facilmente lhe enviará questionamentos do tipo:
COM O FATO
Como posso ser objetivo e realista em meio a colocações de caráter tão abstrato?

Como posso levar isso tudo para o meu cotidiano, no qual tudo é percebido e
entendido como sendo a minha realidade?

Como posso levar isso tudo para um contexto que pode ser visto com os olhos
e tocado com as mãos, trazendo exigências que vão da sobrevivência às obrigações
sociais, culturais ou qualquer outro tipo de estrutura que tenha conseguido mostrar
aos nossos sentidos o quanto somos dependentes dela, podendo, ao mesmo tempo, ser
engolidos por ela, caso não nos adaptemos e não nos submetamos aos seus trilhos dire-
tores de um caminho para um fim que, no fundo, ninguém mais acredita realmente?

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 Como colocar o Verdadeiro Propósito
pelo qual fui criado no meu dia a dia
irreal que construo de forma solitária
em minha mente?
Não imagine que aqueles que lançaram esse nível de
conteúdo para a humanidade não se sentiram sensibilizados
pelas dificuldades que fariam parte do entendimento até a apli-
cação no cenário contemporâneo de cada leitor.
É exatamente esse amor, expresso em atitudes e posturas
absolutamente devotadas e sem limites por parte desses incansáveis
professores, que sempre esteve presente, motivando-os de forma
absolutamente determinada, na certeza de que todos aqueles
que, em um primeiro momento, não compreendem exatamente,
serão eles próprios os próximos professores e parceiros de tra-
balho nessa estrada que é de todos e por todos, que na Verdade
são, de fato, Um.
Há uma transição de discernimento pela qual
todos passam nesse processo de assumir,
reconhecer e desistir das imaginações e passar
a usufruir das dádivas contidas nas cenas.
Essa transição de discernimento é a mudança completa de
um sistema de pensamento para o outro. Do sistema de pensamento
da culpa e do medo para o sistema de pensamento da Verdade. É
uma transição de valores, de valores irreais e inventados para
valores Reais. De sacrifício, sofrimento e culpa para Amor, Sal-
vação e Compartilhar da Vida.
No sistema deste mundo, em que todos foram condicio-
nados, o valor central e gerador de propósito é o sacrifício e o
sofrimento, e a principal ferramenta é a culpa. No sistema de
pensamento Verdadeiro, o valor central é o Amor e a Salvação, e
a principal ferramenta é o Perdão.
30


Sacrifício é quando você abre mão de algo em prol de

outro. É a mentalidade do “perder para ganhar”. Perceba que
na sua mente há uma ideia que você tem que desistir de coisas
para ter outras, por exemplo: “vou parar de trabalhar para
cuidar dos meus filhos”, “vou ficar sem esse dinheiro para ter
o que eu quero”, “vou ter que abrir mão dessa viagem para
entregar esse projeto.”

Essa ideia de sacrifício, tão básica e presente na rotina

humana, tem uma origem:

Sacrifício do quê? A ideia de que é possível abrir mão ou sacrificar a
Sofrimento por quê? Realidade de Si Mesmo e a Realidade da Vida em função
Culpa do quê? da mudança de foco para imaginações, tentando inventar
uma pseudovida que nunca ganhará status de Realidade. É
a decorrência de tentar imaginar que poderíamos ser nossos
próprios criadores conforme nossas próprias ideias, sacrifican-
do o contato com nossa própria condição de existir em Pleni-
tude com nossa Fonte Criadora.

É a decorrência da tentativa de transpor leis in-
transpoíveis da própria Realidade, cuja eterna imutabilidade
garante a nossa também eterna Liberdade de Ser o que somos
de forma absolutamente espontânea e sem riscos de qualquer
vulnerabilidade em nossos perfeitos atributos.

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 A ideia de sacrifício gera a ideia de sofrimento

Com a ideia de sacrifício implantada na mente e no

decorrente desvio de foco da Realidade, o conf lito interno está
estabelecido e a sensação de culpa é inevitável como decor-
rência da autocondenação por trair a si mesmo.

Diante da culpa, a autopenalização é automática, ge- O que é o Amor?

rando, inevitavelmente, os conhecidos boicotes a coisas que
você gosta e acredita, mas que, diante da culpa, passa a não se O que é a Salvação?
sentir merecedor. O que é o Perdão?
Há uma outra crença na mente humana que, para ser
sacrifício, deve-se abrir mão de algo de muito valor. Aban-
donar algo que não tem valor para você não seria considerado
sacrifício.

Sendo assim, jogar contra si mesmo, se autoatacar até

ficar doente e finalmente morrer é, para os culpados, uma
penalização justa acompanhada do decorrente sofrimento.

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O que é o Amor? O Amor é a nossa condição
central de existir.

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 Existimos em eterno estado de Amor,
porque somos Amor,
porque somos
uma existência única e indizível.
Existir em unidade é existir em Amor.

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O que é a Salvação? A única Salvação possível
é a salvação dos equívocos
de autoconceito, que são os responsáveis
por todos os conflitos existenciais
e nos relacionamentos e pela perda
da Paz que é nossa.

35
O que é o Perdão? O Perdão é o reconhecimento
das ilusões como sendo, de fato, ilusões
que um dia pareceram pecados reais e,
sendo ilusões, não são nada.

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 A prática efetiva do verdadeiro Perdão acontece no exercício do compar-
tilhar, e é nesse momento que você inicia seus passos na prática de viver,
diariamente e em qualquer tempo ou lugar, o Real Propósito pelo qual
você foi criado pela Fonte Criadora: compartilhar o que você Realmente É, ou
seja, compartilhar a Vida!

Mas o que significa isso?

Só é possível compartilhar o que é Real. Ilusões ou invenções não são compar-

tilháveis, pelo simples fato de não existirem.
ESCLARECIMENTOS
SOBRE EVENTOS Para compartilhar o que você é, você precisa saber o que ou quem você é!
MENTAIS E SUAS
Qual a sua matéria-prima?
RESPECTIVAS ORIGENS Do que você é feito?

Você já sabe que você não é um complexo de músculos e fluidos. Você não é
corpo. Corpos não são compartilháveis.
Então, do que você é feito? Qual a matéria-prima que a Fonte usou para a Criação?

Amor e Compartilhar.

Você é feito do próprio compartilhar do Amor. Você é resultado do compartilhar

do Amor. Com esse Propósito você foi criado e continua sendo mantido em Existência
Plena e por isso essa é a sua única e Real Função - Compartilhar a Vida!

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 Para compartilhar a Vida, você tem que estar em contato
com a Vida, tem que estar focado na Vida, e não em imaginações.
O foco nas imaginações gera projeção de imagens e
cenários ilusórios, levando ao isolamento e consequente culpa e
raiva.
O foco na Vida gera Criação na Realidade e, no mundo
das ilusões, o foco na Vida gera Elucidação e Perdão.
Nisso está a vivência do Seu Verdadeiro Propósito: com
o foco na Existência, na Vida, e portanto no Amor, eu compar-
tilho o que Eu Sou, levando Luz e esclarecimento a todas as situ-
ações, ou seja, Lucidez.
Jesus disse: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida.”
Isso é muito mais que uma bela frase ou uma visão inalcançável
da Vida, ou ainda um pensamento que somente os iluminados
podem alcançar.
Está na hora de compreender o que foi dito pelos grandes
mestres, que muito contribuíram para a aceleração do
desenvolvimento da consciência humana.
Essa frase de Jesus poderia ser traduzida simplesmente
como sendo uma clara declaração de alguém que se propôs a
representar exatamente o que estamos falando agora, ou seja,
alguém que transitou no mundo, mas com a mente focada na
Existência, com a mente focada na Verdade sobre a Vida, com
a mente focada na Mente de Deus que foi estendida a nós para
ser compartilhada como uma orientação para nossos passos e
decisões, assim como nos momentos mais tranquilos, tornando
nosso dia a dia a pura expressão de alegria incondicional por
simplesmente ser a representatividade do Pensamento de Deus
no mundo, sendo, assim, um Caminho iluminado para quem
quer exercer em unidade o Real e Verdadeiro Propósito.
O Real e Verdadeiro Propósito pode ser alcançado
e consolidado através do exercício da nossa Real Função
no mundo. Nossa Real Função no mundo é conferir a
todas as cenas o Real Perdão através do reconheci-
mento de que nossas ilusões em forma de ideias, pa-
lavras e ações não corromperam a nossa Realidade.
É devolver a nossa Mente, que é Única e indivisível, à
sua condição original de ser o Agente Ativador do nosso
Poder Criativo a ser recolocado em ação em estado de
Real Cocriação com Deus.
O exercício do Verdadeiro Propósito está justamente na
prática dessa transição de sistema de pensamento e de discerni-
mento de valor.
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 T alvez você ainda diga:
“Diante do meu cotidiano, isso não pode ser ainda abstrato demais para
que eu possa compartilhar com todos que, assim como eu, ainda olham
para as coisas perceptíveis aos sentidos do corpo como sendo a “realidade palpável”?

Pois bem, tudo o que é percebido no mundo das formas possui a sua estrutura
específica e particular, limitada por fronteiras que determinam onde cada estrutura
termina, de maneira a deixar clara a separação em relação a qualquer outra estrutura.
É um formato de apresentação e de expressão que tenta fortalecer a ideia de que a
separação é possível na Realidade, mesmo isso não sendo assim.
DO PENSAMENTO
DE SEPARAÇÃO Quem está escravizado nessa ideia, está preso na ideia de diferenças ou
AO PENSAMENTO especificidades que tornam todas as estruturas individuais.
UNIVERSAL Presos ao específico, tentam torná-lo absoluto, o que é impossível, pois o es-
pecífico jamais será absoluto, tendo em vista que o absoluto é aquele que não admite
exceções. É um princípio válido em qualquer lugar ou tempo no Universo.

Quem se escravizou no específico se limitou a tentar não ver o todo para conseguir
se distrair com algo, cuja especificidade ficou apenas em sua imaginação, já que na
realidade não há micro ou macro que não se correspondam, pois não há separação
em partes.

Mesmo aqueles que se prenderam a especificidades, um dia verão que todas

elas são a mesma tentativa inútil de tornar realidade uma pequena imagem circunscri-
ta em limitações que nunca existiram.

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 Somente quem se abstraiu de todas as restrições, transcen-
dendo-as definitivamente, pode ver o todo da Realidade que não
admite separação e onde não há limites.
A Realidade onde tudo se corresponde e se remete a
uma mesma Fonte de onde tudo se originou.
Somente a partir dessa possibilidade de abstração é que
as especificidades podem ser reconhecidas como ilusões e não
vistas pela mente que não se ilude, mas vê apenas a integridade
de um Ser Único que nunca se separou de seu Criador.
Especificidades nunca serão Universais,
pois estarão sempre circunscritas
a imaginações específicas.
É a partir do abstrato que podemos falar do que sentimos
e realmente levar a sério a proposta de saber se o que sentimos está
realmente nos mostrando o que realmente estamos vivendo ou se o
que sentimos é algo que se compatibiliza com nossa inventividade.
Tudo o que experienciamos tem algum resultado em ter-
mos de sensações que somente podem ser olhadas ao abstrairmos
do campo dos sentidos físicos para realmente observar de forma
neutra, sincera e com a mente absolutamente aberta para
encontrar a Verdade dessa condição vivencial.
Enquanto nossos sentidos nos prendem a particularidades
específicas, estamos presos a isso e justificando nossas sensações a
partir disso, sem, de fato, ver que não há relação alguma entre essas
especificidades e as nossas sensações.
Estamos inventando links para justificativas totalmente
descabidas. Esses links se chamam significados, que são as prin-
cipais armas de uma guerra sem significado contra si mesmo.
Felizmente, estamos falando de imaginações
a partir do que não está ocorrendo de fato,
pois imaginações não são reais.
Se não são reais, não existem, e se não existem, não
existem. Se não existem têm que ser consideradas sem efeito,
pois não pode haver efeito real de causa não real.
Temos que, agora, ser realmente sérios ao olhar defini-
tivamente para isso.
Não importa se temos dificuldade de aceitar de imedi-
ato tamanha reversão no pensamento, pois isso pode ser pelo
menos a tomada de decisão de iniciar um treinamento compro-
metido com a Verdade e com um Real Propósito.
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 O Único Real e, portanto, Verdadeiro Propósito é o que a nossa Real
Existência nos entrega ininterruptamente e que tem sido deixado em standby.

É o que tem sido deixado em estado de espera, até que tiremos também o
significado dessa condição chamada de tempo e reassumamos que temos, é claro,
o direito de Viver.

É a mais Pura condição de Existir e Cocriar, sendo o que Realmente Somos e

que compartilhamos de maneira amorosamente perfeita com todos e com a nossa
Fonte Criadora, que chamamos de Deus.

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 S
im, toda essa aparente complexidade pode ser vista de forma perfeitamente
objetiva e simples na medida em que aceitamos desistir de nossas percepções
FINALMENTE, equivocadas para adotar a percepção verdadeira que nos mostra, indubitavel-
mente, toda a Verdade de cada cena.
A FELIZ E VERDADEIRA
CONSTATAÇÃO QUE, Somente dessa forma podemos, todos, usufruir do Mesmo, Único, Real e Verdadeiro
Propósito, compartilhando uma orientação que está em nossa mente e que vem de Deus.
DEFINITIVAMENTE,
É CAPAZ DE ENCERRAR Essa possibilidade existe e é nossa, basta decidir por ela e iniciar um treinamento,
A BUSCA PELA REAL que, mesmo que pareça longo a princípio, pode ser vivenciado de forma alegre e satisfeita
no compromisso de adotar, em todos os momentos e em todas as situações, a única postura
MOTIVAÇÃO que pode ser chamada de:
E PELO VERDADEIRO
PROPÓSITO A Honesta Postura a serviço de todos e a serviço de Deus.

É o reassumir da única postura que pode alinhar todos os chamados “seres

humanos” em um Único e Verdadeiro Plano Universal de elucidação de todo o conteú-
do da mente que é de todos, deixando isso expresso em todos os nossos pensamentos,
palavras e ações para que possamos, juntos, assumir, com Real Motivação, o Verdadeiro
Propósito de Viver em Plenitude a Beleza da Abundância da Vida.

Assim caminham todos aqueles que já estão olhando de um lugar de onde não
é possível mais se enganar e, por esse motivo, esperam pacientemente por todos aqueles
que ainda estão no caminho, mas nunca separados.

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 Nesse Verdadeiro Plano Universal, todos estão incluídos e,
de algum lugar no tempo, virão para um único e inevitável ponto
de encontro, onde Deus nos espera para o último passo
para fora do tempo e para dentro da Eternidade
e que podemos chamar de o retorno ao conhecimento do
REAL E VERDADEIRO PROPÓSITO DE COMPARTILHAR O
AMOR E A PERFEIÇÃO DA VIDA NA COEXISTÊNCIA COM
TODOS E COM DEUS.

Kaw Yin e Yan Yin

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Co n sul to ri a E x i st e n ci a l