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24/09/2018

Oficina:
GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS
MUNICIPAIS

Clara Marli Scherer Kurtz


Arquivista

Porto Alegre, setembro de 2018.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

OBJETIVOS:
• Conhecer e estabelecer políticas de gestão de documentos, por meio do
estudo do ciclo de vida dos documentos e das funções arquivísticas.

• Estabelecer metas para criação de uma estrutura de Arquivo Público


Municipal para promover a gestão, a preservação e o acesso aos
documentos produzidos e recebidos, com recursos humanos qualificados,
infraestrutura física, material e tecnológica e recursos orçamentários
adequados para a guarda, armazenamento e preservação de documentos
de acordo com as normas e legislação em vigor.

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Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS


PROGRAMA
1-Os arquivos e o ciclo de vida dos documentos
2- Os arquivos e a legislação: Lei nº 8.159 de 08/01/1991, dos arquivos públicos e privados e
Lei nº12.527, de 18/11/2011, do acesso aos documentos. Resoluções do CONARQ
3- O arquivo público municipal
3.1- Conceito, configuração legal e legislação
4- Gestão de documentos arquivísticos:
4.1- Etapas da gestão de documentos: funções arquivísticas
4.1.1- Produção/criação/controle/ tramitação de documentos
4.1.2- Classificação de documentos -– organização intelectual e física de documentos.
- Princípios da proveniência e da ordem original
- Plano de classificação - Elementos da classificação - Métodos de classificação
4.1.3- Avaliação de documentos – O que , por que e como avaliar documentos?
- Etapas do processo de avaliação.
- Valores dos documentos – primário e secundário.
- Instrumentos de destinação
Tabela de Temporalidade – Comissão Permanente de Avaliação de Documentos,
Relação de Transferência e Relação de Recolhimento,
Calendário de Transferência e Calendário de Recolhimento,
Termo de Eliminação (Lista de Eliminação/descarte) – atividades práticas
4.1.4- Descrição de documentos – normas de descrição
4.1.5- Preservação de documentos – rotinas de conservação
5- Os arquivos e a tecnologia
Documentos digitais
Digitalização, microfilmagem, bancos de dados e repositórios digitais.

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1- Os arquivos e o ciclo de vida dos documentos

POR QUE GUARDAMOS


DOCUMENTOS?

• garantir a preservação e acesso das informações importantes à


execução, compreensão e comprovação das atividades da instituição;
• reduzir os prazos de recuperação de informações;
• garantir a comprovação de direitos – atender a legislação.

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• Arquivo
– “Conjunto de documentos produzidos e Conjunto de
acumulados por uma entidade coletiva, Documentos
pública ou privada, pessoa ou família, no
desempenho de suas atividades, 
independentemente da natureza do
suporte”. Produzido/Recebido
Acumulado
– “É o conjunto de documentos produzidos ou
recebidos por uma entidade física ou 
jurídica, no exercício de suas funções, ou Por quem?
conservados para servir de referência,
prova, informação ou fonte de pesquisa”. Por que?
Para que?
– “Conjunto de documentos que,
independentemente da natureza ou do
suporte, são reunidos por acumulação ao
longo das atividades de pessoas físicas ou
jurídicas, públicas ou privadas”.

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FUNÇÕES DO ARQUIVO

 Guarda
 Conservação
 Acessibilidade

É CUIDAR DE TODA A VIDA INFORMACIONAL


DA ORGANIZAÇÃO.

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FINALIDADE DOS ARQUIVOS

SERVIR À ADMINISTRAÇÃO
VALOR ADMINISTRATIVO

SERVIR À HISTÓRIA
VALOR HISTÓRICO

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ARQUIVOS, CULTURA ORGANIZACIONAL E DEMOCRACIA


• CULTURA AUTORITÁRIA • CULTURA DEMOCRÁTICA
Arquivo = “Arquivo morto”: amontoado de Arquivo = local estratégico que disponibiliza
papel velho e empoeirado onde ninguém documentos e informações para subsidiar
encontra nada e que somente causa ônus as decisões administrativas, comprovar
para a organização direitos e construir a memória institucional

Profissional de arquivo: funcionário com Profissional de arquivo: arquivista, profissional


problemas de adaptação/sociabilidade; que desempenha uma função estratégica
exige-se seja alfabetizado
Trabalho em arquivo = operacional/mecânico Trabalho em arquivo = trabalho intelectual +
atividades operacionais
Documentos de arquivo: papelada Documentos: registros das ações
administrativas importantes para a análise
retrospectiva e o planejamento estratégico
Acesso: é exceção (sigilo é a regra) Acesso: é a regra (sigilo é a exceção)
Modernidade: infra-estrutura tecnológica Modernidade: investir em recursos humanos
(gestão de pessoas), gestão do
(comprar computadores)
conhecimento e inovação

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Arquivo Arquivo Arquivo


Corrente Intermediário Permanente
Uso freqüente. Menor freqüência de
Documentos arquivados uso. Documentos preservados
no setor. em função do valor
histórico/cultural.

Descarte Descarte Preserva

PROCEDIMENTOS ARQUIVÍSTICOS
Classificação Avaliação
Plano de Classificação Tabela de Temporalidade

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2- Os arquivos e a legislação:

• CONSTITUIÇÃO 1988 dispositivos fundamentais


para o acesso à informação governamental.

Art. 5º. inciso XXXIII todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
Inciso III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos;

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Art.30. Compete aos Municípios:


IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza


material e imaterial,...
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais;
§ 2º. Cabem a administração pública, na forma da lei, a gestão da
documentação governamental e as providências para franquear sua
consulta a quantos dela necessitem.

Reconhecimento do direito de acesso à informação leva à


consagração do princípio de transparência administrativa.

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A partir da Constituição de 1988, surgem novos dispositivos legais:

Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, chamada de Lei de Arquivos

Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997, Lei do Habeas Data

Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, chamada de Lei do Processo Administrativo

Lei complementar nº 101, de 4 de março de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal,

Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, Lei de Acesso à Informação.

Estes dispositivos legais entraram em vigor prevendo que os governos


divulgassem dados orçamentários e atos administrativos.

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Lei Federal 8.159 de 8 de janeiro de 1991 – dispõe sobre a política


nacional de arquivos públicos e privados.

Art. 1º. É dever do Poder Público a gestão documental e a de proteção


especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos
de prova e informação.

Art. 2º. Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de


documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de
caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de
atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o
suporte da informação ou a natureza dos documentos.

GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Lei nº12.527, de 18/11/2011, regula o acesso às informações


Art. 5o É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que
será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma
transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.

Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as


normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e
sua divulgação;
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade,
autenticidade e integridade; e
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a
sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição
de acesso.

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Resoluções do CONARQ

Resolução nº 6, de 15 de maio de 1997


Dispõe sobre diretrizes quanto à terceirização de serviços arquivísticos públicos. (D.O.U. - 23/05/1997).
Resolução nº 13, de 9 de fevereiro de 2001
Dispõe sobre a implantação de uma política municipal de arquivos, sobre a construção de arquivos e de websites
de instituições arquivísticas.
(D.O.U, 26/02/2001).
Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001
Aprova a versão revisada e ampliada da Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, que dispõe sobre o Código de
Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como
modelo para os arquivos correntes dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR),
e os prazos de guarda e a destinação de documentos estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos as Atividades-Meio da Administração Pública.
(D.O.U, 08/02/2002). Revoga Resolução nº 4/1996 e nº 8/1997.
Resolução nº. 27, de 16 de junho de 2008
Dispõe sobre o dever do Poder Público, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de criar e
manter Arquivos Públicos, na sua específica esfera de competência, para promover a gestão, a guarda e a
preservação de documentos arquivísticos e a disseminação das informações neles contidas.

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3- O arquivo público municipal - Conceito e


configuração legal
3.2- Legislação

ARQUIVOS HISTÓRICOS

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ARQUIVO PÚBLICO

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ARQUIVO PARTICULAR

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Arquivo municipal - Instituição responsável pelos conjuntos de


documentos acumulados por órgãos dos poderes executivo e
legislativo, no âmbito da administração municipal direta ou
indireta.

Arquivo público - Conjunto de documentos acumulados em


decorrência das funções executivas, legislativas e judiciárias do
poder público no âmbito federal, estadual e municipal, bem como
o conjunto e documentos de entidades de direito privado
encarregadas de serviços públicos.

Arquivo histórico – conjunto de documentos preservados em caráter


definitivo em função de seu valor.

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Arquivo público municipal - constituído de


conjuntos de documentos produzidos e
recebidos, no exercício de suas atividades, por
órgãos e entidades públicos no âmbito da
administração municipal direta e indireta, em
decorrência de suas funções administrativas e
legislativas.

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RESOLUÇÃO Nº 27, DE 16 DE JUNHO DE 2008

Art. 1º O Poder Público, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deverá, por
meio de lei específica de arquivos, definir os critérios de organização sistêmica da gestão
arquivística de documentos públicos e dos serviços arquivísticos governamentais, bem como a
criação e a vinculação do Arquivo Público e os mecanismos de difusão e acesso aos registros
públicos, em conformidade com o art. 21, da Lei Federal de Arquivos nº 8.159, de 1991.

Art. 2º O Arquivo Público referido no art. 1º deverá ser dotado obrigatoriamente de:
I – Autonomia de gestão administrativa e financeira e posicionamento hierárquico na estrutura
funcional dos estados, do Distrito Federal e dos municípios que lhe permita desenvolver as
prerrogativas definidas nesta Resolução, por exercer atividade típica de estado.
II – Infra-estrutura física, material e tecnológica adequadas para a guarda, armazenamento e
preservação de documentos de acordo com as normas e legislação em vigor.
III – Recursos orçamentários e financeiros para a implementação e manutenção das políticas
arquivísticas estabelecidas.
IV – Recursos humanos qualificados, dos quadros permanentes da Administração Pública, para dar
cumprimento às especificidades de suas atividades.

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Processo formal para criação de Arquivo Público Municipal

• Projeto de lei que cria o arquivo público municipal;

• Decreto que regulamente a estrutura, competências, atribuições e


quadro funcional do arquivo público municipal;

• Regimento do arquivo público municipal, no qual serão estabelecidos


propósitos, objetivos, política institucional, papel, quadro de pessoal,
assim como formas de manutenção.

CONARQ disponibiliza modelos no sítio www.conarq.gov.br

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4- Gestão de documentos arquivísticos


Gestão de documentos corresponde ao conjunto de
procedimentos e operações técnicas referentes à produção,
tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos com
vistas a destinação final, ou seja, a eliminação ou a guarda
permanente.

Implantação de um programa de gestão de documentos deve


estar imbricado no conjunto de políticas e procedimentos da
gestão administrativa da instituição .

SISTEMA DE ARQUIVOS

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PROGRAMA DE GESTÃO ARQUIVÍSTICA DE DOCUMENTOS deve:

1- contemplar o ciclo de vida dos documentos;

2- garantir a acessibilidade;

3- manter os documentos em ambiente seguro;

4- reter os documentos somente pelo período estabelecido na


Tabela de Temporalidade de Documentos;

5- implementar estratégias de preservação desde a


produção até sua destinação final.

4.1- As funções arquivísticas na gestão de documentos de arquivo

Os documentos de arquivo resultam da produção e da acumulação


por uma pessoa física ou jurídica, no desempenho de suas atividades,
qualquer que seja seu suporte ou formato.

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4.2- As correlações entre classificação, avaliação e descrição

Um arquivo corrente
organização a partir de um PLANO DE CLASSIFICAÇÃO
ciclo vital determinado pela TABELA DE TEMPORALIDADE,
evitará a acumulação de massas documentais.
Os procedimentos de classificar e avaliar determinam
os arquivos intermediários,
acervos a serem recolhidos ao arquivo permanente e
acervos a serem eliminados.

A classificação constitui a base para os demais procedimentos.

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a) criação / produção / acesso


Novos documentos
avaliar a real necessidade
seguir procedimentos específicos e
formatos padronizados.
ex: processos – capa, numeração,
identificação setor
Tramitação – controle de movimentação
Livro de protocolo
workflow – controla e gerencia processos dentro da
empresa/organização
GED – solução tecnológica . Conjunto de módulos interligados que
permite a uma empresa gerenciar seus documentos em forma
física ou digital. papel, microfilme, imagem, som, planilhas
eletrônicas, arquivos de texto etc.

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b) Classificação

Classificar:

é agrupar hierarquicamente os documentos de um fundo mediante


conjuntos ou classes desde os mais amplos aos mais específicos, de
acordo com os princípios de proveniência e ordem original (CRUZ
MUNDET,1996);

é organizar documentos de um arquivo ou coleção, de acordo


com um plano de classificação, código de classificação ou quadro de
arranjo.

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1- Elementos da classificação

AÇÃO : funções/atividades e atos.


Os documentos de arquivo são produtos de ações, necessárias
para que um órgão possa atingir seus objetivos.

A função refere-se a todas as responsabilidades atribuídas a um


órgão a fim de atingir os amplos objetivos para os quais foi criado.
Uma função pode se decompor em distintas atividades e estas
em trâmites ou negociações.

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ESTRUTURA (ORGÂNICA): é determinada pelos objetivos ou funções.


Uma entidade precisa de organização, de uma estrutura organizativa
que permita seu funcionamento.
Normalmente, as instituições estão divididas em dependências (seções
administrativas/níveis hierárquicos - organograma) a cada uma das
quais corresponde uma atividade para o cumprimento de uma funções.

ASSUNTO: Refere-se aos assuntos ou MATÉRIAS de que tratam


documentos.
Assunto = tema = matéria.

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2- Métodos de classificação

2.1- FUNCIONAL
Os documentos são resultado de funções e utilizados em relação a elas.
Documentos devem ser agrupados de acordo com as funções as quais estão
relacionados.

vantagem de não ser necessário modificá-lo quando houver alteração


de estrutura da organização – flexibilidade.

O esquema ou plano de classificação de documentos deverá apresentar os


documentos sucessivamente divididos em classes e/ou subclasses.

As maiores classes ou principais são criadas tomando-se por base as maiores funções
de um órgão; as classes secundárias (subclasses) podem representar as atividades
desenvolvidas para o cumprimento das funções maiores.

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Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

2.2- ORGANIZACIONAL

O arranjo é baseado na estrutura administrativa das entidades produtoras


as séries são estabelecidas de acordo com as divisões administrativas ou
estrutura orgânica da entidade.

O organograma reflete a estrutura organizacional de uma instituição.

Organograma base para grandes agrupamentos de documentos.


Esses agrupamentos se refletem no esquema de classificação

-- a estrutura orgânica quando se reflete num esquema de classificação,


as classes principais representam os principais elementos organizacionais;
as subclasses representam as subdivisões destes.

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ORGANIZACIONAL
.
-- a classificação por estrutura só se adapta a arquivos não muito
ativos, pois resulta em planos de classificação pouco flexíveis quando
refletem órgãos mais complexos ou fundos com amplitude cronológica.

-- As seções (setores) variam muito rapidamente, nomes são alterados,


órgãos criam suas hierarquias estruturais administrativas que
consideram oportunas para cumprirem suas funções, o que supõe
modificações também na classificação;

-- a divisão em classes organizacionais é aconselhável somente em


organizações estáveis, cujas funções e processos administrativos
sejam bem definidos;

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2.3 - POR ASSUNTO

O arranjo é baseado no assunto de que tratam os documentos.

-- a adoção desse método pode ser comparada à classificação utilizada


nas bibliotecas;
-- requer habilidade e predisposição para pensar em categorias abstratas,
avaliar relações complexas de maneira a delimitar cada série/classe;

-- os cabeçalhos (classes e subclasses) representados no plano de


classificação de documentos são determinados a partir da análise do
conteúdo dos documentos, isto é, dos assuntos de que tratam;

-- se os documentos referem-se a uma área específica, os cabeçalhos


de assuntos ou tópicos devem corresponder a essa área;

-- este sistema é muito aprimorado para ser aplicado com vantagem


a documentos públicos, tratando-se de um sistema rígido.

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3 - O Plano de Classificação de Documentos

Para elaborar planos de classificação deve-se proceder:


a) estudo e análise da instituição/ compreender o contexto organizacional
(histórico, evolução, funções, objetivos, estruturas) através:
»» de estatutos, regimentos, regulamentos,
»» atas (atos legais, normativos e reguladores);
»» organogramas);
»» da organização e funcionamento dos órgãos que compõem a Instituição;
»» das funções (estrutura funcional), inclusive informais;
»» das políticas de arquivo adotadas na Instituição (natureza e funcionamento do
arquivo ;
»» das atividades-fim e atividades-meio da Instituição.

b) estudo e análise da produção documental:


»» conhecimento e identificação de tipos documentais produzidos e recebidos
em função do desenvolvimento de cada atividade (função), bem como de
assuntos que tratam os documentos.

OFICINA: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS


S

c) escolha do método de classificação de acordo com a documentação


e o tipo de instituição, devendo ser de fácil compreensão, simples e
adaptável à organização;

d) estruturação do plano de classificação através da determinação das classes ou


cabeçalhos e subclasses que representem as funções/órgãos ou assuntos, conforme
o método escolhido:
»» distribuição dos tipos documentais contextualizados nas classes (séries)
as quais pertencem ou resultam (em cada série – subsérie - são listados os tipos
documentais);

e) estabelecimento dos métodos de arquivamento para a ordenação dos tipos


documentais integrantes de cada classe/subclasse.

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CLASSIFICAÇÃO ORDENAÇÃO ORGANIZAÇÃO

A classificação e a ordenação arquivística são atividades específicas,


porém complementares.

A classificação supõe o estabelecimento de classes (séries) agrupadas,


estrutural ou hierarquicamente, dentro de um conjunto,
devendo ser aplicada na totalidade de um fundo ou nos grupos:
associada à ideia de separar;
estabelece a relação entre os documentos;
atividade profunda e intelectual;
implica dividir um conjunto de elementos estabelecendo classes ou
séries (famílias);
estabelece classes ou séries, de acordo com o método de
classificação adotado;
traduzida em esquema, em que se representa a hierarquia entre
classes e subclasses – plano de classificação.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

A ordenação é o alinhamento dentro de cada subconjunto,


devendo ser realizada sobre os documentos de cada classe (série):
associada à idéia de unir;
favorece a localização dos documentos, agiliza a consulta;
atividade mecânica;
implica unir os elementos (tipos documentais) de uma classe
seguindo uma ordem
alfabética,
geográfica, método de arquivamento
numérica

a ordem é estabelecida pela aplicação de métodos


de arquivamento, que definem como dispor fisicamente
os documentos dentro do conjunto.

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Identifique as grupos e categorias:

utensílios domésticos panelas xícaras faca

sapato alto xarope vestido comprimido

medicamentos cama prato pomada calça

feminino vestuário meia-calça copo colher

frigideira masculino gravata garfo

camisa social

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Medicamentos

comprimido
pomada

Utensílios domésticos Vestuário


copo masculino
faca camisa social
panela gravata
xícara calça
garfo feminino
prato vestido
frigideira sapato salto
meia calça

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Quais são os critérios que determinam


a formação de categorias para
agrupar os documentos
produzidos nas empresas?

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A classificação permite o estudo da organização produtora

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ESPÉCIE DOCUMENTAL - É a configuração que assume um documento de acordo


com a disposição e a natureza das informações nele contidas.

Obedece a fórmulas convencionadas, em geral, estabelecidas pelo direito


administrativo ou notarial.

Exemplos:
Área legislativa: lei, decreto, requerimento
Área notarial: livro de assentamento, procuração, certidão.

TIPO DOCUMENTAL - É a configuração que assume espécie documental de acordo


com a atividade que ela representa.
A espécie torna-se tipo quando é agregado a sua gênese, a atividade/função/
razão funcional .

Exemplos:
Área administrativa: atas de reunião de diretoria, edital de licitação.
Área notarial: livro de assentamento de casamento, escritura de imóveis.

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Passos para construção do Plano de Classificação:

– Levantamento do contexto de produção documental:


• Análise das relações formais (documentadas): organograma,
documentos constitutivos (regimento, regulamento etc), manuais,
políticas, procedimentos e instruções de trabalho.
• Análise das relações informais (não documentadas): entrevistas,
aplicação de questionários, observação direta etc.

– Levantamento da produção documental:


• Levantamento dos documento produzidos: tipo documental,
suporte, forma, formato, e demais informação pertinentes.

– Elaboração do plano de classificação.

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Elaboração do Plano de Classificação baseado em:


Princípios da classificação:
estrutura (estatuto, regimento)
funções (regimento interno, lei orgãnica)
atividades

Nível da classificação:

Classe - Missão/Função

Grupo - Atividade

Série – Tipo documental

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MODELO DE PLANO DE CLASSIFICAÇÃO


CÓD. GRUPO
1.00 ADMINISTRAÇÃO
2.00 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
3.00 REGISTROS ATUARIAIS E CONTROLADORIA
4.00 RECURSOS HUMANOS
5.00 MATERIAL E PATRIMÔNIO
6.00 INVESTIMENTOS
7.00 TESOURARIA
8.00 CONTROLE DE IMÓVEIS
9.00 REGISTROS E CONTROLES
10.00 ORÇAMENTO
11.00 SEGURIDADE E BENEFÍCIOS

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PLANO DE CLASSIFICAÇAO:
GRUPO A - ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
Administração geral
Compras e Patrimônio
Comunicações e Serviços Gerais
Recursos Humanos
Finanças
Contabilidade
Tesouraria
Arrecadação
Leitura
Fiscalização
GRUPO B – PLANEJAMENTO E EXPANSÃO

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c) avaliação
Relevância ou reutilização das
informações.

TABELA DE TEMPORALIDADE

MICROFILMAGEM preservação

DIGITALIZAÇÃO facilitar o acesso e a consulta

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1- O que , por que e como avaliar documentos?

Os fatores significativos para atribuir prazos de guarda para os


documentos são a frequência de uso e os valores dos
documentos.

Em função deles teremos:


-- transferência - passagem dos documentos do arquivo corrente para
o intermediário;
-- recolhimento - passagem dos documentos do arquivo intermediário
para o arquivo permanente;
-- eliminação - destruição dos documentos que, na avaliação, forem
considerados sem valor para guarda permanente. Também
chamado expurgo de documentos.

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Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

2- Etapas do processo de avaliação.

O processo de avaliação depende da formação de:

a. grupos de trabalho
Em cada unidade ou departamento: constituir equipes de trabalho (grupos
setoriais) , para elaborarem a primeira versão da tabela;
-- representantes de pessoal ligado às atividades-fim e meio das unidades;
-- assessoria do(s) arquivista(s) da organização e com a assessoria jurídica
(para definir usos e prazos legais).

Compete:
-- levantar e identificar as séries documentais produzidas na sua respectiva unidade;
-- elaborar a proposta de tabela de temporalidade e encaminhar as propostas para
apreciação da comissão de avaliação;
-- propor alterações para a tabela, promovendo sua atualização quando necessário;
-- promover e acompanhar as atividades de destinação, visando estabelecer rotinas.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

b. Um grupo multiprofissional

Comissão de Avaliação de Documentos – CAD regulamentada no âmbito de


cada instituição de acordo com sua legislação e composta por membros
permanentes e membros variáveis.

Recomenda-se a seguinte composição para a Comissão:


»» arquivista (s) ou responsável pela documentação (coordenador
da comissão);
»» profissional da área administrativa - autoridade administrativa
a que esteja subordinado o arquivo;
»» profissional da área jurídica;
»» profissional ligado à área abrangida pela natureza do acervo

As chances de uso e respeitabilidade de tabela de temporalidade de


documentos crescem quando o usuário é seu co-autor
- participação permanente e contínua.

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3- Valores dos documentos – primário e secundário


Para a avaliação documental, é preciso determinar as idades dos
documentos (ciclo vital) com parâmetros que possam levar ao
estabelecimento desses períodos, tomando como eixo a vigência e o prazo
precaucional dos documentos de arquivo.

VIGÊNCIA - força que tem um documento de arquivo para dispor, provar e


informar o que explicitamente diz seu texto ou está implícito em seu
tipo documental. Ponto de referência objetivo, portanto, válido para o
estudo do valor primário dos documentos.

PRAZO PRECAUCIONAL - prazo em que, por precaução, se preserva o


documento (prazo de retenção/preservação temporária).

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

VALOR PRIMÁRIO: “valor atribuído a documento em função do interesse


que possa ter para a entidade produtora, levando-se em conta a sua
utilidade para fins administrativos, legais e fiscais“

Os documentos de valor primário são aqueles que os órgãos precisam


para cumprir suas funções e devem conservar-se nos arquivos correntes e
intermediários enquanto possuem esse valor.

PRIMÁRIOS: SECUNDÁRIOS:
- administrativo - histórico probatório
- jurídico - histórico informativo
- fiscal

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VALOR SECUNDÁRIO
Valor atribuído a um documento em função do interesse que possa ter
para a entidade produtora e outros usuários, tendo em vista a sua
utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foi originalmente
produzido.
Os documentos são criados para atender uma função da entidade, mas
com o decorrer do tempo e por suas características informacionais são
preservados permanentemente.
-- valor histórico probatório: inerente aos documentos decorrentes da
prova que contém da organização e funções do órgão.
-- valor histórico informativo: inerente aos documentos devido à
informação que contém. Relaciona-se a pessoas (físicas ou jurídicas),
coisas (lugares, edifícios, objetos, bens materiais) ou fenômenos (o
que aconteceu às pessoas, lugares ou coisas).

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Valor Definição Guarda


Documento que serve ao desempenho
das atividades fim e das atividades meio
Administrativo
de uma instituição. Informa, fundamenta e
prova seus atos. Temporária
Primário Documento que demonstra a aquisição,
= Jurídico manutenção, transferência, modificação
Uso Imediato Arquivo Corrente e
ou extinção de direitos.
Arquivo
Documento que serve para comprovação Intermediário
Fiscal de operações financeiras ou fiscais, de
uma entidade ou pessoa.

Secundário Documento que contém informações Permanente


Histórico
= relevantes para preservação da história
Arquivo
Uso Mediato da entidade produtora.
Permanente

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Tabela de Temporalidade: Exemplo

SÉRIE PRAZO DE GUARDA


SUBSÉRIE AC AI DESTINAÇÃO OBSERVAÇÃO
 Tipo documental
 GESTÃO FINANCEIRA

 PAGAMENTO

 Autorização de compra

 Fatura | Nota fiscal

 Relatório gerencial

 RECEBIMENTO

 Fatura

 Relatório gerencial

Tabela de Temporalidade: Exemplo

SÉRIE PRAZO DE GUARDA


SUBSÉRIE AC AI DESTINAÇÃO OBSERVAÇÃO
 Tipo documental
 GESTÃO DE PESSOEAS

 REGISTRO DE FUNCIONÁRIO

 Contrato

 Ficha de registro

 Doct/s de identificação

 Doct/s ref. à efetividade

 Doct/s ref. a benefícios

 Doct/s rescisórios

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• Documentos de guarda temporária


(Arquivo Corrente e Arquivo Intermediário:

– cópias ou duplicatas de originais destinados à guarda


permanente;
– documentos cujas informações básicas possam ser
recuperadas em outros;
– documentos cujos textos tenham sido impressos em sua
totalidade;
– documentos cujos textos estejam reproduzidos em outros;
– documentos que apresentem repetição da informação e
qualidade técnica inferior (foto, fita de vídeo, fita
cassete, disquete, disco ótico, etc.).

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Documentos de guarda permanente (Arquivo Permanente):

– documentos de criação, constituição, modificação ou extinção do


órgão produtor (contrato social, leis, decretos, portarias,
resoluções);
– atos normativos que reflitam a organização e funcionamento do
órgão (regulamentos, regimentos, normas, organogramas,
fluxogramas);
– convênios, ajustes, acordos, termos de cooperação;
– balanços, livros-razão e livros-diário;
– atas, resoluções;
– correspondências relativas à atividade-fim das unidades da Superior
Administração;
– publicações oficiais e/ou co-produções;

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Documentos de guarda permanente (Arquivo Permanente):

– projetos de edificações públicas e particulares;


– projetos de infra-estrutura e equipamentos urbanos;
– documentos que firmem jurisprudência jurídica, administrativa ou
técnica (pareceres apreciados judicial ou administrativamente e que
possuam características inovadoras, não encontradas nos textos
legais);
– documentos relativos à administração de pessoal: planos de salários
e benefícios, criação/reestruturação de carreiras;
– documentos relativos ao patrimônio imobiliário;
– documentos que registrem as atividades-fim do órgão: planos,
projetos, programas, pesquisas, relatórios anuais;
– documentos de divulgação de obras, eventos ou atividades
desenvolvidas pelo órgão (convites, folhetos, cartazes).

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PLANOS DE DESTINAÇÃO Tabela de Temporalidade

Lista de eliminação

Edital de ciência de eliminação

Termo de eliminação

Avaliação a partir da tipologia documental relacionada à


classificação das informações contidas em documentos.

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Calendário de Transferência e Calendário de Recolhimento

São cronogramas que determinam épocas para transferência ou


recolhimento de documentos dos arquivos correntes ao arquivo
intermediário ou permanente. É uma forma de controlar a aplicação da
Tabela de Temporalidade, bem como o recebimento de documentos
pelo arquivo.

O calendário deve ser elaborado de acordo com o que está determinado


na tabela, estabelecendo épocas de transferência (recolhimento) para que
cada unidade ou departamento realize a operação.

A elaboração do calendário deve considerar também a disponibilidade


de recursos humanos e materiais necessários para a realização da
transferência ou do recolhimento.

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Lista de Transferência e Lista de Recolhimento

Instrumentos de controle de passagem de documentos de um arquivo para o


outro (corrente para o intermediário e deste para o permanente). Contém a
relação de informações gerais ou específicas sobre a documentação que foi
transferida ao arquivo intermediário ou recolhida ao arquivo permanente.

Devem ser elaboradas quando realizadas as operações, observando sempre


o que determina a tabela de temporalidade; devem identificar as séries e os
tipos documentais; as datas abrangentes da documentação; a quantidade de
documentos; o órgão de origem da documentação e o destino .

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LISTAGEM DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS Listagem nº 001/2017


ÓRGÃO/ENTIDADE: CÂMARA MUNICIPAL DE FORMIGUEIRO Folha nº: 01 de 10

Nº DESCRIÇÃO DO ITEM (tipologia) DATAS-LIMITE UNIDADE DE ARQUIVAMENTO OBSERVAÇÕES E/OU JUSTIFICATIVAS

QUANTIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO

MENSURAÇÃO TOTAL: (indicar, em metros lineares, o total dos documentos que serão eliminados)

DATAS-LIMITE GERAIS: (indicar, em anos, o período dos documentos que serão eliminados)

LOCAL/DATA LOCAL/DATA LOCAL/DATA


PRESIDENTE DA COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE Presidente da Mesa Diretora
RESPONSÁVEL PELA SELEÇÃO DOCUMENTOS

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Resolução n°. 5 - CONARQ


Art. 1º. Os órgãos e entidades integrantes do Poder Público farão publicar
nos Diários Oficiais da União, do Distrito Federal, dos Estados e Municípios,
correspondentes ao seu âmbito de atuação, os editais para eliminação de
documentos, decorrentes da aplicação de suas Tabelas de Temporalidade,
observado o disposto no art. 9º da Lei 8.159, de 08 de janeiro de 1991.

Art. 2º. Os editais para eliminação de documentos deverão consignar um


prazo de 30 a 45 dias para possíveis manifestações ou, quando for o caso,
possibilitar às partes interessadas requererem, a suas expensas, o
desentranhamento de documentos ou cópias de peças de processos.

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Exemplo:
EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

Nos termos da legislação (do município, indicar o órgão) torna público a


quem possa interessar que a partir do trigésimo dia subseqüente a data de
publicação deste edital no (Diário Oficial do município...), se não houver
oposição, eliminará os documentos constantes na listagem de eliminação.
Os interessados, no prazo citado, poderão requerer as suas expensas
o desentranhamento de documentos, mediante petição, desde que tenha
respectiva qualificação e demonstração de legitimidade do pedido, dirigido
ao responsável do órgão (identificar o órgão).
Local e data
Assinatura e órgão do responsável

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Resolução n°. 7:
Art. 2º O registro dos documentos a serem eliminados deverá ser efetuado
por meio de Listagem de Eliminação de Documentos e de Termo de
Eliminação de Documentos (anexo)

Exemplo:
TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS
Os documentos estão sendo eliminados conforme determina a Tabela de
Temporalidade de Documentos em vigor, aprovada e publicada em ..... e o
Edital de Ciência de Eliminação de Documentos publicado no D.O. de .......

Local, data e assinatura do responsável pela eliminação

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TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

Aos ______ dias do mês de __________ do ano de _________, a


Câmara de Vereadores de XXXXXXXX, de acordo com o que prevê da Tabela de
Temporalidade de Documentos e consta da Listagem de Eliminação de
Documentos e respectivo Edital de Ciência de Eliminação de Documentos,
aprovados pelo plenário da Câmara, por intermédio do (indicar o documento de
aprovação), e publicada(o) no (indicar o periódico oficial), de (indicar a data de
publicação da tabela ou do edital), procedeu à eliminação de (indicar a
quantificação mensuração), de documentos relativos a (referência aos
conjuntos documentais eliminados), integrantes do acervo da Câmara de
Vereadores de XXXXXXXX, do período (indicar as datas-limite dos documentos
eliminados.

Comissão de Avaliação de Documentos

(nome da unidade orgânica responsável pela eliminação, nome, cargo e


assinatura do titular)

ATA OU TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS ( nº____ )

Unidade Produtora/Código: Série documental/Código:


Datas-limite: Metros lineares:

Aos ______ dias do mês de __________, de mil novecentos e noventa e _______, procedeu-se à
eliminação de documentos da Empresa ................., em conformidade com os prazos
definidos nas Tabelas de Temporalidade, aprovadas pela Diretoria desta Empresa. Acompanha
esta Ata a relação dos documentos eliminados. E, para constar, lavramos a presente Ata que vai
pelos responsáveis assinada.
______________________
______________________
______________________ ______________________
Assinaturas dos produtores do responsável Assinatura do Responsável Arquivo Central
documentos e/ou Presidente

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Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

d) descrição – possibilita a recuperação

DESCRIÇÃO - conjunto de procedimentos que, a partir de elementos


formais e de conteúdo, permitem a identificação de documentos e a
elaboração de instrumentos de pesquisa.

OBJETIVO permitir o acesso global às informações de domínio


público.

CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO
@ manter o controle dos acervos,
impedir que cresçam desordenadamente e ordená-los
para permitir o acesso.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

INSTRUMENTOS DE PESQUISA:

ISAD(G) - Norma geral internacional de descrição arquivística

NOBRADE – Norma brasileira de descrição arquivística

GUIAS - instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre o fundo e


coleções existentes em um ou mais arquivos. Ex: Guia do Arquivo Municipal de Santa
Maria

INVENTÁRIOS - descreve, sumaria ou analiticamente, as unidades de arquivamento de


um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica que
poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.

CATÁLOGOS - instrumentos de pesquisa organizado segundo critérios temáticos,


cronológicos, onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição individualizada de
documentos pertencentes a um ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.

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Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

e) preservação

Preservação ação do homem e do tempo

PLANEJAMENTO

Microfilmagem

Digitalização

Migração

Emulação

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Rotinas de preservação –

Localização, construção ou adequação de prédios para arquivo


Área externa – evitar áreas de risco(inundações, vendavais, próximo a
postos de combustível, gás, altos índices de poluição atmosférica,
depósitos de munição, entre outros).

Área interna – evitar subsolos e porões, prever estruturas resistentes a


carga, evitar tubulações, caixas d’água e quadros de energia elétrica, evitar
materiais inflamáveis, aumentar a resistência térmica das paredes,
ventilação do ambiente, portas corta fogo, temperatura entre 18°C e 20°C,

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Acondicionamento
Todo material utilizado deve manter-se quimicamente estável ao longo do
tempo, não podendo provocar quaisquer reações que afetem a
preservação do documentos.

Manuseio
Mãos limpas, uso da luva e de máscara.

Recursos humanos
É necessário formar e qualificar uma equipe específica para a realização
das atividades de gestão documental: conservador, arquivista, restaurador,
técnico em informática.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Prédios
devem ser planejados ou adaptados prevendo-se as atividades de
recolhimento, organização, guarda, preservação, segurança, bem como
atividades de pesquisa, ações educativas e culturais.
Para essas atividades devem ser planejadas:
 áreas reservadas ao depósito, prevendo expansão, vedado ao público;
 atividades técnicas e administrativas, parcialmente vedada ao público;
 área de pesquisa, aberta ao público.

Mobiliário
 Estantes de aço, climatizadores, máquina de higienização, mesas para
pesquisa, armários de aço, etc.
 Caixa arquivo (papelão/polionda), papel neutro, papel japonês, etc.

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Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

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Condições ambientais

 Umidade relativa do ar entre 50 e 55%, evitar a incidência direta dos raios


solares, iluminação artificial próxima ao documento, limpeza e controle de
insetos. Exceções:
 Fotografias PxB – T. 12°C UR. 35%
 Fotografias coloridas – T. 5°C UR. 35%
 Filmes e registros magnéticos – T. 18°C UR 40%
 Luz – ação clareadora de papéis e tintas
Três regras: * eliminar radiações ultravioletas * reduzir a iluminação ao
mínimo * reduzir o tempo de exposição
 Temperatura – quanto mais baixa melhor. De 18° a 22º.
 Controle de microorganismos
 Plano de segurança (riscos climáticos, vulnerabilidade do prédio, sistemas de
detecção e combate de incêndio, treinar e formar brigada de incêndio, entre outros.)

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5- Os arquivos e a tecnologia

DOCUMENTO DIGITAL
é a informação registrada, codificada em dígitos binários, acessível e
interpretável por meio de sistema computacional.
Documentos produzidos originalmente em meio digital.

Exemplo: e-mail, relatórios, planilhas, notas fiscais, etc.

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A produção de documentos arquivísticos digitais

criação de SIGADs
Sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos

É um conjunto de procedimentos e operações técnicas que visam o


controle do ciclo de vida dos documentos, desde a produção até a
destinação final, engloba controles de segurança da informação e
procedimentos administrativos, além de apresentar diversos aspectos que
propiciam o acesso de longo prazo, seguindo os princípios da gestão
arquivística de documentos e apoiado em sistema informatizado.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Um SIGAD inclui operações como:

 Captura de documentos
 Aplicação do Plano de Classificação de documentos
 Controle de versões
 Controle sobre os prazos de guarda e destinação
 Armazenamento seguro
 Procedimentos que garantam o acesso e a preservação a médio e
longo prazo.

e- ARQ Brasil – Modelo de requisitos para Sistemas


Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos

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Gestão Arquivística do Correio Eletrônico Corporativo


Resolução n°.36 - CONARQ

Como identificar um documento arquivístico:

Mensagem cujo conteúdo inicia, autoriza ou completa uma ação de


um órgão ou entidade.
Mensagem trocada entre pessoas da mesma equipe ou de outras
equipes, em trabalho conjunto, e cujo conteúdo se refere à
atividade do órgão ou entidade.
Mensagem recebida de fonte externa (pessoa física ou jurídica) que
compõe um documento arquivístico oficial.
Mensagem cujo conteúdo refere-se à pauta ou registro de reunião.
 Mensagem cujo conteúdo é nota, relatório final ou recomendação
para uma ação em desenvolvimento ou finalizada.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Bancos de dados ou bases de dados são coleções


organizadas de dados que se relacionam de forma a
criar algum sentido (Informação) e dar mais eficiência
durante uma pesquisa ou estudo.
• São de vital importância para empresas e se tornaram a
principal peça dos sistemas de informação.
• Normalmente existem por vários anos sem alterações
em sua estrutura.
• São operados pelos Sistemas Gerenciadores de Bancos
de Dados (SGBD).

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24/09/2018

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Hoje os documentos são “filhos” do digital, ou seja, já


foram elaborados digitalmente.

Repositório possibilitam acesso livre à informação, por


exemplo, permitem ao utilizador consultar, copiar,
fazer download, distribuir, imprimir, pesquisar ou fazer
referência a textos dos documentos.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Repositórios Digitais - (RDs) são bases de dados online


que reúnem de maneira organizada a produção científica de uma
instituição ou área temática.
Constituídos por documentos primários que são digitalizados ou
que já estão em ficheiros electrónicos, sob a forma material
(disquetes, CD-ROM, DVD…), na Internet, permitindo o acesso à
distância.
É possível também integrar vários suportes de registro de
informação diferentes (texto, som, imagem, etc).
Ex: www.lume.ufrgs.br
www.ibict.br/rd

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Um repositório digital confiável é aquele que tem como missão oferecer, à


sua comunidade-alvo, acesso confiável e de longo prazo aos recursos
digitais por ele gerenciados, agora e no futuro”

• RESOLUÇÃO Nº 43, DE 04 DE SETEMBRO DE 2015


Altera a redação da Resolução do CONARQ nº 39, de 29 de abril de 2014,
que estabelece diretrizes para a implementação de repositórios digitais
confiáveis para a transferência e recolhimento de documentos
arquivísticos digitais para instituições arquivísticas dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR.

• Um repositório arquivístico digital confiável deve ser capaz de atender


aos procedimentos arquivísticos em suas diferentes fases e aos
requisitos de um repositório digital confiável”.

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

Não é simples a formulação de políticas públicas arquivísticas, mas


elas são imprescindíveis para o acesso à informação.

Necessidade de pessoal deve ser orientada para o volume do acervo


e a clientela a ser atendida.
É importante a presença de um profissional capacitado para
coordenar e orientar os trabalhos técnicos - ARQUIVISTA
Convergência de esforços de diferentes profissionais:
administração e sistemas
arquivologia
direito
história
tecnologia da informação

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24/09/2018

Oficina: GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS MUNICIPAIS

• Endereços úteis:

www.arquivonacional.gov.br
www.conarq.arquivonacional.gov.br
Arquivo Nacional - Praça da República, 173 Rio de Janeiro

www. apers.rs.gov.br
Arquivo Público do Estado do RS - Rua Riachuelo, 1031 Porto
Alegre

www.porto alegre.rs.gov.br/smc
Arquivo Histórico de Porto Alegre Moisés Vellinho - Av. Bento
Gonçalves, 1129 Porto Alegre

Obrigada pela atenção

CLARA KURTZ
kurtz.clara@gmail.com

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