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FORTALEZA – CEARÁ
2014
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
3

Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice-Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretario da Educação
Maurício Holanda Maia
Secretario Adjunto da Educação
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Secretario Executiva da Educação
Antônia Dalila Saldanha de Freitas
Coordenadora da CODEA/Diversidade e Inclusão Educacional
Nohemy Rezende Ibanez
Orientadora da Célula de Educação Continuada, Inclusão e Acessibilidade
Antônia Alves dos Santos
Assessora Técnica da Educação Especial
Gêwada Weyne Linhares
Orientadora da Célula de Promoção da Formação e
do Atendimento em Educação Especial – CREAECE
Nara Lúcia dos Santos Oliveira
Assistentes Técnicas do CREAECE
Francisca Rodrigues Vieira, Jeanne Maria Mesquita Araújo,
Luiza de Marillac Diogo Ursulino e Valnisa Montenegro Alves Barroso
Orgnizadores
Hermerson Santiago Rocha, Wilson Vieira Pinto
Redação e Correção
Bruno Rodrigues da Silva, José Cavalcante Bezerra Neto e Juliana Gregório Fernandes
Designer Gráfico
Wilson Vieira Pinto e Aristides Daniel de Aguiar
Fotografia de Sinais
Pedro Henrique Santos Vieira, Francisco Elvys de Lacerda, Juliana Ferreira de Lemos,
Antônio Felipe Holanda Queiroz, Alexandre Alves Rocha e José Jonas de Sousa Américo

1ª EDIÇÃO
2014

Copyright © 2014 – Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio
eletrônico, por fotocópias e outros, sem a prévia autorização da Secretaria da Educação do Estado do Ceará.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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Aos Cursistas

com satisfação que colocamos em suas mãos este


É Módulo, instrumento de facilitação da aprendizagem
no Curso de Libras, que é promovido pelo Centro de Referência
em Educação e Atendimento Especializado do Ceará –
CREAECE.
A ideia central do Curso é favorecer a leitura e o
conhecimento compartilhado, o trabalho conjunto, a reflexão
solidária, a aprendizagem em parceria. Está organizado em
Módulos de estudo, compostos por atividades diferenciadas, que
procuram levar à reflexão sobre as experiências desenvolvidas
nas escolas e acrescentar elementos que possam aprimorá-las.
Para tanto, utiliza textos, filmes, programas em vídeo, buscando
ampliar o universo de conhecimento dos participantes.
Este Módulo tem a intenção de oportunizar a aprendizagem,
favorecer o seu desenvolvimento profissional e subsidiar a
construção do conhecimento e reflexão sobre os temas tratados,
objetivando melhores práticas no exercício de sua profissão.
Nara Lúcia dos Santos Oliveira
Orientadora do CREAECE

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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SUMÁRIO
UNIDADE VII ............................................................................................................................ 06
Introdução ................................................................................................................................. 07
Cultura Surda ........................................................................................................................... 07
Identidades Surdas ................................................................................................................... 08
Característica e Perfil Pessoal ................................................................................................. 12
Característica Humanas ........................................................................................................... 12
Tipos de Comunicação Usando Características ..................................................................... 12
Características Animais ............................................................................................................ 14
Características Cabelos ........................................................................................................... 14
Características Roupas ............................................................................................................ 14
Características Objetos ............................................................................................................ 15
Estabelecimento de Pontos no Espaço de Sinalização ........................................................... 16
Comparativo de Igualidade, Superioridade e Inferioridade ...................................................... 18
Expressões Faciais Afetiva ...................................................................................................... 20
Expressões Faciais Gramaticais no Nível Morfologico em Libras ............................................ 21
Expressões Faciais Gramaticais Nível Sintático em Libras ..................................................... 22
Expressões Interrogativas ........................................................................................................ 25
Tipos de Verbos na Língua Brasileira de Sinais ....................................................................... 26
Verbos com Incorporação de Negação .................................................................................... 28
O Uso Espaço Nas Língua de Sinais ....................................................................................... 30
Parâmetros em Libras .............................................................................................................. 31
O Sinal de seu Parâmetros ...................................................................................................... 31
Parâmetros ............................................................................................................................... 32
Configuração de Mão ............................................................................................................... 33
Que São Classificadores Na Língua Libras ............................................................................. 35
Expressões Facial e Corporal .................................................................................................. 35
Jornal, Revista Ouvinte, Surdos e Pequisa: Interpretação em Libras ...................................... 36
Tipos de Classificadores em Libras .......................................................................................... 37
Receitas .................................................................................................................................... 45
Rocambole de Batata e Mortadela ........................................................................................... 45
Cachorro Quente ...................................................................................................................... 45
Bolo de Chocolate .................................................................................................................... 46
Pudim de Claras ....................................................................................................................... 47
Frango ao Creme de Milho ....................................................................................................... 48
Torta de Legumes .................................................................................................................... 49
Bolo Rapinho ............................................................................................................................ 50
Bom-Bocado de Fuba ............................................................................................................... 51
Mousse de Limão ..................................................................................................................... 52
Bolo Salgado de Sardinha ........................................................................................................ 53
Gibizinhos Sem Palavras: Interpretação em Libras ................................................................. 54
Referências .............................................................................................................................. 60

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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MÓDULO 4

UNIDADE VII

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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INTRODUÇÃO

O Centro de Referência em Educação de Atendimento Especializado do Ceará


(CREAECE), instância mantida pela Secretaria da Educação do Estado, vem desenvolvendo uma
experiência prática no ensino da Língua Brasileira de Sinais, por meio da oferta de Cursos de
Formação Continuada, onde se realiza o ensino de Libras como segunda língua (L2) para
pessoas ouvintes.

Para o ensino de Libras como L2, registra-se aqui a importância da convivência do ouvinte
com a Comunidade Surda. Não é preciso ensinar um vocabulário vasto, mas fazê-lo entender as
peculiaridades da Língua, sua estrutura, seus usos, suas potencialidades e a gramática de
Libras. Neste Módulo 4, abordam-se algumas destas peculiaridades como: Sinais de pessoas
famosas, pois sabe-se que o sinal em Libras é a identificação da pessoa com suas características
próprias, diferenciando do seu nome que pode ser comum às demais pessoas. São incluídos,
também, tipos de verbos em Libras e como podem ser classificados, verbos simples, verbos com
concordância, verbos espaciais, verbos com incorporação de negação e, ainda, a cultura e
identidade surda, quais as particularidades desta cultura e dessa identidade.

São tratados neste Módulo, também, os conceitos de classificadores em Libras e como se


adaptam a essa língua, em diferentes formas durante os discursos. Além disso, agregam-se
informações sobre formas de interpretação e tradução da Libras.

A literatura surda é parte predominante neste aprendizado. Então, neste módulo, o


c u r s i s t a aprenderá a adaptar a interpretação para a Língua Portuguesa, de que será mais
fácil juntamente com os professores que são surdos.

CULTURA SURDA

Ao analisarmos a história da cultura surda, vê-se que foi marcada por muitos estereótipos,
seja por meio da imposição da cultura dominante, seja pelas representações sociais que tratam o
povo surdo como seres deficientes.

Há muitos autores que escrevem bonitos livros sobre os surdos, mas eles realmente os
conhecem? Sabem sobre a cultura surda? Eles sentiram na própria pele como é ser surdo? De
tal modo como lamentou o ex-presidente da Word Federation of the Deaf - WFD, o surdo
sociólogo Dr. Yerker Andersson: “[...] o conhecimento limitado sobre os surdos que os autores
ouvintes possuem quando escrevem a cerca da questão da surdez [...]”. (LANE, 1992, p. 13).

Para a comunidade ouvinte que está mais próxima do povo surdo, parentes, amigos,
intérpretes, professores de surdos, para os mesmos, reconhecer a existência da cultura
surda não é fácil, porque nos seus pensamentos habituais acolhem o conceito unitário de cultura
e, ao aceitarem a cultura surda, eles têm de mudar sua visão usual para reconhecerem a

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existência de várias culturas, de compreenderem os diferentes espaços culturais obtidos por


povos diferentes.

Não se trata somente de reconhecerem a diferença cultural do povo surdo, mas, além
disso, de perceber a cultura surda por meio do reconhecimento de suas diferentes identidades,
suas histórias, sua subjetividade, suas línguas, valorização de formas de viver e de se relacionar.

Observa-se atualmente que, na sociedade brasileira, está crescendo o número de ouvintes com
interesse em aprender a Língua de Sinais. Espera-se que a leitura deste Módulo os ilumine e
ajude na compreensão e na aceitação da cultura surda.

IDENTIDADES SURDAS

“Noto nesses surdos formas muito diversificadas de usar a comunicação visual. No entanto,
o uso de comunicação visual caracteriza o grupo levando para o centro do específico
surdo. Wriglesy (1996, p.25) tenta descrever o mundo surdo como “um país cuja história é
reescrita de geração a geração”... As culturas dos sinais bem como o ‘conhecimento’ social
da surdez, são necessariamente ressuscitadas e refeitas dentro de cada geração”. (Perlin,
1998, p.62)

A identidade surda recria, praticamente, a cultura visual, reclamando à história a alteridade


surda. O adulto surdo, nos encontros com outros surdos, ou melhor, nos movimentos surdos, é
levando a agir intensamente e, em contato com outros surdos, ele vai construir sua identidade
fortemente centrada no ser surdo, “a identidade política surda”. Trata-se de uma identidade que
se sobressai na militância pelo específico surdo. É a consciência surda do ser definitivamente
diferente e de necessitar de implicações e recursos completamente visuais.

De acordo com Perlin (1998), a identidade poder ser definida como:

 Identidades Flutuantes: na qual o surdo se espelha na representação hegemonia do


ouvinte, vivendo e se manifestando de acordo com o mundo ouvinte;

Essa identidade é interessante porque permite ver um surdo consciente ou não de ser
surdo. São muitos casos e muitas histórias de surdos profissionalizados que vivem as identidades
flutuantes, pois não conseguiram estar a serviço da comunidade ouvinte por falta de comunicação
e nem a serviço da comunidade surda por falta da Língua de Sinais.

 Características Culturais:

 não participam da Comunidade Surda e

 desconhecem ou rejeitam a presença do intérprete;

 orgulha-se de saber falar “corretamente”;

 usam aparelhos auriculares.

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 Identidade Inconformada: na qual o surdo não consegue captar a representação da


identidade ouvinte, hegemônica, e se sente numa identidade subalterna;

É o nome que se dá à identidade surda representada por surdos que negam sua própria
identidade, tentando socializar outros surdos sob a ideologia de que devem seguir a cultura dos
ouvintes, que é a cultura dominante.

 Características Culturais:

 seguem identidade ouvinte;

 surdos que não têm contato com a Comunidade Surda;

 surdos que assimila a cultura ouvinte, usando-a como preconceito contra a surdez;

 não participam das Associações dos Surdos;

 Identidades de Transição: na qual o contato dos surdos com a comunidade surda é


tardio, o que os faz passar da comunicação visual oral (na maioria das vezes truncada),
para a comunicação visual sinalizada – o surdo passa por um conflito cultural.

A maioria dos surdos passa por esse momento de transição, visto que sua família é
composta por pais ouvintes. No momento em que esses surdos conseguem contato com a
Comunidade Surda, começam a conviver com seus pares e logo se identificam através de relatos
de problemas e histórias familiares.

 Características Culturais:

 surdos que foram mantidos sob o cativeiro de experiência ouvinte e passam para a
comunidade surda;

 passagem da comunicação visual/oral para a comunicação visual/sinalizada;

 filhos de pais ouvintes

 Identidades Híbridas: reconhecida nos surdos que nasceram ouvintes e se ensurdeceram


e terão presentes as duas línguas numa dependência dos sinais e do pensamento da
língua oral;

Esses surdos conhecem a estrutura do Português falado e usam-no como Língua. Eles
captam do exterior as comunicações de forma visual, passam-nas para a Língua que adquiriam
primeiramente e, depois, para os sinais.

 Características culturais:

 surdos que nasceram ouvintes e, com o tempo, alguma doença, acidente etc., os deixou
surdos;

 depende da idade, conhece a estrutura do Português falado;

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 assumem um comportamento de pessoas surdas: política da identidade surda, usam


tecnologia para surdos;

 participam das Comunidades Surdas, Associações dos Surdos;

 aceitam-se surdos, exigem intérpretes, legendas.

 Identidades Surdas: na qual ser surdo é estar no mundo visual e desenvolver sua
experiência na Língua de Sinais.

Os surdos que assumem a identidade surda são representados por discursos que os vêem
capazes como sujeitos culturais, uma formação de identidade que só ocorre entre os espaços
culturais surdos.

 Características culturais:

 experiência visual;

 forma de expressão por meio dos sinais (capta a mensagem visual e não auditiva, o envio
das mensagens não usa o aparelho fonador, usa as mãos);

 necessidade de intérpretes de Língua de Sinais; requer uma educação diferenciada, usa


tecnologia diferenciada, legenda, campainha luminosa;

 organiza-se em Associações dos Surdos.

Minidicionário dos Intérpretes de Língua de Sinais

 Intérprete: pessoa que interpreta de uma língua (língua fonte) para outra (língua alvo) o
que foi dito.

 Língua Fonte: é a língua que o intérprete ouve ou vê para, a partir dela, fazer a tradução
e interpretação para a outra língua (a língua alvo).

 Língua Alvo: é a língua na qual será feita a tradução ou interpretação.

 Intérprete de Língua de Sinais: pessoa que interpreta de uma dada língua de sinais para
outra língua, ou desta outra língua para uma determinada Língua de Sinais.

 Linguagem: é utilizada num sentido mais abstrato do que língua, ou seja, refere-se ao
conhecimento interno dos falantes-ouvintes de uma língua. Também pode ser entendida
num sentido mais amplo, ou seja, incluindo qualquer tipo de manifestação de intenção
comunicativa, como por exemplo, a linguagem animal e todas as formas que o próprio ser
humano utiliza para comunicar e expressar ideias e sentimentos, além da expressão
linguística (expressões corporais, mímica, gestos etc.).

 Língua de Sinais: são línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As
Línguas de Sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais, sendo,

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portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As Línguas de Sinais são


visuais-espaciais, captando as experiências visuais das pessoas surdas.

 Língua Brasileira de Sinais: a Língua Brasileira de Sinais é a língua utilizada pelas


Comunidades Surdas brasileiras.

 LIBRAS: é uma das siglas para referir a Língua Brasileira de Sinais: LIBRAS. Esta sigla
é difundida pela Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (FENEIS).

 LSB: é outra sigla para referir-se à Língua Brasileira de Sinais: Língua de Sinais
Brasileira. Esta sigla segue os padrões internacionais de denominação das Línguas de
Sinais.

 Linguística: é a ciência da linguagem humana.

 Modalidades das Línguas: oral-auditiva, visual-espacial, gráfica-visual. As línguas


apresentam diferentes modalidades. Uma língua falada é oral-auditiva, ou seja, utiliza a
audição e a articulação, por meio do aparelho vocal para compreender e produzir os sons
que formam as palavras dessas línguas. Uma língua sinalizada é visual-espacial, ou seja,
utiliza a visão e o espaço para compreender e produzir os sinais que formam as palavras
nessas línguas. Tanto uma língua falada, como uma língua sinalizada, podem ter
representações numa modalidade gráfico-visual, ou seja, podem ter uma representação
escrita.

 Modalidades de Tradução-Interpretação: Língua Brasileira de Sinais para Português


ora, sinais para escrita, Português para Língua de Sinais ora, escrita para sinais. Uma
tradução sempre envolve uma língua escrita. Assim, poder-se-á ter uma tradução de uma
Língua de Sinais para a língua escrita de uma língua falada, da língua escrita de sinais
para a língua falada, da escrita da língua falada para a língua de sinais, da língua de
sinais para a escrita da língua falada, da escrita da língua de sinais para escrita da língua
falada e da escrita da língua falada para a escrita da língua de sinais. A interpretação
sempre envolve as línguas faladas/ sinalizadas, ou seja, nas modalidades orais-auditivas
e visuais-espaciais. Assim, poder-se-á ter a interpretação da Língua de Sinais para a
língua falada e vice-versa, da língua falada para a língua de sinais. Vale destacar que o
termo tradutor é usado de forma mais generalizada e inclui o termo interpretação.

 Ouvintes: o termo ‘ouvinte’ refere a todos aqueles que não compartilham as experiências
visuais enquanto surdos.

 Surdez: A surdez consubstancia experiência visuais do mundo. Do ponto de vista clínico


comumente se caracteriza a surdez pela diminuição da acuidade e percepção auditivas que
dificulta a aquisição da linguagem oral de forma natural.

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 Surdos: são as pessoas que se identificam enquanto surdo é o sujeito que apreende o
mundo por meio de experiências visuais e tem o direito e a possibilidade de apropriar-se
da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, de modo a propiciar seu pleno
desenvolvimento e garantir o trânsito em diferentes contextos sociais e culturais.

 Surdocego: uma definição funcional refere ao surdocego como aquele que tem uma perda
substancial da visão e da audição, de tal modo que a combinação das suas deficiências
cause extrema dificuldade na conquista de habilidades educacionais, vocacionais, de lazer
e sociais. A palavra chave nesta definição é COMUNICAÇÃO.

 Tradutor: pessoa que traduz de uma língua para outra. Tecnicamente, tradução refere-se
ao processo envolvendo pelo menos uma língua escrita. Assim, tradutor é aquele que
traduz um texto escrito de uma língua para a outra.

 Tradutor-Intérprete: pessoa que traduz e interpreta o que foi dito e/ou escrito.

 Tradutor-Intérprete de Língua de Sinais: pessoa que traduz e interpreta a Língua de


Sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer modalidades que se apresentar (oral
ou escrita).

 Tradução-Interpretação Simultânea: é o processo de tradução-interpretação de uma


língua para outra que acontece simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Isso significa
que o tradutor-intérprete precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte),
processá-la e passar para a outra língua (língua alvo) no tempo da enunciação.

 Tradução-Interpretação Consecutiva: é o processo de tradução-interpretação de uma


língua para outra que acontece de forma consecutiva, ou seja, o tradutor-intérprete
ouve/vê o enunciado em uma língua (língua fonte), processa a informação e,
posteriormente, faz a passagem para a outra língua (língua alvo).

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CARACTERÍSTICA E PERFIL PESSOAL

Cada pessoa tem um nome próprio, e na comunidade surda cada pessoa também tem um
sinal, veja alguns exemplos: Fátima Bernardes, Ana Maria Braga, Dilma, Faustão, Jô Soares e
Pele. As figuras representam pessoas conhecidas e seus sinais. O perfil é relacionado com
suas características, podendo ser de pessoas, animais, roupas, tipos de cabelos ou objetos.

CARACTERÍSTICAS HUMANAS

TIPOS DE COMUNICAÇÃO USANDO CARACTERÍSTICAS

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Criar um dialogo observando as características acima e seguindo o roteiro abaixo:

a) Tipos de texto? Nome do assunto?

b) Quem participar nos acontecimento?

c) O que acontece?

d) Onde e como acontece? Quando?

CARACTERÍSTICAS AMINAIS

CARACTERÍSTICAS CABELOS

CARACTERÍSTICAS ROUPAS

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CARACTERÍSTICAS OBJETOS

As figuras abaixo representam algumas características:

_________________ _________________ _________________

_________________ _________________ _________________

_________________ _________________ _________________

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_________________ _________________ _________________

_________________ _________________ _________________

_________________ _________________ _________________

_________________ _________________ _________________

ESTABELECIMENTO DE PONTOS NO ESPAÇO DE SINALIZAÇÃO

O tipo de associação mencionado acima ocorre tanto com referentes presentes como com
referentes não presentes no contexto do discurso.

No primeiro caso, os elementos envolvidos no discurso (a primeira e segunda pessoas)


são formados apontando-se com o dedo indicador a quem o sinalizador se refere: se for a si

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mesmo, ele apontará para o próprio peito; se for ao receptor, ele apontará diretamente ao
receptor (Bellugi & Klima, 1982).

FORMAS PRONOMINAIS USADAS COM REFERENTES PRESENTES

O exemplo de Lillo-Martin & Klima (1990, p.192) esclarece a referência à terceira pessoa
na situação de sinalização com referentes não presentes no discurso.

O sinalizante pode associar ‘John’ com um ponto à direita e ‘Mary’ à esquerda. ‘John’ e
‘Mary’ são introduzidos por meio de sinais que os identificam ou seus nomes são soletrados por
meio do alfabeto manual. As formas pronominais são, então, diretamente associadas a esses
localizado no espaço: para a direita refere-se a ‘John’ e para a esquerda refere-se a ‘Mary’,
conforme ilustrado a seguir:

FORMAS PRONOMINAIS USADAS COM REFERENTES AUSENTES

PRONOME DE 2ª PESSOA: VOCÊ/TU

PRONOME DE 3ª PESSOA: ELE(A)

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A apontação para C, A e B pode significar ‘você, você e você’. Similarmente, se o


sinalizante dirigir-se a C apontando para A e B, isso significará ‘ele(a) e ele(a)’ conforme
apresentado nas figuras a seguir:

PRONOME DE 2ª PESSOA PRONOME DE 3ª PESSOA


VOCÊ, VOCÊ, VOCÊ ELE(A), ELE(A)

Se o sinalizante dirigir-se a C e apontar para C e A, o significado será ‘você e ele(a)’. a


referência definida pode envolver um número indefinido de pessoas. Por outro lado, se o
sinalizante quiser referir-se a um grupo de pessoas (três ou mais) sem enfatizar nenhum deles,
ele pode usar uma configuração de mão que inclui todos a serem referidos em forma de arco. Se
o sinalizante apontar concomitantemente para si e para todos, tal sinal significará ‘nós’, conforme
ilustrado a seguir:

PRONOME DE 2ª PESSOA PRONOME DE 3ª PESSOA


VOCÊ, ELE(A) NÓS

COMPARATIVO DE IGUALDADE, SUPERIORIDADE E INFERIORIDADE

_________________ _________________

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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_________________

Em LIBRAS, também, pode ser comparada uma qualidade a partir de três situações:
superioridade, inferioridade e igualdade. Para se fazer os comparativos de superioridade e
inferioridade, usa-se os sinais MAIS ou MENOS antes do objetivo comparado, seguido da
conjunção comparativa DO-QUE, ou seja:

 Comparativo de Superioridade: X MAIS – DO-QUE Y;

 Comparativo de Inferioridade: X MENOS – DO-QUE Y.

 Comparativo de Igualdade: podem ser usados dois sinais: IGUAL (dedos indicadores e
médios das duas mãos roçando um no outro) e IGUAL (duas mãos em B, viradas para
frente encostadas lado a lado), geralmente no final da frase. Exemplos:

_________________ _________________

_________________ _________________

 VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@.

 VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@.

 VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL.

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Exemplos:

 Eu sou mais alta do que você. (superioridade)

 João menos magro do que Pedro. (inferioridade)

 Raquel é tão bonita quanto Paula. (igualdade)

EXPRESSÕES FACIAIS AFETIVAS EM LIBRAS

A comunicação humana pode ocorrer de diferentes formas. Nem sempre recorremos à


linguagem verbal (seja ela falada ou sinalizada) para nos expressarmos. Esse pode ser o caso
quando duas pessoas não falam a mesma língua. Elas vão ter que encontrar outra forma para se
comunicar, como apontar para objetos, fazer desenhos, usar gestos para tentar expressar suas
ideias. Até mesmo falantes de uma mesma língua, em determinadas situações, podem lançar
mão de outros recursos para se fazer entender. Quando um guarda de trânsito faz um
determinado movimento com os braços, as pessoas são capazes de compreender se devem
parar, se podem prosseguir, se devem retornar, entre outros comandos.

As expressões faciais também fazem parte da comunicação humana, por meio delas,
podemos revelar emoções, sentimentos, intenções para nosso interlocutor. Elas são utilizadas
em todas as línguas. No caso das Línguas de Sinais, as expressões faciais desempenham um
papel fundamental e devem ser estudadas detalhadamente.

As expressões afetivas, as primeiras são utilizadas para expressar sentimentos (alegria,


tristeza, raiva, angústia, entre outros) e podem ou não ocorrer simultaneamente com um ou mais
itens lexicais. Conforme dito anteriormente, não são exclusivas das Línguas de Sinais. Nas
línguas faladas, as pessoas também expressam suas emoções por meio de expressões faciais.

A seguir, exemplos de expressões faciais afetivas:

ALEGRIA TRISTEZA RAIVA

ANGÚSTIA CHORAR DESCONFIAR

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EXPRESSÕES FACIAIS GRAMATICAIS NO NÍVEL MORFOLÓGICO EM LIBRAS

As expressões faciais gramaticais fazem parte do conjunto de marcações não-manuais e


acompanham determinadas estruturas, tendo um escopo bem definido. No nível morfológico,
algumas marcações não-manuais estão relacionadas ao grau e apresentam escopo sobre o sinal
que está sendo produzido. Por exemplo, os adjetivos podem estar associados ao grau de
intensidade como ilustrado a seguir:

_________________ _________________ _________________

 Casinha, casa, casarão.

As expressões faciais podem ter função adjetiva, pois podem ser incorporadas ao
substantivo independente da produção de um adjetivo. Nesse caso, os substantivos incorporam
o grau de tamanho conforme apresentado nos exemplos a seguir:

_________________ _________________ _________________

 Estou embalando o bebê, Amo esse bebezinho!, Esse menino é um bebezão!.

Veja que a marcação de grau apresenta um padrão de expressões faciais que


apresenta uma variação gradual, conforme os exemplos apresentados no quadro a seguir:

_________________ _________________ _________________

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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_________________ _________________ _________________

 Grau de Intensidade:

 Normal;

 Intenso;

 Mais intenso do que o normal;

 Muito mais intenso.

 Grau de tamanho:

 Muito menor do que o normal;

 Menor do que o normal;

 Maior do que o normal;

 Muito maior do que o normal.

Vocês podem observar que esses tipos de marcações não manuais são graduais, ou seja,
eles não apresentam uma expressão fixa, mas são produzidos com diferentes gradações de
intensidade e tamanho. A esses tipos de marcações é muito comum haver modificações de outra

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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ordem na produção dos sinais, isto é, os sinais podem sofrer alguma modificação que é
associada à intensidade ou grau. Por exemplo, nos sinais apresentados como exemplos de
marcação de intensidade e de grau aparecem modificações na configuração de mão.
Vejamos em detalhes o exemplo da gradação de BONITO.

Quando o sinal é produzido para expressar algo com uma intensidade específica análoga
ao português à palavra BONITINHA, o sinal pode ser produzido com a configuração de mão
5 com os dedos mais aproximados. Veja o sinal:

_________________ _________________

_________________

EXPRESSÕES FACIAIS GRAMATICAIS NÍVEL SINTÁTICO EM LIBRAS

No nível da sintaxe, as marcações não-manuais são responsáveis por indicar


determinados tipos de construções, como sentenças negativas, interrogativas, afirmativas,
condicionais, relativas, construções com tópico e com foco. Esses tipos de estruturas serão
abordados com maiores detalhes na seção seguinte.

Segundo Arroteia (2005), existem duas formas de indicar a negação não-manual em


LIBRAS. Na primeira forma, pode ser realizado o movimento da cabeça para os lados indicando
a negação, mas este movimento não é obrigatório na Língua de Sinais e está ligado a questões
discursivas. Na segunda, expressões faciais de negação em que há modificação no contorno da
boca (abaixamento dos cantos da boca ou arredondamento dos lábios), sempre associada ao
abaixamento das sobrancelhas e ao leve abaixamento da cabeça. Diferentemente do movimento
de cabeça, as expressões faciais são obrigatórias para marcar a negação, estando relacionadas
a questões sintáticas. Mas a autora afirma que as expressões faciais negativas são mais
resumidas, elas não podem acompanhar a sentenças todas, nem podem se limitar ao marcador
de negação. Já o uso do movimento de cabeça mostra uma distribuição maior do que as

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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expressões faciais. É possível fazer só junto ao marcador “não”, junto ao sintagma verbal, junto a
toda sentença.

Os sinais manuais que acompanham as marcações não-manuais acima citadas são os


seguintes:

_________________ _________________ _________________

_________________ _________________

Exemplos:

a) Ninguém:

 Ter-não ninguém pessoas?

b) Nada:

 Hoje eu fazer nada, ficar em casa.

c) Nenhum:

 Minha casa ter nenhum gato, só cachorro.

d) Nunca:

 Eu nunca que viajar para EUROPA.

e) Nunca-vi:

 Eu nunca vi que comer peixe e açaí.

 Sentenças Negativas: são aquelas em que a sentença está sendo negada.


Normalmente, possuem um elemento negativo explicito, como NÂO, NADA, NUNCA. Na
Língua de Sinais, podem estar incorporadas aos sinais ou expressas apenas por meio da
marcação não manual.

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 Sentenças Interrogativas: são aquelas formuladas com a intenção de obter alguma


informação desconhecida. São perguntas que podem requerer informações relativas
aos argumentos por meio de expressões interrogativas: O QUE, COMO, ONDE, QUEM,
POR QUE, PARA QUE, QUANDO, QUANTO etc. Também há interrogativas formuladas
simplesmente para obter confirmação ou negação a respeito de alguma coisa, por
exemplo, VOCÊ QUER ÁGUA? Se espera ter resposta positiva ou negativa (SIM ou NÃO).

 Sentenças Afirmativas: são sentenças que expressam ideias ou ações afirmativas. Por
exemplo, EU VOU AO BANCO.

 Sentenças Condicionais: são sentenças que estabelecem uma condição para realizar
outra coisa, por exemplo, SE CHOVER, EU NÃO VOU À FESTA. A condição destas
sentenças é não chover, para que a pessoa vá a festa.

 Sentenças Relativas: são aquelas em que há uma inserção dentro da sentença para
explicar, para acrescentar informações, para encaixar outra questão relativa ao que
está sendo dito. Nessas sentenças, normalmente utiliza-se QUE na Língua Portuguesa.
Na Língua de Sinais, há uma quebra na expressão facial para anunciar a sentença
relativa que é produzida com a elevação das sobrancelhas. Por exemplo, A MENINA
QUE CAIU DA BICICLETA ESTÁ NO HOSPITAL.

 Construções com Tópico: é uma forma diferente de organizar o discurso. O tópico


retoma o assunto sobre o qual se desenvolverá o discurso. Por exemplo, FRUTAS, EU
GOSTO DE BANANA. Então, o tópico é FRUTAS, sobre o qual será definida aquela de
preferência do falante/sinalizante.

 Construções com Foco: são aquelas que introduzem no discurso uma informação
nova que pode estabelecer contraste, informar algo adicional ou enfatizar alguma coisa.
Por exemplo, se alguém diz que a MARIA COMPROU O CARRO e esta informação
está equivocada, o falante/sinalizante seguinte pode fazer uma retificação: NÃO,
PAULO COMPROU O CARRO. Paulo aqui será o foco.

EXPRESSÕES INTERROGATIVAS:

_________________ _________________ _________________

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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_________________ _________________ _________________

Estuda! (exclamativa) Nome? (interrogativa) Afirmativa


Professor Alexandre Professor Elvy Professor Marcone

Atividade em Dupla: observe as expressões faciais dos professores ao realizar os sinais e


crie frases que tenham expressões faciais com o mesmo sinal da figura ou com outros
sinais e apresente ao professor em sala de aula.

TIPOS DE VERBOS NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Segundo QUADROS e KARNOPP (2004), os verbos na Língua Brasileira de Sinais estão


divididos nas seguintes classes:

 Verbos simples: são verbos que não se flexionam em pessoa e número e não incorporam
afixos locativos. Alguns desses verbos apresentam flexão de aspecto. Todos os verbos
ancorados no corpo são verbos simples. Há também alguns que são feitos no espaço
neutro.

Exemplos dessa categoria são: CONHECER, AMAR, APRENDER, SABER, INVENTAR,


GOSTAR.

_________________ _________________ _________________

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


27

_________________ _________________ _________________

 Verbos com concordância: são verbos que se flexionam em pessoa, número e aspecto,
mas não incorporam afixos locativos. Exemplos dessa categoria são: DAR, ENVIAR,
RESPONDER, PERGUNTAR, DIZER, PROVOCAR, que são subdivididos em concordância
pura e reversa (backwards).

Os verbos com concordância apresentam a direcionalidade e a orientação. A direcionalidade


está associada às relações semânticas (source/goal). A orientação da mão voltada para o objeto
da sentença está associada à sintaxe marcando caso.

_________________ _________________ _________________

_________________ _________________ _________________

 Verbos espaciais (+localizado): são verbos que têm afixos locativos. Exemplos dessa
classe são: COLOCAR, IR, CHEGAR.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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_________________ _________________ _________________

Existem, ainda, os verbos manuais (verbos classificadores). Estes verbos usam


classificadores e incorporam a ação. Exemplos desses de verbos são: COLOCAR-BOLO-NO-
FORNO, SENTAR-NO-MURO.

_________________ _________________

VERBOS COM INCORPORAÇÃO DE NEGAÇÃO

Nas LIBRAS, alguns verbos possuem sinal próprio para expressar negação. Negação por
incorporação (incorporação na negação). Há também a possibilidade de incorporação da
negação em alguns verbos. Nestes casos, ao invés do sinalizante utiliza-se o item lexical de
negação, ele produz o sinal já com a negação incorporada ao verbo. Isso se dá com a adição de
um movimento.

Há também outro processo produtivo na Língua Brasileira de Sinais que é a incorporação


da negação. Há alguns sinais que podem incorporar a negação, conforme identificado por
Ferreira-Brito (1995). A autora menciona que “através de vários processos, o item a ser negado
sofre alteração em um dos parâmetros, especialmente o parâmetro movimento, acarretando,
assim, o aparecimento de um item de estrutura ‘fonético-fonológico’ diferente daquele que é a sua
base, ou seja, o aparecimento de sua contraparte negativa” (Ferreira-Brito, 1995, p. 77). A seguir,
alguns dos exemplos elencados pela autora: a) incorporação da negação nos sinais; b) negação
de forma marcada através da expressão facial incorporada ao sinal sem alteração de nenhum dos
parâmetros. Este caso é relacionado por Ferreira-Brito (1995) como negação supra-segmental.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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Foram apresentados até agora vários exemplos de formação de palavras por meio de
diferentes processos de derivação. A partir de agora, serão vistos alguns exemplos de processos
de flexão na Língua Brasileira de Sinais.

Vejamos alguns exemplos:

NÃO-SABER, NÃO-TER, NÃO-GOSTAR, NÃO-LEMBRAR, NÃO-PODER, NÃO-


QUERER, NÃO-RECEBER, NÃO-ENCONTRAR E NÃO-VER.

Segundo a autora Tanya A. Felipe (2007), a negação pode ser feita através de três
processos:

a) com acréscimo do sinal NÃO à frase: Exemplos:

 Carro velho comprar não.

 Eu beber não cerveja.

 Você fazer não atividade?

 El@ ler não livro.

 Alun@s estudar não prova.

 Casad@ eu não?

 Ontem eu ir não trabalhar.

b) Com a incorporação de um movimento contrário ou diferente ao do sinal negação.

Exemplos:

 Eu gostar-não comer peixe.

 Hoje ter-não passeio.

 Eu querer-não ir festa.

c) Com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que
está sendo negada ou juntamente com os processos acima:

Exemplos:

 Aqui poder-não brigar.

 Eu lembrar-não você.

 Eu conhecer-não seu pai.

 El@ estudar ainda-não.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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PRONOMES PESSOAIS COM OS VERBOS

Com relação aos pronomes pessoais e os verbos: QUERER, ACEITAR, TER RECEBER.

Exemplos:

a) TER ou TER-NÃO

Eu ter livro. Eu ter-não livro.

Você ter caneta. Você ter-não caneta. El@ ter carro. El@ ter-não carro.

b) QUERER ou QUERER-NÃO.

Você querer beber-água? Você querer-não beber-água?

Nós-2 querer andar. Nós-2 querer-não andar.

O USO DO ESPAÇO NAS LÍNGUA DE SINAIS

Na Língua Brasileira de Sinais, assim como verificado na ASL (siple, 1978), as relações
gramaticais são especificadas por meio da manipulação dos sinais no espaço. As sentenças
ocorrem dentro de um espaço definido na frente do corpo, consistindo de uma área limitada pelo
topo da cabeça e estendendo-se até os quadris. As sentenças finais na Língua Brasileira de
Sinais são indicadas por uma pausa. A figura 1 ilustra o espaço de realização dos sinais na
Língua de Sinais Brasileira, conforme Langevin & Ferreira Brito (1988).

FIGURA 1: Espaço de realização dos sinais na LIBRAS.

(Langevin & Ferreira Brito, 1988, p. 01)

A Língua Brasileira de Sinais, assim como qualquer língua de sinais, é organizada


espacialmente, de forma bastante complexa. O uso do espaço é uma característica fundamental
nas línguas visual-espaciais e está presente em todos os níveis de análise. No que se refere ao
nível fonológico, um mesmo sinal pode ser realizado em diferentes locais, dentre eles o espaço
neutro, que corresponde à área localizada na frente do sinalizante.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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Dependendo do ponto utilizado no espaço para a realização de um sinal, pode haver a


produção de sinais com diferentes referentes. Alguns exemplos:

 casa

Aquela casa ali; Aquela casa lá; Esta casa do lado direito; Esta casa adiante.

 carro

Aquele carro; O carro atrás; O carro à frente; O carro à esquerda; O carro à direita.

Faz-se necessário observar que a realização de um sinal em um determinado ponto no


espaço implica em mudanças de significados relacionadas com o referente, ou seja, está ligada a
questões semânticas. Quando se quer ser específico quanto ao referente, é possível realizar um
sinal em uma determinada localização.

Além disso, se o mesmo sinal for reproduzido em diferentes pontos do espaço, entra-se no
campo morfológico, pois pode haver a incorporação de movimentos que indicam marcação de
plural e flexão verbal.

No nível sintático, o uso do espaço é explorado para estabelecer as relações gramaticais


entre os referentes. No eixo temático de estudos linguístico, estas questões serão aprofundadas,
tendo em vista que o uso do espaço é um dos componentes linguísticos visual-espacial mais
importantes das Línguas de Sinais estudadas até então, além de ser universal.

PARÂMETROS EM LIBRAS

O SINAL E SEUS PARÂMETROS

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais-auditivas são


denominados sinais nas Línguas de Sinais.

O sinal é formado a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado


formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em
frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e às
vezes aos morfemas, são chamadas de parâmetros, portanto, nas Línguas de Sinais podem ser
encontrados os seguintes parâmetros:

 Configuração das Mãos:

 são formas das mãos, que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras
formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros), ou pelas duas
mãos do emissor ou sinalizador. Os sinais APRENDER, LARANJA e ADORAR têm
a mesma configuração de mão.

 Ponto de Articulação:

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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 é o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo esta tocar


alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo
até à cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Os sinais TRABALHAR,
BRINCAR, CONSERTAR são feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER,
APRENDER e PENSAR são feitos na testa.

 Movimento:

 os sinais podem ter um movimento ou não. Os sinais citados acima têm


movimento, com exceção de PENSAR que, como os sinais AJOELHAR, EM-PÉ,
não têm movimento.

 Orientação:

 os sinais podem ter uma direção e a inversão desta pode significar ideia de
oposição, contrário ou concordância número-pessoal, como os sinais QUERER e
QUERER-NÃO; IR e VIR.

 Expressão Facial e/ou Corporal:

 além dos quatro parâmetros mencionados acima, muitos sinais, em sua


configuração, têm também como traço diferenciador a expressão facial e/ou
corporal, como os sinais ALEGRE e TRISTE. Há sinais feitos somente com a
bochecha como LADRÃO, ATO-SEXUAL.

Na combinação destes quatro parâmetros, ou cinco, tem-se o sinal. Falar com as mãos é,
portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as frases em um
contexto.

Para conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as palavras, é preciso


aprender as regras de combinação destas palavras em frases.

PARÂMETROS

CONFIGURAÇÃO DE MÃOS

PONTO DE ARTICULAÇÃO

MOVIMENTO

ORIENTAÇÃO/DIRECIONALIDADE

EXPRESSÕES FACIAIS E CORPORAIS

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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CONFIGURAÇÃO DE MÃO

São formas das mãos que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas
feitas pela mão predominante (mão direita para os destros ou esquerda para os canhotos), ou
pelas duas mãos.

Exemplo:

Os sinais APRENDER, SABADO e DESODORANTE-SPRAY possuem a mesma


configuração de mão (com a letra S). A diferença é que cada uma é produzida em um
ponto diferente no corpo.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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PONTO DE ARTICULAÇÃO
é o lugar onde incide a mão
predominante configurada, ou seja, local
onde é feito o sinal, podendo tocar
alguma parte do corpo ou estar em um
espaço neutro.

MOVIMENTO
Os sinais podem ter um movimento ou
não. Por exemplo, os sinais PENSAR,
AJOELHAR, EM-PÉ E SENTAR não
têm movimento; já os sinais CORAÇÃO,
RIR, CHORAR E CONHECER possuem
movimento.

ORIENTAÇÃO/DIREÇÃO
Os sinais têm uma direção com relação
aos parâmetros acima. Assim, os verbos
IR/VIR, SUBIR/DESCER,
ACENDER/APAGAR E ABRIR E
FECHAR se opõem em relação à
direcionalidade

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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EXPRESSÃO FACIAL E/OU CORPORAL


As expressões faciais / corporais são de
fundamental importância para o
entendimento real do sinal, sendo que a
entonação em Língua de Sinais é feita
pela expressão facial.
EX: ZANGADO, ALEGRE, TRISTE,
ATO-SEXUAL e LADRÃO/ROUBAR.

CLASSIFICADORES NA LÍNGUA LIBRAS

A Língua Brasileira de Sinais é uma língua visual-espacial articulada por meio das
mãos, das expressões faciais e do corpo.

EXPRESSÕES FACIAL E CORPORAL

_________________ _________________ _________________

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_________________ _________________ _________________

_________________

JORNAL, REVISTA OUVINTES, SURDOS E PEQUISA: INTERPRETAÇÃO EM LIBRAS

A interpretação de textos em revistas ou jornais é feitos a partir de uma adaptação em


LIBRAS, não deve ser feito através do português sinalizado, mas sim sinalizando de
acordo com o contexto. Preocupando-se em transmitir a informação.

 Atividade em Grupo: intérprete de Língua de Sinais com Professor, trazer revista e jornal
alunos. Tarefa de casa, tema: Escolher texto alunos.

Vídeo em Voz e Libras: Jornal, Revista ouvintes, Surdos e Pesquisa: Interpretação


em Libras II (Continuação).

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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Observe o vídeo de voz e faça a tradução simultânea (Escrita) de acordo com o contexto e
respeitando as regras gramaticais do Português.

 Atividade em Grupo: intérprete de Língua de Sinais com Professor, alunos.

TIPOS DE CLASSIFICADORES EM LIBRAS I

 Classificador Descritivo: As descrições visuais podem ser captadas de acordo com


as imagens dos objetos animados ou inanimados. Observam-se aspectos tais como: som,
tamanho, textura, paladar, tato, cheiro, “olhar”, sentimentos ou formas visuais, bem como
a localização e a ação incorporada ao classificador. Essa classificação pode ter até três
dimensões:

 Dimensional: dar dimensões determinadas e adequadas de acordo com o que está


sendo visualizado;

 Bidimensional: dar o dobro das dimensões determinadas adequando-as que está


sendo visualizado;

 Tridimensional: dar as três dimensões do que está sendo visualizado dando a sensação
de penetração do relevo visual.

Na descrição visual para referir a forma, tamanho, textura, paladar, cheiro, sentimentos,
“olhar”, ou desenhos de forma assimétrica ou simétrica é utilizado, dependendo da situação, uma
mão ou duas.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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A FORMA, A TEXTURA E O
A FORMA E O PALADAR DO ABACAXI
TAMANHO DA MOCHILA

A FORMA, A FORÇA DO SENTIMENTOS DE UMA PESSOA SURDA AO


JACARÉ PRESTAR VESTIBULAR EM LIBRAS

OLHAR DE UM HOMEM AFLITO

Há também o classificador descritivo locativo que envolve uma ação que determina o
objeto em relação ao outro objeto, seja animado ou inanimado. São usados com uma ou duas
configurações de mãos.

SURFANDO CARRO BATENDO NO POSTE

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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MOTO VOANDO NA PISTA ÁRVORE SENDO CORTADA

Outro classificador descritivo envolve uma ação ou posição de várias partes do corpo
humano, objetos animados e inanimados.

BOCA DE JACARÉ LÁGRIMAS SAINDO DOS


OLHOS

LÍNGUA SABOREANDO
MENTIR FAZ NARIZ COMIDA GOSTOSA
CRESCER

 Classificador Especificador: é para você descrever a função da descrição visual.


Sua função é descrever visualmente a forma, o tamanho, a textura, o paladar, o cheio, os
sentimentos, o “olhar”, os “sons” do material, do corpo da pessoa e dos animais.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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SOM DO RELÓGIO DO FORMA HUMANA


DESPERTADOR

Há também os classificadores que especificam gasosos.

ESQUADRILHA DA FUMOÇA INCÊNDIO

FUMAÇA DO FOGÃO A
FUMAÇA DO CHURRASCO
LENHA

Outro especificador é a descrição dos símbolos e nomes das logomarcas.

MCDONALDS VOLKSWAGEN PARIS

Também há o classificador especificador que descreve os números relacionados ao


objeto animado e inanimado.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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NÚMERO DA CAMISA DE NÚMERO DA RESIDÊNCIA NÚMERO DE TELEFONE


FUTRBOL

 Classificador de Plural: a configuração de mão substitui o objeto em si sendo repetidas


várias vezes.

Exemplos com a incorporação do objeto repetido várias vezes: um conjunto de potes


lado a lado, quadros espalhados na parede.

INDICANDO VÁRIOS ESTANTE NA EM MOVIMENTO PARA CIMA INDICANDO


POSIÇÃO VERTICAL VÁRIOS LIVROS EMPILHADOS

INDICANDO VÁRIOS CARROS


ESTACIONAMENTO AO LADO DO CARROS NO PÁTIO DA FÁBRICA
OUTRO

MUITAS ÁRVORES (FLORESTA) MUITA GENTE (MULTIDÃO)

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QUADROS ESPALHADOS PAREDE


UM CONJUNTO DE POTES LADO (DESORGANIZADOS)

QUADROS ESPALHADOS NA CADEIRAS ENFILEIRDAS EM AUDITÓRIO


PAREDE (ORGANIZADOS)

 Classificador Instrumental: é a incorporação do instrumento descrevendo a ação gerada


por ele.

USAR AFURADEIRA USAR O REVÓLVER

PINTAR PAREDE COM ROLO PINTAR COM O LÁPIS NO PAPEL

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS


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ESCREVER NO PAPEL ESCREVER NA AREIA

ESCREVER NO TECLADO ESCOVAR CABELO

ESCOVAR DENTES

 Classificador de Corpo: é o classificador que descreve como uma ação acontece na


realidade por meio da expressão corporal de seres animados.

REAÇÃO FACIAL DO GATO O ANDAR DO CACHORRO

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O ANDAR DO ELEFANTE O CABELÃO

O CABELO GRANDE COM FAIXA O CABELÃO

 Atividade em Dupla: seus criou alunos classificadores.

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RECEITAS

a) ROCAMBOLE DE BATATA E MORTADELA

Ingredientes

500 g de batata cozida e amassada

½ xícara (chá) de leite

1 colher (sopa) de manteiga

4 colheres (sopa) de farinha de trigo

2 colheres (sopa) de amido de milho

1 colher (sopa) de salsa picada

Sal a gosto

b) CACHORRO QUENTE

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Ingredientes

1 kg de salsicha

400 g de molho de tomates

4 tomates sem sementes picados

1 cebola grande ralada

1 pimentão picadinho

3 dentes de alho amassado

2 lata de milho verde

3 colheres de óleo

Sal e cheiro verde a gosto

c) BOLO DE CHOCOLATE

Ingredientes

Massa:

4 ovos

4 colheres de sopa de chocolate em pó

2 colheres de sopa de manteiga

3 xícaras de farinha de trigo

2 xícaras de açúcar

2 colheres de chá de fermento

1 xícara de leite

Calda:

2 colheres de sopa de manteiga

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7 colheres de sopa de chocolate em pó

2 latas de creme de leite com soro

2 colheres de sopa de açúcar

d) PUDIM DE CLARAS

Ingredientes

Calda

4 colher(es) (sopa) de açúcar

6 unidade(s) de clara de ovo

9 colher(es) (sopa) de açúcar

1 colher(es) (chá) de raspas de limão

Creme

500 ml de leite

2 colher(es) (sopa) de açúcar

3 unidade(s) de gema de ovo

2 colher(es) (sopa) de amido de milho

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e) FRANGO AO CREME DE MILHO

Ingredientes

Para o frango:

1 peito de frango cozido e desfiado

Azeite quanto baste

1/2 cebola picada

2 dentes de alho amassados

Sal e pimenta-do-reino a gosto

1/2 pote de requeijão

Para o creme:

1 lata de milho verde escorrida

1 lata de leite

1 colher de sopa de amido de milho

1 tablete de caldo de galinha

2 dentes de alho amassados

1/2 cebola picada

Azeite quanto baste

Queijo ralado para polvilhar

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f) TORTA DE LEGUMES

Ingredientes

Para o recheio:

2 chuchus picados

4 cenouras médias picadas

1 tomate

1 pimentão

1 cebola

Salsinha a gosto

Orégano a gosto

3 caldos knorr de legumes

1 colher de margarina

Para a massa:

1 xícara de farinha de trigo

1 xícara de leite

1 ovo

1/4 de xícara (chá) de óleo

1 colher de (chá) de sal

1 colher de fermento em pó

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g) BOLO RAPIDINHO

Ingredientes

2 ovos

1 xícara e 1/2 de açúcar refinado

1 xícara e 1/2 de farinha de trigo

1/2 xícara de amido de milho

1 colher (sopa) de pó royal

2 colheres (sopa) de margarina

1 copo de leite

1 pitada de sal

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h) BOM-BOCADO DE FUBÁ

Ingredientes

2 ovos

1 1/2 xícara de açúcar

2 xícaras de leite

1/2 xícara de fubá

1 colher (sopa) de manteiga ou margarina

1 colher (sopa) de fermento em pó

1/2 xícara de coco ralado seco

1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado

1 colher (sopa) de farinha de trigo

Manteiga para untar

Farinha de trigo para polvilhar

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i) MOUSSE DE LIMÃO

Ingredientes

1 lata de leite condensado

1 lata de creme de leite

½ copo de suco de limão (sem água)

Modo de Preparo

Bata no liquidificador o leite condensado e o creme de leite.

Acrescente o suco do limão aos poucos.

Decore com raspas de limão.

Leve a geladeira até que fique consistente.

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j) BOLO SALGADO DE SARDINHA

Ingredientes

1 xícara de farinha de trigo

1 xícara de maizena

2 xícaras de leite

1 xícara de óleo

3 ovos

1 colher de sopa de fermento pó royal

1 colherzinha de sal

Recheio:

1 lata de sardinha

1 lata de ervilha

Molho de tomate

Cebola branca, pimentão, tomate e azeitonas picadinhas

 Atividade em grupo: seus criou alunos receitas.

Receitas: Frutas, saladas, alimentação, sobremesa, verduras, legumes e bebidas:


Interpretação em LIBRAS II (Continuação).

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Para sinalizar uma receita em LIBRAS é necessária fazer uma adaptação utilizando os
classificadores quando for preciso, sinalizar de acordo com o contexto e tiver bastante clareza ao
transmitir as informações.

Descascar as batatas e a cenoura. Cortar as vagens. Cozinhas esses legumes com água e
sal. Cortar o espinafre e deixa ferver ligeiramente. Numa tigela as claras e as gemas por 2
minutos. Acrescentar os tomates amassados e o resto dos ingredientes, misturando levemente.
Colocar tudo em forma de buraco, untada e polvilhada com farinha de rosca. Assar em forno
quente. Servir quente ou frio.

 Atividade em grupo: Observação: Receitas do professor ou fazer sua própria receita.

GIBIZINHOS SEM PALAVRAS: Interpretação em Libras

Observe as imagens do gibi e perceba a situação, incorpore e crie uma estória. Depois
compare a estória que foi criada com a do gibi original.

 Atividade em grupo (sem palavras).

 Gibizinhos com palavras: Interpretação em Libras II (Continuação).

 GIBI como adaptar em LIBRAS

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REFERÊNCIAS

PERLIN, Gládis T. T. Identidades Surdas. In Skliar Carlos (org.) A Surdez: um olhar sobre as
diferenças. Porto Alegre: Editora Mediação, 1998.

QUADROS, R. M. de & KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos.


ArtMed. Porto Alegre. 2004.

SKLIAR, Carlos. Os Estudos Surdos em Educação: Problematizando a Normalidade. In


_________ (org.). A Surdez: um Olhar Sobre as Diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998, pp.
7-32.

STOKOE, W. Sign language structure. (Edição revisada.) Silver Spring: Listok Press, 1978.

STROBEL, K. L. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora UFSC,


2008 a.

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