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TURMA 73

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG


HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO – HUAC
OBSTETRICIA – DRA. MELANIA AMORIM
HIPERTENSÃO E GRAVIDEZ

IMPORTÂNCIA  Riscos maternos: eclâmpsia, DPPNI, hemorragia,


edema agudo de pulmão, síndrome HELLP, CIVD,
 10% de todas as gestações. riscos futuros principalmente para doença
 Morbidade e mortalidade materna e perinatal. cardiovascular futura e que irá persistir por toda a vida.
 2a. causa de morte materna por causas diretas no  Presente em aproximadamente 30% dos partos
mundo (99% em países de baixa renda). prematuros.
o Mais de 4 milhões de casos de PE/eclâmpsia  Riscos perinatais: restrição do crescimento fetal,
anualmente. prematuridade, sofrimento fetal, óbito fetal, SDRN,
o 70-80.000 mortes maternas e 500.000 mortes hemorragia ventricular, morte neonatal.
perinatais/ano (HUTCHEON et al., 2011). o PE é uma das causas de prematuridade. Muitas
 1a. causa de morte materna no Brasil (20%). vezes, é necessário induzir a prematuridade para
salvar a vida da mãe. Desta forma, está
EPIDEMIOLOGIA DA DESIGUALDADE associada a todas as sequelas de um parto
prematuro – desconforto respiratório, hemorragia
 Nos países de baixa renda: ventricular, etc.
o Incidência de pré-eclâmpsia 7 x maior.
o Progressão para eclâmpsia 3 x maior.
o Risco de morte por eclâmpsia 14 x maior.
o Risco de morte por PE/Eclâmpsia 300x maior
(OMS, 2005).
 Hemorragia é a primeira causa de morte materna no
mundo, a segunda é hipertensão.

CLASSIFICAÇÃO (ACOG)

 Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Crônica –


mulheres que já são hipertensas.
 Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia
 Pré-eclâmpsia superposta – já tem HAS crônica e por
cima faz PE.
 Hipertensão Gestacional
o Hipertensão Transitória
o HAS crônica
 Mortalidade Materna no Brasil:
o Causas: Hipertensão > Hemorragia > Infecção
puerperal > Aborto > DCV complicando gravidez,
parto e puerpério.
o Em todas as faixas etárias a principal causa de
morte materna é a Hipertensão relacionada à
gravidez. Em segundo lugar está a Hemorragia,
exceto nas menores de 19 anos.
o Mortalidade materna vem caindo.

A Classificação do ISSHP (2018), demonstrada no quadro


acima não é bem vista pela professora por não reconhecer a
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hipertensão do jaleco branco e a mascarada dentro da PE,  Proteinúria é considerada, mas não é obrigatória para o
dado que, estas mulheres apresentam alto risco de diagnóstico (presente em 75% dos casos). A
desenvolver pré-eclampsia. proteinúria só acontece quando ocorre lesão renal (ex.:
endoteliose capilar glomerular). A lesão renal em
HIPERTENSÃO algumas mulheres é um achado mais tardio e pode ser
que, paradoxalmente, elas não tenham proteinúria,
 PAS > 140 mmHg e/ou PAD > 90 mmHg mas tenham manifestações em outros órgãos.
 Critérios do ACOG e AHA para aferição da PA na  Edema – retirado da classificação desde 2000.
o
gravidez – incluindo 5 . Ruído de Korotkoff.  Proteinúria – 300mg ou mais de proteína na urina de
 Pressão aferida com a paciente sentada e, pelo menos, 24 horas ou relação proteína/creatinina na urina > ou
5 min de repouso; braço direito ao nível do coração, igual a 0,3 (dado interessante, pois depreende tempo e
esfigmo. com tamanho adequado a circunferência do disponibilidade da paciente).
braço da paciente. Manguito colocado dois dedos acima  Desencorajado o uso de proteinúria de fita (Labstix e
da prega cubital. similares) a menos que outros testes não estejam
 Preferível esfigmomanômetro de mercúrio (maioria dos prontamente disponíveis* (se usado, considerar 1+
sistemas automáticos não foram validados) ou display de como ponto de corte, 2+ torna o diagnóstico mais
cristal líquido (ISSHP, 2018). Esfigmomanometro de provável) ISSHP (2018): avaliação razoável 2+.
mercúrio não é mais encontrado facilmente. Cristal Obs.: mede-se em +; max. = 4+
líquido tem custo elevado.  **Utiliza a relação Proteína/Creatinina → Colhe-se
 Dispositivos aneróides amplamente usados, porém urina e no máximo em 2h obtemos o resultado.
podem ser inacurados e requerem calibração regular.  Não há relação entre quantidade de proteína na urina e
Estes são os mais utilizados na prática. os desfechos gestacionais na pré-eclampsia.
 A maioria dos dispositivos automáticos não foi validada  Ex.: se +4, não é um resultado pior que +3 ou proteína
para pré-eclâmpsia (dispositivo semiautomático Microlife de 2g não seria pior que proteína de 1g.
validado para PE e gravidez) → não dispomos no país.  Não faz mais parte dos critérios de gravidade, dessa
 Pelo menos 2 aferições – Valoriza-se a PA que persiste forma, se a proteinúria vem positiva uma vez, não há
elevada após repouso noturno. necessidade de ficar repetindo. Se vier negativo, repete
 Se hipertensão grave – PAS > 160 e/ou PAD > o exame até positivar. Algumas mulheres nunca
110mmHg, medir novamente após 15 minutos. Se ainda positivam por ser um achado tardio.
elevada ou se a paciente chegar com pico pressórico  Na ausência de proteinúria, pode ser diagnosticada
importante (180x120) → não há necessidade de nova quando ocorre hipertensão associada com (achados de
aferição, usar obrigatoriamente terapia intensiva. gravidade):
 Para níveis de PA menos graves, leituras repetidas o Plaquetopenia (<100.000/mm3).
devem ser realizadas dentro de poucas horas (ISSHP, o Elevação das enzimas hepáticas (2x o valor
2018). normal).
o Surgimento de insuficiência renal (creatinina
HAS CRÔNICA >1,1mg% ou duplicação dos níveis na ausência
de outra doença renal).
o Edema pulmonar.
 Hipertensão arterial presente e observada antes da o Surgimento de distúrbios visuais e/ou cerebrais.
gravidez ou diagnosticada antes de 20 semanas. Em  Criatinina de gestante é baixa (ex.: 0,4-0,6). Mulheres
resumo, paciente hipertensa que engravida. hipertensas, sem proteinúria → rastrear com
Geralmente não sabe que é hipertensa, pois, não afere hemograma, ureia, creatinina, transaminases. Sempre
a PA em periodicidade necessária. Outro exemplo, realizar a monitorização clínica, pois, se paciente iniciar
paciente que na sua 8ª semana é diagnosticada com a referir sintomas visuais (ex.: cefaleia persistente,
PA elevada – importância do início do pré-natal turvação visual, escotomas cintilantes) ou EAP é um
precoce. sinal de que a mesma já pode estar fazendo quadro de
 Raro diagnóstico de PE antes das 20sem. “iminência de PE”. Paciente tem PE com critérios de
 Geralmente hipertensão primária. gravidade e precisa receber sulfato de magnésio com
 Importante associação com sobrepeso/obesidade. urgência. A qualquer momento pode convulsionar.
 Hipertensão diagnosticada pela primeira vez depois de  Cuidados com a nomenclatura:
20 semanas de gravidez, mas que persiste 12  Evitar o termo em português “Doença Hipertensiva
semanas depois do parto (diagnóstico retrospectivo). Específica da Gravidez (DHEG)”, abolido DESDE A
 Riscos: RCF, hipertensão grave. Ademais, fazer PE CLASSIFICAÇÃO DE 1990.
superposta.  Também não se usa mais “pregnancy-induced
 Se a paciente já possui HAS e engravida → substituir hypertension”, em inglês.
medicação de uso regular por alfa-metildopa.
 Diagnóstico retrospectivo → Importante que pacientes PRÉ-ECLÂMPSIA SUPERPOSTA
retornem com 7 dias, 6 sem. e 12 sem. Com isso,
reclassificaremos o distúrbio como HAS crônica se
 Hipertensão crônica associada com pré-eclâmpsia:
persistir por 12 semanas após o parto.
o Surgimento de proteinúria na ausência de
proteinuria preexistente.
PRÉ-ECLÂMPSIA
o Surgimento de manifestações da pré-eclâmpsia
(disfunções de órgãos-alvo consistente com PE,
 Hipertensão diagnosticada geralmente depois de 20 p. ex. trombocitopenia, elevação de doenças
semanas de gravidez (exceto quando associada a mola hepáticas).
ou hidropisia fetal). o Por isso que no pré-natal das hipertensas sempre
 Neste casos excepcionais → pode ocorrer HAS antes solocitamos os seguintes exames: função renal,
das 20 sem. hemograma, transaminases, bilirrubinas. Para ver
 Hipertensão, proteinúria e edema eram os critérios se tem disfunção dos órgãos-alvo.
obrigatórios para o diagnóstico. o Aumento súbito e inesperado da PA ou acréscimo
da proteinúria nas mulheres com doença renal
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proteinúrica per se não são suficientes para  Potencial diagnóstico pós-parto – passa a gravidez
diagnóstico de PE superposta (ISSHP, 2018): inteira sem PE e no pós-parto ter o diagnóstico.
mas devem ser considerados!
PRÉ-ECLÂMPSIA = DOENÇA INFLAMATÓRIA
HIPERTENSÃO GESTACIONAL MULTISSISTÊMICA – repercussão em vários órgãos e
sistemas.
 Elevação da pressão depois da primeira metade da
gravidez (20 sem) sem associação com proteinúria ou PRÉ-ECLÂMPSIA = MARCADOR DE RISCO POR TODA A
qualquer dos achados já mencionados. VIDA – importância da MEV.
 Diagnóstico não-específico – pode incluir mulheres
com ou sem pré-eclâmpsia ou hipertensas crônicas  Evidencias sólidas de persistência do RCV elevado e
mascaradas, diagnóstico definitivo ao final da gavidez. de morbidade para toda a vida. Metanalises e estudos
 Diagnóstico retrospectivo no pós-parto (12 sem) observacionais demonstram que mulheres que tiveram
o Hipertensão Transitória – não ocorreu PE e PA pré eclampsia obtiveram maior risco de DAC, IC e
voltou ao normal morte CV.
o HAS Crônica – PA persiste elevada  25 a 40% hipertensas com um ano.
 Ver pelo menos 1x/ano clínicos gerais ou MFC, dado
que, os fatores de risco são para a vida toda.

REPERCUSSÕES EM LONGO PRAZO

 Doença cardiovascular – hipertensão, doença


cardíaca isquêmica, TEV, cardiopatia
 Miocardiopatia periparto
 Síndrome metabólica
 Diabetes
 Nefropatia
 Hipotireoidismo subclinico

PRÉ-ECLÂMPSIA com achados de gravidade

 Embora não se fale mais em EP leve, distinguem-se as


formas em: com ou sem critérios de gravidade.
 Qualquer um dos seguintes sinais ou sintomas:
o PAS >= 160 mmHg e/ou PAD >= 110 mmHg em
pelo menos 2 ocasiões com pelo menos 4 horas
de intervalo com paciente em repouso (exceto
se terapia anti-hipertensiva iniciada antes desse
tempo devido a uma pressão alta).
o Plaquetopenia (< 100.000/mm3)
o Alteração da função hepática: elevação de
transaminases (2x o valor normal) e/ou dor
persistente em hipocôndrio direito e/ou
epigastralgia que não responde à medicação e
que não se pode explicar por outro diagnóstico
alternativo
o Insuficiência renal progressiva (creatinina
>1,1mg% ou duplicação dos níveis na ausência
PE atípica – PE sem proteinúria que vai ser diagnosticada de outra doença renal)
mais cedo ou mais tarde. Quanto mais precocemente ocorre o Edema pulmonar
a hipertensão na gravidez, maior a chance de progressão o Surgimento de distúrbios visuais e/ou cerebrais
para PE.
IMINÊNCIA DE ECLÂMPSIA
PRÉ-ECLÂMPSIA E ECLÂMPSIA

 A mulher pode convulsionar sem passar por essa fase.


 Forma clínica de maior morbidade, sobretudo nas Nem toda eclampsia tem iminência.
formas graves, superposta e eclampsia.
 Manifestações visuais e/ou cerebrais persistentes:
 Um dos principais problemas na hipertensão crônica é
amaurose, turvação visual, escotomas, diplopia,
exatamente o risco aumentado de pré-eclâmpsia (fazer cefaleia persistente “em trovoada”, torpor, obnubilação
PE superposta); 25% das hipertensas crônicas irão – muito comum.
desenvolver PE (ISSHP, 2018). O risco é maior nas
 Dor em hipocôndrio direito distensão da capsula
mulheres com doença renal subjacente.
hepática e/ou epigastralgia – mulheres antigamente
 Natureza multissistêmica. chegam em EC com queixa de epigastralgia, são
 Inflamação e estresse oxidativo, disfunção endotelial e medicadas com antiácidos e vão para a casa.
angiogênese (desequilíbro sFlt-PIGF). Retornam ao serviço convulsionando.
 PIGF – Fator de crescimento placentário.  Oligúria/cilindrúria
 Processo dinâmico – natureza progressiva –  Exaltação dos reflexos tendinosos – mulheres jovens
desencorajado o diagnóstico de “pré-eclâmpsia leve” podem apresentar com certa frequência, ou seja, não
que se aplica unicamente ao momento em que é específico.
diagnosticado o distúrbio.
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 A gestante, portanto, será hipovolêmica,


hemoconcentrada. A presença de substancias
vasoconstrictoras na periferia leva a piora da ativação
endotelial.
 A par disso, ativação do sistema imune e estresse
oxidativo, desequilíbrio dos fatores angiogênicos
culminando com lesões nos OA.
 = Síndrome materna.

PREDIÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA

 Até as últimas recomendações dos consensos,


devemos utilizar métodos clínicos para identificar
 Síndrome HELLP – a classificação antiga incluía o mulheres de alto risco para desenvolver PE. (ACOG,
DHL. 2013).
 Circunstancia de extrema gravidade. Mortalidade  Mais recentemente, em 2013, publicação da FMF –
materna bastante elevada. algoritmo de predição.
 DHL saiu da classificação. Exame muito inespecífico.  Algoritmo para predição
Sua avaliação isolada não define conduta. Em casos  o Entre 11-13 sem6dias de gravidez:
duvidosos pode ser usada. Espera-se elevado.  História materna
 Índice de pulsatilidade das aa. uterinas
ECLÂMPSIA
 Pressão arterial média
 PAPP-A – Proteína plasmática A associada a gravidez.
 Ocorrência de uma ou mais crises convulsivas tônico-  PLGF – Fator de crescimento placentário.
clônicas, generalizadas, em pacientes com diagnóstico  Conseguia predizer 96% dos casos de PE requerendo
de pré-eclâmpsia, na ausência de outras condições parto antes de 34 semanas.
neurológicas – tratar gestante convulsionando como  Em Julho/2017 foi validado só no RU. Sem validação
eclampsia até que se prove o contrario (na ausência de externa, só utilizado no RU.
história familiar ou pessoal positiva).
 Apoia-se o rastreamento se ele puder ser integrado
 Conclusão: na duvida sempre tratar como PE. com o sistema local de saúde. Dificuldade de aplicação
 A crise é autolimitada, fazer sulfato de magnésio para por ausência de organização e exames (ex.: dosagens
evitar uma próxima crise. Deixar de fazer sulfato de do PLGF) que provem as mínimas condições para a
magnésio pode levar a óbito. investigação, que seria entre 11 e 13 semanas e 3
 Origem e consequência da PE – tudo envolve ma dias.
insuficiência da circ. uteroplacentária com ativação do  Objetivo – prevenção da PE.
endotélio que em algumas mulheres decorre da má  Iremos rastrear com base nos fatores de risco.
placentação.
 Em uma gestação normal ocorre duas ondas de PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA
migrações trofoblasticas.
 1ª entre 7 e 9 semanas, destruindo o segmento
endometrial das arteríolas espiraladas.  ALTO RISCO DE PRÉ-ECLÂMPSIA (ACOG)
o Pré-eclâmpsia de início precoce com parto
 2ª por volta da 16ª semana em que é destruído o
prematuro antes de 34 semanas em gestação
segmento miometrial.
anterior
 Desta forma, se destrói a capa músculo-elástica das
o Pré-eclâmpsia em mais que uma gestação
arteríolas espiraladas que vão nutrir a circulação
anterior
placentária e isso cria uma fístula útero-placentária e
o Restringia muito a classificação.
vasos que perdem sua camada músculo-elastica.
 ALTO RISCO DE PRÉ-ECLÂMPSIA (NICE, 2011)
 Isso cria um sistema de auto-fluxo e baixa resistência
 Pelo menos um dos seguintes fatores:
que leva a formação de um leito placentário que vai
o Hipertensão arterial crônica (25% das HAS crôn.
sequestrar o sangue da circulação sistêmica, levando a
vão fazer PE)
liberação de substâncias vasodilatadoras e mediadores
o Hipertensão em gravidez anterior – investigar no
bioquímicos favoráveis, equilibrando os fatores
Pré-natal.
angiogênicos e antiangiogênicos.
o Doença renal
 Como resposta, por volta da 20ª semana a pressão da
o Diabetes
gestante cai.
o Doença auto-imune – LES, mais frequente.
 O rim da gestante, funcionando normalmente, ao nível
 MODERADO RISCO DE PRÉ-ECLÂMPSIA (NICE,
da junção glomerular na mácula densa, interpreta essa
2011)
vasodilatação generalizada como uma hipotensão e
 Pelo menos DOIS dos seguintes fatores:
leva a ativação do SRAA.
o Idade >= 40 anos
 Portanto, grávida normal reterá água e sal – tornando-
o Gestação gemelar
se hipervolemica (aumenta em 25% do volume), para
o IMC >= 35
compensar as perdas sanguíneas do parto.
o Primeira gravidez
 Dizemos, portanto, que a gestante normal é o Intervalo maior que 10 anos entre as gestações
Hiperperfundida → Fisiológica. o História familiar de pré-eclâmpsia –
 Na gravidez complicada por PE – por algum motivo principalmente, mãe ou irmã.
(possivelmente imunológico) não há a segunda onda  ALTO RISCO DE PRÉ-ECLÂMPSIA (USPSTF, 2014)
de migração trofoblastica, não a formação da fistula  Fatores de risco muito aumentados.
placentária, assim teremos um leito placentário de o História de pré-eclâmpsia, principalmente
baixo fluxo e alta resistência. Não há ativação do quando acompanhada de desfecho adverso
SRAA. o Gestação múltipla
o Hipertensão crônica
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o Diabetes tipo 1 ou tipo 2


o Doença renal
o Doença autoimune (LES, SAAF)

 Algumas mulheres com risco alto poderiam receber


profilaxia.

 Revisão cochrane, atualizada em 2007 – redução de


17% (modesto, porém consistente) do risco de PE nas
mulheres que recebem aspirina durante a gravidez.
Lembrando, mulheres de ALTO risco.
 ASPRE Trial (mais recente) – randomizou mulheres
(n=1600) para receber aspirina na dose de 150mg ou
placebo. Verificou redução importante do risco de PE
pré-termo (62%) e mais ainda redução de PE precoce –
abaixo de 34 sem. (82%), embora não tenha acontecido
diminuição do risco de PE a termo. Não houve diferença
Trombofilias: AAS + heparina
em outros desfechos maternos perinatais.
 2 RS + Metanal. – redução de 50% no risco de pré-
ACOG, 2013
eclampsia grave somente se o AAS era iniciado até 16
semanas. Presença de efeito dose resposta – ou seja,
 Alto risco para pré-eclâmpsia: AAS 60-80mg/dia -
doses maiores que 100mg estavam associados a efeitos
QUALIDADE DE EVIDÊNCIA MODERADA, FORÇA DA
melhores. Depois de iniciado depois de 16s, apresentou
RECOMENDAÇÃO QUALIFICADA
efeitos modestos (10%). Aspirina realmente reduz o risco
 Gestantes de populações com baixa ingestão de cálcio de pré-eclampsia – doses mais elevadas (a partir de
(abaixo de 600mg/dia): suplementação de cálcio 1,5- 100mg) são mais efetivas.
2g/dia
 O papel da vitamina D para prevenção de PE é AAS em baixas doses
desconhecido. Na verdade, sabemos que a  Em quem iniciar? Alto risco para PE – Consenso maior
hipovitaminose D está associada com PE mas sua refere-se a: hipertensão crônica, hipertensão em
suplementação não demonstrou redução do risco de PE. gravidez anterior, nefropatas, diabéticas, doenças auto-
 Vitaminas C e E não são recomendadas (QUALIDADE imunes, grandes obesas, gestação gemelar e gestação
DA EVIDÊNCIA ALTA, FORÇA DA RECOMENDAÇÃO decorrente de reprodução assistida, e naquelas com
FORTE) múltiplos menores fatores de risco.
 Não é recomendada restrição de sal (QUALIDADE DA  Com que dose? Maior ou igual a 100mg/dia.
EVIDÊNCIA BAIXA, FORÇA DA RECOMENDAÇÃO Comprimidos de 100mg no BR.
QUALIFICADA)  Quando iniciar? 12-16 semanas. Antes disso pode
 Não é recomendado repouso ou restrição da atividade levar a gastrosquise – inibidor da COX. Se perdeu a
física (QUALIDADE DA EVIDÊNCIA BAIXA, FORÇA DA janela de oportunidade, até 20 semanas é aceitável
RECOMENDAÇÃO QUALIFICADA). Porém, pela ISSHP segundo outras fontes (ou até 28s)*
(2018) recomenda atividade física moderada 50 minutos  Até quando manter? Até o parto. Algumas pessoas
3 vezes por semana. sugerem suspensão em 37 semanas em detrimento de
 NICE, 2011 – Pacientes de alto risco ou com 2 ou mais complicações hemorrágicas (embora não estejam
fatores de risco moderado: aspirina 75mg VO/dia de 12 documentadas).
semanas até o nascimento. O mesmo para a OMS. Cálcio
 ISSHP, 2018 – Recomenda uso de aspirina antes de 16  Em quem iniciar? Alto risto para PE/baixa ingesta.
semanas e definitivamente abaixo de 20 semanas, com População da América latina considerada pop. de baixa
aspirina em baixa dose o que varia entre 75 a 162mg por ingesta. Não foi demonstrado na pop. de boa ingesta.
dia. No BR, nem temos as doses propostas.  Com que dose? 1-2g VO dia
 Recomenda-se cálcio (suplementação) em mulheres de  Quando iniciar? 12 semanas, junto com o AAS.
baixa ingesta. Tipicamente, nossa população latino
 Alerta: HAS crônica. Suspende medicamento usual,
americana é considerada uma população que ingere
iniciar MD junto ao AAS (para profilaxia).
pouco cálcio.
 Até quando manter? Até o final da gravidez
 ISSHP, 2018 – inclui novo critério: gravidez com Outras abordagens de prevenção
reprodução assistida.
 Todas as mulheres planejando engravidar devem
receber ácido fólico 400-800mcg VO/dia durante toda a
gravidez (USPSTF, 2014).
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 Entrar na faixa de peso normal, realização de


exercícios (antes de engravidar nos dois casos).
Cuidado com o controle de peso/exercícios durante a
gestação.
 Seriam as medidas preventivas mais importantes.

CONDUTA
 SEMPRE PENSAR QUE PRÉ-ECLÂMPSIA É UMA
DOENÇA PROGRESSIVA
 NÃO RETARDAR O DIAGNÓSTICO E A
INTERVENÇÃO POR CAUSA DA AUSÊNCIA DE
PROTEINÚRIA
 INTERROMPER A GRAVIDEZ A PARTIR DE 37
SEMANAS – se não tiver critérios de gravidade.
 LEMBRAR DA POSSIBILIDADE DE DIAGNÓSTICO
PÓS-PARTO
 Centramos a nossa abordagem – importância,
classificação das formas clinicas (04), diagnósticos
diferenciais, critérios diagnósticos e estratégias de
predição e prevenção

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