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CLASSIFICAÇÃO (ACOG)
hipertensão do jaleco branco e a mascarada dentro da PE, Proteinúria é considerada, mas não é obrigatória para o
dado que, estas mulheres apresentam alto risco de diagnóstico (presente em 75% dos casos). A
desenvolver pré-eclampsia. proteinúria só acontece quando ocorre lesão renal (ex.:
endoteliose capilar glomerular). A lesão renal em
HIPERTENSÃO algumas mulheres é um achado mais tardio e pode ser
que, paradoxalmente, elas não tenham proteinúria,
PAS > 140 mmHg e/ou PAD > 90 mmHg mas tenham manifestações em outros órgãos.
Critérios do ACOG e AHA para aferição da PA na Edema – retirado da classificação desde 2000.
o
gravidez – incluindo 5 . Ruído de Korotkoff. Proteinúria – 300mg ou mais de proteína na urina de
Pressão aferida com a paciente sentada e, pelo menos, 24 horas ou relação proteína/creatinina na urina > ou
5 min de repouso; braço direito ao nível do coração, igual a 0,3 (dado interessante, pois depreende tempo e
esfigmo. com tamanho adequado a circunferência do disponibilidade da paciente).
braço da paciente. Manguito colocado dois dedos acima Desencorajado o uso de proteinúria de fita (Labstix e
da prega cubital. similares) a menos que outros testes não estejam
Preferível esfigmomanômetro de mercúrio (maioria dos prontamente disponíveis* (se usado, considerar 1+
sistemas automáticos não foram validados) ou display de como ponto de corte, 2+ torna o diagnóstico mais
cristal líquido (ISSHP, 2018). Esfigmomanometro de provável) ISSHP (2018): avaliação razoável 2+.
mercúrio não é mais encontrado facilmente. Cristal Obs.: mede-se em +; max. = 4+
líquido tem custo elevado. **Utiliza a relação Proteína/Creatinina → Colhe-se
Dispositivos aneróides amplamente usados, porém urina e no máximo em 2h obtemos o resultado.
podem ser inacurados e requerem calibração regular. Não há relação entre quantidade de proteína na urina e
Estes são os mais utilizados na prática. os desfechos gestacionais na pré-eclampsia.
A maioria dos dispositivos automáticos não foi validada Ex.: se +4, não é um resultado pior que +3 ou proteína
para pré-eclâmpsia (dispositivo semiautomático Microlife de 2g não seria pior que proteína de 1g.
validado para PE e gravidez) → não dispomos no país. Não faz mais parte dos critérios de gravidade, dessa
Pelo menos 2 aferições – Valoriza-se a PA que persiste forma, se a proteinúria vem positiva uma vez, não há
elevada após repouso noturno. necessidade de ficar repetindo. Se vier negativo, repete
Se hipertensão grave – PAS > 160 e/ou PAD > o exame até positivar. Algumas mulheres nunca
110mmHg, medir novamente após 15 minutos. Se ainda positivam por ser um achado tardio.
elevada ou se a paciente chegar com pico pressórico Na ausência de proteinúria, pode ser diagnosticada
importante (180x120) → não há necessidade de nova quando ocorre hipertensão associada com (achados de
aferição, usar obrigatoriamente terapia intensiva. gravidade):
Para níveis de PA menos graves, leituras repetidas o Plaquetopenia (<100.000/mm3).
devem ser realizadas dentro de poucas horas (ISSHP, o Elevação das enzimas hepáticas (2x o valor
2018). normal).
o Surgimento de insuficiência renal (creatinina
HAS CRÔNICA >1,1mg% ou duplicação dos níveis na ausência
de outra doença renal).
o Edema pulmonar.
Hipertensão arterial presente e observada antes da o Surgimento de distúrbios visuais e/ou cerebrais.
gravidez ou diagnosticada antes de 20 semanas. Em Criatinina de gestante é baixa (ex.: 0,4-0,6). Mulheres
resumo, paciente hipertensa que engravida. hipertensas, sem proteinúria → rastrear com
Geralmente não sabe que é hipertensa, pois, não afere hemograma, ureia, creatinina, transaminases. Sempre
a PA em periodicidade necessária. Outro exemplo, realizar a monitorização clínica, pois, se paciente iniciar
paciente que na sua 8ª semana é diagnosticada com a referir sintomas visuais (ex.: cefaleia persistente,
PA elevada – importância do início do pré-natal turvação visual, escotomas cintilantes) ou EAP é um
precoce. sinal de que a mesma já pode estar fazendo quadro de
Raro diagnóstico de PE antes das 20sem. “iminência de PE”. Paciente tem PE com critérios de
Geralmente hipertensão primária. gravidade e precisa receber sulfato de magnésio com
Importante associação com sobrepeso/obesidade. urgência. A qualquer momento pode convulsionar.
Hipertensão diagnosticada pela primeira vez depois de Cuidados com a nomenclatura:
20 semanas de gravidez, mas que persiste 12 Evitar o termo em português “Doença Hipertensiva
semanas depois do parto (diagnóstico retrospectivo). Específica da Gravidez (DHEG)”, abolido DESDE A
Riscos: RCF, hipertensão grave. Ademais, fazer PE CLASSIFICAÇÃO DE 1990.
superposta. Também não se usa mais “pregnancy-induced
Se a paciente já possui HAS e engravida → substituir hypertension”, em inglês.
medicação de uso regular por alfa-metildopa.
Diagnóstico retrospectivo → Importante que pacientes PRÉ-ECLÂMPSIA SUPERPOSTA
retornem com 7 dias, 6 sem. e 12 sem. Com isso,
reclassificaremos o distúrbio como HAS crônica se
Hipertensão crônica associada com pré-eclâmpsia:
persistir por 12 semanas após o parto.
o Surgimento de proteinúria na ausência de
proteinuria preexistente.
PRÉ-ECLÂMPSIA
o Surgimento de manifestações da pré-eclâmpsia
(disfunções de órgãos-alvo consistente com PE,
Hipertensão diagnosticada geralmente depois de 20 p. ex. trombocitopenia, elevação de doenças
semanas de gravidez (exceto quando associada a mola hepáticas).
ou hidropisia fetal). o Por isso que no pré-natal das hipertensas sempre
Neste casos excepcionais → pode ocorrer HAS antes solocitamos os seguintes exames: função renal,
das 20 sem. hemograma, transaminases, bilirrubinas. Para ver
Hipertensão, proteinúria e edema eram os critérios se tem disfunção dos órgãos-alvo.
obrigatórios para o diagnóstico. o Aumento súbito e inesperado da PA ou acréscimo
da proteinúria nas mulheres com doença renal
TURMA 73
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proteinúrica per se não são suficientes para Potencial diagnóstico pós-parto – passa a gravidez
diagnóstico de PE superposta (ISSHP, 2018): inteira sem PE e no pós-parto ter o diagnóstico.
mas devem ser considerados!
PRÉ-ECLÂMPSIA = DOENÇA INFLAMATÓRIA
HIPERTENSÃO GESTACIONAL MULTISSISTÊMICA – repercussão em vários órgãos e
sistemas.
Elevação da pressão depois da primeira metade da
gravidez (20 sem) sem associação com proteinúria ou PRÉ-ECLÂMPSIA = MARCADOR DE RISCO POR TODA A
qualquer dos achados já mencionados. VIDA – importância da MEV.
Diagnóstico não-específico – pode incluir mulheres
com ou sem pré-eclâmpsia ou hipertensas crônicas Evidencias sólidas de persistência do RCV elevado e
mascaradas, diagnóstico definitivo ao final da gavidez. de morbidade para toda a vida. Metanalises e estudos
Diagnóstico retrospectivo no pós-parto (12 sem) observacionais demonstram que mulheres que tiveram
o Hipertensão Transitória – não ocorreu PE e PA pré eclampsia obtiveram maior risco de DAC, IC e
voltou ao normal morte CV.
o HAS Crônica – PA persiste elevada 25 a 40% hipertensas com um ano.
Ver pelo menos 1x/ano clínicos gerais ou MFC, dado
que, os fatores de risco são para a vida toda.
PREDIÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA
CONDUTA
SEMPRE PENSAR QUE PRÉ-ECLÂMPSIA É UMA
DOENÇA PROGRESSIVA
NÃO RETARDAR O DIAGNÓSTICO E A
INTERVENÇÃO POR CAUSA DA AUSÊNCIA DE
PROTEINÚRIA
INTERROMPER A GRAVIDEZ A PARTIR DE 37
SEMANAS – se não tiver critérios de gravidade.
LEMBRAR DA POSSIBILIDADE DE DIAGNÓSTICO
PÓS-PARTO
Centramos a nossa abordagem – importância,
classificação das formas clinicas (04), diagnósticos
diferenciais, critérios diagnósticos e estratégias de
predição e prevenção