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(Tom Peters)
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, pela vida, por estar iluminando meus passos em
direção ao caminho correto, pela perseverança na superação das inúmeras dificuldades,
previstas e imprevistas no decorrer desta jornada.
Agradeço especialmente à minha família pelo amor, pelo carinho e por sempre acreditar
que eu seria capaz de conquistar essa vitória, principalmente à minha mãe pelo apoio nos
momentos difíceis com força, confiança, amor, ensinando-me a persistir nos meus objetivos e
ajudando a alcançá-los.
Agradeço a professora Mestre Maira Fátima Pizolotto, pessoa importante na minha
formação acadêmica, pelo incentivo, carinho e amizade durante toda a graduação e em especial
na orientação deste trabalho, pelas observações notáveis e discussões enriquecedoras, com a
finalidade de desenvolver este trabalho e aumentar os meus conhecimentos.
Agradeço ao Prefeito Municipal de Esperança do Sul por permitir a realização desta
pesquisa que irá contribuir para a melhoria de vida dos que laboram, residem ali e necessitam
de uma forma ou de outra dos serviços prestados pela Prefeitura.
Agradeço à Unijuí Campus Três Passos por me proporcionar momentos incríveis, aos
colegas, professores e demais funcionários agradeço por tudo o que com eles aprendi e por
partilharem a construção do meu estudo.
Agradeço aos amigos com os quais dividi momentos de alegrias e conquistas, que
sempre me apoiaram e incentivaram pela busca dos meus objetivos, nunca me deixando
desanimar perante os obstáculos encontrados.
Agradeço à todos que de uma forma ou de outra contribuíram para a realização de deste
sonho.
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RESUMO EXPANDIDO
Introdução
As organizações tanto públicas como privadas têm enfrentado um problema crítico que são os
altos índices de absenteísmo. Para Chiavenato (2008, p. 88) ´´absenteísmo ou absentismo é a
frequência e/ou duração do tempo de trabalho perdido quando os colaboradores não
comparecem ao trabalho. O absenteísmo constitui a soma dos períodos em que os
colaboradores se encontram ausentes do trabalho, seja por falta, por atraso ou algum motivo
interveniente``. Os motivos mais frequentes do absenteísmo, segundo França (2011), consistem
em: doenças, problemas de relacionamento interpressoal, desmotivação e insatisfação com o
trabalho, problemas familiares, entre outros. Tais ausências afetam não somente o quantitativo
de pessoas, mas também a qualidade dos produtos e serviços prestados. Sob essa perspectiva o
presente estudo teve como temática o absenteísmo no serviço público e seu objetivo consistiu
em identificar os motivos do alto absenteísmo por parte dos servidores públicos do Município
de Esperança do Sul/RS no período de 2010 a 2014 propondo recomendações à Divisão de
Recursos Humanos a fim de minimizar essa problemática e suas consequências.
Metodologia
Esta pesquisa caracteriza-se quanto à natureza como pesquisa aplicada, quanto à abordagem
pesquisa quanti qualitativa, quanto aos objetivos como pesquisa exploratória e descritiva,
quanto aos procedimentos técnicos como pesquisa bibliográfica, documental e participante
(ZAMBERLAN et al., 2014). O universo amostral foi a Prefeitura Municipal de Esperança do
Sul, tendo como sujeito de pesquisa a própria pesquisadora, uma vez que exerce o cargo de
escriturária responsável pela Divisão de Recursos Humanos. Os dados bibliográficos foram
coletados em livros, periódicos, sites, monografias, teses e dissertações. Os dados documentais
nos arquivos disponíveis na Divisão de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de
Esperança do Sul e a pesquisa participante desenvolvida a partir do conhecimento e da
observação da pesquisadora e servidora. Os dados foram tratados de forma quanti qualitativa.
Num primeiro momento utilizou-se o programa Microsoft Excel para tabulá-los e demonstrá-
los por meio de tabelas e gráfico. Para calcular os índices de absenteísmo optou-se pela fórmula
apresentada por Marques e Neto (2006) que considera apenas os afastamentos de dias inteiros.
Após analisou-se os dados com base no referencial teórico construído.
Resultados
Visando a conhecer o perfil de todos os servidores do Município de Esperança do Sul no
período de 2010 a 2014 chegou-se aos seguintes resultados: a média anual foi de 190 servidores
em sua maioria mulheres (53,8%). Quanto a geração predominante destaca-se a geração Y
(41%). A maioria dos servidores são residentes no próprio Município (79,3%). Quanto ao
estado civil 81,2% são casados ou encontram-se em união estável, possuem de um a dois filhos
(66,8%) e foram admitidos no sexênio 2009-2014 (46%). Por fim, 66,3% são ocupantes de
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Conclusão
Dentro do contexto organizacional muitos gestores têm consciência da presença do
absenteísmo por parte dos trabalhadores, porém, não monitoram seus índices e também não
avaliam suas consequências. Este problema agrava-se ainda mais na esfera pública, visto que,
os recursos são oriundos dos impostos pagos pela população e ao faltar ao trabalho o
absenteísta está prejudicando a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e
consequentemente a si próprio, pois para além de ser um servidor é também um cidadão.
Recomenda-se em um novo estudo buscar a identificação do absenteísmo-saúde, mais
precisamente no que refere-se aos atestados médicos visando a verificar quais os CID´S
(Código Internacional de Doenças) são mais presentes e analisar as causas destas patologias
para averiguar se são decorrentes do trabalho ou não, de modo a evitar o adoecimento coletivo
7
dos servidores. Por fim, o presente trabalho oportunizou uma realização pessoal da
pesquisadora e foi uma oportunidade ímpar para adquirir novos conhecimentos teórico-práticos
sobre o tema. Também, trouxe importante contribuição para a organização no sentido de gerar
informações para a tomada de decisão, possibilitando manter informados gestores e servidores
a respeito de índices, motivos e variáveis relacionadas ao tema, tendo em vista sua importância
para a gestão de pessoas e a gestão organizacional.
Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: e o Novo Papel dos Recursos Humanos nas
Organizações. 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
FRANÇA, A. C. L. Práticas de Recursos Humanos – PRH: Conceitos, Ferramentas e
Procedimentos. São Paulo: Atlas, 2011.
MARQUES NETO, A. D. Absenteísmo nas Organizações. Monografia. Centro Universitário
de Brasília-DF, 2006.
REIS, R. J.; et. Al. Fatores Relacionados ao Absenteísmo por Doença em Profissionais de
Enfermagem. Revista Brasileira de Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 5, 2003.
ZAMBERLAN, L. et al. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas. Ijuí: Ed. Unijuí, 2014.
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO
RESUMO EXPANDIDO............................................................................................................5
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................8
LISTA DE GRÁFICOS ..............................................................................................................9
LISTA DE QUADROS E TABELAS ......................................................................................10
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................13
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ...........................................................................14
1.1 Apresentação do Tema ...................................................................................................14
1.2 Problema .........................................................................................................................16
1.3 Objetivos .........................................................................................................................16
1.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................................16
1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................................16
1.4 Justificativa .....................................................................................................................17
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...............................................................................................21
2.1 Gestão Pública: Abordagem Conceitual ........................................................................21
2.1.1 Os Princípios da Administração Pública ..............................................................22
2.1.2 O Gestor Público do Executivo Municpal .............................................................23
2.2 Gestão de Pessoas: Aborgadem Conceitual ...................................................................26
2.2.1 Os Processos de Gestão de Pessoas ......................................................................26
2.2.2 A Gestão de Pessoas no Serviço Público ...............................................................29
2.3 Absenteísmo: Abordagem Conceitual ............................................................................31
2.3.1 Causas ....................................................................................................................32
2.3.2 Classificação ..........................................................................................................34
2.3.3 Consequências .......................................................................................................35
2.3.4 Medidas ..................................................................................................................37
3 METODOLOGIA ...............................................................................................................38
3.1 Classificação da Pesquisa ..............................................................................................38
3.1.1 Quanto à Natureza .................................................................................................38
3.1.2 Quanto à Abordagem .............................................................................................38
3.1.3 Quanto aos Objetivos .............................................................................................39
3.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos .....................................................................39
3.2 Sujeitos da Pesquisa e Universo Amostral......................................................................40
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INTRODUÇÃO
O presente estudo trata de um tema que está entre as principais preocupações da área de
Gestão de Pessoas: o absenteísmo no trabalho. O absenteísmo é uma expressão utilizada para
designar as faltas justificadas ou injustificadas das pessoas ao trabalho.
Grande parte dos gestores não monitora ou avalia a presença do absenteísmo dentro das
organizações, estes dados são extremamente úteis para a administração gerir seus gastos com
despesa de pessoal e aumentar a satisfação dos seus clientes, seja na empresa privada e
principalmente na pública, onde os recursos são oriundos dos impostos pagos pela população.
Sendo assim, o Trabalho de Conclusão de Curso foi realizado em uma Prefeitura
Municipal que não possuía o controle dos dados do seu alto absenteísmo com o propósito de
diagnosticar os motivos que ocasionam este grave problema de caráter público e propor
recomendações visando à redução deste índice.
Para atingir estes objetivos, este estudo apresenta, em um primeiro momento, a
contextualização da pesquisa, apresentando o tema contemplado, a problematização, os
objetivos e a justificativa.
Em um segundo momento, apresenta-se a revisão bibliográfica, a qual traz a
fundamentação teórica baseada em autores, artigos e demais estudos já realizados nestas áreas
abordando os temas de Gestão Pública, Gestão de Pessoas e Absenteísmo.
O terceiro capítulo corresponde a definição dos procedimentos metodológicos que
foram observados na realização da pesquisa. Caracteriza-se o tipo de pesquisa através da
classificação da pesquisa que foi realizada, o universo amostral, o plano de coleta de dados e a
análise e interpretação dos dados.
O quarto capítulo constitui-se da apresentação das características da organização
estudada, do perfil dos seus servidores, os níveis de absenteísmo, o perfil dos absenteístas, bem
como seus motivos e as recomendações para a redução deste nível.
Por fim, apresenta-se a conclusão, onde se descreve o resultado da pesquisa realizada,
permitindo que o Município de Esperança do Sul analise e utilize-se destas informações, em
seguida as referências bibliográficas que serviram de fundamentação teórica para o referido
estudo, bem como os anexos.
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
No atual cenário das organizações tanto público como privada o absenteísmo tem-se
tornado um problema crítico, em que seus administradores percebem a repercussão no
quantitativo de pessoas e consequentemente o reflexo na qualidade dos produtos e serviços
prestados. Sob essa perspectiva o presente estudo tem como tema o absenteísmo no Município
de Esperança do Sul.
O servidor público quando assume sua função tem um compromisso com o Brasil
devendo introduzir em seu pensamento à busca de uma sociedade justa e igualitária, seja qual
for à função exercida no Município. É de extrema relevância que tenha a consciência da
importância do seu trabalho assíduo, permanente e comprometido para garantir um serviço
público de qualidade, acessível para atender as demandas sociais do país.
A palavra absenteísmo era aplicada aos proprietários rurais que abandonavam o campo
e tendiam a viver nas cidades, sendo que, com o advento da Revolução Industrial, o termo
passou a ser aplicado aos trabalhadores com tendência a faltar ao serviço (ROCHA, 1981).
Fereira (1986) reportando-se a definição da palavra absenteísmo define como a
ausência habitual do emprego. O absenteísmo é um assunto de interesse crescente devido ao
atual contexto econômico de competitividade, faz com que as empresas procurem meios para
diminuir sua ocorrência, aumentando a rentabilidade e com isso crescendo de forma sustentada.
Para Chiavenato (2008, p. 88) ´´Absenteísmo ou absentismo é a frequência e/ou duração
do tempo de trabalho perdido quando os colaboradores não comparecem ao trabalho. O
absenteísmo constitui a soma dos períodos em que os colaboradores se encontram ausentes do
trabalho, seja por falta, por atraso ou algum motivo interveniente``.
O absenteísmo pode ocorrer por períodos prolongados de tempo, tais como férias,
licença maternidade, auxílio doença, acidente de trabalho, como também períodos menores,
como doação de sangue, licença nojo, licença gala, licença paternidade, participação em júri e
eleições, cursos ou ausências justificadas. Nesses casos, mesmo havendo justificativa legal para
a falta essa ausência também é considerada absenteísmo, pois implica em perdas produtivas.
Independentemente do tempo da ausência do colaborador o absenteísmo ocasiona não
só custos diretos em pessoal, mas também indiretos representados pela diminuição da
produtividade uma vez que haverá sobrecarga de responsabilidades dos colegas de trabalho,
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1.2 Problema
1.3 Objetivos
1.4 Justificativa
outras. No terceiro nível, despesa acima do limite legal de 54%, a prefeitura ficará obrigada a
adotar medidas para a eliminação do percentual excedente. Se a redução não ocorrer no prazo
determinado pela Lei, o município poderá ser penalizado, sendo impedido de receber
transferências voluntárias, proibido de contratar operações de crédito e obter garantias para a
sua contratação, pagar multa com recursos próprios do agente que lhe der causa, inabilitação
para o exercício da função pública por um período de até cinco anos, perda do cargo público;
cassação de mandato e prisão, detenção ou reclusão.
Além do prejuízo econômico há também o caráter social, na ausência recorrente dos
colaboradores os colegas assíduos ficam sobrecarregados, pois além de desempenhar as
funções do seu cargo tem de cobrir as atribuições do absenteísta, esse acúmulo de tarefas
resulta num atendimento de qualidade inferior ao munícipe que procura a prefeitura e não se
sente bem acolhido. Comumente ouve-se apelidos pejorativos dados de modo geral aos
servidores públicos.
Pensando na dimensão do problema absenteísmo no serviço público, em um município
de pequeno porte, o caso de Esperança do Sul, onde todos se conhecem, pois a maioria dos
servidores possuem laços familiares, um simples afastamento de licença nojo pode prejudicar o
funcionamento do serviço público, por exemplo, uma pessoa que venha a óbito, irá gerar oito
dias de ausência no trabalho para os servidores que forem seus filhos, irmãos ou seu cônjuge e
ainda dois dias de afastamento para cada sobrinho, tio ou neto.
Nos serviços da educação, quando um professor de determinada área, por exemplo,
matemática, se ausenta do trabalho um docente de outra formação o substitui assumindo uma
matéria que não é de seu domínio, prejudicando assim o seguimento dos conteúdos e o
aprendizado em sala de aula. No caso de um monitor de creche que necessita afastar-se do
serviço irá sobrecarregar o professor responsável pela turma do maternal podendo vir a ocorrer
um acidente com os bebês ou com as crianças da educação infantil que por natureza são
agitadas e curiosas exigindo atenção redobrada.
Na Unidade Básica de Saúde os profissionais de enfermagem possuem múltiplas tarefas
ficando cada um responsável por um setor, como curativos, vacinas, farmácia e verificação dos
sinais vitais, a falta de um desses é suficiente para gerar um transtorno enorme, pois irá atrasar
os atendimentos, além de abalar o estado físico do servidor pontual, também abala seu estado
emocional uma vez que os pacientes por estarem doentes são mais sensíveis, queixosos e
tendem a reclamar do tempo de espera.
Na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, por exemplo, na ausência do médico
veterinário o agricultor que precisar do seu serviço para atender um animal doente ou em
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trabalho de parto complicado ficará desassistido ou ainda o abatedouro da cidade ficará parado,
pois só pode trabalhar mediante fiscalização sanitária e com a presença do profissional
registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária.
Na Secretaria de Obras, Trânsito e Viação um operador de máquinas rodoviárias
ausente representa uma retroescavadeira ou uma patrola parada e de outro lado munícipes de
uma localidade que estão ansiosos pela melhoria de suas estradas não somente pelo transporte
próprio, como também para escoar sua produção fonte de renda familiar.
Quanto a Secretaria de Administração, Planejamento e Turismo e a Secretaria de
Fazenda e Finanças, os cargos administrativos são altamente especializados em funções
distintas tais como, recursos humanos, tesouraria, tributação, compras, convênios, licitações,
blocos de produtor rural, empenhos ou assistentes das demais secretarias, onde cada qual possui
rotinas e responsabilidades específicas da divisão em que estão lotados. Assim na ausência de
um desses servidores, um munícipe que vai até a prefeitura seja para buscar uma informação ou
documento, pode perder o tempo de descolamento e ter que retornar num próximo dia, isso se
agrava ainda mais uma vez que a maioria da população reside na área rural e enfrentam
dificuldade de locomoção do interior à sede do Município, pois são poucas as linhas de ônibus.
A escolha do objeto de estudo, o Município de Esperança do Sul, deve-se pelo fato de
fazer parte da história de vida da pesquisadora, pela viabilidade de fácil acesso do local e
disponibilidade de horários onde o processo de coleta de dados se dá no próprio ambiente
natural de vida dos observados.
Segundo consulta a Biblioteca Digital da Unijuí percebe-se que as pesquisas
relacionadas ao tema absenteísmo no serviço público ainda são escassas, a maioria dos
resultados do acervo eletrônico trata da ausência no trabalho dos profissionais de enfermagem
na área da saúde hospitalar.
Até o momento não existia nenhuma pesquisa no Município voltada para o absenteísmo.
Como o tema é de extrema relevância para a organização optou-se por essa pesquisa, a fim de
dar à organização a possibilidade de análise dos resultados do estudo para melhorar as suas
ações podendo vir a por em prática medidas para reduzir o índice de absenteísmo, bem como
previni-lo, a partir da adoção de práticas voltadas para promover o bem-estar de seus
funiconários.
O presente trabalho além de uma realização pessoal de grande importância para a
pesquisadora, também foi uma oportunidade ímpar para adquirir novos conhecimentos teórico-
prático sobre este tema que certamente irá mudar a realidade onde ela vive uma vez que um
terço do tempo do seu dia é dedicado à Esperança do Sul e será uma alegria imensa poder
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contribuir para a melhoria de vida dos que laboram, residem ali e necessitam de uma forma ou
de outra dos serviços prestados pela Prefeitura.
Também, trouxe importante contribuição para a organização no sentido de gerar
informações que servirão de base para a tomada de decisão, possibilitando manter informados
gestores e servidores a respeito de índices, motivos e variáveis relacionadas ao tema
absenteísmo, tendo em vista sua importância para a gestão de pessoas e a gestão
organizacional.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
O gestor público tem como função gerir, administrar de forma ética, técnica e
transparente a coisa pública, sejam estes órgãos, departamentos ou políticas públicas visando o
bem comum da comunidade a que se destina e em consonância com as normas legais e
administrativas vigentes.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, aborda a Administração Pública:
´´Art. 37. A Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]`` (BRASIL,
1988).
O princípio da legalidade está fundamentado na Constituição Federal de 1988, art. 5º.
inciso II, e reza ´´ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei``. Na iniciativa privada tudo o que não está proibido é permitido, na gestão
pública tudo o que não está permitido é proibido, sendo assim o gestor está rigidamente preso à
lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei.
O princípio da impessoalidade estabelece que a gestão pública não deve conter a marca
pessoal do gestor, ou seja, os atos públicos não são praticados pelo servidor e sim pela
Administração a que ele pertence.
A Impessoalidade determina que o agente público deve ter sua conduta
orientada para o interesse público, em detrimento de interesses particulares,
próprios ou de terceiros, sob pena do ato ser caracterizado pelo desvio de
finalidade, e, portanto, nulo. Assim aqueles que estiverem em situações
idênticas devem receber o mesmo tratamento (CHIAVENATO, 2006, p. 544).
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As principais leis do município a serem observadas pelo seu gestor são a Lei Orgânica
Municipal elaborada pela Câmara de Vereadores, Lei de Estrutura Administrativa da Prefeitura
Municipal, Lei do Plano de Cargos e Carreiras da Prefeitura, Leis de fixação dos subsídios dos
agentes políticos, Código Tributário Municipal, Plano Diretor, Plano Plurianual, Lei de
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Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual, Regime Jurídico dos Servidores Públicos
Municipais e regulamentos.
A Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, estatui as normas gerais de direito
financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços dos municípios e das demais
esferas de governo, trata da lei do orçamento, das receitas e despesas, da proposta orçamentária,
da elaboração da lei de orçamento, do exercício financeiro, dos créditos adicionais, da execução
do orçamento, dos fundos especiais, do controle da execução orçamentária, da contabilidade,
das autarquias e outras entidades e das disposições finais.
A lei citada acima criou as expressões controle interno e controle externo. O controle
interno municipal é aquele exercido pelos poderes Executivo e Legislativo, em razão dos
mandamentos contidos nos arts. 31, 70, 71 e 74 da Lei Maior brasileira. O controle externo é
representado pela Câmara de Vereadores com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado ou
outros órgão afins.
Considerada um divisor de águas na Administração Pública brasileira, a Lei de
Responsabilidade Fiscal, Lei Federal n° 101, de 04 de maio de 2000, alterada pela Lei nº 131,
de 27 de maio de 2009, Lei Capiberibe, constituindo-se no arcabouço jurídico de normas da
administração pública e dispondo sobre transparência, controle e fiscalização no seu capítulo
IX (BRASIL, 2009).
A Lei de Responsabilidade Fiscal, além de tudo, veio consagrar a transparência
da gestão, como um mecanismo de controle social, seja através de publicações
de relatórios, seja por meio de demonstrativos de execução orçamentária
apresentando ao contribuinte a utilização dos recursos que são colocados à
disposição do administrador público (SILVA, 2002, p. 19).
A gestão de pessoas está intrinsicamente relacionada à área de gestão e busca nos seus
estudos, através de métodos e procedimentos, melhorias para a organização, visando à
conquista dos objetivos.
Para Gil (2001), a gestão de pessoas passa a assumir um papel de liderança para ajudar a
alcançar a excelência profissional necessária para enfrentar desafios competitivos, tais como a
globalização, a utilização das novas tecnologias e a gestão do capital intelectual.
Também deve preocupar-se com a qualidade de vida no trabalho, agregar valor aos
empregados, à empresa e aos clientes, atuar como agente de mudança, reconhecer as pessoas
como parceiras da organização, proporcionar competitividade à organização e manter um
comportamento ético e socialmente responsável.
Na perspectiva de Dutra (2002), gestão de pessoas é um conjunto de políticas e práticas
que permitem a conciliação das expectativas entre as organizações e as pessoas para que ambas
possam realizá-las ao longo do tempo.
Chiavenato (2010) define que gestão de pessoas é a área que constrói talentos por meio
de um conjunto integrado de processos e cuida do capital humano das organizações, o elemento
fundamental do seu capital intelectual e a base do sucesso.
Agregar Pessoas
O processo de agregar pessoas é definido por Chiavenato (2008) como o meio utilizado
para incluir novas pessoas na empresa com o objetivo de servir às necessidades
organizacionais. Este processo envolve as atividades de recrutamento e seleção.
No serviço público o preenchimento de vagas de cargos efetivos se dá por meio de
concurso público, onde o edital é publicado na página oficial do munícipio, jornal local e diário
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oficial do Estado. O concurso de acordo com o art. 37 da Constituição Federal tem validade de
dois anos podendo ser prorrogado por uma vez por igual período.
Os contratos por prazo determinado no Executivo Municipal dependem de projeto de
Lei aprovado pela Câmara de Vereadores, onde consta a justificativa por excepcional interesse
público e a descrição do cargo. A publicidade das vagas ocorre simplesmente pela fixação do
edital no mural da Prefeitura. A seleção se dá por provas objetivas, apresentação de títulos,
entrevista psicológica e prova prática, a critério da Administração Municipal.
Os cargos de comissão que são aqueles criados para atender os encargos de direção,
chefia e assessoramento são de livre nomeação e exoneração a critério do Prefeito Municipal.
Os requisitos básicos para o ingresso no serviço público municipal são ser brasileiro, ter idade
mínima de dezoito anos, estar quite com as obrigações militares e eleitorais e gozar de boa
saúde física e mental.
Aplicar Pessoas
Chiavenato (2008) define o processo de aplicar pessoas como o meio utilizado para
desenhar as atividades, as quais as pessoas irão realizar na empresa, orientar e acompanhar o
desempenho do profissional. Também envolve o posicionamento das pessoas em seus
respectivos cargos, sua descrição define o que o ocupante faz, quando, como, onde e por que
faz. Sua análise determina as qualidades requeridas.
No serviço público municipal os cargos são criados por lei aprovada pela Câmara de
Vereadores, onde a descrição do cargo traz a denominação própria do cargo, o conjunto de
atribuições e responsabilidades cometidas aos servidores, a carga horária, a retribuição
pecuniária padronizada, o número de vagas criadas e os pré-requisitos.
Após o ato de nomeação o servidor tem prazo para tomar a posse no cargo, ou seja,
assinar um termo aceitando as atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo
público, com o compromisso de bem servir, este documento também é assinado pelo gestor
municipal. Após isso conta o prazo para entrar em exercício, desempenhar efetivamente as
atribuições do cargo. Conforme o Regime Jurídico de Esperança do Sul o prazo para tomar
posse é de dez dias e o prazo para entrar em exercício é de cinco dias.
O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo poderá adquirir estabilidade após
três anos de efetivo exercício. O estágio probatório compreende o período de 36 meses, durante
o qual serão avaliados a aptidão, a capacidade e o desempenho do servidor observando quesitos
tais como, assiduidade, pontualidade, disciplina, eficiência, responsabilidade e relacionamento.
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Recompensar Pessoas
Em relação aos processos de recompensar pessoas, Chiavenato (2008) define como as
formas utilizadas para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais, que
incluem recompensas, remuneração e benefícios.
Os critérios para gratificações por tempo de serviço e nível de escolaridade variam de
acordo com o Regime Jurídico de cada município. As principais vantagens e adicionais dos
servidores públicos municipais são o décimo terceiro, o adicional por tempo de serviço, o
adicional pelo exercício de atividades em condições penosas, insalubres ou perigosas, o
adicional noturno e o adicional por formação.
Desenvolver Pessoas
Os processos de desenvolvimento envolvem o treinamento e o desenvolvimento das
pessoas, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicações
e consonância.
O capital humano deve ser bem aplicado e desenvolvido. O treinamento é uma
fonte de lucratividade, porque aumenta esse capital. Ele enriquece o patrimônio
humano da organização. Treinamento é um processo sistemático de melhoria
do comportamento das pessoas no alcance dos objetivos organizacionais. O
treinamento e desenvolvimento constituem processos de aprendizagem, isto é,
de alteração comportamental das pessoas por meio de quatro tipos de
mudanças: transmissão de informações, desenvolvimento de habilidades, de
atitudes e conceitos (CHIAVENATO, 2008, p. 357).
Manter Pessoas
Esse processo visa manter os colaboradores satisfeitos e motivados precisa trabalhar um
conjunto de cuidados especiais como, estilos de gerencia, programas de higiene e segurança do
trabalho que assegurem a qualidade de vida na organização. (CHIAVENATO, 2008).
As organizações devem tratar seus empregados com respeito e oferecer meios de
atender às suas necessidades pessoais e familiares. O desenho de um programa de relações com
empregados deve atender aos objetivos da Administração de Recursos Humanos, dos gerentes
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Monitorar Pessoas
O processo de monitorar pessoas é definido por Chiavenato (2008) como uma forma
para acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar resultados, a partir de banco
de dados e sistemas de informações gerenciais.
No serviço público municipal a avaliação dos resultados de cada servidor depende da
organização de cada Administração Municipal, pode haver um sistema instituído ou não. Em
geral as Secretarias Municipais são avaliadas pelo Plano de Ações Anual que é realizado a
partir do Plano Plurianual de Investimentos do Município que abrange o período de quatro
anos. Os servidores são subordinados dos Secretários Municipais e estes prestam conta das
atividades, gastos e fatos ocorridos nas suas secretarias ao Prefeito e Vice-Prefeito.
Para Di Pietro (2006) são servidores públicos todas as pessoas físicas que prestam
serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e
mediante remuneração paga pelos cofres públicos. São classificados em estatutários,
empregados públicos e servidores temporários.
A Constituição Federal de 1988 em seu art. 37, inciso II determina ´´a investidura em
cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
30
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração``.
Os servidores efetivos, aqueles nomeados em concurso público, e os cargos em
comissão, aqueles com atribuições de direção, chefia e assessoramento, se enquadram na
categoria de servidores estatutários que podem tanto estar vinculados ao Regime Geral da
Previdência Social ou ao Regime Próprio de Previdência Privada, dependendo do regime
adotado pelo Município.
Os empregados públicos são aqueles servidores submetidos às regras das Consolidações
das Leis do Trabalho, geralmente compreende os cargos dos agentes comunitários de saúde e
agentes de endemias.
A Constituição Federal em seu art. 37, inciso IX, admite a contração por prazo
determinado para atender as situações temporárias e excepcionais, mas não admite o uso do
servidor temporário para atividades de caráter permanente.
Os agentes políticos são os componentes do governo nos seus primeiros
escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões por
nomeação, eleição, designação ou delegação, para o exercício de atribuições
constitucionais. Nesta categoria encontram-se, na órbita municipal, o chefe do
Executivo (prefeito) e seus auxiliares imediatos (secretários municipais), os
membros do Poder Legislativo (vereadores), os membros dos Tribunais de
Contas (nos municípios onde houver) e demais autoridades que atuem com
independência funcional no desempenho de atribuições constitucionais
(MEIRELLES, 2006, p. 582).
O gestor público ao assumir o cargo deve buscar conhecer o quantitativo, a distribuição
entre os diversos setores, o perfil de competências e o padrão de remuneração dos servidores. O
prefeito tem o poder de nomear livremente os seus secretarios municipais bem como os cargos
em comisssão, quando um destes já exerce um cargo efetivo ele passa a assumir uma função
gratificada de confiança.
Embora os cargos em comisssão sejam de livre nomeação e exoneração o gestor deve
estar atento a Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal de agosto de 2008:
A nomeação do cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade ,até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia o
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.
O nepotismo é interpretado como prática de favorecimento a parentes em nomeação de
cargos em comissão e designação para funções de confiança. Segundo os critérios da súmula
vinculante, cônjuges, irmãos, filhos, e tios de gestores públicos são proibidos de assumirem
cargos públicos nas repartições ligadas a eles.
31
mesma gravidade, pode motivar ou não um trabalhador a não comparecer ao trabalho. Algumas
vezes a sua ausência independe da sua decisão, como ocorre nas doenças e acidentes graves.
Por outro lado, o absenteísmo pode, também, demonstrar uma rejeição ao trabalho,
insatisfação com o salário, com as políticas da empresa ou com as condições de trabalho. É o
que acontece principalmente nas faltas de pequena duração, e quase sempre próximas de
feriados ou finais de semana (NOGUEIRA, 1980, apud MARQUES NETO, 2006, p. 6).
De acordo com Martins (2005) as organizações públicas apresentam maior quantidade
de dias perdidos por absentismo-doença, bem como um período de afastamento maior do que
as empresas privadas. Isso está intimamente ligado a estabilidade no cargo no serviço público.
O asbsenteísmo torna-se um problema à medida que a sua frequência afeta o
quantitativo de pessoas e consequentemente o reflexo na qualidade do serviço prestado,
refletindo diretamente no aumento da despesa de pessoal. O absenteísmo é considerado como
um grande prejuízo econômico tanto para o trabalhador como para a organização.
Em 2005, no Brasil, mais de um milhão de reais foram aplicados em benefício auxílio-
doença previdenciário, que cobrem os afastamentos do trabalho devido a uma morbidade
declarada. No serviço público federal, as aposentadorias precoces e os afastamentos, naquele
ano, custaram 300 milhões de reais para a União (CUNHA et al., 2009).
2.3.1 Causas
A bibliografia já tornanda pública sobre o tema apresenta duas causas principais para o
problema absenteísmo, a primeira se deve as condições do trabalho, principalmente descritas
em artigos na área de saúde ocupacional, e a segunda causa encontrada é a insatisfação do
trabalho. Estudos revelam que funcionários satisfeitos e comprometidos apresentam índices
mais baixos de absenteísmo.
Para Souto (1980) as causas do absenteísmo podem ser intraorganizações (insatisfação
no trabalho, falta de liderança ou supervisão, quebra de coesão do grupo, tratamento injusto,
doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, entre outros) ou extraorganizações (problemas de
transporte, domésticos, sexo, alcoolismo, doenças contagiosas e por acidentes pessoais em casa
ou lugares públicos).
Souto (1980) destaca ainda, que fatores pessoais podem afetar as ausências não
frequentes do trabalhador através de doença, casamento, nascimento, óbitos familiares, entre
outros de caráter legal descrito na Consolidação das Leis do Trabalho, porém, ausências
33
frequentes de curta duração sugerem grande insatisfação com o trabalho ou problemas pessoais,
os quais o trabalhador não está conseguindo resolver ou se adaptar.
Os motivos mais frequentes do absenteísmo são: doença, que impossibilita a atividade
laboral; problemas de realcionamento com o gestor ou com colega de trabalho; desmotivação
por falta de reconhecimento do valor do trabalho ou de oportunidade de ascenção profissional;
problemas familiares; e outras situações de ordem pessoal (FRANÇA, 2011).
De acordo com Jucius (1979), entre as diversas causas do absenteísmo, as mais
frequentes são:
As enfermidades, que em alguns casos, chegam a ocupar até 50% nas listas das
causas;
As doenças ocupacionais que minimizam a produção nas organizações;
Ás horas de trabalho também contribuem para elevar o índice de absenteísmo, pois,
os funcionários que trabalham além da sua carga horária em atividades repetitivas,
são mais propensos a adquirirem as doenças ocupacionais;
As más condições de trabalho juntamente com a falta de interesse pelo serviço;
Os assuntos pessoais, o mau tempo e a falta de transporte;
A atitude mental do indivíduo que pode ser influenciada por fatores sociais,
econômicos e por diversas opiniões de outras pessoas.
As faltas ao trabalho justificadas por atestado médico nem sempre são representativos
de doenças propriamente ditas, às vezes eles funcionam como álibi para camuflar a causa real
em questão que pode estar relacionada a divergências na empresa ou problemas pessoais.
A falta de reconhecimento do trabalho aparece como uma das principais queixas dos
servidores públicos, sentimento captado por Tavares (2003) na sua pesquisa feita com
servidores do poder judiciário:
A partir da análise das entrevistas, identifica-se que o não-reconhecimento pelo
trabalho compõe-se da ideia segundo a qual o desempenho profissional do
servidor não é considerado institucionalmente de forma suficiente, seja por não
haver a prática cotidiana do retorno da avaliação da qualidade do trabalho, seja
pelo fato de a qualidade do trabalho desenvolvido não ser sistematicamente
levada em conta para promoções ou acréscimos salariais, em um plano de
carreira. Tal aspecto é visto como algo que repercute no bem-estar das pessoas
na medida em que frusta, em variados graus, o desenvolvimento de
potencialidades profissionais individuais e as expectativas em longo prazo e
que não proporciona à pessoa a vivência de ser valorizado por aquilo que faz
(TAVARES, 2003, p. 87).
Reis (et al., 2003) em seu estudo realizado com profissionais de enfermagem, relativo
ao absenteísmo por doença, afirma que existe relação entre afastamento e vínculo empregatício.
Neste estudo, a estabilidade do cargo é um agravante, pois os servidores estáveis sentem-se
34
mais propensos a faltar ao trabalho do que os servidores contrados, os quais temem pela perda
do trabalho.
Há divergências quanto a influência da variável idade uma vez que alguns estudos
trazem o predomínio de afastamentos entre servidores jovens enquanto outros relacionam
índices maiores de ausência devido ao envelhecimento dos servidores.
O fato de as causas do absenteísmo estarem ligadas a múltiplos fatores, faz com que este
problema se torne crucial, complexo e de difícil gerenciamento tanto para as organizações
públicas como privadas.
Quanto às causas decorrentes de doença deve-se identificar se são decorrentes do
trabalho ou não. As que forem atribuídas à atividade profissional devem ser minuciosamente
investigadas para evitar o adoecimento coletivo dos empregados que trabalham nas mesmas
condições.
2.3.2 Classificação
Absenteísmo por doença: são consideradas aqui todas as ausências por doença ou
procedimento médico.
Midorikawa (2000) traz outra classificação abordando os aspectos da ausência de
trabalho e o asbsenteísmo de corpo presente:
Absenteísmo pela falta ao trabalho – tipo I – é representado pela ausência do
servidor ao trabalho, podendo ser medido e ter seu custo calculado. Este tipo leva à
perda de produção das horas não trabalhadas;
Absenteísmo de corpo presente – tipo II – apesar de não faltar ao trabalho, o
servidor não desenvolve seu melhor desempenho, levando à diminuição na sua
produtividade. Isso ocorre devido ao fato do trabalhador apresentar algum problema
de saúde e não pode ser medido uma vez que o servidor não consegue exercer suas
funções devido a dor.
2.3.3 Consequências
2.3.4 Medidas
I
Fonte: Marras (2000).
Onde:
Ia = Índice de absenteísmo;
Nhp = número de horas perdidas;
NhP = número de horas planejadas.
Também há outra fórmula apresentada por Marques e Neto (2006) que considera apenas
os afastamentos de dias inteiros:
A maioria dos gestores não monitora ou avalia a presença do absenteísmo dentro das
organizações, esses dados são extremamente úteis para a administração gerir seus gastos com
despesa de pessoal e aumentar a satisfação dos seus clientes, seja na empresa privada e
principalmente na pública, onde os recursos são oriundos dos impostos pagos pela população.
38
3. METODOLOGIA
Sabe-se que há inúmeras tipologias na literatura que trata de pesquisa, contudo para fins
da elaboração deste projeto de pesquisa adota-se classificar o estudo pela sua natureza,
abordagem, objetivos e procedimentos técnicos. Segue-se a base teórica trazida em Teixeira,
Zamberlan e Rasia (2009), sendo todas as citações aqui feitas dessa obra originárias.
A natureza desta pesquisa classificou-se em Aplicada uma vez que teve o objetivo de
gerar conhecimento para aplicação prática, dirigida a solução do problema absenteísmo no
Município de Esperança do Sul.
O universo amostral foi a Prefeitura Municipal de Esperança do Sul, tendo como sujeito
de pesquisa a própria pesquisadora, uma vez que exerce o cargo de escriturária responsável
pela Divisão de Recursos Humanos. O quinquênio de 2010 a 2014 foi escolhido previamente
de forma intencional em função de contemplar dois anos anteriores e posteriores a 2012, onde
houve eleições municipais considerando os três últimos anos de um governo e os dois primeiros
de outro com orientações políticas diferentes.
Após a coleta de dados deu-se a análise e interpretação dos mesmos, que posteriormente
foram transcritos a partir dos resultados encontrados. Os dados foram tratados de forma quanti
qualitativa. Num primeiro momento utilizou-se o programa Microsoft Excel para tabular os
dados coletados relacionados ao perfil dos servidores (idade, gênero, estado civil, filhos,
residência, data de admissão, vínculo empregatício, cargo, secretaria) e os afastamentos (tipo e
duração da ausência mensal e anual de cada servidor) no período que compreende os anos de
2010 a 2014.
Na sequência realizou-se o cálculo do índice de absenteísmo, optou-se pela fórmula
apresentada por Marques e Neto (2006) que considera apenas os afastamentos de dias inteiros,
desconsiderando as ausências de horas e minutos. Neste cálculo também foram
desconsiderados os períodos de férias regulamentares dos servidores públicos do Município de
Esperança do Sul.
Posteriormente os dados foram demonstrados por meio de tabelas e gráficos
relacionando os resultados com os conceitos abordados no referencial teórico, confrontando
com a teoria já estudada, objetivando a compreensão dos principais fatores que interferem nos
níveis de absenteísmo no serviço público em Esperança do Sul.
42
4. RESULTADOS
pela sua Lei Orgânica elaborada pela Câmara de Vereadores respeitando os princípios da
Constituição Federal e da Constituição do respectivo Estado. A Lei supracitada trata da
organização do município e suas competências, do poder legislativo, da administração
financeira, do executivo, da administração municipal, dos conselhos municipais e da ordem
econômica e social.
A receita municipal é constituída dos tributos de competência do Município, da
participação deste em tributos da União e do Estado, das tarifas, ou apreços públicos
municipais, bem como de outros ingressos legalmente permissíveis. No que trata o orçamento
do Município, é realizado o Orçamento Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano
Plurianual de investimentos do Município que abrange o período de quatro anos.
Com base no planejamento do Plano Plurianual é realizado o Plano de Ações do
Exercício onde cada Secretário Municipal juntamente com os seus subordinados estabelece as
ações a serem executadas para solucionar os problemas, para cada ação é definido quem
executará, quando, os indicadores pelos quais serão avaliados, as metas mensais e o custo.
Os servidores trabalham sob o Regime Estatutário respeitando o Regime Jurídico do
Município que dispõe do provimento e da vacância dos cargos, das mutações funcionais, do
regime de trabalho, dos direitos e das vantagens, do regime disciplinar, da seguridade social, da
contratação temporária por excepcional interesse público e das disposições gerais, transitórias e
finais. Para os professores tem se ainda a Lei do Plano de Carreira do Magistério.
Em 2011 apresentou o menor número de vínculos com 186 servidores e em 2013, quando da
troca de gestão política partidária, foi o ano com maior número de servidores com 198 vínculos
empregatícios.
O gênero predominante nos cinco anos analisados foi o feminino, sendo a média do
quinquênio de 54% dos colaboradores mulheres e 46% homens. Esse resultado está relacionado
principalmente aos cargos da área da educação como professores, serventes de escola e
monitores de creche que tradicionalmente são preenchidos por mulheres e com pouca
representatividade masculina.
Partindo dos dados demográficos no que compreende a variável faixa etária no período
de 2010 a 2014 a geração predominante foi a Geração Y (41%) embora muito próximo do
tamanho do grupo pertencente a Geração X (39%). Os Baby Boomers representam a minoria
(20%) nos cinco anos avaliados. Considerando apenas o último ano analisado percebe-se que a
Geração Y (46,6%) superou a Geração X (37,7%) em aproximadamente 10% o que representa
uma diferença de 17 servidores a mais no primeiro grupo.
De outro lado, a representatividade dos Baby Boomers vem decaindo ano a ano,
possivelmente pelo fato de que a medida que envelhecem aumentam o tempo de contribuição
previdenciária e conquistam suas aposentadorias.
46
A variável seguinte refere-se aos colaboradores possuírem filhos sendo que a maioria
dos servidores possuía de 1 a 2 filhos (66,8%), seguidos daqueles que não tinham filhos
(23,5%) e servidores que possuíam de 3 filhos ou mais (9,7%).
Quanto ao ano de admissão, conforme pode ser observado na Tabela 3 - Ano de
Admissão, Vínculo Empregatício e Secretaria, há uma particularidade uma vez que a Prefeitura
47
de Esperança do Sul iniciou suas atividades em 1997, e alguns professores que lecionavam e
principalmente residiam na até então Vila de Esperança do Sul com vínculo no Município-Mãe,
ou seja, eram concursados em Três Passos, tiveram a opção de ser transferidos como efetivos
para o novo munícipio em virtude da sua emancipação.
admissões com 27,2%, nesse período houveram mais dois concursos públicos com abertura de
vagas; e o último período de admissões representa 18,8% dos servidores admitidos.
Na sequência da pesquisa foi identificado o tipo de vínculo empregatício, sendo a
maioria representada por servidores efetivos (66,3%), seguidos dos admitidos por contrato por
prazo determinado (19,9%), em quarto lugar encontra-se os cargos comissionados (10,7%) e
por último os agentes políticos representam o menor grupo (3,1%). Cabe destacar que para fins
de análise dos dados os servidores efetivos com percepção de função gratificada para exercer o
cargo de Secretário Municipal não foram contabilizados como agente político, dando maior
representatividade ao cargo de origem, ou seja, o cargo efetivo.
A secretaria com maior número de servidores lotados foi a Secretaria Municipal de
Educação, Cultura e Desporto com uma média de 39,4% dos vínculos analisados, estes
servidores estão distribuídos entre duas escolas de ensino fundamental, uma creche, um tele
centro e a sede da Secretaria localizada no Centro Administrativo.
A segunda maior secretaria em relação ao número de servidores é a Secretaria de Saúde
e Assistência Social com 24,8% dos vínculos, sendo que esses servidores desempenham suas
atividades junto a unidade Estratégia de Saúde da Família. A terceira maior estrutura
administrativa é a Secretaria Municipal de Obras, Transito e Viação que abrange 15,2% dos
vínculos e possui sede no Parque de Máquinas. As demais Secretarias Municipais abrangem
menor percentual de colaboradores e estão situadas junto ao Centro Administrativo.
Da população pesquisada, foram encontrados mais de 50 cargos distribuído em seis
grandes áreas funções, ou seja, as atividades específicas do cargo se encaixam nas ações dessas
áreas apresentadas na tabela a seguir.
pagamentos destes subsídios, uma vez que duas gratificações para servidores efetivos
exercerem o cargo de secretário corresponde a um subsídio de um novo agente político.
Nos cinco anos analisados a Prefeitura teve apenas um assessor jurídico, sendo cargo
comissionado de livre nomeação e exoneração do Prefeito. Os demais cargos comissionados
estão distribuídos em toda a estrutura administrativa num total de 20 servidores em média no
quinquênio de 2010 a 2014, sendo 03 servidores ocupantes do cargo de chefes de setor, 09
coordenadores, 03 diretores e 05 supervisores. Juntos representam aproximadamente 10% de
todos os cargos ocupados no Município de Esperança do Sul.
Curiosamente o ano eleitoral de 2012 apresentou a maior participação de cargos
ocupados nas áreas de chefia abrangendo 16% do quadro geral do Município de Esperança do
Sul com 30 servidores responsáveis pelos cargos de agentes políticos, chefia, direção e
assessoramento.
A grande área da educação é composta pelos monitores de creche, professores e
serventes de escola, conforme mostra o Gráfico 3 - Cargos da Área Função Educação, tendo em
média 63 servidores. A categoria com maior média de colaboradores dentre todas as áreas
específicas dos cargos foram os professores.
O cargo de Professor Nível 1, com formação de magistério possui uma média de 10,4
servidores por ano (5,5%); Professor Nível 2, com ensino superior completo, abrange em média
17,2 professores (9,1%); e Professor Nível 3, com pós-graduação, possui uma média anual de
53
23,2 servidores (12,2%) totalizando uma média de 50,8 professores municipais (26,8%),
aproximadamente um terço dos vínculos analisados no período.
Os monitores de creche, como descrito no próprio nome do cargo, desempenham suas
funções somente na creche municipal, tendo como pré-requisito do cargo a formação em
magistério ou pedagogia. É um cargo recente, criado em 2011, mesmo ano que foi realizado
concurso público para seu provimento, tendo somente servidores nomeados no ano seguinte.
Inicialmente foram criadas duas vagas passando para três após a conclusão da obra da nova
creche municipal.
Os serventes de escola atuam somente na rede municipal de ensino, representam em
média 5,6% da força de trabalho da prefeitura, estão divididos pela carga horária sendo a média
do período de 03 servente para 20 horas semanais e 08 para desempenhar 40 horas semanais.
Segundo o Gráfico 4 - Cargos da Área Função Limpeza e Obras, a área da limpeza
representa em média 5,5% dos cargos ocupados no período de 2010 a 2014. Primeiramente era
preenchida pelos cargos de doméstica e serviços gerais, sendo que o primeiro está vago desde
2010 quando da aposentadoria do ocupante do cargo.
Para suprir a necessidade deste servidor foram criados mais vagas para o cargo de
serviços gerais que desempenham suas funções junto ao centro administrativo, parque de
máquinas e ESF. A Prefeitura Municipal teve em média 02 serviços gerais 20 horas semanais e
09 serviços gerais quarenta horas semanais.
A área função seguinte é as obras com uma média de 35 servidores (18,4%) por ano,
sendo que a maioria estão lotados na Secretaria Municipal de Obras, Trânsito e Viação. Os
54
nova seleção resultando em duas matrículas para cada vaga. Os demais cargos estão presente
em menor número de vagas sendo uma média de até três servidores por cargo.
Os cargos de assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, médico, médico ginecologista,
médico pediatra, nutricionista, psicólogo e odontólogo que tem como pré-requisito curso de
ensino superior juntos tiveram uma média de 13 servidores por ano. Os cargos de auxiliar de
enfermagem, auxiliar odontológico e técnico de enfermagem exigem formação específica,
juntos representam uma média de 4 servidores por ano.
Os visitadores do programa Primeira Infância Melhor que exigem formação no
magistério tiveram em média 2 servidores por ano, já os agentes da dengue, que do mesmo
modo dos agentes comunitários de saúde exigem formação no ensino médio, também tiveram
em média 2 servidores por ano.
A área da saúde atua diretamente com os munícipes e como seus cargos são altamente
especializados e em pequeno número de vagas cada, a ausência de um deles pode causar
enormes transtorno na rotina do ESF. Já os cargos de agentes comunitários de saúde, agentes da
dengue e visitadores do PIM com menor nível de escolaridade tem suas funções distribuídas
por regiões do município, na ausência de um deles a sua área fica desassistida.
contrato por prazo determinado, nesse caso deve desvincular-se do órgão público requerendo
sua exoneração.
Conforme disposto no artigo 105, a critério da administração, poderá ser concedida ao
servidor estável licença sem remuneração para tratar de assuntos particulares pelo prazo de até
dois anos consecutivos, podendo ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no
interesse do serviço. Porém não será concedida nova licença interesse antes de completar um
ano de exercício no retorno ao cargo.
O artigo 106 trata da licença não remunerada para desempenho de mandato classista
para desempenho em confederação, federação ou sindicato representativo da categoria.
Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas
referidas entidades, até o máximo de três, por entidade.
A licença para servir a outro órgão ou entidades dos Poderes da União, dos Estados e
Municípios poderá ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo e estável na hipótese de
exercício de função de confiança, nesse caso sem ônus para o munícipio, e também nas
hipóteses de casos previstos em leis específicas e de cumprimento de convênio com ou sem
remuneração, conforme dispuser a lei ou o convênio.
Conforme artigo 108, o servidor poderá sem qualquer prejuízo ausentar-se do serviço
por um dia em cada doze meses de trabalho para doação de sangue e também até um dia para se
alistar como eleitor; até dois dias consecutivos para licença nojo por motivo de falecimento de
avós, sogros, genros e noras, cunhados e tios; e até oito dias consecutivos para licença gala e
licença nojo em virtude de falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto,
filhos ou enteados e irmãos.
O artigo seguinte trata da licença para o servidor estudante, que poderá ser concedida
desde que seja exigida a compensação de horários na repartição, respeitando a duração da
jornada semanal do trabalho. Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante
quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, desde que
não haja prejuízo ao exercício do cargo e às atividades da administração.
As licenças para tratamento de saúde de até quinze dias ficam ao encargo da Prefeitura,
sendo que os afastamentos superiores a esse período são encaminhados por auxílio-doença a
Previdência Social, que paga o servidor a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. O
servidor possui um prazo de cinco dias para requerer a licença mediante atestado médico.
O pagamento do salário-maternidade é feito pelo Município e posteriormente deduzido
na Guia da Previdência Social quando da quitação das contribuições previdenciárias. A Lei
Municipal nº. 294 de 02 de setembro de 200, Título VII -Seguridade Social do Servidor, em sua
57
Sessão III e IV, tratam respectivamente das licenças para tratamento de saúde e licenças à
gestante, adotante e paternidade.
Conforme disposto no artigo 203, a licença à servidora gestante será de 120 dias
consecutivos sem prejuízo da remuneração. A licença deverá ter início entre o primeiro dia do
nono mês de gestação e a data do parto, salvo antecipação por prescrição médica; no caso de
nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto; no caso de natimorto, decorridos
trinta dias do evento, a servidora será submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá
o exercício; no caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial, a servidora terá
direito a trinta dias de repouso remunerado.
Também terá direito a licença de uma hora por dia para amamentar o próprio filho até
que este complete seis meses de idade e no caso de jornada de dois turnos a referida licença
poderá ser fracionada em duas de meia hora. Se a saúde do filho o exigir, o período de seis
meses poderá ser dilatado, por prescrição médica, em até mais três meses.
A servidora que adotar criança de até um ano de idade serão concedidos noventa dias de
licença remunerada para ajustamento do adotado ao novo lar. No caso de adoção de criança
com mais de um ano até sete anos de idade, o prazo passa a ser de trinta dias. Já a licença
paternidade será de cinco dias consecutivos a contar da data do nascimento do filho, sem
prejuízo da remuneração.
Conforme artigo 98 da Lei Federal 9.504 de 30 de setembro de 1998, os servidores
nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar
seus trabalhos são dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral,
sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de
convocação.
A maioria dos servidores não apresentou nenhum tipo de licença em 2010, sendo 112
(58,9) assíduos e 78 (41,1%) absenteístas. A licença para tratamento de saúde foi a principal
ausência dos servidores públicos de Esperança do Sul representando 86,6% de todos os dias
afastados, totalizando 3.139 dias.
59
As demais licenças representam apenas 8,1% das ausências abrangendo 296 dias não
trabalhados, estando em terceiro lugar com 105 dias (2,9%) a licença por motivo de
acompanhamento de pessoa da família concedida a 21 servidores, o que resulta numa média de
05 dias de licença para cada um destes servidores. Percebe-se que nos meses de janeiro e julho
60
de 2010 não houve a presença deste tipo de afastamento, meses de férias e recesso escolar,
entretanto, o maior índice de absenteísmo por tratamento de saúde de pessoa da família ocorreu
em março, mesmo mês que inicia o ano letivo escolar e são realizadas capacitações aos
profissionais da área da educação.
A licença nojo compreende 94 dias representando apenas 2,6% dos dias de absenteísmo,
porém ocorre de um óbito gerar esse tipo de licença a mais de um servidor, como por exemplo
no mês de agosto o falecimento de um pai de dois servidores gerou oito dias de licença para
cada um deles, ficando os dois ausentes no mesmo período.
Em 2010 dois servidores efetivos desempenhavam mandato de vereador em Esperança
do Sul, seus afastamentos para representar a Câmara de Vereadores totalizaram 47 dias, 1,3%
do absenteísmo do período, determinando uma média anual de 23,5 dias e média mensal de
1,96 dias ausentes para cada um deles. Na maioria dos casos estes servidores se afastavam dos
cargos no mesmo período.
Quanto a folga para compensar o trabalho nas eleições foi concedida a onze servidores
totalizando 34 dias equivalente a 0,9% do absenteísmo do ano de 2010. Percebe-se que no
primeiro semestre não ocorreu nenhum dia de ausência no trabalho por este motivo e de outro
lado o mês de novembro apresentou o maior número de dias de folga por compensação do
trabalho nas eleições.
Apenas três servidores apresentaram licença paternidade com duração de cinco dias
para cada um, representando 0,4% do absenteísmo, os afastamentos ocorreram em meses
distintos, fevereiro, março e novembro. Em 2010, do total de 3.626 dias de ausência, somente
uma deve-se a falta injustificada ao trabalho, registrada no mês de março, onde um servidor
faltou ao serviço público sem a autorização do Prefeito.
A maioria dos servidores não apresentaram nenhum tipo de licença em 2011, sendo 110
(59,1%) assíduos e 76 (40,9%) absenteístas. A licença para tratamento de saúde também foi a
principal ausência dos servidores públicos de Esperança do Sul representando 83,2% de todos
os dias afastados, totalizando 2.867 dias. Percebe-se que houve uma redução dos totais de dias
afastados quando comparado ao ano anterior.
Dos servidores enfermos 15, 8,1% da força de trabalho de 2010, foram encaminhados
para o benefício de auxílio-doença pelo INSS somando 2.547 dias (88,8%) e 42 servidores,
22,6% dos funcionários, apresentaram licença para tratamento de saúde de curta duração, ou
62
seja, de até 15 dias, representando 320 dias (11,2%) sendo remuneradas pelo município. O mês
de junho apresentou o menor número de dias de licenças para tratamento de saúde (159) e o
mês de dezembro apresentou o maior número de dias de licença médica (313).
De acordo com a Tabela 8 - Motivos das Ausências em 2011, o segundo maior motivo
de ausência no período analisado também é um auxílio previdenciário, a licença maternidade
que foi concedida a três servidoras gestantes representando 8,4% dos dias afastados, totalizando
289 dias não trabalhados. Uma licença maternidade teve início em outubro de 2010 e as demais
foram concedidas em 2011.
As demais licenças representam apenas 8,4% das ausências abrangendo 291 dias não
trabalhados, estando em terceiro lugar com 110 dias a licença por motivo de acompanhamento
de pessoa da família concedida a 19 servidores, equivalente a 10,2% da força de trabalho da
Prefeitura Municipal de Esperança do Sul, o que resulta numa média de seis dias de licença
para cada um deles. Percebe-se que no primeiro semestre de 2011 ocorreu o menor número de
afastamentos por motivo de tratamento de pessoa da família (31,8%) quando comparado com o
segundo semestre (68,2%).
A licença nojo compreende 44 dias representando apenas 1,3% dos dias de absenteísmo,
foi concedida a 12 servidores, 6,5% da força de trabalho do ano. O índice de absenteísmo por
licença nojo reduziu pela metade se comprado ao ano de 2010, revelando que houve menor
número de óbitos de familiares dos servidores.
Em quinto lugar está a licença para tratar de interesses particulares que foi concedida a
um servidor no mês fevereiro sendo interrompida no mês seguinte, num total de 42 dias,
63
A maioria dos servidores apresentou algum tipo de licença em 2012, sendo 94 (50,3%)
absenteístas e 93 (49,7%) assíduos. A licença para tratamento de saúde também foi a principal
causa da ausência dos servidores públicos de Esperança do Sul representando 76,2% de todos
os dias afastados, totalizando 3.898 dias.
Dos servidores enfermos 18, 9,6% da força de trabalho, foram encaminhados para o
benefício de auxílio-doença pelo INSS somando 3.439 dias (88,2%) e 48 servidores, 25,7% dos
funcionários, tiveram licença para tratamento de saúde de curta duração, ou seja, de até 15 dias,
representando 459 dias (11,8%) sendo remuneradas pelo município.
No mês de outubro foi registrado o maior número de atestados médicos com 409 dias de
ausência de servidores doentes, representando 8% de todos os afastamentos do ano. Já o mês de
janeiro apresentou o menor número de licenças para tratamento de saúde com 285 dias. Em
média ocorreram aproximadamente 325 dias mensais de ausências por atestados médicos, ou
seja, mais de 10 servidores não comparecem a nenhum dia de trabalho por estarem enfermos.
De acordo com a Tabela 10 - Motivos das Ausências em 2012, o segundo maior motivo
de ausência foi a licença para concorrer a mandato eletivo que foi concedida a 09 servidores,
4,8% da força de trabalho da Prefeitura Municipal, ficando ausente do trabalho por um período
de 94 dias cada, tendo início no registro da candidatura no mês de julho e término no dia
seguinte ao das eleições no mês de outubro.
65
A licença para acompanhar pessoa da família por motivo de doenças foi a terceira maior
causa das ausências totalizando 140 dias, 2,7% do absenteísmo do período, sendo concedida a
20 servidores, equivalente a 10,7% da força de trabalho, resultando numa média de sete dias de
afastamento por doença de pessoa da família para cada um.
Percebe-se que no primeiro semestre de 2012 ocorreu o menor número de afastamentos
por motivo de tratamento de pessoa da família compreendendo 51 dias (36,4%) quando
comparado com o segundo semestre que apresentou 89 dias (63,6%).
A licença nojo abrange 88 dias de ausência representando apenas 1,7% dos dias de
absenteísmo. Observa-se que no mês de abril houve um maior número de registro dessa licença
que é concedida de 2 e 8 dias, isso explica-se pelo óbito um munícipe que era pai de uma
professora duas matrículas, sogro de um motorista e tio de outra professora e um escriturário. A
licença nojo foi concedida a 23 servidores, 12,3% da força do trabalho da Prefeitura Municipal
de Esperança do Sul.
A licença maternidade foi concedida a uma servidora com início no mês de outubro
representando 1,3 % dos dias afastados, totalizando 67 dias não trabalhados. Na sequência está
a folga para compensar o trabalho nas eleições que foi concedida a 10 servidores totalizando 41
dias representando 0,8% dos dias não trabalhados, sendo aproximadamente 04 dias de folga
para cada um.
Percebe-se que no primeiro semestre de 2012 ocorreu o menor número de afastamentos
por motivo de folga por compensação de trabalho nas eleições com apenas 09 dias (22%)
66
quando comparado com o segundo semestre que apresentou 32 dias de folga (78%). Somente
no mês de outubro foram registrados 19 dias de folga (46,3%).
A licença paternidade foi concedida a dois servidores, uma no mês de maio e a outra em
agosto, sendo 05 dias de licença para cada um deles representando apenas 0,2% do absenteísmo
do ano eleitoral de 2012.
Os dois servidores vereadores se afastaram por um período de nove dias para
representar a Câmara de Vereadores, equivalente a 0,2% de todas as ausências do ano.
Observa-se que houveram afastamentos deste tipo apenas nos meses anteriores ao registro de
candidatura a mandato eletivo uma vez que os dois também se afastaram para novamente
concorrer a um novo mandato eleitoral.
Um servidor se afastou oito dias para fins de estudo e outro servidor se ausentou por
igual período para licença gala, cada um destes motivo representam 0,2% do absenteísmo de
2012 que totalizou em 5.115 dias de ausências no trabalho.
A maioria dos servidores não apresentaram ausências no trabalho em 2013, sendo 106
(53,5) assíduos e 92 (46,5%) absenteístas. A licença para tratamento de saúde também foi a
principal ausência dos servidores públicos de Esperança do Sul representando 75,1% de todos
os dias afastados, totalizando 3.592 dias.
Dos servidores enfermos 17, 8,6% da força de trabalho, foram encaminhados para o
benefício de auxílio-doença pelo INSS somando 3.172 dias (88,3%) e 59 servidores, 29,8%
dos funcionários, tiveram licença para tratamento de saúde de curta duração, ou seja, de até 15
dias, representando 420 dias (11,7%) sendo remuneradas pelo município.
No mês de setembro foi registrado o maior número de atestados médicos com 373 dias
de ausência de servidores doentes, representando 7,8% de todos os afastamentos do ano. Já o
mês de fevereiro apresentou o menor número de licenças para tratamento de saúde com 219
dias, 4,6% dos dias ausentes.
68
licença paternidade uma vez que quando ocorreu o nascimento do seu filho ainda estava em
gozo de férias regulamentares.
Na sequência está a folga para compensar o trabalho nas eleições que foi concedida a 04
servidores, 02% da força de trabalho da Prefeitura Municipal, totalizando 06 dias de ausências,
representando apenas 0,1% dos dias não trabalhados.
Nas eleições de 2012 somente um servidor efetivo foi eleito vereador, sendo que o
mesmo se ausentou do Munícipio de Esperança do Sul por um período de 06 dias, equivalente a
0,1% do absenteísmo do Poder Executivo em 2013.
De todos os servidores absenteístas do ano analisado, somente um servidor apresentou
falta injustificada ao trabalho, registrada no mês de dezembro, totalizando 05 dias de ausências,
equivalente a 0,1% do absenteísmo, onde um servidor faltou ao serviço público sem a
autorização do Prefeito Municipal.
A maioria dos servidores apresentou algum tipo de licença em 2014, sendo 110 (57,6%)
absenteístas e 81 (42,4%) assíduos. A licença para tratamento de saúde também foi a principal
ausência dos servidores públicos de Esperança do Sul representando 61,9% de todos os dias
afastados, totalizando 3.194 dias.
Dos enfermos 13 servidores, 6,8% da força de trabalho, foram encaminhados para o
benefício de auxílio-doença pelo INSS somando 2.548 dias (80%) e 74 servidores, 38,7% dos
funcionários, tiveram licença para tratamento de saúde de curta duração, ou seja, de até 15 dias,
representando 646 dias (20%) sendo remuneradas pelo município.
No mês de setembro foi registrado o maior número de atestados médicos com 387 dias
de ausência de servidores doentes, representando 7,5% de todos os afastamentos do ano. Já o
mês de fevereiro apresentou o menor número de licenças para tratamento de saúde com 171
dias, 3,3% dos dias ausentes. Em média ocorreram aproximadamente 266 dias mensais de
ausências por atestados médicos, ou seja, cerca de 09 servidores (8,9) não compareceram a
nenhum dia de trabalho em cada mês por estarem enfermos.
De acordo com a Tabela 14 - Motivos das Ausências em 2014, o segundo maior motivo
de ausência no período analisado foi a licença para tratar de interesses particulares concedida a
04 servidores, 2,1% da força de trabalho, totalizando 973 dias, o que representa 18,9% de todos
os dias de ausências no ano.
71
Em terceiro lugar está a licença maternidade que foi concedida a 07 servidoras, 3,7% da
força de trabalho do Munícipio de Esperança do Sul, totalizando 665 dias não trabalhados,
representando 12,9 % dos dias afastados.
As demais licenças representam apenas 6,3% das ausências abrangendo 325 dias não
trabalhados, deste foram concedidos 147 dias para a licença por motivo de acompanhamento de
pessoa da família, 2,9% do absenteísmo do período, para 20 servidores, 10,5% dos
funcionários, o que resulta aproximadamente 07 dias de licença para cada um destes servidores.
Percebe-se que no primeiro semestre de 2014 ocorreu o menor número de afastamentos
por motivo de doença de pessoa da família com 59 dias (40,1%) quando comparado com o
segundo semestre que apresentou 88 dias de acompanhamento de familiar enfermo (59,9%).
Somente no mês de agosto ocorreram 65 dias (44,2%) de licença de tratamento de saúde em
pessoa da família.
A licença nojo compreende 74 dias representando apenas 1,4% dos dias de
absenteísmo, foi concedida 19 servidores, 9,9% da força de trabalho do período. Na sequência
está a folga para compensar o trabalho nas eleições que foi concedida a 14 servidores
totalizando 56 dias, 1,1% do absenteísmo do período.
Percebe-se que no primeiro semestre de 2014 ocorreu o menor número de afastamentos
por motivo de folga por compensação de trabalho nas eleições com apenas 02 dias (3,6%)
quando comparado com o segundo semestre que apresentou 54 dias de folga (96,4%).
72
Considerando apenas os 1.231 dias úteis deste quinquênio, podemos dizer que 18
servidores públicos deixaram de comparecer ao trabalho, cerca de 9,5% da força de trabalho da
Prefeitura Municipal de Esperança do Sul.
A licença para tratamento de saúde foi responsável por 75,4% dos dias afastados,
totalizando 16.690 dias de atestados médicos o que resulta na média anual de 3.338 dias. O ano
eleitoral de 2012 apresentou o maior número de afastamentos por doença com 3.898 dias,
equivalente a 17,6% do absenteísmo apurado no quinquênio. De outro lado, em 2011 ocorreu o
menor registro de licenças para tratamento de saúde, com 2.867 dias, 13% do absenteísmo do
Município de Esperança do Sul.
O segundo maior motivo foi a licença maternidade com 8,5%, totalizando 1.871 dias de
ausências. Percebe-se que nos dois últimos anos do quinquênio houve um expressivo aumento
nas concessões de licença maternidade resultando em 1.324 dias.
Em terceiro lugar está a licença para tratar de interesses particulares com 6,0%, com
1.335 dias de ausências. Não apresentou nenhum registro em 2010 e chegou ao topo em 2014
com 973 dias de licença somente neste ano. Os três primeiros tipos de afastamentos totalizam
89,9% das ausências no trabalho no período de 2010 a 2014.
A licença para concorrer a cargo eletivo que foi concedida somente em 2012 totalizou
846 dias, representa 3,8% dos dias de ausência nos cinco anos estudados. Na sequência está a
licença para acompanhar tratamento de saúde de pessoa da família com 2,8%, totalizando 623
dias de ausências no quinquênio, sendo o maior número de afastamentos, 147 dias, em 2014 e o
menor, 105 dias em 2010.
A licença nojo totalizou 364 dias de afastamentos, 1,6% do absenteísmo do quinquênio.
Os demais motivos de ausência correspondem apenas a 1,9% dos afastamentos, sendo 179 dias
(0,8%) para folga de compensação do trabalho nas eleições, 104 dias (0,5%) para representação
da Câmara de Vereadores, 71 dias (0,3%) de licença paternidade, 19 dias (0,1%) de faltas
injustificadas, 16 dias (0,1%) de licença gala e o restante em menor representatividade com 08
dias de horas afastadas para estudo e 03 dias para folga no dia do aniversário.
Se os índices de absenteísmo permanecessem estáveis apresentariam valores próximos a
20% em cada um dos cinco anos, porém há variações de índices de 15,6% a 23,3%. Em 2011,
houve a menor quantidade de dias afastados com 3.447 correspondente a 15,6% das ausências,
já no ano mais recente, 2014, ocorreram 5.157 dias de ausências no trabalho, o que corresponde
a 23,3% do absenteísmo dos cinco anos estudados, resultando numa diferença de 1.710 dias
equivalentes a 7,7% dos dias não trabalhados.
74
Esta variação também pode ser observada no Gráfico 6 - Evolução dos Índices de
Absenteísmo no Quinquênio 2010-2014, em 2010 a ausência no trabalho considerando os 365
dias do ano era de 5,2%, com um leve declínio em 2011 para 5,1% e aumentando em
aproximadamente 50% no ano de 2012 com 7,5% dos dias ausentes, diminuindo para 6,6% em
2013 e aumentando para 7,4% em 2014, apresentando comportamento instável, com declínios e
acréscimos alternadamente. A média do absenteísmo no quinquênio foi de 6,4%.
70
60 59 59 58
54 53
50 50
46 47
40 41 41 42
Assíduos
30
Absenteístas
20
10
0
2010 2011 2012 2013 2014 Média
Este resultado vai de encontro com vários estudos que evidenciam a influência do
gênero nos índices de absenteísmo, uma vez que as mulheres são mais vulneráveis as
circunstâncias familiares que interferem no trabalho, em certa medida, apresentando maior
prevalência de absenteísmo-doença quando comparadas aos homens.
No caso de Esperança do Sul, além da maioria das licenças para tratamento de saúde ser
concedidas a mulheres, também há a licença para tratamento de saúde, onde comumente as
mães se afastam para cuidar dos seus filhos enfermos e em menores casos até dos próprios pais.
Outro fator que interfere no grande número de ausências de trabalho concedidas as
mulheres é a licença maternidade, onde cada servidora tem o direito de se ausentar por 120 dias
do trabalho, sendo concedida 16 licenças maternidade no quinquênio de 2010 a 2014, sendo 07
de profissionais da área da saúde, 07 da área da educação e 02 cargos da área de chefia.
Quanto a variável idade, como pode ser observado na Gráfico 10 - Faixa Etária dos
Absenteístas, os Baby Boomers (1948-1963) da Prefeitura Municipal de Esperança do Sul
tiveram a menor participação nos registros de ausências no trabalho no quinquênio de 2010 a
2014, compreendendo a média de 15% dos servidores absenteístas, contrariando a teoria de que
a medida que envelhecemos mais necessitamos se ausentar do trabalho devido a ocorrência de
78
doenças. Na sequência está a geração X (1964-1977), com uma média de 42% dos servidores
absenteístas e a geração predominante no período foi a geração Y (1978-1994) com 43%.
Podemos perceber esse perfil inovador, analisando a concessão de licença para tratar de
interesses particulares, que foi concedida cinco vezes a quatro servidores. O primeiro em 2011
a um técnico agrícola, que quando convocado retornou ao cargo, posteriormente em 2013 foi-
lhe concedida nova licença e o mesmo quando da convocação antecipada solicitou sua
exoneração
A terceira licença interesse foi concedida em 2013 a um pedreiro sendo que no término
dos dois anos também solicitou exoneração do cargo. Duas licenças foram concedidas em 2014
a um operador de máquinas que a pedido interrompeu a mesma e a outra para uma servente de
escola que ainda está em gozo da licença que terá término em 2016. Destes quatro servidores,
com exceção do pedreiro da geração X os demais servidores eram da geração Y.
Da população de absenteístas, conforme Gráfico 11 - Residência dos Absenteístas, a
maioria em todos os anos avaliados residem no mesmo município onde trabalham (83%),
seguidos dos que habitam em Três Passos (14%) e em menor participação demais cidades
vizinhas de Crissiumal (2%), Bom Progresso (1%) e Humaitá (1%).
90 85 84 83 83
81 80
80
70
Bom Progresso
60
Crissiumal
50
Esperança do Sul
40
Humaitá
30 São Martinho
20 14 14 16 15 14 Três Passos
12
10 3
0 1 0 0 0 1 0 1 2 0 0 1 1 1 0 1 2 1 1 1 2 1 0
0
2010 2011 2012 2013 2014 Média
De acordo com Jucius (1979), entre as diversas causas do absenteísmo está os assuntos
pessoais, o mau tempo e a falta de transporte, o que não se encontra em Esperança do Sul uma
vez que a maioria de absenteistas residem no próprio municipio tendo menores problemas de
acessibilidade e deslocamento.
Na sequência da pesquisa, conforme o Gráfico 12 - Estado Civil dos Absenteístas, foi
identificado o estado civil dos servidores absenteístas, sendo nos cinco anos estudados mais da
80
63
58 57 56
50 52
33 32
30 29
24 26
14 15 14 12
8 9
5 3 3 3
2 2
Através dos dados apresentados percebemos que os servidores absenteístas que dividem
o lar no domicílio conjugal se ausentam mais facilmente dos seus trabalhos, porém
culturalmente pensamos que a situação de ser casado supõe que há maiores responsabilidades
devido aos encargos da família. Mas se tratando do serviço público, onde há estabilidade no
cargo, sabendo que não poderá ser exonerado pelo número de ausências justificadas, os
provedores dos lares são a maioria absoluta dos absenteístas.
No quinquênio de 2010 a 2014 foram encontrados 23 casais de servidores entre os
vínculos de cargo em comissão, contrato por prazo determinado e efetivos. Ocorre do cônjuge
servidor se ausentar do serviço para tratamento de saúde e o companheiro apresentar atestado
para acompanhar o tratamento do cônjuge enfermo, de acordo com o Regime Jurídico está
licença não pode ser superior a 15 dias, porém os vencimentos do casal absenteísta ficam ao
encargo do cofre público do município e o servidor não tendo alteração na remuneração não
hesita em se beneficiar de tal vantagem.
Isso gera prejuízo na despesa de pessoal do município uma vez que está gerando uma
despesa dupla de ausências e os colegas de trabalho do casal que terão que trabalhar além do
normal para substitui-lo, além de causar desmotivação aos assíduos principalmente prejudica o
atendimento aos munícipes que solicitam serviços a prefeitura e sentem-se insatisfeitos.
81
A variável filhos também está relacionada ao estado civil dos absenteístas, devido as
responsabilidades do lar e o cuidado com os filhos os servidores tendem a se ausentar mais do
trabalho em comparação aos absenteístas solteiros, há relatos de servidoras que requerem
licença para tratamento de saúde, porém o motivo oculto é a babá do filho ter faltado ao
serviço, mas por estar amparada com atestado médico não há como indeferir a licença.
A licença para acompanhar pessoa da família também em sua maioria é concedida aos
servidores que estão com os filhos enfermos. Quando ambos os pais são servidores públicos do
Município de Esperança de Sul, de acordo com seu Regime Jurídico, somente um poderá
requerer a licença para acompanhar o filho em tratamento de saúde, deste modo o outro não
terá direito a ausentar-se do trabalho.
Quanto ao ano de admissão dos absenteístas, conforme pode ser observado no Gráfico
14 - Ano de Admissão dos Absenteístas, a maioria dos absenteístas são os novos admitidos pela
Prefeitura de Esperança do Sul, sendo 40% dos servidores absenteístas admitidos no sexênio de
82
No ano de 2010 somando os professores admitidos antes de 1997 com o triênio 1997-
1999 temos 33% dos absenteístas daquele período, já os admitidos entre 2000-2005 totalizam
32% e entre 2006-2011 perfazem 35% da população de absenteístas.
No ano seguinte 31% dos absenteístas foram admitidos até 1999, 27% entre 2000-2005
e a maioria dos servidores que se ausentaram do serviço público em Esperança do Sul foram
admitidos no sexênio 2006-2011 com 42% de representatividade.
Em 2012, ano em que ocorreu as eleições municipais, 13% dos servidores absenteístas
tinham sido admitidos neste mesmo ano, somando com o sexênio anterior de 2006-2011
totalizam 45% dos servidores que se ausentaram do trabalho naquele ano.
Em 2013 somando ou dois últimos triênios de ano de admissão temos 54% dos
servidores absenteístas e em 2014 representam exatamente a metade dos absenteístas. Diante
disso, percebemos que quanto menor o tempo no cargo mais as pessoas se ausentam, revelando
menor comprometimento com as atribuições que lhe foram concedidas.
No que compreende o tipo de vínculo com o Município de Esperança do Sul, conforme
o Gráfico 15 - Vínculo Empregatício dos Absenteístas, a maioria dos servidores que se
ausentam do trabalho são os concursados, porém a ausência de servidores ocupantes de cargo
em comissão dobrou a partir de 2013 quando comparado aos anos anterior, já os absenteístas
83
os anos analisados a maioria dos servidores absenteístas exercem suas funções na Secretaria de
Educação, Cultura e Desporto, sendo que de 2011 a 2014 passou de 37% para 47%,
apresentando um crescimento contínuo nesses quatro anos.
reduzindo significativamente em 2014 para uma alíquota FAP de 0,5 sem nenhum registro de
acidente de trabalho.
Desta forma a alíquota FAP oscila de acordo com o histórico de doenças e acidentes de
trabalho por empresa e incentiva aqueles que investem na prevenção aos agravos da saúde do
trabalhador, ou seja as empresas que previnem mais terão menos despesas previdenciárias.
Recentemente esteve em evidência na mídia a Medida Provisória nº. 664, de 30 de
dezembro de 2014, que passou a vigorar a partir de 1º de março de 2015, entre as regras estão o
tempo mínimo de contribuição para obtenção da pensão por morte e a ampliação do prazo para
o trabalhador receber o pagamento diretamente da empresa em caso de afastamento.
De acordo com a nova redação do parágrafo 3º, do artigo 60, da Lei nº 8213/91, dada
pela Medida Provisória nº 664/2014, durante os primeiros trinta dias consecutivos por motivo
de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao
segurado empregado o seu salário integral. Antes disso, o empregador era responsável pelos
primeiros quinze dias de afastamento, ficando ao encargo da Previdência a partir do 16º dia.
As mudanças propostas pela Medida Provisória nº 664/2014 dificultam o acesso aos
benefícios previdenciários com a finalidade de coibir possíveis abusos na concessão dos
mesmos. O mesmo serviria na alteração da legislação municipal de Esperança do Sul, onde
supõe-se que há certa falta de comprometimento com o trabalho por parte de alguns servidores.
A pesquisadora responsável pela Divisão de Recursos Humanos, presenciou casos raros
de servidores que quando do óbito de seu irmão, onde tinham direito a oito dias de licença nojo,
solicitaram a antecipação do retorno ao trabalho, afirmando que dois ou três dias seriam
suficientes para auxiliar a família nos trâmites legais e que a volta ao trabalho os ajudaria a
superar e aceitar a perda.
A morte de alguém que nos é querido traz uma dor profunda e cada um reage e vive esta
dor de um modo e num tempo específico, mas quanto servidores enlutados que chegaram a
mesma conclusão dos outros servidores permaneceram afastados até o oitavo dia.
Também ocorre de servidores usufruírem da licença nojo para parentes de segundo grau
com direito a dois dias de ausência do serviço, mediante apresentação do atestado de óbito. No
caso de ocorrer o óbito de um parente com o qual você não tenha contato, não estava
afetivamente ligada ao falecido, fica a indagação se realmente seria necessário dois dias de
ausência do trabalho para aceitar a perda e reorganizar-se emocionalmente, essa resposta cabe a
cada um dos servidores julgar por si próprios e não ao Prefeito Municipal.
Assim como ocorre de uma avó ou uma tia ser mais importante para uma pessoa do que
seus própios pais, onde dois dias signifcam pouco tempo para voltar a rotina normal, há
91
No ano eleitoral de 2012 foram concedidas 09 licenças para concorrer a mandato eletivo
totalizando 846 dias (3,8%) do absenteísmo do período analisado. Para substituir a ausência de
alguns cargos foram contratados de caráter emergencial uma técnica de enfermagem e um
professor de matemática.
O município de Esperança do Sul, por ser uma cidade pequena onde o seu maior órgão
empregador é a própria prefeitura, a população acaba por criar muitas expectativas sobre o
funcionalismo municipal. O servidor público é quem recebe os munícipes, conhece seus
problemas e quando não consegue solucioná-los, os encaminha a quem possa, sendo um elo de
ligação entre o Estado e a sociedade.
Deste modo explica-se o grande número de servidores públicos municipais concorrendo
a cargos eletivos, pois estão diretamente envolvidos nos problemas que afetam a população. Na
gestão 2009-2012, dois servidores efetivos exerciam mandato de vereador, sendo um motorista
e um professor de matemática, na gestão 2013-2016 esse número reduziu para um servidor
efetivo eleito ocupante do cargo de motorista.
Quando do exercício do cargo eletivo de vereador, os servidores com mandato eletivo
necessitam ausentar-se da Prefeitura para participação em congressos e cursos representando a
Câmara Municipal de Vereadores, sendo que na maioria dos casos estes eventos ocorrem na
Capital Porto Alegre, sendo incompatíveis com as atribuições do cargo efetivo.
Esta licença é concedida mediante requerimento anterior à data da ausência, porém com
interrupção da contagem de tempo de serviço e sem remuneração. A representação de cargo
eletivo na Câmara de Vereadores totalizou 104 dias (0,5%) de ausências de todo o absenteísmo
no quinquênio de 2010 a 2014.
Conforme abordado na variável idade do item 4.3 O Perfil dos Absenteístas de
Esperança do Sul, foram concedidas 05 licenças para tratar de interesses particulares
totalizando 1.335 dias (6%) do absenteísmo do quinquênio de 2010 a 2014, foram concedidos
somente a cargos que possuem mais de uma vaga no quadro efetivo de servidores.
Na maioria dos casos estes servidores tentam se fixar na iniciativa privada onde há
maior possibilidades de ascensão profissional e poucos retornam ao cargo no término da
licença. O trabalho não representa apenas uma fonte de renda, mas sim um sentido à vida,
conectado aos seus interesses, as pessoas estão mais exigentes e assim o nível de satisfação
com o trabalho vem decaindo.
Os dias ausentes decorrentes de licença maternidade representaram 1.871 dias (8,5%)
do absenteísmo de Esperança do Sul, das 16 licenças concedidas duas eram de cargos efetivos
93
que possuíam somente uma vaga, o caso da nutricionista e da psicóloga, sendo necessário a
contratação por prazo determinado de duas profissionais para substitui-las nas suas ausências.
No triênio 2010-2012 foram concedidas apenas 05 licenças maternidade e no biênio
2013-2014 foram 11 concessões de licenças gestantes. O crescente número de licenças
maternidades concedidas no quinquênio estão ligadas a inauguração das novas instalações da
Escola Municipal de Educação Infantil Esperança, onde no antigo endereço atendia em média
20 crianças passando a ter capacidade de atender até 100 crianças nos dois horários, vespertino
e matutino.
Não somente as servidoras residentes em Esperança do Sul, como as servidoras que
vem de outras cidades sentem-se tranquilas em deixar seus filhos sendo cuidados na creche do
Município que atende crianças desde o berçário até os 03 anos e 11 meses de idade.
O biênio 2012-2013, que abrange o último ano de gestão e o primeiro de outra,
apresentou o maior período de licenças para tratamento de saúde com 3.898 dias em 2012 e
3.592 em 2013, juntos representam 33,8% de todos os dias ausentes no quinquênio 2010-2014.
As faltas ao trabalho justificadas por atestado médico nem sempre são representativos
de doenças propriamente ditas, às vezes eles funcionam como pretexto para camuflar a causa
real em questão que pode estar relacionada a divergências na empresa ou problemas pessoais.
O que se explica pela rivalidade política fortemente presente neste biênio, onde os
servidores se sentem pressionados a escolher uma ideologia partidária como também ocorre
convites para trocar de lado. Os contrários a gestão governante podem ver nos afastamentos um
álibi para se afastar do estresse do ambiente de trabalho e uma maneira de aumentar a
insatisfação dos munícipes com a Administração Municipal, pois enfraquece a força de
trabalho do Município, gerandos atrasos, diminuindo a qualidade do atendimento prejudicando
a imagem do ógão público.
Os demais colegas observando este tipo de comportamento sentem-se desmotivados
para executar suas tarefas e incentivados a usufruir de uma licença para tratamento de saúde
forçada. Também ocorre de haver divergências e desentendimentos, tanto com os chefes, como
os colegas de Prefeitura e no dia seguinte o servidor requerer licença para tratamento médico.
Souto (1980) destaca ainda, que fatores pessoais podem afetar as ausências não
frequentes do trabalhador através de doença, casamento, nascimento, óbitos familiares, entre
outros de caráter legal descrito na Consolidação das Leis do Trabalho, porém, ausências
frequentes de curta duração sugerem grande insatisfação com o trabalho ou problemas pessoais,
os quais o trabalhador não está conseguindo resolver ou se adaptar.
94
atendendo o princípio administrativo da isonomia. Da mesma forma deve-se tratar com igual
respeito os superiores, independente da ideologia partidária uma vez que vive-se num país
democrático, direito conquistado a apenas três décadas.
O servidor público atua em uma organização cujo objetivo final é a sociedade, ao tentar
burlar as leis, ausentando-se do serviço sem necessidade está ferindo a si mesmo, pois também
integra esta sociedade e necessita dos serviços públicos prestados pelos órgãos públicos.
Os resultados encontrados neste trabalho serão levados primeiramente a Administração
Municipal, a qual já mostrou interesse em apresentar este estudo ao funcionalismo público
visando a exposição dos dados como forma de conscientizar os servidores e oportunizar um
momento de diálogo entre os mesmos. Neste momento também será fundamental a presença da
classe médica do ESF, da onde se originam a maioria dos atestados médicos que resultam em
licenças para tratamento de saúde
Pretende-se em um novo estudo buscar a identificação dos atestados médicos para
verificar quais os CID´S mais presentes e analisar as causas destas patologias para averiguar se
são decorrentes do trabalho ou não, de modo evitar o adoecimento coletivo dos empregados
que trabalham nas mesmas condições.
A área de Gestão de Pessoas do Município também poderá realizar a cada trimestre ou
semestre pesquisa de clima organizacional junto aos seus servidores disponibilizando o
formulário de questões junto com a cópia do seu contra cheque, não havendo a necessidade do
servidor se identificar para responde-lo, devolvendo o formulário preenchido em urnas
dispostas próximo aos relógios ponto.
Segundo Silva (2008), clima organizacional é a atmosfera psicológica, resultante dos
comportamentos, dos modelos de gestão e dos políticos empresariais, refletida nos
relacionamentos interpessoais. O clima organizacional é uma função muito abrangente, uma
vez que envolve o comportamento de todos os colaboradores, tanto do nível operacional quanto
o tático e estratégico, além de outros fatores internos e externos à organização
Para Chiavenato, (1997, p. 246), “os trabalhadores são criaturas sociais complexas, com
sentimentos, desejos e temores, o comportamento no trabalho como o comportamento em
qualquer lugar, é uma consequência de muitos fatores motivacionais”.
Identificar o clima organizacional é importante uma vez que está diretamente
relacionado a produtividade, a capacidade de inovação e, consequentemente, a qualidade dos
serviços, isso envolve uma perspectiva altamente complexa e subjetiva, onde as pessoas com
suas crenças, valores, comportamentos e relacionamentos passam a ser determinantes para o
sucesso ou o fracasso da organização.
97
Esse benefício é muito esperado por todos os servidores que conhecem minuciosamente
a lei e se esforçam ao máximo para adquirir a promoção o mais cedo possível, a redução no
limite de dias de atestados para a concessão da gratificação de tempo de serviço irá valorizar
ainda mais os servidores assíduos que naturalmente ganharão o benefício.
Recomendamos ao Município de Esperança do Sul manter as práticas de gratificação
folga no dia do aniversário considerando os números de atestados médicos, assim como a
gratificação por assiduidade aos servidores que cumprem de forma correta a jornada de
trabalho e não faltam durante o mês.
Primeiramente é necessário conhecer a realidade dos servidores públicos da Prefeitura
Municipal para intervir com ações estratégicas, possibilitando a promoção e a prevenção da
insatisfação no trabalho e das doenças ocupacionais, as grandes vilãs do problema absenteísmo
no Município de Esperança do Sul.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
__________. Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm>. Acesso em: 11 out. 2014.
__________. Gestão de Pessoas: e o Novo Papel dos Recursos Humanos nas Organizações. 3.
Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
__________. Administração nos Novos Tempos. 2. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
COTRIM, G. Direito Fundamental: Instituições de Direito Público e Privado. 23ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2009.
ESPERANÇA DO SUL. Lei Municipal nº. 178, de 01 de fevereiro de 2011. Dispõe Sobre o (s)
Quadro (s) de Cargos, Remuneração, Funções Públicas do Município, Estabelece o Plano de
Carreira dos Servidores e dá outras providências. Disponível em:
<http://portal.cnm.org.br/sites/9200/9208/Legislacao/Lei178-PlanoCarreiraServid.pdf>. Acesso
em: 11 out. 2014.
__________. Lei Municipal nº. 294, de 02 de setembro de 2002. Dispõe Sobre o Regime
Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Esperança do Sul e dá outras providências
Disponível em: <http://portal.cnm.org.br/sites/9200/9208/textos/Lei294-RegimeJuridico.pdf>.
Acesso em: 11 out. 2014.
FERREIRA, A.B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, (s/n), 1986.
GIL, A. C. Gestão de Pessoas: Enfoque nos Papéis Profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.
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MOREIRA NETO, D. F. Curso de Direito Administrativo. 14ª ed. Rio de Janeiro: Forense, Rio
de Janeiro, 2005.
REIS, R. J.; et. Al. Fatores Relacionados ao Absenteísmo por Doença em Profissionais de
Enfermagem. Revista Brasileira de Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 5, 2003.
RIO GRANDE DO SUL. Lei Estadual nº. 10.638, de 28 de dezembro de 199. Cria o Município
de Esperança do Sul. Disponível em:
<http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas
=11462&hTexto=&Hid_IDNorma=11462>. Acesso em: 11 out. 2014.
SILVA, R. O. da. Teorias da Administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
ZAMBERLAN, L. et al. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas. Ijuí: Ed. Unijuí, 2014.
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Art. 1º - Fica instituída a folga remunerada no dia do aniversário ao servidor do Poder Executivo
Municipal, que não tiver se ausentado ao serviço, mediante atestado médico, por mais de 7
(sete) dias nos últimos doze meses anteriores ao mês de seu aniversário.
Art. 2º - A folga remunerada coincidirá com a data do seu aniversário, não podendo ser transferida
sob nenhuma hipótese.
§ ÚNICO - Se o servidor estiver afastado do serviço por qualquer motivo, ou em viagem a serviço, na
data de seu aniversário, perderá o direito ao gozo.
Art. 3º - Para usufruir o direito à folga no dia do aniversário o servidor deverá, com antecedência de
no mínimo 3 (três) dias úteis, protocolar pedido ao Prefeito Municipal para que seja
realizada a análise das condições previstas no art. 1º desta lei.
Art. 5º - O servidor ocupante de Cargo em Comissão, não sujeito ao controle de ponto, terá o direito
à folga no dia do seu aniversário, independente de análise de assiduidade, obedecendo as
demais regras para o gozo.
Art. 6º - Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação.
GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ESPERANÇA DO SUL,
Aos 02 dias do mês de Dezembro de 2014.
REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE:
Art. 2º - O valor da Gratificação Assiduidade será o equivalente a 10% do padrão de referência, que
será pago ao servidor junto à folha de pagamento do mês subsequente conforme controle de
efetividade.
Art. 3º – A assiduidade será controlada pelo setor competente, mediante controle da efetividade.
§ ÚNICO - Após registrar o ponto, o servidor deverá cumprir prontamente as ordens de seu superior,
para o exercício de suas tarefas. O descumprimento das ordens descaracterizará a
assiduidade, podendo acarretar em perda do direito à Gratificação Assiduidade do referido
mês, mediante informação formal do Secretário da Pasta ao Setor de Recursos Humanos.
Art. 5º – Não serão consideradas faltas, os abonos que o servidor necessitar em virtude de problemas
na leitura biométrica, até o limite de 5 abonos, correspondendo 1 abono para cada leitura
biométrica.
Art. 6º – A Gratificação Assiduidade, não será incorporada para fins de pagamento de 1/3 de férias,
gratificação natalina, aposentadoria, horas extras e outras vantagens ou gratificações
previstas em lei.
Art. 7º - Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação
e terá validade de um ano.
GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ESPERANÇA DO SUL,
Aos 02 dias do mês de Dezembro de 2014.
REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE: