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MANUAL

SERVIÇOS DE GESTÃO FINANCEIRA

ACSS
Administração Central do Sistema de Saúde I.P.

Manual de Procedimentos
Administrativos e Contabilísticos

SERVIÇO DE GESTÃO FINANCEIRA

MA.CHLP.014.00 1 / 69
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SERVIÇOS DE GESTÃO FINANCEIRA

Palavras-Chave: GESTÃO; FINANCEIRA; MANUAL

Destinatários Serviço de Gestão Financeira

Assinatura (s) Responsável (eis)


Elaboração Aprovação
pela Aprovação

Dr. Vitor Ramos


(Auditor Interno)
Conselho de Administração
Serviços de Gestão (Originais no Conselho de
Financeira Administração)

Data 2012.11.12
2012.11.21

MAPA DE REVISÕES
Assinatura do(s)
Responsável (eis)
Revisão Página(s) Motivo Data responsável(eis)
pela Revisão
pela aprovação

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SERVIÇOS DE GESTÃO FINANCEIRA

ÍNDICE

1. CONTABILIDADE GERAL E ORÇAMENTAL.................................................................................................. 5


1.1. Organização ........................................................................................................................................... 5
1.1.1. Organização da função ....................................................................................................................... 5
1.1.2. Atribuições e responsabilidades.......................................................................................................... 6
1.1.3. Segregação de funções ....................................................................................................................... 8
1.2. Princípios contabilísticos fundamentais ................................................................................................ 9
1.2.1. Princípios orçamentais ........................................................................................................................ 9
1.2.2. Princípios contabilísticos ..................................................................................................................... 9
1.3. Critérios valorimétricos........................................................................................................................ 11
1.3.1. Imobilizações..................................................................................................................................... 11
1.3.2. Existências ......................................................................................................................................... 12
1.3.3. Dívidas de e a terceiros ..................................................................................................................... 13
1.3.4. Disponibilidades ................................................................................................................................ 14
1.4. Áreas envolvidas .................................................................................................................................. 15
1.4.1. Facturação ........................................................................................................................................ 15
1.4.1.1. Objectivos ................................................................................................................................. 15
1.4.1.2. Procedimentos e controlos ...................................................................................................... 15
1.4.1.2.1. Facturação Geral ................................................................................................................... 15
1.4.1.2.2. Facturação à ACSS, IP ............................................................................................................ 17
1.4.1.2.3. Facturação Diversa ................................................................................................................ 19
1.4.1.2.3.1. Baseada em Despacho do Vogal Executivo ........................................................................ 19
1.4.1.2.3.2. Ensaios Clínicos, Jornadas, Encontros de Enfermagem...................................................... 20
1.4.1.2.3.3. Outras situações ................................................................................................................. 21
1.4.1.2.4. Notas de Crédito.................................................................................................................... 21
1.4.2. Receita .............................................................................................................................................. 24
1.4.2.1. Objectivos ................................................................................................................................. 24
1.4.2.2. Procedimentos e controlos ...................................................................................................... 24
1.4.3. Despesa ............................................................................................................................................. 33
1.4.3.1. Objectivos ................................................................................................................................. 33

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1.4.3.2. Procedimentos e controlos ...................................................................................................... 33


1.4.3.2.1. Recepção e lançamento de documentos .............................................................................. 33
1.4.3.2.2. Vencimentos / Descontos de Funcionários e Prestadores de Serviços ................................. 36
1.4.3.2.3. Pagamentos Gerais / Diversos ............................................................................................... 40
1.4.3.2.4. Expediente e Arquivo ............................................................................................................ 46
1.4.4. Tesouraria ......................................................................................................................................... 47
1.4.4.1. Objectivos ................................................................................................................................. 47
1.4.4.2. Procedimentos e controlos ...................................................................................................... 47
1.4.5. Gestão de contas a receber / Contencioso ....................................................................................... 55
1.4.5.1. Objectivos....................................................................................................................................... 55
1.4.5.2. Atribuições e responsabilidades..................................................................................................... 55
1.4.5.3. Procedimentos e controlos............................................................................................................. 55
1.4.5.4. Informação de Gestão.................................................................................................................... 59
1.4.5.4.1. Objectivo ............................................................................................................................... 59
1.4.5.4.2. Procedimentos ...................................................................................................................... 59
1.4.6. Gestão Orçamental e Financeira ...................................................................................................... 61
1.4.6.1. Objectivos ................................................................................................................................. 61
1.4.6.2. Procedimentos e controlos ...................................................................................................... 61
1.4.6.3. Dossier fiscal .................................................................................................................................. 65
1.4.6.3.1. Objectivos .............................................................................................................................. 65
1.4.6.3.2. Procedimentos e controlos ................................................................................................... 65
1.5. Fecho do período.................................................................................................................................. 66
1.5.1. Operações de fecho........................................................................................................................... 66
1.5.1.1. Objectivos ................................................................................................................................. 66
1.5.2. Encerramento e Abertura de exercícios ............................................................................................ 66
1.5.2.1. Objectivos ................................................................................................................................. 66
1.5.2.2. Procedimentos e controlos ...................................................................................................... 66
1.5.3. Prestação de contas e obrigações legais .......................................................................................... 67
1.5.3.1. Objectivos ................................................................................................................................. 67
1.5.3.2. Considerações .......................................................................................................................... 67
1.5.3.3. Procedimentos e controlos ...................................................................................................... 68

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1. CONTABILIDADE GERAL E ORÇAMENTAL

1.1. Organização

1.1.1. Organização da função

A função Serviços financeiros deverá estar organizada, tendo em conta a dimensão da Entidade
e complexidade das suas actividades, de acordo com a estrutura funcional apresentada, de
forma a:

a) Controlar as movimentações efectuadas nos registos contabilísticos;


b) Manter os registos contabilísticos actualizados;
c) Confirmar e controlar todos os fluxos financeiros;
d) Produzir e verificar a informação de gestão, orçamental, financeira e fiscal;
e) Manter o arquivo da documentação contabilística.

Serviço de Gestão
Financeira

Contabilidade Contabilidade Contabilidade


Geral Analítica Orçamental

Facturação Receita Despesa Tesouraria Contencioso

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1.1.2. Atribuições e responsabilidades

A coordenação da função Contabilidade geral reporta directamente aos Serviços Financeiros e


tem como atribuições e responsabilidades:
a) efectuar movimentos contabilísticos, através de documentos de operações diversas;
b) controlar movimentos contabilísticos efectuados automaticamente por interligação com
outras aplicações;
c) efectuar o encerramento dos períodos e exercícios assegurando a totalidade, exactidão
e validade do registo das transacções;
d) preparar declarações fiscais;
e) preparar e verificar informação de gestão;
f) preparar e verificar o “Dossier Fiscal”;
g) preparar e verificar as demonstrações financeiras;
h) gerir e manter todo o arquivo relacionado com o serviço, quer em termos de informação
contabilística como de todo o expediente;
i) acompanhar a actividade, revendo a informação produzida na sua função;
j) proceder à criação/alteração de contas, relativamente a dados gerais, em concordância
com os critérios definidos pela ACSS;
k) definir e fazer cumprir a data de fecho de contas mensal, segundo calendário próprio
que respeita o calendário anual emitido pela ACSS;
l) controlar custos / proveitos antecipados e efectuar lançamentos de especialização no
final de cada período, mensal e anual;
m) apurar e contabilizar a provisão fiscal para saldos de cobrança duvidosa;
n) proceder ao apuramento mensal do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA);
o) efectuar lançamentos contabilísticos;
p) conferir os movimentos contabilísticos efectuados automaticamente por interligação
com outras aplicações;
q) proceder às integrações dos consumos dos diferentes armazéns e das amortizações,
conferindo as listagens provenientes do Serviço de Aprovisionamento e que terão de ser
iguais às do Serviço de Gestão Financeira;
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r) proceder à circularização de saldos de terceiros, semestral e anualmente, analisando as


diferenças apuradas e efectuando os respectivos ajustamentos contabilísticos;
s) efectuar o controlo dos subsídios de investimento, mensalmente, determinando os
proveitos extraordinários a considerar em cada um dos anos;
t) efectuar ou controlar a execução dos procedimentos de fecho de período / exercício
definidos no “checklist” (reconciliação de saldos de contas pelo Razão com os
balancetes/informação produzida por outras aplicações, análise de saldos de contas,
etc.);
u) proceder ao encerramento físico dos períodos;
v) preparar e verificar informação de gestão, financeira e fiscal, através do preenchimento
do Tableau de Bord referente a proveitos, custos, compras, fornecimentos e serviços,
despesa com o pessoal e imobilizado;
w) preparar mapas de reporte de informação, conforme descrito no PCAH;
x) cumprir o calendário de envio dos mapas às diversas entidades, tendo o cuidado de
proceder à sua conferência prévia.

A função Contabilidade analítica reporta directamente aos Serviços financeiros e tem por
atribuições e responsabilidades:

a) criar / manter os centros de custo;


b) rateio de custos por centro de responsabilidade;
c) analisar informação produzida;
d) preparar mapas de reporte de informação, conforme descrito no PCAH;
e) preparar informação de gestão.

A função Contabilidade orçamental reporta directamente aos Serviços financeiros e tem por
atribuições e responsabilidades:

a) gerir os procedimentos de abertura, alterações e execução orçamental da receita e da


despesa;

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b) preparar o “Orçamento Anual” e efectuar a comparação e análise de desvios;


c) preparar mapas de execução orçamental, conforme descrito no POCMS;
d) analisar as variações em relação ao orçamento e saldos de período homólogo do
exercício anterior;
e) definir e fazer cumprir a data de fecho de contas orçamental, segundo calendário
próprio que respeita o calendário anual emitido pela ACSS.

1.1.3. Segregação de funções

A função Serviços de Gestão financeira, e respectivos serviços (Contabilidade geral /


orçamental / analítica, Facturação, Receita, Despesa, Tesouraria), deverá ser independente das
funções:

a) Compras;
b) Logística / Farmácia;
c) Serviços Clínicos (Produção);
d) Recursos Humanos.

A função Contabilidade geral não poderá:


a) Gerir valores;
b) Efectuar pagamentos;
c) Efectuar recebimentos.

A função Contabilidade orçamental não poderá:


a) Gerir valores;
b) Efectuar pagamentos;
c) Efectuar recebimentos.

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1.2. Princípios contabilísticos fundamentais

1.2.1. Princípios orçamentais

Na elaboração e execução do orçamento das instituições do Ministério da Saúde (MS) devem


ser seguidos os seguintes princípios orçamentais:

a) Princípio da anualidade: o orçamento dos serviços do MS é anual, coincidindo o ano


económico com o ano civil;
b) Princípio da unidade e universalidade: o orçamento dos serviços do MS é unitário e
compreende todas as receitas e despesas do sector;
c) Princípio da especificação: o orçamento discrimina suficientemente todas as despesas e
receitas nele previstas;
d) Princípio da não consignação: o produto de quaisquer receitas não pode ser afecto à
cobertura de determinadas despesas, salvo quando essa afectação for permitida por lei;
e) Princípio da não compensação: todas as despesas e receitas são inscritas pela sua
importância integral, sem deduções de qualquer natureza.

1.2.2. Princípios contabilísticos

Com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira, dos
resultados e da execução orçamental da entidade, e de acordo com o POCMS, deverão ser
aplicados os princípios contabilísticos fundamentais a seguir enunciados:

a) Princípio da entidade contabilística: constitui entidade contabilística todo o ente público


ou de direito privado que esteja obrigado a elaborar e apresentar contas de acordo com
o presente Plano. Quando as estruturas organizativas e as necessidades de gestão e
informação o requeiram, podem ser criadas subunidades contabilísticas, desde que
esteja devidamente assegurada a coordenação com o sistema central;
b) Princípio da continuidade: considera-se que a entidade opera continuamente, com
duração ilimitada;

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c) Princípio da consistência: considera-se que a entidade não altera as suas políticas


contabilísticas de um exercício para o outro. Se o fizer e a alteração tiver efeitos
materialmente relevantes, esta deve ser referida de acordo com o anexo às
demonstrações financeiras;
d) Princípio da especialização (ou do acréscimo): os proveitos e os custos são reconhecidos
quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento,
devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos períodos a que respeitem;
e) Princípio do custo histórico: os registos contabilísticos devem basear-se em custos de
aquisição ou de produção;
f) Princípio da prudência: significa que é possível integrar nas contas um grau de precaução
ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza sem, contudo, permitir a
criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de
activos e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso;
g) Princípio da materialidade: as demonstrações financeiras devem evidenciar todos os
elementos que sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões pelos
destinatários da informação;
h) Princípio da não compensação: os saldos de contas do activo e do passivo (balanço), de
contas de custos e perdas e de contas de proveitos e ganhos (demonstração dos
resultados) são apresentados em separado, não podendo ser compensados. Também
não poderá haver compensação entre contas de despesas e de receitas.

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1.3. Critérios valorimétricos

1.3.1. Imobilizações

O activo imobilizado, incluindo os investimentos adicionais ou complementares, deve ser


valorizado ao custo de aquisição ou ao custo de produção. Quando os respectivos elementos
tiverem uma vida útil limitada, ficam sujeitos a uma amortização sistemática durante esse
período, sem prejuízo das excepções expressamente consignadas:

a) Considera-se como custo de aquisição de um activo a soma do respectivo preço de


compra com os gastos suportados directa ou indirectamente para o colocar no seu
estado actual;
b) Considera-se como custo de produção de um bem a soma dos custos das matérias-
primas e outros materiais directos consumidos, da mão-de-obra directa e de outros
gastos gerais de fabrico necessariamente suportados para o produzir. Os custos de
distribuição, de administração geral e financeiros não são incorporáveis no custo de
produção;
c) Quando se trate de activos do imobilizado obtidos a título gratuito, deverá considerar-se
o valor resultante da avaliação ou o valor patrimonial definido nos termos legais ou, caso
não exista disposição legal aplicável, o valor resultante da avaliação segundo critérios
técnicos que se adeqúem à natureza desses bens. O critério de valorimetria aplicado
deverá ser explicitado e justificado em anexo adequado (nota 8.2.3 do POCMS, definido
pela Portaria nº 898/2000 de 28 de Setembro). Na impossibilidade de valorização dos
bens estes devem ser identificados em anexo e justificada aquela impossibilidade (nota
8.2.14);
d) No caso de inventariação inicial de activos cujo valor de aquisição ou produção se
desconheça, aplica-se o disposto no número anterior;
e) No caso de transferências de activos entre entidades abrangidas pelo Plano, o valor a
atribuir será o valor constante nos registos contabilísticos da entidade de origem, desde
que em conformidade com os critérios de valorimetria estabelecidos, salvo se existir
valor diferente fixado no diploma que autorizou a transferência ou, em alternativa, valor
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acordado entre as partes e sancionado por entidade competente. Na impossibilidade de


aplicação de qualquer destas alternativas, será aplicado o critério definido na alínea c);
f) Os bens de domínio público classificáveis como tal serão incluídos no activo imobilizado
da entidade responsável pela sua administração ou controlo, estejam ou não afectos à
sua actividade operacional. A valorização desses bens será efectuada de acordo com a
alínea e);
g) As despesas de instalação, bem como as de investigação e de desenvolvimento, devem
ser amortizadas no prazo máximo de seis anos;
h) Aos investimentos financeiros serão aplicáveis por analogia as disposições do POC;
i) Quando, à data do balanço, os elementos do activo imobilizado corpóreo e incorpóreo,
seja ou não limitada a sua vida útil, tiverem valor inferior ao registado na contabilidade,
devem ser objecto de amortização correspondente à diferença, se for de prever que a
redução desse valor seja permanente. Aquela amortização extraordinária não deve ser
mantida se deixarem de existir os motivos que a originaram;
j) Como regra geral, os bens do activo imobilizado não são reavaliados. Contudo, poderão
ser apresentadas propostas de reavaliação ao Grupo para a Normalização do POCMS,
que as submeterá à autorização da Comissão de Normalização Contabilística da
Administração Pública, salvo se existirem normas legais que autorizem e que definam os
respectivos critérios de valorização;
k) Sem prejuízo do princípio geral de atribuição dos juros suportados aos resultados do
exercício, quando os financiamentos se destinarem a imobilizações, os respectivos
custos poderão ser imputados à compra e produção das mesmas, durante o período em
que elas estiverem em curso, desde que isso se considere mais adequado e se mostre
consistente. Se a construção for por partes isoláveis, logo que cada parte estiver
completa e em condições de ser utilizada, cessará a imputação dos juros a ela inerentes.

1.3.2. Existências

a) As existências serão valorizadas ao custo de aquisição ou ao custo de produção, sem


prejuízo das excepções adiante consideradas;

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b) O custo de aquisição e o custo de produção devem ser determinados de acordo com as


definições adoptadas pelo imobilizado;
c) Se o custo de aquisição ou de produção for superior ao preço de mercado, será este o
utilizado;
d) Quando, na data do balanço, haja obsolescência, deterioração física parcial ou quebra de
preços, bem como outros factores análogos, deverá ser utilizado o critério referido na
alínea c);
e) Os subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos são valorizados, na falta de critério
mais adequado, pelo valor realizável líquido;
f) Como preço de mercado entende-se o custo de reposição ou o valor realizável líquido,
conforme se trate de bens adquiridos para a produção ou de bens para venda;
g) Entende-se como custo de reposição de um bem o que a entidade teria de suportar para
o substituir nas mesmas condições, qualidade, quantidade e locais de aquisição e
utilização;
h) Considera-se como valor realizável líquido de um bem o seu preço esperado de venda,
deduzido dos necessários custos previsíveis de acabamento e venda;
i) Relativamente às situações previstas nas alíneas c) e d), as diferenças serão expressas
pela provisão para depreciação de existências, a qual será reduzida ou anulada quando
deixarem de existir os motivos que a originaram;
j) O método de custeio das saídas de armazém adoptado é o custo médio ponderado.

1.3.3. Dívidas de e a terceiros

a) As dívidas de e a terceiros são expressas pelas importâncias constantes dos documentos


que as titulam. As operações em moeda estrangeira são registadas ao câmbio da data
considerada para a operação, salvo se o câmbio estiver fixado pelas partes ou garantido
por uma terceira entidade. À data do balanço, as dívidas de e ou a terceiros resultantes
dessas operações, em relação às quais não exista fixação ou garantia de câmbio, são
actualizadas com base no câmbio dessa data;

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b) Como princípio geral, as diferenças de câmbio resultantes da actualização na alínea a)


são reconhecidas como resultados do exercício e registadas nas contas 685 — «Custos e
perdas financeiros — Diferenças de câmbio desfavoráveis» ou 785 — «Proveitos e
ganhos financeiros — Diferenças de câmbio favoráveis». Tratando-se de diferenças
favoráveis resultantes de dívidas a médio e longo prazos, deverão ser diferidas, na conta
2748, caso existam expectativas razoáveis de que o ganho é reversível. Estas serão
transferidas para a conta 785 no exercício em que se realizaram os pagamentos ou
recebimentos, totais ou parciais, das dívidas com que estão relacionadas e pela parte
correspondente a cada pagamento ou recebimento;
c) Relativamente às diferenças de câmbio provenientes de financiamentos destinados a
imobilizações, admite-se que sejam imputadas a estas, somente durante o período que
tais imobilizações estiverem em curso;
d) À semelhança do que acontece com as outras provisões, as que respeitem a riscos e
encargos resultantes de dívidas de terceiros não devem ultrapassar as necessidades.

1.3.4. Disponibilidades

a) As disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no balanço do final do exercício


ao câmbio em vigor nessa data. As diferenças de câmbio apuradas são contabilizadas nas
contas 685 — «Custos e perdas financeiros — Diferenças de câmbio desfavoráveis» ou
785 — «Proveitos e ganhos financeiros — Diferenças de câmbio favoráveis»;
b) Relativamente a cada um dos elementos específicos dos títulos negociáveis e das outras
aplicações de tesouraria, serão utilizados critérios definidos para as imobilizações, na
medida em que lhes sejam aplicáveis.

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1.4. Áreas envolvidas

1.4.1. Facturação

1.4.1.1. Objectivos

Todas as prestações de serviços e/ou vendas de medicamentos são correcta e atempadamente


facturadas e de acordo com a legislação e contratos em vigor.

1.4.1.2. Procedimentos e controlos

A função Facturação, tem por base um sistema integrado entre o Serviço de Gestão Financeira
(SGF), Serviço de Gestão de Doentes (SGD), Serviço de Aprovisionamento e Serviço de Gestão de
Recursos Humanos (SGRH).

Na sua actividade estão compreendidas:

a) Facturação Geral baseada em Portaria própria, publicada em Diário da República, que


regulamenta os preços a praticar pelas instituições e serviços integrados no Serviço
Nacional de Saúde para as prestações de serviços de saúde neles realizadas;
b) Facturação à Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS) baseada no
Contrato Programa do respectivo ano a decorrer, celebrado entre esta entidade e o
Hospital;
c) Facturação Diversa, efectuada com base em Despacho do Vogal Executivo, que
estabelece os preços de serviços prestados ao exterior; incluí igualmente outros serviços
residuais, que não carecem desse Despacho;
d) Notas de Crédito para correcção de facturação emitida.

1.4.1.2.1. Facturação Geral

Mensalmente, o serviço de Facturação recebe, através de ficheiro informático com origem no


Serviço de Gestão de Doentes (SGD), todos os valores a facturar às diversas entidades,
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descriminados por utente e tipo de episódio, correspondentes à prestação de serviços de saúde


aos utentes do Hospital.

a) No SGD são preparados os episódios de urgência, consulta, internamento, meios


complementares de diagnóstico e terapêutica, que conferem se têm os elementos
completos e necessários à sua facturação, desde números de beneficiários correctos,
cópias das participações de acidentes de trabalho e/ou viação, requisições de exames,
cópias de cartões de seguro e doença para a facturação das assistências a emigrantes,
etc.
b) O SGD efectua uma pré-importação desses episódios, que se destina à conferência
daqueles elementos e caso não os possua, retira-os desse ficheiro de modo a evitar uma
facturação indevida;
c) Seguidamente o SGD efectua uma importação, altura em que o ficheiro fica ao dispor do
SGF e entrega neste serviço listagens por entidades, anexando os elementos acima
referidos;
d) Com base neste ficheiro o SGF executa o processamento de facturas, onde são atribuídos
os números das facturas às diversas entidades;
e) Também para processamento das facturas correspondentes recebe do Serviço de
Aprovisionamento listagens e requisições dos medicamentos a facturar às várias
Administrações Regionais de Saúde (ARS) e/ou Agrupamentos de Saúde;
f) Seguidamente emite as facturas em triplicado: o original vai para o correio, uma cópia
fica arquivada, por data de assistência, para que o serviço de contencioso acompanhe a
sua situação e a outra cópia fica no arquivo numérico;
g) Todos os originais são carimbados e assinados;
h) Emite ofícios em duplicado, o original acompanha a factura para a entidade e o
duplicado fica no arquivo do expediente do SGRH (para Companhias de Seguros os
ofícios são emitidos em triplicado que ficam arquivados no SGF para juntar a um
eventual processo de contencioso);

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i) Anexa às cópias das facturas os documentos enviados pelo SGD e/ou aos originais,
quando solicitados;
j) Na facturação de medicamentos às ARS’s tem que se juntar sempre ao original da
factura, as requisições, que lhe deram origem;
k) Na facturação das prestações de saúde aos emigrantes têm que se juntar sempre o
Cartão de Seguro e Doença actualizado:
l) Na facturação a outros hospitais, tem que juntar o respectivo termo de responsabilidade
desse hospital, assumindo o encargo financeiro pela despesa efectuada;
m) Efectua a envelopagem dos originais da factura e do ofício e faz o registo dos CTT em
folha própria de todos os ofícios e entrega-os na Secretaria-geral para a sua expedição;

1.4.1.2.2. Facturação à ACSS, IP

Mensalmente é feita uma factura com base no Contrato Programa anual, celebrado entre a
ACSS e o Hospital, abrangendo os utentes beneficiários do SNS e de subsistemas públicos,
assistidos por motivo de doença natural.
O processo passa pelos procedimentos seguintes:

a) Inicia-se com o envio mensal de um ficheiro pelo SGD para a ACSS, de acordo com as
instruções específicas desta;
b) Este ficheiro será validado pela ACSS que dá conhecimento ao SGD e este ao SGF;
c) O SGF, através da Facturação, valida e emite a factura fazendo a conferência entre as
suas linhas de produção e respectiva contabilização no POCMS. Caso esteja tudo
correcto, envia-a em formato de papel para aquela entidade (ACSS).

As facturas emitidas para a ACSS abrangem as seguintes situações:

a) Facturas relativas ao Contrato Programa que incluem:


i. As prestações de serviços de saúde nas suas várias linhas de produção;
ii. Consultas;
iii. Urgências;

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iv. Internamento;
v. Serviço domiciliário;
vi. Hospital de dia;
vii. Cirurgia de ambulatório: GDH cirúrgicos e GDH médicos;
viii. Medicamentos;
ix. Internato Médico - neste caso, a origem do procedimento está no Serviço de Gestão
de Recursos Humanos que, mensalmente, envia ao SGF um ficheiro com o nome e
identificação dos médicos naquela situação. O SGF, após conferência, converte o
ficheiro em formato electrónico de acordo com as orientações que constam no
Contrato-Programa e envia-o para validação; posteriormente é enviada a factura em
formato papel.

b) Assistência na área da Saúde Mental prestada por Ordens Religiosas - enquadrado nos
denominados Programas Específicos do Contrato-Programa: mensalmente, são emitidas
facturas à ACSS referentes ao internamento de doentes mentais cujo encargo é da
responsabilidade do Hospital, com base num valor de diária por doente, fixado
anualmente pela ACSS.

c) Incentivos aos Transplantes: também enquadrado nos programas específicos do


Contrato-Programa - no seguimento de colheitas de órgãos efectuadas no Hospital são
emitidas facturas com base na informação fornecida pela ACSS sobre os valores a
considerar.

Para cumprimento do objectivo de que todos os serviços têm de ser facturados, é efectuado um
registo em folha de Excel com todos os elementos destas transacções que comporta:

a) Registo de todas as facturas do Contrato Programa a decorrer, de modo a que no final do


ano, o valor total seja igual ao da ACSS, não só por factura, como também por linha de
produção;

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b) Registo das facturas por rubrica orçamental do Plano Oficial de Contas, de modo a que o
valor das contas 712… do balancete analítico seja igual ao total de cada linha de
produção;
c) Registo de todos os valores pagos pela ACSS: adiantamentos por conta do Contrato
Programa do próprio ano, de anos anteriores (regularizações finais) e pagamento de
facturas extra - Contrato Programa. No final de cada ano, a ACSS emite uma certidão de
todos os pagamentos efectuados, cujo valor tem que ser exactamente igual ao do
Hospital;
d) Registo de notas de crédito emitidas à ACSS, referentes a assistências prestadas e
recebidas pelo Hospital, na sequência de pedido de indemnização cível ou liquidadas por
outras entidades, após já terem sido incluídas na facturação à ACSS, do próprio ano ou
de anos anteriores.

1.4.1.2.3. Facturação Diversa

Mensalmente existem serviços prestados ao exterior, sujeitos a emissão de factura. Estes


serviços são reportados ao SGF através de e-mail, ofícios, despachos ou outros, pelo que esta
facturação tem que ter sempre uma informação de suporte às facturas que forem emitidas.
A Facturação executa os seguintes procedimentos: emite a factura em triplicado em que o
original segue para o correio, uma cópia para o arquivo alfabético e uma cópia para o arquivo
numérico. Os originais são acompanhados de ofício, registados e entregues no Expediente do
SGRH para posterior envio pelos CTT.

1.4.1.2.3.1. Baseada em Despacho do Vogal Executivo

Actualmente abrange os seguintes destinatários:

a) Instituto de Medicina Legal – efectuada a partir de um protocolo de colaboração entre


esta entidade e o Hospital, que dá origem a uma factura mensal de determinado valor,
pela ocupação do espaço;

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b) Diaton – mensalmente é elaborada uma factura de valor fixo e referente ao consumo de


vapor;
c) Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária – é elaborada, mensalmente, uma factura
referente às colheitas de sangue, exames de despiste de psicotrópicos,
exames/observação médica e transporte de amostras de sangue/urina para o IML. Esta
factura é emitida de acordo com listagens entregues pela secretária do Serviço de
Urgência, acompanhadas de requisições daquela entidade, na sequência de acidentes de
viação para apuramento da condição física/psíquica dos condutores;
d) Estágios – perante a existência de protocolos celebrados entre várias Escolas Superiores
de Saúde e o Hospital para a realização de estágios dos seus alunos, são emitidas
facturas, após confirmação dos responsáveis pelos vários serviços aonde decorrem os
estágios;
e) Serviço de Esterilização – o SGF procede à emissão de facturas de esterilização de
material com base na informação dada por aquele serviço quando esta é disponibilizada;
f) Taxação telefónica – mensalmente, o Serviço de Instalações e Equipamentos (SIE) envia
por e-mail as listagens das chamadas telefónicas efectuadas durante o mês em causa
pelas empresas residentes no HSA, indicando o valor a facturar. Após a emissão das
respectivas facturas, as empresas que têm endereço electrónico recebem por e-mail as
listagens em formato PDF e a informação do nº e valor da factura emitida.

1.4.1.2.3.2. Ensaios Clínicos, Jornadas, Encontros de Enfermagem

Na sequência de uma política que visa desenvolver o potencial do Hospital, desenvolvem-se


vários estudos clínicos, em colaboração com laboratórios ou outras entidades, assim como se
realizam várias Jornadas e Encontros de Enfermagem, organizados pelos Serviços.

a) Em relação aos ensaios clínicos, existe sempre no SGF uma cópia do protocolo celebrado
entre a entidade colaborante e o Hospital. Procede à emissão de factura após recepção
da informação do valor correspondente, indicando o ensaio em causa.

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b) Na realização das Jornadas, o Serviço do Hospital que as promove, envia ao SGF por e-
mail, pedidos de emissão de facturas, referentes a donativos/patrocínios, inscrições.
c) Nos Encontros de Enfermagem promovidos pelos vários serviços, o SGF recebe
igualmente por e-mail, pedidos de emissão de facturas, para as mesmas situações
(donativos/patrocínios, inscrições).

Nas situações referidas nas al. b) e c), é entregue uma cópia das facturas emitidas à Gestão
Orçamental e Financeira, que recolhe igualmente cópia dos documentos relativos às despesas
de cada evento, para efectuar um controlo da respectiva conta corrente.

1.4.1.2.3.3. Outras situações

Estão igualmente sujeitas a facturação, outras fontes de receita que podem abranger:

a) Venda de Sucata
b) Danos causados por terceiros devidamente identificados
c) ……

Anualmente, com data de referência a 31 de Agosto, a Facturação emite uma factura, (nos
primeiros cinco dias úteis de Setembro), à entidade que explora a Farmácia do Hospital, de
acordo com o contrato assumido entre os intervenientes. Para elaboração da factura recebe a
informação da responsável do serviço que, por sua vez, a recebe do Auditor Interno, que os
calcula com base nas duas componentes da renda: variável e fixa.
O envio da factura para o cliente segue os trâmites normais mas com a indicação de que o envio
deverá ser feito em correio registado.

1.4.1.2.4. Notas de Crédito

As notas de crédito são emitidas em duplicado ou triplicado, se tiverem de ser enviadas para o
exterior, ficando uma junto à factura a corrigir e uma cópia para arquivo numérico.

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As notas de crédito são sempre solicitadas pelo Serviço de Contencioso através de um


memorando. Em muitas situações é necessário o parecer do Vogal Executivo, tendo por base os
seguintes factos:
a) A responsabilidade financeira passou de uma seguradora/entidade para outra e neste
caso, após emissão da nota de crédito, procede-se à emissão de cópia da factura inicial
para uma outra em nome da nova entidade, onde constem os novos elementos desta;
b) Existindo um determinado capital disponível, não cobrindo a totalidade da nossa factura,
envia-se o original da nota de crédito, pela diferença entre o total da factura e o valor do
capital, para a entidade em causa, de modo a poder descontá-la, quando efectuar o
pagamento da respectiva factura;
c) Pela execução de uma sentença, no âmbito de uma acção judicial, que absolve a
entidade pagadora em causa;
d) Quando se torna impossível localizar o sinistrado, não sendo viável instaurar processo
judicial.

Para garantir a facturação de todas as prestações de serviços prestados pelo Hospital e quando
se torna inviável a cobrança de uma factura, sendo o utente beneficiário do SNS, o Serviço de
Contencioso submete à consideração do Vogal Executivo pedido de facturação dessas
prestações de serviços à ACSS, com a consequente anulação das facturas emitidas a terceiros.
Caso seja aceite, é emitida a respectiva nota de crédito. Seguidamente, faz-se um registo em
mapa de Excel com o nome, nº de utente, nº de episódio, nº factura, nº nota de crédito, que é
enviado ao SGD por e-mail. Este serviço prepara os episódios para facturação à ACSS, que serão
incluídos nas facturas do Contrato Programa.

À área da Facturação estão ainda atribuídos os seguintes serviços:

a) Registo em folhas de Excel de


i. Circulares Informativas, Normativas, Regulamentos Internos, procedendo ao seu
arquivo em papel e em pasta própria, após serem assinadas por todos os
elementos do SGF;

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ii. Circulares da ACSS, da ARS, despachos de medicamentos, pareceres/despachos


do Vogal Executivo, etc, necessários ao normal funcionamento do serviço;
b) Abertura de códigos de entidades na tabela de clientes, mantendo-a actualizada e
dentro das normas em vigor;
c) Arquivo das diversas Portarias, publicadas pelo Ministério da Saúde, que regulamentam
os preços a praticar pelas instituições e serviços integrados no SNS para as prestações de
saúde neles realizadas;
d) Requisição (por via informática) ao Serviço de Aprovisionamento de material de
consumo administrativo;
e) Requisição (por via informática) ao Serviço de Instalação e Equipamentos (SIE) de
transporte para deslocações em serviço dos funcionários;
f) Requisição (por via informática) de reparação ao SIE do mobiliário administrativo.

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1.4.2. Receita

1.4.2.1. Objectivos

Todas as cobranças (excluídas as relativas a taxas moderadoras), são correcta e atempadamente


registadas nas contas a receber/clientes.

1.4.2.2. Procedimentos e controlos

A função Processamento da receita:

Recebe, diariamente,

a) Da Secretaria-Geral
I. Listagem dos cheques recebidos dos clientes e respectiva correspondência que
acompanha esses pagamentos
II. Listagem dos vales postais recebidos da segurança social respeitantes às pensões
mensais dos doentes da psiquiatria.
b) Da Tesouraria
I. Comprovativos das transferências bancárias efectuadas por clientes e utentes

A partir da listagem dos cheques

a) Confere os cheques e a correspondência que os acompanha e verifica o seu registo na


listagem (nº de registo, data da entrada, nome do cliente e valor). Depois da listagem
conferida, assinada e datada, arquiva o original na pasta própria para o efeito, de forma
sequencial, por data, e entrega cópia na secretaria-geral;
b) Executa o processamento dos cheques, emite os recibos das facturas liquidadas pelos
clientes. Entrega na Tesouraria duas vias de cada recibo, ofício a enviar recibo e o
respectivo cheque, para conferência e validação. Depois de conferido pela tesoureira é-
lhe devolvido o ofício e uma via do recibo, que por sua vez é entregue na Secretaria-
geral do Serviço de Gestão Recursos Humanos – para registo e envio ao cliente;

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c) Tratando-se de facturas com despesas judiciais e/ou despesas efectuadas com


solicitadores, são emitidas vendas a dinheiro referentes a essas despesas;
d) Se o cheque incluir juros de mora, quando a factura é seleccionada aparece a informação
do valor de juros em dívida; se esse valor for aceite, procede-se de seguida à emissão de
recibo, conforme mencionado no ponto anterior;
e) Quando o cheque não inclui juros de mora e se refere a facturas vencidas há mais de 30
dias, ao seleccionar a factura para emissão de recibo, o sistema informa o valor de juros
de mora já vencidos. Emite-se o recibo sem o valor dos juros e o aviso de juros de mora
no valor em causa, enviando-se o aviso acompanhado de ofício. O recibo só será enviado
aquando do pagamento do aviso de juros de mora;
f) Quando o cheque liquida o aviso de juros de mora, esse aviso é convertido em factura.
Efectua-se a emissão do recibo e ofício para envio ao cliente, anexa-se o recibo que se
encontrava pendente e entrega-se na Secretaria-geral para expedição;
g) Todo o expediente é arquivado em pasta própria para o efeito, sendo que
I. Os avisos de juros de mora, são arquivados de forma sequencial, por data;
II. O expediente desses avisos de juros de mora, é arquivado por ordem alfabética e
por data (uma via do aviso de juros de mora, uma via do oficio de juros de mora,
o recibo e cópia do oficio que acompanhou o cheque).

A partir da listagem dos vales postais (para os doentes da psiquiatria)

a) Confere os vales postais (nº de registo, data da entrada, nome do doente e valor).
Depois da listagem conferida, assinada e datada, arquiva o original na pasta própria para
o efeito, de forma sequencial, por data, e entrega cópia na secretaria-geral;
b) Procede ao lançamento dos vales postais na conta corrente de cada um dos doentes da
psiquiatria, emitindo uma guia de receita de fundos alheios (Rub.orç.Fin.268), em
triplicado, com a descrição do mês a que se refere a pensão. Entrega na Tesouraria os
vales postais para depósito bancário e respectiva guia de receita;
c) Arquiva uma das guias de receita na pasta da psiquiatria e outra na pasta das guias de
fundos alheios, de forma sequencial, por data.

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A partir dos comprovativos de transferências bancárias feitas por clientes e utentes

a) Emite recibos, em duplicado, das transferências bancárias referentes a pagamentos de


facturas. Entrega na Tesouraria duas vias de cada recibo, ofício a enviar recibo e o
respectivo comprovativo da transferência bancária, para conferência e validação. Depois
de conferido pela Tesoureira é-lhe devolvido o ofício, o comprovativo da transferência
bancária e uma via de recibo, sendo este e o ofício entregue na Secretaria-geral do
Serviço de Gestão Recursos Humanos, para registo e envio ao cliente.

I. Se a transferência bancária incluir juros de mora, efectua os procedimentos


descriminados na alínea d) do recebimento por cheque;
II. Se a transferência bancária não inclui juros de mora e se refere a facturas
vencidas há mais de 30 dias, efectua os procedimentos descriminados nas alíneas
e) e f) do recebimento por cheque.

b) Emite recibos, em duplicado, das transferências bancárias referentes a pagamentos de


taxas moderadoras. Entrega na Tesouraria duas vias de cada recibo e o respectivo
comprovativo da transferência bancária, para conferência e validação. Depois de
conferido pela Tesoureira é-lhe devolvido uma via de recibo, que é entregue na
Secretaria-geral do Serviço de Gestão Recursos Humanos – para envio ao cliente.

Recebe da função Despesa a listagem de documentos processados por esta para:

a) Emitir vendas a dinheiro, em duplicado, referentes a descontos financeiros efectuados


sobre as facturas dos fornecedores;
b) Emitir guias de receita, em duplicado, referente a IRS retido nos pagamentos a
prestadores de serviços (recibos verdes). A Despesa processa o pagamento pelo total,
sem dedução de IRS, e a Receita elabora a guia de receita do IRS;
c) Emitir os recibos das facturas de clientes nos casos em que exista encontro de contas
entre Receita e Despesa;

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Após a elaboração destes procedimentos entrega na Tesouraria, para conferência, duas vias
de vendas a dinheiro, duas vias de recibos e uma via da guia de receita fundos alheios e
arquiva na pasta das guias de receita a outra guia.
Tem igualmente por função emitir Vendas a Dinheiro nas seguintes situações:
a) Contrato de arrendamento - entrega na Tesouraria duas vendas a dinheiro, e na Despesa
cópia da venda a dinheiro e do cheque (a Despesa emite uma Autorização de Pagamento
referente ao valor do IRC). Regista o valor de IRC no mapa correspondente e arquiva na
pasta de IRC, cópia da venda a dinheiro, a autorização de pagamento e o documento do
banco ou cópia do cheque;
b) Concessões de exploração - entrega na Tesouraria duas venda a dinheiro e arquiva uma
cópia na pasta do IVA e outra na pasta das Guias de Receita Fundos alheios;
c) Prestação de serviços dos CTT - quando recebe o cheque dos CTT emite uma venda a
dinheiro e entrega na Tesouraria;
d) A pedido da Farmácia e Armazéns, emite vendas a dinheiro em quadruplicado, referente
à venda de medicamentos ou material de consumo, em nome do utente, acrescentando
uma percentagem de 20% do valor mencionado no mapa da Farmácia/Armazém;
entrega na Tesouraria dois originais e uma cópia da venda a dinheiro e arquiva a outra
cópia na pasta das vendas a dinheiro juntamente com a receita médica e mapa da
Farmácia/Armazém;
e) Fotocópias fornecidas pela biblioteca - entregam na Tesouraria dois originais da venda a
dinheiro e arquiva uma cópia na pasta das vendas a dinheiro juntamente com mapa da
biblioteca;
f) Venda de cadernos de encargos - entrega na Tesouraria dois originais e uma cópia da
venda a dinheiro e entrega outra cópia carimbada no Serviço de Aprovisionamento;
g) Juros de aplicações financeiras – através da listagem de Aplicações de Tesouraria – CEDIC
e documento do Banco, emite venda a dinheiro em nome de Instituto Gestão Tesouraria
e Crédito Publico, IP. Entrega na Tesouraria uma venda a dinheiro, regista o valor de IRC
no mapa correspondente e arquiva na pasta de IRC cópia da venda a dinheiro, a
autorização de pagamento e o documento do banco.

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h) Entrega de valores pelo Serviço de Gestão de Doentes referente a recibos emitidos


manualmente na consulta externa relativos a taxas moderadoras dos utentes - entrega
na Tesouraria uma venda a dinheiro e arquiva a cópia na pasta própria das vendas a
dinheiro, juntamente com o documento do Serviço de Gestão de Doentes.
i) Inscrições na participação em jornadas organizadas no Hospital cujos valores são
entregues pelo GEFOP juntamente com uma declaração comprovativa - entregam na
Tesouraria um original e uma cópia da venda a dinheiro. Depois de conferido é-lhe
devolvida a cópia carimbada, que entrega ao Serviço Gestão Orçamental e Financeira
(que faz o controlo das contas correntes dos serviços envolvidos na organização das
jornadas); arquiva também cópia da venda a dinheiro juntamente com a declaração na
pasta das vendas a dinheiro.

Relativamente aos doentes da UIDEPP, a Receita:


1. Contabiliza, mensalmente, os juros da conta bancária dos doentes da UIDEPP sendo os
valores distribuídos proporcionalmente aos seus saldos.
2. Na pasta da psiquiatria arquiva-se: guia de receita, venda a dinheiro, listagem Excel,
documento do banco, autorização de pagamento de fundos alheios e autorização de
pagamento da retenção de IRC.
3. Regista o valor de IRC no mapa correspondente e arquiva na pasta de IRC a venda a
dinheiro, a autorização de pagamento e o documento do banco.

O responsável da Receita, diariamente

1. Faz a exportação da facturação mensal e facturação diversa, importa a facturação geral e


diversa, tendo em conta que as listagens de facturação têm que ser iguais às da
integração na contabilidade. Informa a Tesouraria quando termina este procedimento.

2. Confere as listagens referentes às emissões de cobrança de fundos próprios e fundos


alheios, com os documentos, emitidos nesse dia, devolvidos à Receita pela Tesouraria.

3. Entrega os recibos emitidos ao Serviço Contencioso, a fim de registarem o pagamento


das facturas, que os devolve para que sejam conferidos novamente pela listagem, para

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posterior arquivo em pastas próprias para esse efeito.

Mensalmente

1. Emite uma guia de receita dos adiantamentos por conta do contrato programa da ACSS,
registando, para controlo, os valores num mapa em Excel.
2. Estes adiantamentos podem incluir deduções de facturas de fornecedores ou
recebimentos de facturas de clientes (Clearing House)1, pelo que além da emissão da
guia de receita, emitem-se recibos das facturas liquidadas e enviam-se para os
respectivos clientes.
Estes documentos são entregues na Facturação para registo em folha de Excel e cópia
dos recibos validados à Despesa.

Mensalmente e em matéria fiscal:

1. Procede ao apuramento do IVA.


2. Verifica se o valor da conta 2435 do balancete analítico corresponde ao valor da
operação diversa e se está saldada;

Outros procedimentos desenvolvidos pela Receita:

1. No pagamento em prestações efectuado pelos clientes é emitida mensalmente uma guia


de receita em nome do cliente, pelo valor acordado entre as partes (cliente e Hospital),
mencionando o número do processo em Tribunal e/ou número de factura. Entrega na
Tesouraria dois originais, para conferência e validação. Depois de conferido por esta é-
lhe devolvida uma guia que será enviada ao cliente, juntamente com o respectivo oficio,
através da Secretaria-geral que efectua o seu registo.
Arquiva uma guia de receita na pasta de fundos alheios e outra na pasta das prestações
por ordem alfabética e regista este adiantamento no mapa das prestações, em folha de
Excel.

1
Os saldos de facturas inter serviços do Sistema Nacional de Saúde são geridos pelo IGIF, através de uma Clearing
House, a qual permite a regularização e monitorização de facturas inter serviços do SNS e revisão e automatização
do processo de facturação das unidades de saúde.

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Quando o cliente efectua o pagamento da última prestação, devolve à Receita todas as


guias de receita emitidas anteriormente, sendo todas entregues na Despesa a fim de ser
emitida uma autorização de pagamento no valor total das guias de receita e emite-se o
recibo da factura pelo total da dívida. As duas vias do recibo são entregues na
Tesouraria, para verificação e validação; um recibo é entregue em mão ao cliente ou
enviado pelo correio com o respectivo ofício.

2. Quando, por lapso, são feitos pagamentos em duplicado, são emitidos os recibos das
facturas correctas e o valor enviado a mais é lançado como Adiantamento. Efectua os
procedimentos normais junto da Tesouraria. A cópia da guia de receita relativa ao
adiantamento e o oficio que acompanha o cheque ou comunicação da transferência são
arquivados na pasta de fundos alheios, por ordem alfabética e lançada no mapa de
fundos alheios em folha de Excel. No ofício a enviar os recibos, informa-se que o
pagamento foi em duplicado e solicita-se a sua dedução num próximo pagamento ou
pedido de reembolso, tendo em atenção que:

a) Se na conta corrente das entidades em causa existem avisos de juros de mora a


aguardar liquidação, o valor enviado a mais é deduzido nessa divida;
b) Se o pagamento incluir facturas que já vencem juros de mora e não estão a ser
considerados, também se irá abater o valor ao montante existente na conta
corrente.
c) Em todas as situações são enviados ofícios a comunicar esses procedimentos.

3. Baseado no Mapa de Descontos entregue mensalmente pela Despesa, referentes aos


descontos efectuados nos vencimentos, emite três guias de receita em duplicado.
Entrega na Tesouraria os originais das três guias de receita, arquiva os duplicados na
pasta de fundos alheios e devolve o Mapa à Despesa.
Quando a listagem dos vencimentos faz referência a penalidades contratuais dos
funcionários, é emitida uma venda a dinheiro em duplicado em nome do(s)
funcionário(s). Entrega na Tesouraria uma via da venda a dinheiro e arquiva cópia na

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pasta das vendas a dinheiro, juntamente com cópia da listagem das penalidades
contratuais.

4. Pedidos de Indemnização Cível - através de e-mail, indicando o número do utente,


nome, data do episódio, número do registo do episódio e o nome de quem pretende
liquidar a dívida, solícita ao Serviço Gestão Doentes a disponibilidade de nova recolha
desse episódio, se já facturado à ACSS, (nº factura e data) dado que a entidade
responsável foi condenada por sentença judicial a pagar essas despesas.
Após essa disponibilidade faz a recolha do episódio, através de uma nova factura e emite
o respectivo recibo, (documentos enviados ao cliente depois de validados pela
Tesouraria e registados pela Secretaria-geral ou entregues em mão ao cliente, no caso
deste efectuar o pagamento ao balcão).
Arquiva cópia de todos os documentos no processo e entrega à Facturação, para
emissão de nota de crédito à ACSS, evitando-se, sempre, a duplicação da facturação.

5. Quando solicitado pelos clientes, dá autorização para consulta da situação tributária e


contributiva do Hospital por via electrónica, no site da DGCI e da Segurança Social.
Arquiva na pasta própria para o efeito o e-mail do cliente assim como cópias dos
comprovativos para consulta.

6. Elabora a emissão para funcionários do cartão personalizado de acesso á porta do piso


01 emitindo uma guia de receita (adiantamento) em seu nome, em quintuplicado (três
originais e duas cópias). São entregues à tesoureira dois originais e uma cópia, o outro
original é arquivado na pasta de guias de receita, por ordem numérica; outra cópia é
arquivada na pasta dos cartões dos funcionários por ordem de número mecanográfico.
Regista numa listagem própria o número da guia de receita e o nome do funcionário.
Quando é solicitada uma segunda via do cartão personalizado por extravio, são emitidas
quatro vendas a dinheiro. São entregues na Tesouraria dois originais e uma cópia; a
outra cópia é arquivada na pasta própria dos cartões, juntamente com os documentos já
existentes na pasta. Nesta data procede-se à regularização da guia de receita
(adiantamento) emitida inicialmente, através de uma autorização de pagamento

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efectuada pela Despesa e de uma venda a dinheiro revertendo esse valor a favor do
Hospital, uma vez que o funcionário, por ter solicitado uma segunda via do cartão, perde
o direito ao adiantamento. São entregues na Tesouraria um original, uma cópia para a
Despesa e a outra cópia é arquivada na pasta própria dos cartões, juntamente com os
documentos já existentes na pasta.
Quando o funcionário pretende devolver o cartão é-lhe devolvido o adiantamento
efectuado inicialmente, mediante a emissão de uma autorização de pagamento
efectuada pela Despesa.

7. No caso de ser solicitada segunda via do cartão de identificação é emitida uma venda a
dinheiro, em quadruplicado. São entregues na Tesouraria dois originais e uma cópia; a
outra cópia é arquivada na pasta própria dos cartões por ordem alfabética.

8. Deve manter actualizado todo o ficheiro de clientes.

9. Procede ao arquivo de todos os documentos da Receita.

MA.CHLP.014.00 32 / 69
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1.4.3. Despesa

1.4.3.1. Objectivos

Assegurar que todas as facturas, notas de crédito e notas de débito são correctamente
recepcionadas, identificadas, têm forma legal, são atempadamente registadas nas contas
adequadas, pelos valores correctos e liquidadas em prazo.

1.4.3.2. Procedimentos e controlos

1.4.3.2.1. Recepção e lançamento de documentos

Considerando que todas as aquisições de bens e serviços são efectuadas pela função
Aprovisionamento (Compras), esta entrega documentos a contabilizar provenientes dos
armazéns, da farmácia, do imobilizado e de serviços.
Com excepção dos serviços prestados por terceiros, os documentos são lançados pelo próprio
serviço de Aprovisionamento e entregues no serviço de gestão financeira acompanhados de
uma listagem que corresponde aos documentos lançados e entregues.

De acordo com a sua proveniência, os procedimentos contemplam:

a) Dos Armazéns e Farmácia

I. Relativamente às notas de encomenda e facturas confere-se o nº da nota de


encomenda e data, nº e valor da factura.
II. Verificar se o valor e data dos movimentos da listagem entregue pelo Serviço de
Aprovisionamento é igual ao do Serviço de Gestão Financeira (SGF).
III. Será também conferido o prazo de pagamento que está inscrito na nota de
encomenda. Este prazo será diferente ao acordado para possíveis descontos
financeiros.
IV. Após validação da conferência, os movimentos são integrados na contabilidade (as
facturas e notas de encomenda são exportadas pelo Aprovisionamento e
integradas no SGF).

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b) Do Imobilizado

I. Relativamente às notas de encomenda e facturas confere-se o nº da nota de


encomenda e data, nº e valor da factura, assim como o tipo de serviço associado e
o respectivo centro de custo;
II. Se tudo estiver correcto, efectuar todo o procedimento descrito na alínea anterior
e, em seguida, as facturas e notas de encomenda são exportadas pelo
Aprovisionamento e integradas no SGF);

c) De Prestação de serviços

I. Relativamente às notas de encomenda e facturas confere-se o nº da nota de


encomenda e data, nº e valor da factura, assim como o tipo de serviço associado e
o respectivo centro de custo;
II. Após validação da conferência, efectuar o seu lançamento na contabilidade
(introduzir o nº da nota de encomenda, nº e data da factura e data de referência a
que diz respeito a prestação de serviço);
III. Confere-se o prazo de pagamento que está inscrito na nota de encomenda. Este
prazo será diferente ao acordado para possíveis descontos financeiros.
IV. Se tudo estiver correcto, as facturas e notas de encomenda são exportadas para a
contabilidade;

A função Despesa deverá igualmente que ter em consideração os seguintes procedimentos:

a) Os documentos a serem lançados no SGF que estejam afectos a diversos centros de


custos terão que ser lançados de acordo com a distribuição correcta para cada um deles.

b) Nas aquisições intracomunitárias, devido ao facto das mesmas não conterem Iva e deste
imposto dever estar reflectido contabilística e fiscalmente, à função Despesa compete
verificar e confirmar a recepção de uma nota de encomenda adicional justificada com
cópia da factura original desse fornecedor externo, emitida em nome da “Autoridade
Tributária e Aduaneira” para que seja depois considerada aquando do cálculo e

MA.CHLP.014.00 34 / 69
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pagamento do IVA. É colocada fotocópia na Tesouraria, na pasta do IVA, com indicação


da data de lançamento e respectivo valor;

c) Rever todos os documentos que são integrados no sentido de verificar e cumprir


possíveis prazos de pagamento e descontos acordados com os fornecedores. Para tal, é
vista e cruzada a informação contida na Nota de Encomenda, tanto no campo das
“Observações” como nos “Dias Pagamento”, assim como a existente na tabela de
fornecedores criada com essa finalidade e constantemente actualizada. Por norma, o
que está mencionado nas “observações” diz respeito a desconto financeiro que poderá
ser efectuado se pago num determinado prazo. Os “Dias Pagamento” apenas dizem
respeito ao prazo máximo em que deverá ser pago o documento.
No caso de existir informação divergente em cada um desses pontos, deverá esclarecer-
se a situação da seguinte forma:

i. Se for com base na listagem do SGF, verifica-se o documento que deu direito a
essa informação (contrato, deliberação do CA ou outro);
ii. No caso de divergência na nota de encomenda, esclarecer a situação com o
serviço de Aprovisionamento;

d) Antes de emitir a autorização de pagamento deverá verificar a existência das declarações


de situação tributária e contributiva, devidamente actualizadas para todos os
pagamentos de bens e serviços (inclusive recibos verdes) superiores a € 4.988.
No caso de não existirem os documentos, fazer o pedido à entidade, para que,
preferencialmente, seja dada ao Hospital autorização para a consulta online no site da
Segurança Social e das Finanças.
Caso se verifique alguma dívida a estas entidades, confirma o pagamento com a
respectiva retenção e avisa o fornecedor de tal procedimento. A retenção poderá ser
feita no limite de 25% do valor total a pagar. (Se tiver dívida apenas a uma entidade,
descontar 25% para entregar a essa entidade; no caso de ter às duas, será feita a
retenção de 12,5% para cada uma).

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Os pedidos de declarações e as declarações (válidas e caducadas) são arquivadas por


ordem alfabética;

1.4.3.2.2. Vencimentos / Descontos de Funcionários e Prestadores de Serviços

Na sua relação com o serviço de Recursos Humanos haverá que ter presentes os seguintes
procedimentos:

Relativamente a Funcionários
a) O serviço de Recursos Humanos entrega a listagem de vencimentos assim como a dos
descontos efectuados aos funcionários no processamento do mês. Esse serviço exporta o
valor da listagem de vencimentos que será, depois de conferido o valor total, integrado
(o valor a integrar = listagem de vencimentos – (menos) Pensão Alimentos – constando
este valor da listagem de descontos). O pagamento está, normalmente, disponível no dia
26 de cada mês na conta dos funcionários. Caso esse dia seja uma 2ª feira, deverá estar
disponível na 6ª feira anterior;
b) É entregue cópia da listagem de descontos de funcionários e dos sindicatos à Receita
(que depois é devolvida), para emissão de documento (guia receita – fundos alheios). Os
descontos dos funcionários (trabalho dependente) serão pagos às respectivas entidades
durante o mês que se segue (sindicatos, descontos da ADSE, Segurança Social, CGA, IRS,
seguros de grupo, descontos judiciais, penhoras de vencimentos e outros);
c) É entregue cópia da listagem à Tesouraria para posterior consulta;
d) Para se proceder ao pagamento, são processadas as autorizações de pagamento dos
valores integrados nas “Despesas com Pessoal” assim como uma autorização de
pagamento no valor da “Pensão de alimentos”. Das 2 vias que são impressas de cada
autorização de pagamento, uma destina-se ao arquivo numérico e a outra é entregue na
Tesouraria, com uma listagem do processamento de vencimentos;
e) São entregues na Tesouraria as autorizações de pagamento, juntamente com um ofício
actualizado (Word);

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Relativamente a Prestadores de Serviços (Recibos Verdes), a Despesa:

a) Integra o ficheiro enviado pelos Recursos Humanos, depois de conferido o valor (valor a
integrar = total ilíquido do montante a pagar). O pagamento será efectuado mediante a
apresentação do Recibo Verde Electrónico emitido em conformidade com o solicitado,
ou seja, terá que ser emitido em nome do “Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, E.P.E.” –
NIF: 509 822 932. Se for isento de IVA, terá que ter assinalado o Artº 9. Os montantes
nele inscrito terão que ser iguais aos da listagem entregue pelos Recursos Humanos. O
recibo terá ainda que ser Original e entregue devidamente assinado neste serviço;

b) É entregue cópia da listagem à Tesouraria para posterior consulta e possível recepção de


recibos e à Gestão Orçamental e Financeira para elaboração de acréscimos;

c) Depois de processado o valor pronto a ser pago (ilíquido do recibo), é emitida a listagem
de valores a pagar e nela será inscrito o valor de IRS a descontar para a parcela em
questão. Esta listagem é depois entregue à Receita que irá emitir uma guia de receita de
fundos alheios para “descontar” ao montante a pagar;

d) Uma vez que as guias de receita não são cruzadas automaticamente com o ficheiro da
Despesa, terá que ser alterado manualmente o valor de cada linha no ficheiro bancário,
para que o valor lá considerado para pagamento seja o correcto;

e) Sempre que efectuado um pagamento de recibo verde de tarefeiro, tem de se actualizar


a listagem de IRS mencionando o número da Guia de Receita na qual a retenção foi
efectuada;

No que se refere aos procedimentos quanto às autorizações de pagamento

a) O pagamento da CGA tem de ser efectuado até ao dia 15 de cada mês (seguinte ao do
desconto do funcionário). Até esta data, os Recursos Humanos entregam à Despesa a
listagem dos descontos respeitantes à entidade patronal para que seja conferido o seu
valor e integrado, assim como a guia para o pagamento (o valor desta guia = descontos
funcionários + entidade patronal). O pagamento é feito através de 2 autorizações de
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pagamento entregues na Tesouraria: uma de fundos alheios por conta do valor


constante na listagem dos descontos dos funcionários e outra de fundos próprios por
conta do montante da entidade patronal. Será ainda entregue outra listagem e outra
guia pelos Recursos Humanos respeitante às pensões do próprio mês que depois de
conferido o valor, também é integrado. No caso de terem sido feitos pagamentos a
fornecedores com retenção à CGA no mês anterior, cabe à Despesa proceder à emissão
da respectiva guia de pagamento e consequentemente à emissão da autorização de
pagamento.
Todos os pagamentos à CGA são efectuados directamente no site do IGCP, indicando a
referência de pagamento constante em cada guia de pagamento;

b) O pagamento da Segurança Social será efectuado até ao dia 20 de cada mês (seguinte ao
do desconto do funcionário). Até esta data, os Recursos Humanos entregam neste
serviço várias guias de pagamento dessa entidade que correspondem ao montante total
a pagar. Terá que ser integrado o valor correspondente ao montante do desconto da
entidade patronal (o valor a integrar = soma das guias – valor dos descontos a
funcionários). Na integração destes valores da Segurança Social é normalmente
encontrada uma diferença de vários cêntimos por motivo de alguns arredondamentos.
Esta diferença terá que ser corrigida antes de integrar, alterando directamente o
ficheiro.
O pagamento é efectuado no site do IGCP, através da opção de transferência bancária;

c) O pagamento do IRS será efectuado até ao dia 20 de cada mês (seguinte ao do desconto
do funcionário). Até esta data, a Tesoureira emite a guia para pagamento no site das
Finanças, de acordo com o valor da listagem dos descontos de funcionários, o total dos
prestadores de serviços pagos nesse mês e ainda IRS referente a outros recibos verdes
pagos (solicitadores, por exemplo). É emitida, pela Despesa, autorização de pagamento
de fundos alheios.
O pagamento é efectuado directamente no site do IGCP, indicando a referência de
pagamento constante na guia de pagamento;

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d) No que diz respeito aos “descontos judiciais” constantes na listagem de descontos de


funcionários, os Recursos Humanos entregam durante o mês seguinte ao do desconto
uma listagem descritiva de cada desconto efectuado, funcionário a funcionário,
indicando o valor para cada um deles, assim como cópia do ofício recebido que informa
a retenção a fazer. Consoante o ofício o pagamento será efectuado de modo diferente:

i. Se for feito por parte de solicitador, o pagamento ser-lhe-á efectuado para o NIB
por ele indicado. É emitida uma autorização de pagamento de fundos alheios para
cada solicitador, indicando o número do respectivo processo. O pagamento será
feito através de ficheiro.
ii. Se for feito por parte de ofício de Tribunal, será emitida (pela despesa) uma guia
no site do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça. É feita
uma autorização geral, com uma linha para cada desconto. O pagamento é
efectuado directamente no site do IGCP, indicando a referência de pagamento
constante na guia de pagamento.
iii. Se o documento de suporte for uma declaração feita pelos Recursos Humanos, o
pagamento será efectuado em dinheiro, directamente à Caixa Geral de Depósitos;

e) Para se proceder ao pagamento das “outras execuções fiscais”, os Recursos Humanos


entregam na Despesa cópia das notificações da Autoridade Tributária e Aduaneira que é
depois entregue à Tesouraria para que possa emitir as guias para o respectivo
pagamento. É emitida uma autorização geral, com uma linha para cada desconto. O
pagamento é efectuado directamente no site do IGCP, indicando a referência de
pagamento constante na guia de pagamento;

f) Os restantes descontos efectuados (Sindicatos, Casa do Pessoal, Seguros de Grupo, …),


serão pagos durante o mês, para o NIB constante na ficha de cada entidade. Para cada
um é emitida uma autorização de pagamento e o pagamento é feito com um ficheiro
geral;

g) O pagamento à ADSE será efectuado de acordo com a data constante na guia entregue
pelos Recursos Humanos. A guia entregue corresponde à soma dos descontos dos
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funcionários e da entidade patronal (valor a integrar = guia entregue – descontos dos


funcionários). O pagamento é feito através de 2 autorizações de pagamento: uma de
fundos alheios por conta do valor constante na listagem dos descontos dos funcionários
e outra de fundos próprios por conta do montante da entidade patronal.

1.4.3.2.3. Pagamentos Gerais / Diversos

I. Regras gerais

a) As autorizações de pagamento são emitidas, normalmente, depois de os documentos


serem processados;
b) Sempre que é gerada uma autorização de pagamento, o documento sai
automaticamente com 2 vias:
I. Uma para o arquivo numérico
II. Outra para a Tesouraria que será acompanhada da respectiva documentação
Estas vias são sempre impressas e, em situações específicas, poderão ser impressas mais;

c) Cada autorização de pagamento contém em anexo todos os documentos nela


mencionados, cujo valor total terá que corresponder sempre à soma dos documentos;

d) As respectivas autorizações deverão conter a indicação do meio de pagamento

(Tesouraria, se pago em dinheiro ou cheque, neste caso indicando o seu número e


banco, e NIB se pago por transferência bancária), indicação que será aposta
automaticamente mas que exige a sua confirmação.

e) As autorizações de pagamento são entregues na Tesouraria, juntamente com a listagem


do ficheiro (se for transferência), assim como o ofício para o Banco.

f) A Receita entrega a listagem assim como os documentos emitidos a pedido da Despesa


que irão ser “descontados” ao montante a pagar aos fornecedores;

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II. Procedimentos específicos

A. Descontos financeiros e outras regularizações

A Despesa emite, para entrega na Receita, uma listagem de documentos a serem processados
que é acompanhada da identificação de todos os documento a emitir:

a) Venda a dinheiro para cada fornecedor alvo de desconto financeiro


b) Recibo, no caso de se proceder a encontro de contas
c) Guia de receita de fundos alheios, no caso de haver IRS ou desconto para CGA;

B. Adiantamentos

Estes casos podem ocorrer nas seguintes situações:

a) Sempre que é necessário efectuar pagamento sem haver documento comprovativo da


despesa, por motivo de urgência, mas sempre que devidamente autorizado (como
sejam: inscrições em congressos, pagamento de provisões a solicitadores, entre outros),
é efectuado o pagamento emitindo uma autorização de pagamento de fundos alheios.

b) São dados documentos pela Tesouraria que terão que ser contabilizados como
adiantamento uma vez que têm débito directo e que o documento comprovativo apenas
chegará mais tarde (p.ex. Via Verde, despesas de TPA’s, …).

Para estas situações são emitidas 4 vias da autorização de pagamento: com os seguintes
destinos:
- arquivo numérico
- tesouraria juntamente com a respectiva documentação
- tesouraria  pasta de fundos alheios
- despesa  pasta de adiantamentos (até que seja regularizado)

Estes adiantamentos serão, logo que possível, alvo de regularização, depois de recepcionado o
documento contabilístico válido e depois de emitida a respectiva nota de encomenda e
efectuado o lançamento, tendo em conta que:

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a) Para a regularização, é dada a via colocada na pasta de adiantamentos à Receita, com


indicação do meio de pagamento e valor, se diferente do mencionado no documento.
b) É processado o documento utilizando sempre o mesmo meio de pagamento.
c) Nas 2 vias da autorização de pagamento, é colocada a nota que “Regularização da(s)
seguinte(s) autorização(ões) de pagamento: “Nº”, de “data”, da rubrica “x.x.x.”;

C. Máquinas de pagamento automático (POS)

A Tesouraria recebe diariamente talões de multibanco provenientes destas máquinas cabendo à


Despesa proceder à emissão da autorização de pagamento para que esses valores sejam
devidamente contabilizados. Para isso acontecer, é criado um cabimento, uma nota de
encomenda e é lançado cada talão como sendo uma factura que depois será processado em
dinheiro. A autorização de pagamento é entregue na Tesouraria;
D. Movimentos relacionados com os Doentes da Psiquiatria
Têm por objectivo:
a) Processar a semanada entregue aos doentes internados nos Andrinos, assim como
restantes pagamentos que lhes estão inerentes: despesas pontuais pessoais dos
doentes, despesas de barbeiro e pedidos gerais da UIDEPP (Psiquiatria dos Andrinos),
como subsídio de Férias e Natal e diversas saídas organizadas pelo serviço;
antecipadamente deverá ser confirmada a disponibilidade financeira para cada uma das
despesas;
b) Tratamento dos juros obtidos através da conta de CEDIC e depósito à ordem dos doentes
da Psiquiatria que, sendo alvo de retenção de IRC, este terá de ser contabilizado através
de autorização de pagamento. O valor a considerar é entregue pela Tesouraria. São
emitidas 4 vias da autorização de pagamento:
i. - arquivo numérico
ii. - tesouraria juntamente com a respectiva documentação
iii. - tesouraria  pasta de fundos alheios
iv. - receita

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c) No caso da UIDEPP, para além da contabilização da retenção do IRC, é feita uma


autorização de pagamento de fundos próprios no valor líquido dos juros procedendo-se
para tal à criação de um cabimento, uma nota de encomenda e do lançamento do valor
dos juros, em nome da Psiquiatria. É também emitida autorização de pagamento que
será entregue na Tesouraria.

E. Situações relativas a Matéria Fiscal

À função Despesa compete:

a) Emitir autorização de pagamento referente à retenção de IRC sobre as rendas recebidas


na Receita, de acordo com o valor e meio de pagamento indicados. Serão emitidas 5 vias
deste documento:
i. - arquivo numérico
ii. - tesouraria juntamente com a respectiva documentação
iii. - tesouraria para ser entregue ao cliente
iv. - tesouraria  pasta de fundos alheios
v. - receita

b) Relativamente ao IVA,
I. O pagamento é feito mensalmente, até ao dia 10 do mês n+2,

II. O valor a pagar é verificado pela Tesouraria e confirmado pela Despesa.

III. Para as transacções internacionais, é retirado um mapa relativo ao período


mensal e utilizando o factor de aglutinação criado para o efeito.

IV. Calcula-se a exactidão do conteúdo da Declaração do Iva aplicando a respectiva


taxa à base de cada uma das rubricas constantes nesse mapa, comparando os
valores obtidos com os lançados na conta da “Autoridade Tributária e
Aduaneira”.

V. A guia para pagamento é emitida pela Tesouraria e compete à Despesa


confirmar os valores nela constantes.

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VI. Para o seu pagamento, são emitidas 2 autorizações de pagamento: uma de


fundos alheios, pelo valor das transacções nacionais e outra de fundos próprios,
relativa às transacções intracomunitárias, processando no site das Finanças os
documentos a liquidar.

VII. O pagamento é feito directamente no site do IGCP, inserindo a referência de


pagamento;

F. No âmbito dos Fornecedores, compete-lhe:


a) Abrir ficha de fornecedor sempre que seja necessário, manter actualizada a tabela
de fornecedores, identificar condições de pagamento, bem como respeitar os
respectivos factores de aglutinação (natureza do fornecedor);
b) Conferir os recibos dos fornecedores, os extractos de conta corrente e restante
expediente (correio, e-mail ou fax) recebido e arquivar na pasta da correspondência,
assim como as respostas dadas a pedidos dos fornecedores;
c) Esclarecer e propor correcções às possíveis divergências identificadas na conferência
dos extractos de conta.
d) Processar as autorizações de pagamento aos fornecedores de acordo com o
orçamento de tesouraria e o plano previamente elaborado pelo responsável do
serviço.
e) Numerar os documentos que farão parte do processo de Formação no âmbito do
Fundo Social Europeu, imprime a respectiva listagem e entrega ao GEFOP fotocópia
dessa documentação com vista à sua contabilização por empresa especializada;
f) Enviar a informação sobre o pagamento de facturas, o que é feito através de mail.
Quando existem vendas a dinheiro correspondentes a descontos financeiros é
enviado ofício escrito a acompanhá-las.

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G. Clearing House

Quando é dada indicação pela Receita que foi recebida uma parcela, cabe à Despesa
processar os documentos mencionados na listagem recebida através de e-mail,
(proveniente da responsável do serviço), cujo valor terá que coincidir com o da Receita.
Uma via da autorização de pagamento é entregue na Tesouraria juntamente com os
respectivos documentos anexos, outra via irá para o arquivo numérico;

H. Outras funções da Despesa

1. Providenciar para que o reembolso do Fundo de Maneio ao Serviço de


Aprovisionamento, através de dinheiro, seja efectuado no próprio dia da recepção da
despesa. Nesse sentido processa os documentos, que terão de ser obrigatoriamente
venda a dinheiro ou factura e recibo e terão que dar entrada no SGF devidamente
assinalados e assinados. De seguida emite as autorizações de pagamento que são
entregues na Tesouraria, juntamente com a listagem dos documentos processados (em
duplicado) cujo valor total corresponde ao montante a reembolsar.

2. Emitir autorização de pagamento para regularizar o pagamento da caução referente ao


cartão de acesso ao piso 01, quando é dada informação de que o cartão foi extraviado e
por isso o valor pago inicialmente já não será devolvido mas sim contabilizado como
adiantamento;

3. Devolver cauções: emitir autorização de pagamento mediante apresentação e devolução


de guia de receita original (no caso de caução de material emprestado pelas assistentes
sociais e cartões de acesso ao piso 01), com base em nota informativa das assistentes
sociais em como o material foi devidamente devolvido;

4. Regularizar documentos entregues pela Receita que inicialmente deram entrada através
de fundos alheios e que entretanto estão a ser regularizados (pela entrega dos
documentos definitivos), emitindo autorização de pagamento de fundos alheios, pelo
meio de pagamento indicado, no mesmo montante e em nome da mesma entidade;

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1.4.3.2.4. Expediente e Arquivo

Nesta área competem à Despesas as seguintes tarefas:

a) Semanalmente é dado o nº da primeira e da última autorização de pagamento de fundos


próprios à Gestão Orçamental e Financeira;
b) Do expediente recpcionado, confere as notas de crédito recebidas emitidas pelos
fornecedores respeitantes aos descontos financeiros efectuados. Estes documentos não
serão contabilizados, uma vez que já foi emitida venda a dinheiro, pelo que apenas será
confirmado o valor e validada a sua exactidão, carimbando e assinando o documento e
procedendo à sua devolução (duplicado) ao fornecedor, de acordo com o solicitado. O
original deverá ser anexado à nossa venda a dinheiro correspondente.
c) Sempre que solicitado pelo fornecedor ou contabilista, envia extracto de conta corrente,
listagem de documentos em aberto. Confirma os valores para efeitos de mapas
recapitulativos (Anexo P da IES), são reenviados ofícios que comunicam os pagamentos
assim como comprovativos dos mesmos;
d) Arquiva as listagens de autorizações de pagamentos numa pasta própria;
e) Arquiva, por meses e por ordem alfabética, os documentos a aguardar pagamento;
f) Arquiva em pasta própria as listagens das integrações;
g) Durante o decorrer do ano, as autorizações de pagamento de fundos alheios e fundos
próprios, depois de devidamente autorizadas (assinadas) por um dos membros do
Conselho de Administração (Vogal Executivo ou Presidente) e vistas (assinadas) pelo
Responsável pelo SGF, são ordenadas por ordem crescente e por rubrica orçamental. No
final do ano, são tiradas listagens e conferidas com os documentos de despesa;
h) Elabora todo o expediente inerente à Despesa.

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1.4.4. Tesouraria

1.4.4.1. Objectivos

A função Tesouraria deverá estar organizada, tendo em conta a dimensão da entidade e


complexidade das suas actividades, de acordo com a estrutura funcional de forma a:

a) Gerir as disponibilidades;
b) Efectuar os recebimentos e pagamentos;
c) Garantir uma adequada segregação de funções;
d) Ser independente das restantes funções chave, nomeadamente, a Gestão de compras, a
Gestão de contas a receber a Gestão de contas a pagar e a Produção.

1.4.4.2. Procedimentos e controlos

A função Tesouraria, diariamente:

Em termos de receita

a) Procede à leitura de todos os valores recebidos correspondentes a taxas moderadoras,


urgências, consultas, meios complementares de diagnóstico, etc, do dia anterior, nas
diversas recepções do SGD e SGF, através de uma listagem designada “Resumo das
folhas de caixa das recepções do SGD” para, posteriormente, à medida que as
funcionárias do SGD entregam as listagens e os respectivos montantes (cheques,
multibanco, numerário), seja efectuada a respectiva conferência;
b) Imprime as listagens das Máquinas Gestão Filas de Espera (MGFE), com referência ao dia
anterior;
c) Imprime a listagem dos valores recebidos na recepção da receita do SGF relativa ao dia
anterior para conferir com as vendas a dinheiro emitidas;
d) Após obter todas as listagens constantes no resumo das folhas de caixa das diversas
recepções, ordena-as e soma-as, para confirmar se o valor recebido em transferências
bancárias, em multibanco, em cheques e em numerário, deduzidos do valor das

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despesas bancárias referentes aos movimentos de multibanco, correspondem aos


registos efectuados;
e) Dos talões dos fechos de multibanco tiram-se duas cópias: uma para o sector da
Despesa, para fazer as autorizações de pagamento das despesas bancárias, outra fica na
tesouraria, para lançar os movimentos no módulo da Tesouraria e no da contabilidade
através de operações diversas;
f) Lança na aplicação informática da Tesouraria e da contabilidade – através de operações
diversas - as transferências bancárias relativas a taxas moderadoras recebidas na
tesouraria;
g) Exporta e integra na contabilidade os valores recebidos de todas as recepções,
imprimindo uma folha resumo em duplicado, assim como o documento de receita que
fica arquivado em pasta própria; uma cópia deste resumo fica junto das folhas de caixa
das recepções, com as respectivas listagens dos diversos serviços e o outro resumo é
entregue à Receita que o arquiva junto aos documentos dos valores recebidos naquele
dia.
h) Regista o valor recebido em numerário na folha em Excel do “Fundo Fixo de Caixa”;
i) Regista em folha de Excel própria os movimentos efectuados com as máquinas GFE,
começando por registar o saldo do dia anterior, os valores dos fechos contabilísticos e os
valores recebidos;
j) Confere e regista na mesma folha os recibos anulados e as notas de crédito que são
emitidas pelas máquinas;
k) Efectua a reposição de dinheiro nas máquinas: retira as notas do noteiro e as moedas do
cofre, que posteriormente, já na tesouraria, são objecto de registo em folha de Excel
específica, conferindo os valores com os relatórios das máquinas; todas as moedas são
contadas e colocadas em sacos por valores; efectuando depois o carregamento dos
cofres colocando as moedas uma a uma (€ 1,00; € 0,50; € 0,20; € 0,05 e de € 0,01) e nos
hoppers coloca várias moedas já previamente contadas de € 2,00 e € 0,10. Todos estes
movimentos são objecto de relatórios registados na folha;

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l) Vai recebendo da Receita todos os valores em numerário, vales postais, cheques,


transferências bancárias, devidamente capeados por recibos ou vendas a dinheiro. Os
valores em numerário são registados na folha do Fundo Fixo de Caixa;
m) Tira fotocópia de todos os cheques recebidos, preenche o talão de depósito com os
valores em numerário e em cheques e lança os depósitos em tesouraria e contabilidade
através de documento de operações diversas. Confirma sempre que em cofre apenas
fica o montante aprovado pelo Vogal Executivo como “Fundo fixo de caixa”.
n) Conta os valores monetários que são capeados pelo talão de depósito, coloca-os em
envelope e em saco disponibilizado pela empresa de recolha de valores (actualmente a
Esegur), guardando-os no cofre até à sua recolha, que é feita três vezes por semana. O
saco é fechado e é acompanhado por uma guia “Recibo de Serviço de Transporte”, onde
consta o número do saco.

Em termos de pagamentos:

a) Paga por transferência bancária, numerário ou cheque, os documentos de despesa


devidamente capeados por autorizações de pagamento emitidas pelo sector da Despesa:

I. Os pagamentos em numerário são registados em folha de Excel do Fundo fixo


de caixa.
II. Os pagamentos em cheque são registados no módulo de Tesouraria e da
Contabilidade através de documento de operações diversas. Envia os cheques
para o Vogal Executivo assinar, (com outro membro do CA, face à obrigação da
existência de duas assinaturas para movimentação da conta), em que, depois de
devolvidos, coloca o selo branco e envia-os pelo correio. No caso do cheque
semanal para os doentes da UIDEPP, referente às semanadas, troca o cheque
por numerário (existente em caixa) e entrega-o à Assistente Social responsável
por aquele serviço que assina um impresso em como recebeu aquele valor.
III. Nos pagamentos por transferência bancária: soma as autorizações de
pagamento e assina-as; soma as vendas a dinheiro, referentes aos descontos
financeiros e assina-as, confirma se o total das autorizações de pagamento,

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menos as vendas a dinheiro é igual ao valor da transferência. Se o pagamento


for pelo IGCP, numera o ficheiro sequencialmente e envia para o Vogal
Executivo do Conselho de Administração as autorizações de pagamento
juntamente com um ofício que, depois de assinados, permitem (à Tesouraria)
dar a autorização no homebanking do IGCP para a concretização da
transferência; quando os pagamentos têm descontos financeiros, após envio do
ficheiro via internet (IGCP) ou fax (BES), são assinados os ofícios, impressos pelo
sector da Despesa, a informar os fornecedores da transferência, é anexada a
venda a dinheiro dos descontos financeiros e são enviados via CTT, através da
secretaria-geral;

b) Regista o pagamento no módulo de aplicação da tesouraria (gestão de bancos), porque


na contabilidade os movimentos são integrados automaticamente.

Outros procedimentos diários:


a) Consulta o saldo do Banco Espírito Santo (BES), através da Besnet, para verificar se:

I. Os movimentos a débito e a crédito estão reflectidos internamente


II. Todos os valores referentes aos movimentos de multibanco que estão a crédito,
foram entregues pelos diversos serviços;
III. Os depósitos enviados para o banco através da empresa de recolha de valores
(ESEGUR) estão correctos,
IV. As transferências para fornecedores, estão correctas;
V. e também para imprimir os comprovativos dos débitos para anexar às
autorizações de pagamento e aos documentos da transferência que ficam
arquivados em pasta própria na tesouraria

b) Consulta o HOME BANKING do IGCP para:

I. Confirmar se todos os movimentos a débito e a crédito estão reflectidos


internamente;

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II. Imprimir todos os documentos referentes a movimentos a crédito (em


duplicado), ficando uma cópia na Tesouraria e outra entregue na Receita para
emissão de recibo ou venda a dinheiro. Quando há comunicação das
transferências efectuadas pelos clientes, anexa-as ao documento do crédito
para a Receita identificar a transferência.
III. Imprimir os comprovativos dos débitos (em duplicado) sendo um para arquivar
junto das autorizações de pagamento e outro para juntar aos documentos de
transferências efectuadas pela Tesouraria, que ficam arquivados em pasta
própria neste serviço.

c) Entrega ao sector da Receita todos os movimentos a crédito, tais como renda do BES,
juros de depósitos à ordem, para elaboração de venda a dinheiro ou recibo.

d) Entrega ao sector da Despesa todos os movimentos a débito (via verde, despesas


bancárias, IRC sobre juros de depósitos à ordem, etc.) para elaboração de autorização de
pagamento.

e) Regista na aplicação informática da Tesouraria os movimentos identificados nas duas


alíneas anteriores.

f) No final de cada dia:


I. Soma todos os valores recebidos e pagos
II. Lança todos os movimentos no módulo da aplicação informática da Tesouraria
III. Imprime listagem de movimentos, resumo de bancos e folha de caixa
IV. No módulo da aplicação informática da contabilidade, depois do sector da
Despesa executar os pagamentos e o sector da Receita fazer as integrações de
todos os documentos de cobrança (recibos e vendas a dinheiro), imprime a
folha de caixa, balancete de tesouraria e balancete de caixa
V. Confere os valores em cofre e os saldos financeiros das Instituições Bancárias, e
compara as folhas de caixa impressas nos módulos da aplicação informática da
tesouraria e da contabilidade

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g) Apresentar ao responsável do serviço todos estes mapas (balancete de tesouraria, folha


de caixa da contabilidade e da tesouraria, resumo dos bancos, listagem de movimentos
bancários, listagem das operações diversas e fundo fixo de caixa, que os confere e
assina, sendo depois arquivados em pasta específica.

A função Tesouraria, mensalmente e em termos gerais:


a) Procede às reconciliações dos movimentos bancários das diversas instituições através
dos extractos de conta que os bancos enviam;
b) Efectua a conferência dos fundos alheios, com base nos registos efectuados em folha de
Excel ao longo do mês de todas as guias de receita contabilizadas nas contas: 219, 24,
263, 268, assim como das autorizações de pagamento de adiantamentos (conta 229) e
retenções de IRC e IVA (conta 24), que os sectores de Receita e Despesa, vão arquivando
na pasta de fundos alheios, por rubrica orçamental; esta verificação é feita por
comparação com as autorizações de pagamento arquivadas;
c) Entrega ao responsável do serviço para validação e posterior envio ao Vogal Executivo
do Conselho de Administração, os seguintes documentos: conferência de valores em
cofre, balancete de tesouraria, folha de caixa da contabilidade, folha de caixa da
tesouraria, balancete da conta de caixa, mapas da reconciliação bancária e extractos
bancários de todas as Instituições;

Relacionado com os vencimentos a Tesouraria:


a) Recebe as respectivas listagens, do Serviço de Gestão de Recursos Humanos, verifica os
valores líquidos processados, numera sequencialmente o ficheiro e envia-o através do
site do Homebanking do IGCP, após obter autorização de pagamento assinada pelo Vogal
Executivo do Conselho de Administração;
b) Imprime, no dia seguinte ao envio do ficheiro, os comprovativos dos pagamentos, em
duplicado, anexando um às autorizações de pagamento e documentos que lhe deram
origem e o outro duplicado é arquivado em pasta própria na Tesouraria.

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Em situações relacionadas com impostos e contribuições a Tesouraria deve:

a) Comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira as penhoras de vencimentos de


funcionários através do site das finanças onde se efectua: o registo dos números das
penhoras, (conferindo o número de contribuinte e o nome do funcionário e se coloca o
valor a pagar) imprimindo depois a guia para pagamento, que será entregue ao sector da
Despesa para emissão da autorização de pagamento; o pagamento é feito através do
Homebanking. Seguidamente são efectuados os respectivos lançamentos no módulo
informático da Tesouraria (gestão de bancos);

b) Efectuar o pagamento à Segurança Social (até dia 20 do mês seguinte ao pagamento dos
vencimentos) e à Caixa Geral de Aposentações (até ao dia 15 do mês seguinte), através
do site do Homebanking do IGCP, após a recepção e conferência das respectivas
autorizações de pagamento emitidas pelo sector da Despesa acompanhadas pelos
ficheiros (do SGRH) da Segurança Social e da CGA. Imprimir os documentos de
pagamento para serem anexos às autorizações de pagamento e aos documentos que
ficam na Tesouraria em pastas próprias. Comunicar, por e-mail, à Segurança Social de
Leiria que foi efectuado o pagamento.

c) Efectuar o pagamento à Autoridade Tributária e Aduaneira do IRS, dependente e


independente, (até dia 20 do mês seguinte à sua retenção), através do site do
Homebanking do IGCP, após a recepção das respectivas autorizações de pagamento
emitidas pelo sector da Despesa. Conferir os valores constantes destas autorizações
cruzando-os com os valores registados nos extractos das respectivas contas, balancetes
analíticos correspondentes e o mapa em Excel com os registos dos fundos alheios.
Aceder ao site das finanças para preencher a guia de pagamento com os valores
identificados e efectuar a sua impressão.

d) Efectuar o pagamento à Autoridade Tributária e Aduaneira do IVA mensal, (até ao dia 10


do segundo mês seguinte ao mês processado), através do site do Homebanking do IGCP.
Antes, preenche a respectiva declaração no site das finanças após identificação dos
valores a colocar pela consulta aos extractos das contas: 7395, 7396, 735, balancete
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analítico da correspondente conta de Iva na conta 243 e conferência das cópias das
facturas com valores comunitários (arquivadas na pasta do Iva). Dá conhecimento ao
Técnico de Contas que efectua a sua conferência, procede ao seu envio e emite a guia de
pagamento, entregando-a ao sector da Despesa para emissão da respectiva autorização
de pagamento. A Despesa entrega ambos os documentos na Tesouraria, em tempo útil,
para que esta efectue o pagamento.

Outros procedimentos:

a) A Tesouraria tem igualmente a seu cargo a gestão de espólios que lhe são entregues
pelo Serviço de Gestão de Doentes (SGD), após terem ficado à guarda destes durante um
ano sem terem sido reclamados. A entrega na Tesouraria é feita através uma listagem
com a discriminação do seu conteúdo.

b) Responde a e-mails que, na maioria, são a solicitar informação bancária para pagamento
de taxas moderadoras e facturas.

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1.4.5. Gestão de contas a receber / Contencioso

1.4.5.1. Objectivos

As contas de clientes são adequadamente geridas de modo a assegurar a cobrança dos valores
em dívida nos prazos fixados:

a) Controlar os saldos dos clientes e utentes;


b) Cobrar as facturas emitidas pela facturação e desenvolver todos os esforços nesse
sentido, incluindo o judicial;
c) Garantir uma adequada segregação de funções interna;

1.4.5.2. Atribuições e responsabilidades

Esta função tem como responsabilidade:

a) Gerir os saldos de clientes;


b) Controlar o pagamento atempado pelos clientes;
c) Entregar as situações em mora aos Advogados;
d) Assegurar a atempada regularização de situações anómalas (saldos credores);
e) Proceder à recepção e tratamento de elementos solicitados, informações e
esclarecimentos;
f) Manter o arquivo dos documentos relativos a clientes, nomeadamente facturas, notas
de crédito e de avisos de juros quando em atraso.

1.4.5.3. Procedimentos e controlos

De uma forma geral, os procedimentos efectuados neste sector são os seguintes, considerando
que as facturas são emitidas pelo sector de facturação e são arquivadas por data de assistência
em pastas existentes no sector de pré contencioso e que as facturas têm o prazo de pagamento
de 30 dias:

MA.CHLP.014.00 55 / 69
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Diariamente

1. Relativamente às facturas pagas

a) Receber cópias dos recibos entregues pela Receita;


b) Retirar das pastas as facturas pagas;
c) As facturas referentes a facturação diversa e subsistemas não são retiradas das
pastas;
d) Carimbar as facturas com a data de pagamento;
e) Arquivar as facturas no arquivo, de acordo com a data de assistência;
f) Devolver os recibos à Receita, com um visto.

2. Em termos de expediente

a) Receber todo o expediente referente às facturas, arquivá-lo junto das facturas;


b) Dar andamento ao expediente de acordo com as necessidades;
c) Fazer ofícios às entidades, aos sinistrados e todos os intervenientes;
d) Fazer o registo no histórico informático;
e) Arquivar todo o expediente por ordem cronológica;
f) Elaborar e entregar os ofícios destinados às entidades publicas à responsável dos
Serviços para serem assinados, retomando-os para proceder à sua entrega para
expedição.

Mensalmente, os procedimentos reportam-se aos seguintes actos:

a) Retirar das pastas as facturas com mais de 30 dias e arquivar as mesmas em pastas
paralelas sobre vigilância permanente;
b) Emitir e remeter aos clientes e devedores diversos (por correio registado com aviso de
recepção), um aviso com a assinatura do advogado, no qual se refere que caso não se
obtenha a cobrança, será interposta acção judicial, salientando-se que as facturas
começam a vencer juros de mora após os 30 dias. No caso das companhias de seguro,
mensalmente é enviado um e-mail com uma listagem de facturas a aguardar liquidação,
identificando-se as datas de envio e de recepção das mesmas;
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c) Caso não se obtenha o recebimento da entidade a quem foi emitida a factura, oficia
todos os restantes intervenientes directos no sinistro;
d) Reclamar o pagamento dos créditos decorrentes da prestação de assistência hospitalar
em todas as acções judiciais fundadas em factos que tenham dado origem à prestação e
cuidados de saúde, independentemente da comarca onde os respectivos processos
estejam a correr seus termos.

Antes de se assumir a ida ou não da cobrança para a via judicial, deve efectuar um memorando
das ocorrências relacionadas com o documento em dívida, para ser presente à apreciação do
advogado responsável, parecer que seguirá para decisão do Vogal Executivo:

a) Caso o despacho seja para arquivar, o processo é entregue na Receita para se proceder à
anulação da factura;
b) Caso prossiga para contencioso, deverão registar as facturas em causa na “Listagem de
Facturas para propor Acção”, identificando-se a Factura com o seu número e data de
saída.

A partir deste momento de decisão da incobrabilidade iniciam-se os procedimentos para


preparar e acompanhar acção judicial, que envolve:

a) Compilar todos os dados e documentos necessários à instrução do processo, de acordo


com as instruções do advogado;
b) Entregar ao advogado todos os elementos para elaboração da petição inicial e envio da
acção para os Tribunais;
c) Recepção, por via do advogado responsável, da cópia da minuta e comprovativo da

entrega da acção pelo CITIUS, (programa de acesso reservado aos advogados para
interposição, acompanhamento e controlo da situação das acções);
d) Registar a acção no programa informático SIGFHP, com a identificação do nº do
processo, tipo de processo, facturas, réu, valor, Tribunal e Juízo, advogados e data de
entrada no Tribunal;

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e) Receber do advogado, dar seguimento e arquivar todo o expediente relacionado com


cada processo em relação aos quais deverá cumprir com as ordens daquele, podendo
passar por elaborar requerimentos, mas sempre sobre a sua orientação e fiscalização, a
quem os terá de enviar para serem entregues através do CITIUS; (apenas com o
comprovativo da entrega em Tribunal é que são arquivados);
f) Acompanhar e anotar todos os actos relacionados com os processos: datas de
julgamento, prazos, datas de fim de acordos, datas de trânsito em julgado, pedir a
marcação de transportes para os funcionários (testemunhas) para os julgamentos, assim
como recolher a necessária autorização da responsável do serviço para esse acto;
g) Controlar a existência de novas facturas emitidas em nome do réu para actualização do
processo, com comunicação a ser efectuada através do advogado para o Tribunal;
h) Semanalmente (6ª Feira) deve entregar aos advogados os processos agendados para a
semana seguinte, registando a sua saída (e depois a sua reentrada) no mapa de controlo;
i) Requerer cópia das sentenças dos julgamentos, caso os Tribunais não as enviem (nos 15
dias posteriores);
j) Compilar e recolher todos os documentos necessários à instrução do pedido de
execução de sentença, requerendo à Segurança Social elementos sobre rendimentos do
executado (confirmação de morada, pensões ou salários), para entrega ao advogado;
k) Compilar e recolher todos os documentos necessários aos pedidos de indemnização cível
(no prazo de vinte dias), incluindo a certidão de dívida (a ser assinada pela responsável
do serviço), elaborar a respectiva minuta (em 5 vias) a assinar pelo advogado,
providenciando na sua entrega no Tribunal de Leiria (em mão e com a recepção de
documento de quitação) ou em Tribunal exterior (por correio registado com inclusão de
uma cópia para ser devolvida como comprovativo da sua recepção e envio de envelope
para a sua devolução);
l) Manter todos os processos devidamente actualizados;

Em termos de pagamentos a efectuar no âmbito dos processos judiciais, deverão ter-se em


consideração os seguintes procedimentos:

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a) Todos os processos entrados em Tribunal a partir de 20 de Abril de 2009 estão isentos do


pagamento de taxas de justiça ou provisões/honorários aos solicitadores;
b) Os processos entrados antes daquela data estão sujeitos às taxas de justiça que terão de
ser pagas (pela Despesa, a quem são entregues duas vias) através de DUC (Documento
Único de Cobrança), após despacho do advogado e autorização do Vogal da área; após
recepção do comprovativo do pagamento envia este para o Tribunal (através de
requerimento), ficando com uma cópia;
c) Relativamente às custas terão de ser pagas (através do sistema de Home Banking pela
Despesa e através das Guias emitidas pelo Tribunal), após despacho do advogado e
autorização do Vogal da área;
d) Quanto à provisões a pagar aos solicitadores, terão de ser liquidadas (pela Despesa e
através de ofício de Despesa apresentado pela solicitadora), após despacho do
advogado, parecer do Coordenador do Gabinete Jurídico e autorização do Vogal da área;

Esta área tem ainda como funções:


a) Compilar toda a legislação utilizada no Contencioso;
b) Arquivar toda a restante documentação de acordo com o plano de arquivo existente.

1.4.5.4. Informação de Gestão

1.4.5.4.1. Objectivo

Assegurar que existe informação adequada e atempada sobre as cobranças e situação dos
processos em Tribunal.

1.4.5.4.2. Procedimentos

Trimestralmente deve ser enviado para o responsável do serviço e deste para o Conselho de
Administração, o seguinte conjunto de listagens:

1. Facturas por cobrar por intervalos de valor;


2. Processos entrados em Tribunal, por anos e valores das acções;

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3. Processos com e sem execução de sentença, com respectivos valores;


4. Acções com condenação;
5. Relação de processos com acordo, por pagar.

Anualmente, enviar ao Revisor Oficial de Contas a Listagem de todos os processos a aguardar


Liquidação, arquivando uma cópia na pasta da correspondência enviada ao ROC.

MA.CHLP.014.00 60 / 69
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1.4.6. Gestão Orçamental e Financeira

1.4.6.1. Objectivos

Deverá produzir as demonstrações financeiras a cada fecho de período, de modo a permitir uma
correcta e regular monitorização da actividade do Hospital.

1.4.6.2. Procedimentos e controlos

A função Gestão Orçamental e Financeira mensalmente:

a) No primeiro dia útil do mês emite, confere e arquiva as contas correntes de clientes, que
são definitivas (quer da facturação, quer da contabilidade e cujos valores deverão ser
iguais) e o respectivo balancete analítico de clientes; confere também as contas
correntes de fornecedores, neste caso provisórias, uma vez que só após o fecho do mês
os valores são definitivos;
b) Após o encerramento de cada mês, já com os acréscimos contabilizados, emite e confere
as contas correntes dos fornecedores, assim como o respectivo balancete analítico;
c) Efectua as operações diversas relativas aos acréscimos e diferimentos decorrentes do
princípio da especialização económica do exercício, com vista ao encerramento de
contas mensal;
d) Procede às reintegrações de consumos dos diferentes armazéns e das amortizações,
conferindo os valores contabilizados provenientes do Serviço de Aprovisionamento com
os que constam do Serviço de Gestão Financeira;
e) Efectua o controlo dos subsídios de investimento para cálculo dos proveitos
extraordinários a considerar (quer mensal quer anualmente);
f) Calcula o prazo médio de pagamento a fornecedores, para envio trimestral à ACSS e
cumprimento do disposto no Programa Pagar a Tempo e Horas;
g) Regista na conta corrente dos respectivos serviços (em folha de Excel individualizada)
todas as receitas e despesas que digam respeito a Jornadas, Ensaios Clínicos, etc, (no
âmbito da Deliberação do Conselho de Administração de 2004-06-07, sobre Gestão de
Donativos / Compensações Financeiras atribuídas a serviços do Hospital);
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SERVIÇOS DE GESTÃO FINANCEIRA

h) Solicita, através de carta, fax ou e-mail, aos fornecedores descontos financeiros até 60
dias da data da factura;
i) Preenche os valores do Tableau de Bord referentes a proveitos, custos, compras,
imobilizado, fornecimento e serviços de terceiros e despesas com o pessoal, para
suporte do Relatório de Execução Trimestral e Relatório de Desempenho Operacional (a
enviar mensalmente para a ACSS);
j) Confere e emite:
a. Balanço;
b. Demonstração de resultados (natureza e funções);
c. Mapas de execução orçamental;
d. Mapas de fluxos de caixa;
e. Mapa da situação financeira;
f. Anexos às demonstrações financeiras
g. Mapa de descontos e retenções
h. Mapa de entregas de descontos e retenções
i. Mapa de saldos de fundos alheios

A função Gestão Orçamental e Financeira deverá, trimestralmente e por amostragem, efectuar


a circularização de saldos de terceiros, para identificação da sua exactidão e correcção de
possíveis divergências, (estas apenas após a sua identificação, comprovação e autorização do
responsável do serviço). Anualmente deverá efectuar o mesmo procedimento de forma
exaustiva.

Esta área tem ainda como funções, coadjuvando a responsável do serviço:

a) Mensalmente, regularizar todos os recebimentos que tiverem sido efectuados de


clientes que anteriormente tenham sido provisionados;
b) Anualmente

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SERVIÇOS DE GESTÃO FINANCEIRA

i. Recolher do sistema informático o cálculo do valor das Provisões para Clientes de


Cobrança Duvidosa1 e lançá-lo na contabilidade;

ii. Após informação prestada pelos advogados relativamente a processos que se


encontrem em curso que se possam traduzir em responsabilidades potencias
para o Hospital, proceder à identificação da correspondente Provisão para Outros
Riscos e Encargos.

No final do ano deve organizar toda a documentação para elaboração do Relatório de Contas
Anual assim como para o Relatório de Gestão.

1
A constituição das Provisões deve respeitar apenas às situações a que estejam associados riscos e em que não se trate apenas
de uma simples estimativa de um passivo certo. A sua contabilização pretende registar perdas potenciais e tem como objectivo
corrigir o resultado de um exercício de um custo correspondente a riscos ou despesas a pagar de ocorrência e de montante, em
geral, incerto.
Para efeitos de constituição da provisão para cobrança duvidosa, consideram-se as dívidas de terceiros que estejam em mora há
mais de um ano e cujo risco de incobrabilidade seja devidamente justificado, exceptuando as dívidas sobre entidades públicas
(administração central, regional e local) cujo prazo para a constituição da provisão deverá ser dilatado para 36 meses.
O montante anual acumulado da provisão para cobertura das dívidas referidas no parágrafo anterior é determinado de acordo
com as seguintes percentagens:
a) Créditos em que o devedor tenha pendente processo especial de recuperação de empresa e protecção de credores ou
processo de execução, falência ou insolvência — 100%;
b) Créditos reclamados judicialmente — 100%;
c) Créditos em mora:
1) Há mais de 6 e até 12 meses — 25%
2) Há mais de 12 e até 18 meses — 50%
3) Há mais de 18 e até 24 meses — 75%
4) Há mais de 24 meses — 100%.

MA.CHLP.014.00 63 / 69
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SERVIÇOS DE GESTÃO FINANCEIRA

Tem igualmente de cumprir o calendário de envio dos mapas de informação actualizada às


diversas entidades, conforme mapa seguinte, tendo o cuidado de proceder à sua conferência
prévia:

ENTIDADE TIPO DE INFORMAÇÃO FORMA PERIODICIDADE


ENVIO
Balancete Analítico Serviços Mensal
Online
Custos Directos Serviços Mensal
Online
Balanço Serviços Mensal
Online
Demonstração de Resultados Serviços Mensal
Online
Consolidação de Contas e - mail Mensal
ACSS Clearing House e - mail Trimestral
Programa Pagar a Tempo e Horas Serviços Trimestral
Online
Recebimento de Clientes (CN nº 10/2012) Serviços
Online
Reporte de Dívidas Vencidas (CN nº Serviços Mensal
22/2012) Online
Dívida Vencida Fornecedores Externos Serviços Mensal
Online
Lei Compromissos Pagamentos em Atraso Serviços Mensal
Tabela 4B Online
INE Inquérito Trimestral às Empresas Não Financeiras e - mail Trimestral
ROC Balancete Analítico e - mail Trimestral
Balancete Sintético
Balancete Analítico Fornecedores
Balancete Analítico Clientes

Mapa dos Pagamentos relativos à semana anterior Por mão Semanal


CONSELHO Balancete de Tesouraria da 6ª Fª anterior Por mão Semanal
ADMINISTRAÇÃO
ARS CENTRO Acompanhamento Trabalho Extraordinário - e-mail Mensal
Despacho nº 2991/2012
INSP. GERAL Acompanhamento Controlo Financeiro de e-mail Mensal
FINANÇAS Empresas.Públicas
DIR.GERAL Mapa dos Fundos Disponíveis Serviços Mensal
ORÇAMENTO Online

MA.CHLP.014.00 64 / 69
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1.4.6.3. Dossier fiscal

1.4.6.3.1. Objectivos

Assegurar que o “Dossier Fiscal” é elaborado de acordo com os requisitos legais para que a
empresa não incorra em penalidades fiscais1.

1.4.6.3.2. Procedimentos e controlos

A área da Gestão Orçamental e Financeira:

a) Prepara o “Dossier Fiscal”, composto pelos documentos definidos no Decreto-Lei n.º


55/2000, de 14 de Abril;
b) Apresenta o “Dossier Fiscal” ao responsável dos Serviços Financeiros;
c) Arquiva o mesmo sequencialmente por ordem cronológica.

O “Dossier Fiscal” deverá ficar disponível para eventual inspecção durante um período de 10
anos.

1
Os elementos contabilísticos e fiscais constantes do dossier encontram-se definidos pela Portaria do Ministério
das Finanças (n.º 55/00 de 14.04.00).
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1.5. Fecho do período

1.5.1. Operações de fecho

1.5.1.1. Objectivos

Assegurar que:

a) Todos os eventos e transacções (compras, vendas, pagamentos e recebimentos, etc.) são


correctamente registados e actualizados na Contabilidade;
b) São cumpridos os prazos de fecho previamente estabelecidos, quer pela organização
quer pelo calendário fiscal.
Garantir que as demonstrações apresentadas e divulgadas demonstram a realidade económica
do Hospital e garantem que não incorrem em contingências fiscais ou legais.

1.5.2. Encerramento e Abertura de exercícios

1.5.2.1. Objectivos

Os períodos contabilísticos deverão ser adequados e oportunamente fechados/abertos


assegurando a não existência de eventuais lançamentos em períodos errados.
Assegurar que os saldos de fecho de exercício são transportados correctamente para o início do
exercício seguinte

1.5.2.2. Procedimentos e controlos

A responsável dos serviços, em conjunto com o Vogal da área e de acordo com as orientações
da Tutela, define as datas de fecho dos períodos contabilísticos e, no âmbito das actividades de
encerramento de exercício, procede ao transporte de saldos, de forma a actualizar os saldos
iniciais do novo ano com os finais do ano anterior.

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1.5.3. Prestação de contas e obrigações legais

1.5.3.1. Objectivos

No fim de cada período e exercício e de forma oportuna é produzida informação de modo a


permitir uma correcta e regular monitorização do cumprimento do contrato-programa.
Deverão ser produzidas, no encerramento de exercício, todas as declarações fiscais e legais
exigidas.

1.5.3.2. Considerações

Considerando:

- Que a Portaria n.º 898/2000, de 28 de Setembro, aprovou o Plano Oficial de Contabilidade


para o Ministério da Saúde (POCMS);

- Que os hospitais E.P.E. seguem o POCMS, com as adaptações necessárias a estabelecer por
despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde;

- Que para a necessária consolidação de contas dos referidos hospitais se torna imprescindível
proceder às referidas adaptações;

Ao abrigo do disposto no artigo 24º do Decreto-Lei n.º 233/2005 e ouvida a Comissão de


Normalização Contabilística da Administração Pública, determina-se que:

1. Dadas as especificidades dos hospitais EPE, poderá ser admitida a existência de contas
previstas no Plano Oficial de Contabilidade, designadamente, com possibilidade de
desagregação, as seguintes:

a) 241 - Imposto sobre o rendimento;


b) 266 - Subscritores de capital;
c) 491 - Partes de capital;
d) 571 - Reservas legais;
e) 572 - Reservas estatutárias;
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f) 6981 - Insuficiência de estimativa para impostos;


g) 7981 - Excesso de estimativa para impostos;
h) 784 - Rendimentos de participação de capital;
i) 85 - Resultados antes de impostos;
j) 86 - Imposto sobre o rendimento.

2. Nos termos do n.º 1 do artigo 25º do Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro, deverão ser
produzidos os documentos de prestação de contas contendo informação orçamental e
financeira, dispensando-se, a utilização das contas do controlo orçamental e de ordem—classe 0
e as contas 25—devedores e credores pela execução do orçamento e respectivas subcontas,
bem como os documentos previsionais e de prestação de contas inerentes.

3. O presente despacho produz efeitos a 31 de Dezembro de 2005.


Considerar relativamente ao acompanhamento dos contratos-programa, o despacho n.º 10
193/2006, do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde.

1.5.3.3. Procedimentos e controlos

A responsável dos serviços, em conjugação com o Técnico de Contas, analisa e prepara as


seguintes declarações fiscais anuais.

a) IRS:
a. Entrega da declaração anual acerca da relação das retenções efectuadas e dos
rendimentos sujeitos a IRS, até ao final do mês de Fevereiro do ano seguinte
àquele a que se refere;

b. Efectua, antes do apuramento do valor do imposto, mensal ou anualmente, uma


reconciliação das contas que a ele se referem, com vista a determinar com
exactidão esse mesmo valor, efectuando, sempre que se justificar, as
regularizações necessárias.

MA.CHLP.014.00 68 / 69
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b) IRC (Modelo 22 e IES – Informação Empresarial Simplificada):


a. Efectua, antes do apuramento do valor do imposto, uma reconciliação das contas
que a ele se referem, valor devido, valor pago +/- regularizações, com vista a
determinar com exactidão esse mesmo valor, efectuando, sempre que se
justificar, as regularizações necessárias;

b. Após preparado o Modelo 22 do IRC, envia à função Tesouraria, após autorização


do Conselho de Administração, para entrega e pagamento do mesmo, dentro
dos prazos legais em vigor;

c. Depois da entrega da IES, com a aprovação de contas, emite guia para


pagamento relativa ao depósito das contas.

A responsável dos serviços, em conjugação com o Técnico de Contas, analisa e prepara os


seguintes documentos de prestação de contas1:

a) Balanço;
b) Demonstração de resultados;
c) Mapas de execução orçamental;
d) Mapas de fluxos de caixa;
e) Mapa da situação financeira;
f) Anexos às demonstrações financeiras;

1
Os documentos referidos deverão ser assinados pelo órgão legal ou estatutariamente competente e pelo Técnico
Oficial de Contas para sua apresentação e envio às entidades competentes.
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