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PROTOCOLO

INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E RETIRADA DO CATETER


VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA | PICC

|E L A B O R A Ç Ã O |

Bruna Filomena Correia Moreira – Enfermeira UTI Neonatal | HGWA


Carmem Sulinete Suliano da Costa Lima – Médica Neonatologista | HGWA
Daniela Barboza Saboia Cruz – Enfermeira | HRC
Emanoelle Pinheiro de Oliveira – Assessora Técnica – DITEC | ISGH
Icleia Parente Rodrigues – Enfermeira | HGWA
Joelma de Brito Saraiva Silva – Enfermeira | HGWA
Kelly Monte Sousa – Enfermeira Neonatologista | HGWA
Riviany Arrais Nobre – Médica Neonatologista | HGWA

| 1ª REVISÃO|

Daniela Barboza Saboia Cruz – Enfermeira | HRC


Joelma de Brito Saraiva Silva – Enfermeira | HGWA

| 2ª REVISÃO|

Josélia Maria Lopes dos Prazeres- Enfermeira Coordenadora Neonatal | HRN


Vanessa Araújo Viana – Enfermeira | HRN
Antonio Oscar Correia Junior – Enfermeiro | HRN

|C O L A B O R A Ç Ã O|

Selma Furtado Magalhães – Gerente de Risco DITEC | ISGH


Maria Jeane Aorim Araujo – Assessora Técnica DITEC | ISGH

| V A L I D A Ç Ã O |

Késsy Vasconcelos de Aquino - Diretora Técnica | ISGH

| F O R M A T A Ç Ã O |

Comunicação Visual | ISGH

| D A T A S |

Versão 00: 2009


Versão 01: 2010
Versão 02: 2015

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INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E RETIRADA DO CATETER
VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA | PICC

| SUMÁRIO |

1 INTRODUÇÃO PÁG. 05

2. DESCRIÇÃO DO PICC PÁG. 05

3. INDICAÇÕES PÁG. 06

4 CONTRAINDICAÇÕES PÁG. 06

5 LOCALIZAÇÃO DO CATETER PÁG. 07

6 LOCAIS INDICADOS PARA PUNÇÃO E ESCOLHA DO VASO PÁG. 07

7 VANTAGENS PÁG. 09

8 DESVANTAGENS PÁG. 09

9 INSERÇÃO DO CATETER PÁG. 10

10 CUIDADOS DURANTE A INSERÇÃO DO CATETER PÁG. 14

11 MEDIDAS E CUIDADOS APÓS A INSERÇÃO DO PICC PÁG. 14

12 MANUTENÇÃO DO CATETER PÁG. 15

13 COMPLICAÇÕES PÁG. 16

14 PROCEDIMENTO PARA A TROCA DO CURATIVO PÁG. 16

15 DESOBSTRUÇÃO DO CATETER PÁG. 17

16 AVALIAÇÃO DO SÍTIO DE PUNÇÃO (DEVE SER REALIZADA DIARIAMENTE) PÁG. 18

17 RETIRADA DO CATETER PÁG. 18

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18 CONSIDERAÇÕES FINAIS PÁG. 20

19 REFERÊNCIAS PÁG. 20

APÊNDICES PÁG. 21

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| 1. INTRODUÇÃO |

A terapia intravenosa no neonato apresenta algumas particularidades que vão desde a escolha do acesso até
a administração de medicamentos. A punção periférica é uma das atividades que requerem conhecimento,
habilidade e prática por parte do enfermeiro, sendo um dos procedimentos mais realizados durante a
hospitalização (LOURENÇO; KAKEHASHI; 2003).

Para Tamez e Silva (2006), o cateter venoso central de inserção periférica (PICC) vem sendo utilizado em
Unidades Neonatais com frequência cada vez maior, uma vez que é um dispositivo intravascular com
possibilidade de tempo de permanência prolongado e de instalação simples, associado a um menor risco de
complicações mecânicas e infecciosas quando comparado a outras formas de acesso central.

Devido à melhoria na qualidade da assistência aos recém-nascidos (RNs) com o uso do PICC, surgiu a
necessidade de se estabelecer um protocolo para unificar condutas para inserção, manuseio e manutenção
do PICC no Serviço de Neonatologia do Hospital Regional Norte.

| 2. DESCRIÇÃO DO PICC |

O cateter venoso central de inserção periférica (PICC) consiste em um dispositivo vascular inserido através
de uma veia superficial periférica que se prolonga por meio de uma agulha introdutora e com a ajuda do
fluxo sanguíneo até a veia cava superior, onde toma característica de acesso central. O PICC Utilizado em
neonatalogia em geral é de único lúmen devido ao pequeno calibre, sendo o mais comum de 1,9 french.

Quanto ao material, pode ser constituído de poliuretano ou elastômeros de silicone, que são materiais
biocompatíveis, menos trombogênicos e que dificultam a agregação de microrganismos em sua parede. O
local de inserção é uma veia periférica preservada, de calibre adequado e não tortuosa. As mais indicadas são
a veia basílica e a cefálica (RODRIGUES; CHAVES; CARDOSO, 2006).

TAMANHO DO CATETER

INTRODUTOR CATETER POPULAÇÃO


26G 1.9 FR RN
24G 2.0 FR RN
22G 2.0 FR PED

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| 3.INDICAÇÕES |

• A utilização do PICC deve ser avaliada a partir do 14º dia de cateter umbilical (de acordo com protocolo
institucional);
• Terapia intravenosa a critério (acima de 7 dias);
• Antibioticoterapia por tempo prolongado (acima de 7 dias);
• Uso de soluções hiperosmolares que necessitem de acesso central, soluções irritantes e vesicantes;
• Uso de NPT com osmolaridade acima de 700mOsm/L ou NPT com osmolaridade menor que tiver duração
maior que 7 dias;
• RNs nascidos com defeito congênito na parede abdominal (gastrosquise e onfalocele);
• Uso de drogas vasoativas.

| 4.CONTRAINDICAÇÕES |

• Administração de grandes volumes “em bolus” ou sob pressão;


• Administração de hemoconcentrados;
• Plaquetopenia importante (discutir com médico risco de complicações);
• Administração de substâncias precipitantes, ex.: hidantal, fenobarbital e anfotericina B;
• Coleta de sangue;
• Crianças com edema grave ou anasarca que dificultem a punção venosa;
• RN com malformações arteriovenosas, avaliar criteriosamente os cardiopatas;
• RNs com rede venosa bastante explorada;
• RNs sem prognóstico ou com cuidados paliativos;
• RNs muito graves, instáveis, com alteração dos sinais vitais;
• RNs com hidratação venosa menor que 7 dias;
• RNs com tratamento por antibioticoterapia com 7 dias;
• Término do tratamento com NPT, com osmolaridade abaixo de 700mOsm/L ou com tratamento de
duração menor que 7 dias;

*OBS: A segunda tentativa de PICC no mesmo paciente não é recomendada. Deve ser avaliado criteriosamente
o custo/benefício dessa nova tentativa, bem como o estado clínico do recém-nascido pela da equipe que
realizará o procedimento. O mesmo deve estar estável e com rede venosa preservada. Recomenda-se a nova
tentativa, com no mínimo três dias da primeira, se veias recuperadas.

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| 5.LOCALIZAÇÃO DO CATETER |

O cateter é considerado posicionado em nível central quando se localiza na veia cava superior ou veia
cava inferior acima do diafragma. A posição ideal da ponta do cateter é o terço distal da veia cava superior
ou o terço superior da veia cava inferior, devendo ser evitada a posição intracardíaca. Após realização do
procedimento, deve-se comunicar ao médico a solicitação do exame de raios-x e confirmação da localização
correta do cateter.

| 6.LOCAIS INDICADOS PARA PUNÇÃO E ESCOLHA DO VASO |

Os seguintes vasos podem ser puncionados para introdução do cateter, veias: Cefálica, Basílica, Mediana
Cubital, Acessórias do braço e Jugular Externa. As três primeiras são as preferenciais, por serem de palpação
mais fácil e mais calibrosas, principalmente a veia basílica direita, por ser mais reta, ter fluxo laminar menos
turbulento, ter mais válvulas e a localização mais próxima da veia cava superior. A veia de escolha deve ser a
basílica direita, seguida da mediana cubital direita, cefálica e jugulares.

A pele sobrejacente à veia escolhida deverá estar íntegra e não apresentar sinais de hematomas, infecção
(foliculites, celulites e abscessos) ou alterações anatômicas.

A indicação do cateter deve ser médica. Entretanto, deve-se comunicar a solicitação ao enfermeiro que
realizará o procedimento, pois este analisará a integridade da rede venosa. Preferencialmente, o médico

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prescritor deverá solicitar o cateter, avaliando o contexto e a real necessidade do PICC, segundo critérios
mencionados anteriormente. Vale ressaltar que o PICC não é um procedimento de emergência, a cateterização
deve ser eletiva, avaliando-se sempre o custo/benefício para o paciente.

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| 7.VANTAGENS |

7.1 Relacionadas aos Pacientes

Mantém a rede venosa preservada com menor desconforto e dor para o paciente, permitindo a mobilidade do
membro escolhido para o procedimento, aumentando a humanização da assistência. Além disso, apresenta
um menor risco de infecção em relação a outros dispositivos vasculares centrais, bem como menos portas de
entrada, quando comparado a pacientes que têm várias punções para tentativas de acesso. Vale ressaltar que
diminui o risco de realização de venodissecções, preserva o sistema vascular, além de ser um acesso de longa
permanência. Além disso, proporciona menos dor e estresse, pela tentativa de vários acessos periféricos,
evita tricotomia de couro cabeludo, dentre outras vantagens.

7.2 Relacionadas à Equipe/Instituição

Permite maior facilidade de inserção/manuseio quando comparado com outros dispositivos vasculares
centrais, diminuindo o estresse da equipe pelas punções repetitivas; além de boa relação custo/benefício.

Tem longa permanência pois não necessita trocar cateter e consequentemente menor custo.

| 8.DESVANTAGENS |

• Necessita de equipe qualificada e treinada para implantação e manutenção do PICC;


• Não suporta grandes volumes ou medicações em bolus;
• Risco de quebra e obstrução.

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| 9.INSERÇÃO DO CATETER |

9.1 Considerações Especiais

• O paciente deve estar hemodinamicamente estável, sem edema;


• Realizar o procedimento com monitorização de oximetria de pulso;
• Manter material para Ressuscitação Cardio-Pulmonar próximo ao leito;
• O paciente deve estar normotérmico para a realização do procedimento.

9.2 Recursos Humanos Necessários

Para realização do procedimento, são necessários preferencialmente dois profissionais de


nível superior, sendo obrigatório um destes possuir curso de qualificação teórico-prático,
ou seja, que seja habilitado. Na unidade neonatal, se o procedimento for realizado por
enfermeiros(as), o médico do plantão deverá ser comunicado no caso de intercorrências.

9.3 Autorização do Procedimento

Solicitar autorização da mãe do paciente para realização do procedimento, por meio do preenchimento
do Termo de Procedimentos Invasivos e Cirúrgicos. Em caso de ausência da mãe, solicitar a assinatura do
acompanhante quando possível. Na ausência destes, solicitar a assinatura do médico, posteriormente,
explicando todas as etapas à mãe ou ao responsável.

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9.4 Materiais Necessários

Bandeja contendo o seguinte material estéril:

• 01 cuba bandeja;
• 1 Porta-agulha de mayo 15 cm;
• 2 Pinças Halstead reta (mosquito) 10 cm;
• 1 Pinça Halstead curva (mosquito) 10 cm ;
• 01 pinça de dissecção delicada sem dente 12 cm;
• 03 pinças Backaus 10 cm;
• 02 cubas redondas pequenas;
• 01 tesoura Metzenbaum curva;
• 02 pinças Pean 17 cm ;
• 03 pinças mosquito.

Materiais Diversos:

• 02 campos simples;
• 01 campo fenestrado;
• 05 pacotes de gazes (ou quantitativo maior, conforme necessário);
• 02 aventais de manga longa estéreis;
• 01 pacote de compressas;
• EPIs: gorros, máscaras e óculos para os profissionais;
• 04 pares de luvas estéreis (1 luva estéril número 8,5 para fazer o garrote e as outras são de acordo com
os profissionais);
• Clorexidina alcoólica 0,5%;
• Clorexidina degermante;
• Solução salina a 0,9% (5 ampolas);
• 01 seringa de 10 mL;
• 01 seringa de 20 mL;
• Cateter em silicone de calibre adequado (acompanhado de fita métrica, introdutor divisível sobre agulha
e “guilhotina” de cateter);
• Curativo transparente;
• Foco de luz.

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| 9.5 TÉCNICA DE MENSURAÇÃO E INSERÇÃO DAS VEIAS DOS MMSS (MEMBROS SUPERIORES) |

• Higienizar as mãos com clorexidina degermante;


• Realizar o exame dos vasos sanguíneos através da técnica de inspeção e de palpação e realizar a medição
do perímetro do membro;
• Posicionar o paciente agasalhado, monitorizado e analgesiado, conforme rotina do serviço, em decúbito
dorsal, deixando o membro escolhido descoberto para assepsia;
• Mensurar com a fita métrica a quantidade em centímetros a ser introduzida, conforme as seguintes
medidas:
• Posicionar a fita com o ponto zero no local do membro superior escolhido para punção, percorrer
a fita até a articulação escápulo-umeral direita ou esquerda, dependendo do membro selecionado.
Deste ponto, siga a fita até a junção clavícula-esternal direita e em seguida até o 3º espaço intercostal
direito;
• Higienizar o membro escolhido com clorexidina degermante, água morna e deixar protegido com gaze
estéril;
• Abrir o material com técnica asséptica;
• Fazer degermação das mãos e paramentar-se com técnica de barreira máxima: gorro, máscara, avental,
luvas e campos estéreis;
• Com o paciente já posicionado em decúbito dorsal, fazer antissepsia do local com clorexidina alcoólica
0,5 %, deixando secar por 2 minutos;
• Trocar as luvas e posicionar os campos estéreis simples e fenestrados com ajuda das pinças Backaus;
• Preencher o lúmen do cateter com solução salina a 0,9% com seringa de 10 cc e deixá-la conectada;
• Cortar o cateter de acordo com a medida descrita anteriormente;
• Garrotear o membro com luva estéril (cortar borda da luva);
• Posicionar o bisel da agulha para cima, acoplada ao cateter introdutor;
• Realizar punção venosa;
• Retirar a agulha após a certificação da punção, deixando o introdutor no local, se houver retorno
sanguíneo;
• Retirar o garrote do membro;
• Introduzir o cateter lentamente na luz do vaso, através do cateter introdutor, com auxílio da punção
anatômica, deixando fora cerca de 3 cm para retirada do introdutor;
• Retirar o cateter introdutor da luz do vaso, pressionando a pele;
• Avançar por completo o cateter, utilizando a pinça anatômica, até alcançar a medida aferida previamente
e observar novamente se há retorno sanguíneo;
• Testar a permeabilidade do cateter com solução salina a 0,9%;
• Separar as duas partes do cateter introdutor conforme orientação do fabricante;
• Manter infusão contínua de solução salina a 0,9% para evitar obstrução do cateter;
• Realizar limpeza do sítio de inserção com solução salina a 0,9% e secar com gaze estéril;
• Fixar o cateter, estabilizando-o com a fita que acompanha o curativo transparente. A seguir, usar gaze
no sítio da inserção do cateter e a película transparente. Fixar a terminação do cateter com a outra fita
que acompanha o curativo transparente. Fixar o curativo estéril, cobrindo o cateter. Por fim, identificar o
curativo com data e assinatura do profissional responsável pelo curativo;
• Manter infusão com solução salina por bomba de seringa com vazão de 0,5 a 1 mL/h, conforme prescrição.

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• Retirar os campos, a paramentação e higienizar as mãos;


• Acondicionar o material utilizado em recipiente adequado;
• Realizar o raio-x de tórax para certificar-se da posição do cateter;
• Registrar o procedimento na evolução de enfermagem;
• Preencher corretamente os dados no livro do PICC.

| 9.10 TÉCNICA DE MENSURAÇÃO E INSERÇÃO DAS VEIAS JUGULARES |

• Higienizar as mãos com clorexidina degermante;


• Realizar o exame dos vasos sanguíneos através da técnica de inspeção e de palpação e realizar a medição
do perímetro do membro;
• Posicionar o paciente agasalhado, monitorizado e analgesiado, conforme rotina do serviço, em decúbito
lateral, deixando o local de inserção sob fácil visualização;
• Mensurar com a fita métrica a quantidade em centímetros a ser introduzida, conforme as seguintes
medidas:
• Jugular direita: Posicionar a fita com o ponto zero no local (veia jugular esquerda ou direita) escolhido
para punção, percorrer a fita até a articulação clavícula-esternal direita e em seguida até o 3º espaço
intercostal direito;
• Jugular esquerda: Posicionar a fita com o ponto zero no local (veia jugular esquerda ou direita)
escolhido para punção, percorrer a fita até a junção clavícula-esternal direita e em seguida até o 3º
espaço intercostal direito;
• Higienizar o membro escolhido com clorexidina degermante, água morna e deixar protegido com gaze
estéril;
• Todas os passos devem ser seguidos conforme Técnica de Inserção de MMSS descrita acima.

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| 10 CUIDADOS DURANTE A INSERÇÃO DO CATETER |

• Realizar métodos não farmacológicos para alívio da dor nos RNs não intubados (chupetinha de glicose,
enrolamento, contenção facilitada) de acordo com protocolo;
• Nos RNs intubados que não estiverem com analgesia contínua, solicitar junto ao médico medicação para
alívio da dor, antes do procedimento;
• Evitar tocar no cateter com luvas, pois o talco poderá desencadear flebite química. Utilizar somente as
pinças estéreis (delicadas) para manipulá-lo;
• Ao sentir resistência durante a introdução, não forçar a passagem do cateter. Caso haja resistência à
progressão do cateter, pode-se injetar simultaneamente solução salina a 0,9% para abrir as válvulas
venosas, facilitando a progressão, ou mobilizar o membro;
• Nunca introduzir o introdutor sem a adequada alocação da agulha pelo risco de danificá-lo e de provocar
lesões em partes moles;
• Realizar a manobra de rotação do ombro, na qual faz-se uma rotação externa do membro, na tentativa
de facilitar a inserção, quando houver resistência na passagem do cateter na região dessa articulação.

| 11 MEDIDAS E CUIDADOS APÓS A INSERÇÃO DO PICC |

• Não é recomendado o início da administração de drogas antes da confirmação da localização do cateter


pelo raio-x;
• A troca do primeiro curativo deverá ser preferencialmente com 48 horas. Trocar com 24 horas ou antes,
caso seja necessário tracionar, se houver algum sangramento, secreção ou outras intercorrências;
• Fazer os registros na ficha de controle de instalação e retirada do PICC e ficha para o acompanhamento
diário de manutenção de PICC;
• Solictar do técnico de enfermagem o preenchimento do formulário de manutenção diária do PICC;
• Não verificar pressão arterial e nem garrotear o membro onde está inserido o cateter percutâneo;
• Medir a circunferência do membro diariamente. Aumento de 2 cm é sinal de trombose. Se houver edema
menor que 2 cm, fazer compressas frias, elevar membro e acompanhar evolução rigorosamente;
• Inspecionar o aspecto do local de inserção e do membro cateterizado, diariamente;
• Inspecionar diariamente o curativo;
• Nos casos em que o cateter ficar periférico, solicitar ao médico raio-x de controle e avaliar necessidade
de retirá-lo.

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| 12 MANUTENÇÃO DO CATETER |

| 12.1 QUANTO AO TEMPO DE PERMANÊNCIA |

DO PICC: não há tempo específico para a permanência do cateter, desde que não haja nenhuma complicação.
Vários autores divergem quanto a este tempo de permanência, variando desde 1 semana a 6 meses,
dependendo da marca e da terapia escolhida para o paciente e da evolução clínica da criança.

DAS CONEXÕES: trocar extensores e three-way a cada 72 horas. Em caso de infusão de NPT, a troca deve ser
diária. Efetuar a higienização das mãos, com solução degermante e utilizar luvas de procedimento sempre
que for manipular o cateter. Friccionar com clorexidina alcoólica nas conexões e manipulando-o, protegendo
com gaze estéril.

CURATIVO: o curativo somente deverá ser renovado pelo enfermeiro, que deverá observar quantos
centímetros estão exteriorizados, evitando tracionar o cateter, de acordo com a posição visualizada no raio-x.

PRIMEIRA TROCA DO CURATIVO: deverá ser realizada após 24 ou 48 horas do procedimento de inserção.

TROCAS SUBSEQUENTES: o curativo transparente semipermeável é trocado rotineiramente a cada 07 dias


(protocolo institucional), as exceções serão quando houver comprometimento da integridade do curativo,
risco de deslocamento acidental do cateter ou em caso de sujidade e/ou umidade. Nas trocas subsequentes
dos curativos transparentes, não é necessária a utilização de gaze caso não haja secreções.

| 12.2 ÁREAS SEMICRÍTICAS QUANTO À MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DO CATETER |

• Realizar infusão de solução salina a 0,9% com 0,5 mL para o RN sem extensor e 1 mL com extensor ao
início e ao término da infusão de medicamentos, e também a cada turno de 6 horas sempre no início do
plantão. Nos casos em que o PICC apresentar resistência ou refluxo sanguíneo, infundir de 3/3h.
• É de competência do enfermeiro supervisionar a permeabilização do cateter e descrever suas
características na ficha de controle diário e na evolução do paciente.
• É de competência do técnico em enfermagem realizar infusão de solução salina a 0,9%.
• Manter infusão contínua de solução salina a 0,9%, devido ao risco de obstrução do cateter.
• Utilizar somente seringas de 10 ou 20 mL, devido possuírem menor pressão. As seringas de maior calibre,
consequente maior pressão, podem causar rompimento do cateter.

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| 13 COMPLICAÇÕES |

As complicações incluem desde as mais simples, como infecção local, flebites, às mais graves (arritmias,
danos de nervos e ligamentos, embolia, pneumotórax, quilotórax, perfuração do miocárdio, hemotórax e
tamponamento cardíaco).

| 14 PROCEDIMENTO PARA A TROCA DO CURATIVO |

• Preparar o material necessário e uso de EPIs;


• Higienizar as mãos;
• Posicionar adequadamente o paciente em decúbito dorsal, solicitando que o técnico em enfermagem
mantenha-o nessa posição, expondo a área do curativo, além de utilizar analgesia de acordo com
protocolo do serviço;
• Higienizar as mãos e calçar as luvas;
• Soltar as bordas e retirar o curativo transparente;
• Retirar luvas de procedimento;

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• Higienizar as mãos;
• Calçar luvas estéreis;
• Embeber a gaze (estéril) com solução salina a 0,9%;
• Fazer antissepsia do membro com técnica asséptica;
• Secar a área com gaze estéril, inspecionando o sítio de inserção;
• Embeber a gaze com clorexidina alcóolica;
• Fazer a limpeza da área de inserção observando técnica asséptica;
• Desinfectar toda a extensão do cateter e conexões;
• Estabilizar o cateter com fita que acompanha o curativo transparente;
• Usar a película transparente, fixando-a com a outra fita, o disco oval do cateter, conhecido como
“borboleta”. A estabilização do cateter se dá principalmente pela fixação dessa parte do dispositivo;
• Identificar o curativo;
• Fazer fixação com tensoplast na extensão do cateter para garantir melhor estabilidade;
• Retirar as luvas;
• Higienizar as mãos;
• Datar e identificar o curativo;
• Acomodar o paciente confortavelmente;
• Desprezar o material utilizado em recipiente adequado;
• Higienizar as mãos;
• Fazer registro em prontuário e ficha de acompanhamento.

| 15 DESOBSTRUÇÃO DO CATETER |

MATERIAL NECESSÁRIO

• Three-way (torneirinha);
• Seringas de 5 e 10 mL;
• Soro fisiológico a 0,9%.

TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO

Técnica com duas seringas:

• Conectar threeway (torneirinha) na extremidade do cateter;


• Conectar uma seringa de 05 mL com SF a 0,9% em uma saída e na outra uma seringa de 10 mL vazia;
• Aspirar o conteúdo do cateter com a seringa de 10 mL, formando um vácuo no interior, com pressão
negativa e sem soltar a seringa;
• Abrir a via do threeway para a seringa de 5 mL, assim será infundido apenas o volume da solução que

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• preenche o lúmen do cateter, sem cair na circulação;


• Repetir o procedimento até a desobstrução do cateter, com tempo mínimo de 30 minutos.
• Nos casos de não desobstrução, solicitar ao médico prescrição de Vitamina C obedecendo à seguinte
diluição: 0,5 mL de Vitamina C + 4,5 mL SF a 0,9%;
• Prosseguir com a técnica de desobstrução, substituindo o SF a 0,9% pela solução de Vitamina C.

| 16 AVALIAÇÃO DO SÍTIO DE PUNÇÃO (DEVE SER REALIZADA DIARIAMENTE) |

TÉCNICA

• Inspecionar, palpar o local e o trajeto da veia, a fim de observar sinais de infecção (dor, rubor,
endurecimento, calor e secreção);
• Aferir as circunferências dos membros, 5 cm acima da inserção do cateter. Um aumento nesses valores,
quando comparado às medidas entre o membro puncionado e o contra-lateral ou em relação às medidas
anteriores, indicará a suspeita de trombose ou extravasamento;
• É de competência do enfermeiro(a) realizar a rotina da avaliação do sítio de punção durante o procedimento
de permeabilização do cateter e descrever suas características na ficha de controle diário e na evolução
do paciente.

| 17 RETIRADA DO CATETER |

| 17.1 Indicação |

• Término da terapia proposta conforme critério médico;


• Mediante qualquer complicação que não permita a manutenção do PICC e que ponha em risco a saúde
da criança;
• Danos do cateter: perfuração, obstrução que não responde a medidas de desobstrução.

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| 17.2 Material Necessário |

• Clorexidina degermante a 2% para lavagem das mãos, luvas de procedimento, solução salina a 0,9% e
gazes.

| 17.3 Técnica de Retirada |

• Observar no livro de PICC o comprimento do cateter inserido;


• Higienizar as mãos;
• Calçar luvas de procedimento e remover a fixação e o curativo;
• Observar o local;
• Tracionar o cateter, exteriorizando-o lentamente;
• Fazer compressão no sítio de inserção, utilizando gaze;
• Medir o comprimento do cateter retirado, comparar com a medida de inserção inicial;
• Retirar as luvas;
• Higienizar as mãos;
• Efetuar os registros nas fichas de controle do PICC e prontuário.

OBS: Deve-se suspender a infusão medicamentosa no cateter uma hora antes da retirada para evitar o risco
de sangramento durante a retirada do mesmo.

| 17.4 Em Caso de Resistência à Retirada do Cateter |

• No momento da retirada do cateter, caso haja resistência, comunicar ao médico;


• Antes da retirada de um cateter “resistente”, o médico plantonista deve solicitar radiografia da região
para verificar a presença de nós e dobras na parte interna do cateter;
• Poderá ser feito compressa morna, sobre a área afetada;
• Não fazer pressão no local de saída do cateter ou ao longo da veia, pois isso aumenta a possibilidade de
embolia ou pode aumentar a aderência do cateter ao vaso;
• Caso continue havendo resistência, o médico plantonista decidirá o contato com cirurgião pediátrico ou
vascular para retirada do mesmo.

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INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E RETIRADA DO CATETER
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| 17.5 Na Suspeita de Infecção Relacionada ao Cateter |

• Fazer antissepsia do sítio de inserção do cateter com clorexidina alcoólica a 0,5%;


• Após 2 a 3 minutos, retirar o excesso de clorexidina com gaze estéril, embebida em solução salina a 0,9%;
• Retirar o cateter sem contaminá-lo, cortar a ponta (cerca de 5 cm), colocar em recipiente estéril,
identificado e enviar ao laboratório de microbiologia para cultura;
• Contatar o laboratório para coletar hemocultura, conforme rotina estabelecida pela SCIH quando houver
indicação médica. Não enviar cateteres retirados por término da terapia.

| 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS |

Observa-se a importância do aperfeiçoamento contínuo no gerenciamento do cuidado, revisão de protocolos


e realização de estudos que permitam um melhor acompanhamento do uso desse cateter. Com a elaboração
deste protocolo, acreditamos proporcionar maior segurança e qualidade no atendimento aos recém-nascidos
que necessitem desse procedimento e auxiliar os profissionais de enfermagem e médicos no manuseio
adequado do PICC.

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PROTOCOLO
INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E RETIRADA DO CATETER
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| 19 REFERÊNCIAS |

1. Apostila do Curso de qualificação em implantação, manutenção e retirada de cateter central de inserção


periférica – PICC Neonatal – Pediátrico e Adulto. Associação Brasileira de Enfermagem ABEN – CE.

2. LOURENÇO, A. S.; KAKEHASHI, T. Y. Assistência de enfermagem pré e pós-inserção imediata do cateter


de inserção periférica em pacientes neonatais. REVNursing, São Paulo, agosto, 2003, 63 (6), pag: 24-8.

3. TAMEZ, R.; SILVA, M. J. P. Enfermagem na UTI Neonatal: assistência ao recém nascido de alto risco. 3. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

4. FREITAS, L. C. M.; RAPOSO, L. C. M.; FINOQUIO, R. de A. Instalação, manutenção e manuseio de cateteres


venosos centrais de inserção periférica em pacientes submetidos a tratamento quimioterápico. Rev.
Brás. Cancerol. 45(1):19-29. 1999.

5. PEZZI, M. de O. Manual de cateterização central de inserção periférica-CCIP/PICC. Porto Alegre: Grupo


de estudos do CCIP, 2004, 54p.

6. RIO DE JANEIRO, Ministério da Saúde. Secretaria de Saúde. Rotina para cateter venoso central de Inserção
Periférica em Neonatos. Rio de Janeiro; Ministério da Saúde. 2002.

7. RYDER, M. A. Peripheral Access Options. In: Vascular Access in the Oncology Patient. Surgical Oncol Clin
of North America. 3(4): 395-427.1995.

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| ANEXO | APÊNDICES |

ANEXO - Resolução COFEN Nº 258/2001

Resolução COFEN Nº 258/2001

Inserção de Cateter Periférico Central pelos Enfermeiros

O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, no uso de suas atribuições legais e regimentais; CONSIDERANDO
a competência técnica do Enfermeiro, estatuída na Lei nº 7.498/86 em seu artigo 11; inciso I, alíneas “i” e
“m”, inciso II, alíneas “e” e “i”.

CONSIDERANDO a Resolução COFEN nº 240/2000, que aprova o código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem, em seu Capítulo III, artigos 16, 17 e 18;

CONSIDERANDO o parecer da Câmara Técnica Assitencial nº 011/2001, aprovando na Reunião Ordinária do


Plenário n º 296;

RESOLVE:

Art. 1º - É lícito ao enfermeiro, a Inserção de Cateter Periférico Central.

Art. 2º - O enfermeiro para o desempenho de tal atividade, deverá ter-se submetido à qualificação e/ou
capacitação profissional.

Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 12 de julho de 2000.

GILBERTO LINHARES TEIXEIRA JOÃO AURELIANO AMORIM DE SENA


COREN – RJ Nº 2.380 COREN – RN Nº 9.176
PRESIDENTE PRIMEIRO SECRETÁRIO

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APÊNDICE I - FICHA DE CONTROLE DE INSTALAÇÃO E RETIRADA DO PICC

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APÊNDICE II - FICHA PARA O ACOMPANHAMENTO DIÁRIO DE MANUTENÇÃO DE PICC

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