Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Juazeiro – BA
2015
2
Juazeiro – BA
2015
3
FOLHA DE APROVAÇÃO
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo adaptar o veículo mini baja desenvolvido na
Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, tornando-o em um
mini trator, para trabalhar no trato de culturas frutíferas. Por seu menor custo,
quando comparado aos tratores de pequeno porte atualmente comercializados,
este protótipo adaptado, favorecerá principalmente o mercado dos agricultores de
menor porte e como também da agricultura familiar. Desta forma, foi acrescido ao
protótipo baja BJT02 elementos como barra de tração e tomada de potência, os
quais garantem o tracionamento de implementos agrícolas e o acionamento deste
implementos bem como de determinados tipos de máquinas estacionárias. Além
disto, foi necessário implementar uma rabeta reversora no sistema de transmissão
do veículo baja, visando a possibilidade do mini trator trabalhar em três posições
de marcha (posição neutra, deslocamento para frente e para trás). Diante das
modificações realizadas e somada às caraterísticas como baixo custo,
versatilidade e confiabilidade testadas, pode-se concluir que o mini trator na
fruticultura irrigada pode ser de extremamente viável para as necessidades
exigidas.
ABSTRACT
This work aims to adapter a mini baja vehicle built at Universidade Federal do
Vale do São Francisco – UNIVASF, to a mini tractor, to work on fruit production.
Due to its lower cost compared to real small tractos currently on the market, this
prototype, will favor mainly small producers as well as family farming. So, it was
add to the baja BJT02 prototype, elements as an drawbar and power outlet to pull
farm implements and trigger these implements as well as certain types of stationary
machines. Besides, it was necessary to implement a reversing tail in baja vehicle
transmission system, aiming at the possibility of mini tractor working on three-gear
shift position (neutral position, shift forward and backward). Given the changes
made and added to the characteristics such as low cost, versatility and reliability
tested, it can be concluded that the mini tractor in irrigated fruit can be extremely
viable for the required needs.
Keywords: mini tractor; drawbar; power outlet; finite elements analysis; baja.
8
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Lista de Símbolos
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 14
2. OBJETIVOS ........................................................................................ 16
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 73
1. INTRODUÇÃO
não terá problemas de locomoção entre fileiras, visto que pode ser utilizado tanto
em cultivos de uva como em áreas plantadas como manga, além de submeter
menores cargas ao solo, causando menores compactações (RAMOS, 2014). O
veículo mini baja produzido na Universidade Federal do Vale do São Francisco
(UNIVASF), tem a vantagem de possuir dimensões propícias ao uso deste,
especificamente em culturas irrigadas de manga e uvas, as quais são as principais
atividades econômicas da região e além disso, possui um custo em média 55%
mais barato que os tratores de pequeno porte convencionais. Diante do exposto,
é de grande importância para a comunidade do Vale do São Francisco, um projeto
que viabilize a utilização de um veículo de menor porte, potência e custo e que
mesmo assim, seja capaz de realizar as atividades nos tratos das culturas irrigadas
com tamanha aplicabilidade dos atuais tratores de pequeno porte do mercado.
16
2. OBJETIVOS
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os motores de ciclo a diesel são aqueles que aspiram ar, que após ser
comprimido no interior dos cilindros, recebe o combustível sob pressão superior
àquela em que o ar se encontra. A combustão ocorre por autoignição no momento
em que o combustível entra em contato com o ar aquecido pela elevada pressão.
O combustível que é injetado ao final da compressão do ar é o óleo diesel, porém
o motor pode rodar com outros combustíveis, inclusive o óleo vegetal (FONSECA,
2007). Os motores que obedecem o ciclo diesel apresentam um alto rendimento
térmico quando comparados aos motores do ciclo otto, pois há um melhor
aproveitamento do combustível injetado. Seu alto rendimento se dá também
devido a sua elevada taxa de compressão. Os motores do ciclo diesel possuem
atrativos cada vez maiores comparados aos motores do ciclo otto. Com o
estreitamento dos parâmetros para emissão de gases poluentes e o decréscimo
do fator de consumo através das imposições do mercado cada vez mais exigente,
ficam mais claras as suas vantagens como o alto rendimento térmico, em torno de
40%, contra no máximo 33% dos motores do clico otto e uma maior durabilidade
dos motores e seus componentes. A figura 1, mostra um exemplo de motor
estacionário que obedece ao ciclo diesel.
As polias com diâmetro variável são as partes principais da CVT. Cada polia
é composta por dois cones um de frente para o outro e capazes de se aproximarem
ou se afastarem entre si. Uma correia em V passa no canal e entre os dois cones,
recebendo esta nomenclatura pelo o fato de terem uma seção transversal em
forma de e V, o que aumenta a aderência da correia devido ao atrito.
Quando os dois cones da polia estão afastados (diâmetro pequeno), a correia
passa na parte do canal que fica mais baixa, fazendo com que o raio da correia
em torno da polia diminua. Quando os cones estão juntos (diâmetro grande), a
correia passa pela parte do canal que fica mais alta e o raio fica maior. As CVT’s
podem usar pressão hidráulica, força centrífuga ou tensão por meio de molas para
criar a força necessária afim de ajustar as metades das polias. Polias de diâmetro
19
variável devem vir sempre em pares. Uma dessas, polias conhecida como polia
condutora é ligada ao virabrequim do motor (FANTON; LIMA, 2008).
𝑁𝑝𝑛
𝑉=
12
Ka(HP)nom
(𝐻𝑃)d =
Kst
N2 + N1 (N2 + N1)
𝐿=( ) + 2𝐶 +
2 4𝜋𝐶
A barra de tração pode ser classificada como reta, com degrau e com degrau
e cabeçote. A barra de tração do tipo reta, representada na Figura 12, trabalha
posicionada em uma única altura em relação ao solo, sem a opção de regulagem
de altura do engate do implemento. A barra de tração com degrau, representada
na Figura 13, permite duas opções de regulagem de altura do engate do
implemento. O degrau posicionado para baixo, possibilita uma configuração no
qual a altura do engate do implemento em relação ao solo é menor. A outra opção
se dá quando o degrau está posicionado para cima, permitindo uma altura maior
do engate do implemento em relação ao solo (VICENTE, 2000).
4. ELEMENTOS FINITOS
Avaliação do problema;
Descrição do comportamento dos elementos finitos;
Construção da malha;
Elaboração das equações dos elementos;
Desenvolvimento da equação global do problema;
Especificar as condições de contornos;
Solução global do problema;
Resultados.
5. PARÂMETROS DE PROJETO
esses parâmetros. Em uma situação real, a garantia desses valores exatos é muito
improvável, portanto, torna-se necessário buscar um balanço entre eles.
Duas situações de uso da transmissão do mini trator foram levadas em
consideração. A primeira situação seria quando o mini trator realiza as atividades
de campo, como o acionamento de implementos agrícolas ou transporte de
grandes cargas. Esta é a situação onde se exige um maior torque fornecido pelo
sistema de transmissão, então a rotação de saída do motor ideal seria a de 1500
rpm, onde torque máximo fornecido pelo motor é em torno de 27 N.m, como
mostrado na figura 23.
A segunda situação seria quando o mini trator se locomove de uma área para
outra, então, uma velocidade maior que a de trabalho (4m/s), seria útil, diminuindo
assim o tempo de locomoção do protótipo. Para esta situação a rotação de saída
ideal para o motor seria em torno de 3500 rpm, onde a potência máxima fornecida
pelo motor é entregue e tem o valor de aproximadamente 7 KW.
44
O motor é configurado para manter uma rotação de saída por volta de 3500
rpm quando completamente exigido. A CVT COMET 780 possui uma relação em
alta de 0,69: 1, sendo assim a rotação entregue para o redutor planetário seria de
5072,46 rpm. Segundo Milliken, 1995, uma transmissão continuamente variável
possui de 70% a 85% de eficiência. Considerando uma eficiência de 75% da CVT,
a rotação transmitida ao redutor planetário será apenas 3804,35 rpm. O redutor
possui uma relação de transmissão de 4,11: 1, então a rotação que sai do redutor
e entra no reversor através de um sistema pinhão-corrente-coroa é de
aproximadamente 926 rpm. A rabeta reversora possui uma relação de transmissão
de 1: 1, não alterando assim a rotação.
Outro sistema pinhão-corrente-coroa acopla a rabeta reversora ao eixo
central do mini trator, este sistema possui uma relação de transmissão de 2: 1,
entregando ao eixo das rodas motrizes uma rotação de 462,7 rpm. Desta forma,
considerando que os pneus traseiros do protótipo possuem 22in (560mm) de
diâmetro, o mini trator possuirá uma velocidade de 13,54 m/s. Assim, será
garantido que o trator possa realizar suas funções de acordo com a segunda
situação considerada nas premissas do projeto.
A uma rotação de 1500 rpm, o torque máximo entregue pelo motor é de 27
N.m, sendo assim, considerando a relação em baixa da CVT COMET é de 3,71:
1, como também a relação dos demais equipamentos que compõem o sistema de
transmissão do protótipo, o torque máximo entregue no eixo das rodas motrizes
seria de 823,4 N.m. Levando-se em consideração uma eficiência de 75% da CVT,
o torque final entregue será de 617,55 N.m.
A força trativa é considerado um importante parâmetro a ser determinado
para o mini trator. Com este dado podemos determinar que tipos de implementos
agrícolas o mini trator será capaz de tracionar. Fatores como peso do protótipo e
forças resistivas (resistência ao rolamento, força de arrasto e forças de atrito) são
de extrema importância para a determinação da força trativa. O mini trator deve
ser capaz de superar todos esses fatores além de tracionar um implemento.
Devido à baixa velocidade de operação do mini trator, os fatores como força de
arrasto e resistência ao rolamento serão desconsiderados. Os dados de entrada
para calcular a força trativa são: torque máximo gerado pelo motor Toyama 10 HP,
45
o torque máximo gerado no eixo das rodas motrizes, rendimento da CVT, relações
de transmissão e raio do pneu.
Considerando o rendimento da CVT de 75%, o torque máximo gerado no eixo
das rodas motrizes de 617,55 N.m, a força máxima entregue pelo sistema de
transmissão do mini trator pode ser determina por:
Com relação ao peso do mini trator, este possuirá uma massa em torno de
350 Kg incluindo o operador. Conforme a posição do centro de gravidade (CG),
visto na figura 24, cerca de 65% do peso (227,5 Kg) do mini trator concentra-se na
parte posterior e o restante (122,5 Kg) na parte frontal.
𝑊𝑚á𝑥 ∗ 𝑐
𝜇∗
𝐹𝑎𝑡 = 𝑙 =
ℎ
1+𝜇 𝑙
A capacidade trativa foi então calculada para os tipos de solos mais severos
que o mini trator pode operar. Os resultados podem ser vistos na tabela 5.
0,69: 1 (Alta)
CVT COMET 780
3,71: 1 (Baixa)
Relação de Transmissão - 1: 1
Rabeta Reversora
3 Posições de Engrenamento
disso, o sistema de suspensão do protótipo Baja BJT02 foi mantido, por possuir
dimensões adequadas para a sua condução nas plantações.
Na figura 26, podemos observar o tamanho do protótipo Baja BJT02 em
relação às dimensões de um parreiral de uva.
pinhão e cremalheira, que foi projetado para um raio de curva de 1,7 metros. Na
figura 27, pode-se observar que o raio de curvatura de 1,7 metros deste sistema
de direção é capaz realizar a manobra entre as fileiras dos parreirais sem
comprometer o desempenho das atividades de campo.
O chassi do protótipo Baja BJT02 foi o sistema que sofreu um maior número
de mudanças na adaptação para o mini trator. As principais modificações
ocorreram no sub-chassi (região onde a transmissão se encontra), devido a
necessidade de acomodar novos componentes da transmissão do mini trator,
como a rabeta reversora, o novo motor a Diesel Toyama 10HP, tomada de
potência e a barra de tração. Com esta modificação, o comprimento entre eixos do
chassi foi aumentado em 13cm. Além disso, devido a maior massa dos novos
componentes da transmissão, a estrutura de tubos quadrados do BJT02 foi
substituída por uma estrutura de tubos redondos de 1 ¼’’ e parede de 2mm afim
de aumentar a resistência deste conjunto.
A parte superior da parede corta-fogo (chapa de alumínio que separa o
cockpit do sistema de transmissão), presente no protótipo baja BJT02, foi removida
para que o operador possa utilizar um espelho retrovisor central adaptado para o
51
mini trator. Alguns tubos frontais do chassi também foram removidos para facilitar
o acesso do operador ao mini trator, sem comprometer a segurança da estrutura
como um todo.
Outra importante modificação, foi a adição de chapas de aços ½”, tanto na
parte frontal como na região do sub-chassi, esta modificação tem como função
acrescentar massa ao chassi, aumentando assim a aderência dos pneus ao solo
e consequentemente diminuindo a patinagem dos pneus, proporcionando assim,
um aproveitamento maior da força trativa disponibilizada pelo sistema de
transmissão. O chassi antigo e o novo podem ser vistos nas figuras 28 e 29,
respectivamente.
Ka(HP)nom 1,75.10
(𝐻𝑃)𝑑 = = = 17,5 𝐻𝑃
Kst 1
Para uma corrente simples com potência de 17,5 HP, velocidade angular
motriz de 926 rpm, a figura 8 sugere uma corrente ANSI nº 60. A partir desta
primeira iteração, podemos definir o passo da corrente ANSI nº 60 utilizando a
tabela 1, este tem valor de p = 0,75 in.
54
𝑁1 ≥ 12 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑁1 . 𝑛1 12.926
𝑁2 = = = 12 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑛2 926
(𝐻𝑃𝑙𝑖𝑚 )𝑙𝑝 = 𝑘𝑙𝑝 𝑁11,08 𝑛10,9 𝑝[3−(0,07.𝑝)] = 0,004.121,08 . 9260,9 . 0,75[3−(0,07.0,75)] = 17,7𝐻𝑝
𝑁1 . 𝑝. 𝑛1
(𝐻𝑃𝑙𝑖𝑚 )𝑔 = ( ) (4,413 − 2,073𝑝 − 0,0274𝑁𝐿 )
110,84
𝑛
− (ln 2 ) (1,59𝑙𝑜𝑔𝑝 − 1,873) =
1000
55
12.0,75.926
(𝐻𝑃𝑙𝑖𝑚 )𝑔 = ( ) [4,413 − (2,073.0,75) − (0,0274.12)]
110,84
926
− (ln ) (1,59𝑙𝑜𝑔0,75 − 1,873) =
1000
(𝐻𝑃𝑙𝑖𝑚 )𝑔 = (75,1895.2,52945) − [(−0,07688). (−2,0716)] = 190𝐻𝑃
𝑝. 𝑁1 . 𝑛1 0,75.12.926 𝑓𝑡
𝑉= = = 700
12 12 𝑚𝑖𝑛
A tomada de potência adaptada no mini trator deve ter duas funções, acionar
implementos agrícolas como também equipamentos estacionários de pequeno
porte. O modelo escolhido para TDP foi o número 1, este possui 6 ranhuras em
um eixo com diâmetro nominal de 35 mm e velocidade de trabalho de 540 rpm.
Este é o modelo mais comumente utilizado para acionar implementos agrícolas de
pequeno porte (MIALHE, 1996). Após analisar os tipos de implementos e
máquinas a serem acoplados ao mini trator, foi constatada a necessidade de
possibilitar algumas configurações para relação de transmissão de potência desse
sistema, visto que os implementos agrícolas e as máquinas estacionárias operam
com velocidades de trabalho diferentes. As máquinas estacionárias atendidas pelo
projeto do mini trator, operam com rotação de até no máximo 3500 rpm, já os
implementos com uma velocidade de 540 rpm.
A solução encontrada para atender os dois tipos de máquinas foi controlar
esta rotação de saída através de um conjunto de rodas dentadas e correntes,
juntamente com um redutor por engrenagens cônicas. A potência que sai no eixo
do motor é transferida para uma roda dentada posicionada atrás da polia motora
da CVT, que através de uma corrente, aciona outra roda dentada, esta por sua
vez, está acoplada ao eixo de entrada de uma caixa redutora de engrenagens
cônicas, que converte a rotação que entra no plano transversal do mini trator para
o plano longitudinal, permitindo assim o acionamento da tomada de potência. Esta
configuração é representada pela figura 36.
KA= 2,0;
KST = 1,0;
Klp = 0,004;
Krb = 17;
HPprojeto = 10 HP;
n1 = 3500 rpm;
n2 = 1080 rpm.
𝑝. 𝑁1 . 𝑛1 0,5.16.3500 𝑓𝑡
𝑉= = = 2300
12 12 𝑚𝑖𝑛
Outra análise de elementos finitos também deve ser feita afim de validar o
sistema desenvolvido para a TDP. O principal parâmetro de entrada para esta
análise é o torque gerado no eixo da TDP. Sabe-se que o torque máximo gerado
pelo motor Toyama 10HP é 27 N.m, as reduções do sistema de corrente e redutor
são 3,375: 1 e 2: 1, respectivamente. Então, o torque máximo gerado no eixo da
tomada de potência é 𝑇𝑚á𝑥 ≅ 185 𝑁. 𝑚.
Afim de garantir a confiabilidade da TDP e do acoplamento escolhido, foi
realizado estudo de elementos finitos, utilizando o software SolidWorks 2013.
Condições de contorno foram especificadas para essa simulação como também
uma modificação das malhas afim de convergir os resultados. As condições foram:
10. MODELO 3D
A figura 43, ilustra a barra de tração do tipo arrasto que foi adaptado no mini
trator para tracionar implementos. O resultado da adaptação da rabeta reversora
é ilustrado pela figura 44.
Vale ressaltar que todas as cotas para construção das peças projetadas
nesta adaptação encontram-se no Anexo II.
71
11. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FILHO, A. A. Elementos Finitos - A Base da tecnologia CAE. 3a Ed. ed. [s.l.] NCE,
2005.