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CAPÍTULO 3
Introdução
A condução de calor ocorre através de um processo de difusão, que ocorre geralmente em sólidos, apesar da condução
também ocorrer em líquidos e gases, raramente este é o mecanismo predominante nos fluidos, já que quando a
transferência de calor ocorre, o fluido começa o movimento devido aos gradientes de densidade que originam correntes
de convecção.
A transferência de calor por condução é relativamente simples de modelar e descrever matematicamente para
geometrias simples. As relações físicas presentes na condução podem ser modeladas matematicamente com o uso de
equações diferenciais parciais. Atualmente o uso de computadres de grande porte permite a simulação numérica de
infinidade de geometrias complexas que antigamente tinha sua solução limitada pelos métodos analíticos.
Na condução de calor unidimensional em uma parede plana, a temperatura é uma função somente de uma coordenada
“x” e o calor é transferido exclusivamente nesta direção.
Hipóteses:
- Condução unidimensional
- Regime permanente
- Sem geração de energia
Da equação geral da difusão de calor em regime permanente e unidirecional e sem geração de calor:
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.2
2T d dT
0 → k 0
x 2 dx dx
d
2
T dx 2 dT C1dx
T ( x ) C1 x C 2
T ( x ) C1 x C2
Substituindo as constantes C 1 e C 2 em T(x) da equação acima obtemos:
T T
T x 2 1 x T1
L
Observe como a temperatura varia linearmente com “x”
Note que este fluxo é uma quantidade definida como positiva quando direcionada no sentido positivo do eixo x, e que,
neste caso é constante desde x-=0 até x= L. Esta última característica é devido ao perfil linear de temperatura na parede,
que faz com que dT/dx seja independente de x. Observe que tanto Q x quanto q"x são constantes e independentes de
x. A taxa de transferência de calor aumenta quando a área aumenta, quando utilizamos com condutividade térmica
maior ou quando a parede se torna mais fina.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.3
Solução:
A equação da taxa de transferência de calor para este sistema é dada pela equação:
• T -T
Qx = i e
Rtotal
As resistências envolvidas na figura são:
• Ti - Te
Qx =
Rcond - A + Requiv + Rcond -D
B-C
onde:
LA 0,2 m
Rcond - A = = = 0,278 K/W
kA A 0,72 W/m.K . 1,0 m 2
LB 0,15 m
Rcond -B = = = 0,230 K/W
kB A 1,3 W/m.K . 0,5 m 2
LC 0,15 m
Rcond -C = = = 0,448 K/W
kC A 0,67 W/m.K . 0,5 m 2
L 0,2 m
Rcond -D = D = = 1,176 K/W
kD A 0,17 W/m.K . 1,0 m 2
RBRC 0,230 . 0,448
Requiv B-C = = = 0,152 K/W
RB + RC 0,230 + 0,448
Obtemos a taxa de transferência de calor
• ( 60 - 20) °C 40°C
Qx = = = 24,91W
Rcond - A + Requiv + Rcond -D (0,278 + 0,152 + 1,176 ) °C/W
B-C
As temperaturas são achadas com o valor da taxa de transferência de calor. Para encontrar TA usamos o conceito de resistência
térmica.
• T -T 60°C - TA
Q x = i A ; 24,91W =
Rcond - A 0,278 °C/W
Obtemos: TA = 53,07 °C
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.4
Solução:
A equação da taxa de transferência de calor para este sistema é dada pela equação:
• T -T
Qx = i e
Rtotal
As resistências envolvidas na figura são:
• Ti - Te
Qx =
Rconv - i + Rcond - A + Requiv + Rcond -D + Rconv - e
B -C
1 L R R L 1
onde: Rtotal = + A + B C + D +
hi A kA A RB + RC kD A he A
RB RC
sendo que: RequivB-C =
RB + RC
As resistências por convecção podem ser encontradas assim:
1 1
Rconv - i = = = 0,02 K/W
hi A 50 W/m 2 .K . 1,0 m 2
1 1
Rconv - e = = = 0,1 K/W
he A 10 W/m 2 .K . 1,0 m 2
L 0,2 m
Rcond - A = A = = 0,278 K/W
kA A 0,72 W/m.K . 1,0 m 2
LB 0,15 m
Rcond -B = = = 0,230 K/W
kB A 1,3 W/m.K . 0,5 m 2
LC 0,15 m
Rcond -C = = = 0,448 K/W
kC A 0,67 W/m.K . 0,5 m 2
L 0,2 m
Rcond -D = D = = 1,176 K/W
kD A 0,17 W/m.K . 1,0 m 2
RBRC 0,230 . 0,448
Requiv B-C = = = 0,152 K/W
RB + RC 0,230 + 0,448
obtemos:
• Ti - Te 40 K
Qx = = = 23,17 W
Rconv - i + Rcond - A + Requiv + Rcond -D + Rconv -e 1,726 K/W
B -C
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.5
Caso a) Se a distribuição de temperatura é simétrica (T1=T2) em relação ao plano intermediário, T(x) torna-se
• •
qG 2
qG
T (x) = - x + L x + T1
2k 2k
ou
•
q x x
T (x) = G L2 [ - ( )2 ] + T1
2k L L
Caso b) Se a distribuição de temperatura é simétrica e parabólica em relação ao centro da parede, com uma
L
temperatura máxima em x =
2
dT L
Teremos na linha central = 0 que corresponde a uma superfície isolada para x =
dx 2
A máxima temperatura será:
dT
=0
dx
•
q
T (x)max = G L2 + T1
8k
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.6
A transferência de calor deve ocorrer por condução de calor nos pontos onde há contato real das superfícies rugosa e
por convecção e radiação atravessando a interfase fluida.
A análise da transferência de calor para sistemas compostas descritas anteriormente asume-se que há contato perfeito
entre a interface de dois materiais, no entanto as superfícies reais são rugosas quando observadas num microscópio e
temos que o contato real ocorre em alguns pontos (asperezas e picos) quando duas superfícies estão em contato. Os
espaços vazios são parcialmente preenchidos com ar que fica preso nas interface, assim a transferência na interface
ocorre por condução dos pontos em contato com a condução do fluido estacionário preso, devido a este contato parcial
há uma queda de temperatura
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.7
1 ∂ dT 1 ∂ ∂T ∂ ∂T • ∂T
kr + 2 k + k + q = ρ cP
r∂ r dr r ∂ φ ∂ φ ∂ z ∂ z ∂t
Para a condição unidirecional de estado estacionário em regime permanente, sem geração de energia interna temos:
1 d dT d rdT
kr 0 0
r dr dr dr dr
•
Concluímos que a taxa de transferência de calor por condução, Q r é uma constante na direção radial. Podemos
determinar a “distribuição de temperaturas” no cilindro integrando duas vezes e supondo o valor de k constante.
A área para escoamento de calor na direção radial, para um dado tubo de comprimento H, é dada por: A = 2π r H
(T T ) (T T )
T ( r ) 1 2 lnr T1 1 2 lnr1
lnr2 r1 lnr2 r1
Simplificando os termos acima obtemos a distribuição da temperatura:
T1 T ( r ) lnr r1 T ( r ) T1 lnr1 r
ou
T1 T2 lnr2 r1 T1 T2 lnr2 r1
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.8
Resistência térmica :
Para deduzirmos a resistência térmica para cilindros usamos a constante C 1 encontrada acima. Assim:
•
Qr
C1 =
2 πkH
• T1 - T2
Qr = 2 π kH
ln (r2 r1 )
A resistência térmica para um cilindro pode ser escrita assim:
ln (r2 r1 )
Rt =
2πkH
Observe que as condições de contorno encontradas em cilindros são idênticas às condições de contorno encontradas na
parede plana, isto é, temperatura ou fluxo de calor especificados. A pequena diferença é devida à variação radial da área
para cascas cilíndricas.
1 1
Rconvl = = = 0,1326 K/W
he A he . 2 π.0,06m.1,0m
he = 20 W/m2 .K
Podemos, portanto, definir uma camada de isolamento térmico que reduza ao máximo a perda de calor, isto será
conseguido através do aumento máximo da resistência térmica. Cabe então a pergunta? Existe uma espessura ótima de
camada de isolamento térmico que minimize a taxa de transferência de calor? Podemos encontrar a resposta através da
definição de espessura crítica de isolamento, que corresponde à condição de Q mínimo para uma resistência máxima.
Assim, a espessura crítica de isolamento corresponde à condição da soma das resistências por condução e convecção é
um mínimo. Para uma dada diferença de temperatura podemos calcular este valor do raio crítico de isolamento para
cilindros e esferas.
A solução da equação acima para ro fornece o raio crítico de isolamento onde a taxa de transferência de calor é máxima.
k
rcrit =
he
Na prática o significado físico deste resultado é o seguinte. Se o raio do material isolante é maior do que o valor do raio
crítico definido pela equação acima, qualquer aumento do raio de material isolante sobre o tubo deverá diminuir a
perda de calor, isto é, fará seu papel de isolante como esperado. Más se o valor do raio do isolante é menor do que o
valor do raio crítico de isolamento calculado, a perda de calor deverá aumentar continuamente até a valor do raio do
isolante atingir o valor do raio crítico de isolamento. A perda de calor torna-se máxima para a espessura crítica de
isolamento e começa a decrescer com a adição de material isolante além do raio crítico.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.11
Há numerosas aplicações práticas na engenharia onde o conceito de raio crítico de isolamento é utilizado. Por exemplo,
os cabos elétricos, possuem um revestimento de material isolante onde a espessura do material é menor do que o raio
crítico de isolamento, assim, o cabo elétrico dissipa parte do calor gerado pela passagem da corrente elétrica no interior
do cabo de cobre.
Se o material isolante do tubo de vapor é molhado (umedecido) a condutividade térmica do isolante deve aumentar,
que em conseqüência aumenta o raio crítico de isolamento, portanto, é possível que o valor resultante da perda de taxa
de transferência de calor seja maior com o material isolante molhado, do que sem isolante nenhum.
2k
rcrit =
he hrad
para a esfera
k 0,017 W/m.K
rcrit = 0,007 m 1,7 mm
he 10 W/m2 .K
rcrit rfio-cobre e fita 1,5mm 0,2mm 1,7mm
Será necessário somente 1 volta da fita isolante em torno do fio de cobre.
A fita somente será um dissipador de calor se a soma do raio do fio de cobre mas a espessura da fita for menor ou igual
ao raio critico, com qualquer valor acima do raio crítico, a fita fará o papel de isolante.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.12
A seleção da aleta depende de considerações de espaço, peso fabricação, custo, grau de redução do “h”, assim como do
aumento de perda de carga (Δp).
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.13
Hipóteses
Condução de calor unidimensional na direção “x” (Isto porque a aleta é fina e a variação de temperatura na
direção “x” é maior do que nos eixos “y” e “z”).
Regime estacionário (permanente)
Condutividade térmica constante (k)
Troca de calor por radiação da superfície para a vizinhança desprezível.
Ausência de geração de calor no interior da aleta
Coeficiente de transferência de calor por convecção “h” uniforme ao longo da superfície da aleta.
dT dT d dT
kAsr kAsr kAsr dx h dAsup T T
dx dx dx dx
d dT h dAsup T T
Asr 0
dx dx k dx
onde:
dT dQx
Q x kAsr ; Q x dx Q x dx ; e Q conv h dAsup T T
dx dx
A solução da equação diferencial (X) acima pode ser muito simplificada se considerarmos o caso simples de área de
seção reta uniforme. Neste texto não será tratado o caso de equacionamento de aletas de seção reta variável.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.14
d 2T h dAsup
2
T T
dx kAsr dx
d 2T hPdx
2
T T
dx kAsrdx
d 2T hP d 2T
T T ou m2 T T
dx2 kAsr dx2
A solução da Equação Diferencial linear e homogênea, de 2ª ordem com coeficientes constantes será:
T T C1e mx C2e mx
Uma outra forma de escrever é a seguinte: (x) T(x) T
d2
m2
dx 2
A solução desta equação diferencial será:
(x) C1e mx
C2e mx
A solução destes quatro casos, necessariamente passa por um tratamento algébrico trabalhoso. O quadro abaixo
apresenta um resumo da distribuição da temperatura e da taxa de transferência de calor em uma única aleta.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.15
Na solução geral:
h h
θ(x) = θ(L) [cosh m(L - x) + senh m(L - x)] e para x = 0 θ b= θ(L) [cosh m(L) + senh m(L)]
mk mk
A solução será para a distribuição de temperaturas será:
A transferência de calor:
• dθ • dθ
Qa = -kAsr Qa = -kAsr
dx x=0 dx x=L
dθ dθ h
= -C1 msenh (L - x) - C2 m coshm (L - x) = - m θ (L) [ senh m (L - x) - coshm (L - x) ]
dx dx mk
θb hP
θ(L) = m=
h kAsr
[cosh m(L) + senh m(L)]
mk
em x=0 obtemos:
• hP θb
Q a = kAsr [senh m (L) - (h/mk)cosh m (L)
kAsr cosh(mL) + (h/mk)senhm(L)
dθ
= -C1 msenh (L - x) - C2 m coshm (L - x)
dx
C2 = 0
dθ dθ θb
= -C1 msenh (L - x) =- hp/kA sr senh (L - x)
dx dx cosh mL
• dθ
Qa = -kAsr
dx x=0
obtemos:
•
Q a = hPkA sr θb tgh mL
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.18
θ Tx - T∞ cosh m (L - x)
= =
θb Tb - T∞ cosh mL
2. (20 W/m2K)
m = (hP/kA SR = h 2 (t.H)/k. (t.H) = 2. h /k m= = 0,447 m-1 M = hPkAsr (Tb - T∞) = 13,416
; 200 W/m.K
mL = 0,447 m-1 . 0,2 m = 0,0834 tgh mL = tgh (0,0834) = 0,0832 cosh mL = cosh (0,0834) = 1,0039 h /mk = 0,2237
; ; ;
m(L - x) = 0,447 m-1 . 0,1m = 0,0447 cosh m(L - x) = cosh (0,0447) = 1,0009
;
Obtemos a temperatura no meio da aleta:
T (x)L / 2 = 0,9971 (Tb - T∞) + T∞ = 0,9971 . (95 - 20)°C + 20°C = 94,78 °C
A transferência de calor:
• (cosh mL θL θb )
Q a = hPkA sr θb
senh mL
m = (hP / kASR = m = 4h / kD = 4 x10 W/m2 °C /(1,4 W/m.°C x 0,01m) = 53,45 m-1 M = hPkAsr (Tb - T∞) = 0,3526
;
mL = 53,45m-1 . 0,1m = 5,345 senh mL = senh (5,345) = 104,776 cos h mL = cosh (5,345) = 104,781
;
m.x = 53,45m-1 . 0,05m = 2,6725 senh mx = senh (2,6725) = 7,2035
-1
m.(L - x) = 53,45m . (0,1m - 0,05m) = 2,6725 senh m(L - x) = senh (2,6725) = 7,2035
(25°C - 20°C)
. 7,2035 + 7,2035
Tx - T∞ (80°C - 20°C)
= = 0,0745
Tb - T∞ 104,776
T (x) = 0,0745 (Tb - T∞) + T∞ = 0,0745 . (80 - 20)°C + 20°C = 24,47 °C
A transferência de calor:
• (cosh mL . θL θb ) • (104,781. (5°C/60°C)
Q a = hPkA sr θb Q a = 0,3526 . = 0,0833 W
senh mL 104,776
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.20
dθ
= - θb me-mx
dx
• dθ •
Q a = -kAsr Q a = kAsr θb hP/kAsr e - mx
dx
para x = 0 e - mx = 1
•
Q a = hPkAsr θb
b) O coeficiente de convecção entre a derme e o escoamento de ar é de h= 10 W/m2.K e a temperatura do ar preso entre os cabelos,
é de T = 27°C. calcule a taxa de transferência de calor por convecção para uma área de A= 1,0 cm2 de cabelo nesta região.
•
Q a = h A (Tsup - T∞) = 10 W/m2 °C . 10-4 m2.(36,5°C - 27°C) = 9,5 x10 -3 W
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.21
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.22
Qa hPkAsr b tgh mL
Em qualquer projeto a efetividade, a deve ser o maior possível. Para valores de a 2 é justificado o uso de aletas. A
efetividade de uma aleta pode ser aumentada com a seleção de um material de alta condutividade térmica. O uso de
aletas é justificado quando o coeficiente de troca de calor por convecção h é reduzido como é caso dos gases e sempre
são preferíveis aletas finas e com pequeno espaçamento entre elas. Assim por exemplo, no radiador de um carro, usa-se
um material com k elevado (alumínio), as aletas são muito finas e com pequeno espaçamento e observa-se que o uso de
aletas é dado na parte externa onde ocorre a troca por convecção entre a superfície do trocador e um gás (ar ambiente),
não se justificaria o uso de aletas internas ao tubo devido aos valores altíssimos do h para o líquido circulando, onde
inclusive há mudança de fase.
Podemos aproximar aletas por convecção na extremidade para aletas adiabáticas na extremidade através do seguinte
critério:
h. t h. D
≤ 0,0625 ≤ 0,0625
k 2k
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.23
O desempenho total de um conjunto de aletas e da superfície na qual as aletas são fixadas pode ser calculado
considerando uma única eficiência global.
Qt Qt
g
h.At . b
Qmax
onde At é a taxa de transferência de calor associada a área total superficial que engloba tanto as aletas quanto a área
da base ( Ab ) na qual as aletas são fixadas. Assim: At NAa Ab
onde N representa o número de aletas presentes na superfície.
A taxa de transferência de calor por convecção das aletas e da base, sem as aletas, será:
Qt Qa Q b s / a
Qt N a hAa b hAb b hN a Aa Ab b
NAa
g 1 (1 a )
At
Qt g hAt b
b b
Em termos de resistência: Qt
R tg 1
g hAt
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.24
a) O parâmetro m
m = (hP / kASR = m 4h / kD 4x50 W/m2 C/(70 W/m.C x 1,5x10-3 m) 43,64 m-1
tgh mL c
b) A eficiência da aleta: aleta 0,873 onde: mLc 43,64 . 0,015375m 0,671
mL c
Na A a 100 7,2453x10 -5
η gi 1 (1 ηa ) 1 (1 - 0,873) 0,884
A total 0,00797
• T - T ( 30 - 20) K
Qt = base ar 2,96 W
R
base
.R
A 27,624 . 3,73
0,0889+ K/W
27,624 + 3,73
R +
cond R +R
base A
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.25
Onde C1 é a constante de proporcionalidade. Esta equação diferencial não é mais linear é será necessário usar técnicas
numéricas para resolve-la, como por exemplo, o ODE em Matlab.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.26
Exercícios Resolvidos:
Exercício resolvido 3.1: Superfície Cilíndrica com isolamento em série
Uma parede composta cilíndrica de raio R1= 50 mm, R2=100 mm e R3=150 mm de comprimento L= 1,0 m possui duas camadas com
condutividades térmicas kA = 2,0 W/m.K e kB = 0,25 W/m.K , que estão separadas por um aquecedor elétrico muito fino. Considere
desprezíveis as resistências térmicas de contato entre a resistência elétrica e as camadas. Através de do tubo de espessura desprezível
água é bombeada a uma temperatura de 80°C e apresenta um coeficiente de transferência de calor por convecção de 100 W/m 2.K. A
superfície externa está exposta ao ar ambiente a uma temperatura de 20°C e possui um coeficiente médio de transferência de calor
por convecção de h = 20 W/m2.K. Suponha que a potencia dissipada pelo aquecedor em condições de regime permanente é de
aproximadamente 500 W. Calcular: a) o esboço do circuito térmico equivalente indicando a direção da taxa de calor b) a temperatura
no aquecedor elétrico c) a razão entre as taxas de transferência de calor externo e interno d) Para um raio externo R 3, igual em termos
numéricos à razão kA/ hext a resistência térmica será mínima ou máxima? e) Para qual valor de R3 o isolante cumpriria sua função, e
para qual valor seria um condutor?
;
A temperatura do aquecedor será de: Taq 373,87 K
c) A relação entre as taxas de transferência externa em B e A será:
• (373,87 - 353) K • (373,87 - 293) K
QA = 239,9 W QB = 259,9 W
0,087 K/W 0,311K/W
•
QB 259,9 W
= 1,083
• 239,9 W
QA
d) Quando o raio externo é igual ao raio crítico, temos que a transferência de calor será máxima, desta forma a
resistência será mínima
e) Para raios maiores que o raio crítico teremos que o material B fará o papel de isolante,
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.27
Solução:
•
5 W 3
Q t = q' '. A = 10 . (0,1 m) (0,1 m) = 10 W
m2
W 100 mm
O número de aletas: Nale = = = 20 aletas
(S+ t) (4+1) mm
1 1
Raleta = = 2 -3 2 = 0,3636 K/W
har Aa Na ηa 35 W/m K 4,14 x10 m .20 aletas . 0,95
Aa = P.Lc = 2. (t + W) .Lc = 2 (0,1m + 1x10 -3m). 20,5 x10 -3m = 4,14 x10 -3 m2
A temperatura na base da aleta Tbase
• Tbase - Tar Tbase - 25°C
Qt = R 1000 W = 0,363 . 0,0357
base.Ralet
Rbase +Ralet 0,363+ 0,0357
Tbase = 57,5 °C
R" tc 10-6m2K/W
Rtc = = = 10-4 K/W
A 0,01 m2
1 1
Rbaseconv = = = 0,0357 K/W
h Abase W
35 2 . 8x10 -3m2
m .K
e 1x10 -2m
Rcondaço = = = 0,05 K/W
kaço A 20 W/m.K . (0,01) m2
e 5x10 -3m
Rcondaço = = = 0,00278 K/W
kalum A 180 W/m.K . (0,01) m2
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.28
• • •
A taxa de transferência de calor será: Q = Qaleta + Qe = 30 W
• Tchip -Tar Tchip -Tar
Qt =
Rbase.Raleta Rcond Rconv
Rtc +Rcond + isol
alum Rbase +Raleta
As resistências térmicas para o circuito acima:
1 1
R convi 31,356 K/W
2
hi A 70,87 W/m (30x15) x10 -6 m2
e 1x10 -3 m
Rcondiso 4,444 K/W
k iso A 0,5 W/m.K . (30x15) x10 -6 m2
R" tc 0,1x10 -4 m2K/W
R tc 0,0222 K/W
A (30x15) x10 - 6 m2
eal 3x10 -3 m
Rcond alum 0,0278 K/W
kalumA 240 W/m.K (30x15) x10 -6 m2.
1 1
R base = = = 62,713 K/W
he Abase 2
70,87W/m .0,5x(30x15) x10-6 m2
1 1
Raletavi 1,719 K/W
hie A aNaηa 70,87 W/m2 .5,6425x10-4 m2 . 15. 0,97
Aaletai = P.Lc = 2(t + H).Lc = 2(30 x10 -3 m + 0,5x10 -3
m) 9,25x10 -3
m = 5,6425 x10 -4 m2
Tchip 69,75C
Cálculo da temperatura na base da aleta:
• Tchip - Tar (69,75 - 20)°C
Qaleta = = = 28,88 W
Rbase .Raleta (0,022 + 0,0278 + 1,673
Rtc + Rcond +
alum R
base + Raleta
Tchip - Tbase (69,75 - Tbase )°C
28,88 W = =
R tc + Rcond (0,022 + 0,0278)
alum
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.29
(70,87W/m2K. 2.x(30,5x10 3 m)
m (hiPi )/kA SR m 34,65 m -1
240W/m.K . (0,5x10 -3. 30x10 --3 )m2 ;
θ T -T coshm (L - x)
= x ar =
θb Tb - Tar coshmL
TxL 67,32C
Para uma aleta cilíndrica oca: o perímetro externo PO= πDO e a área de seção reta ASR = π (DO2- Di2)/4 = 1,37x10-4 m2
(10W / m2K . .0,02m) + 2 W / m2 .K . .0,05m)
m = (hoPo + hi Pi ) / kASR m= = 54,04 m-1
1,8W / m.K . 1,37x10 -4 m2
A taxa de transferência de calor para uma aleta com convecção na extremidade será:
senhmL (h/mk) cosh mL • 21,958 + (0,068 ) .21,98
Q a hPkA sr θb Q a = 0,468 . = 0,4676 W
coshmL (h/mk) senh mL 21,98 + ( 0,068 ) 21,958
onde:
M (hoPo hiPi). kASR (Tb - T∞) (10W/m2K. π.0,02m 2 W/m2.K.πK.π.0,015).1,8W/m.K . 1,37x10- 4 m2. (50 - 15)C 0,468
A eficiência da aleta:
tgh mL c
aleta 0,9066
mL c
onde: Lc L t/2 0,0355m ; mLc 15,82 m-1 . 0,0355 m 0,5616 m (hP/kA SR 15,82 m1
A taxa de transferência de calor será:
• Ti - Te 65K
QT = 1863,22 W
Rbase .Raleta (2,122 1,288 6,821 0,0549)x10 3 0,0246
Rconv + Rcond + Rtc + Rcond +
i Rbase + Raleta
Método alternativo
A resistência equivalente pode ser calculada também utilizando a resistência global:
1 1 1
Rg . 0,0246 K/W
he A total .ηg he (NaA a Ab )ηg 25 W/m2 K .1,7767m2.0,9136
• Tquente - T
ar - frio
A taxa de transferência de calor será: Q t =
R .R
R +R + base A
conv cond R
m base +RA
Onde: R A = R tc + R aleta
As resistências térmicas para o circuito acima:
1 1
R conv i 0,01 K/W
hi A 100 W/m2 . 1,0 m2
e 4x10 -3 m
Rcondm 8x10 -5 K/W
kmA 50 W/m.K . 1,0 m2
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.32
Rtc = R”tc/A = R”tc/= π D t Na = 10-4 m2.K/W / π 0,06m. 0,001 . 200 = 0,002652 K/W
Rbase= 1/h.Abase= 1/ 120 W/m2.K 0,151 m2 = 0,0552 K/W
Raleta = 1/h . Aa Na ηa = 1/ 120W/m2.K .7,0123 m2 . 0,95 = 0,00125 K/W
Σ Requiv = (0,003902 . 0,0552)/ (0,003902+ 0,0552)= 0,0036 K/W
Σ Rtotal = 0,0036 + 0,00145= 0,0051 K/W
b) A taxa de transferência de calor com as resistências térmicas para o circuito acima será:
1 1
R convi = = 2
= 4,6132x10 -3 K/W
hi A 1500 W/m . π. 0,046m . 1,0 m
ln (r/rcrosta ) ln (25/23)
Rcond m 0,0265 K/W
k crost A 2. π . 0,5 W/m.K . 1,0 m
ln (re /ri-aço ) ln (30/25)
R cond m 0,7254x10 -3 K/W
k aço A 2. . 40 W/m.K . 1,0 m
1 1 1
Rbasei 0,2210 K/W
he Abase he π.D(H - t. Nalet ) 30 W/m2K . (1,0 m - 0,001m . 200 ) m2
R"tc 0,6x10-4 m2K/W
Rtc 1,592x10-3 K/W
.D.t. 200 aletas . 0,06 m. 0,001m. 200
1 1
R aletas 3,0353 x10 -3 K/W
h ie A aN aη a 2
30 W/m 0,0578 m 2 .200. 0,95
A aleta = 2π ( rc 2 - r1 2 ) = 2. π. [(0,1005m)2 - (0,03m)2 ] = 0,0578m2
RA = Rtc + Raleta = (1,592x10-3 + 3,0353x10-3 )K/W = 4,627x10-3K/W
Referências
1. Çengel, Y. A. Heat and Mass Transfer. McGraw-Hill Book Companies, Inc., 3th ed. , 2009.
2. Bergman, T.L. ; Lavine, A.S.; Incropera, F.P. ; Dewitt, D.P. Fundamentals of Heat and Mass Transfer. John Wiley & Sons, Inc., 7th ed. ,
2011.
3. Kreith, F. ; Manglick, R.M. ; Bohn, M.S. Principles of Heat Transfer. Cengage Learning. 7th ed., 2011.
4. Janna, W.S. Engineering Heat Transfer. CRC Press LLC. 2th ed., 2000
5. Holman, J.P. Heat Transfer. McGraw-Hill Book Companies, Inc., 10th ed. , 2010.
Exercícios propostos:
3.1.- Uma superfície de 1,0 m2, onde as temperaturas no meio quente e no meio frio são respectivamente de 60°C e 20°C, possui
coeficientes de transferência de calor por convecção para o fluido quente de h=50 W/m 2.K e para o fluido frio de h = 10 W/m2.K. As
espessuras são respectivamente de LA= 0,2m, kA=0,72 W/m.K ; LB=0,15m, kB=1,3 W/m.K LC=0,15m, kC= 0,67 W/m.K e LD=0,20m, kD=
0,17 W/m.K. Calcule: a) a taxa de transferência de calor b) Calcular as temperaturas internas em A, B, C e D c) Faça o esquema da
resistência térmica do circuito.
3.2 A parede composta de um forno possui três materiais, dois dos quais com condutividade térmica (k) e espessura conhecida (L).
Os valores são: kA= 20 W/m.K, kC= 50 W/m.K, LA= 0,30m e LC= 0,15m. O terceiro material, B, que se encontra entre os materiais A e C,
possui espessura LB = 0,15 m, mas sua condutividade térmica kB é desconhecida. Em condições de operação em regime
estacionário, medidas revelam uma temperatura externa do forno de T=20°C, uma temperatura na superfície interna de T sup,i =
600oC e uma temperatura do ar no interior do forno de Tint=800°C . O coeficiente de transferência de calor por convecção do ar no
interior do forno é igual a hi=25 W/m2.K. e externamente é igual a he= 50 W/m2.K Calcular: a) o valor de kB. b) O fluxo de calor (q”) c)
As temperaturas T2 e T4
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.36
3.3.- Vapor de Refrigerante R-134a a uma temperatura de -20°C e coeficiente de transferência por convecção de h=100W/m 2.K
circula através de uma tubulação cilíndrica de cobre (k=400 W/m.K) de diâmetro externo de 5 cm, espessura 2,0 mm e comprimento
L= 1m e que se encontra isolada com duas camadas isolantes de diferentes condutividades térmicas (kA=0,040 W/m.°C e kB=0,4
W/m.°C) e espessura de 0,10 m. Um aquecedor de resistência de 500 W de potencia é colocado em torno do tubo de cobre. A
tubulação isolada se encontra num ambiente a T=20°C onde o coeficiente de transferência por convecção é de h=20 W/m2.K e a
emissividade do material A é de εA= 0,7 e a do material B, εB= 0,4. Assuma a temperatura da vizinhança como Tviz = 10°C e a
temperatura do aquecedor é de Taqu= 80°C. Calcular: a) A resistência térmica do circuito indicando a direção do fluxo de calor b)a
temperatura da superfície externa onde se encontra o aquecedor c) Calcule a temperatura da superfície externa do isolante A e do
isolante B para um coeficiente de transferência de calor por radiação de hRad = 5 W/m2.K.
3.4.-. Água é bombeada através do tubo de aço (k=20 W/m.K) que se encontra a uma temperatura média de 99 °C e fornece um
coeficiente médio de transferência de calor por convecção de aproximadamente 400 W/m 2.K . O raio interno do tubo r1 = 5,0 cm e o
raio externo r2 = 6,0 cm Externamente o tubo de comprimento H= 1,0 m troca calor por convecção e radiação. A superfície externa se
encontra a uma temperatura de Tsup = 40 °C e exposta ao ar ambiente a uma temperatura de 20°C e possui um coeficiente médio de
transferência de calor de aproximadamente 20 W/m2.K . Para as condições de regime permanente. Calcular: a) O circuito térmico
equivalente para o sistema identificando a direção da taxa de calor b) A taxa de transferência de calor.
3.5.- Uma parede composta cilíndrica de comprimento L = 1m possui duas camadas com condutividades térmicas kA = 2 W/m.K e
kB = 0,25 W/m.K que estão separadas por um aquecedor elétrico delgado. As resistências de contato nas interfaces são
desprezíveis. Água bombeada através do tubo se encontra a uma temperatura de 80 °C e fornece um coeficiente médio de
convecção de aproximadamente 100 W/m2.K na superfície interna da parede composta. A superfície externa está exposta ao ar
ambiente que se encontra a uma temperatura de 20°C e possui um coeficiente médio de transferência de calor de aproximadamente
20 W/m2.K . Considere que um fluxo térmico uniforme q” é dissipado pelo aquecedor em condições de regime permanente. Calcular:
3.6.- Vapor levemente superaquecido à temperatura de 120°C escoa no interior de um tubo de aço (k=40 W/m.K) com coeficiente de
transferência de calor por convecção de h=100 W/m2.K com raio externo de 25 mm e espessura de parede de 2 mm. A temperatura
na parede externa do tubo é de aproximadamente 119°C. O tubo é isolado com uma camada de material isolante (k=0,042 W/m.K) de
aproximadamente 30 mm de espessura. Entre a parede externa do tubo de aço e o material isolante existe uma resistência térmica
de contato de Rtc= 0,06 10-4 m2.K/W. Assuma que a temperatura externa se encontra a 20°C e o coeficiente de transferência de calor
por convecção para o ar externo é de 10 W/m 2.K. A emissividade do material isolante é de 0,7 e assuma que a temperatura da
vizinhança se encontra a 10°C. Calcular: o esquema do circuito térmico b) a temperatura da superfície externa do material isolante e
c) a taxa de transferência de calor por unidade de comprimento.
3.7.- Vapor levemente superaquecido à temperatura de 105°C escoa no interior de um tubo de aço (k=40W/m.K) com coeficiente de
transferência de calor por convecção de h=100 W/m2.K com raio externo de 35 mm e raio interno de 34 mm. Assuma que a
temperatura externa se encontra a 20°C e o coeficiente de transferência de calor por convecção para o ar externo é de 20W/m 2.K.
Calcular: a) A taxa de transferência de calor e as temperaturas na superfície interna e externa do tubo. Para efeitos cálculo assuma
que a radiação é desprezível. b) Calcule a temperatura externa do material isolante se o tubo é isolado com uma camada de material
isolante (k=0,042 W/m.K) de aproximadamente 0,15 m de espessura. Considere a radiação e assuma que a emissividade do material
isolante é de 0,8 e temperatura da vizinhança de aproximadamente 10°C. c) Com o raio de 0,40 m o isolante desempenha sua
função corretamente. Porque? d) Qual será o valor do raio do material isolante para que este desempenhe sua função e) Se a relação
para o raio crítico é igual a rcrit= 0,40 m a resistência à transferência de calor será mínima ou máxima?
3.8.- Óleo a uma temperatura média de entrada de Tme= 250°C escoa em regime permanente através de um tubo cilíndrico de
diâmetro externo D= 50 mm e espessura desprezível a uma vazão mássica de m = 0,8 kg/s com coeficiente convectivo interno para o
óleo de h = 120 W/m2.K e deseja-se elevar sua temperatura em 5°C utilizando uma resistência elétrica de aquecimento, que nada mais
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.37
é do que um cilindro metálico de material resistivo, de espessura desprezível. O conjunto é isolado termicamente com um material de
condutividade térmica kisol= 0,04 W/m.K. e externamente ao material isolante, circula ar de resfriamento a uma temperatura de T ar =
30°C e coeficiente médio de transferência de calor h = 40 W/m 2.K. A resistência térmica de contato entre o aquecedor elétrico e o
tubo é de R” = 0,05 m2.K/W e despreze a resistência de contato entre a manta elétrica e o material isolante. Calcular: a) O circuito
térmico b) a taxa de calor que deve ser transferida ao óleo para que a temperatura na saída aumente 5°C. c) A temperatura da
resistência elétrica e da parede do tubo de óleo d) A potência dissipada pela resistência elétrica.
Propriedades do óleo: ρ = 800 kg/m3 ; µ= 1,0 Pa.s Cp = 2000 J/kg.K k = 0,15 W/m.K
3.9.- Um aquecedor de ar é constituído por um tubo de aço (k=20W/m. K) com raios interno e externo de R 1 = 13 mm e R2 = 16 mm
e 8 aletas longitudinais usinadas no tubo cada uma com uma espessura t = 3 mm. As aletas se estendem até um tubo externo
concêntrico de raio R3 = 40 mm e está completamente isolado pela sua superfície externa. Água a uma temperatura de T água = 90ºC
escoa através do tubo interno com coeficiente de transferência de calor hagua= 5000 W/m2.K. Ar escoa a uma temperatura de T ar =
25°C através da região anular com um coeficiente de transferência de calor har= 200 W/m2 K. Calcular: a) Um esboço do circuito com as
resistências térmicas b) Calcular a taxa de transferência de calor por unidade de comprimento (W/m) c) Avalie quantitativamente o
efeito na taxa de transferência de calor se houver um aumento no número de aletas para 16 e na diminuição da espessura das aletas
para t=1,5 mm.
3.10 Considere um conjunto aletado onde circulam gases quentes em uma área interna de A= 0,01m 2 (0,1m x 0,1 m). O fluxo de
calor nos gases quentes incidindo na parede de aço é de q” = 10 5 W/m2. A temperatura externa do ar frio externo é de T=320 K. A
resistência térmica de contato entre o aço e o alumínio é de Rtc = 2,4 x10-4 K/W. Considere a condutividade térmica do aço como kaço=
20 W/m.K e do alumínio kalum= 200 W/m.K. Ao todo são 100 aletas retangulares de comprimento L=15 mm, espessura t= 0,5 mm e
espaçadas igualmente de s= 0,5 mm Calcular: a) a taxa de transferência de calor b) A temperatura T a no aço e c) A temperatura Tb na
parede de alumínio, indicada na figura.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.38
3.11.- Uma mistura de gases quentes, provenientes da combustão de uma máquina térmica, se encontra à temperatura de Te = 800
K e escoa externamente a um conjunto aletado de comprimento H = 1m dotado de aletas anulares, de comprimento L= 70 mm e
espessura de t = 1 mm. O espaçamento entre as aletas é de s = 4 mm como mostrado na figura. No total são N= 200 aletas de cobre
(k = 400 W/ m.K ) e a eficiência térmica de uma única aleta é de 95% sendo o coeficiente de convecção externa dos gases quentes de
he= 30 W/m2.K. Água não tratada circulando no interior de um tubo de aço ( k = 40 W/m.K) é aquecida pelo gases quentes. Os
diâmetros interno e externo do tubo de aço são de 50mm e 60 mm respectivamente. A temperatura da água no centro do tubo é de Ti
= 300 K e o coeficiente de convecção interno da água é de hi = 1500 W/m2.K Com o passar do tempo a água escoando no interior do
tubo forma uma crosta formada por minerais que se depositam na parede interna do tubo. A condutividade térmica da crosta é de
kcrosta= 0,5 W/m.K e a espessura da crosta é de 2 mm. Calcular: a) As resistências térmicas mostrando claramente as temperaturas e a
direção do fluxo de calor. b) A taxa de transferência de calor (Q) c) As temperaturas na parede interna e externa do tubo de aço Ti e
Te d) Quais seriam os efeitos sobre a taxa de transferência de calor se i) eliminarmos a resistência térmica de contato ii) Se a espessura
das aletas diminuir para t = 2 mm e mantendo H= 1m e 100 aletas. A taxa de transferência de calor aumenta ou diminui? Responda
qualitativamente, justificando. A área das aletas é dada por: Aaletas= 2 (r2c2 - r12)
3.12.- Uma indústria utiliza para o sistema de aquecimento de ar resíduo de vapor de água vindo diretamente de uma caldeira. O
esquema do processo é mostrado na figura abaixo. Vapor de água superaquecido à temperatura de 120°C com coeficiente de
transferência de calor por convecção h=20000 W/m2.K circula internamente ao tubo aletado de alumínio. O raio interno do tubo é de 5
cm e o raio externo de 6 cm. As aletas também são de alumínio (k=200 W/m.K). O raio externo do tubo que se encontra isolado é de
10 cm e a espessura de 0,6 cm. A espessura da aleta é de t= 5mm e o comprimento L= 3,4 cm. A eficiência de uma única aleta é de
98%. Considere a extremidade da aleta como sendo adiabática. O coeficiente de transferência de calor por convecção do ar aquecido
escoando no interior do tubo é de 100 W/m2.K e considere que o ar é transportado a uma determinada vazão que mantém o ar
quente a uma temperatura média de 35°C. O perímetro da aleta pode ser calculado por P= 2(H+t) e a área superficial por A=P.L.
O raio externo do isolante (k= 0,038 W/m.K) colocado sobre o tubo é de 12 cm e a resistência térmica de contato entre o tubo externo
e o isolante é de aproximadamente 6 x10-4 m2.K/W. Calcule o exercício para um comprimento total do tubo de H= 10m. Ar externo
escoa a 25 °C sobre a superfície do isolante fornecendo um coeficiente de transferência de calor por convecção uniforme de h = 25
W/m2. K. Calcule: a) A resistência térmica do circuito b) a taxa de transferência de calor (kW) c) Calcule a temperatura na extremidade
da aleta e a temperatura da aleta para L=2 cm. e) Analise quantitativamente os efeitos causados: Pela duplicação do número de
aletas; Aumento da espessura t da aleta.
3.13.- Considere um cilindro que representa a câmara de combustão de um motor de carro. O material do cilindro é de aço inox AISI
304 cuja condutividade térmica é de k=25 W/m.K O cilindro tem diâmetro interno de 100 mm e um espessura de parede de 8 mm.
Para resfriar o cilindro é fixado um revestimento de alumínio de condutividade térmica k= 200 W/m.K com aletas anulares de
comprimento L=30 mm sendo espessura da parede do revestimento é de 6 mm. O tamanho do cilindro é de H=140 mm e a
espessura das aletas é de t=2 mm sendo o espaçamento entre as aletas também de =2 mm. A Resistência térmica de contato na
interfase do cilindro e o revestimento é de R”tc=0,6 x 10-4 m2.K/W. O resfriamento externo é realizado pelo ar que se encontra a uma
temperatura de T= 300 K sendo o coeficiente de transferência de calor por convecção para o ar de h AR= 100 W/m2.K. Considerando
um regime estacionário com um fluxo térmico médio no tempo de q” =106 W/m2. Calcular: a) a temperatura interna da parede do
cilindro (Ti) e as temperaturas da interfase cilindro-revestimento b) A temperatura na base das aletas (Tb) e um esboço das
resistências térmicas do problema
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.39
3.14 No problema anterior abandone a hipótese de fluxo térmico médio na parede da superfície interna e considere agora que a
temperatura média dos gases de combustão é de T Gás=1200K e o coeficiente de transferência de calor por convecção desses gases
é de hGás=180 W/m2.K com estes dados calcular: c) A nova taxa de transferência de calor no cilindro aletado (W) e a temperatura da
parede interna do cilindro (Ti) d) As temperaturas da interfase cilindro-revestimento Ti-int e T1-ext e) A temperatura da base das
aletas (Tb) e a eficiência das aletas ( a )
3.15 Em sistemas de refrigeração, são muito comuns a utilização de trocadores de calor com aletas longitudinais com a finalidade de
intensificar a taxa de transferência de calor. Fluido Refrigerante R-134a circula no interior de um tubo de aço (k = 14 W/m.K). O
diâmetro interno do tubo é de 25 mm e o diâmetro externo de 28 mm. O coeficiente de transferência de calor por convecção do
vapor refrigerante escoando no interior do tubo é de 6000 W/m2.K
As aletas são de alumínio (k=200 W/m.K) e a resistência térmica de contato entre o tubo e a aleta é de aproximadamente 6 x10-4
m2.K/W. A temperatura do refrigerante no centro do tubo é de 90°C. O diâmetro da aleta de alumínio é de 30 mm e a espessura das
aletas t= 5mm e o comprimento L=35 mm com o comprimento total do tubo de H= 1m. A eficiência das 12 aletas é de 98% e o
perímetro da aleta pode ser calculado por P= 2(H+t) e a área superficial por A=P.L. Ar escoa a 25 °C sobre a superfície das aletas
fornecendo um coeficiente de transferência de calor por convecção uniforme de h = 25 W/m 2. K. Calcule : a) A resistência térmica do
circuito e a taxa de transferência de calor (kW) b)As temperaturas interna e externa da aleta e do tubo de aço. c) Se fosse necessário
intensificar ainda mais a taxa de transferência de calor, mesmo mantendo a temperatura interna em 90°C, Analise quantitativamente
os efeitos causados: Pela duplicação do número de aletas; Redução da resistência térmica de contato; Aumento do comprimento L
da aleta
3.16 Passagens aletadas são freqüentemente formadas entre placas paralelas para melhorar a transferência de calor por convecção
em trocadores de calor compactos. Uma importante aplicação é o resfriamento de equipamentos eletrônicos, em que uma ou mais
séries de aletas, resfriadas a ar são posicionadas entre componentes eletrônicos que dissipam calor. Considere uma única série de
aletas retangulares, com comprimento L e espessura t, onde as condições de transferência de calor por convecção são representadas
por h e T . O dispositivo contém 50 aletas de comprimento L = 12 mm com 200 mm de largura e 100 mm de profundidade. O
dispositivo é feito em alumínio (k= 180 W/m) e todas as placas possuem espessura de 1,0 mm. Se limitações de temperatura
associadas aos componentes eletrônicos fixados às placas opostas ditam que as temperaturas máximas permitidas nestas placas são
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.40
de TO = 400 K e TL =350 K, quais são as dissipações máximas correspondentes às condições de h= 150W/ m 2.K e T =300 K.
Usando a solução do caso 3 (equação da transferência de calor para temperatura L fixada) calcule o calor dissipado na base (x=0) e na
extremidade da aleta (x=L) b) calcule a temperatura no meio da barra para x=L/2
3.17.- Um grande equipamento de aço (k = 20 W/m.K) de espessura 1,0 cm utiliza aletas de alumínio (k=180W/m.K) para incrementar
a dissipação da taxa de transferência de calor de um dos lados de equipamento mecânico, como mostrado na figura abaixo. Fluxo
constante de q” = 105 W/m2 incide na parede interna. Foram instaladas 200 aletas retangulares com um coeficiente de transferência
de calor por convecção externo de h = 35 W/m2K. O comprimento das aletas é de 2,0 cm e a espessura de t= 1 mm. A resistência
térmica de contato é de R”tc = 10-6 m2 K/W. Assuma temperatura ambiente como T= 25oC. Com estas informações determine: a) A taxa
de transferência de calor dissipado atingindo a parede e o circuito térmico.b) A temperatura na base interna da aleta. c)A temperatura
na aleta para x= L/2. d) A eficiência global das 200 aletas.
3.18 A superfície do trocador mostrado na figura abaixo separa um escoamento de água tratada (fluido quente) de um escoamento de
ar comprimido (fluido frio). A condutividade térmica do material da parede é de 50 W/m.K. Os coeficientes de transferência de calor
por convecção são uniformes nas respectivas superfícies e mostrados na figura. A área total da parede exposta ao escoamento de água
é de 1 m2. As aletas são pinos de aluminio ( k = 200 W/m.K) coladas na superfície fria da parede com uma resistência térmica de
contato de Rtc = 5 x10-4 m2.K/W. Existem 4 aletas por cm2 cada aleta com diâmetro D= 3mm e comprimento L = 15 mm. O
comprimento corrigido Lc = L + D/4. Determine a taxa total de transferência de calor e o circuito térmico equivalente. b) Calcule a taxa
total de transferência de calor admitindo aleta adiabática na extremidade. c)Compare estes dois valores achados para a taxa de
transferência de calor e comente sobre o efeito da extremidade adiabática das aletas sobre a taxa de transferência de calor nesta
superfície.
Capítulo 3: Prof. Alex Huerta Condução de Calor Unidimensional em Regime Permanente 3.41
3.19 Um dispositivo eletrônico está sendo resfriado um conjunto aletado (15 aletas de espessura de t=0,5 mm) por ar a uma
temperatura de T=20°C. O coeficiente de transferência de calor externo é de h= 20 W/m 2.K sobre as aletas de alumínio de
condutividade térmica (k = 240 W/m.K). O dispositivo dissipa 30 W de potência e a resistência térmica de contato entre a aleta e o
dispositivo eletrônico é de Rtc = 5 x 10-6 m2.K /W. Se o dispositivo eletrônico (chip) está a uma temperatura uniforme isolada na parte
superior como mostrado na figura. Calcular: a) A temperatura máxima permissível na superfície do chip para a potência dissipada. b ) a
temperatura na extremidade da aleta e c) a eficiência da aleta.
3.20.- Um conjunto aletado é utilizado para resfriar um dispositivo eletrônico com ar externo escoando a uma temperatura de T ∞ =
20°C e um coeficiente de transferência de calor por convecção de h= 50 W/m2.K . A base quadrada do circuito eletrônico é composto
de um material de condutividade térmica k = 25 W/m.K que se encontra a uma temperatura de T base = 30°C e a base possui uma
largura de Wb = 3,0 cm e uma espessura eb= 2,0 mm como mostrado na figura. Há resistência térmica de contato de R”tc = 1x10-4
m2.K/W entre a base do dispositivo e as aletas. Aletas: L aleta = 15,0 mm; Daleta= 1,5 mm ; k aleta = 70 W/m.K ; N° de aletas: 100.
Calcular: a) O parâmetro m adequado. b) A eficiência de uma única aleta e do conjunto de aletas (global). c) A taxa total de perda de
calor da placa de circuito impresso.
3.21 Água líquida escoa no interior de um tubo circular, de alumínio (kal=200 W/m.K) com temperatura de entrada no centro do tubo
de 80 °C e coeficiente por convecção de h = 120 W/m2K. Externamente ao tubo, em escoamento cruzado, escoa ar com temperatura T
2
ar= 20 °C e com um coeficiente de transferência de calor por convecção de h = 60 W/m K constante. Calcular a taxa de transferência
de calor para dois casos: a) tubo sem aletas e b) tubo com 16 aletas externas (aleta retangular longitudinal, isto é, paralela ao eixo do
tubo). Para o tubo aletado assuma a eficiência de uma única aleta de 98%.
Propriedades do ar:; viscosidade cinemática v= 15,96 x10-6 m2/s ; k = 0,0264 W/m.K Pr = 0,71