Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
TEORIA DO
PROJETAMENTO
Salvador
Editora Unifacs
2013
Capa
Ruy Tadeu
Revisão
Vera Lúcia Nascimento Britto
Editora da Unifacs
Alameda das Espatódias nº 915 – Caminho das Arvores
CEP 41820-460 – Salvador – Bahia – Tel. (71) 3273-8515
E-mail: editora@unifacs.br
www.unifacs.br
[ 2013]
Este livro não pode ser reproduzido no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização
de: Noelio Dantaslé Spinola
Rua Amazonas, 1335 – Apto.1001 CEP 41830-380 Salvador – Bahia – Brasil
Telfax: 71-3344 1650 e-mail: dantasle@uol.com.br
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
10
11
Este é o terceiro livro que escrevo sobre projetos agora dividindo a tarefa com
Carolina de Andrade Spinola, minha sucessora na disciplina dos cursos da Universi-
dade Salvador – Unifacs. Contei também com a preciosa colaboração de Denise de
Andrade Spinola que cuidou dos aspectos jurídicos relacionados às micro e peque-
nas empresas, segmento privilegiado pelo trabalho.
O motivo do êxito das versões anteriores, editadas nos anos de 1993 e 2000, já
esgotadas, deveu-se à simplicidade do estilo e à preocupação de ensinar a fazer um
projeto sem necessariamente descambar para uma manualização elementar. Duran-
te a minha vida acadêmica os livros de projetos que consultei, sem exceção, tratavam
teoricamente do assunto, mas não o explicavam ou exemplificavam. Nenhum dos
autores se preocupava com a carpintaria do projeto, o que resultava na impossibili-
dade de os leitores aplicarem, na prática, o que aprendiam. Foi, pois, com o objetivo
de sanar esta falha que escrevi o primeiro livro, o segundo e, este terceiro.
O novo livro traz atualizações relativas aos temas tratados com acréscimos que
se tornaram indispensáveis e uma abordagem específica dos projetos para o setor
dos serviços que constituem na atualidade práticas dominantes no cenário econômi-
co nacional e mundial.
Os projetos de modo geral, se dividem em títulos em que se explicitam os aspec-
tos administrativos e organizacionais da empresa que se pretende implantar, moder-
nizar ou ampliar; o estudo do mercado para os produtos ou serviços que se pretende
oferecer; o estudo dos aspectos técnicos inerentes ao processo produtivo; o financia-
mento dos investimentos programados e, por último, a demonstração da viabilidade
econômica sob os prismas micro e macroeconômico. Todos estão encadeados
logicamente e devem estar fundamentados nos princípios da consistência e solidez.
13
Neste livro inova-se com a inclusão de um título e capítulos em que se trata das
atividades do setor de serviços, da legislação das micro e pequenas empresas, das
normas para a constituição de empresas e dos mecanismos de financiamento dispo-
níveis no país.
O estudo relativo à administração do empreendimento que se implanta, mo-
derniza ou amplia, ocupa, normalmente, o primeiro lugar do projeto. Constitui a
caracterização do empreendimento, fornece informações básicas sobre o grupo em-
preendedor, define a estrutura organizacional e suas diretrizes de política. Nos pro-
jetos de implantação, o estudo assume uma condição de declaração de propósitos (já
que o empreendimento ainda não existe), constitui uma peça do planejamento glo-
bal da nova empresa. Nos projetos de modernização e ampliação, vai mais além,
constitui um demonstrativo da estrutura da organização, promovendo uma análise
administrativa da situação atual, de sorte a fundamentar as novas inversões progra-
madas.
Na prática, quando dos procedimentos de elaboração dos projetos de implan-
tação, o administrativo deve ser o último dos estudos a ser elaborado para que possa
o planejamento da estrutura organizacional se fazer compatível com o porte, a di-
mensão e o grau de complexidade do empreendimento projetado cujo tamanho, a
priori, não se conhece com precisão.
Nos casos de projeto de modernização e/ou ampliação, não somente este estu-
do como também a própria atividade de projetar devem ser precedidas de um diag-
nóstico de gestão que, analisando a empresa em termos de seus grandes subsistemas
(gerência, vendas, produção e finanças), indicará as principais linhas de ação
norteadoras do planejamento.
Geralmente o estudo administrativo é relegado, nos projetos, a um plano se-
cundário, notadamente naqueles empreendimentos cujo estágio de cultura
organizacional se encontra concentrado na solução das questões que envolvem o
binômio produção x vendas. Esta prática tem se demonstrado nociva às empresas
que assim procedem, sendo responsável por problemas logísticos que influencia-
rão, negativamente, o desempenho operacional do empreendimento, em alguns
casos de forma irreversível ao longo de toda a sua existência.
Lamentavelmente, mesmo em alguns projetos de grande porte, nota-se, no
Brasil, um considerável descuido no que diz respeito à arquitetura da organização.
É frequente elaborarem-se os estatutos sociais de uma empresa, copiando-se, literal-
mente, estatutos de instituições similares como se a estrutura organizacional e as
políticas da empresa, reguladas por este instrumento básico, pudessem ser padroni-
zadas. Em muitos projetos, desprezam-se, completamente, os aspectos relativos ao
arranjo físico (layout) da administração e das atividades meio, auxiliares da planta.
Empreendimentos de grande porte, responsáveis pela geração de numerosos em-
pregos, implantam-se sem possuir uma estrutura e uma política de recursos huma-
14
15
localização da empresa, decisão fundamental, tanto para uma indústria – que deve
ponderar os custos logísticos de suprimentos e distribuição – como para as empresas
de serviços, a depender de sua necessidade de afluência dos consumidores. Cabe
dizer que me estendi bastante sobre este tema de localização por considerá-lo insu-
ficientemente examinado na literatura sobre os projetos.
O estudo financeiro, pela ordem sequencial, constitui outro título do projeto,
vinculando-se, estruturalmente, a seu antecessor, que trata da engenharia e fornece
os elementos básicos para a sua elaboração. Neste título, abordam-se, especifica-
mente, as questões relativas ao investimento financeiro requerido (dimensionamento
do capital de giro) e ao financiamento das inversões programadas que, a esta altura,
já são totalmente conhecidas.
Entende-se aqui por financiamento a mobilização dos recursos totais, não
exigíveis (recursos próprios) e exigíveis (recursos de terceiros, financiamentos ban-
cários), necessários à implementação de qualquer empreendimento.2
Por fim o estudo econômico representa, no projeto, o coroamento de todo o
trabalho realizado. Afinal, é nele que, reunindo o conjunto de informações produzi-
das ao longo dos estudos precedentes, se realiza a análise do investimento, se avaliam
os méritos macro- e microeconômicos do empreendimento e se instruem as decisões
do orçamento de capital da empresa a se implantar ou ampliar, apresentando seus
principais indicadores de desempenho, segundo a escala de produção adotada,
projetando-os no tempo até o limite do horizonte temporal de planejamento esta-
belecido.
Cabe aqui observar que o projeto de uma empresa de serviços, do ponto de
vista metodológico, salvo peculiaridades de nomenclatura ou enfoque, não difere
substancialmente dos projetos industriais ou agrícolas nas abordagens que tratam
dos aspectos administrativos, financeiros e econômicos da empresa. A diferença
substancial se encontra no capítulo técnico – a engenharia – em que são peculiares o
processo produtivo, regimes de produção, coeficientes técnicos e o estudo da locali-
zação considerando a intangibilidade dos bens com que se opera.
O estudo do mercado para serviços também se reveste de maior complexidade,
notadamente na estimativa da demanda presente e na sua projeção para o futuro.
Outrossim, não há porque falar especificamente de um projeto para as opera-
ções de comércio isoladamente. Comércio e serviços são atividades do setor terciário
de qualquer economia e na sua funcionalidade estão interligadas. O ato de vender
ou comprar um bem implica numa prestação de serviços assim como a compra e a
venda de um serviço constitui um ato de comércio. Ademais, existem substanciais
16
17
ções aqui citadas. Até mesmo porque essas instituições mudam com frequência os
roteiros utilizados, que também variam de acordo com as exigências e prioridades
das diferentes linhas de crédito. Note-se que, quando o primeiro livro desta série foi
editado, não havia a excelente disponibilidade de informações, sempre atualizadas,
pela internet em sites como o do Sebrae (http://www.sebrae.com.br) e do BNDES
(http://www.bndes.gov.br).
Na montagem do roteiro-demonstração, adotou-se uma numeração específica
que será sequenciada ordenadamente ao logo dos capítulos. Esta numeração
independe da adotada no livro. Assim, o estudo administrativo é numerado 1.0; o do
mercado, 2.0; o técnico 3.0; o financeiro 4.0 e o econômico 5.0. As tabelas destes
estudos acompanham a sua numeração. Exemplo: Tabela 1.1; Tabela 2.1; Tabela 3.1,
etc. O mesmo critério se aplica aos quadros e às figuras. Já as tabelas, quadros e
figuras do livro obedecerão a uma numeração simples, crescente a partir do Título I.
As notas de rodapé são numeradas por título isoladamente.
O leitor deve observar que as tabelas, quadros e figuras e demais elementos
que compõem este trabalho obedecem às diretrizes da Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT) vigentes em julho de 2010. Os roteiros das instituições de
fomento, consultados para a montagem do roteiro padrão, utilizam, de modo geral,
a mesma estrutura e sequência de abordagem dos temas considerada neste livro,
(estudos administrativo, do mercado, técnico, financeiro e econômico) o que consti-
tui um padrão usual adotado na América Latina desde a edição do clássico Manual de
Proyectos de Desarrollo Económico de Júlio Melnick, publicado em 1958 pelas Nações
Unidas. Por fim esclarece-se que, em todos os casos, serão consideradas as distinções
entre as atividades industriais e aquelas de serviços.
18
TÍTULO I
PLANEJAMENTO E PROJETOS
(1) Termo introduzido por Ignácio Rangel em 1959, no seu livro Elementos de Economia do
Projetamento editado pela Universidade Federal da Bahia.
19
20
cindindo a economia política burguesa em pelo menos duas grandes correntes rela-
tivamente antagônicas: o intervencionismo e o liberalismo econômico (MANTEGA,
1987, p. 25)
No Brasil, foi preponderante, nessa época, a influência do pensamento
keynesiano nas análises formuladas por autores estrangeiros dedicados ao estudo
do subdesenvolvimento, entre os quais Raul Prebisch, Gunnar Myrdal e Ragnar
Nurkse e brasileiros como Celso Furtado, Rômulo Almeida e Ignácio Rangel, entre
outros que contribuíram para a formação das diretrizes da Cepal e do Instituto
Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), fundamentando teoricamente o planeja-
mento desenvolvido no país, inclusive o modelo de substituição de importações e,
politicamente, o que se convencionou denominar paradigma nacional-desen-
volvimentista.
A Cepal investiu contra a lei das vantagens comparativas, um dos pilares da
teoria clássica do comércio internacional, sustentando, no final da década de 1940,
que o problema dos países subdesenvolvidos, decorria, entre outras causas, da dete-
rioração dos termos de intercâmbio com os países desenvolvidos, tendo em vista a
condição de exportadores de produtos primários. Segundo a doutrina da Cepal a
relação de preços de intercâmbio se moveu contra os produtos primários. Deste
modo, à parte o fato de negar-se a estes uma coparticipação razoável no progresso
tecnológico do chamado primeiro mundo, obrigou a periferia a transferir para estes
últimos partes dos avanços de produtividade do próprio setor primário exportador.
Assim sendo, enquanto os centros mais avançados absorviam todo o benefício do
desenvolvimento técnico de suas indústrias, os países periféricos transferiam para
eles parte dos frutos do seu próprio progresso técnico. (PREBISCH. 1950, p. 5, 6).
Desta forma, segundo a Cepal, o subdesenvolvimento dependia da estrutura
interna dos países subdesenvolvidos, prisioneiros de um sistema econômico primá-
rio-exportador com baixo nível de integração entre os setores produtivos e desem-
prego estrutural dada a baixa capacidade de absorção da mão-de-obra pelas ativida-
des agroexportadoras.
A industrialização, a reforma agrária e o desenvolvimento do mercado inter-
no constituíam, na visão da Cepal, a solução dos problemas de atraso econômico.
Para atingir esses objetivos a Cepal sugeria a decidida participação do Estado na
economia e a adoção do planejamento, objetivando o fortalecimento da economia
nacional. A doutrina da Cepal adquiriu uma coloração nacionalista orientada para a
promoção da acumulação capitalista em bases locais e em oposição ao imperialismo
comercial e financeiro internacional.
O Iseb incorporou parte do pensamento da Cepal e consolidou a ideologia
nacional-desenvolvimentista que objetivava liquidar com o passado colonial e abrir
uma nova fase de desenvolvimento no Brasil. Esta ideologia dominou o cenário
político-econômico brasileiro a partir do segundo governo Vargas até o governo
21
22
(4) Posteriormente, acrescentaram o Social ao nome do Banco que passou a utilizar a sigla
BNDES. Uma medida demagógica, típica do governo José Sarney (1988), como se o
social não fosse condição sine qua non para o desenvolvimento econômico.
23
24
poupança de terceiros que compram ações da empresa. Isto ocorre há muito tempo
e com frequência nos países desenvolvidos onde o mercado de capitais (mercado
acionário que opera nas bolsas de valores) é bastante amplo e difundido e onde
existe uma cultura de risco. Os empréstimos bancários se concentram, preferencial-
mente, no financiamento do capital de giro de curto e de médio prazo.
Por isto a viabilidade econômica que se expresse em um projeto interessa
sobremaneira ao empreendedor em qualquer circunstância. Não é uma exigência
burocrática que se cumpre para receber o dinheiro dos bancos. No passado, ainda
recente, muita malandragem foi realizada com projetos – notadamente os destina-
dos aos organismos regionais e estaduais de fomento – acobertadas pela espessa teia
de compadrio, impunidade e corrupção que parece endêmica no país. Este quadro
vem gradativamente se revertendo na medida em que a sociedade brasileira vai se
tornando esclarecida e graças ao inestimável serviço prestado ao país por uma im-
prensa livre e aguerrida.
De qualquer sorte, reduzidos o poder do compadrio e a impunidade o dinheiro
emprestado ao banco é cobrado e bens particulares dos empreendedores são muitas
vezes arrestados para cobrir as dívidas.
Assim, em qualquer circunstância, não é uma boa ideia considerar o projeto
uma mera formalidade.
Feitas estas considerações pode-se dizer que são três os tipos de projetos que
nos interessam, a saber:
25
a) implantação
b) ampliação
c) modernização
d) relocalização
26
a) elaboração;
b) análise e avaliação;
c) administração.
27
28
TÍTULO II
OS SERVIÇOS
29
30
Fonte: Mislav Vuèiæ. Brookings Institute. Baruch Lev Analysis of S&P 500 Companies.
31
(3) A Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (Setre), considera
empregados domésticos os integrantes das seguintes categorias: babá, caseiro(a)
jardineiro(a), cozinheiro(a), faxineiro(a), acompanhante de idosos, auxiliar de enfermagem
que trabalha no domicílio, motorista particular, piloto de avião particular, governanta,
vigia, lavadeira, engomadeira, arrumador(a). * Observe-se: que o(a) empregado(a) que
presta seus serviços para condomínios residenciais não é considerado empregado doméstico.
(4) Os autores se referem às “donas de casa”, mães de família que não exercem profissões
e são classificadas geralmente como sendo “do lar”. Incluem-se também aquelas que
mesmo exercendo outras profissões, ainda cuidam dessas atividades domésticas.
32
33
34
responsáveis por uma receita de R$ 16,9 bilhões, ou seja, 43,0% do total. São eles: a)
desenvolvimento e licenciamento de uso de software customizável (personalizável)
próprio, desenvolvido no país, que, ao gerarem uma receita de R$ 5,9 bilhões, repre-
sentaram 14,9% do total; b) consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma
receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e c) software sob encomenda
– projeto e desenvolvimento integral ou parcial, com uma receita de R$ 5,5 bilhões,
ou seja, 14,0% da receita gerada pelas empresas pesquisadas. Destacaram-se, ain-
da, no segmento das empresas de TI, apresentando participações expressivas no
total da receita gerada, produtos/serviços, tais como: “processamento de dados (in-
clusive entrada de dados e gestão de banco de dados de terceiros)”, que apresenta-
ram receita de R$ 4,7 bilhões, representando 12,1% da receita; “suporte e manuten-
ção de software”, com R$ 3,3 bilhões de receita e 8,4% de participação no total da
receita gerada; “representação e/ou licenciamento de uso de software customizável
desenvolvido por terceiros, no exterior”, com R$ 2,9 bilhões de receita e 7,4% de
participação no total da receita gerada; e “desenvolvimento e licenciamento de uso
de software não customizável desenvolvido no país”, com R$ 1,5 bilhão de receita e
3,8% de participação no total da receita gerada pelas empresas pesquisadas.
35
36
a) serviço puro;
b) serviço de apoio à transformação;
c) serviço de troca e circulação.
37
(5) Front-office abrange todo o pessoal de linha de frente, que faz contato com o cliente. O
back-office é o pessoal de retaguarda que dá suporte à ação de quem está na linha de
frente.
38
39
40
41
42
TÍTULO III
O ESTUDO ADMINISTRATIVO
43
produção x venda. Esta prática tem-se demonstrado nociva às empresas que assim
procedem, sendo responsável por problemas logísticos que influenciarão negativa-
mente, o desempenho operacional do empreendimento, em alguns casos de forma
irreversível ao longo de toda a sua existência.
Lamentavelmente, mesmo em alguns projetos de grande porte, nota-se, no
Brasil, um considerável descuido no que diz respeito à arquitetura da organização.
É frequente elaborarem-se os estatutos sociais de uma empresa, copiando-se, lite-
ralmente, estatutos de instituições similares, como se a estrutura organizacional e
as políticas da empresa reguladas por este instrumento básico pudessem ser pa-
dronizadas. Em muitos projetos, desprezam-se, completamente, os aspectos relati-
vos ao arranjo físico (layout) da administração e das atividades-meio, auxiliares da
planta. Empreendimentos de grande porte, responsáveis pela geração de numero-
sos empregos, implantam-se sem possuir uma estrutura e uma política de recursos
humanos definidas, confundindo, muitas vezes, a estrutura do DRH com a de uma
divisão de pessoal, que cuida de aspectos específicos nesta área. Os capítulos que
aqui serão abordados tratarão de alguns assuntos considerados de extrema impor-
tância para o estudo administrativo, contemplando, entre outros, os seguintes
aspectos:
44
45
das. Já que não se cria, ou mantêm postos de trabalho na forma clássica e convenci-
onal, criar-se-ão “empresários”.
Nos anos recentes, também algumas grandes corporações seguiram o mesmo
caminho, recorrendo a processos de desintegração vertical que tomam empresta-
dos, do inglês, a denominação de “downsizing”, mas nem sempre, resultam em ope-
rações de sucesso para as empresas criadas. Empreender requer muito mais do que a
“necessidade”. E, novamente, inclusive nestes casos, o planejamento é fundamental.
O mercado de livros está inundado de obras sobre o assunto e inúmeras insti-
tuições públicas e privadas trabalham com o objetivo de “formar” empreendedores.
Não se está aqui negando os méritos do empresário schumpteriano, do inovador e
do empreendedor, figuras essenciais no processo capitalista de formação e acumula-
ção de capital. O que se critica é a forma, a metodologia que vem sendo adotada por
algumas instituições que subestimam os aspectos histórico-culturais, antropológi-
cos, sociológicos, psicológicos e políticos que estão por trás do processo de surgimento
e formação de empreendedores.
Descobrir talentos, aperfeiçoá-los e incentivá-los é uma coisa. Fazer talentos é
impraticável. O talento é inato. Segundo a literatura sobre o tema, um empreende-
dor possui as seguintes características:
Isto posto, estima-se que um negócio, para ser bem sucedido, depende da
combinação de talento empresarial, competência gerencial, existência de mercado e
conjuntura econômica favorável.
46
47
a) dados gerais:
1.1 razão social e nome empresarial;1
1.2 endereços;
1.3 personalidade jurídica;
1.4 data de constituição;
1.5 objetivo social;
b) dados específicos:
1.6 capital social;
1.7 natureza do capital social;
1.8 constituição do capital social;
1.9 controle acionário;
1.10 vinculações societárias.
Todo este conjunto de informações deve ser disposto de forma precisa, sendo
extraído da documentação jurídica e contábil da empresa.
Em casos de projetos de implantação, tais informações podem ser mais restri-
tas dadas às condições do empreendimento e a sua natureza inicial, que pode, inclu-
sive, aguardar a confirmação das fontes que viabilizarão os investimentos para
constituir-se. Neste caso, os dados relativos às pessoas físicas promotoras suprirão
provisoriamente as informações formais faltantes (no caso, basicamente os núme-
ros de registros e datas, posto que os demais elementos possam ser apresentados em
nível de intenção ou projeto).
Quando se trabalha com projetos de ampliação, a caracterização do empreendi-
mento poderá requerer um conjunto complexo de informações, conforme se verá a
seguir.
(1) A razão social corresponde à denominação pela qual a sociedade é registrada no Registro
de Comércio (Junta Comercial). O nome empresarial é a denominação da sociedade
para fins mercadológicos. Nem sempre a razão social e o nome empresarial são iguais.
48
a) produção;
b) vendas;
c) finanças;
d) recursos humanos.
49
Por constituírem uma parte acessória do Título III, da qual é contínua, porém
distinta pela sua forma e apresentação, optou-se, por razões de ordem didática, pela
50
sua inclusão logo após a apresentação do tema principal, facilitando ao leitor a sua
compreensão e discussão. Desta forma receberam numerações específicas e indepen-
dentes.
(2) Foro é o local onde se resolvem os litígios. Pode ser judicial ou arbitral. Os judiciais
ocorrem nas comarcas, que são estruturas do Poder Judiciário. As comarcas possuem
jurisdição sobre territórios definidos em lei. Os foros arbitrais mais apropriadamente
chamados de tribunais ou câmaras arbitrais são instituições privadas embasadas na lei
federal 9307/1996, que prevê a resolução de litígios através de uma justiça privada, em
que quem julga são árbitros, profissionais especializados das mais diversas áreas, em que
são resolvidas as pendências jurídicas da empresa.
51
(3) Observar que as tabelas designadas com a letra A, na numeração, representam uma
alternativa conforme o caso. Se a empresa é S.A. usa-se uma tabela, se é uma sociedade
empresária, utiliza a outra. Portanto as duas tabelas são excludentes entre si.
52
53
b) organograma.
54
1.13 Mão-de-obra
a) Direta
b) Indireta
55
(*) Remunerações que se agregam ao salário de forma eventual, como no caso, horas extras.
Ou de forma permanente como os adicionais.
(*) Esta tabela consolida as anteriores (1.4 e 1.5). Daqui se transfere os valores para a
composição dos custos fixos e variáveis.
56
57
(Continua)
58
(Continuação)
59
60
(Continuação)
61
62
Roberto Campos, um dos mais importantes economistas que passaram por este
país, no século XX, dizia que o Brasil era “um país de contratos frouxos”. Referia-se
dessa forma, com a sua proverbial ironia, ao fato de ser uma marca da personalidade
nacional a produção feroz de legislação que tem como contrapartida uma profunda
displicência no seu cumprimento. Ademais, modificam-se as leis e regulamentos com
uma frequência que torna temerário introduzir-se em livro, que se espera manter
atualizado por um período de cinco anos, temas como o tratado neste capítulo.
Mas, fazer o que? A importância do assunto para uma orientação mais comple-
ta do leitor exige que se corra o risco.
Cumprindo dispositivo constitucional, especificamente os art. 170, IX e 179, a
lei complementar nº 123, de 14/12/2006, instituiu o Estatuto Nacional da Microem-
presa e da Empresa de Pequeno Porte (Emepp), que, com as modificações introduzidas
pela lei complementar nº 127, de 01.07.2007, substituiu integralmente as normas do
Simples Federal (Lei 9.317/1996) – vigente desde 1996 – e do anterior Estatuto da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei 9.841/1999), estabelecendo re-
gras para o tratamento diferenciado à microempresas e empresas de pequeno porte,
no âmbito dos três poderes da União, especialmente no que se refere:
63
64
(1) Esta declaração, quando for utilizada para empresas em constituição, deverá o titular,
se for empresário, ou os sócios, no caso de sociedades, informar que a receita bruta
anual não excederá, no ano da constituição, os limites, conforme o caso, estabelecidos
em lei. O enquadramento de microempresa ou empresa de pequeno porte é gratuito,
ficando, portanto, essas empresas isentas de pagamento de taxas e emolumentos
remuneratórios referentes ao registro das declarações tanto nas juntas comerciais como
no Cartório de Registro Civil. As declarações de enquadramento poderão ser enviadas
por via postal com aviso de recebimento. Feita a comunicação à Junta Comercial ou ao
Cartório de Registro Civil, conforme o caso, a microempresa adotará, em seguida ao seu
nome, a expressão microempresa ou abreviadamente ME e a de pequeno porte, a expressão
empresa de pequeno porte ou EPP.
65
66
67
68
69
70
71
2.3.7.3 Recolhimento
O carnê para pagamento poderá ser impresso no aplicativo PGMEI, que está
disponível no www. portaldoempreendedor.gov.br.
Com isso, o empreendedor individual terá direito aos benefícios previdenciários
a que têm direito os demais empresários, recolhendo estes valores fixos até o dia 20 de
cada mês, por meio do documento apropriado, o DAS.
72
2.3.7.4 O PGMEI
a) quando a receita bruta total for de até R$ 72.000,00 (excesso de até 20%), ele
será desenquadrado a partir do ano-calendário subsequente ao que estiver
em curso, caso em que recolherá os tributos relativos ao excesso juntamen-
te com a competência janeiro do ano-calendário seguinte, adotando uma
forma de pagamento pela qual deverá somar o excesso às receitas obtidas
em janeiro e passará a recolher os tributos pelo regime do Simples nacional
também a partir do ano-calendário seguinte;
b) quando a receita bruta total for maior que R$ 72.000,00 (excesso superior a
20%), será desenquadrado retroativamente ao ano-calendário do excesso
caso em que, terá que recolher todos os tributos relativos ao Simples nacio-
nal desde o ano anterior, com acréscimos legais.
73
Este seção5 reúne informações essenciais para os projetistas quanto aos aspec-
tos legais de que se reveste a constituição de uma empresa. Isto porque, com o novo
Código civil (2002), muitas alterações surgiram, exigindo uma revisão dos procedi-
mentos, notadamente no que tange aos atos de registro de comércio.
O processo de constituição de uma empresa tem início com o seu registro no
órgão competente. O Código civil acabou com a dicotomia até então existente entre
sociedades civis e sociedades comerciais. Atualmente, as sociedades ou são empre-
sárias, devendo ter seus atos constitutivos arquivados no Registro Público de Em-
presas Mercantis (Junta Comercial), ou simples (não empresárias), devendo o seu
74
contrato social ser inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas (Cartórios de
Títulos e Documentos).
A sociedade não se confunde com os seus sócios, titularizando direitos e con-
traindo deveres próprios. Por isto, quem é empresário é a sociedade e não os seus
sócios. Não obstante existir através de um sócio ou administrador, é ela (a socieda-
de) quem celebra os negócios jurídicos que são honrados com o seu patrimônio.
A sociedade simples é aquela que não desempenha atividade empresarial. A
sociedade simples é a pessoa jurídica que realiza atividade intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colabo-
radores, por exemplo, as que são constituídas por profissionais do mesmo ramo
como médicos, arquitetos ou engenheiros, embora esses tipos sociedade atual-
mente estejam migrando para as juntas comerciais estaduais, transformando-se
em empresárias.
As empresas brasileiras pelo Código civil podem ser constituídas por um ou
mais empreendedores.
Assim é que está prevista legalmente a existência do empresário e da socieda-
de empresária. Aqui, destacam-se esses dois tipos de sociedades, por serem os mais
usados no Brasil, e serem estruturas jurídicas mais recomendáveis para as microem-
presas e empresas de pequeno porte). Mais resumidamente, serão consideradas tam-
bém, as sociedades cooperativas dada a sua importância social.
75
76
tenha existência legal e também é o mais oneroso. Em geral, ela surge da necessida-
de de reunir capitais para grandes empreendimentos, de longa duração, com a divi-
são dos riscos entre muitos. O capital encontra-se dividido em ações e cada acionista
é responsável somente por aquilo que subscreveu, e ainda não integralizou. Vale
dizer que, se todo o capital social estiver integralizado, os credores da sociedade não
poderão alcançar o patrimônio particular de nenhum sócio. A responsabilidade é
limitada e não solidária. Os acionistas controladores respondem por abusos. Rege-
se por lei específica (a lei 6.404/76).
As sociedades anônimas, principalmente no caso de grandes empresas, pos-
suem várias espécies de títulos (ações, partes beneficiárias, debêntures e bônus de
subscrição), são regulamentadas por diversos órgãos (Assembleias Gerais e Espe-
ciais, Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal), devendo publicar
seus atos no Diário Oficial e em jornal de grande circulação, editado no local da sede
da companhia. Os seus atos são arquivados no Registro do Comércio. Utiliza a
denominação ou nome fantasia, acrescido da expressão S.A. ou antecedido da ex-
pressão Companhia ou Cia.
Por fim, as sociedades cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natu-
reza jurídica próprias, independentemente do seu objeto, não sujeitas à falência, e
constituídas para prestar serviços a seus associados. Têm um modelo societário que
viabiliza a busca e a realização de um dos princípios básicos expresso na nossa
Constituição e pilar da democracia: proporcionar oportunidades iguais a todos àque-
les que compõem a sociedade. A função social da cooperativa é compreendida por
sua possibilidade de formalizar as atividades de pessoas que estão na informalidade
por força da rigidez do mercado de trabalho.
3.3 O registro
3.3.1 Empresário
77
O requerimento que deverá ser em quatro vias, terá todos os seus campos
preenchidos exceto os reservados para uso da Junta Comercial. O documento tem
que ser legível, de formas que permita a sua reprografia e microfilmagem.
O empresário individual responderá pelos débitos por desventura existentes
com o seu patrimônio pessoal, pelas dívidas contraídas, vez que o Direito brasileiro
não admite a figura do empresário individual com responsabilidade limitada e,
consequentemente, não admite, também, a distinção entre o patrimônio empresarial
(o patrimônio do empresário individual afetado ao exercício de sua empresa) e o
patrimônio particular da pessoa física (natural – fora da atividade empresarial).
I. Qualificação do titular
78
IV. Capital
79
É facultado indicar a data (dia, mês e ano) do início das atividades. Caso seja
informada, deverá corresponder à data prevista que não poderá ser anterior à data
do requerimento de inscrição.
Esta nova forma jurídica de empresa, constituída com um único sócio, também
chamada de Eireli, tem personalidade distinta da pessoa do seu sócio e rege-se, no
que couber, pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas. Assim é que, para a sua
constituição é necessário um contrato social, que é registrado nas juntas comerciais
dos Estados, apresentado em três vias, no mínimo, sendo pelo menos uma no origi-
nal e assinado pelo sócio titular da sociedade ou seu procurador. Neste caso, deve
ser anexada a procuração respectiva, condecedendo-lhe poderes específicos para o
ato, que poderá constitui-se como instrumento público ou particular, apresentada
no original ou em cópia devidamente autenticada.
O contrato social conterá o título que representa o nome da sociedade, deven-
do, no nome empresarial, ser incluída a expressão Eireli, após a firma ou denomina-
ção social. O preâmbulo conterá o nome e a qualificação completa do titular da
sociedade, que deverá ser pessoa física, indicando-se no primeiro caso:
80
81
I. título;
II. preâmbulo;
III. corpo do contrato:
IV. cláusulas obrigatórias;
V. fecho.
I. Título
II. Preâmbulo
82
1.2. nacionalidade,
1.3. domicílio e endereço completo,
1.4. estado civil (solteiro indicar data de nascimento),
1.5. profissão,
1.6. documento de identidade, número e órgão expedidor,
1.7. número do CPF.
Se, na assinatura do contrato social, qualquer dos sócios for representado por
procurador, deve constar do preâmbulo, ou em outro local, essa circunstância e a
qualificação do procurador. São aceitos como documento de identidade: cédula de
identidade; certificado de reservista; carteira de identidade profissional e carteira de
identidade de estrangeiro com visto permanente, se residente no país, ou passaporte
se residente no exterior.
83
O nome empresarial pode ser de dois tipos: razão social ou denominação social
e obedecerá ao princípio da veracidade e da novidade, incorporando os elementos
específicos ou complementares exigidos ou não proibidos em lei, contendo obriga-
toriamente a expressão limitada ou LTDA.
De acordo com o princípio da veracidade, a razão social deve ser constituída
com sobrenome ou nome civil completo ou abreviado de pelo menos um dos sócios.
Quanto à denominação, se houver indicação do objeto social, esta deverá dar a
conhecer uma das atividades da sociedade.
Quanto ao princípio da novidade, todo nome empresarial deve ser suficiente-
mente distinto de qualquer outro registrado na Junta Comercial do Estado onde será
a sede da empresa.
Não é registrável o nome empresarial que inclua ou reproduza em sua compo-
sição sigla ou denominação de órgão público ou da administração direta, indireta e
fundacional, federal, estadual ou municipal, como também de organismos interna-
cionais.
V. Capital social
84
O objeto social não poderá ser ilícito ou contrário aos bons costumes ou à
ordem pública. O contrato social deverá indicar com precisão e clareza as atividades
a serem desenvolvidas pela sociedade, sendo vedada a inserção de termos estrangei-
ros, exceto quando não houver termo correspondente em português. Entende-se por
precisão e clareza a indicação de gêneros e correspondentes espécies de atividades.
85
integralizarem suas quotas, porque atualmente está sendo permitido que o patri-
mônio dos sócios assegurem o pagamento de algumas obrigações, por exemplo, as
trabalhistas e tributárias. Trata-se, apenas, de reprodução, no instrumento da res-
ponsabilidade, do que já vem preestabelecido em texto legal, para fins de conheci-
mento por parte de terceiros que contratam a sociedade, e nele deverá constar que
a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor do capital social.
A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade poderá também
ser ilimitada alcançando de logo os bens particulares.
Assim, quanto à responsabilidade dos sócios, a sociedade pode ser:
X. Administração
86
XII. Foro
87
Todos os sócios devem, ao final, assinar o contrato social sempre com a indica-
ção do signatário por extenso, datilografado ou em letra de forma.
Havendo sócio analfabeto, o contrato deverá ser assinado por seu procurador,
nomeado através de procuração passada por instrumento público, contendo poderes
específicos para assinar o contrato ao qual será anexada a documentação, no original
ou por cópia autenticada.
Havendo sócio absoluta ou relativamente incapaz, o contrato, na primeira
hipótese, deverá ser assinado pelo representante legal e, na segunda, pelo sócio e
por quem o assistir.
As folhas do contrato que não estejam assinadas, deverão ser rubricadas, por
todos os sócios ou representantes.
As sociedades anônimas, também chamadas por ações, são aquelas que têm o
seu capital dividido em ações. São organizadas com fins lucrativos e todos os sócios
respondem pelas obrigações sociais apenas quanto à parte com que entraram ou
prometeram entrar para a formação do capital social.
Existem duas formas de constituição de uma sociedade anônima, conforme
haja ou não apelo ao público investidor, ou seja, depende do meio utilizado para a
88
busca de recursos para constituir a sociedade. Assim, quando existe divulgação para
a subscrição de suas ações, diz-se que ela é pública. Mas, se não houver o procedi-
mento de divulgação, a subscrição é particular. A sociedade anônima poderá ser de
capital aberto quando suas ações são negociáveis na Bolsa de Valores, (com registro
na Comissão de Valores Mobiliários) ou de capital fechado, quando as ações são
negociadas perante os próprios sócios, quando o procedimento é simplificado, poden-
do ocorrer por escritura pública ou em uma assembleia de constituição que deliberará
sobre o projeto do estatuto sendo, em ambos os casos, assinado por todos os acionis-
tas, quando então os atos são levados para registro na junta comercial, bem como para
publicação, podendo, somente depois disto, iniciar as atividades de forma regular.
A constituição de uma sociedade anônima depende dos seguintes requisitos
preliminares:
1. subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divi-
de o capital social fixado no estatuto;
2. realização, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço de emissão das
ações subscritas em dinheiro;
3. depósito, em estabelecimento bancário autorizado, da parte do capital rea-
lizado em dinheiro.
a) ações;
b) partes beneficiárias;
c) debêntures;
d) bônus de subscrição;
e) commercial papers.
89
90
a) Assembleia Geral;
b) Conselho de Administração (obrigatório nas companhias abertas);
c) Diretoria;
d) Conselho Fiscal (permanente ou não).
91
92
Declaração de constituição
93
94
Estatuto social
a) denominação social;
b) prazo de duração;
c) o município da sede, com endereço completo (CEP) ;
d) classificação da sociedade, se aberta ou fechada;
e) objeto social, definido de modo preciso e completo;
f) capital social, expresso em moeda nacional;
g) ações: número em que se divide o capital, espécie (ordinária, preferencial,
fruição), classe das ações e se terão valor nominal ou não, conversibilidade,
se houver, e forma nominativa;
h) diretores e conselho de administração: número mínimo, modo de sua subs-
tituição, prazo de gestão, atribuições e poderes;
i) conselho fiscal, estabelecendo se o seu funcionamento será permanente,
com a indicação do número de seus membros,(mínimo de três) efetivos e
suplentes;
j) término do exercício social;
k) os casos de liquidação, se não forem apenas os da lei;
l) foro;
m) disposições transitórias e finais.
95
Denominação
96
1. Características:
97
2. Forma constitutiva
98
O ingresso nas cooperativas é livre para todos aqueles que desejarem utilizar
os serviços prestados por ela, desde que adiram aos objetivos sociais e preencham os
requisitos fixados no estatuto social.
O número mínimo de associados para a constituição da cooperativa é o neces-
sário para compor a administração da sociedade, órgão de administração e conselho
fiscal.
5 Denominação social
99
6 Capital social
6.1 o valor das quotas-partes não poderá ser superior ao salário mínimo;
6.2 nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço)do total das
quotas-partes, salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser diretamen-
te proporcional ao movimento financeiro do cooperado ou ao quantitativo
dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou transformados;
6.3 as quotas-partes não poderão ser transferidas a terceiros ou estranhos á
sociedade, ainda que por herança.
7 Administração
8 Conselho Fiscal
9 Deliberações posteriores
10 Cooperativas de trabalho
100
11 Cooperativas Sociais
Observação:
101
102
TÍTULO IV
O ESTUDO DO MERCADO
a) carência de informações;
b) condicionantes sociológicos;
c) limitações temporais.
103
104
105
a) Pesquisa de produto;
b) Pesquisa de mercado.
(3) No Brasil, a expressão “mercadologia” foi substituída pela sua denominação inglesa
marketing.
106
(4) No máximo, o estudo de mercado, tal como aparece abordado neste livro, pode sugerir
modificações ou adequações para o produto ou serviço com vistas a melhor adequá-lo
ao mercado consumidor.
107
108
109
a) hotéis;
b) hospitais;
c) empresas de transporte (passageiros e/ou carga);
d) balneários, resorts, centros de recreação e lazer;
e) estabelecimentos educacionais (universidades, faculdades, escolas);
f) grandes supermercados.
110
Cada caso representa um caso, o que exige uma investigação específica para
que se determine o horizonte temporal de planejamento.
É possível, porém, admitir, a priori, que empreendimentos de grande porte,
que realizam investimentos substanciais em equipamentos, instalações e constru-
ção, como são aqueles do primeiro grupo aqui relacionados comportam um hori-
zonte temporal de planejamento para um período de 10 anos.
Os do segundo grupo tendem a ter existência como foot loose, ou seja, são mais
voláteis, pois, na maioria dos casos não implicam em maiores investimentos fixos.
Nesta circunstância sugere-se que o horizonte de planejamento seja de 5 anos.
4.4.1 Características
111
(6) Existem inúmeras classificações para os bens econômicos, variando segundo o gosto do
autor.
112
a) procura de adaptação;
b) procura de expansão;
c) procura de reposição.
a) um item de produto;
b) uma linha de produto;
c) uma classe de produto;
d) uma indústria.
113
Mas, o projeto deve ser específico na medida em que se vai definir o quê,
quanto e como produzir. Esta exigência técnica, evidentemente, condiciona a ampli-
tude do estudo.7
Segundo Porter (1999, p.28) é de fundamental importância que no estudo do
mercado se identifiquem com clareza as forças que dirigem a concorrência.
Toda empresa enfrenta um determinado grau de concorrência que é produzi-
do pelas características de cada mercado de produtos. De modo geral, cinco fatores
criam estas condições de concorrência. São eles:
(7) Um estudo específico do mercado de um produto não pode desprezar a análise dos
demais níveis de sua procura. Ou seja, de um exame sobre a situação específica da
indústria. Apenas a ênfase é que deverá se concentrar no produto objeto do projeto.
114
O estudo do mercado dos bens de consumo final deve contemplar, entre ou-
tros, alguns aspectos a seguir considerados:
(8) Termos usados no comércio de confecções. Os duques são trajes formais masculinos
constituídos de duas peças confeccionadas em tecido da mesma cor e padrão. A saber:
paletó e calça; os ternos são compostos por três peças: o paletó, o colete e a calça, todos
em tecidos da mesma cor e padrão. Nas regiões de clima quente usam-se mais os duques
apesar de se utilizar pouco este termo.
115
sobre a procura de determinado bem pode ser suprida com informações disponíveis
sobre os seus substitutos e/ou complementares, na medida do grau de correlação
existente. No que tange à permanência do produto no mercado, deve-se atentar,
cuidadosamente, para os aspectos relativos ao ciclo de vida, dada sua importância
para a projeção do comportamento da procura futura. Ao se estudar o ciclo de vida
do produto (CVP), deve-se buscar determinar o estágio evolutivo em que este se
encontra (introdutório, crescimento, maturidade ou de declínio) e o seu grau de
vulnerabilidade às mudanças tecnológicas e às estratégias de marketing (efeito de-
monstração, por exemplo).
Uma segunda questão é a delimitação do mercado. A amplitude do estudo
será função da área geográfica por este compreendida. É evidente que um estudo
do mercado internacional, para um determinado produto, será bem mais comple-
xo do que aquele outro realizado para um mercado nacional e este requererá um
volume maior de informações do que é necessário quando se estuda, apenas, uma
região ou o mercado de um núcleo urbano. A definição da área geográfica que será
atendida pela produção do projeto é, pois, básica e preliminar no estudo do merca-
do. Esta definição não é aleatória. Depende de um conjunto de fatores, tais como:
as características do produto, seu nível de especificidade/especialidade, a escala de
produção mínima requerida, a disponibilidade de recursos e a estratégia empresa-
rial.
Definida a área geográfica do mercado, deve-se proceder ao estudo da sua
estrutura demográfica e econômica. Em termos demográficos, o estudo se concen-
trará na população-alvo do projeto (não faz muito sentido em um empreendimento
voltado para a produção de roupas profissionais, por exemplo, estudar-se a popula-
ção infantil), reportando-se aos demais contingentes, se necessário, para o estabele-
cimento de correlações. O estudo da população deverá mensurar o seu quantitativo
atual, a sua taxa histórica de crescimento e projetar o contingente futuro, segundo o
horizonte temporal do planejamento, analisando, criticamente, as eventuais altera-
ções que possam ocorrer. No plano econômico compete examinar-se a renda real per
capita, observando-se com bastante atenção os dados relativos à população economi-
camente ativa e sua distribuição pelos diversos níveis de renda (grau de concentra-
ção da renda) e a sua taxa histórica de crescimento. Neste caso, o agregado econômi-
co com que se deve trabalhar é a renda disponível.
O terceiro aspecto é a realização de uma análise do comportamento da procura,
que compreende o exame das condições em que se processa a procura dos diversos
bens e serviços. Esta análise deve, se possível, compreender três estágios cronológi-
cos, ou seja: o passado – recuando-se até um decênio no tempo –, o presente e o
futuro – extrapolando-se para o limite do horizonte temporal do planejamento (no
máximo até dez anos) a tendência histórica observada. O estudo da procura de um
bem deve ser precedido por um exaustivo levantamento de toda a literatura sobre
116
(9) A adoção de técnicas amostrais deve ser efetuada com o auxílio de um estatístico. Uma
amostra mal determinada compromete o resultado do estudo.
117
bem em exame. Também os vendedores (dados ao seu contato direto com o público
consumidor) constituem uma rica fonte de informações devido a vivência do dia-a-
dia no processo de comercialização. Neste caso, as informações tendem a ser mais
isentas quando o vendedor trabalha com vários similares, devendo o pesquisador
precaver-se quando a informação proceder de um “representante exclusivo” ou do
“fabricante do produto”.
As informações coletadas nesta etapa do estudo deverão servir para que se
determine o consumo aparente do bem pesquisado. O consumo aparente difere do
consumo efetivo por não considerar os estoques (de mensuração difícil) e é obtido a
partir da seguinte expressão:
Ca = P + M – X
118
119
120
121
Pelos dados do exemplo acima fica demonstrado que, dada a disparidade entre
as taxas de crescimento da oferta e da procura no período considerado, passa a
registrar-se uma procura insatisfeita a partir do terceiro ano, o que implica na neces-
sidade da ampliação das plantas existentes, da introdução de uma nova planta ou da
importação do produto.
A determinação do superávit/déficit do mercado não deve levar em considera-
ção a oferta do novo projeto. Desta forma, permitirá uma clara definição do volume
da procura adicional como condicionante do tamanho econômico que deverá ser por
este assumido.
122
Quando a procura dos insumos é uma função da procura dos bens finais de cuja
composição material (físico-química) estes participam, diz-se que ela é reflexa (ou
derivada). Assim, uma maior procura de brinquedos deve implicar na elevação da
procura de plásticos; o incremento da procura de automóveis implicará no acrésci-
mo da procura de chapas de aço e uma infinidade de outros insumos. A elevação do
ritmo da construção civil implicará no aumento do consumo de cimento, de tubos e
conexões e, consequentemente, de PVC.
É importante destacar que um dado insumo pode ser considerado de primeira,
segunda ou de terceira geração, conforme a sua posição, até chegar ao produto final
destinado ao consumidor, dentro da cadeia de processos produtivos. Na indústria
petroquímica, por exemplo, o eteno (etileno) é uma matéria-prima de primeira
geração que, em combinação com outras, dá origem ao cloreto de polivinila (PVC),
uma matéria-prima de segunda geração e esta, além de outros múltiplos usos, trans-
forma-se em tubos e conexões (terceira geração) que são colocados nos apartamen-
tos, casas etc., que são os bens de consumo final.
Assim sendo, conforme a sua posição numa árvore genealógica de produtos, a
procura de um dado insumo pode refletir o comportamento da economia como um
todo (veja-se o petróleo, o minério de ferro, o aço, a energia elétrica, entre outros) ou
simplesmente de um setor ou até de um produto (como é o caso dos tecidos, do
couro, da celulose e de muitos princípios ativos de fármacos, por exemplo, o ácido
salicílico). Esta circunstância resulta no fato de que um estudo do mercado de um
bem intermediário pode variar de complexidade, conforme a natureza do bem e a
sua posição em determinada árvore genealógica.
Como, de modo geral, uma matéria-prima, isoladamente, não responde pela
fabricação de outro produto, tendo que combinar-se com outras, mesmo em peque-
nas proporções, diz-se que esta é uma procura conjunta. Ou seja, compondo uma
equação de produção, sua procura está influenciada pelo comportamento dos de-
mais insumos que lhe são associados.
Imagine-se, por exemplo, que o bem intermediário MP1 participe da seguinte
equação de produção (coeficientes técnicos):
Em que:
BCF = bem de consumo final
MP1 = matéria-prima principal
MP2 = matéria-prima adicional
MS = materiais secundários X
MC = materiais complementares Y
U = utilidades (energia, água, ar comprimido etc.)
MO = horas-homem, mão de obra direta
123
124
4.5.1 Peculiaridades
Esse estudo incorpora muitos dos aspectos relativos àqueles dedicados à análi-
se dos bens materiais. Mas é importante assinalar que as atividades de serviços
exigem técnicas diferenciadas de marketing, visto que não possuem produto tangível,
padronizado e estocável. Os prestadores de serviços interagem mais diretamente
com os clientes do que os fabricantes de produtos. Por isso, esta interação deve ser
sempre considerada como um elemento importante na agregação de valor às ativi-
dades realizadas.
Em todo estudo, deve-se caracterizar com precisão a natureza do serviço que se
pretende oferecer (o que produzir). No caso, não se pode dizer que o serviço a ser
prestado é o de “consultoria”, por exemplo. Consultoria em que? Deve ser detalha-
da a atividade. Exemplo: consultoria na elaboração e administração de estudos de
viabilidade econômica e projetos econômicos financeiros para a indústria, agricul-
tura e serviços.
O mercado para um hotel turístico, por exemplo, é diferente daquele
direcionado para um motel ou um hotel de trânsito. O mesmo ocorre com um
hospital. Ele pode ser uma maternidade, pediátrico, de trauma, de clínica geral etc.
contemplando, pois, públicos distintos.
Um determinado serviço, também não pode ser examinado de forma isolada
no mercado. O desempenho da sua procura está, na maioria das vezes, intimamente
entrelaçado com o comportamento de um conjunto de fatores que podem responder
pela sua substituição ou o complementam. Por exemplo: no caso de bens substitutos,
se o preço dos serviços de taxi subirem consideravelmente em relação às tarifas
125
cobradas pelas empresas de ônibus, a procura por estes últimos poderá aumentar
substancialmente. Em se tratando de complementares, a elevação da procura de
equipamentos de informática implicará na ampliação da procura de serviços de
suporte e tecnologia da informação. Em muitas circunstâncias, a escassez de dados
sobre a procura de determinado bem pode ser suprida com informações disponíveis
sobre os seus substitutos e/ou complementares na medida do grau de correlação
existente.
No que tange à permanência do serviço no mercado, deve-se atentar, cuidado-
samente, para os aspectos relativos ao ciclo de vida, dada a sua importância para a
projeção do comportamento da procura futura. O ciclo de vida do serviço (CVS) é
condicionado pela tecnologia, pela inovação e pelos hábitos dos consumidores. Deve-
se buscar determinar o estágio evolutivo em que esta se encontra (introdutório,
crescimento, maturidade ou de declínio) e o seu grau de vulnerabilidade às mudan-
ças e às estratégias de marketing. Assim, por exemplo, muitos serviços de manuten-
ção (máquinas de datilografia, telex etc.) vão desaparecendo e exigindo dos profissi-
onais que façam upgrade para outros estágios mais modernos, o que nem sempre é
possível, gerando um desemprego estrutural. A tecnologia embarcada nos veículos
– notadamente os de carga e os tratores –, a injeção eletrônica (que substituiu os
antigos carburadores) e outras inovações têm sido responsáveis pelo desapareci-
mento de muitos serviços mecânicos de manutenção e o surgimento de outros mais
sofisticados tecnologicamente.
126
127
a) serviços de massa;
b) serviços profissionais;
c) serviços públicos.
(11) Nesses serviços existe uma relação direta entre o tempo do atendimento e a qualidade.
Quando se tenta massificá-lo, sacrifica-se a qualidade. É o caso, por exemplo, do
Sistema Unificado de Saúde (SUS).
128
(12) São aqueles que independem da localização para serem prestados. Em outras palavras
podem ser prestados a partir de qualquer lugar.
129
130
(13) Em economia, bem público é um bem não-rival e não-exclusivo. Possui uma característica
de indivisibilidade, o que faz com que todo indivíduo tenha acesso à mesma
disponibilidade do bem público. Não é necessariamente um bem provido pelo Estado,
mas a intervenção dos governos é necessária para assegurar o bem-estar da população.
O fornecimento de bens públicos pela iniciativa privada é de difícil implementação, uma
vez que, a análise do custo-benefício é complicada e a dificuldade em restringir a utilização
destes bens (o que os tornaria exclusivos) torna seu financiamento muito complexo. A
regulação do Estado na oferta de bens públicos é imprescindível, sendo que boa parte
deles, quando privatizados, trabalham com preços administrados.
131
a) identificação da procura;
b) qualificação e quantificação da procura e oferta atual e futura;
c) identificação dos rendimentos indiretos decorrentes do investimento.
132
Ou:
133
Na tendência a), uma variação nos preços para mais ou para menos reduzirá ou
aumentará a procura do produto ou serviço em uma proporção maior, conforme seja
a magnitude do coeficiente.
Na tendência b), a procura variará em uma proporção inferior à observada
para os preços. Na medida em que o coeficiente aproxima-se de zero (limite teórico),
ter-se-á uma curva de procura correspondente a uma reta vertical paralela ao eixo
das ordenadas. Seria o caso da inelasticidade absoluta (provavelmente o caso de um
produto como o sal).
A tendência c), indica uma procura variando de forma inversamente proporci-
onal à alteração dos preços
O cálculo da elasticidade-preço da procura pode ser efetuado na medida em
que se disponha de uma série de preços de venda do produto ou serviço ao consumi-
dor final e das respectivas quantidades vendidas, relativamente a um período consi-
derável. A série de preços deve ser considerada a preços constantes, eliminando-se
os efeitos inflacionários no período.
A elasticidade-preço da procura é um indicador microeconômico bastante
abrangente, porque engloba no seu contexto, os resultados implícitos no comporta-
mento do consumidor, decorrentes dos efeitos renda e substituição.
A elasticidade-preço da demanda para um bem em particular é influenciada
pela disponibilidade ou não de bens substitutos, pois, dado um aumento de preços,
o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse produto ou serviço,
provocando uma queda em sua demanda mais que proporcional à variação do pre-
ço. Assim, quanto mais bens ou serviços substitutos estiverem disponíveis mais
elástica é a demanda e, se não há bens ou serviços substitutos, a demanda é inelástica.
O tempo, o espaço a renda e o grau de essencialidade também influenciam os
resultados da elasticidade. Do ponto de vista temporal, quanto mais tempo os consu-
midores tiverem para procurar substitutos, maior será a intensidade de sua reação.
Em termos espaciais, a elasticidade de um mercado é diferente da elasticidade de
uma única firma. A elasticidade do mercado diz quanto a quantidade global mudará
se o preço geral mudar, mas, se uma única empresa muda seu preço, a elasticidade é
outra. Quanto à renda, a importância relativa ou peso do bem no orçamento, é dada
134
135
Coeficiente de elasticidade-renda-consumo
Ou:
136
137
em que:
138
Sendo:
(15) É importante destacar que aqui se está considerando o preço do produto FOB. fábrica.
139
140
141
4.8.1.1 Ajustamento
Y = a bX
142
Y = a + bX + cX2
Y = a + bX + cX2 + dX3
Exemplo:
143
144
145
O exemplo dado foi apenas uma ilustração, não querendo significar que o
ajustamento através de uma reta seja o mais adequado. Poder-se-á, também, tentar
ajustar uma curva, utilizando-se uma parábola do segundo grau.
Sabe-se, da geometria que por n pontos do plano pode-se fazer passar uma
função do grau n – 1. Este princípio é o que fundamenta o ajustamento pelo processo
dos pontos escolhidos, sem, contudo, retirar-lhe a subjetividade, uma vez que a
escolha dos pontos – fundamental para o sucesso do ajustamento – fica à mercê do
critério do projetista. Assim, diferentes pessoas, ajustando uma função de uma mes-
ma série por este processo, poderão chegar a resultados diferentes, bastando para
isso que divirjam na escolha dos pontos.
146
Escolhendo os pontos:
P1 (X = 1; Y = 33)
P2 (X = 6; Y = 56)
33 = a + b
56 = a + 6b
Yt = 28,4 + 4,6X
147
148
Nota: apesar de ser óbvio, é sempre bom lembrar que para a projeção dos
dados futuros (2000, 2001, 2002 etc.) basta fazer, na equação ajustante, X = 6, X = 7,
X = 8, X = n etc.
Este processo conduz a resultados mais aceitáveis do que o anterior por envol-
ver, na determinação dos parâmetros da função ajustante todos os valores da série
observada. Considere-se a tabela seguinte:
149
Yt = 1.944,8 + 574,2X
150
Yt = 1.944,8 + 574,2X
fazendo-se para:
2000, X = 6 → Yt = 5.389
2001, X = 7 → Yt = 5.964
2002, X = 8 → Yt = 6.538
e, assim, sucessivamente.
Y = a + bX + cX2,
em que existem três parâmetros, dever-se-á dispor de três equações na série conside-
rada. Assim, na tabela seguinte, ter-se-á:
24,5 = 3a + 3b + 5c.................(I)
22,2 = 3a + 12b + 50c...............(II)
30,2 = 3a + 21b + 149c.............(III)
151
a = 9,0580
b = –1,2093
c = 0,1907
Variância residual:
No exemplo:
a) variância residual
152
Entre todos os processos até aqui examinados, este é o mais rigoroso e, nor-
malmente, o mais utilizado, dado ao fato de poder ser aplicado com sucesso no
ajustamento dos mais variados tipos de curvas.
O processo dos mínimos quadrados fundamenta-se no princípio de que o me-
lhor ajustamento será devido à curva cuja soma dos quadrados dos desvios entre os
valores observados e os valores teóricos seja mínima.
.......................... (1)
isto é, a diferença entre cada valor real e o correspondente valor teórico. Haverá,
pois, n desvios desse tipo na série. Elevando-se ao quadrado e somando-se membro
a membro as n igualdades obtidas, tem-se:
153
....................... (2)
= mínimo
....................... (3)
................... (4)
Exemplo:
Projetar o consumo brasileiro do bem Y, a partir dos dados fornecidos pela
série seguinte:
154
18,5 = 5a + 10b
39,8 = 10a + 30b
a = 3,14
b = 0,28
Yt = 3,14 – 0,28X
155
18,5 = 5a
2,8 = 10b
Yt = 3,7 + 0,28 X
Yt = 3,5333 + 0,151 X
156
Y = a + bx + cx2
............................. (5)
.......................................... (6)
Exemplo:
157
Resolvendo:
a = 785,0477
b = 37,8214
c = –40,2262
Observação:
Yt na tabela anterior é obtido pela substituição de X na equação ajustante
pelos seus correspondentes valores na mesma tabela (X = –3, –2, 1, etc.). Os desvios
d = Yr – Yt.
Outro exemplo:
Considerando a série relativa à produção do bem W (na coluna Y do quadro
seguinte):
158
453 = 6a + 70c
19 = 70b
5.581 = 70a + 1.414c
a = 69,719
b = 0,271
c = 0,496
e a equação ajustante:
Série 1, PRODUTO Z:
V = V2
V = 0,0175966
V = 0,1327 / 13,27%
Série 2, PRODUTO W:
V = 0,001346
V = 0,0367 / 3,67%
159
ou
Deve-se notar que o erro padrão das estimativas tem o mesmo significado do
desvio padrão em torno da média aritmética e, em se tratando de ajustamentos em
que a dispersão em torno da função ajustante é normal, será observado que, quando
se fizer:
160
Yt = 496,43 + 88,82X
Sy = 25,4
a) fazendo X = 5
b) substituindo na equação ajustante:
Yt = 496,43 + 88,82X
Yt = 496,43 + 88,82 x 5
Yt = 940,53
c) aplicando-se Sy
Yt = 940,53 + 25,4 = 965,93
Yt = 940,53 – 25,4 = 915,13
161
162
Equação de regressão
163
que os pares de valores X1, Y1; X2, Y2; X3, Y3... Xn, Yn se conformem ao sentido linear,
ou aproximadamente linear, dispersando-se, o menos possível, da linha reta ideal. A
Figura 19 corresponde a um diagrama de dispersão no qual os valores de X serão
abcissas e os de Y ordenadas. Obtidos os pontos correspondentes, por eles se fará
passar uma linha através da conjunção dos pontos correspondentes à conjunção dos
valores (XiYi).
................... (1)
164
Exemplo:
Analisar o comportamento do consumo de cimento tendo em vista os dados da
série relativa à população urbana. No caso, a população urbana é a variável indepen-
dente, enquanto o consumo de cimento é a variável dependente:
165
Sendo
logo:
Resolvendo:
a = 23,24
b = 0,09
Yt = – 23,24 + 0,09x
–1 ≥ r ≤ 1
166
no exemplo dado:
r = 0,937 ∴ 0,94
a) renda;
b) população;
c) coeficiente de elasticidade renda.
167
4.8.1.7 Amostragem
168
a. Amostragem probabilística;
b. Amostragem não probabilística;
c. Amostragem casual simples;
d. Amostragem sistemática;
e. Amostragem por meio de conglomerados;
f. Amostragem estratificada;
g. Amostragem múltipla.
169
170
4.8.2.1 Cenário
Diante dos repetidos fracassos dos futurólogos de ontem e de hoje, que pensar
das previsões econômicas de longo prazo? A resposta comporta várias quali-
ficações.
Em primeiro lugar, os modelos que tentam antever o futuro longínquo de uma
sociedade quase sempre contêm especulações esteticamente interessantes.
Contudo, até hoje essas especulações, das duas uma: ou se resumiram em
trivialidades ou foram desmentidas pelos fatos.
Em segundo lugar, as extrapolações, a longo prazo, no estilo das previsões de
Herman Kahn e Anthony Wiener, valem apenas como hipérbole literária. No
fundo, essas previsões se resumem em afirmar o seguinte: “se as tendências
dos últimos vinte anos se repetirem nos próximos trinta, no final do século
teremos tais e tais resultados”. Como progressões geométricas de razões dife-
rentes se afastam, cada vez mais, o exercício consegue o seu impacto psicoló-
gico: o de apresentar um quadro de hiatos muito mais chocante a longo prazo
do que no momento atual. Esse exagero pode até ser útil como alerta, desafi-
ando certos países a melhorarem as suas tendências. Mas é óbvio que a hipó-
tese da permanência das tendências está longe de ser idônea do ponto de vista
científico.17
171
(18) Idem.
172
173
174
175
176
177
2.8 – Conclusão
2.8.1 – perspectivas mercadológicas do produto ou serviço;
2.8.2 – espaço de mercado, volume de produção passível de colocação no mer-
cado.
Observação
Este roteiro se aplica para a empresa que vai operar no mercado interno, exter-
no ou em ambos. O detalhamento desta operação (mercado interno x mercado exter-
no) deve ser realizado no bojo de cada tópico.
A numeração dos capítulos do roteiro padrão, principiando com o numeral 2,
quer significar que, em um roteiro consolidado, o estudo do mercado é o segundo
título do projeto pela ordem sequencial.
178
TÍTULO V
O ESTUDO TÉCNICO
5.1 – Introdução
179
180
(2) Expressão de múltiplos usos em diversas disciplinas. Aqui ele é importado da física.
Em geral, a divergência ocorre quando dois procedimentos não estão se movendo em
conjunto, como seria esperado. Por exemplo, se o procedimento A é muito rápido, mas
o B move-se muito pouco ou mesmo declina, a divergência está criada. Divergência e
amplitude (em estatística: diferença entre os limites de uma classe) são conceitos
relacionados.
181
a) o técnico;
b) o econômico;
c) o administrativo-financeiro;
d) o organizacional-cultural.
182
(3) Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não
incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
183
184
185
186
X = MP + MS + MC + ME + U + MO + T
Em que:
187
planta na incerteza dos quantitativos de oferta dos insumos requeridos para a sua
operação normal e continuada.
A disponibilidade de recursos – fator capital – determinará, em última instân-
cia, a capacidade, selecionando-a entre alternativas técnicas e mercadológicas possí-
veis, levando em consideração não somente a disponibilidade pura e simples do
capital, mas, sobretudo, o custo de oportunidade do investimento.
Considerados todos esses aspectos, chegar-se-á ao tamanho ótimo que deve
maximizar a rentabilidade do investimento realizado e evitar os percalços de um
super ou subdimensionamento da planta.
188
189
(6) Da época inicial do O&M. Não havia computadores, os símbolos eram desenhados com
réguas especiais.
190
191
192
192
TEORIA DO PROJETAMENTO
16/9/2013, 12:30
Fonte: Compilação do autor.
Noelio Dantaslé Spinola • Carolina Andrade Spinola • Denise Andrade Spinola
193
194
195
196
197
198
5.3.4 Layout
199
200
201
a) integração;
b) mínima distância;
c) fluxo;
d) uso do espaço cúbico;
e) satisfação e segurança;
f) flexibilidade.
202
5.3.5 Tecnologia
203
a) compra;
b) transferência;
c) associação;
d) desenvolvimento.
204
a) investigações preliminares;
b) identificação das fontes;
c) avaliação e seleção de processos;
d) negociação.
205
a) patentes;
b) patentes mais know-how;
c) patentes mais know-how e projeto básico;
d) todo o item c mais assistência técnica no detalhamento, pré-operação e,
eventualmente, o uso de marcas e assistência técnica para comercialização.
206
207
208
a) o suprimento de insumos;
b) os estoques mínimos;
c) a mão de obra necessária.
5.4.1 Insumos
209
a) origem;
b) fornecedores;
c) condições de fornecimento;
d) fluxo da oferta;
e) preços.
210
211
5.4.2 Estoques
Exemplo:
212
Exemplo:
Uma empresa tem um ciclo de produção (a) de três dias para um determinado
lote de produtos. Sendo o custo dos insumos envolvidos (b) para a produção deste
lote igual a R$ 500 000,00 o estoque de produtos em elaboração (c = a x b) será de R$
1.500.000,00.
O estoque de produtos em elaboração assume um peso significativo nos em-
preendimentos cujo ciclo de produção é longo. O caso de um curtume, por exemplo.
O estoque de produtos acabados é determinado em função da política de
comercialização da empresa. Corresponde a uma quantidade mínima operacional
de produtos fabricados e que funcionam como uma reserva estratégica de suprimen-
to da área de vendas. O valor deste estoque deve ser calculado a custos de fabricação
(excluídos dos preços dos produtos todas as despesas e a margem de lucro).
Estoque implica diretamente em custo. Quanto menor o seu tamanho menor
será a imobilização financeira e os custos financeiros da empresa. Além disso, me-
nor será o espaço requerido para guardar os materiais. Logo, um armazém menor e
mais limpo, menor a manutenção e manuseio, diminuindo probabilidade de que-
bras e avarias, e ainda menores gastos com pessoal; menor obsolescência, giro mais
rápido, estoques mais novos; e menores riscos frente às flutuações de preços, para
citar algumas vantagens.
A administração de materiais evoluiu bastante na era cibernética. O uso dos
sistemas trazidos pela tecnologia da informação aposentaram antigos controles
manuais, sistemas de fichas como o kardex, etc. As palavras mágicas da moderna
administração são hoje a logística (apesar de ser antiga e herdada do estamento
militar), o just in time (quando os fornecedores entregam materiais e peças no
momento em que uma fábrica necessita deles, eliminando, assim, os dispendiosos
estoques), o kanban (gestão visuano controle de produção e estoques) e o
gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply chain management – SCM), entre
outros. Segundo alguns estudiosos, a competição no mercado global não ocorre
entre empresas, mas entre cadeias de fornecimento. A gestão da logística e do
fluxo de informações em toda a cadeia permite aos executivos avaliar pontos for-
tes e pontos fracos na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de decisões
que resultam na redução de custos, no aumento da qualidade, entre outros, aumen-
tando a competitividade do produto e/ou criando valor agregado e diferenciais
em relação à concorrência. Os resultados que se esperam da utilização de sistemas
que automatizem o SCM são:
213
214
215
a) orientação locacional;
b) fatores locacionais;
c) transportes;
d) mão de obra e energia;
e) fatores técnico-locacionais;
f) mercado.
Este esquema é consagrado pela lei do menor esforço nas teorias locacionais
apresentadas nos manuais de projetos. Na verdade, ele pode não funcionar em di-
versas circunstâncias. A sua justificativa consta dos tópicos seguintes.
216
a) regionais;
b) técnico-locacionais;
c) especiais;
d) motivacionais.
217
5.5.3 Os transportes
ct = p x d x f
218
Os custos de transporte não se limitam, apenas, aos custos de frete: neles, tam-
bém estão incluídos fatores complementares como os prêmios de seguros, taxas da
previdência social, tarifas alfandegárias, impostos, etc. É por isso que, utilizando a termi-
nologia de Ohlin, Hoover substitui a designação custos de transporte por custos de
transferência (transfer costs).
Na prática, todos estes fatores complementares que influenciam os custos de
transportes devem ser considerados, atentamente, pelos empresários, sobretudo
porque deles depende, algumas vezes, a capacidade competitiva das empresas em
função da sua localização.
(13) O peso ideal (ideal weight) objetiva, ajustar as diferenças de tarifa, de modo a permitir
estimar os custos de transporte em função do peso e da distância. Na realidade, há
tarifas discriminatórias para certos produtos; e, se essas diferenças de tarifas não
forem ajustadas em relação aos pesos dos produtos, tornar-se-á impossível a análise
locacional de acordo com o modelo weberiano. Admitamos, que, para uma tonelada de
produto acabado (C), necessite uma indústria de uma tonelada de M1,e de uma tonelada
de M2, (matérias-primas localizadas e móveis).Teríamos, então, os “pesos reais” de C,
M1, e M2, equivalentes a uma tonelada. Supondo-se, porém, que as tarifas de transporte
sejam de R$ 0,15 por cem quilômetros, para M1 de R$ 0,10 por cem quilômetros, para
M2, e de R$ 0,30 por cem quilômetros, para C, teríamos de computar os “pesos ideais”
de M1, M2, e C. Fazendo-se de M1 um “ponto de referência”, obteríamos os seguintes
resultados: peso ideal de M1, uma tonelada; peso ideal de M2, 0,67 t. (ou seja, 100/
150); peso ideal de C, duas toneladas (ou seja, 300/150) (MOTA, 1968, p.211).
219
em que:
CTP = custo total da produção industrial
Ct = custo total dos dispêndios com transporte (frete)
Cme = custo total dos dispêndios com mão de obra e energia
Cn = demais custos de produção
Ct = Ct1 + Ct2
220
Nos casos em que Cme > Ct, a indústria será orientada para a mão de obra ou
para a energia, em função do predomínio de uma das duas variáveis, com referência
a Cm.
No que se refere aos tipos de matérias-primas utilizadas pelas indústrias,
na sua análise da localização industrial, Weber distingue, inicialmente, dois ti-
pos de materiais empregados pelas indústrias: materiais ubíquos e materiais loca-
lizados.
Os materiais ubíquos, ou ubiquidades, segundo a terminologia weberiana, são
aqueles que podem ser encontrados em qualquer lugar. Este conceito é ainda desdo-
brado por Weber em dois outros. O de ubiquidade absoluta, quando a material abunda
em uma determinada região, como a madeira na Amazônia, e o de ubiquidade relativa
como o quartzo na região nordestina14.
Os materiais localizados são aqueles que somente são encontrados em áreas geo-
gráficas bem definidas. Geralmente, os minerais ou produtos agrícolas, correspondem
a esta classificação. Exemplo: petróleo, minério de ferro, ouro, diamantes, cacau,
café, cana de açúcar.
Weber também classifica os materiais como brutos e puros. Os materiais brutos
são os que perdem peso (weight-loosing materials) no processo produtivo, seja total ou
parcialmente, enquanto os materiais puros incorporam todo o seu peso ao produto.
Como exemplo dos materiais brutos podem ser citados: o calcário na fabricação do
cimento, a madeira na fabricação de móveis, a borracha na fabricação de pneus.
Quanto aos materiais puros, a pedra utilizada para britamento ou a prata e o ouro
usados na fabricação de joias15.
Neste aspecto da distância x peso, deve-se destacar o problema da substituição
que pode ser considerado como uma possibilidade de escolhas alternativas entre o
uso de diferentes matérias-primas ou suas combinações, destas no processo produ-
tivo. Este é o caso do Japão e da Itália, por exemplo, que substituindo minério de
ferro pela sucata puderam instalar suas indústrias siderúrgicas sem disporem de
jazidas deste minério. Assim sendo, além da ocorrência geográfica e da perda de
peso, em termos de matérias-primas deve-se considerar a sua dispensabilidade e a sua
mobilidade.
Em relação às características dos produtos industriais e sua influência sobre os
custos de transporte, a principal característica é o grau de transportabilidade dos bens.
Este conceito, introduzido por Hoover (1948), pode ser definido como o resultado
(14) O conceito de ubiquidade, segundo Weber, só deve ser utilizado quando se tratam de
recursos regionais e sua distribuição espacial.
(15) Esta classificação de Weber é feita para atender aos propósitos de sua análise, em que
as variáveis peso e distância, supondo-se os demais fatores constantes, são vistas,
como determinantes da localização de uma indústria. Esta classificação, contudo,
não é satisfatória para determinar a melhor localização de uma indústria.
221
(Ctpu) ÷ (Vup) = GT ↑↓
222
lização de novas tecnologias, deve ser inserido, no fator mão de obra, o papel do
capital humano como importante atrativo locacional.
Os diferentes níveis salariais praticados no país, a despeito do salário mínimo,
estabelecem consideráveis diferenças regionais. Isto é mais acentuado quando se
trabalha com o conceito de capital humano. Entre as regiões, por exemplo, na Nor-
deste e na Sudeste do Brasil ocorrem vantagens e desvantagens nos custos do proces-
so industrial como função da qualidade da mão de obra.
Os ganhos e vantagens em custos podem ser eliminados por diversos fatores
culturais e comportamentais que afetam sensivelmente o desempenho dos trabalha-
dores. Isto ocorre na produtividade da mão de obra e na sua capacidade (e disposi-
ção) para o aprendizado. As empresas de construção civil, por exemplo, preferem
recrutar sua mão de obra não qualificada (peões) no interior (sertão) em detrimento
da mão de obra litorânea. Pesquisas empíricas comprovaram que, enquanto a pri-
meira, forjada no agreste, é mais batalhadora e disposta a aprender, a segunda,
criada na beira do mar, é mais “descansada” e resistente a mudanças.
Os salários aviltados também contribuem para a redução do valor social do
trabalho e levam a mão de obra à displicência e ao desprezo pelo emprego com uma
consequente redução da sua produtividade.
Por isso, deve-se considerar se tais diferenças regionais são reais, se podem ser
modificadas e se as diferenças podem ser eliminadas. Muitas vezes, a mão de obra
mais barata é, também, menos eficiente, ou requererá a realização de despesas adicio-
nais de treinamento e que lhe sejam assegurados meios de subsistência, de habita-
ção, etc.
As indústrias podem ser classificadas como intensivas de capital ou intensivas
de mão de obra em função dos seguintes índices:
1 – K/Mo
2 – CMo/CP
Em que:
K= investimento total da empresa
Mo = mão de obra total
CMo = custo total da mão de obra
CP = custo total da produção
Quanto mais alta for a relação capital/mão de obra (K/Mo), mais a empresa
será intensiva de capital, ou seja, mais cara foi a geração de um emprego. Quanto
mais baixa esta relação maior será a intensidade em mão de obra, quer dizer, os
empregos gerados são mais baratos. A expressão CMo/CP mede o peso dos dispên-
dios com mão de obra em relação aos dispêndios totais da firma. Logo as empresas
223
224
225
integração dentro de uma cadeia produtiva, formam arranjos produtivos que lhes
assegura capacidade de barganha (bargaining ability).
Também se podem avaliar as economias de localização tendo-se em vista as
chamadas “indústrias ancilares”, as quais, independentemente das suas escalas de produ-
ção, podem obter melhores vantagens econômicas de uma posição locacional mais
próxima às indústrias motrizes. Sob este aspecto, a análise da aglomeração, encara-
da de um modo empírico, se enquadra, também, na programação do desenvolvi-
mento regional.
Nas economias de urbanização, a cidade ou a metrópole é considerada como
uma localização de dimensão econômica mais ampla, com as vantagens econômicas
das suas externalidades. As cidades, na medida de seu desenvolvimento técnico e
científico, podem produzir grandes vantagens locacionais para a indústrias do ramo
de tecnologia da informação. Um aspecto das economias de urbanização que inte-
ressa, de perto, aos programas de desenvolvimento regional se refere, principal-
mente, às possibilidades de entrosar-se a teoria da localização industrial com o
planejamento urbano. Com efeito, as “economias de urbanização” dependem, con-
sideravelmente, da própria estrutura das cidades, sobretudo no tocante ao “uso da
terra” e às facilidades dos serviços públicos, tais como transportes, comunicações,
energia, águas e esgotos, etc. Desde que estes fatores deixem de ser considerados,
atentamente, nos planos de urbanização ou reurbanização, eles se transformarão em
fatores desaglomerativos, como decorrência de uma alta nos valores da terra e dos
aluguéis, nos custos de tempo, de transporte, etc. Daí a importância prática do
“zoneamento” e da criação dos perímetros industriais, com adequadas implemen-
tações de ordem urbanística, como condições necessárias à expansão industrial das
cidades. Problemas de igual natureza emergem, também, quando se consideram as
áreas metropolitanas, tendo-se em vista a melhor distribuição espacial dos centros
suburbanos ou das cidades-satélite.
5.5.6 Mercado
226
Não obstante a delimitação das áreas de mercado para uma ou mais empresas
industriais, a localização continua dependendo da inter-relação entre os custos de
produção, custos de transporte e o sistema de preços, sendo estes últimos condicio-
nados pela existência, ou não, de mecanismos e práticas restritivas à concorrência.
Essas práticas podem ser horizontais, as que reduzem a intensidade da concorrência
afetando as interações entre as empresas ofertantes de um mesmo mercado, abran-
gendo, por exemplo, a combinação de preços, a cooperação entre concorrentes e a
construção de barreiras à entrada. Ou podem ser práticas restritivas verticais, as que
limitam o escopo das ações de dois agentes que se relacionam como compradores e
vendedores ao longo da cadeia produtiva ou nos mercados finais, incluindo condu-
tas como a discriminação de preços e a imposição de listas de preços por parte dos
fabricantes sobre distribuidores.
a) limiar da procura;
b) alcance do bem.
227
228
a) posto de saúde;
b) centro de saúde;
c) hospital;
d) hospital com uti.
a) região:
– estabilidade política,
– aceitação cultural do serviço,
– adequação do clima e temperatura ao serviço,
– infra-estrutura regional;
b) país:
– legislação e subsídios,
– custos da mão de obra,
– barreiras a entrada (importação),
– infraestrutura interna,
– estabilidade política e indicadores econômicos,
– Mercado consumidor,
– Disponibilidade de tecnologia e infraestrutura de comunicações e trans-
portes,
– Disponibilidade de insumos;
229
c) área ou cidade
d) local específico
Diferentes tipos de serviços darão pesos diferentes aos diversos critérios listados.
Lojas de serviço, por exemplo, como agências bancárias, restaurantes, lojas,
salões de cabeleireiro, teatros, cinemas, que combinam operações de alto contato
com alto volume de clientes servidos, devem localizar-se prioritariamente perto de
seus clientes. Alguns desses serviços de consumo podem ter interesse de se localizar
próximo de seus concorrentes, para que possivelmente recursos sejam compartilha-
dos (como, por exemplo, nas praças de alimentação dos shopping centers, onde os
diferentes restaurantes compartilham as mesas) ou porque desta forma mais clien-
tes possam ser atraídos.
Outros tipos de serviços podem necessitar de rápida comunicação, como em-
presas de serviços financeiros, que necessitam estar em contato com mercados e
investidores do mundo inteiro. Isto pode fazer com que a localização deste tipo de
empresa confira peso maior à infraestrutura de comunicações na escolha de local.
Já outras empresas podem depender de estar próximas de uma eficiente rede de
transportes, como as empresas transportadoras e mesmo os entrepostos atacadistas.
230
a) acesso:
– acesso conveniente até rodovias e rampas de acesso,
– servido por transporte público;
b) visibilidade:
– visto a partir da rua,
– local sinalizado, boa identificação;
c) tráfego:
– volume de tráfego na rua que possa indicar um potencial,
– impulso às compras: estar na rota de trânsito das pessoas,
– ausência de congestionamento no tráfego que possa ser um obstáculo:
por exemplo: estação do corpo de bombeiros;
d) estacionamento:
– estacionamento adequado;
e) expansão:
– lugar para expansão;
f) ambiente:
– as imediações devem complementar o serviço,
– externalidades;
g) segurança:
– o local deve assegurar tranquilidade à clientela;
h) competição:
– economia de aglomeração;
i) governo:
– ausência de restrições de zoneamento,
– zona de menores impostos e taxas.
231
232
para polo (M), ou seja, para cima, na hierarquia urbana (cidades grandes), à medida
que o seu mercado se estende e que a sua função de produção assenta numa rede cada
vez mais diversificada de serviços especializados.
Nos casos em que a produção dependa de fontes especializadas de mão de obra
cujas possibilidades de substituição são pequenas, L será o polo determinante da
localização. Este é o caso das atividades com importante conteúdo técnico – pesquisa
& desenvolvimento, laboratórios e atividades que se baseiam em recursos huma-
nos, móveis atraídos por uma qualidade de vida especifica – quadros de especialistas
seniores, pesquisadores, artistas, etc.
233
Polèse refere-se ao exemplo de Paris como uma cidade que ocupa o primeiro
lugar nos três cantos do triângulo. Assim, para a sede social de um grande banco
francês, é o ponto central do mercado, o ponto que oferece o máximo de serviços
especializados e o lugar em que grande número de quadros prefere viver.
Os fundamentos do economista alemão Johann Heinrich von Thünen (1783/
1850), famoso pelas suas contribuições à teoria da localização no campo da
geografia rural-urbana, foram aplicados pelo urbanista argentino-americano
William Alonso (1933/1999) na construção, em 1964, de uma teoria conhecida
como bid rent theory 18 segundo a qual o preço e a procura por imóveis aumentam
em função da distância que os separam do Central Business District (CBD)19. Por
isso, os diferentes usuários do espaço irão competir uns com os outros pela
localização mais próxima do centro da cidade, pois, tanto nos serviços quanto
no varejo comercial, os empresários desejam maximizar sua lucratividade, es-
tando mais dispostos a pagar mais por um imóvel próximo ao CBD e menos para
os imóveis mais distantes desta área. O montante que estão dispostos a pagar é
chamado bid rent cuja existência pode ser demonstrada em uma “curva de alu-
guel oferta”, com base no raciocínio de que o espaço mais acessível, geralmente
no centro, é o mais caro.
O núcleo interno do CDB é muito valioso para as empresas comerciais (em
especial grandes lojas de departamentos e magazines), pois é tradicionalmente o
local mais acessível para uma grande parte da população. Volume de público (isto é,
maior concentração de clientes) é essencial para lojas de departamento, que reque-
rem um volume de negócios considerável.
Os shopping centers, que reúnem as vantagens das economias de aglomeração
e escala, podem fugir do CBD justamente por oferecerem, em um mesmo espaço,
as alternativas de comércio e serviços associados ao lazer. A indústria, por moti-
vos ambientais e operacionais, normalmente se localizam no núcleo externo da
cidade. São os denominados “perímetros industriais” onde existe mais área dispo-
nível para fábricas, que contam, muitas vezes com externalidades criadas pelo
governo. 20
As residências populares tendem a ser localizadas nas áreas periféricas das
cidades onde o preço da terra é menor. Esta tendência depende de circunstâncias
topográficas. Em alguns locais, dependendo das condições paisagísticas do territó-
rio (litoral, por exemplo) o espaço é disputado por residências das classes de renda
mais elevada.
234
235
236
237
a) Imobilizações técnicas
– terreno e melhorias,
– construções civis, edificações,
– instalações,
– máquinas e equipamentos,
– tecnologia,
– veículos,
– móveis e utensílios;
238
239
240
241
(23) Existe, no Brasil, uma praxe de calcular-se o custo deste projeto em termos percentuais
(até 2% do Investimento Total). Trata-se de um procedimento inadequado que leva,
frequentemente, a distorções.
242
Todos estes projetos devem ter seus custos determinados por orçamentação.
A administração do projeto é a quinta rubrica: nela se incluem os dispêndios
com a administração da execução do projeto em todos os seus estágios (do momento
de aprovação do projeto à inauguração da fábrica). Os seus custos são orçamentados.
A sexta rubrica, despesas financeiras na execução do projeto, cobre os seguin-
tes dispêndios:
a) juros de financiamentos;
b) dividendos.
243
Observação: para a visão da interface deste item com a estrutura de custos do projeto, veja
a Tabela 29 no Estudo Financeiro.
a) obtenção de uma sequência lógica e racional dos passos das diversas ativi-
dades, atentando-se para os pré-requisitos de cada uma delas 6 já que exis-
tem etapas que dependem das precedentes e outras que podem ser realiza-
das simultaneamente 6 , procedimento que redunda em economia do tem-
po, mediante o desenvolvimento de um caminho crítico de execução do
projeto;
b) redução de custos financeiros decorrentes de juros, despesas de armazena-
gem, etc., provenientes de compras efetuadas fora do prazo ideal;
c) administração eficaz da execução do projeto (entendido como o conjunto
de projetos: básico, de detalhamento, arquitetônico, de construção civil, de
instalações e organizacional).
244
245
Figura 45 – Pert/Cpm
Fonte: http://pet.ecv.ufsc.br/site/downloads/apoio_didatico
246
que será sequenciada ordenadamente ao longo dos títulos. Esta numeração independe da
adotada no livro. Assim, o estudo administrativo é numerado 1.0, o mercado, 2.0, o técnico
3.0, o financeiro 4.0 e o econômico 5.0. as tabelas destes estudos acompanham a sua numeração.
Exemplo: Tabela 1.1; Tabela 2.1; Tabela 3.1, etc. O mesmo critério se aplica aos quadros e às
figuras.
(27) Esta itemização obedece a uma sequência consolidada dos roteiros que compõem o
roteiro padrão. Ou seja: 1.0 – ESTUDO ADMINISTRATIVO, 2.0 – ESTUDO DO
MERCADO, 3.0 – ENGENHARIA DO PROJETO. As tabelas, contudo, mantêm a
numeração do título do estudo para evitar confusão nos casos de remissões.
247
Preço FOB, líquido (exclusive impostos s/vendas). (2) Tomar por base os dados do último
balanço anual. (3) Taxa cambial US$1,00 = R$.................. (moeda brasileira da época),
mês/ano.
(*) Os serviços são muito heterogêneos o que requer o ajustamento desta tabela às suas
peculiaridades.
248
3.3 Tecnologia
(28) Indicar o número de turnos de trabalho. Descrever e analisar as alterações que poderão
ocorrer no regime de produção nos casos de ampliação. Sendo necessário, elaborar
quadro adicional consolidando a situação atual com a futura.
249
Matérias-primas
Materiais secundários
Materiais complementares
Materiais de embalagem
Peças de reposição
Utilidades
Origem
Fornecedores
250
Condições do fornecimento
Fluxo da oferta
Sistema de preços
251
a) matérias-primas;
b) materiais secundários;
c) materiais complementares;
d) materiais de embalagem;
e) peças e materiais de reposição;
f) produtos em elaboração;
g) produtos acabados.
a) macrolocalização;
b) microlocalização.
252
pesquisa ou de lavra. As áreas das jazidas devem ser descritas e as suas reservas
estimadas ou medidas.
Fornecer os custos de cada item da despesa, orçamentos e cronograma físico-
financeiro.
3.11.4. Tecnologia
3.11.6. Instalações
a) elétrica;
b) hidráulica e sanitária;
c) segurança industrial;
253
d) telecomunicações;
e) outras especiais.
Especificações, custos, condições de pagamento, prazos de execução.
3.11.7. Veículos
(31) Corresponderão ao ativo diferido cuja amortização (constitui custo fixo) pode se
realizar no intervalo de 5 a 10 anos, no máximo.
254
255
TÍTULO VI
ESTUDO FINANCEIRO
6.1 Introdução
(1) Contabilmente o capital de giro é expresso pelas contas que integram, no balanço, o
ativo circulante. É também denominado capital de trabalho e capital circulante.
257
KGL = AC – PC
258
a) crédito de fornecedores;
b) financiamentos de curto prazo para giro.
259
(3) Na maioria das vezes, essas duplicatas são colocadas nos bancos em cobrança simples.
260
Exemplo:
(Em R$ mil)
30 30
45 30
60 20
75 20
Repetindo-se mensalmente esta sistemática, será formada uma série cujo mon-
tante deve ser determinado. Para isso, aplica-se o seguinte procedimento:
em que:
261
FV = R$ 74,25 mil
em que:
FV = montante do financiamento das vendas
TCF = título em carteira a custo dos fatores no período n
PR = prazo de vencimento do título
262
tem-se:
FV = (R$ 30,0 M x 1,5 ) + (R$ 21,0 M x 2,0) + (R$ 17,0 M x 2,5 )
FV = R$ 129,5 Mil
1 Necessidades
1.1 Caixa mínima = (custo total – depreciação) x nº de dias necessários)÷360
1.2 Financiamento de vendas = [(custo total – depreciação) x % de vendas a
prazo x prazo médio concedido ÷ 360
Obs.: custo total = custo dos produtos vendidos + despesas operacionais +
despesas financeiras com empréstimos de curto prazo para giro.
1.3 Estoques
1.3.1 Matérias-primas = (custo anual c/matéria-prima x nº de dias de estoques
mínimos) ÷ 360
1.3.2 Materiais secundários = custo anual c/material secundário x nº de dias de
est. mínimo) ÷ 360
263
2 Recursos
3 Capital de giro próprio = [1-2]. É obtido pela diferença entre o total das
necessidades e a soma dos recursos.
Ao tratar deste tópico cabe indagar: que serviço? Chamamos a atenção para
duas características importantes desta atividade:
264
1. Investimento fixo
1.1. Imobilizações técnicas
1.1.1 – Terreno e melhorias
1.1.2 – Construção civil, edificações
1.1.3 – Instalações
1.1.4 – Máquinas e equipamentos
1.1.5 – Tecnologia
1.1.6 – Veículos
1.1.7 – Móveis e utensílios
265
Os elementos para a valoração destas rubricas, como já foi visto, são forneci-
dos pelos estudos técnico (investimento fixo = imobilizações técnicas + gastos de
implantação e pré-operacionais) e financeiro (capital de giro líquido).
As tabelas seguintes trabalham com um exemplo numérico simulado. Estes
dados servem de base para a construção de outros exemplos que serão desenvolvi-
dos no Título VII – O estudo econômico.
266
267
268
a) quanto à origem;
b) quanto às condições de financiamento.
269
270
271
272
273
(*) Este quadro difere da Tabela 4.2 basicamente no tocante a equipamentos com financiamentos
dos fornecedores; aqui somente se incluem as necessidades de caixa para o projeto.
(**) Apenas recursos que representam entradas de caixa (recursos próprios e financiamentos
em dinheiro).
274
275
276
TITULO VII
ESTUDO ECONÔMICO
7.1 Introdução
277
a) fixos;
b) variáveis ;
c) médios (unitários);
d) totais.
Os custos fixos são aqueles que permanecem constantes, sem variação, em uma
determinada escala de produção e espaço de tempo. Em tese, não se alteram, esteja a
empresa operando próximo ao nível zero ou a plena carga. Exemplo: aluguel do
imóvel da fábrica, depreciação.
Existem muitas críticas ao conceito de custo fixo2. Alguns autores o pretendem
superado, preferindo outras classificações como as de custos estruturais, stand by,
programados, semifixos, etc. Estas críticas são abordadas amplamente nos princi-
pais tratados de administração financeira.
278
(3) Todos os custos, em um projeto devem ser calculados em estrita obediência às normas
legais do País. Aplica-se ao caso, especialmente, aquelas emanadas da legislação fiscal
(I. de Renda, IPI, ICMS etc.) e previdenciária (INSS).
279
d1 = VB – VR
N
280
281
282
R$ 1,00
283
284
Quando se trata, porém, de uma análise dinâmica, com projeção de resultados ano a
ano (fluxo de caixa), trabalha-se com os valores específicos de cada ano, desprezan-
do-se a média. As despesas de manutenção, quando preventivas e programadas,
constituem custo fixo e seus valores são estabelecidos pela engenharia de produção.
Na prática, em muitos projetos, trabalha-se com verbas baseadas em cálculos
percentuais incidentes sobre o valor da rubrica máquinas e equipamentos, veículos, etc.
(normalmente até 5%). Este procedimento, a despeito do seu uso, não é tecnicamente
o mais correto, pois deixa de considerar outros componentes da fábrica que também
demandam manutenção.
A amortização do diferido constitui, como a depreciação, um custo não-caixa.
Representa a reposição gradativa dos gastos realizados para a implantação e pré-
operação do empreendimento que são, entre outros, os seguintes: organização e
eventualidades, despesas fiscais e de transportes, despesas de montagem, estudos e
projetos, administração do projeto, despesas financeiras na execução do projeto e
gastos da pré-operação (ver estudo técnico). O cálculo da amortização do diferido
obedece às normas da lei 6.404/76 (§ 3º do art. 183) que estabelece um prazo máximo
de 10 anos para a sua efetivação, contudo, da data de início efetivo de operação do
empreendimento. Nos projetos, trabalha-se com a amortização do diferido em pra-
zos de 5 anos (20% a.a.), quando se deseja fazer maiores provisões de fundos no
período de maturação do empreendimento (reduzindo-se o lucro distribuível a sóci-
os e acionistas) ou 10 anos (10% a.a.) quando não se faz tão premente a formação de
fundos. Trata-se de uma questão eminentemente de planejamento financeiro.
A energia contratada pela indústria possui uma cota que é fixa e que constitui
uma obrigação da empresa enquanto durar o contrato. É denominada demanda
contratada (DC). O consumo efetivo da empresa corresponde à demanda medida
(DM). Se DC ≤ DM a empresa paga o valor contratado DC . Se DM > DC ocorrerá
(DM – DC = DU) e a empresa pagará DC mais a demanda de ultrapassagem (DU) que
constituirá custo variável. Ver a Figura 46, extraída do site da Associação Brasileira
de Companhias de Energia Elétrica (ABCE) que ilustra a situação.
285
286
287
em que:
CF = custo fixo
CV = custo variável
CT = custo total
CFMe = cuso fixo médio
CVMe = custo variável médio
CMe = custo total médio
Qx = quantidade produzida
No que tange à apropriação dos custos (para a formação dos preços dos produ-
tos) eles podem ser classificados como diretos e indiretos.
São custos diretos aqueles que podem ser imediatamente apropriados a um só
produto ou serviço. São custos indiretos aqueles que dependem da execução de cál-
culos, rateios ou estimativas para serem distribuídos e apropriados em diferentes
produtos e serviços.
288
Apesar de que tanto os custos diretos quanto os indiretos poderem ser fixos ou
variáveis eles não são sinônimos8. Portanto não há que confundir, no projeto os
custos diretos e indiretos com os custos fixos e variáveis9. São absolutamente dife-
rentes, dado que representam critérios diferentes de abordagem dos dispêndios
operacionais de um dado empreendimento.
Assim serão encontrados numa empresa:
sendo que:
[...] para uma empresa que fabrica um só produto (sem variações de quali-
dade ou tamanho) ou executa um só serviço, somente existem custos dire-
tos. Começa a existir custo indireto, quando a empresa fabrica mais de um
produto (ou mais de uma qualidade ou tamanho de um só produto) ou,
quando a empresa executa mais de um serviço e, assim mesmo, quando esse
custo é atribuível a mais de um produto ou a mais de um serviço (Florentino,
1968, p.17).
289
CP + DO + DF = CF + CV = CT
(10) Backer, Morton e Jacobsen, Lyle – Contabilidade de Custos – São Paulo – MacGraw
Hill – 1987.
(11) Martins, Eliseu – Contabilidade de Custos, São Paulo – Atlas 1988.
290
m) manutenção;
n) amortização do diferido relativo à fábrica.
291
Fonte: IFTO-ADM-BR.
292
293
294
Vale, por fim, ressaltar que a sistemática de tributação no Brasil muda com
uma frequência assustadora,. não somente no que tange aos percentuais das alíquotas
como, também, na base de cálculo e na criação de novos impostos, taxas e contribui-
ções destinadas a suprir com mais recursos a insaciável máquina do governo. Assim
sendo, é bastante possível que todos os procedimentos aqui descritos estejam supe-
rados no espaço de tempo de um ano.
em que:
295
Feita uma simulação dos resultados que seriam obtidos, trabalhando-se com
os três regimes, encontraram-se os resultados constantes da tabela seguinte, na qual,
fica clara vantagem do Simples para as micro e pequenas empresas.
(13) Mark-up.
296
(14) Parece lógico que na hipótese da empresa realizar todo o Investimento com Recursos
Próprios, não se tenha que considerar os itens 14 e 15 da Tabela 38 que, portanto
devem ser estornados. Observa-se que os Juros de Longo Prazo estavam incluídos nas
despesas financeiras, ver Tabela 36.
(15) Aplicou-se às projeções o princípio ceteris paribus.
297
Obs.: Ver tabelas anteriores. Item 11 – Valor residual do investimento = 60% da Construção
Civil e 100% do Terreno.
298
RPK = VAB
K
sendo VAB o valor agregado bruto, ou seja, o montante global de renda gerado pelo
empreendimento. No projeto, VAB é obtido mediante o seguinte cálculo:
VAB ROB – CI
299
R$ 1,00
K = 212.791
ROB = 2.160.000
CI = 785.140
VAB =1.374.860
RPK = R$ 6,46
300
VAB
RPK =
QMO
K
RPK =
QMO
1.374.680
PMO =
20
212.791
DK =
20
301
tensiva de capital é relativa e deve sempre ser contraposta aos aspectos referentes à
produtividade, além dos ditames da tecnologia e do processo. Uma empresa inten-
siva de capital não perde o mérito econômico por sê-lo, sobretudo se constitui um
empreendimento que possui efeitos geratrizes a montante ou a jusante das suas
plantas.
302
Nota: (1) Este exemplo não tem relação com os dados anteriores.
303
a) ponto de equilíbrio;
b) prazo de retorno;
c) taxa média de retorno;
d) capacidade de solvência.
304
O ponto de equilíbrio físico, quando é calculado para uma empresa que produ-
za diversos artigos diferentes envolve um grau de maior complexidade posto que
neste caso ter-se-á que ratear o custo fixo pelas diversas linhas de produto, encon-
trando-se tantos pontos de equilíbrio quantos forem os produtos fabricados pela
empresa o que, evidentemente, não o justifica.
Para a determinação do ponto de equilíbrio utilizam-se os conceitos de custos
fixos e variáveis aplicados através das seguintes expressões:
CF
PE = x 100
ROL – CV
em que:
CF = Custos fixos
ROL = Receita operacional líquida
CV = Custos variáveis
54.408
PE = x 100
200.016 – 80.801
PE = 45,63 % (1)
CF
PEf =
RME – CVMe
305
54.408
PEf =
1,11 – 0,45
CF – CNCx
PECx =
ROB – CV x 100
Exemplo:
54. 408 – 18.649
PECx = x 100
200.016 – 80.801
306
307
IT
Prt = (1)
CPB
RP
Prp = (2)
CPL
308
Em que:
IT = Investimento Total
CPB = Capacidade de Pagamento Bruta
RP = Recursos Próprios
CPL = Capacidade de Pagamento Líquida
Exemplo:
212.791
Prt = = 2 anos, 4 meses e 17 dias.
89.335
106.481
Prt = = 1 ano, 6 meses e 6 dias.
70.167
Assim:
CPB
TMr = x 100
IT
CPL
TMrp = x 100
RP
No caso:
89.335
TMrt = x 100
212.791
TMrt = 42%
70.167
TMrp = x 100
106.481
TMrp = 66%
309
CPB – JPL
Cs =
PAP
No caso:
89.335 – 5.879
Cs =
14.583
Cs = R$ 5,72
310
Sendo:
Por convenção, os valores que representam saídas são registrados com sinal
negativo (–) e as entradas com sinal positivo (+).
Até tempos recentes, os cálculos do valor atual eram realizados, manualmente,
com o auxílio de quadros que acompanhavam os livros de matemática financeira.
Na atualidade, qualquer máquina de calcular financeira realiza com rapidez e sim-
plicidade este cálculo.
Exemplo: determinar o VPL para um investimento total de R$ 212.791,00 con-
siderando o fluxo de caixa seguinte, descontado à taxa de 12% a.a.
01 69.137
02 69.137
03 69.137
04 69.137
05 69.137
06 69.237
07 69.237
311
08 69.237
09 69.237
10 77.463
VPL = R$ 177.512,79
01 43.196
02 47.037
03 48.337
04 49.637
05 50.937
06 52.337
07 53.637
08 54.937
09 69.237
10 77.463
tem-se:
VPL = R$ 187.312,93
312
É importante notar que o conceito de taxa de atratividade não pode ser consi-
derado com base em taxas episódicas, representativas de situações conjunturais de
curto prazo. Na sua determinação deve-se levar em consideração o comportamento
da economia no longo prazo.
Outra comparação a fazer é a da TIR com a taxa de juros do financiamento (TJF).
Em sendo a TIR > TJF, constitui um bom negócio realizar o investimento com finan-
ciamento por terceiros, notadamente, quando, também, TIR > TAM.
Esta situação registra-se com frequência nas operações de financiamento de
longo prazo, contratadas com as instituições de fomento.
No passado, o cálculo da TIR era complexo e trabalhoso. Sendo a taxa (i) uma
incógnita, a sua determinação era procedida pelo método da tentativa e erro, apro-
ximações sucessivas e interpolação, utilizando-se processos algébricos ou gráficos.
Pode-se calcular o VPL e a TIR de várias formas, inclusive manualmente. Com
o advento dos computadores e das máquinas de calcular existem inúmeros proces-
sos à disposição dos usuários. Entre estes, o cálculo do VPL e da TIR com a calcula-
dora HP12c18 é um dos mais populares. Por isso, é este processo de cálculo que se
313
Digitando na HP 12C
314
Cabe, neste ponto, tecer algumas considerações sobre o VPL e a TIR como
indicadores, uma vez que se discute bastante, (em administração financeira) qual
dos dois indicadores (o valor presente líquido ou a taxa interna de retorno) constitui
o melhor instrumento para a análise de investimentos. A rigor, ambos são impor-
tantes e podem ser utilizados em conjunto. Ao trabalhar-se com o conceito de VPL
tem-se que eleger uma taxa de juros e verificar o resultado.
Evidentemente, obtendo-se um resultado positivo (VPL > 0) e satisfatório, à
taxa estipulada, o empreendimento será considerado válido. Em caso de avaliação
de duas ou mais alternativas, melhor será aquela que apresentar o maior VPL. Uma
das vantagens deste método reside na sua simplicidade de cálculo e no fato de se ter,
de pronto, respondido qual o grau de rentabilidade de um determinado investimen-
to a uma dada taxa de remuneração desejada. O VPL, contudo, não é muito utilizado
nos projetos econômico-financeiros.
Eder et alii (2004, p. 9) referem-se a críticas ao método do VPL. São elas:
315
316
317
Nota: os custos orçados neste quadro deverão atender ao programa de produção projetado
(ver Roteiro par ao Estudo Técnico).
318
1.3 Depreciação
(Tabular os dados, calcular pelo método linear).
1.5 Seguros
(Tabular, informando as alíquotas dos prêmios).
1.6 Aluguéis
(Justificar).
1.8 Manutenção
(Justificar).
319
(19) Parece lógico que na hipótese de a empresa realizar todo o investimento com recursos
próprios, não se tenha que considerar os itens 14 e 15 da Tabela 38 que, portanto
devem ser estornados. Observa-se que os Juros de Longo Prazo estavam incluídos nas
despesas financeiras, ver Tabela 36.
320
a) indicadores microeconômicos
a.1) ponto de equilíbrio
– econômico
– caixa
a.2) capacidade de solvência
a.3) prazo de retorno
a.4) taxa média de retorno
a.5) valor atual líquido
a.6) taxa interna de retorno
b) indicadores macroeconômicos
b.1) produtividade social do capital
b.2) contribuição para a renda
321
5.5 Conclusão
Assim como, logo em seu início, deve o projeto ser precedido de uma apresen-
tação, em que se destaquem seu objetivo e sua finalidade, no final, torna-se necessá-
rio redigir uma conclusão que arremate todo o trabalho desenvolvido ao longo dos
cincotítulos. Esta conclusão deve resumir os principais resultados que se espera
alcançar, os destaques de cada título e o mérito socioeconômico da iniciativa.
322
323
FORTES, W.G. Pequenas e Médias Empresas: estrutura e funcionamento. Disponível em
http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/outrasareas/administracao/0006.htm. Acesso
em: 02 mai. 2013.
FUJITA, Masahisa; KRUGMAN Paul; VENABLES, Anthony J. The Spatial Economy:
Cities, Regions, and International Trade. Boston, Massachusetts: MIT Press, 1999.
GERSDORFFF, Ralph C. J. Identificação e Elaboração de Projetos, 1ª Edição. Rio de
Janeiro: Zahar, 1979.
GIANESI, Irineu; CORREA, Henrique. Administração Estratégica de Serviços:
operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1994.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira, 3ª Edição. São Paulo:
Harbra, 1987.
HADDAD, Paulo. Mecanismos de difusão do dinamismo de uma nova atividade
econômica sobre a economia de uma região. In: Análise e Dados, Salvador: CEI, v.II nº
2, 1992.
HAGUE, D. C. Economia de la Empresa, 1ª Edição. Barcelona: Editorial Gustavo Gili,
1972.
HES, Geraldo. Engenharia Econômica, 9ª Edição. Rio de Janeiro: Difel, 1977.
HILLIER, Frederik. Introdução à Pesquisa Operacional, 1ª Edição. Rio de Janeiro:
Campus, 1988.
HIRSCHMAN, Albert O. The Strategy of Economic Development. New Haven,
Connecticut: Yale University Press, 1961.
HOLANDA, Nilson. Planejamento e Projetos, 2ª Edição. Rio de Janeiro: APEC, 1975.
HOOVER, Edgard M. The location of Economic Activity. New York: McGraw-Hill Book,
1948.
ILPES. Guia para Apresentação de Projetos, 1ª Edição. Rio de Janeiro - Difel/Fórum,
1975.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Pesquisa anual de serviços (PAS).
Rio de Janeiro, v. 12, p.1-215, 2010.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil - Economia Informal.
Urbana. Brasília: IBGE, 2003
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As micro e pequenas empresas
comerciais e de serviços no Brasil 2001. Brasília: IBGE, 2003
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Pesquisa Anual de Comércio
Brasília: IBGE, 2011.
INSTITUTO Brasileiro do Petróleo (IBP) Curso de Analísis de Projetos de lnversiones
en la Indústria Petroquímica. Rio de Janeiro: IBP, 1982.
ISARD, Walter Methods of Regional Analysis: an Introduction to Regional Science.
Cambridge: MIT, 1960.
ISARD, Walter. Location and Space-economy: a General Theory Relating to Industrial
Location, Market Areas, Land Use, Trade, and Urban Structure. Cambridge: MIT, 1956.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Comercial, 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 1990.
JOHNSON, Robert W. Administração Financeira, 2ª Edição. São Paulo: Pioneira, 1969.
KAHN, Herman. O ano 2000,1ª Edição. São Paulo: USP, 1968.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento e Controle, 1ª
Edição. São Paulo. Atlas, 1985.
324
KRUGMAN, Paul. Geography and trade. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 1992.
KUZNETS, S. Economic growth and income inequality. American economic review, v. 45,
n. 1, p. 1-28, 1955.
LEME, Ruy Aguiar da Silva. Contribuições à teoria da localização industrial. São
Paulo: USP/IPE, 1990.
LINDGREN, B. W. Introdução à Estatística, 1ª Edição. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,
1972.
LÖSCH, August. [1940] The Economics of Location 2a.ed. New Haven, Connecticut:
Yale University Press, 1954.
MACHLINE, Cláudio. Manual de Administração da Produção. 1ª Edição. Rio de
Janeiro: FGV, 1969.
MARSHALL, Alfred. [1890] Princípios de Economia. Madrid: Editorial Sínteses, 2001.
MARTINS, Eliseu. Administração Financeira, 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 1988.
MATHIAS, Washington Franco. Matemática Financeira, 1ª Edição. São Paulo: Atlas,
1982.
MAYNARD, H. B. Manual de Ingeniería de la Producción Industrial, 1ª Edição.
Barcelona: Editora Reverté, 1960.
MEIRELLES, D. S. Serviços e desenvolvimento econômico: Características e
condicionantes. RDE – Revista de Desenvolvimento Econômico. Ano X, Nº 17, Janeiro
de 2008 Salvador, BA
MELNICK, Julio. Manual de Proyectos de Desarrollo Económico. Santiago de Chile:
CEPAL – Naciones Unidas, 1958.
MENDES, Jefferson. M.G. Augusto Lösch e a Teoria das Áreas de Mercado.
Disponível em: http://ebookbrowse.com/eru-cap-05-august-losch. Acesso em: jan.2010.
MERRIL, William C. Estatística Econômica, Uma Introdução, 1ª Edição. São Paulo:
Atlas, 1977.
MOTA, Fernando de Oliveira. Manual de localização industrial. 2. ed. Rio de Janeiro:
APEC, 1968.
NEMMERS, Erwin Esser. Economia das Empresas, 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 1972.
NEVES, César das. Análise de Investimentos: Projetos Industriais e Engenharia
Econômica, 1ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.
NEWMAN, William A. Administração Avançada: Conceitos, Comportamentos e Práticas
no Processo Administrativo, 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 1980.
OCDE. Manual de Análise de Projetos Industriais, 1ª Edição. São Paulo: Atlas/Editora
USP, 1975.
OHLIN, B. Interregional and International Trade. Cambridge, Massachusetts: Harvard
University Press, 1933.
OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: Uma
Abordagem Gerencial, 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 1986.
O'SULLIVAN, Arthur. Urban economics. Boston, Massachusetts: McGraw-Hill/Irwin 2003.
PAELINCK, Jean. La théorie du development régional polarise. Grenoble: Presses
universitaires de Grenoble, 1965.
PERROUX, François. Note sur la notion de pôle de croissant. Paris: Presses
universitaires de France, 1955.
325
POLÈSE, Mario. Economía urbana y regional: introducción a la relación entre territorio y
desarrollo. Cartago, Costa Rica: 1998.
POLÈSE, Mario. MOROLLÓN, Fernando. Economía urbana y regional: introducción a la
Geografía Económica. Cizur Menor, Navarra (ES): Thomson Reuters, 2009.
POMERANZ, Lenina – Elaboração e Análise de Projetos, 1ª Edição. São Paulo:
Hucitec, 1985.
PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva, 3ª Edição, Rio de Janeiro: Campus, 1986.
PORTER, Michael. Competição. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999.
RANGEL, Ignácio. Teoria do Projetamento. Salvador: UFBA, 1959.
RICHARDSON, Harry Ward. Regional Economics. Michigan: University of Illinois Press,
1979.
SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia, 1ª Edição. São Paulo: Best Seler, 1987.
SANTOS, Milton. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países
subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: F. Alves, 1979.
SIMONSEN, Mário Henrique – Elaboração e Análise de Projetos, 1ª Edição, São Paulo:
Sugestões Literárias, 1974.
SOLOMON, Morris J. Análises de Projetos, 2ª Edição. Rio de Janeiro: APEC, 1966.
SOUZA, Raymundo Costa e. Estatística Metodológica, Salvador: UFBA, 1962.
SPINOLA, Noelio Dantaslé. A trilha perdida. Caminhos e descaminhos do
desenvolvimento baiano no Século XX. Salvador: Editora da Unifacs, 2009.
SPINOLA, Noelio Dantaslé. Política de localização industrial e desenvolvimento
regional: a experiência da Bahia. Salvador: Unifacs, 2003.
SPINOLA, Noelio Dantaslé. Projetos empresariais e planejamento de negócios.
Salvador: Edição do autor: 2003.
STANTON, William J. Fundamentos de Marketing, 1ª Edição. São Paulo: Pioneira, 1980.
STIGLER, George J. – A Teoria dos Preços, 5ª. Edição, São Paulo: Atlas, 1970.
TAGLIACARNE, Gugliemo. Pesquisa de Mercado: Técnica e Prática, 2ª Edição. São
Paulo: Atlas, 1978.
TÉBOUL. James. A era dos serviços. Rio de Janeiro: Qualitmark, 1999.
TOLEDO Jr., Ytis; FIDES, Bueno. Balanceamento de Linhas, 4ª Edição, Mogi das
Cruzes: O & M Editora, 1987.
UNIDO – Manual de Preparação de Estudos de Viabilidade Industrial, 1ª Edição. São
Paulo: Atlas, 1987.
VEJA (Bahia). Vulcabrás/Azaléia fecha 12 fábricas na Bahia. Veja São Paulo, edição
digital 03 dez. 2012.
VIEIRA, Augusto César Gadelha. Manual de Lay-Out. São Paulo: CNI, 1971.
VON THÜNEN, Johann. [1863]. The Isolated State in relation to agriculture and
political economy. New York: Palgrave MacMillan, 2009.
WAUGH, Albert E. Elementos de Estatística, 1ª Edição. Porto Alegre: Globo, 1948.
WEBER, Alfred. [1909] Theory of the location of industries. Chicago, Illinois: The
University of Chicago Press, 1929.
WOILER, Sansão. Projetos: Planejamento, Elaboração e Análise, 1ª Edição. São Paulo:
Atlas, 1983.
326