Sei sulla pagina 1di 426

ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE

PETRÓLEO

UFRN/DPET Professora Carla Wilza Souza de Paula Maitelli


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

DISCIPLINA: ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO


CÓDIGO: PTR0314 – Disciplina obrigatória

PROFESSORA: CARLA WILZA SOUZA DE PAULA MAITELLI


CARGA HORÁRIA: 4h aula/semana – 60h
HORÁRIO: Ter/T12 (13h a 14h40) e Qui/T12 (13h a 14h40)
EMENTA
Introdução à elevação de petróleo. Curvas de desempenho de
reservatório. Gas Lift Contínuo. Gas Lift Intermitente. Plunger Lift.
Bombeio Centrífugo Submerso (BCS). Bombeio Mecânico (BM).
Bombeio por Cavidades Progressivas (BCP). Outros Métodos.
PLANO DE CURSO
(datas e tópicos poderão sofrer alterações durante o período)

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
O aluno deverá desenvolver competências para conhecer as etapas da Elevação Artificial em poços
de petróleo, identificando técnicas operacionais e equipamentos envolvidos.

OBJETIVOS
Identificar os principais métodos de elevação artificial e seus componentes;
Compreender o princípio de funcionamento e os fenômenos físicos que envolvem a elevação de
petróleo.

METODOLOGIA
Aulas expositivas com ajuda de equipamentos audiovisuais; apresentação de situações e cenários
típicos da indústria de petróleo; aulas de simulação em elevação; exercícios para fixação de
conceitos.

AVALIAÇÕES
Prova escrita individual.
Avaliação escrita; trabalhos/seminários; laboratórios de simulação.

DATAS DAS AVALIAÇÕES


Primeira avaliação escrita individual e presencial – 21/03/2019
Segunda avaliação escrita individual e presencial – 02/05/2019
Terceira avaliação escrita individual e presencial – 25/06/2019
Avaliação de recuperação/reposição – 02/07/2019 (conteúdo das 3 unidades, completo)
PLANO DE CURSO

CONTEÚDO
Conceitos Básicos
1.1 Sistemas de produção;
1.2 Escoamento multifásico em sistemas de elevação.
Elevação Natural
2.1 Produtividade de um poço (IP, IPR, TPR).
Elevação Artificial
3.1 Definição;
3.2 Método de Elevação Artificial por Gas Lift (Gas Lift Contínuo e Gas Lift
Intermitente);
3.3 Método de Elevação Artificial por Plunger Lift;
3.4 Método de Elevação Artificial por Bombeio Centrífugo Submerso;
3.5 Método de Elevação Artificial por Bombeio Mecânico;
3.6 Método de Elevação Artificial por Bombeio de Cavidades Progressivas;
3.7 Outros Métodos.
BIBLIOGRAFIA

THOMAS, J. E.; TRIGGIA, A.; CORREIA, C. A.; FILHO, C. V.; XAVIER, J. A. D.; MACHADO, J. C. V.; FILHO, J. E. de S.;
PAULA, J. L. de; ROSSI, N. C. M. de; PITOMBO, N. E. S.; GOUVEIA, P. C. V. de M.; CARVALHO, R. de S.; BARAGAN,
R. V. Fundamentos da engenharia de petróleo. Editora Interciência, 2a edição, Rio de Janeiro, RJ, 2001.
BROWN, K. E. The technology of artificial lift methods. PPC Books, Tulsa, 1997.
BEGGS H. D. Production, optimization using nodal analysis. OGCI and PetroSills Publications, Tulsa, Oklahoma
(2003).
ECONOMIDES M. J.; HILL A. D.; Ehlig-Economides C. Petroleum production systems. Prentice Hall Petroleum
Engineering Series (1994).
BROWN, K. E. The technology of artificial lift methods; electric submersible centrifugal pumps, hydraulic
pumping, jet pumping, plunger lift, other Methods of artificial lift, planning for and comparison of artificial lift
systems (Vol 2b).

BROWN, K. E. The technology of artificial lift methods; introduction of artificial lift systems, beam pumping:
design and analysis, gas lift (Vol 2a).

TAKACS, G. Electrical submersible pumps manual: design, operations, and maintenance (Gulf Equipment
Guides), 2009.

TAKACS, G. Gas Lift Manual, PennWell Books, 2005.

TAKACS, G. Sucker Rod Pumping Manual, PennWell Books, 2003.

Notas de aula.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

só precisa avisar e combinar um horário!!!!


INTRODUÇÃO
O PETRÓLEO E A ECONOMIA MUNDIAL
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
INTRODUÇÃO
O PETRÓLEO E A ECONOMIA MUNDIAL
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓ Crescimento da demanda mundial entre 2006 e 2030 – 45%


UFRN/DPET/2019.1

✓ Redução do petróleo e gás na matriz energética mundial e no Brasil.


✓ Produção mundial em 2008 de 85 milhões de bpd. Projeção para 2030 é
de 31 milhões de bpd.
✓ Consumo no Brasil – 1,95 milhão (2008) para 3 milhões de bpd (2030).

✓ Brasil possui 29 bacias sedimentares com 7,175 milhões de km². Pequena


parte está disponível para exploração e produção. (Dados ANP -
http://www.anp.gov.br/exploracao-e-producao-de-oleo-e-gas).
MATRIZ ENERGÉTICA
fonte: http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica

MUNDO - 2015 BRASIL - 2016


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

BAIXOS PREÇOS, PRODUÇÃO EM MAR,


ENERGIAS ALTERNATIVAS
DESAFIOS
DESAFIOS

Caracterização do Reservatório e Engenharia

Perfuração de Poços e Completação

Engenharia Submarina

Garantia de Escoamento e Elevação Artificial

Unidades de Produção Flutuantes

Logística para o Gás Associado


DESAFIOS

Caracterização do Reservatório e Engenharia*

✓ Definição de qualidade do reservatório carbonático a partir de


dados sísmicos;
✓ Caracterização interna do reservatório, com foco nas principais
heterogeneidades;
✓ Recuperação secundária: viabilidade técnica da injeção de
água e/ou gás (realidade regional. Poços em terra no RN);
✓ Geomecânica das camadas adjacentes aos reservatórios.
DESAFIOS

Perfuração de Poços e Completação*

✓ Desvio de poços dentro da zona de sal;


✓ Fraturamento hidráulico em poços horizontais;
✓ Materiais de poço resistentes a elevados teores de CO2 (corrosão);
✓ Aumento da taxa de penetração no reservatório;
✓ Poços de longo afastamento.
DESAFIOS

Engenharia Submarina*

✓ Qualificação de risers flexíveis para LDA de 2200 m, considerando


a presença de CO2 e altas pressões;
✓ Cenários para: torre de risers, riser híbrido auto sustentado
(RHAS), riser de aço em configuração em catenária composta com
flutuador (SLWR), entre outras tecnologias;
✓ Qualificação de linhas termicamente isoladas para LDA de 2.200
m;
✓ Linhas para injeção de gás com CO2 em altas pressões.
DESAFIOS

Garantia de Escoamento e Elevação Artificial*

✓ Prevenir formação de hidratos;


✓ Deposição de parafinas ao longo das linhas de produção;
✓ Controle de incrustações;
✓ Administração da temperatura ao longo das linhas.
DESAFIOS

Unidades de Produção Flutuantes*

✓ Ancoragem em lâmina d’água de 2.200 m;


✓ Interação do riser com o sistema;
✓ Cenário para plataformas com acesso direto aos poços.
DESAFIOS

Logística para o Gás Associado*

✓ Materiais mais adequados para lidar com altas concentrações de


CO2.
✓ Gasoduto com mais de 18’’ em lâmina d’água de 2.200 m.
✓ Longa distância da costa (300 km).
✓ Cenário para novas tecnologias offshore.

* Fonte: Transparências Petrobras- Desafios do Pré-Sal. Autor: eng. Mario Campos


DESAFIOS

300 km de distância offshore

Fonte: Transparências Petrobras - Desafios do Pré-Sal. Autor: eng. Mario Campos


O QUE AINDA TEMOS QUE APRENDER?

CONTROLE E
AUTOMAÇÃO DE
POÇOS*

ENERGIAS
RENOVÁVEIS**

* Fonte: JPT, março, 2015. Instalação de BM utilizando controle pump off


** Fonte: JPT, janeiro, 2017. Instalação “solar-a-vapor” utilizada para
recuperação avançada de petróleo.
DESAFIOS PARA A ELEVAÇÃO

FLUIDO
IDEALIZADO
INCERTEZAS

RESERVATÓRIO ELEVAÇÃO DOS ESCOAMENTO


DE COMPOSIÇÃO
HETEROGÊNEA FLUIDOS MULTIFÁSICO

CARATERÍSTICAS
DIFERENTES
ESPACIALMENTE E
COM VARIAÇÕES
NO TEMPO
1 . CONCEITOS BÁSICOS

SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Fonte: Petrowiki
(http://petrowiki.org/index.php?title=Production_system&printable=yes)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

1.1 Sistemas de produção


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

✓ Prospecção para a localização de áreas favoráveis à acumulação de


UFRN/DPET/2019.1

petróleo e/ou gás em terra ou em mar;

✓ Realização de estudos das características dos reservatórios


comprovados, dos fluidos por ele produzidos e de seus mecanismos
de produção;

✓ Instalação de equipamentos para conduzir os fluidos até a


superfície e posteriormente os fluidos produzidos serão medidos,
tratados e separados para que possam ser colocados à venda.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

DIVISÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ O reservatório, que é o meio poroso de acúmulo, composto por uma


ou mais unidades de escoamento geológico interconectados, com
características únicas de armazenagem e escoamento;
UFRN/DPET/2019.1

➢ O poço, estrutura artificial com a finalidade de fazer a interface entre o


reservatório até as facilidades de superfície;

➢ As regiões próximas ao poço, na altura do reservatório;

➢ Os componentes de superfície instalados, tais como, a cabeça do


poço, as linhas de escoamento da cabeça do poço até as facilidades de
superfície. Separadores, bombas, compressores e outros equipamentos
para tratamento e medição, tanques de armazenamento e dutos
instalados até os pontos de venda.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

ESQUEMA DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

OBJETIVOS DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

“O conjunto formador do sistema de produção de petróleo e gás deve


ter como objetivo fundamental a produção maximizada dos fluidos da
maneira mais econômica e viável possível”
UFRN/DPET/2019.1

ATRAVÉS DA LINHA DE PRODUÇÃO

FLUXO NO POÇO

FLUXO DO FLUIDO NO MEIO POROSO


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

FUNÇÕES ESSENCIAIS DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO


E GÁS
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓ Promover a condução para escoamento de fluidos do reservatório;


UFRN/DPET/2019.1

✓ Separar os fluidos produzidos do reservatório uns dos outros;

✓ Minimizar os efeitos negativos dos subprodutos;

✓ Medir as quantidades de fluidos produzidos e controlar os


processos de produção;

✓ Providenciar uma parte da energia requerida para transportar o


fluido através do sistema.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

O processo de elevação e escoamento dos hidrocarbonetos é dividido


em três (3) etapas:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

1. O fluxo no meio poroso até o fundo do poço ou recuperação;


UFRN/DPET/2019.1

2. O fluxo do fundo do poço até a superfície ou cabeça do poço


denominado fluxo na coluna de produção ou ainda elevação;

3. O fluxo da cabeça do poço passando pelos reguladores de fluxo até


o separador, denominado coleta ou fluxo na linha de produção.

Essas três etapas estão interligadas entre si e a vazão a ser obtida do


poço é função do fluxo de fluido através do sistema como um todo.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

2 Elevação
Artificial

1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

A well in operation—pumping—using the “standard rig front” (circa 1865).


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Source: Petrolia: A Brief History of the Pennsylvanian Petroleum Region from


1859 to 1869, by Andrew Cone and Walter R. Johns; New York: D. Appleton and
Co., 1870.
Fonte: JPT – outubro/2014
UFRN/DPET/2019.1

ESP installation #1. Phillips Petroleum lease, near Burns, Kansas, 1928. ESP
pioneer, Armais Arutunoff is third from right, shown with the original Reda Pump
Company employees. Courtesy of ESPpump.com.
Fonte: JPT – outubro/2014

The first patented petroleum-well-related air-lift device, “Oil Ejector for Oil
Wells,” invented by Thomas B. Gunning (patent no. 45,153, issued 22 November
1864). Source: US Patent and Trademark Offce.
Fonte: JPT – outubro/2014
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

1.2 Escoamento multifásico em sitemas de elevação


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

anos 1960 – início


dos estudos sobre
UFRN/DPET/2019.1

líquido e gás
interagindo no
poço e nos
reservatórios
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

DUAS OU MAIS FASES


DIFERENTES VIAJANDO NA
TUBULAÇÃO
UFRN/DPET/2019.1

SEPARAÇÃO DEVIDO ÀS
DENSIDADES DIFERENTES
E VISCOSIDADE

EXPANSÃO DO GÁS, DECRÉSCIMO


DE PRESSÃO COM A ELEVAÇÃO E
PRODUÇÃO. INCREMENTO NA
PRODUÇÃO DE GÁS
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

➢ Fluxo nas tubulações é resultado da mistura de fluidos, movimento de gás


livre e diferentes modelos de fluxo sob diferentes condições de operação
durante o percurso;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ Distribuição física das fases no interior do tubo. Se o comportamento é


bifásico ou monofásico, vai depender da pressão, da temperatura e
composição da mistura;
UFRN/DPET/2019.1

➢ O gás e o líquido (óleo, óleo+água) podem existir em mistura homogênea


ou em golfadas líquidas e bolhas de gás;

➢ Importante a análise do envelope de fases para os reservatórios;

➢ Análise das perdas durante o trajeto em função de válvulas, atrito com as


paredes, restrições, etc;

➢Modelos para prever o comportamento multifásico;

➢ Propriedades dos fluidos no escoamento bifásico.


CARACTERIZAÇÃO DAS
PROPRIEDADES DOS FLUIDOS

MEDIÇÃO DIRETA
Custos elevados, mais preciso

MODELO COMPOSICIONAL
Óleos leves e gás, equilíbrio vapor/líquido,
mais rigoroso que o modelo black oil. Para
óleos voláteis e condensados

MODELO BLACK OIL


Hidrocarbonetos na fase líquida com gás
dissolvido, óleos escuros, não ocorre grande
mudanças composicionais em seu envelope
de fases, massa específica cte., óleos
normais e pesados
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

CORRELAÇÕES BLACK OIL


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Massa específica constante

Com a redução de pressão, fluido vai


UFRN/DPET/2019.1

se tornando mais pesado

Número de dados de entrada reduzidos

Correlações desenvolvidas para


sistemas de óleo cru/gás/água

Conveniente no estudo da RGO,


vazão de água

37
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Propriedades importantes para definição do modelo black oil


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

PROPRIEDADE Nomenclatura

razão de solubilidade Rs
fator volume de formação do óleo Bo
UFRN/DPET/2019.1

fator volume de formação do gás Bg


densidade relativa do gás dissolvido  gd
viscosidade do óleo o
viscosidade do gás g
pressão de saturação psat
fator de compressibilidade Z
tensão superficial o
Previsão dos gradientes de pressão no escoamento multifásico
 PADRÕES DE ESCOAMENTO

 dp   dp   dp   dp 
  =  +  + 
 dl  tot  dl  fric  dl  elev  dl  ace

➢ Gradiente no monofásico l

 dp   fv 2 
 + (gsen ) +  v 
dv
  = 
 dl tot  2d   dl 
➢ Gradiente no multifásico
 f f v 2f 
 +  f gsen +   f v f
dv f 
 dp 
  = ( )  
 dl tot  2d 
  dl 

➢ Grau API
141.5
densidade do óleo =  o =
(131.5+ oAPI )
PADRÕES DE ESCOAMENTO – FLUXO VERTICAL
(OCORRE NA COLUNA DE PRODUÇÃO)

1 2 3 4 5
1 – Escoamento
monofásico
2 – Escoamento em
bolhas;
3 – Golfadas
4 – Transição
5 - Anular
Escoamento ar-água

Escoamento em tubulações desviadas, restrições e


curvas
Regimes de escoamento - Vertical
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Escoamento em bolhas
Fase gasosa distribuída e bolhas discretas em uma fase líquida contínua.
Baseado na presença ou não de escorregamento entre as fases pode ser
classificado como em bolhas e bolhas dispersas;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Escoamento em golfadas
É caracterizado por uma série de slugs unitários. Cada unidade é composta
por uma bolsa de gás chamada bolha de Taylor, um tampão de líquido
UFRN/DPET/2019.1

chamado slug e um filme de líquido escoando. A bolha de Taylor é simétrica


axialmente e ocupa quase toda área da seção transversal do tubo;

Escoamento de transição
É um escoamento caótico de gás e líquido em que a forma da bolha de Taylor
e do slug estão distorcidos. Nenhuma fase parece ser contínua. Direção de
movimento oscilatória;
Escoamento anular
Caracterizado pela continuidade da fase gás em um núcleo central, com um
fino filme de líquido ao longo das paredes da tubulação, com bolhas
dispersas na fase contínua.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Fluxo multifásico horizontal


Geralmente na superfície, linha de produção
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Padrões de escoamento – fluxo horizontal

1 1 – Segregado estratificado
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

2 – Segregado ondulado
2 3 – Segregado anular
4 – Intermitente tampão
5 – Intermitente golfada
UFRN/DPET/2019.1

3
6 – Distribuído bolhas
7 – Distribuído névoa
4
Na prática, corresponde ao escoamento
5 de superfície, desde a cabeça do poço
até o vaso separador, passando pela
linha de produção e pelo regulador de
6 fluxo

7
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Padrões de escoamento – fluxo no anular


1 2 3 4 5 6
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Concêntrico
1- Bolhas
2 – Bolhas dispersas
3, 4 – Golfadas
UFRN/DPET/2019.1

5 – Transição
6 - Anular

7 8 9 10 11
Excêntrico
7- Bolhas
8 – Bolhas dispersas
9 – Golfadas
10 – Transição
11 - Anular
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Ocorrência dos padrões de escoamento

• A partir do fundo do poço, com a pressão de fundo acima da pressão de bolha,


apenas existirá a fase líquida;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Com o poço em produção, o fluido escoa no sentido ascendente, as pressões


declinam resultando na liberação de algum gás dissolvido que aparece na forma
de pequenas bolhas na fase líquida contínua, caracterizando padrão de
escoamento do tipo bolhas;
UFRN/DPET/2019.1

• Com a elevação ocorre a diminuição da temperatura e pressão, que resulta na


expansão e liberação de mais gás em solução. As bolhas agora serão maiores e
coalescem umas com as outras formando as bolhas de Taylor, grandes bolsas de
gás que são separadas por golfadas de líquido seguida por uma fase contínua de
líquido (golfada ou slug flow);

• Nas regiões de pressão mais baixas as bolhas de Taylor se expandem, ocorre


liberação de mais gás, criando um escoamento bifásico caótico, o escoamento de
transição ou churn flow;

• Vazão de gás aumenta até empurrar o líquido contra a parede do duto, o que
caracteriza o escoamento anular.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

“ Prever os padrões de escoamento em determinado local da tubulação é


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

fator primordial para cálculo das pressões e para o estudo do


comportamento do escoamento, pois em função das mudanças de
pressão, temperatura e transferência de fases, uma fase líquida no fundo
do poço, pode ser completamente transformada em uma fase contínua de
UFRN/DPET/2019.1

gás na cabeça do poço”

PREVISÃO

CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO


MULTIFÁSICO
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Correlações empíricas para o escoamento multifásico


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓ Dados experimentais baseados em observações de pequenos


diâmetros e comprimentos específicos de tubulações. Número
limitado de visualizações;
UFRN/DPET/2019.1

✓Experimentos a baixas pressões com ar e água;

✓ São observados os padrões de escoamento e a transição entre


estes. Mapas desenhados para e devem ser utilizados na previsão
do escoamento bifásico;

✓ Primeirascorrelações tratavam o escoamento como se fosse


uma mistura homogênea sem escorregamento entre as fases.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Modelos mecanicistas
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓ Determinação dos padrões de escoamento em várias


profundidades da tubulação;
UFRN/DPET/2019.1

✓ Modelagem mecânica para os parâmetros do escoamento. Não


necessariamente é o método mais preciso;

✓ Consideração dos mecanismos básicos na transição entre os


padrões de escoamento;

✓ Não restringe as faixas de escoamento.


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Ocorrência dos padrões de escoamento


MAPAS DE PREVISÃO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Mapa de padrão de escoamento horizontal para a correlação


de Beggs e Brill
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO
Baseadas em análise experimental, observação e dados de campo.
Tipo A
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Não considera nem o escorregamento, nem os padrões de


escoamento;
• Cálculo da densidade da mistura baseada na RGL na entrada;
UFRN/DPET/2019.1

• Considera líquido e gás viajando na mesma velocidade;


• Apenas o cálculo do fator de fricção é bifásico.

Exemplos de modelos:
Poetman & Carpenter
Baxendell & Thomas
Fancher & Brown

Equação básica (escoamento vertical, mistura homogênea sem


escorregamento)  f n vm2 
 dp 
  =   + ( n gsen )
 dl tot  2d 
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Mapa para o cálculo do fator de fricção para correlações do tipo A


UFRN/DPET/2019.1

53
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Tipo B
Considera o escorregamento entre as fases;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Não considera os padrões de escoamento;


Correlações para o holdup e fator de fricção;
Velocidade de líquido e gás diferentes.
UFRN/DPET/2019.1

Exemplos de modelos:
Hagedorn & Brown
Gray
Asheim
Equação básica (metodologia baseada em experimentos com poço de
1500 pés (ft), vertical, Hagedorn e Brown)
 
dp 

f  2 2
vm 
 + ( s g ) +   s
( )
  v 2m 

  = n

 dl  tot  2  s d 


 2dl 
onde :
( )
 v 2m = v 2m1 − v 2m 2
54
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO
Tipo C
Leva em consideração tanto os padrões de escoamento como o
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

escorregamento entre as fases;


Correlações para prever o fator de fricção, holdup e padrões de
escoamento.
UFRN/DPET/2019.1

Exemplos de modelos
Duns& Ros
Orkiszewski
Aziz et al.
Beggs and Brill
Murkerjee & Brill

Equação básica (poços verticais)


 dp   dp   dp 
  =   + (  s g ) +  
 dl  tot  dl  fric  dl  ace
ele

55
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO

Mapa para o cálculo do fator de fricção para correlações do tipo C


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Modelo Duns & Ros


UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Propriedades dos fluidos – fases

holdup líquido (relação do volume do segmento do duto ocupado por líquido e


o volume total do duto)
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

volume ocupado pelo líquido


HL =
volume do segmento da tubulação
UFRN/DPET/2019.1

holdup sem escorregamento, fases viajando com a mesma velocidade, sem


escorregamento

ql
l =
ql + q g

fração de óleo (óleo e água viajando simultaneamente na tubulação)

qo
fo =
qo + q w
e
f w = 1 − fo
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Propriedades dos fluidos – fases

velocidades superficiais (fase ocupando completamente a área da seção da


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

tubulação)
ql qg
vsl = ; vsg = ;
Ap Ap
velocidades da mistura (sem escorregamento entre as fases)
UFRN/DPET/2019.1

ql + q g
vm = ou vm = vsl + vsg
Ap
Em função da consideração do não escorregamento entre as fases, ambos,
gás e líquido devem viajar em termos da velocidade da mistura(vm ) .

Ocorrência:
Escoamentos altamente turbulentos
Padrão de bolhas dispersas (altas velocidades)
FLUIDO EXISTE COMO
Padrão de escoamento anular
UMA MISTURA
HOMOGÊNEA

65
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equações básicas do escoamento multifásico


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

velocidades considerando o escorregamento, (slippage). Velocidades


diferentes entre gás e líquido

vsl vsg
vl = ; vg = ;
(1 − H l )
UFRN/DPET/2019.1

Hl
vs = v g − vl

slip velocity
gás viajando a uma velocidade maior que a da mistura e líquido
viajando a uma velocidade menor que a da mistura

Ocorrência:
Padrões de escoamento do tipo bolha e do tipo golfada (subida)

66
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Propriedades dos fluidos – fases


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Para qualquer propriedade da mistura líquido


proplíquido = propóleo ( f o ) + propágua (1 − f o )
UFRN/DPET/2019.1

Mistura óleo-água, considerando modelo black-oil ou


composicional, o não escorregamento entre óleo e água

 l = ( o f o ) + ( w f w ) Tratamento diferenciado
para fluidos imiscíveis e
 l = ( o f o ) + ( w f w ) não-newtonianos

l = ( o f o ) + ( w f w )

Mistura gás-líquido, equações considerando o não escorregamento


 n = ( l  l ) +  g (1 − l )
Utilizada na grande
 n = ( l  l ) +  g (1 − l ) maioria das correlações

 n = (l  l ) +  g (1 − l )
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Mistura gás-líquido, equações considerando o escorregamento

 s = ( l H l ) +  g (1 − H l )
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

 s = ( l H l ) +  g (1 − H l )
( )(
 s = ( l H l ) +  g (1 − H l ) ou  s =  l H  g (1− H )
l l
)
UFRN/DPET/2019.1

eq. de Arrhenius: utilizada p/


correlação de Hagedorn
Brown

Observação importante !!!!

Vários métodos podem ser utilizados para definir as


propriedades da mistura.
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equações adicionais para o cálculo das vazões, baseadas no modelo black oil, em
condições padrão (sc; 14,7 psia; 60o F).
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Vazão de óleo (
qo = qosc Bo )
UFRN/DPET/2019.1

Vazão de água (
q w = q wsc Bw )

Vazão de gás ( )
q g = q g sc − qosc Rs − qwsc Rsw Bg
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

EXERCÍCIO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Óleo e gás natural escoam em uma tubulação de 5.1 cm de


diâmetro. A vazão total de óleo e gás natural é de 0.025 m³/min e 0.25
m³/min respectivamente. O holdup líquido com escorregamento é de
0.35. Determine:
UFRN/DPET/2019.1

a) As velocidades superficiais do gás e do líquido, velocidade da


mistura e o holdup sem escorregamento;
b) Velocidade das duas fases;
c) A velocidade de escorregamento entre as fases.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Solução
d2 0.051 2
A= = = 0.002043 m 2
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

4 4
q
a) v sl = l =
(0.025 / 60 ) = 0.20 m / s
A 0.002043
q g (0.25 / 60 )
v sg = = = 2.04 m / s
UFRN/DPET/2019.1

A 0.002043
v m = v sg + v sl = 2.24 m / s
v sl 0.2 0.025
l = = = 0.09 ou l = = 0.09
v m 2.24 (0.025 + 0.25)

v sl 0.2
b) vl = = = 0.57 m / s
H l 0.35
v sg 2.04
vg = = = 3.14 m / s
(1 − H l ) 0.65
c) v s = v g − vl = 3.14 − 0.57 = 2.57 m / s
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

EXERCÍCIO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Considere o escoamento vertical bifásico, em uma tubulação de seção


transversal circular de 3.8 cm de diâmetro. Calcule o Holdup líquido (Hl) com
escorregamento, sabendo que:
✓ a vazão de água (ql) é 0.0006m³/s;
UFRN/DPET/2019.1

✓ a vazão de ar (qg) é de 0.0015m³/s

✓ aceleração da gravidade (g) é igual a 9.81 m/s²

✓ a massa específica da água (ρl) é 1000 kg/m³

✓ a massa específica do ar (ρg) é igual a 1.3 kg/m³

✓ A tensão superficial (σ) é igual a 0.079 N/m

✓ a velocidade de escorregamento pode ser escrita da forma:

 ( l −  g )g 
0.25

v s = 1.8 
 l 2

Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

ql 0.0006
l =
(ql + q g ) (0.0006 + 0.0015 ) = 0.2857
=
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

com escoregamento
 (1000 − 1.3)9.81(0.079 ) 
0.25
UFRN/DPET/2019.1

v s = 1.8  = 0.30 m / s
 1000 2
q 0.0006
v sl = l = = 0.529 m/s
A 0.001134
qg 0.0015
v sg = = = 1.323 m / s
A 0.001134
 v sg v 
v s = v g − vl =  − sl  = 0.30
 (1 − H l ) (H l ) 
 1.323 0.529 
 −  = 0.30
 (1 − H l ) ( H )
l 

H l = 0.3209
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Exercício
Calcule o gradiente de pressão para o escoamento multifásico a
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

seguir. Utilizar a correlação de Poettman e Carpenter.


qDados:
l = q = 0.778 ft 3 / s
o

q g = 0.757 ft 3 /s
UFRN/DPET/2019.1

 l = 47.61 lbm / ft 3
 g = 5.88 lbm / ft 3
d = 6 in = 0.5 ft
(
g c = 32.2 lbm.ft/ lbf.s 2 )
g = 32.2 ft/s 2
Roteiro:
1 – Cálculo da fração de volume líquido (sem escorregamento)
2 – Densidade da mistura (sem escorregamento)
3 – Cálculo das velocidades superficiais
4 – Determinação do fator fricção
5 – Determinação da perda de carga
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

➢ No sistema de unidades Inglês Técnico ou de Engenharia, a constante de


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

proporcionalidade deve ser introduzida na equação:

p ρu f u du
2
g
= − sen − −
x gc 2 g c D g c dx
UFRN/DPET/2019.1

Onde:
g c = 32.2 ft .lbm /(lbf .s 2 ) = constante de proporcionalidade

Unidade de força é a libra-força (lbf)


Unidade de massa é a libra-massa (lbm)
A unidade de comprimento é o pé ou foot (ft)
A unidade de tempo é o segundo (s)
A unidade de temperatura é o grau Rankine
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

ql 0.778
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

l =
(ql + q g ) (0.778 + 0.757 ) = 0.507
=

 n =  l (l ) +  g (1 − l )
 n = 47.61(0.507 ) + 5.88(1 − 0.507 ) = 27.03lbm / ft 3
UFRN/DPET/2019.1

ql 0.778
v sl = = = 3.97 ft/s
A 0.196
q g 0.757
v sg = = = 3.86 ft / s
A 0.196
v m = 3.97 + 3.86 = 7.83 ft / s
fator de fricção :
f = F (  n , vm , d )
( n )(vm )(d ) = 27.04(7.83)(0.5) = 105 .86lbm / ft ( s)
f = 0.0068
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

 f n vm2 
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

 dp 
  =   + ( n gsen )
 dl tot  2d 
 dp   0.0068 (27.04 )7.832   27.0432 .2(1) 
  =  +  = 0.35 + 27.04
( ) 
UFRN/DPET/2019.1

 tot 
dl 2 32 .2 0.5   32 .2 
 dp 
  = 27.39 psf / ft
 dl tot
ou
0.19 psi / ft
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

 

FBx = − gsen 2rdrdx

ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

r FBx 
x,z 
g
Volume de 
x´,z´
controle
UFRN/DPET/2019.1

diferencial
 anular

p dVx  rx
= − Vx −2 − gsen
x dx r
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Adimensionais importantes nas correlações do tipo “B” e “C”. Previsão do Hl.


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Número da velocidade do líquido


 l 
N lv = vsl  4 

 g l  DUNS & ROS e HAGEDORN &
UFRN/DPET/2019.1

Número da velocidade do gás BROWN

 l 
N gv = vsg  4 
  f n2 v m2  ( )
  v 2m 
 g l 
 dp   + ( s g ) +   s
  =   

 dl  tot  2  s d   2dl 
Número do diâmetro do duto
onde :
 l g  ( )
 v 2m = v 2m1 − v 2m 2
N d = d  

 l 
Número da viscosidade do líquido
 g 
N l = l  4 
  3 
 l l 
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Para se obter consistência dimensional


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Número da velocidade do líquido


 l  Onde:
N lv = 1.938vsl  4 

 l  Velocidade em ft/s
UFRN/DPET/2019.1

Número da velocidade do gás (pés/s)

 l  Viscosidade em cp
N gv = 1.938vsg  4 

(centipoise)
 l  Tensão superficial em
dina/cm (dina/cm)
Número do diâmetro do duto
Massa específica em
 l 
N d = 120 .872 d   lbm/ft³ (libra massa/pé
  
 l  cúbico)
Número da viscosidade do líquido Diâmetro em ft (pés)
 1 
N l = 0.15726  l  4 
  3 
 l l 
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Exercícios
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Primeiro a prever o comportamento para dutos inclinados a


partir da horizontal, incluindo poços direcionais
f n v m2
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

+  s gsen
p
= 2d
z 1 − Ek
BEGGS & BRILL
v m v sg  n
onde : E k =
UFRN/DPET/2019.1

p
Determinação do padrão de escoamento. Relacionado com o
Número de Froude e o holdup sem escorregamento
Segregado

Transição l  0.01 e N FR  L1 ou l  0.01 e N FR  L2 L1 = 316 l


0 , 3012

− 2 , 468
Intermitente L2 = 0,000925 l
l  0.01 e L2  N FR  L3
−1, 452
L3 = 0,10l
Distribuído
0.01  l  0.4 e L3  N FR  L1 ou l  0.4 e L3  N FR  L4 L4 = 0,5l
− 6 , 738

l  0.4 e N FR  L1 ou l  0.4 e N FR  L4
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

OBSERVAR QUE:
f n vm2
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

+  s gsen
p 2 d
=
z 1 − Ek
vm vsg  n
UFRN/DPET/2019.1

onde : Ek =
p

Termo relativo à energia cinética do sistema,


Ek utilizado no equacionamento de problemas
para fluidos compressíveis.

Número de Mach =1, condições sônicas. Choque,


termo do gradiente de pressão infinito

Número de Mach >1, incorreto


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Mapa dos padrões de escoamento horizontais para Beggs e Brill


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Coeficientes para o cálculo do


Holdup líquido
UFRN/DPET/2019.1

Coeficientes para
cálculo de C
abl
H l (0) = c
N Fr
Considera a inclinação da tubulação
H l ( ) = H l ( 0 ) 

 = 1 + C sen(1.8 ) − 0.333 sen 3 (1.8 ) 
C = (1 − l ) ln elf N LV
g
(h
N FR ) (equação válida para o caso de C  0)
f
= es
fn
l
y=
H  l ( )
2

ln( y )
s=
− 0.0523 + 3.182 ln( y ) − 0.8725 (ln y ) 2 + 0.01853 (ln y ) 4
(verificar descontinuidades para os casos estudados)
Observações importantes - correlação de Beggs e Brill

 Correlação de Payne et al. – correção em função da rugosidade da


tubulação. Diferentes condições para escoamenos ascendentes ou
descendentes (poços produtores ou injetores).

Se   0
H L ( ) = 0,924 H L ( )
Se   0
H L ( ) = 0,685 H L ( )

 O resultado obtido para H L ( ) não devrá ser menor que  L


Observações importantes - correlação de Beggs e Brill

 Se o padrão de escoamento cair na região de transição, o holdup líquido


deverá ser interpolado entre os valores do intermitente e segregado.

H L ( ) Tr = AH L ( ) Seg + (1 − A) H L ( ) Int
onde,

L3 − N Fr
A=
L3 − L2

 O resultado obtido para H L ( ) não deverá ser menor que L


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

2. Elevação Natural
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ Se a energia do reservatório é suficiente para elevar os


fluidos até as facilidades de superfície, afirma-se que ocorre
a Elevação Natural e que o poço é surgente;
UFRN/DPET/2019.1

➢ A surgência ocorre geralmente no início da vida produtiva


dos poços, mas com o passar do tempo e com a produção
acumulada, a pressão do reservatório declina, tornando-se
insuficiente para elevar os fluidos;

➢ A previsão do comportamento de um poço é uma tarefa


muito complexa e parte desta tarefa consiste em medir a
capacidade do poço desde o início de sua vida útil através de
testes de produção.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Fatores que influenciam na produção por surgência:

➢ Características do reservatório e do fluido (densidade, viscosidade, Bo, Bg, RGL,


oAPI, compressibilidade do gás, etc);
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ Índice de produtividade do poço;

➢ Mecanismos de produção do poço (gás em solução, influxo de água, capa de


UFRN/DPET/2019.1

gás, etc);

➢ Dano causado à formação durante a perfuração ou completação do poço;

➢ Aplicação de técnicas de estimulação;

➢ Adequado isolamento das zonas de água e gás adjacentes à zona de óleo;

➢ Características dos equipamentos utilizados no sistema de produção;

➢ Controle do poço através de testes periódicos;

➢ Acompanhamento da queda de pressão no reservatório.


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
PRODUTIVIDADE DE
UM POÇO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Índice de produtividade
q
– IP linear - monofásico IP =
( pr − pwf )
UFRN/DPET/2019.1

Equação de Vogel –
2
Inflow Performance q pwf  pwf 
= 1 − 0.2 − 0.8 
Relationship (IPR de qmax pr  pr 
Vogel) - bifásico

Pressão requerida pelo sistema


Tubing Performance
na altura do canhoneado –
Relationship - TPR cálculo das perdas de carga
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Testes de produtividade da formação

• São controlados por equipamentos reguladores de fluxo, que podem ser fixos ou
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

ajustáveis. Vazões de teste e pressões na cabeça do poço controladas por


restrições impostas ao fluxo;

• Índice de produtividade (IP) - Capacidade de fluxo do poço. Pode ser utilizado


UFRN/DPET/2019.1

para estimar a vazão do poço para diferentes pressões de fluxo, correspondentes a


diferentes aberturas. Equação geral:

q
IP =
( pr − pwf )

• Para um determinado período de tempo, para pressões de fluxo acima da


pressão de saturação, o Índice de Produtividade permanece constante e os fluidos
que entram no poço têm um comportamento monofásico.
IP linear Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

IP - índice de produtividade linear. Relação entre a pressão no fundo do poço com vazão no
reservatório
p wf - pressão de fluxo no fundo do poço
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

pe = pr - pressão estática média do reservatório


q - vazão do reservatório
UFRN/DPET/2019.1

q
pwf = pr −
IP

Potencial do poço.
Vazão máxima.

Figura 2 – IPR Linear


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

IPR de Vogel

• Modelo linear não se aplica quando as pressões no meio poroso estão abaixo da
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

pressão de saturação (pwf<psat);

•A liberação de gás provoca aumento da permeabilidade relativa do gás,


diminuindo a permeabilidade do óleo;
UFRN/DPET/2019.1

•O índice de produtividade irá variar com a pressão. Vogel adimensionalizou as


curvas através do modelo dado pela equação:
2
q pwf  pwf 
= 1 − 0.2 − 0.8 
qmax pr  pr 

• O modelo não deve ser utilizado para formações com dano e para reservatórios
com pressão acima da pressão de saturação (correlações de Patton&Goland e
Standing). A equação de Vogel também denominada de Inflow Performance
Relationship ou IPR de Vogel deve ser utilizada nos casos onde o influxo de água
não é significativo.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Gráfico da IPR de Vogel


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ Para determinação da equação, o fluxo foi considerado radial, o


reservatório circular, uniforme, isotrópico e de comprimento finito;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓ Os dados para obtenção da equação de Vogel são experimentais e


não levam em consideração as propriedades dos fluidos;
✓ A IPR pode ter dois tipos de configuração:
r  psat
- Presença de um único tipo de fluxo, o bifásico no meio pporoso
UFRN/DPET/2019.1

- Possibilidade da ocorrência de período monofásico e prperíodo  psat


bifásico
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Fluxo na coluna de produção

• Para que ocorra o deslocamento do fluido em toda a extensão da


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

coluna de produção, é necessário que haja diferença de pressão entre


o fundo do poço e a cabeça de produção;
• As perdas de pressão oriundas do peso dos fluidos no interior da
UFRN/DPET/2019.1

coluna, as perdas por fricção resultantes do movimento e as perdas


por aceleração que resultam da descompressão dos fluidos na
medida que são produzidos devem ser vencidas.
PERDAS POR FRICÇÃO OU ATRITO
PERDAS NA COLUNA PERDAS POR ELEVAÇÃO
PERDAS POR ACELERAÇÃO

 dp   dp   dp   dp 
  =  +  + 
 dl  tot  dl  fric  dl  elev  dl  ace
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

- A curva do gradiente
dinâmico fornece valores
UFRN/DPET/2019.1

para a pressão requerida,


quando calculada a partir
do ponto mais a jusante do
sistema, como o separador.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

- Ao se combinar os fluxos no meio poroso e na coluna de


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

produção, verifica-se uma oposição de solicitações no fundo:

✓ considerando apenas o fluxo no reservatório, quanto


UFRN/DPET/2019.1

maior a vazão desejada, menor deve ser a pressão de


fluxo no fundo.

✓ considerando apenas o fluxo na coluna de produção,


quanto maior a vazão desejada, maior deve ser esta
pressão.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Ponto de operação – pressão requerida

Necessidade de se conhecer a pressão a montante de um


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

sistema para vencer as pressões contrárias ao fluxo. A pressão


requerida deve vencer a perda de carga por fricção, a coluna
hidrostática e atender a pressão necessária na superfície.
PROBLEMAS DE FLUXO.
UFRN/DPET/2019.1

Pressão de fluxo no fundo

IPR
Requerida

pwf
pdisp=preq

Disponível
qprodução qmax Q
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

➢ Denomina-se pressão requerida à pressão necessária de fluxo no fundo do


poço para vencer todas as perdas, inclusive na separação e atender a pressão
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

necessária na superfície;

➢ Considerar as características dos fluidos e dos equipamentos do sistema, as


distâncias a serem vencidas e a ocorrência de padrões de escoamento
multifásico no trajeto;
UFRN/DPET/2019.1

➢ Quando é calculada em relação à altura dos canhoneados é chamada de


Tubing Performance Relationship (TPR);

➢ Ao combinar as curvas dos fluxos do meio poroso (IPR) e do sistema de


produção (TPR) e for obtido um ponto de interseção entre as curvas, o poço é
considerado surgente. Aquele será o ponto de equilíbrio natural do sistema e
determina qual a vazão de produção e a pressão correspondente;

➢ Caso as curvas IPR e TPR não se interceptem o poço precisará de energia


adicional para produzir, ou seja, equipamentos deverão ser instalados no
sistema para gerar a pressão necessária para elevação dos fluidos.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Poço surgente – equilíbrio natural
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Necessidade de elevação artificial


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

“Se não há necessidade de suplementar o poço com energia advinda de


fontes externas, ou seja, a pressão no fundo do reservatório é alta o
UFRN/DPET/2019.1

suficiente para mover os fluidos até as facilidades de superfície, a


elevação dos fluidos ocorrerá por surgência ou Elevação Natural. Se a
pressão do fundo do poço é insuficiente para trazer os fluidos à
superfície, Métodos de Elevação Artificial deverão ser utilizados”
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

EXERCÍCIOS IP/IPR
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Para os dados utilizados no cálculo do índice de produtividade, considerando que inicialmente a


pressão de fluxo está acima da pressão de saturação: a) calcule a pressão de fluxo para que se possa
incrementar a produção de 350 para 600 bpd; b) Assumindo uma redução na pressão de fluxo de 1250
para 1000 psi, encontre a nova vazão de fluxo.
UFRN/DPET/2019.1

Dados: vazão de teste=350 bpd (tanque)


pressão de fluxo = 1250 psi
pressão estática do reservatório= 2500 psi

q
a) Cálculo utilizando o IP linear, IP =
( p r − p wf )
350 350
IP = = = 0.28bpd / psi
(2500 − 1250 ) (1250 )

Considerando que a variação de pressão é lenta no tempo


600
IP =
(2500 − p wf )
600 − 700
pwf = = 357 .143 psi
− 0.28
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

b) q
IP =
( p r − p wf )
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

q
0.28 = =
(2500 − 1000 )
q = 0.28(1500 ) = 420bpd
UFRN/DPET/2019.1

IP linear
3000

2500

2000
pwf (psi)

1500

1000 IP linear 1

500

0
0 200 400 600 800
vazão (bpd)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

EXERCÍCIOS IP/IPR
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Considerando a pressão de fluxo abaixo da pressão da


saturação, Vogel desenvolveu uma curva “adimensionalizada” para
análise do desempenho do poço.
UFRN/DPET/2019.1

2
q pwf  pwf 
= 1 − 0.2 − 0.8 
qmax pr  pr 

Se assumir mos condições constantes para o reservatório, a


pressão de fluxo pode ser encontrada em função das mudanças na
vazão de produção e a equação de Vogel pode ser escrita da forma:

  q 
pwf = 0.125 ( p r ) − 1 + 81 − 80  
  q max  
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

EXERCÍCIO 1 – (IPR1 – Vogel)


Apresentar a IPR de Vogel para os dados a seguir:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Dados: vazão de teste=350 bpd (tanque)


pressão de fluxo = 1250 psi
pressão estática do reservatório= 2500 psi
UFRN/DPET/2019.1

- Cálculo da vazão máxima


350
q max =
 1250  1250  
2

1 − 0.2 − 0.8  
 2500  2500  
350
q max = = 500bpd
0.7
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

IPR DE VOGEL
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

0,9

0,8
UFRN/DPET/2019.1

0,7

0,6
pwf/pr

0,5
IPR DE VOGEL
0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
q/qmax
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Em sala, para os alunos


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

b) Supondo para o exemplo anterior um incremento de produção de


350 para 450 bpd, calcule a pressão de fluxo;

c) Encontre o aumento na produção para uma redução na pressão de


UFRN/DPET/2019.1

fundo de 1250 para 1000 psi;

EXERCÍCIO 2 - (IPR2 – Vogel)


Assumindo o escoamento é bifásico, construa a curva IPR de VOGEL
para os dados:

pressão de fluxo=1400 psi


vazão de teste=100 bpd
Pressão estática do reservatório=2000 psi
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

1 IPR VOGEL
0,9

0,8
UFRN/DPET/2019.1

0,7

0,6

0,5

0,4 IPR VOGEL 2

0,3

0,2

0,1

0
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

A correlação de Vogel, pode ser aplicada:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

(a) se as pressões de fundo estão abaixo da de bolha;


UFRN/DPET/2019.1

(b) Se apenas óleo é produzido.

A curva composta IPR introduzida


por Brown elimina essas restrições e fornece uma maneira de
descrever o desempenho do poço de uma ampla gama de
condições.
RESUMO PARA OS CASOS DE SISTEMAS BIFÁSICOS
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Caso 1
IPR combinada de Vogel (pressões de teste no trecho linear)
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

  p wf   p wf  
2

q o = qb + (q o max − qb ) 1 − 0.2  − 0.8  , ou


  pb   pb  
UFRN/DPET/2019.1

CÁLCULO DA
( )     
2

VAZÃO q = q +  b 
IP p p p
 1.8  1 − 0.2 p  − 0.8 p  
wf wf
MÁXIMA – o b
pwf=0
    b   b  

Pressão de teste e pressão estática do reservatório dadas no trecho


linear, acima da pressão de bolha:
q
IP =
( pr − pwf )
Pressão de teste (pwf)
no trecho linear
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Caso 2
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Índice de produtividade para o caso da pressão de teste pwf<pb.


Pressão estática acima da pressão de bolha e pressão de fluxo dada
em um trecho não linear para a IPR combinada (CÁLCULO
ITERATIVO).
UFRN/DPET/2019.1

qo
IPinicial =
pb  
2
p  p 
pr − pb + ( ) 1 − 0.2 wf  − 0.8 wf  
1.8   pb   pb  

Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

A equação anterior
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

deverá ser utilizada


quando o ponto
utilizado de teste é
UFRN/DPET/2019.1

algum abaixo da
pressão de bolha.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Caso 3
IPR de Vogel
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

  p wf  p 
2

q o = (q o max ) 1 − 0.2  − 0.8 wf  
  pr   pr  
UFRN/DPET/2019.1

Índice de produtividade para o caso da pressão de teste pwf<pb


qo
IPinicial =
pr  
2
p  p 
1 − 0.2 wf  − 0.8 wf  
1.8   pr   pr  

*Takacs ESP e Manual em espanhol da Centrilift


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Conceito de produtividade absoluta no cálculo da vazão máxima. IPR


combinada.
 p (q ) 
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

qmax = qsat + 0.5 sat sat 


 ( pr − psat )

EXERCÍCIO 3 - (IPR3 – Produtividade absoluta):


UFRN/DPET/2019.1

Para os dados a seguir, calcular a IPR combinada:


pr=300 kgf/cm²
psat= 200 kgf/cm²
pwf=250 kgf/cm²
q=500 m³/d

- Cálculo do IP linear q
IP =
( p r − p wf )
500
IP = = 10 m³ / d
(300 − 250 ) kgf / cm²

- Cálculo de da vazão de saturação q


IP =
( p r − p wf )
q sat
10 = = 1000 m³ / d
(300 − 200 )
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

- Cálculo da vazão máxima


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

 200 (1000 ) 
q max = 1000 + 0.5  = 2000 m³ / dia
 (300 − 200 ) 
UFRN/DPET/2019.1

Curva IPR combinada


350
300
pressão (kgf/cm²)

250
200
150
Curva IPR
100
50
0
0 500 1000 1500 2000 2500
vazão (m³/d)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3. Elevação Artificial
3.1 Introdução
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Definições

• Apesar da busca constante por alternativas que venham a substituir o


UFRN/DPET/2019.1

petróleo como fonte de energia, a sociedade atual necessita cada vez mais
desse insumo para fazer crescer as grandes economias mundiais;

• O petróleo está presente de forma variada nas mais diversas áreas: move
indústrias e é essencial para os meios de transporte;

• Devido ao crescimento das economias emergentes principalmente na Ásia


e América Latina, à instabilidade política de alguns dos grandes países
produtores, ao aumento de consumo e crescimento populacional, o mundo
tem sofrido com crises de petróleo;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Redução
UFRN/DPET/2019.1

Produção
Pico
mundial

Peak
Oil
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Além da busca de novas fontes de energia, mudanças nas tecnologias de


exploração e recuperação podem resultar em significativo incremento da
produção, reduzindo o impacto da escassez;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• A exploração em águas profundas e de jazidas de óleos pesados (heavy oil)


são alternativas que minimizam os efeitos da eminente falta de petróleo no
UFRN/DPET/2019.1

mundo;

• As regiões consideradas como novas fronteiras para a exploração são:

- Golfo do México;
- Costa Oeste do Continente Africano;
- Mar do Norte;
- Plataforma Continental Brasileira;
- Pacífico Asiático.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

As experiências na o aparecimento de
UFRN/DPET/2019.1

exploração e ambiente propício à


produção em águas deposição de parafinas e
profundas e hidratos, tornando-se
o aumento da
ultraprofundas na diminuição da necessária o fornecimento
pressão com as de potência crescente aos
costa brasileira têm temperatura;
distâncias equipamentos, bem como
mostrado que as necessidade de assistência
dificuldades estão remota e sistemas de
relacionadas com: controle avançado.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• A elevação artificial do petróleo consiste na utilização de


equipamentos e tecnologias para promover um aumento na
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

vazão de poços de óleo ou gás. Apesar de não existirem dados


estatísticos, sabe-se eu mais de 90% dos poços produtores no
mundo produzem por algum tipo de método de Elevação
UFRN/DPET/2019.1

Artificial;

• Os sistemas de produção em terra (onshore) são usualmente


mais simples se comparados a sistemas marítimos (offshore), onde
os processos de perfuração, produção, tratamento e
armazenamento devem ser feitos de uma ou mais estruturas
centralizadas instaladas a uma determinada profundidade,
diferentemente das estruturas terrestres;
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• O aumento da produção se dá pelo incremento das pressões de


fluxo com a finalidade de colocar poços em produção no início de
sua vida útil ou quando, após algum tempo operando como
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

surgente, ocorre depleção (perda de pressão) e as vazões de


produção não são economicamente satisfatórias;
UFRN/DPET/2019.1

• A instalação de fontes de potência tem como objetivo estabilizar


a produção, incrementando o lucro da operação tanto em poços
produzindo em terra ou em mar. A seleção do método de elevação
mais adequado depende de vários fatores e demanda um estudo
complexo das condições existentes no campo produtor.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
FATORES QUE INFLUENCIAM NA SELEÇÃO DO MÉTODO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

DE ELEVAÇÃO
Número de poços
Profundidade de elevação
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Vazão de produção
RGL
Viscosidade dos fluidos
Tipo de óleo
UFRN/DPET/2019.1

Produção de areia
Mecanismos de produção
Diâmetro e estado do revestimento
Acesso ao poço
Lâmina d´água
Disponibilidade de energia elétrica
Disponibilidade de gás
Distância das facilidades de produção
Equipamento disponível
Pessoal disponível
Investimento
Custo operacional, segurança, etc.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Principais métodos de Elevação Artificial

➢ Bombeio Mecânico (BM)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ Gas Lift Contínuo (GLC)


UFRN/DPET/2019.1

➢ Gas Lift intermitente (GLI)

➢ Bombeio Centrífugo Submerso (BCS)

➢ Bombeio por Cavidades Progressivas

➢ Plunger Lift

➢ Pistoneio, Bombeio Pneumático Zadson, Pig Lift, Bombeio Hidáulico a


Jato
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

DADOS DA PRODUÇÃO PETRÓLEO POR MÉTODO NO BRASIL

MÉTODO PERCENTUAL
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Bombeio Mecânico 70%

BCP 11%
UFRN/DPET/2019.1

GLI 6%

GLC 6%

BCS 3%

Surgência 3%

Outros 1%
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3.2 Método de Elevação Artificial por GAS LIFT

Histórico
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Em 1797, Alemão Carl Emanuel Löscher – descrição de um método de injeção de ar


comprimido para bombear líquidos. Texto intitulado “Aerostatisches Kunstgezeug”;
• Por volta de 1862, Empire #1 well, primeiro poço, inicialmente produzindo 3000 bpd por
UFRN/DPET/2019.1

elevação natural e que teve a produção finalizada após oito meses de funcionamento.
Utilização de um injetor de ar;
• 1864, patente de Thomas Gunning. Ejetor;
• Até 1900, injeção de ar com a finalidade de elevar água. Avaliações empíricas;
• Utilização de gases nas vizinhanças do poço;
• 1901, utilização no Texas, Lousiana, planta de compressão de ar;
• 1911, testes iniciais com o gás natural. Transição de “Air Lift” para “Gas Lift”;
• Inicialmente resultados não satisfatórios. Testes entre 1920 e 1950;
• 1975, Buford Neely define um sistema de elevação por GL;
• Atualmente, utilização do GL contínuo que se assemelha à produção por elevação natural.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
3.2 Método de Elevação Artificial por GAS LIFT

Definição
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• No processo, um gás proveniente de uma fonte de alta pressão é


introduzido para gaseificar a coluna de fluido (Gas Lift contínuo), ou
para deslocá-la de uma determinada profundidade até a superfície
UFRN/DPET/2019.1

(Gas Lift intermitente);

• É a forma de Elevação Artificial que mais se assemelha ao processo


de fluxo natural, podendo ser considerada uma extensão do processo
de Elevação Natural. Fluxo na Superfície
Injeção de Gás

Fluxo na Coluna de
Produção

Fluxo no
Reservatório
Características Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

❖ O método de elevação por Gas Lift consiste na injeção de gás em um


determinado ponto da coluna de produção de forma contínua para gaseificar
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

a coluna diminuindo a densidade do fluido (Gas Lift contínuo - GLC), ou


intermitentemente (Gas Lift intermitente - GLI), para deslocamento do fluido,
através da injeção de volumes elevados de gás pressurizado para deslocar
golfadas de líquido;
UFRN/DPET/2019.1

❖ É a primeira escolha quando se trata da produção em alto mar (offshore).


Produção de até 50.000 bpd em profundidades elevadas;

❖ É flexível em termos de modificações no projeto inicial, permitindo


intervenções nos poços para reparos sem a necessidade de intervenções com
sonda (workover);

❖ As maiores limitações do Gas Lift estão relacionadas à necessidade de uma


fonte confiável de gás de alta pressão e às distâncias dos poços produtores a
tal fonte, o que pode limitar a sua utilização. Outras desvantagens são a
necessidade de separar o gás do óleo produzido e a corrosão que pode ser
ocasionada nos equipamentos pelos gases injetados.
Outras caracerísticas

confiável

de baixo custo
quando
comparado a
alguns outos
métodos de
mesmas
características de
produção
GAS LIFT
tolerante na
presença de
areias e
outros sólidos

adequado
para a
produção de
poços
desviados
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

O sistema completo de um poço operando por Gas Lift é composto por:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- Fonte de gás de alta pressão

- Controladores de injeção de gás na superfície (choke no caso do GLC


UFRN/DPET/2019.1

ou motor valve no para o GLI);

- Controlador de injeção de gás na subsuperfície (válvulas de Gas Lift);

- Equipamento para separação e armazenamento dos fluidos produzidos


(separadores, tanques, etc).
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Sistema de Elevação Artificial operando por Gas Lift


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equipamentos

✓ Os sistemas de produção por GLC e GLI são semelhantes e compostos


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

basicamente das fontes de gás pressurizado (compressores), controladores


de injeção de gás de superfície, válvulas de Gas Lift, instaladas na coluna de
produção, equipamentos de separação de óleo e gás e equipamentos de
armazenamento dos fluidos produzidos;
UFRN/DPET/2019.1

✓ Os compressores são os maiores equipamentos da instalação. Os


controladores de injeção de gás na superfície ou reguladores de fluxo são o
motor valve no caso do GLI e para o GLC, o choke;

✓ As válvulas de Gas Lift são o coração do sistema e regulam as pressões do


poço na subsuperfície através do controle da injeção do fluxo de gás, além de
facilitar a retirada do fluido de amortecimento do poço (descarga). São
componentes de fundo colocadas dentro de mandris, instalados na coluna de
produção. A válvula é aberta pelo aumento da pressão de injeção em relação
à pressão do revestimento e no período em que ela permanece aberta o gás
é injetado para produzir fluidos.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equipamentos de uma instalação de Gas Lift Contínuo


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Vantagens de utilização Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

➢ Para um sistema já instalado, o custo de equipamentos é geralmente mais baixo que para
outras formas de Elevação Artificial, particularmente para poços profundos;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ Em termos de flexibilidade não pode ser comparado com outro método de elevação, as
instalações podem ser projetadas para pequenas ou grandes profundidades, para produzir
de um a milhares de barris por dia;

➢ A produção pode ser controlada da superfície;


UFRN/DPET/2019.1

➢ A produção de fluido com material abrasivo não afeta os equipamentos de Gas Lift na
maioria das instalações;

➢ O pouco movimento relativo entre as partes num sistema de Gas Lift proporciona uma
longa vida útil comparado a outros métodos de elevação;

➢ Os custos operacionais são usualmente, relativamente baixos;

➢ O principal equipamento do sistema de Gas lift (o compressor de gás) é instalado na


superfície, facilitando a inspeção e manutenção;
Limitações na utilização Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

➢ Necessidade de gás disponível em altas pressões. Em algumas instâncias,


ar, gases de exaustão e nitrogênio podem ser usados, mas são geralmente
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

mais caros e mais difíceis de trabalhar;

➢ Uma grande distância entre o poço e a fonte de alta pressão de gás pode
UFRN/DPET/2019.1

limitar seu uso. Esta limitação pode ser contornada, em alguns poços, através
do uso de capa de gás como fonte de gás de elevação e o retorno desse gás
para a capa dando-se através da injeção em outro poço;

➢ O gás misturado ao óleo tem que ser separado e tratado na superfície;

➢ Gás corrosivo pode aumentar os custos operacionais, sendo necessário


tratá-lo ou secá-lo antes de usá-lo para elevação;

➢ O custo de instalações inicial é alto (considerando-se compressores e


linhas de injeção), tornando-se atrativo quando o número de poços cresce.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Válvulas de Gas Lift

- As válvulas de Gas Lift são, fundamentalmente, válvulas de pressão


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

introduzidas entre a coluna de produção e o revestimento. São


alojadas em tubos denominados mandris;

- Uma válvula de Gas Lift é projetada para permanecer fechada até


UFRN/DPET/2019.1

certas condições de pressão no anular e no tubo. Quando a válvula


abre, permite passar por ela gás ou fluido do anular para a coluna de
produção. A válvula de Gas Lift pode também ser arranjada para
permitir passagem de fluxo do duto para o anular;

- As principais funções das válvulas de GL são:


➢ Facilitar a operação de descarga do poço, ou seja a retirada do fluido de
amortecimento (válvula de descarga);
➢ Controlar o fluxo de gás, do anular para o interior da coluna de
produção, em profundidades pré-determinadas.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Válvulas de Gas Lift


Fechada Aberta
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Válvula de Gas Lift instalada em mandril lateral


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Tipos de instalação de Gas Lift

A escolha das instalações de Gas Lift podem ser influenciadas principalmente


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

pelo tipo de Gas-Lift a ser empregado, GLI ou GLC. Além disso, outros fatores
como tipo de completação do poço, possibilidade de produção de areia,
comportamento futuro da IPR em função da produção acumulada, etc. Os
tipos mais comuns são:
UFRN/DPET/2019.1

Instalação aberta – coluna de produção fica suspensa na cabeça de


produção, sem packer e sem válvula de pé. Só pode ser utilizado em poços
com boa produtividade e elevada pressão de fundo. Selo de fluido no fundo
do poço evitando que o gás atinja a extremidade da coluna;

Instalação semifechada – utiliza o packer para vedar o espaço anular.


Possui vantagens em relação à anterior pois não haverá retorno de fluido
para o anular após operação de descarga. Nível de fluido no anular
permanece estável;
Instalação fechada – empregada em poços que produzem por GLI. A
válvula de pé serve para impedir o retorno dos fluidos ao reservatório
durante a injeção.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Tipos de instalação de Gas Lift


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Descarga de um poço de Gas Lift

Para que um poço seja equipado para produzir com GL, o mesmo é
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO


primeiramente amortecido com um fluido de densidade controlada,
que fornece uma pressão no fundo maior que a pressão estática;
UFRN/DPET/2019.1

◼ Com o objetivo de habilitar a injeção de gás pela válvula operadora


de GL e colocar o poço em produção é necessário remover o fluido de
amortecimento. O processo de retirada desse fluido através da
injeção de gás do espaço anular para a coluna é denominado de
descarga do poço ou kick-off;

◼ Após finalizada a operação de descarga, o poço estará apto a operar


por GL, quando a última válvula da coluna de produção (a mais
profunda) estiver descoberta permitindo a passagem de gás, e as
demais, acima dela, estiverem fechadas (o que se dará quando a
pressão no revestimento estiver abaixo de um valor de operação).
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Sequência da operação de descarga do poço Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Operação de descarga do poço


Fonte: THOMAS, J. E. et al, Fundamentos da Eng do Petróleo, 2001
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Projeto de uma instalação de Gas Lift

✓ Projeto de instalações que atendem as condições de produção do presente


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

e poderá atender condições futuras;

✓ As variáveis que irão afetar a produção do poço são o tipo de válvula de


Gas Lift, o tipo de instalação, o espaçamento entre as válvulas, o
UFRN/DPET/2019.1

comprimento da tubulação e os equipamentos de supefície;

✓ As válvulas de Gas Lift irão inicialmente descarregar o poço e depois


controlar a injeção de gás;

✓ A localização das válvulas na coluna de produção é função da pressão


disponível para descarregar o fluido, do peso do gradiente do fluido no poço
no momento da descarga, da curva IPR do reservatório e da pressão na linha
de escoamento na superfície. Em muitos casos a IPR é desconhecida. A
seleção de uma vazão de descarga serve como parâmetro para assegurar que
a instalação produza a vazão de fluido do projeto.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Típica instalação de Gas Lift
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

GAS LIFT CONTÍNUO (GLC)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Características

- É um método similar à elevação natural;


UFRN/DPET/2019.1

- Baseia-se na injeção contínua de gás a alta pressão na coluna de


produção com o objetivo de gaseificar o fluido desde o ponto de injeção à
superfície. Até certos limites aumentando-se a quantidade de gás na
coluna de produção, ocorre uma diminuição no gradiente médio de
pressão, com diminuição da pressão de fluxo no fundo e aumento da
vazão;

- Cerca de noventa e cinco por cento (95%) dos poços que produzem por
Gas Lift utilizam GLC;
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

GAS LIFT CONTÍNUO (GLC)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- O gás é injetado de uma forma controlada e contínua. O controle na


superfície é feito pelo choke;

- Requer uma fonte de alta pressão e seu revestimento e linha de produção


UFRN/DPET/2019.1

devem resistir às pressões elevadas;

- Sua eficiência diminui com a diminuição da RGL ou RGO;

- Não há problemas com a produção em poços desviados e com alta


produção de areia;

- Flexível
e de simples projeto, aplicável a largas faixas de vazão, entre 50 bpd
e 50.000 bpd;

- Há uma relação entre a pressão mínima de fundo do poço e as propriedades


do fluido.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Esquema de um poço produzindo por GLC


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Produção por GLC (vídeo)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Diagrama de Fluxo para o GLC

Considerando um gradiente médio de pressão abaixo do ponto de


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

injeção de gás e um gradiente médio de pressão acima do ponto de


injeção de gás, teremos para a pressão de fluxo no fundo do poço:

p wf = p h + G fa L + G fb (D − L )
UFRN/DPET/2019.1

Onde:
pwf = pressão de fluxo no fundo do poço, em frente aos canhoneados;
pwh = pressão de fluxo na cabeça do poço;
Gfa = gradiente dinâmico médio acima do ponto de injeção de gás;
Gfb = gradiente dinâmico médio abaixo do ponto de injeção de gás;
L = profundidade da válvula operadora;
D = profundidade dos canhoneados (área fraturada do reservatório
para possibilitar o fluxo do fluido produzido);
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Gradiente de pressão em um poço produzindo por Gas Lift Contínuo


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
GAS LIFT INTERMITENTE (GLI)

Características
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ Baseia-se no deslocamento de golfadas de fluido para a superfície através da injeção de


gás a alta pressão na base das golfadas. A injeção de gás possui tempos bem definidos e
normalmente é controlada na superfície por um intermitor de ciclo e uma válvula
controladora (motor valve);

➢ Possui as mesmas características gerais do GLC, geralmente é menos eficiente;


UFRN/DPET/2019.1

➢ Normalmente sua aplicabilidade se restringe a poços com baixa pressão de fundo (alto
ou baixo IP) e poços com alta pressão de fundo mas baixo IP;

➢ Consumo muito alto de injeção de gás;

➢ Utilizado para baixas faixas de vazão;

➢ Injeção de gás intermitente e produção de líquido podem interromper o sistema de


produção. Problemas com slug severo;

➢ Problemas com a perda por escorregamento e a penetração do gás na golfada;

➢ Pode ser utilizado com o Plunger Lift, para evitar retorno de fluidos e melhorar
problemas com incrustações, hidratos e outras deposições.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

PARÂMETROS DE ESCOLHA ENTRE GLC E GLI


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

PRESSÃO ESTÁTICA IP ALTO IP MÉDIO IP BAIXO


DO RESERVATÓRIO
ALTA GLC GLC/GLI GLI

MÉDIA GLC/GLI GLC/GLI GLI


UFRN/DPET/2019.1

BAIXA GLI GLI GLI

CRITÉRIO UTILIZADO PARA CLASSIFICAÇÃO DE IP´s e Pe´s

IP (m³/d)/(kgf/cm²) Pressão estática (pe =pr )

ALTO(A) Maior que 2.26 Suporta coluna de fluido igual ou superior a


70% da profundidade do poço
MÉDIO(A) Entre 0.68 e 2.26 Suporta coluna de fluido entre 40% e 70% da
profundidade do poço
BAIXA Menor que 0.68 Suporta coluna de fluido inferior a 40% da
profundidade do poço
Fonte: apostila do Nereu sobre AL, GL
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
➢ De natureza cíclica, o Gas Lift Intermitente (GLI) é adequado para poços
que produzam vazões relativamente baixas (<32 m³/d) ou com baixos índices
de produtividade (IP);
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ É geralmente aplicado em resposta ao declínio da pressão do reservatório,


quando o GLC não atinge a eficiência desejada e não estabiliza a produção, o
que pode ser caracterizado pela relação econômica entre o volume de gás
injetado e o volume de óleo recuperado. Além disso, no caso da
UFRN/DPET/2019.1

infraestrutura de Gas Lift já existir, os custos podem ser menores na aplicação


do GLI do que utilizando outras formas de elevação;

➢ Em termos de sistema de produção, o GLI difere do GLC porque no GLI a


injeção é deliberadamente paralisada para permitir o acúmulo de fluidos do
poço na coluna de produção;

➢ Fator fundamental no projeto de Gas Lift Intermitente é a obtenção da


vazão de óleo a ser produzida na superfície, que é determinada através do
cálculo do volume de cada golfada recuperado na superfície e do número de
ciclos que podem ser executados por dia pelo sistema.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Esquema de um poço produzindo por GLI
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Ciclo do processo de intermitência do GLI

O ciclo de intermitência corresponde às fases que ocorrem para a elevação de


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

uma golfada de fluido até a superfície. O tempo do ciclo corresponderá ao tempo


decorrido entre duas aberturas consecutivas da válvula operadora. Dependendo
das características de profundidade e produtividade, este tempo pode demorar
de minutos a horas. Os períodos do ciclo de intermitência são:
UFRN/DPET/2019.1

1) Período de alimentação – o controlador de injeção de gás na superfície


e a válvula operadora estão fechados. A válvula de pé está aberta e o fluido do
reservatório se acumula na coluna de produção. A pressão de fluxo do fundo do
poço deve ser reduzida ao mínimo. O comprimento da golfada vai depender da
pressão estática do reservatório, da pressão na cabeça do poço e do tempo
decorrido até a abertura da válvula operadora;

2) Período de injeção – intermitor e válvula operadora abertos. O gás é


injetado e entra na coluna de produção através da válvula operadora e desloca o
gás até a superfície. A válvula de pé está fechada, devido á pressão do gás;

3) Período de redução de pressão – intermitor de ciclo fecha, cessando a


injeção de gás para o anular do poço. A válvula operadora permanece aberta até
que a redução de pressão no anular ocasione o seu fechamento. A válvula de pé
permanece fechada até que a pressão na extremidade inferior da coluna seja
menor que a pressão do reservatório. Gás injetado vai para o vaso separador.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Ciclo do processo de intermitência
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Ciclo do GLI
Fonte: TACÁCKS G., Gas lift manual, 2005
Determinação da vazão Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

A vazão de um poço que produz por GLI é função do número de ciclos de injeção por dia
e do volume da golfada. A ciclagem máxima recomendada considera um tempo mínimo de 1
minuto para cada 100 metros de elevação. Assim a ciclagem máxima será:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Nmax=1440/(Lvo/100)
onde:
Nmax = ciclagem máxima de um poço por GLI (ciclos/d);
UFRN/DPET/2019.1

Lvo= profundidade da válvula operadora;

A vazão máxima para um poço operando por GLI será:

qmax=Nmax*Vgf
onde:
qmax= vazão máxima esperada para um poço produzindo por GLI;
Vgf= volume da golfada produzida na superfície;

O volume de cada golfada recuperado na superfície é estimado-se pela equação


Vgf=[(Pt-Pwh)/Gs]*[1-FB*(Lvo/100)]
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

onde:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Pt = pressão no interior da coluna de produção em frente à válvula


operadora no instante de sua abertura (kgf/cm2)
UFRN/DPET/2019.1

Pwh = pressão na cabeça do poço, normalmente considerada como


sendo a pressão do vaso separador (kgf/cm2)

Gs = gradiente estático do fluido no poço (kgf/cm2/m)

FB= valor estimado do escorregamento do fluido (1,5% a 2,0%)


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Exercício
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400
0
500
curva do gradiente
1000
de gás
1500
ponto de injeção de
UFRN/DPET/2019.1

2000
RGL dp=100psi
2500 total
3000 ponto de NO ANULAR
3500 equilíbrio NA COLUNA
4000 DP-100
4500
RGL da
5000 formação
5500
6000
6500
7000
7500
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

CORREÇÃO DA
TEMPERATURA
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

GRADIENTE DE
PRESSÕES - BROWN
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cálculo da pressão de injeção:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Resolução da equação de balanço de energia sem considerar perdas


por fricção e modificações drásticas na energia cinética no
revestimento:
inj dp 1 H
 
UFRN/DPET/2019.1

+ dH = 0
surf  144 0

Verificar sentido de
fluxo!!!!

Fonte: Michael Economides,


Petoleum Production Systems
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
PPhh
PRESSÕES NA INJEÇÃO.
coluna
coluna anular
anular PONTO DE EQUILÍBRIO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

(equação básica de projeto)

p wf = p h + H inj   + (H − H inj ) 
 dp   dp 
 dz  a  dz  b
UFRN/DPET/2019.1

No ponto de equilíbrio:

p wf − (H − H inj )  = H inj   − p h
 dp   dp 
 dz  b  dz  a

pwf = ph + p

pwf = f (GLR, q, h, prop _ fluidos)


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equações iniciais para determinação dos parâmetros de projeto:


0 , 01875H inj
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

pinj = psurf (e ZT
)  tentativa e erro

ou utilizar a equação aproximada por série de Taylor ( = 0,7; Z = 0,9; T = 600 R)


UFRN/DPET/2019.1

H inj
pinj  psurf (1 + )
40000

E a potência do compressor em HHP será :


 psurf  0, 2 
HHP = 2,23(10 − 4 )q g   − 1
 pin  
A vazão de injeção poderá ser calculada através da equação :

q g = ql (RGL2 − RGL1 )
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
3.3 Método de Elevação Artificial por Plunger Lift

Características
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

➢ Características similares à elevação por Gas Lift intermitente, considerado


uma variação deste;

➢ O método de elevação por Plunger Lift consiste no acúmulo, por um


UFRN/DPET/2019.1

determinado período de tempo, de uma quantidade de líquido sobre um


pistão que se desloca no interior da coluna de produção fazendo a elevação da
golfada de líquido pela expansão de gás pressurizado proveniente de uma
fonte externa ou do próprio reservatório;
➢ O pistão funciona como uma interface mecânica utilizado para impedir o
retorno do líquido ao fundo do poço (fallback) e, no caso de poços com
problemas de deposição de parafinas, incrustações e hidratos faz a "raspagem"
da mesma, devido ao seu movimento no interior da coluna, evitando o
acúmulo de depósitos;
➢ Em poços produtores de gás o Plunger Lift irá auxiliar na eliminação da
formação de líquidos como a água, através da remoção contínua dos fluidos
acumulados no fundo do poço.
➢ Aplicações usuais: Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

- em poços onde há disponibilidade de gás para elevação, proveniente


de uma fonte externa ou do próprio reservatório.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- indicado quando a formação apresenta baixas pressões estáticas;


UFRN/DPET/2019.1

- muitas vezes é utilizado apenas para manter o poço em surgência,


até a instalação de outro método;

- em poços de óleo com alta RGO, em poços de óleo que operam com
Gas Lift intermitente (GLI) para a redução do escorregamento (fallback) e/ou
a redução da RGL de injeção;

- em poços de gás para remoção de condensado ou água;

- poços de óleo ou gás para prevenção de deposição de parafina e/ou


scale na coluna de produção.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Dentre as desvantagens na utilização do método podem ser citadas:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- necessidade de uma RGL mínima para operação


(normalmente maior que 70 m³/m³ para cada 300 m de
profundidade);
UFRN/DPET/2019.1

- requer colunas de produção sem restrições ou interferências.


Os desvios de trajetória e profundidade dos poços são fatores a serem
considerados para sua aplicação;

- devido às golfadas severas geradas na linha de produção,


pode provocar distúrbios no sistema de controle dos vasos e
dificuldades na medição de vazões e BSW;

- necessita de um sistema de controle automático para operar e


apresenta complexidade na otimização do modo de operação.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Funcionamento do PL (vídeo)
Instalação típica de um poço operando por Plunger Lift
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Ciclo de operação de um poço operando Plunger Lift


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

1. After flow (pós-fluxo)


Quando o pistão atinge a superfície, o sensor acusa sua chegada e é
iniciada a contagem de tempo de after flow pelo controlador, ou seja,
o tempo de permanência do pistão na superfície em que a válvula de
UFRN/DPET/2019.1

ciclo permanecerá aberta, permitindo que a golfada de líquido circule


na linha de produção. O tê de fluxo descarrega o gás em excesso e o
pistão permanece acima deste.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

2. Buildup (fechamento)
Após tempo previsto para o pós-fluxo, o controlador determina o
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

fechamento da válvula de ciclo e tem início a contagem do buildup.


Durante este período o gás injetado e o líquido na coluna são
mantidos confinados ocasionando aumento de pressão no anular e
na coluna de produção. Ocorre a separação no fundo entre a massa
UFRN/DPET/2019.1

gasosa e o líquido. Neste tempo ocorre a descida do pistão.


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3. Viagem do pistão
Inicia-se com a abertura da linha de produção e se encera com a
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

chegada do pistão à superfície. Após o período de buildup, o sistema


acumulou no espaço anular, massa de gás tal que a pressão no poço é
agora bem maior que no seu início. Neste momento o controlador
comanda a abertura da válvula de ciclo e, com isso, promove um
UFRN/DPET/2019.1

diferencial de pressão no fundo do poço, entre espaço anular e coluna


de produção, ocorre então, a aceleração da massa de líquido
acumulada no interior da coluna de produção, juntamente com o
pistão, no sentido ascendente.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

4. Produção
Após percorrer toda a extensão da coluna de produção, o plug de
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

líquido chega à superfície e é conduzido para linha de produção


através do tê de fluxo. O pistão ao chegar à superfície é recebido no
lubrificador, fazendo acionar mais uma vez, através do sensor de
chegada, o início de um novo ciclo.
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Ciclo completo de operação de um poço operando por Plunger Lift


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

After flow Buildup Viagem do pistão Produção


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Instalações de Plunger Lift

1. Plunger Lift Convencional (sem packer)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Tipo mais comum de instalação em poços produtores de líquido, utilizada


em poços com alta RGL e na remoção de líquido acumulado no fundo dos
poços de gás;
UFRN/DPET/2019.1

• Gás necessário é suprido pelo próprio poço e enquanto o líquido é


acumulado no fundo, a linha de produção é mantida fechada;

• A pressão sobe no anular, devido ao acúmulo de gás;

• Pode ser classificado quanto à RGL de produção em Autônomo (operando


apenas com o gás da formação), com Dreno (extrai o excesso de gás através
de uma válvula no revestimento) ou Assistido (recebe suplemento de gás
através da linha de injeção).
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Instalações de Plunger Lift


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

2. Plunger Lift com packer – tipo de instalação pouco frequente.


Limita-se sua utilização a poços de gás para remoção de líquido
acumulado no fundo do poço. Ao se abrir a linha de produção, a
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

subida do pistão se dá pela expansão do gás proveniente do


reservatório.
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3. Plunger Lift com GLI (ou GLI com interface mecânica) – utilizado
geralmente em poços profundos com baixa pressão estática e grande
IP. A eficiência da elevação ocorre pela ação do selo mecânico do
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

pistão entre o gás de injeção e a golfada do líquido. Gás necessário é


suprido por uma fonte externa. A principal utilidade do pistão neste
tipo de instalação é a redução do fallback, diminuindo a pressão que
UFRN/DPET/2019.1

vem da formação, aumentando a pressão de líquido, permitindo uma


melhor utilização da energia do gás. Alternativa na produção por BM.

Válvula de Gas Lift


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Tipos de sistema operando por Plunger Lift


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equipamentos

de subsuperfície
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Conjunto mola + tubing stop


UFRN/DPET/2019.1

✓ Instalado na extremidade inferior da coluna de produção com a finalidade de servir de


fim de curso e oferecer amortecimento à queda do pistão;
✓ Pode ser assentado e retirado com wireline;
✓O assentamento pode também ser realizado simplesmente deixando-o cair por gravidade,
desde que a altura do fluido na coluna de produção seja pequena.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equipamentos

de subsuperfície
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Pistão
✓ Parte móvel do sistema e tem a função agir como interface mecânica entre o gás e o
UFRN/DPET/2019.1

líquido produzido;
✓ Existem vários tipos: metálicos ou de escovas, rígidos ou expansíveis, com ou sem válvula
de by-pass. Os pistões metálicos se caracterizam pelo peso que aumenta a garantia de
queda. Os expansíveis (permitem uma melhor selagem durante a subida;
✓Os pistões com válvula de by-pass apresentam alta capacidade de penetração no líquido
durante o mergulho, reduzindo o tempo de viagem descendente.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Mandril e Válvula de Gas Lift


Apesar de não ser obrigatório o seu uso, mandris e VGLs podem equipar a coluna de
produção de poços com Plunger Lift para possibilitar sua partida ou reativação com o uso
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

do Gas Lift. A instalação destes equipamentos permite a total automatização do poço com
Plunger Lift, visto que toda operação de kickoff com gás pode ser gerenciada pelo
controlador. Para que não interfiram na selagem propiciada pelo pistão, os mandris de
descarga devem ser do tipo convencional com as VGLs roscadas externamente à coluna.
UFRN/DPET/2019.1

de superfície

Lubrificador
Instalado no topo da árvore de natal, possui internamente uma mola para amortecer os
impactos do pistão no final do curso ascendente. A tampa permite acesso ao interior da
coluna para colocação e retirada do pistão.

Sensor de chegada
Instalado entre a válvula mestra e o tê de fluxo, tem a função de detectar a chegada do
pistão à superfície de modo que quando o pistão passa “em frente” a ele, um sinal é
enviado ao controlador.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

lubrificador
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

sensor de chegada
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Manual catcher
Localizado entre a válvula mestra e o tê de fluxo, permite, sempre que necessário, prender-
se o pistão na superfície no momento da sua chegada, de modo a possibilitar sua retirada
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

para manutenção ou substituição.


UFRN/DPET/2019.1

Válvula motora e acessórios (ou de ciclo)


Instalada na saída do tê de fluxo, tem por finalidade a abertura e o fechamento cíclico do
poço, possibilitando assim a movimentação do pistão no interior da coluna.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Válvula de Controle e medidor de gás


A válvula de controle tipo globo com atuador pneumático e conversor
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

P/I, associada à medição da vazão instantânea de gás (injetada, ou


drenada), possibilita a regulação da RGL total necessária para o
melhor desempenho do sistema.
UFRN/DPET/2019.1

Controlador
Sua função é gerenciar a abertura e o fechamento da válvula de ciclo,
o controle da válvula de gás na superfície, a aquisição de dados do
poço, a comunicação com sistemas supervisores, etc. Atualmente
utilizam-se controladores programáveis e algoritmos de controle
dedicados que permitem o ajuste automático dos tempos de abertura
e fechamento da válvula motora, bem como permitem supervisão
telemétrica e operação remota durante as 24 horas do dia, reduzindo
a necessidade de intervenção do operador.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Dimensionamento

O dimensionamento de um sistema de Plunger Lift consiste em


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- Determinar o diâmetro da coluna de produção e dos


equipamentos de subsuperfície, do tipo de pistão e de cada um dos
UFRN/DPET/2019.1

tempos envolvidos;

- Serão definidos também a vazão de gás (ou a RGL) de


operação, a quantidade de gás a injetar (ou a drenar), as pressões
esperadas, as velocidades máxima e mínima admissíveis para a
viagem ascendente do pistão;

- As principais variáveis envolvidas no processo que devem ser


definidas são a RGL de operação, tempo de operação e tempo de
after flow. Softwares são ferramentas imprescindíveis na avaliação e
no dimensionamento do sistema.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3.4 Método de elevação artificial por Bombeio Centrífugo Submerso


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Definição

• O Bombeio Centrífugo Submerso é um método de elevação com aplicações


marítimas (offshore) e terrestres (onshore) em que o fluido é elevado pelo
UFRN/DPET/2019.1

aumento de pressão de fundo;

• Sistemas BCS convertem potência elétrica em Head (altura de elevação).

• A energia necessária no processo é gerada por uma bomba centrífuga de


múltiplos estágios que transmite energia ao fluido pelo incremento da
pressão;

• A bomba é acionada por um motor elétrico de subsuperfície e a energia


elétrica é transmitida ao motor por meio de cabos ligados à rede elétrica na
superfície.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Parâmetros do sistema (Fonte: Fuezi, 2013)


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Características

O BCS trabalha com uma larga faixa de vazões. Ideal para altas vazões de
líquido;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Apesar de ser complexo e de seu sistema elétrico apresentar-se como um


ponto fraco, necessitando de uma fonte confiável de energia, requer pouca
manutenção desde que corretamente instalado e operado;
UFRN/DPET/2019.1

Pode ser utilizado em poços desviados e horizontais, seus equipamentos


ocupam pouco espaço, sendo este, um dos fatores que o faz adequado para
produção em alto mar;

É passível de supervisão automatizada e controle. O custo de elevação reduz


com a produção;

Os custos de investimento estão diretamente relacionados à profundidade,


em função do cabo elétrico e potência do motor. Custos iniciais de instalação
relativamente altos;
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

A eficiência aumenta com a redução de RGL ou pela redução da RGO ou


ainda pelo aumento da vazão de água. Pode ter problemas com produção
excessiva de areia, incrustações e parafinas;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

O tamanho do revestimento não é crítico para vazões elevadas;

Requer operações de workover para remover uma unidade convencional


UFRN/DPET/2019.1

embora existam opções disponíveis de cabos e bobinas desdobráveis;

Necessita de uma fonte estável de eletricidade. O sistema elétrico (cabo,


motor e protetor) é muito sensível às temperaturas de operação;

Poderá ter problemas com fluidos de viscosidade elevada e


funcionamento a altas temperaturas;

A presença de gás livre no interior da bomba diminui a eficiência do


sistema, podendo inclusive ocasionar o bloqueio da passagem do fluido
através do sistema. Fenômenos como surging e gas locking.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Histórico

• A concepção do método de elevação por BCS é atribuída ao russo Armais


Arutunoff. Arutunoff, que nasceu em vinte e um (21) de junho de 1893 e
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

jovem começou a estudar os efeitos da transmissão de energia e a utilização


da potência de motores elétricos para auxiliar em atividades como a
perfuração de poços;

• Em 1911, começou a produzir motores elétricos que poderiam operar


UFRN/DPET/2019.1

submersos em óleo e fundou a companhia REDA (Russian Eletric Dynamo of


Arutunoff), até hoje conhecida em todo o mundo;

• Em 1916 projetou e construiu um estágio simples de uma bomba que,


operado pelo motor poderia retirar água de minas e navios. Arutunoff
emigrou para a Alemanha e em 1923 estabeleceu-se definitivamente nos
Estados Unidos da América;

• A primeira patente da bomba elétrica submersível foi obtida em mil


novecentos e vinte e seis (1926);
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Com o apoio da Petroleum Philips, no ano 1926, o primeiro conjunto


BCS operando com sucesso foi instalado no campo de El Dorado, Kansas,
nos Estados Unidos;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Em 1930 a Companhia REDA de bombas se instalou em Bartlesville e


durante as décadas posteriores os equipamentos projetados e
desenvolvidos por Arutonoff permaneceram como principais
UFRN/DPET/2019.1

componentes das unidades de BCS, experimentando inúmeras melhorias


e a incorporação de novas tecnologias;

• Durante o início da década 1970 os primeiros separadores de gás


rotativos puderam ser incorporados ao sistema;

• Outro fator determinante na evolução do método foi a instalação de um


mecanismo de transmissão de velocidade variável (Variable Speed Drive
- VSD) em 1977, que melhorou sensivelmente o desempenho da bomba
submersível;
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• A REDA fundiu-se com a TRW (Thompson, Ramo e Woolridge) em 1969


e em 1988 tornou-se uma divisão da Camco Inc. Em 1998 a Schlumbeger
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

adquiriu a Camco Inc. e sua divisão de bombas centrífugas tornou-se a


companhia Schlumberger REDA Production Systems;

• Arutunoff faleceu em 1978, deixou mais de noventa (90) patentes


UFRN/DPET/2019.1

relacionadas ao projeto de equipamentos para BCS e seu trabalho foi


crucial para tornar o Bombeio Centrífugo Submerso um dos métodos de
Elevação Artificial mais utilizado em todo mundo.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equipamentos

de superfície
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Quadro de comando
UFRN/DPET/2019.1

• Contém equipamentos de proteção e controle de carga (chave p/ ligar e


desligar o conjunto de fundo, amperímetro, relés de sobrecarga e
subcarga, temporizador que liga o motor automaticamente após o
desligamento por subcarga);

• Monitora e faz o registro dos mais importantes parâmetros de


operação;

• A unidade completa recebe energia dos transformadores que têm a


função de transformar a tensão da rede elétrica na tensão nominal do
motor;
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Funcionamento deficiente ou incorreto da fonte de alimentação de


superfície pode causar problemas e o quadro de comando é projetado
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

para proteger tensões de entrada demasiadamente baixas ou


demasiadamente altas, desequilíbrio da tensão, tensões transientes (por
exemplo, curto circuitos), dentre outros;
UFRN/DPET/2019.1

• Protege o sistema BCS dos problemas que ocorrem nos equipamentos


de subsuperfície como a sobrecarga do motor, desempenho não
satisfatório da bomba e número excessivo de partidas;

• Especificado pela tensão e corrente.


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Transformadores
Na maioria dos casos, a voltagem dos equipamentos de superfície não é
compatível com a voltagem do motor e transformadores devem ser
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

utilizados para corrigir a voltagem. A distribuição de energia nos campos


de petróleo é geralmente feita à 6.000 volts ou mais alta, enquanto que
os equipamentos de BCS operam entre 250 e 4.000 volts.
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Caixa de ventilação (junction box)


Tem a função de unir os cabos de superfície e de fundo, fazer circular
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

para a atmosfera gases vindos do interior do poço e permitir fácil acesso


aos equipamentos de fundo.
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cabo elétrico
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• O cabo elétrico trifásico circula desde a superfície, por toda coluna de


produção levando a energia elétrica que irá acionar o motor;

• Deve ser projetado para trabalhar sob condições adversas como altas
UFRN/DPET/2019.1

temperaturas, fluidos agressivos e presença de hidrocarbonetos e gases;

• Deve suportar esforços mecânicos;

• Os cabos de seção transversal circular são geralmente utilizados na


coluna de produção onde há mais espaço;

• Os cabos chatos são utilizados em locais onde não há espaço disponível


para cabos redondos;
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cabo elétrico
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

A partir da cabeça de descarga, o espaço anular entre o conjunto de


fundo e o revestimento, em geral não permite a passagem de um cabo
redondo;
UFRN/DPET/2019.1

Utiliza-se então, um trecho de cabo achatado desde o topo da bomba


até o motor;

A emenda entre o cabo chato e o redondo situa-se logo acima da cabeça


de descarga.

241
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

cabo chato
UFRN/DPET/2019.1

blindagem “jaqueta” isolamento condutor

cabo redondo
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Blindagem
UFRN/DPET/2019.1

243
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Cintagem do Cintagem do
cabo chato cabo redondo
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cabeça de poço
A cabeça de poço irá assegurar a passagem do cabo elétrico à coluna de
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

produção, suportar o peso da coluna e manter estável a pressão no


anular do poço.
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

250
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Variador de velocidade (Variable Speed Velocity - VSD)


Equipamento que retifica e converte para outra frequência para obter
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

uma melhor performance do sistema. Leis de Afinidade.


UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Vantagens

Partida suave do conjunto


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Ajuste dos parâmetros operacionais


Maior prazo para as intervenções
Flexibilidade
UFRN/DPET/2019.1

Desvantagens

Aumento de custo
Aumento de espaço necessário na superfície
Redução do fator de potência

Faixa de operação

Máxima: 30 a 90 Hz
Na prática: 50 a 70 Hz

252
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Quando a velocidade da bomba centrífuga é modificada, as curvas


características da bomba também modificam. Tais mudanças são
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

previsíveis e as equações que as regem são chamadas de Leis de


Afinidade.
UFRN/DPET/2019.1

• A nova vazão será proporcional à velocidade


• O novo Head será proporcional ao quadrado da velocidade
• A nova potência será proporcional ao cubo da velocidade

253
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Leis de Afinidade
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Cálculo de nova vazão


N 
Q2 = Q1  2 
 N1 
UFRN/DPET/2019.1

Cálculo de nova altura de elevação


2
N 
H 2 = H 1  2 
 N1 

Cálculo de nova potência


3
 N2 
Pot2 = Pot1  
 N1 

254
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Leis de Afinidade
Exercício
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

O ponto de melhor eficiência de uma bomba está a uma vazão de 1200 bpd, onde o Head
é de 23 ft e a potência de 32 Hp. A bomba opera normalmente a 3500 rpm e 60 Hz.
Encontre os parâmetros a 50 Hz (2917 rpm).
Cálculo de nova vazão
UFRN/DPET/2019.1

 2917 
Q2 = 1200   = 1000 .114bpd
 3500 

Cálculo de nova altura de elevação


2
 2917 
H 2 = 23  = 15.98 ft
 3500 

Cálculo de nova potência 3


 2917 
Pot2 = 32  = 18.52 Hp
 3500 

255
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

de subsuperfície
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: Oliva, 2013


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

O motor elétrico

• O motor elétrico submersível é de indução, trabalha com corrente


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

alternada, está no fundo da unidade e é responsável pelo fornecimento


de energia para a rotação e aceleração dos fluidos no interior da bomba
de modo que estes possam ser elevados;
UFRN/DPET/2019.1

• O deslocamento do fluido ocorre devido ao torque que é aplicado pelo


motor e é transmitido à bomba através de um eixo, provocando
movimento rotativo de alta velocidade no interior dos componentes da
bomba;

• O motor é resfriado pelos fluidos que circulam externamente em seu


perímetro. Deve suportar temperaturas elevadas em meio agressivo, na
presença de vários compostos químicos e areia.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

O motor elétrico

É do tipo trifásico e gira na velocidade de 3500 ou rpm, 60 Hz;


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Consiste em uma parte estacionária (estator) e outra rotativa (rotor),


montadas sobre o eixo;
UFRN/DPET/2019.1

Projetado para trabalhar em condições severas: altas pressões e


temperaturas elevadas;

O óleo mineral que preenche seu interior possui alta resistência dielétrica e
boa condutividade térmica, utilizado para resfriamento e lubrificação dos
mancais;

Os motores BCS podem operar com tensões entre 230 e 5000 Volts e
correntes entre 12 e 200 Ampères;

Uma elevação na potência será obtida com o aumento no comprimento ou


no diâmetro do motor.

258
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

▪ O motor é feito de rotores usualmente de comprimentos entre 12 e


18 polegadas, que são montados em um eixo, no interior de um
estator, protegido por um revestimento de aço;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

▪ O rotor é composto por um grupo de magnetos elétricos que são


arrumados de forma que seus polos fiquem posicionados em frente
UFRN/DPET/2019.1

aos polos do estator para gerar corrente elétrica. O rotor irá girar por
atração e repulsão dos polos. A velocidade em que o campo elétrico
do estator deve girar é dada por:
120 f
N=
polos
onde :
N = velocidade síncrona, em rpm
f = frequência, em ciclos/s
polos = número de polos magnéticos no motor
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• O torque do motor pode ser calculado através de sua velocidade


nominal através da equação:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Pot (5252 )
T=
N
onde :
T = torquedomotor, lb − pé
UFRN/DPET/2019.1

Pot = potência de saída do motor, HP


N = velocidade nominal do motor, rpm

• A eficiência do motor submersível varia com a carga e será a razão


entre a potência de saída (mecânica) e a potência de entrada
(elétrica). Expressa em percentagem.
1.732 (V ) I cos 
Potinput =
746
onde :
V = Tensão, lb − pé
I = corrente na linha
cos φ = fator de potência do motor
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Curva de desempenho do motor


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Motor elétrico
Dimensões e potências nominais
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

265
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

LUBRIFICAÇÃO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Altas temperaturas e pressões, condições severas de trabalho, imerso


UFRN/DPET/2019.1

no fluido de produção

O óleo mineral tem as funções de manter a resistência de isolamento


elevada, equalizar as pressões interna e externa do motor, lubrificar os
mancais do motor, promover a refrigeração do motor
(densidade entre 0.8 e 0.83)

Fluido dielétrico, deve ser conservado em ambientes fechado para não


perder suas propriedades
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

RESFRIAMENTO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Através do fluido de produção. Troca entre a carcaça e o fluido

Para ocorrer o resfriamento do motor, considerar:


UFRN/DPET/2019.1

Velocidade >1 ft/s (0,3 m/s). Colocação acima dos canhoneados para
garantir o resfriamento

 q 
v = 1.19(10 − 2 ) 2 
2 
 i
d − d o 

d i = diâmetro interno do revestimento ou do shroud (pol)


d o = diâmetro externo do motor (pol)
v = velocidade do fluido (ft/s)
= vazão
Proteção qno casodedefluido (bpd)
velocidades pequenas – utilização do shroud
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Exemplo:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

1. Verifique a velocidade do fluido que passa pelo anular considerando os


dados abaixo:

Série do motor 540


UFRN/DPET/2019.1

Revestimento 7” - 23 lb/pé
Diâmetro interno do revestimento 6,366 pol
Diâmetro externo do motor 5,4 pol
Vazão desejada 2200 bpd

v = 1.19(10 − 2 )
2200
= 2,30 ft / s OK!!!
(
6.366 2 − 5.4 2)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Selo do motor
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Conecta o motor à bomba;

• O selo possui várias funções que tornarão a operação mais segura para
UFRN/DPET/2019.1

a unidade;

• Equaliza pressões internas da unidade com a pressão do anular;

• Previne a contaminação do motor por fluidos da formação através do


isolamento e suporta as cargas da bomba.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Podem ser classificados como:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

do tipo labirinto

Princípio dos vasos comunicantes. Em função das densidades dos


UFRN/DPET/2019.1

fluidos de produção e do motor, estes não se misturam, embora estejam


em contato direto.
Poderá ocorrer contaminação do óleo no caso do desligamento do
motor e redução de temperatura. Também não é indicado para poços
com grandes inclinações.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

TIPO LABIRINTO
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Podem ser classificados como:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

do tipo bolsa
UFRN/DPET/2019.1

Possui uma bolsa no interior da carcaça com características que


permitem resistir às condições severas do ambiente do poço. A bolsa
absorve as expansões/retrações do óleo do motor. Não há contato direto
entre os fluidos.
Durante a expansão do óleo do motor, a bolsa permitirá a entrada
de fluidos em seu anterior ocasionando expansão desta.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

TIPO BOLSA
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

TIPO LABIRINTO TIPO BOLSA


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

A ESCOLHA DO SELO DEPENDE DA CONEXÃO COM O


FLANGE MOTOR (PARTE INFERIOR) E COM O FLANGE
INFERIOR DA BOMBA (PARTE SUPERIOR).
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Separador de gás
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓ A entrada da bomba ou intake permite o deslocamento do fluido para o


primeiro estágio da bomba e a remoção de baixas quantidades de gás;

✓ Separadores são utilizados para evitar gas locking e redução no Head.


UFRN/DPET/2019.1

Utilizados para RGL>100ft³/bbl;

✓ Atingem a eficiência de até 80%. A eficiência depende das vazões, viscosidade,


percentagem de gás livre versus volume total produzido;

✓ Podem ser rotativos ou estacionários – capacidade de manusear o gás;

✓ Separador de gás (séries CENTRILIFT)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Intake ou admissão da bomba


UFRN/DPET/2019.1

para um volume de gás menor,


que não afeta a eficiência do bombeio.

279
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Separadores de fundo centrífugo


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Estacionário Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Centrífugo
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

•Princípio da
mudança de sentido •Princípio da separação por
do fluxo; diferença nas densidades;
UFRN/DPET/2019.1

• Baixa eficiência. • Alta eficiência de separação


(acima de 50%).
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Bomba centrífuga
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• A bomba centrífuga de multiestágios utilizada em BCS é o coração do


sistema e é responsável pela elevação dos fluidos;
UFRN/DPET/2019.1

• Compostas de vários estágios superpostos;

• Cada estágio consiste em um impelidor rotativo (rotor) que transmite a


energia cinética sob a forma de velocidade ao fluido e um difusor
estacionário (estator) que converte a energia cinética do líquido coletado
do rotor em pressão e encaminha o fluido bombeado para o próximo
impelidor posicionando o fluido imediatamente acima.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Bomba centrífuga
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

283
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Eixo
UFRN/DPET/2019.1

Impelidor
Difusor

Separador de
gás
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
• O fluido entra na bomba através do impelidor, que gira em alta
velocidade acelerando o fluido que escoa entre as pás através canais do
impelidor e penetra no difusor onde é direcionado para a descarga do
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

estágio;

• Existem duas componentes de movimento que são conferidas ao líquido


pelo impelidor;
UFRN/DPET/2019.1

• Um movimento ocorre na direção radial, do centro para fora e é


ocasionado por forças centrífugas;

• A outra componente de movimento age na direção tangencial às pás e a


resultante das duas componentes fornece a exata direção do
escoamento;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

290
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• De acordo com a trajetória do fluido no interior do impelidor, as


bombas centrífugas utilizadas no método de elevação por BCS são
divididas e duas (02) categorias:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- as de fluxo radial, de menor capacidade de bombeamento,


alcançando uma capacidade de bombeamento de até três mil (3.000) bpd
ou aproximadamente quatrocentos e setenta e sete (477) m³/d;
UFRN/DPET/2019.1

- nas bombas de fluxo misto o fluido se desloca no estágio tanto na


direção axial como na direção radial. São utilizados para vazões elevadas
e também podem manusear o gás livre existente de forma mais
adequada.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

292
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ESCOAMENTO NO INTERIOR DA BOMBA
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

não uniforme
UFRN/DPET/2019.1

extremamente
complexo
tridimensional
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Equações de balanço de massa e de momento utilizadas para


descrever o escoamento no interior do impelidor, assumindo:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- escoamento isotérmico
- fluido incompressível
- eixo de simetria
UFRN/DPET/2019.1

- linhas de fluxo de forma similar ao canal


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Ângulos de inclinação das pás do impelidor


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Números de
canais pode
variar com o
diâmetro da
bomba tanto
para o
impelidor
(rotor) como
para o difusor
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Características de operação das bombas utilizadas em BCS


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Curvas de Desempenho, curvas características, curvas de performance


Head
Altura de
UFRN/DPET/2019.1

elevação Potência

Eficiência
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Head (Altura de elevação)

✓ Head é a capacidade de uma bomba centrífuga em elevar líquido até


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

uma determinada altura, é medido em unidade de comprimento,


geralmente "pés“ ou “metros”. Não depende da natureza do líquido
(densidade), contanto que a viscosidade seja próxima a da água, que é o
líquido utilizado nos testes experimentais para a confecção das curvas;
UFRN/DPET/2019.1

✓ Geralmente os testes comerciais com bombas são feitos com água,


considerando um estágio. Além disso, usualmente a gravidade específica
é considerada igual a um (1), a velocidade de rotação é de três mil e
quinhentos (3500) rpm, operando em uma frequência de sessenta (60)
Hertz;

✓ Na indústria do petróleo a norma que rege os testes com as bombas


centrífugas utilizadas em BCS é a "Recomended Practice for Electric
Submersible Pump Testing", API Recommended Practice 11S2.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ Em termos de pressão no ponto:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

(10.01) P
H=

UFRN/DPET/2019.1

onde H é o Head medido em metros, P é a pressão em (kg/cm²) 


correspondente ao peso da coluna estática sobre o fluido e é a
H=
(10.01) P gravidade específica ou densidade relativa do fluido que está operando
 na bomba;

✓ O cálculo total do Head da bomba é feito considerando as perdas de


energia de pressão estática, as perdas de energia cinética ou Head de
velocidade e as perdas por elevação ao longo do trajeto;

✓A diferença entre os termos de energia na descarga e na sucção


resultará no cálculo da capacidade de elevação da bomba.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
✓ A energia transmitida pela bomba aos fluidos é chamada de potência hidráulica e para o
seu cálculo são consideradas perdas por fricção, choques na entrada e na saída do impelidor
devido à mudança na direção dos fluidos e recirculação destes no interior da bomba;

✓A relação entre a potência hidráulica e a potência aplicada ao eixo da bomba para que
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

esta entre em operação (brake horsepower) é denominada eficiência da bomba e pode ser
representada como na equação abaixo:

✓ As curvas características das bombas centrífugas apresentam uma faixa de operação de


UFRN/DPET/2019.1

vazão (range de operação) na qual a bomba deve trabalhar para ter um funcionamento
estável e uma maior vida útil;

✓As bombas centrífugas utilizadas no Q H de elevação por Bombeio Centrífugo


 = método
Submerso são projetadas para operar dentro da faixa de operação e próximas ao ponto de
BHP
mais elevada eficiência (best efficiency point – bep).
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Velocidade específica

Parâmetro de projeto utilizado para comparar modelos de bombas


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Efeitos da viscosidade no desempenho das bombas centrífugas


utilizadas em BCS
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Performance afetada pela viscosidade:


- Redução na potência da bomba
- Redução no Head
UFRN/DPET/2019.1

- Redução na capacidade de bombeamento

Viscosidades
moderadas

• Teorias e correlações desenvolvidas com base em modelos


experimentais;
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Modelos estatísticos e correlações aproximados válidos para


determinadas condições tais como Head entre 6 ft e 600 ft e vazões,
viscosidades entre 4 e 3000 cstk ;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Fatores de correção para os dados das curvas das bombas, Instituto de


Hidráulica, TUALP, (Turzo, Tacaks, Zsuga (2000)):
UFRN/DPET/2019.1

- Um fator de correção para a eficiência


- Um fator de correção para a vazão
- Quatro fatores de correção para o Head
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Os fatores de correção serão

qvisc = Cq qw
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

hvisc = C H hw  C H 1 , C H 2 , C H 3 , C H 4
 visc = C w
UFRN/DPET/2019.1

• Quatro pontos para correção do Head


hvisc = C H hw  C H 1 , C H 2 , C H 3 , C H 4
C H 1 = 0.6qbep
C H 2 = 0.8qbep
C H 3 = 1.0qbep
C H 4 = 1.2qbep
• Alguns autores sugerem a utilização do primeiro ponto na curva de Head
sem correção da viscosidade e a correção da vazão no último ponto da curva.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Determinação de parâmetros intermediários


39 .5276 + 26 .5605 ln( ) − y
( )
q =e
* 51 .6565
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

y = −112.1374 + 6.6504ln( hwbep ) + 12.8429ln( qwbep )


 , viscosida de cinemática   , em cstk, q em bpd, h em ft.
UFRN/DPET/2019.1

• Coeficientes finais para a correção


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Modelo SSU (Saybolt Seconds Universal) – Fabricante


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Conversão da viscosidade
de cSt to SSU:
UFRN/DPET/2019.1

SSU = 2.273( +  2 + 158 .4 )

Fonte: ESP manual: design, operations,


and maintenance
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Colocação dos equipamentos no poço.


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

TDH - ALTURA DINÂMICA TOTAL


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Pd - Pressão
necessária para
superar a pressão
existente na linha de
UFRN/DPET/2019.1

vazão.

Hd - Distância vertical entre a


cabeça do poço e o nível
Ft - Perda por estimado de produção.
frição na
tubulação
TDH = Hd + Ft + Pd
TDH (Total Dynamic Head)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Registro da corrente de entrada do motor;


• Corrente apresentada;
• Gravações durante 7 dias;
UFRN/DPET/2019.1

• Utilizado para monitoramento do sistema


CARTA AMPERIMÉTRICA

CARTA AMPERIMÉTRICA
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Operação normal.
Motores funcionando
com caga prevista e
constante. O motor
deverá trabalhar em
uma potência próxima
UFRN/DPET/2019.1

a potência nominal
especificada pelo
fabricante, ou um
pouco menor.
No momento do “start-
up” (partida) será
observado um grande
aumento na corrente,
em virtude do
transiente elétrico.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Bloqueio em
função da
UFRN/DPET/2019.1

presença de gás
livre. Três
eventos.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Condição de pump off. Em


A, B, C, condições
semelhantes ao bloqueio de
gás. Redução de corrente em
D. Reinício automático após 1
hora. Talvez a unidade esteja
UFRN/DPET/2019.1

superdimensionada para a
aplicação. Cheque o nível de
fluido e as condições de
reservatório. A bomba pode
estar desgastada.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Análise semelhante ao bombeamento


em vazio. Subcorrente. Falsas
partidas. Ciclos mais frequentes, o
sistema é religado muito rápido
(automaticamente) e não há tempo
suficiente para permitir o acúmulo de
UFRN/DPET/2019.1

fluido. Situação deverá ser


rapidamente corrigida.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Presença de gás. Sistema operando


em situação próxima a de projeto, com
flutuações ocasionadas pela presença
de gás. Condição pode ser
considerada normal em muitas
aplicações se não ocorrer o bloqueio
UFRN/DPET/2019.1

de gás. Redução na produção.


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

O sistema funciona por


alguns segundos.
Repetição do ciclo em
função da partida
automática (religamento).
Condições de corrente
UFRN/DPET/2019.1

baixa. Problemas com


propriedades dos fluidos,
eixo, conexão com algum
equipamento, etc
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Corrente sobe acima da


nominal. Pode ser
ocasionado por variação
nas propriedades do
fluido, aumento na
viscosidade, produção
UFRN/DPET/2019.1

de areia. Como as
condições são muito
severas para este caso,
não ocorre religamento
automático.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

O sistema foi reiniciado várias


vezes. Não voltará a funcionar
automaticamente. Sobrecarga no
sistema elétrico. Pode ser
ocasionado por problemas no
cabo. Ocorre sobrecarga. Pode
UFRN/DPET/2019.1

ser causado por problemas no


cabo.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

EXERCÍCIOS
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

EXERCÍCIOS
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Pressão PERDAS POR FRICÇÃO


manométrica
UFRN/DPET/2019.1

Superfície
h fr = Perdas por fricção, ft/100 ft
C = número de define a qualidade do duto
Nível dinâmico a =100, para dutos antigos (mais de 10 anos);
3000 ft. =120, para tubulações novas (menos de 10
anos);
=130, para tubulações de fibra de vidro;
=140, para tubulações recobertas de plástico
q=vazão, gpm
ID=diâmetro interno, pol
Sucção da bomba
a 6000 ft.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Correção da temperatura de
fundo pela corrente do motor
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Dimensionamento levando-se em consideração a utilização de VSD


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Fig 1
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Fig 2
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1 Fig 3
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1 Fig 4
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Simulação de escoamento tridimensional em uma bomba centrífuga


Desenvolvimento de Sistemas de Simulação, Controle e Supervisão
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

para Elevação Artificial - AUTOPOC


➢ Escoamento tridimensional, Computational Fluid Dynamics,
método de análise numérica dos Volumes Finitos
UFRN/DPET/2019.1

➢ Ferramenta computacional: CFX/ANSYS


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
3.5 Método de elevação artificial por Bombeio Mecânico
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Definição
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Consiste na elevação dos fluidos em campos terrestres através do


movimento alternativo de uma bomba instalada no fundo do poço
composta basicamente de um pistão, camisa, válvula de passeio e
UFRN/DPET/2019.1

válvula de pé presa à extremidade de uma coluna de hastes.


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Características

✓ É o método de elevação artificial mais antigo e mais utilizado em todo


mundo. Vazões médias e poços rasos;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓ É de simples operação e de baixo custo se comparado a outros métodos;

✓O movimento das hastes é produzido pela unidade de bombeio (UB) que


UFRN/DPET/2019.1

transforma o movimento rotativo de um motor elétrico ou de combustão em


movimento alternativo;

✓A função da coluna de hastes é conectar a bomba de fundo aos


equipamentos de superfície;

✓ A coluna de hastes está submetida à tensões elevadas em um meio


agressivo, sujeito a um nível elevado de corrosão e deve suportar esforços de
tração, compressão e cisalhamento;

✓ A primeira (1a) haste do conjunto é chamada de haste polida e tem a


finalidade de vedar de forma adequada a cabeça do poço. Esta se movimenta
em ciclos de movimento ascendente e descendente.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Características

✓ Utilização em poços de até 800 m, localizados em terra (eficiência


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

cai em profundidades maiores);

✓ Vazão média 180 m³/d. A vazão cai muito com o aumento da


profundidade.
UFRN/DPET/2019.1

FONTE: Manual da Lufkin

341
Vantagens de utilização Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓A simplicidade de operação, manutenção e projeto de novas instalações;

✓A partir de condições normais pode ser utilizado até o fim da vida produtiva de um poço e
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

a capacidade de bombeio pode ser modificada, em função das mudanças de


comportamento do poço;

✓Menor custo/produção ao longo da vida produtiva do poço;


UFRN/DPET/2019.1

✓ Popularidade relacionada ao baixo custo com investimentos e manutenção.

Desvantagens da utilização do Método de elevação por BM

✓Relacionadas às altas razões gás-líquido (RGL);

✓Poços desviados e produção excessiva de areia;

✓O diâmetro do revestimento e profundidades elevadas são fatores que limitam a


capacidade de bombeio;

✓ Equipamentos de superfície precisam de espaço.


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equipamentos
Bomba de fundo
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Bomba do tipo alternativa, operando imersa no poço de petróleo.


Acionada da superfície por meio da coluna de hastes.
UFRN/DPET/2019.1

Outros componentes
acessórios: gaiolas, luvas,
buchas, conjunto de
assentamento, anéis, haste
do pistão, niples.

Esquema de uma bomba de fundo utilizada em poços com elevação


por BM
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ No curso ascendente a válvula de passeio fecha devido ao peso do fluido que


está na coluna de produção e a válvula de pé permanece aberta, permitindo a
passagem do fluido que está no anular para o interior da bomba;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Curso ascendente do ciclo da bomba de fundo utilizada


em um poço produzindo por BM
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ No curso descendente, o fluido que está na camisa da bomba


penetra no espaço acima do pistão devido à redução da pressão
acima da válvula de passeio, o que permite a sua abertura.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Curso descendente do ciclo da bomba de fundo utilizada em um poço


produzindo por BM
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓O diâmetro interno da camisa é exatamente o diâmetro nominal da bomba;

✓O diâmetro externo do pistão é o diâmetro da camisa menos uma folga


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

muito pequena;

✓ As válvulas são consideradas o coração da bomba de fundo. Uma


operação apropriada de bombeamento depende das válvulas de passeio e de
UFRN/DPET/2019.1

pé (check valves);

✓ Princípio sede e esfera. Durante a operação da válvula, a esfera é


periodicamente colocada e retirada sede. Se a pressão abaixo da esfera for
maior que a pressão acima desta, a válvula se abrirá. Se a pressão abaixo da
esfera for menor que a pressão acima da válvula, ela permanecerá fechada;

✓Sede e esfera são feitas com precisão de forma a ocasionar uma perfeita
vedação;

✓ As pressões na bomba devem variar em função do deslocamento do


pistão;
MODELO DA BOMBA DE FUNDO
POR RAPHAEL ELIEDSON (ALUNO DE MESTRADO DO PPGCEP)

• Modelo para enchimento completo da bomba de fundo. Ocorre quando:


• A submergência da bomba de fundo é suficientemente elevada;
• E, não há presença de gás livre na sucção da bomba.

ENCHIMENTO COMPLETO CARTA DINAMOMÉTRICA DE FUNDO

348
MODELO DA BOMBA DE FUNDO
POR RAPHAEL ELIEDSON (ALUNO DE MESTRADO DO PPGCEP)

• Modelo para enchimento parcial da bomba de fundo. Ocorre quando:


• A capacidade de produção do reservatório é inferior à capacidade de vazão da bomba;
• Com nível dinâmico aproximadamente na sucção da bomba de fundo;
• A bomba passa a succionar o gás existente no anular do poço para complementar o volume deslocado por
ciclo.

ENCHIMENTO PARCIAL CARTA DINAMOMÉTRICA DE FUNDO

349
MODELO DA BOMBA DE FUNDO
POR RAPHAEL ELIEDSON (ALUNO DE MESTRADO DO PPGCEP)
• Modelo para interferência de gás da bomba de fundo. Ocorre quando:
• O reservatório tem condições de alimentar a bomba com uma vazão igual ou superior à sua
capacidade;
• Há gás livre no interior da bomba de fundo ao final do curso ascendente.

INTERFERÊNCIA DE GÁS CARTA DINAMOMÉTRICA DE FUNDO

350
MODELO DA BOMBA DE FUNDO
POR RAPHAEL ELIEDSON (ALUNO DE MESTRADO DO PPGCEP)
• Modelo para ancoragem do tubo da bomba de fundo. Ocorre quando:
• A coluna de produção não está ancorada, ocasionando em movimento da tubulação.

TUBING NÃO ANCORADO CARTA DINAMOMÉTRICA DE FUNDO

351
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Esquema de uma válvula utilizada em bombas para BM


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

✓ Agentes agressivos devem ser avaliados quanto à corrosividade e


abrasividade na seleção das bombas de fundo;
✓ Salinidade, CO2, abrasividade e ppm de sólidos devem ser critérios
considerados
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: http://zschinajixie.en.made-in-china.com/product/ubInQDsVHOUz/China-
API-Spec-11ax-Valve-Ball-and-Valve-Seat-Used-for-Sucker-Rod-Pump.html
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Conjunto sede-esfera danificado


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Hastes de bombeio Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Ou “sucker rod”
Haste com extremidades rosqueadas para conexão seriada, com o propósito de transmitir o
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

acionamento motriz localizado na superfície ao elemento de bombeio na subsuperfície.

Haste polida ou “polished rod”


Haste com extremidades rosqueadas, superfície polida, para permitir a vedação entre a
UFRN/DPET/2019.1

coluna de produção e o meio externo.

Haste curta ou “pony rod”


Haste de bombeio de comprimento reduzido, destinada a ajustar o comprimento da coluna
de hastes às exigências operacionais.

Luva ou “coupling”
Elemento de conexão utilizado para acoplamento das hastes.

Luva de redução ou “subcoupling”


Luva utilizada para o acoplamento de hastes de diferentes diâmetros.

Luva de haste polida “Polished rod coupling”


Luva utilizada para o acoplamento da haste polida com a coluna de hastes de bombeio.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Haste de bombeio Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Haste curta ou “pony rod”
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Unidade de bombeio
Equipamento de superfície que converte movimento rotativo em
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

movimento alternativo, destinado ao acionamento de bomba


alternativa de fundo de poço, por meio de uma coluna de hastes de
bombeio.
Viga principal
UFRN/DPET/2019.1

Biela Cabeça da UB

redutor

Tripé contrapesos

manivela
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
✓ Na superfície, a unidade de bombeio deve ser provida de uma base
metálica ou de concreto, que irá apoiar os componentes de sua estrutura;
✓ O tripé é formado por três (3) ou quatro (4) perfis de aço que devem
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

suportar a carga total da haste polida;


✓ A viga transversal, ou balancim, está apoiada no topo do tripé e deve
resistir às cargas da haste polida e da força transmitida pelas bielas, que em
conjunto com as manivelas transmitem movimento ao balancim.
UFRN/DPET/2019.1

✓ A cabeça da UB está localizada em uma das extremidades do balancim,


suporta a carga da haste polida por meio de dois cabos de aço (cabresto) e
uma barra carreadora;
✓ Em razão da sua geometria, a cabeça da unidade de bombeio induz o
movimento vertical da haste polida;
✓ Um motor elétrico ou de combustão interna é utilizado para acionar o
sistema, ou seja, prover potência à unidade;

✓ A escolha do motor depende das condições de campo e da existência de


rede elétrica disponível.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ Os motores elétricos possuem um menor custo operacional, têm maior


eficiência e produzem menor ruído;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

✓A caixa de redução transforma a energia de alta velocidade e baixo torque


do motor em energia de alto torque e baixa velocidade;

✓ Há vários modelos de UB utilizados na indústria de petróleo, mas os seus


UFRN/DPET/2019.1

componentes básicos são os mesmos e para selecioná-la, três (3)


especificações devem ser fornecidas: o máximo torque, a capacidade
estrutural de carga da unidade e o máximo curso da haste polida no poço;

✓Componentes importantes em uma unidade de bombeio são os


contrapesos que são fixados nas manivelas e têm a função de balancear a
unidade de bombeio de forma que no curso ascendente os contrapesos
descem, diminuindo a potência requerida pelo motor e no curso
descendente o motor deve fornecer energia para elevar os contrapesos,
equilibrando as cargas durante o ciclo de bombeio.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• A ROTAFLEX é a unidade de bombeio mecânico chamada de longo


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

curso com mecanismo de acionamento mecânico feito por correias. O


curso desta unidade pode chegar a 306 polegadas e foi projetada para
trabalhar com baixas frequências de bombeio;
UFRN/DPET/2019.1

• Utilizada em poços profundos, vazões maiores ou maior índice de


falhas;

• Permite trabalhar com um menor número de ciclos de bombeio por


minuto;

• Reduz custos com energia.


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Unidades de bombeio do tipo ROTAFLEX


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Carta Dinamométrica

Uma carta dinamométrica é um gráfico representando os efeitos gerados pela


carga atuante na bomba sobre a coluna de hastes, durante um ciclo de bombeio.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Serão geradas através de registros de um dinamômetro auxiliado por programas


computacionais.
Classificação
Carta de superfície - medida da posição e carga na haste polida
UFRN/DPET/2019.1

Carta de fundo – medida imediatamente acima da bomba


As cartas dinamométricas estão entre as principais ferramentas de análise e
avaliação das condições de bombeio, registrando as cargas na haste polida ou no
fundo em função do curso das hastes.

Informações extraídas da análise de cartas dinamométricas


Determinação das cargas que atuam na unidade de bombeio e na haste polida;
Determinação da potência requerida para a unidade de bombeio;
Ajuste do contrabalanço da unidade de bombeio;
Verificação das condições de bombeio da bomba e válvulas;
Detecção de condições de falha.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Dinamômetro
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Instrumento que permite o registro do gráfico de carga versus


posição na haste polida. Da carta dinamométrica podem ser extraídas
informações quantitativas e qualitativas sobre o funcionamento da
bomba de fundo de subsuperfície, bem como calcular a posição dos
UFRN/DPET/2019.1

contrapesos que fornece o melhor balanceamento com o mínimo


peak torque. Na prática, o peak torque é calculado com excelente
aproximação a partir da carta dinamométrica do poço e da geometria
da UB, a partir de programas computacionais.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Carta de superfície ideal 1. Válvula de passeio fecha. Curso


Ascendente
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

1-2. Hastes elongadas.


2. Transferência completa. Pistão
sobe e válvula de pé abre.
UFRN/DPET/2019.1

2-3. Curso ascendente. Carga


constante.
Carga de
3. Fim do curso ascendente. Pistão dá
fluido no
pistão início ao curso descendente. Válvula
de pé fecha.
3-4. Hastes em equilíbrio. Coluna
Peso da haste no
fluido deforma.
4. Transferência completa. Pistão
desce e válvula de passeio abre.
4-1. Curso descendente, carga
constante.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Representação de uma carta de superfície real


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Padrões de cartas de fundo


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: dissertação Antonio Junior,


agosto, 2014
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Parâmetros de projeto

Classificação API para bombas de fundo:


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

- Insertáveis (insert ou rod pumps, R, solidária à coluna de hastes, vantagem nas


manobras, menor capacidade de bombeamento, diâmetro limitado ao diâmetro interno do tubo).
- Tubulares (a camisa é enroscada na coluna de produção, T, mais comum, maior
capacidade de bombeamento, mais adequada para operar com fluidos viscosos).
UFRN/DPET/2019.1

Diâmetro nominal da coluna


Diâmetro nominal da bomba
Tipo de bomba
Tipo de camisa
Localização do assentamento
Tipo de assentamento
Comprimento da camisa, em pés
Comprimento do pistão, em pés
Comprimento nominal do pistão, em pés
Comprimento da extensão superior, em pés
Comprimento da extensão inferior, em pés
Folga nominal entre pistão e camisa, em milésimos de polegada

377
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

INSERTÁVEIS
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

TUBULARES
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Parâmetros de projeto
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Primeira letra (tipo de bomba)


R para bombas insertáveis
T para bombas tubulares
Segunda letra (tipo de camisa, pump barrel)
✓ Pistão metálico: P, H para paredes espessas
✓ Soft-packed: W, S para paredes finas
• Terceira letra (assentamento, camisa)
✓ Ancorada no topo – A
✓ Ancorada no fundo - B
✓Traveling - T (em baixo)

380
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
NORMA API – ESPECIFICAÇÃO DA BOMBA Folga entre o

AA − BBB C D E F GG − H − I − J LLL − MM pistão e a


camisa

Código da bomba
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

de fundo

Comprimento
das extensões
superior e inferior

Comprimento
nominal do
UFRN/DPET/2019.1

pistão

comprimento da
camisa, em pés

Tipo de
Localização do assentamento
tipo de assentamento
tipo de bomba camisa A – topo da bomba
diâmetro nominal
da coluna de Diâmetro
T - tubular B – base da boma
R - insertável C – Tipo copos
produção: nominal da
parede grossa – heavy M – tipo mecânico
15 – 1.9 pol bomba
20 - 2 3/8 pol 125 - 1 1/4 pol wall – H
(diâmetro externo) 150 - 1 1/2 pol Inteiriça de parede fina
25 – 2 7/8 pol 175 - 1 3/4 pol – thin wall – W
(diâmetro externo) 200 - 2 pol De camisa seccionada
30 – 3 ½ pol 225 - 2 1/4 pol – liner barrel - L
(diâmetro externo) 275 - 2 3/4 pol
40 – 4 ½ pol 325 – 3 ¼ pol
375 – 3 ¾ pol

381
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Descreva a bomba para bombeio mecânico com a seguinte designação:

20-125 RHAC 10-4-1-1 BF3-5


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Resolução:
Diâmetro nominal da coluna;
20 - 2 3/8 in O.D.
UFRN/DPET/2019.1

125 - O diâmetro da bomba é 1 ¼ in


R- insertável
H - de paredes espessa
A – assentamento no topo
C – travamento com copos de fibra
10 – o comprimento da camisa é de 10 pés
4 – comprimento nominal do pistão igual a 4 pés
1 - extensão superior igual a 1 pé
1 - extensão inferior igual a 1 pé
BF3 – materiais utilizados
5 – folga em milésimos de polegada

382
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

NORMA API – COLUNA DE PRODUÇÃO


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Tubo ID drift OD
luva
4 ½” EU 12,75 lb/ft Luva reg 3,958 3,833 5,563

4 ½” NU 12,6 lb/ft Luva reg 3,958 3,833 5,2


UFRN/DPET/2019.1

3 ½” EU 9,3 lb/ft N80 Luva reg. 2,992 2,867 4,5

3 ½” NU 9,2 lb/ft J55 Luva reg. 2,992 2,867 4,250

2 7/8” EU 6,5 lb/ft N80 Luva reg. 2,441 2,347 3,668

2 7/8” NU 6,4 lb/ft J55 Luva reg. 2,441 2,347 3,5

2 3/8” EU 4,7 lb/ft N80 Luva chanfrada 1,995 1,901 3,063

2 3/8” NU 4,6 lb/ft J55 Luva chanfrada 1,995 1,901 2,875

2 3/8” EU 4,7 lb/ft N80 Luva chanfrada/rebaixada 1,995 1,901 2,910

1,9” NU 2,75 lb/ft N80 Luva chanfrada 1,610 1,516 2,2

383
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

NORMA API – REVESTIMENTO


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Tubo ID Drift

5 ½” 15,5 lb/ft K55 Butt 4,950 4,653


UFRN/DPET/2019.1

7” 20,0 lb/ft K55 Butt 6,456 6,331

7” 23,0 lb/ft K55 Butt 6,366 6,151

7” 23,0 lb/ft N80 Butt 6,366 6,151

7” 26,0 lb/ft N80 Butt 6,276 6,151

7” 29,0 lb/ft N80 Butt 6,184 6,059

7” 29,0 lb/ft P110 Butt 6,184 6,059

9 5/8” 36,0 lb/ft K55 Butt 8,921 8,765

384
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

NORMA API – COLUNA DE HASTES

Apenas uma haste polida é requerida por poço. Esta promove a vedação
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

trabalhando em movimento alternativo no interior da caixa de


engaxetamento, razão pela qual necessita de acabamento superficial
especial.
UFRN/DPET/2019.1

As hastes polidas podem ser fabricadas em aço inoxidável ou aço liga


revestido com cromo eletrolítico ou metalizado por aspersão.

Especificação quanto às propriedades químicas e mecânicas (haste


polida)

385
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
NORMA API – COLUNA DE HASTES

Barras sólidas, com 25 ft de comprimento conectadas umas às outras através de luvas.


Especificação das hastes de bombeio:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

C – resistência à fratura, sensível à presença de H2S, mais baratas, suportam baixo nível de tensão.
D- alto grau de carbono, maior resistência à tensão, mais sensível ao H2S (compatível grau K)
K – liga especial, resistência à fratura e corrosão, razoável resistência ao H2S.

A coluna de hastes pode conter hastes com diferentes diâmetros. Essa especificação está
definida na norma API RP 11L.

386
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

387
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

388
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: Norma API TR 11L


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

As seguintes cargas atuam na haste polida no ascendente:


Peso das hastes (+)
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Empuxo nas hastes (-)


Atrito viscoso (+) – variável com a velocidade
Carga de Fluido (+)
Aceleração
UFRN/DPET/2019.1

As seguintes cargas atuam na haste polida no descendente:


Peso das hastes (+)
Empuxo nas hastes (-)
Atrito viscoso (-) – variável com a velocidade
Aceleração das hastes

393
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Natureza das falhas nas hastes


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Tração
Raras e causadas por esforços não suportados pelas hastes. Para serem
evitadas utilizar 90% da carga total do material da haste.
UFRN/DPET/2019.1

Fadiga
Esforços repetitivos: tração, compressão, cisalhamento, etc.

394
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

RESISTÊNCIA À FADIGA

Tensão admissível – Norma API 11BR (baseada no diagrama de tensões


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

de Goodman)
T 
S adm =  + 0,5625 S min  SF
4 
UFRN/DPET/2019.1

MPRL
S min =
Ar
Tensão mínima

PPRL
S max =
Ar

Tensão máxima

395
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

MÉTODO
MODELO API
CONVENCIONAL
UFRN/DPET/2019.1

PROJETO E
DIMENSIONAMENTO
SOLUÇÕES PARA O
COMPORTAMENTO
DINÂMICO
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Método Convencional – cálculo


Algumas equações básicas
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Peso das hastes (Total Weight of Rods)


n
W = g  A L
r rk rk k
k =1
UFRN/DPET/2019.1

Carga no pistão
Fo = 0.433 f HAp

Carga máxima – curso ascendente (Peak Polished Rod Load)


PPRL = FTV + FD

Carga mínima – curso descendente (Minimum Polished Rod Load)


MPRL = FSV − FD

Torque máximo S
PT = ( PPRL − MPRL) (Peak Torque)
4
Subscritos:
SV – referente à válvula de pé (standing valve);
TV – referente à válvula de passeio (traveling valve)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Deslocamento volumétrico

PD – volume diário deslocado pelo pistão da bomba de fundo


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Área do pistão

 d 2p
Ap =
4
Volume deslocado em cada ciclo
UFRN/DPET/2019.1

 d p2
vc = S p , em pol 3
4
Deslocamento volumétrico em pol³/dia, sendo Sp o curso do pistão, em polegadas e N o número de ciclos/min (pump
displacement)

 d 2p
PD = 1440volumétrico
Deslocamento SpN em m³/dia
4

PD = 0volumétrica
Eficiência .01853 d 2 S p p N ou 2.36.10 -2 A p S p N

Qb
E v =Qb é a vazão(sempre
Onde bruta de inferior
líquido naasuperfície
1, geralmente entre 0.7 e 0.8)
PD

398
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Modelo do Sistema

Equação da onda simplificada para um único diâmetro de hastes.


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

 2 u (s , t )  2 u (s , t ) u (s, t )
v  2
= + c 
s 2 t 2 t
UFRN/DPET/2019.1

onde a velocidade do som nas hastes e é dada por :


144 Eg
v= c
ρ
c é o coeficiente de amortecimento.

Sendo,
u(s, t )
o deslocamento de um ponto da coluna de hastes s, em um instante
t.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Para hastes com características diferentes como materiais e diâmetros:

 2 u (s, t )  2 u (s, t ) u (s, t )


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

EA  = A  + c  A 
s 2
t 2
t
UFRN/DPET/2019.1

SOLUÇÃO

APROXIMADA
ANALÍTICA (NUMÉRICA)
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• 2 condições de
UFRN/DPET/2019.1

SOLUÇÕES
APROXIMADAS contorno
(no caso, Diferenças • 2 condições iniciais
Finitas)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Através da o solução da equação abaixo (lei de Hooke)


durante o ciclo de bombeio e o deslocamento u(s,t),
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

definiremos o cálculo da carta de superfície.

u (s, t )
F (s, t ) = EA 
UFRN/DPET/2019.1

s
• O conjunto de posições u(0,t) mais as forças calculadas no
pistão constituem a carta de fundo. O deslocamento no
tempo poderá ser aproximado da seguinte forma:

u (s, t ) u (s, t + t ) − u (s, t )


=
t t
 2 u (s, t ) u (s, t + t ) − 2u (s, t ) + u (s, t − t )
=
t 2
t 2
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

MODELO API 11L – PARÂMETROS OPERACIONAIS


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Leva em conta o comportamento elástico das hastes;


• Considera a vibração nas extremidades: haste polida e bomba;
• Transmissão de forças elásticas em forma de ondas;
UFRN/DPET/2019.1

• Comportamento ressonante. Velocidade síncrona, frequência


natural não amortecida, considerando a velocidade do som
aproximadamente 16300 ft/s:
vs 15v s
No = 60 = ,
4L L
ou
245000
L
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Para coluna de hastes composta, a velocidade síncrona será dada


por: N ' = F (N ),
o c o
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

onde Fc seria o fator de frequência obtido com auxílio de gráficos.

• Variáveis independentes ou parâmetros adimensionais


UFRN/DPET/2019.1

N
= velocidade de bombeamento adimensional;
No
N
'
= velocidade de bombeamento adimensional;
No
Fo S / k r = deformação adimensional devido à carga de fluido;
Wrf S / k r = deformação adimensional devido ao peso (flutuante) da haste no fluido;

onde :
k r = constante de deformação da mola, (lbf/pol)
N
1
=  Li Eri
k r i =1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Carga de fluido no pistão (já calculada)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Fo = 0.433(nível _ dinâmico)(d 2 / 4)(densidade _ relativa)


onde :
UFRN/DPET/2019.1

d → diâmetro do pistão, em polegadas


nível dinâmico, em pés
Fo → lbf

O peso " flutuante" será :


Wrf = Wr 1 − 0.128(densidade _ relativa )
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Cálculo dos parâmetros operacionais levando em conta os


adimensionais
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

• Para o comprimento do curso do pistão teremos:


Sp 
S p = S  , para coluna ancorada
 S 
UFRN/DPET/2019.1

sendo S o comprimento do curso da haste polida


Sp  Fo
S p = S   − , para coluna não ancorada, onde
 S  kt
1
kt =
Et L
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Considerando 100% de eficiência, assumindo a bomba


completamente cheia durante o ciclo, teremos:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Carga de fluido no pistão


PD = 0.1166 ( S p )(d 2 )( N )
UFRN/DPET/2019.1

• Cargas na haste polida


 F1 
PPRL = Wrf +   Sk r ,
 Sk r 
e
 F2 
MPRL = Wrf −   Sk r
 Sk r 
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• A potência necessária para mover a haste polida será


 F 
PRHP =  3 
 S kr ( S )( N ) 2.53(10 −6 ) 
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

 Sk r 
• O efeito real dos contrapesos na haste polida pode ser avaliado
através da equação:
UFRN/DPET/2019.1

CBE = 1.06(Wrf + 0.5 Fo )


• O torque máximo no redutor assumindo que a unidade está
balanceada é calculado por:

2T  S2   Wrf  Ta 
PT = 2  k r 1 + ( − 0,3) 
S kr  2   Sk r  10 
onde :
Wrf = Wr 1 − 0,128(densidade _ relativa _ fluido) → peso das hastes
considerando a imersão no fluido de produção
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

GEOMETRIA DA UNIDADE DE
UFRN/DPET/2019.1

BOMBEIO

CONVENCIONAL
BALANCEADA A AR
MARK II
CONTRAPESOS NO BALANCIM
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ CONVENCIONAL
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Mais antigo modelo de unidade de bombeio e mais comumente


utilizada. Apresenta mesma velocidade no curso ascendente e no
curso descendente. UB de menor custo.
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: TAKACS, G. Sucker Rod Pumping Manual, PennWell Books,


2003
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: manual da Lufkin/GE


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ BALANCEADA A AR
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Desenvolvida na década de 1920 a partir da UB convencional. Utiliza


ar comprimido para fazer o balanceamento das cargas da unidade.
Utilizada em poços de alta vazão e maior profundidade.
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: TAKACS, G. Sucker Rod Pumping Manual, PennWell Books,


2003
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: manual da Lufkin/GE


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ MARK II
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Desenvolvida no final da década de 1950 com o objetivo de reduzir o


torque e a potência requerida. O seu custo é mais elevada do que o
da UB convencional e possui a característica de realizar o curso
ascendente de forma mais lenta que o curso descendente.
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: TAKACS, G. Sucker Rod Pumping Manual, PennWell Books,


2003
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: Manual Lufkin/GE


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

✓ CONTRAPESOS NO BALANCIM
Modelo de geometia diferenciada quanto à posição dos
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

contrapesos o que modifica fatores de torque e os intervalos de


tempo nos cursos ascendente e descendente. Requer rotação
específica.
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: Manual Lufkin/GE


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: Manual Lufkin/GE


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

CARREGAMENTO
IRREGULAR,
CÍCLICO
UFRN/DPET/2019.1

A UB É O
MECANISMO DE
ACIONAMENTO

PARÂMETROS
COMO VELOCIDADE
E ACELERAÇÃO DAS
HASTES DEVERÃO
SER CONHECIDAS.
CINEMÁTICA DA UB
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

As Unidades de Bombeio são designadas conforme a norma API SPEC 11E


pelo código a bbbb-cccc-ddd, onde:
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

a é o tipo de unidade de bombeio


A – Balanceada a ar
UFRN/DPET/2019.1

B – Contrapesos no balancim
C – Convencional
M – Mark II

bbbb é a capacidade ao torque (10³lbf.in)


cccc é a capacidade estrutural (102lbf)
ddd é o curso máximo (pol)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

CINEMÁTICA DA UB
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Movimento Harmônico Simples – forma simples de descrever o


deslocamento da haste polida. O deslocamento da haste é descrito em
função do ângulo da manivela.
s( ) = (1 − cos )
S
UFRN/DPET/2019.1

2
S = curso da haste em polegadas
 = ângulo em graus (calculadora)
s( ) = deslocamento da haste polida em função do
ângulo que a manivela faz com a vertical, em polegadas

420
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cinemática da UB
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Série de Fourier – O movimento da haste polida, dado pela cinemática


da UB é aproximado por uma série de Fourier truncada, com seis termos.

  A1sen A2 sen2 A3 sen3 


UFRN/DPET/2019.1

  1 + + +  
2 3
s( ) = S C0 + J  
  4A sen 4 A sen 6 B cos  B cos 6 
+ ..... 6 − 1 − ... − 6
  4 6 1 6  
Ai , Bi − dependem da geometria da UB (valores tabelados)
J − igual a 1 para UB convencional e igual a - 1 para UB Mark II

421
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cinemática da UB
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Série de Fourier
Valores dos coeficientes da equação de Fourier
UFRN/DPET/2019.1

Convencional Mark II

i Ai Bi Ai Bi

1 0,0078489 0,4973054 0,0532208 -0,495488

2 0,0123680 0,0630766 -0,066165 0,0528955

3 -0,0170860 0,0071585 0,0127199 0,0090159

4 -0,0025050 0,0014288 0,0007834 -0,002989

5 -0,0005550 -0,0008320 -0,000621 0,0000267

6 -0,0001230 -0,0000700 0,0000452 0,0001207

C0 0,5314016 0,4667592

422
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cinemática da UB
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Modelo exato – descreve corretamente o deslocamento da haste polida


em função da geometria da UB.
UFRN/DPET/2019.1

423
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cinemática da UB
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

 I 
 = sen −1  
K

J 2 = R 2 + K 2 − 2RK cos( −  )
UFRN/DPET/2019.1

J 2 = P 2 + C 2 − 2PC cos 
 P 2 + C 2 − K 2 − R 2 + 2 KR cos( −  ) 
 = cos 
−1

 2 PC 

 b = cos 
−1
 C 2
+ K 2
− ( P + R )2


 2 CK 

424
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Cinemática da UB
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

 C 2 + K 2 − (P − R )2 
 t = cos 
−1

 2 CK 
S = A( b −  t )
UFRN/DPET/2019.1

Psen
sen 1 =
J
Rsen( −  )
sen 2 = −
J

P sen  R sen ( −  )
 = sen −1 − sen −1
J J

s ( ) = A( b −  )

425
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Exercício
Traçar as curvas de deslocamento da haste polida versus ângulo da
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

manivela, considerando as seguintes geometrias:


• Movimento harmônico simples, curso 86 pol.
• Série de Fourier para geometria convencional, curso 86 pol.
• Série de Fourier para geometria Mark II, curso 86 pol
UFRN/DPET/2019.1

• Modelo trigonométrico para C-228-213-86, curso máximo, considerando a


seguinte geometria (pol)

•Modelo trigonométrico para M-228-213-86, curso máximo, considerando a


seguinte geometria (pol)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3.5 Método de elevação artificial por Bombeio por Cavidades Progressivas

Definição
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Consiste em um sistema composto por uma bomba de subsuperfície que possui um


rotor que gira no interior de um estator fixo, promovendo a elevação dos fluidos.

Características
UFRN/DPET/2019.1

O acionamento da bomba pode ser originado da superfície, por meio de uma


coluna de hastes e um cabeçote de acionamento, ou diretamente no fundo do poço,
por meio de um acionador elétrico;

O sistema completo é ativado por um motor de indução de seis polos;

O estator é constituído por um tubo de aço revestido externamente com um tipo de


elastômero, cuja superfície interna é o envelope de uma helicóide de N dentes sem
excentricidade;

O rotor é metálico e sua superfície é o envelope de uma helicóide de passo simples


que gira dentro de um estator helicoidal de passo duplo;

427
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Esquema do sistema de um poço produzindo com elevação por BCP


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

428
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

429
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Ao girar, as cavidades do rotor se movimentam axialmente no sentido da


sucção para o recalque da bomba, promovendo a ação do bombeio;
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

O elastômero é o responsável pela maioria das falhas ocorridas no


sistema BCP. Sua composição variada é geralmente classificada como
borracha nitrílica e é mantida em segredo pelos fabricantes;
UFRN/DPET/2019.1

A coluna de hastes do sistema de elevação por BCP é semelhante ao


conjunto de hastes do Bombeio Mecânico, acionada por um motor
elétrico ou de combustão interna localizado na superfície;

O cabeçote é instalado entre o motor e a coluna de hastes com a


finalidade de transmitir o movimento de rotação do motor para a
coluna de hastes, além de reduzir a velocidade do motor para a
velocidade de bombeio, promove a vedação do espaço anular entre a
coluna de hastes e a coluna de produção, não permitindo o vazamento
de fluidos para o meio ambiente.

430
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Além do motor e do cabeçote, completa o conjunto o quadro de comandos instalado na
superfície, que contém os equipamentos de proteção para evitar danos ao restante do sistema.

Vantagens
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Facilidades de transporte;
Baixo impacto visual e baixo ruído;
Baixo investimento;
Ausência de válvulas;
UFRN/DPET/2019.1

Capacidade de elevar fluidos altamente viscosos e abrasivos;


Aplicações principalmente para óleos pesados oAPi<18, áreas que exigem baixo impacto
visual, óleos leves com limites de concentração de aromáticos, óleos médios com limitação de
teores de CO2 e H2S.

Desvantagens
O BCP possui limitações quando utilizados em poços desviados e com altas RGO;
O elastômero apresenta-se como um componente do sistema sensível às propriedades do
óleo e às temperaturas elevadas, sendo objeto de inúmeras pesquisas que têm por objetivo a
análise e o aumento de sua resistência;
Vazão e diferencial de pressões limitados;
Riscos operacionais.

431
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Observações importantes
• Vazões máximas de 800m³/d (5040 bpd), para diâmetros de
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

bombas maiores.
• Altura de elevação limitada à 3000 m (9840 ft).

• Temperatura máxima de utilização por volta de 100oC


UFRN/DPET/2019.1

(212oF).
• Para elastômeros especiais pode chegar a 180º C (350oF).

• Elastômero sensível ao ambiente de utilização,


principalmente em poços sujeitos a determinados
tratamentos.

• Eficiência reduzida na presença de gás.


• Hastes sujeitas ao desgaste por fadiga.
• Problemas de vibração com velocidades elevadas.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Alta eficiência energética global do sistema, entre 55 e


75%.
• Capacidade para produzir altas concentrações de areia ou
outros sólidos. Boa resistência à abrasão
UFRN/DPET/2019.1

• Sem válvulas ou partes alternativos para entupir,


bloquear por de gás, ou desgaste.
• Custos de energia relativamente baixos e demanda de
energia contínua (capacidade principal motor totalmente
utilizados).

• Instalação e operação relativamente simples.


• Geralmente baixa manutenção.
• Nível de ruído de superfície baixo.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Propriedades dos elastômeros


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

A resistência do elastômero é de importância fundamental no


desempenho de sistemas BCP. As principais características avaliadas
são:
UFRN/DPET/2019.1

- Dureza;
- Resistência à tração e elongação;
- Elasticidade;
- Resiliência;
- Resistência ao abrasão;
- Resistência ao corte e à fadiga.
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Bombas para BCP


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: PetroWiki//SPE.org
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Desgaste no rotor (abrasão)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1

Fonte: PetroWiki/SPE.org

Desgaste no estator (temperatura) Desgaste no estator (pressão)

Desgaste no estator (fadiga)

Fonte: PetroWiki//SPE.org
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Modificam em 90
Muitas vezes não graus o eixo de
UFRN/DPET/2019.1

possuem redutor. rotação.


Motor acoplado na Geralmente
mesma direção do utilizam redutor,
eixo das hastes que além de reduzir
a rotação,
aumentará o
torque.

CABEÇOTE VERTICAL CABEÇOTE ANGULAR


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
• Cabeçotes
TÓPICOS ADICIONAIS
FONTE: CURSO DE BCP, DE BENNO ASSMAN
HISTÓRICO
✓ 1920 - Moineau inventa a BCP;
✓ Patenteada em 1930;
✓ Fundada a Pompes Compresseurs Mécanique em 1932;
✓ Licenciadas Mono Pumps na Inglaterra e Robins&Myers nos EUA;
✓ A primeira bomba fabricada em 1933, primeira venda em 1935;
✓ Na década de 40 a borracha natural foi substituída pela borracha sintética ou
elastômero. Inicialmente, foi usada para transferência de fluidos variados, só
foi usada para elevação de petróleo no final da década de 70 em poços rasos e
de baixa vazão. Profundidades e vazões cada vez maiores;
✓ No Brasil começou a ser utilizada em 1982. no campo de Fazenda Belém,
Ceará. A Irmãos Geremia, que hoje faz parte da multinacional Weatherford foi
fornecedor exclusivo durante anos. Ainda há outro fornecedor no Brasil, a
Netzsch. Este sistema de elevação é utilizado na bacia potiguar, em terra e no
mar, Sergipe e Alagoas, Bahia e Espírito Santo.
TÓPICOS ADICIONAIS
FONTE: CURSO DE BCP, DE BENNO ASSMAN

Tópicos de projeto
❖Pump displacement
Volume nominal produzido por uma bomba por RPM
Single lobe
V = 4(e )(d )( p )
Sistema inglês → V = 5,94(10 −1 )(e )(d )( p )
e, D, p em polegadas
em bpd/rpm
SI → V = 5,76(10 −6 )(e )(d )( p )
e, D, p em mm
em m 3 /d/rpm
TÓPICOS ADICIONAIS
FONTE: CURSO DE BCP, DE BENNO ASSMAN

• A vazão teórica de uma bomba é o produto do pump


displacement pelo RPM. A vazão real é a vazão teórica
multiplicada pela eficiência dividido por 100;
• A vazão real é menor que a teórica por causa do
escorregamento, que depende da pressão, do
inchamento, da viscosidade do fluido, da temperatura, da
quantidade de gás, dentre outros fatores;
• Vazão nominal da bomba BCP é a vazão teórica em uma
dada velocidade (indústria nacional, 100rpm).
TÓPICOS ADICIONAIS
FONTE: CURSO DE BCP, DE BENNO ASSMAN

Multilobe
TÓPICOS ADICIONAIS
FONTE: CURSO DE BCP, DE BENNO ASSMAN

❖Torque hidráulico e Potência requerida


A rotação do rotor força o fluido a se movimentar contra um diferencial de
pressão. A energia requerida para girar o rotor e movimentar o fluido é fornecido
pelo torque aplicado ao motor. O torque hidráulico é proporcional ao pump
displacement e ao diferencial de pressão. A potência transmitida pela componente
hidráulica do torque tem que ser igual a potência hidráulica desenvolvida pela
bomba;
Thid = C (Q PD )p
C = 0,111 se a pressão está em psi, Q PD em bpd/rpm, Thid em N.m
C = 8,97(10 − 2 ) se a pressão está em Kpa, Q PD em m 3 /d/rpm, Thid em ft.lb

O torque total da bomba será a soma do torque hidráulico mais o torque de


fricção (para vencer o atrito mecânico entre o rotor e o estator, entre 0 e 200 Nm)
e o torque viscoso, só significativo para elevadas rotações.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

3.6 Método de elevação artificial por Bombeio Hidráulico a Jato (BHJ)


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Características

• O Bombeio Hidráulico a Jato apresenta-se como uma das alternativas para a


produção marítima a grandes profundidades, em poços desviados e quando o
UFRN/DPET/2019.1

fluido é altamente viscoso ou apresenta componentes corrosivos, areia ou


parafinas;

• Suas instalações são simplificadas e seu princípio de funcionamento


consiste na injeção de um fluido leve ou um fluido hidráulico através de um
bocal no topo de uma bomba hidráulica a jato de subsuperfície que se
mistura com o fluido produzido em uma região de estrangulamento ou
garganta da bomba;

• A mistura resultante sai da garganta passando pelo difusor onde há


conversão de velocidade em pressão estática necessária para elevação do
fluido.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Em uma instalação de BHJ um obturador e uma coluna de injeção


são instalados no poço. O obturador ou packer é assentado acima da
zona produtora de óleo, promovendo a vedação do espaço anular
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

entre a coluna de injeção e o revestimento.


UFRN/DPET/2019.1

FLUIDO INJETADO
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
UFRN/DPET/2019.1

EQUIPAMENTOS DE SUPERFÍCIE
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Acima do obturador, na coluna de injeção, é instalado um conjunto


de assentamento que permite o alojamento, vedação e fixação da
bomba, bem como a comunicação da sua descarga com o espaço
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

anular, por onde se dá o retorno do fluido motriz, juntamente com os


fluidos vindos do reservatório.
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

• Apesar das facilidades de instalação e manutenção, pois os


equipamentos podem ser descidos e retirados sem a necessidade de
movimentar a coluna de produção, a elevação por Bombeio
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO

Hidráulico a Jato necessita de fluido de injeção de cinco (5) a sete (7)


vezes o volume produzido e apresenta um baixo rendimento
energético. Além disso, a presença de gás livre ou partículas sólidas
UFRN/DPET/2019.1

na bomba diminuem a eficiência do método.


• Sem partes móveis • O sistema pode precisar de
algum tipo de conjunto de fundo

• Grande capacidade de produção


• Altas pressões nas linhas de injeção
• Poços desviados

• Bomba de fácil manutenção • Baixa eficiência energética

• Capacidade de produção para vários poços a • Vazão de produção em


partir de uma única instalação de superfície função da pressão de fundo
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

VAZÕES DE PRODUÇÃO ENTRE 50 E 15000 BPD


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Percurso realizado pelo fluido


ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
UFRN/DPET/2019.1
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Potrebbero piacerti anche