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23/07/2019 Reforma 21 | O moralismo não é o Evangelho (mas muitos cristãos acham que é)


Artigos 24 de julho de 2018

O moralismo não é o Evangelho (mas muitos


cristãos acham que é)
por Albert Mohler Jr.

Uma das declarações mais surpreendentes do apóstolo Paulo é a sua acusação aos cristãos da
Galácia por abandonarem o Evangelho. “Admira-me que estejais passando tão depressa
daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho”, declarou Paulo. Como ele
afirmou tão enfaticamente, os gálatas fracassaram no teste crucial de discernir o autêntico
Evangelho de suas falsificações.

Suas palavras não poderiam ser mais claras: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do
céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como
já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que
recebestes, seja anátema” [Gal. 1: 6-9].

Esta advertência do apóstolo Paulo, expressa no choque e pesar do apóstolo, é dirigida não
apenas à igreja na Galácia, mas a todas as congregações em todas as épocas. Em nossos
próprios dias – e em nossas próprias igrejas – precisamos desesperadamente ouvir e considerar
essa advertência. Em nosso tempo, enfrentamos falsos evangelhos não menos subversivos e
sedutores do que aqueles encontrados e abraçados pelos gálatas.

Em nosso próprio contexto, um dos falsos evangelhos mais sedutores é o moralismo. Esse falso
evangelho pode assumir muitas formas e emergir a partir de vários estímulos políticos e
culturais. No entanto, a estrutura básica do moralismo se resume a isso: a crença de que o
Evangelho pode ser reduzido a melhorias no comportamento.

Infelizmente, esse falso evangelho é particularmente atraente para aqueles que acreditam ser
evangélicos motivados por um impulso bíblico. Muitos crentes e suas igrejas sucumbem à lógica
do moralismo e reduzem o evangelho a uma mensagem de melhora moral. Em outras palavras,
comunicamos às pessoas perdidas a mensagem de que o que Deus deseja para elas e o que
Ele exige delas é que elas acertem suas vidas.

Em certo sentido, nascemos para ser moralistas. Criados à imagem de Deus, nos foi dada a
capacidade moral da consciência. Desde nossos primeiros dias, nossa consciência destaca
nossa culpa, nossas falhas e maus comportamentos. Em outras palavras, nossa consciência
comunica nossa pecaminosidade.

Acrescente a isso o fato de que o processo de criação de filhos tende a incutir o moralismo
desde os nossos primeiros anos. Rapidamente aprendemos que nossos pais estão
preocupados com nosso comportamento. As crianças bem comportadas são recompensadas
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com a aprovação dos pais, enquanto o mau comportamento traz o castigo. Esta mensagem é
reforçada por outras autoridades nas vidas jovens e permeia a cultura em geral.

Escrevendo sobre sua própria infância na zona rural da Geórgia, o romancista Ferrol Sams
descreveu a tradição profundamente enraizada de ser “criado corretamente”. Como ele explicou,
a criança que é “criada corretamente” agrada seus pais e outros adultos ao aderir às
convenções morais e à etiqueta social. Um jovem que é “criado corretamente” emerge como um
adulto que obedece às leis, respeita seus vizinhos, dá alguma atenção às expectativas
religiosas e fica longe do escândalo. O ponto é claro – isso é o que os pais esperam, o que a
cultura afirma e muitas igrejas celebram. Mas nossas comunidades estão cheias de pessoas
que foram “criadas corretamente”, mas estão indo para o inferno.

A sedução do moralismo é a essência do seu poder. Somos facilmente seduzidos a acreditar


que realmente podemos obter toda a aprovação que precisamos com nosso comportamento. É
claro que, para participar dessa sedução, devemos negociar um código moral que defina um
comportamento aceitável com inúmeras brechas. A maioria dos moralistas não afirmaria estar
sem pecado, mas apenas longe do escândalo. Isso é considerado suficiente.

Os moralistas podem ser identificados como tanto liberais, quanto conservadores. Em cada
caso, um conjunto específico de preocupações morais enquadra a expectativa moral. De forma
geral, muitas vezes é verdade que os liberais se concentram em um conjunto de expectativas
morais relacionadas à ética social, enquanto os conservadores tendem a se concentrar na ética
pessoal. A essência do moralismo é aparente em ambos: a crença de que podemos alcançar a
justiça por meio do comportamento adequado.
Muitos cristãos e igrejas acham difícil resistir à tentação teológica do moralismo. O perigo é que
a igreja comunique por meios diretos e indiretos que o que Deus espera da humanidade caída é
o aperfeiçoamento moral. Ao fazê-lo, a igreja subverte o Evangelho e comunica um falso
evangelho a um mundo caído.

A Igreja de Cristo não tem outra opção senão ensinar a Palavra de Deus, e a Bíblia revela
fielmente a lei de Deus e um código moral abrangente. Os cristãos entendem que Deus se
revelou através da criação de tal maneira que Ele dotou toda a humanidade com o poder
restritivo da lei. Além disso, Ele nos falou em Sua palavra nos presenteando com regras
específicas e uma instrução moral detalhada. A fiel Igreja do Senhor Jesus Cristo deve lutar pela
retidão desses mandamentos e da graça que nos foi dada no conhecimento do que é bom e do
que é mal. Também temos a responsabilidade de testemunhar esse conhecimento do bem e do
mal para nossos próximos. O poder restritivo da lei é essencial para a comunidade humana e
para a civilização.

Assim como os pais corretamente ensinam seus filhos a obedecer à instrução moral, a igreja
também tem a responsabilidade de ensinar os próprios mandamentos morais de Deus e de dar
testemunho sobre o que Deus declarou ser bom e correto para as criaturas humanas.

Mas esses impulsos, certos e necessários como são, não são o Evangelho. De fato, um dos
mais insidiosos e falsos evangelhos é um moralismo que promete o favor de Deus e a
satisfação da justiça de Deus aos pecadores se eles apenas se comportarem e se
comprometerem com o aperfeiçoamento moral.

O impulso moralista na igreja reduz a Bíblia a um livro de códigos para o comportamento


humano e substitui o Evangelho de Jesus Cristo pela instrução moral. Muitos púlpitos
evangélicos são entregues a mensagens moralistas e não à pregação do Evangelho.

O corretivo para o moralismo vem diretamente do apóstolo Paulo quando ele insiste que “o
homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus”. A salvação vem
para aqueles que são “justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da
lei, ninguém será justificado” [Gal. 2:16].

Pecamos contra Cristo e deturpamos o Evangelho quando sugerimos aos pecadores que o que
Deus exige deles é crescimento moral de acordo com a lei. O moralismo faz sentido para os
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pecadores, pois é apenas uma expansão do que nos foi ensinado desde os nossos primeiros
dias. Mas o moralismo não é o Evangelho e não salvará ninguém. O único evangelho que salva
é o Evangelho de Cristo. Paulo lembrou aos gálatas: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a
fim de que recebêssemos a adoção de filhos” [Gal. 4: 4-5].

Somos justificados somente pela fé, salvos apenas pela graça e redimidos de nosso pecado
somente por Cristo. O moralismo produz pecadores que são (potencialmente) melhor
comportados. O Evangelho de Cristo transforma os pecadores nos filhos e filhas adotivos de
Deus.

A Igreja nunca deve fugir, acomodar, revisar ou ocultar a lei de Deus. De fato, é a Lei que nos
mostra nosso pecado e deixa clara nossa inadequação e nossa total falta de retidão. A Lei não
pode transmitir a vida, mas, como Paulo insiste, “nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a
fim de que fôssemos justificados por fé” [Gal. 3:24].

O perigo mortal do moralismo tem sido uma constante tentação para a igreja e um substituto
sempre conveniente para o Evangelho. Claramente, milhões de nossos próximos acreditam que
o moralismo é nossa mensagem. Nada menos do que a pregação mais ousada do Evangelho
será suficiente para corrigir essa impressão e levar os pecadores à salvação em Cristo.

O inferno será altamente povoado com aqueles que foram “criados corretamente”. Os cidadãos
do céu serão aqueles que, pela pura graça e misericórdia de Deus, estarão ali unicamente por
causa da justiça imputada por Jesus Cristo.

Moralismo não é o evangelho.

 Tags: comportamento, evangelho, Falsos ensinamentos, moralismo

Traduzido por Kimberly Anastacio | Reforma21.org | Original aqui

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