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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

EM PROCESSO

Caderno do Professor
9º ano Ensino Fundamental
Língua Portuguesa

São Paulo
1º Bimestre de 2019
22ª edição

1
APRESENTAÇÃO

A Avaliação da Aprendizagem em Processo – AAP - se caracteriza como ação


desenvolvida de modo colaborativo entre a Coordenadoria Pedagógica e a
Coordenadoria de Informação, Tecnologia, Evidência e Matrícula.
Iniciada em 2011, em apenas dois anos/séries, foi gradativamente sendo
expandida e desde 2015 está abrangendo todos os alunos do Ensino Fundamental e
Ensino Médio além de, continuamente, aprimorar seus instrumentos e formas de
registro.
A AAP, fundamentada no Currículo do Estado de São Paulo, propõe o
acompanhamento da aprendizagem das turmas e alunos, de forma individualizada,
tendo caráter diagnóstico. Tem como objetivo apoiar as unidades e os docentes na
elaboração de estratégias adequadas, a partir da análise de seus resultados, que
contribuam efetivamente para melhoria da aprendizagem e desempenho dos
alunos, especialmente nas ações de recuperação contínua.
As habilidades selecionadas para a AAP, em Língua Portuguesa e Matemática,
passaram a ter como referência, a partir de 2016, a Matriz de Avaliação Processual
elaborada pela COPED e já disponibilizada à rede. Nas edições de 2019 prossegue
esse mesmo referencial assim como, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
permanece a articulação com as expectativas de aprendizagem de Língua
Portuguesa e Matemática e com os materiais do Programa Ler e Escrever e
Educação Matemática nos Anos Iniciais – EMAI.
Além da formulação dos instrumentos de avaliação, na forma de cadernos de
provas para os alunos, também foram elaborados os respectivos Cadernos do
Professor, com orientações específicas para os docentes, contendo instruções para a
aplicação da prova (Anos Iniciais), quadro de habilidades de cada prova, exemplar
da prova, gabarito, orientações para correção (Anos Iniciais), grade de correção e
recomendações pedagógicas gerais.
Estes subsídios, agregados aos registros que o professor já possui e
juntamente com as informações incorporadas na Plataforma Foco Aprendizagem, a
partir dos dados inseridos pelos docentes no SARA – Sistema de Acompanhamento
dos Resultados de Avaliações – devem auxiliar no planejamento, replanejamento e
acompanhamento das ações pedagógicas, mobilizando procedimentos, atitudes e
conceitos necessários para as atividades de sala de aula, sobretudo aquelas
relacionadas aos processos de recuperação das aprendizagens.

COORDENADORIA DE INFORMAÇÃO,
COORDENADORIA PEDAGÓGICA
TECNOLOGIA, EVIDÊNCIA E MATRÍCULA -
COPED
CITEM

2
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
9º ano EF – 1º bimestre 2019 – 22ª Edição
Língua Portuguesa – Caderno do Professor

Questão Gabarito Habilidade

1 C Reconhecer aspectos linguísticos (preposição, conjunção e


pronome relativo) em funcionamento em um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).
2 D Identificar a tese de um texto.

3 A Identificar relações entre segmentos de um texto (verbete,


entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião), a partir de substituição por sinonímia.

4 A Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades


linguísticas em um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica,
charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).
5 D Inferir informação implícita em um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).
6 B Estabelecer relações entre textos verbais (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião) e/ou textos não verbais).
7 B Identificar a tese texto.

8 D Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades


linguísticas em um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica,
charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).

3
9 A Identificar relações entre segmentos de um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião), a partir de substituição por sinonímia.
10 A Reconhecer aspectos linguísticos (preposição, conjunção e
pronome relativo) em funcionamento em um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).
11 D Inferir informação implícita em um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).
12 B Estabelecer relações entre textos verbais (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião) e/ou textos não verbais.

4
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
9º ano EF – 1º bimestre 2019 – 22ª Edição
Língua Portuguesa – Caderno do Professor

Leia o texto e responda às questões 01 e 02.

Por medo de injeção, jovem de 16 anos não tomou vacina e acabou com HPV
Larissa Leiros Baroni

Do UOL, em São Paulo

06/12/201704h00

Getty Images/iStockphoto

Mais da metade da população brasileira de 16 a 25 anos tem HPV - HPV é a abreviatura de “human
papilomavirus”, que significa papilomavirus humano.

Mesmo sabendo dos riscos do HPV, o medo da injeção e a falsa sensação de que
"nada de ruim poderia acontecer" fez com que uma paranaense de 16 anos
deixasse de tomar a vacina contra o vírus causador de verruga genital, do câncer
de colo de útero e de outros tipos de tumor. Três anos depois de conscientemente
não seguir os conselhos da mãe para ser imunizada, a jovem descobriu que estava
infectada. [...]
O caso da paranaense é comum. Segundo um estudo epidemiológico do Ministério
da Saúde, mais da metade da população brasileira de 16 a 25 anos tem HPV,
sendo que 38,4% dos infectados apresentam alto risco para o desenvolvimento de
câncer.

5
A capital com a maior taxa de prevalência1 do vírus é Salvador, com 71,9% da
população infectada. Em seguida, aparecem Palmas (61,8%), Cuiabá (61,5%) e
Macapá (61,3%).
Na outra ponta da lista, com a menor prevalência está Recife, com índice de
41,2%. A cidade de São Paulo tem taxa de 52%, próxima do índice nacional. [...]
Apesar das altas taxas de infecção, a cobertura da vacina contra o HPV ainda é
bem baixa. Entre 2014 e 2017, apenas 48,2% das meninas de 9 a 15 anos foram
imunizadas. Uma aceitação ainda menor entre os meninos de 12 a 13 anos, que
foram incluídos na campanha de vacinação do SUS este ano. Entre eles, o índice
foi de 28,3%. Cobertura muito inferior à meta do Ministério da Saúde, que era
alcançar cerca de 80% do público-alvo da vacinação. [...]
Mas essa baixa adesão não é uma exclusividade do Brasil. Japão, Irlanda e
Dinamarca são alguns dos países mundo afora a testemunharem a queda das
taxas de aceitação da vacina.
Para Edison Natal Fedrizzi, chefe do Centro de Pesquisa Clínica "Projeto HPV" da
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), há três principais motivos que
explicam a rejeição à vacina.
"O primeiro deles é a falta de orientação médica a esses jovens, que, nessa fase,
acabam não mais sendo acompanhados pelo pediatra nem mesmo por
ginecologistas ou urologistas", afirma o especialista, que também cita os boatos
contrários à imunização e a dificuldade que muitos pais tem de levar os filhos para
receber a proteção. "Voltar a aplicar as vacinas nas escolas é uma importante
estratégia para reverter esses índices."
O problema maior, como aponta Fedrizzi, está na aplicação das doses extras da
vacina, onde a aceitação é ainda menor. "Há muitas meninas que chegaram a
tomar a primeira dose, mas não voltaram para tomar o reforço", alerta ele, que
explica que a vacina contra o vírus é aplicada em duas doses --para meninos e
meninas de 9 a 14 anos-- ou três --para pessoas acima de 15 anos.
Para quem tomou apenas uma das doses da vacina, o médico explica que sempre
há tempo. "A vacinação é um processo que só se completa, nunca se reinicia. Ou

1
pre·va·lên·ci·a (latim praevalentia, -ae) substantivo feminino Qualidade daquele ou daquilo que prevalece.
"prevalência", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
<https://www.priberam.pt/dlpo/preval%C3%AAncia> . Acesso em: 14. fev. 2019.

6
seja, mesmo que você demore a tomar a segunda dose, não será preciso repetir a
primeira.

Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2017/12/06/por-medo-de-picada-


jovem-de-16-anos-nao-tomou-vacina-e-acabou-com-hpv.htm>. Acesso em: 13 fev. 2019 (adaptado)

Habilidade
Reconhecer aspectos linguísticos (preposição, conjunção e pronome relativo)
em funcionamento em um texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação
científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha, carta
de intenção, de opinião).

Questão 01

Em “[...] Cobertura muito inferior à meta do Ministério da Saúde, que era alcançar
cerca de 80% do público-alvo da vacinação. [...]”, o pronome relativo em destaque
“que” refere-se à

(A) cobertura muito inferior.


(B) vacinação do público-alvo.
(C) meta do Ministério da Saúde.
(D) aplicação da vacina contra o HPV.

7
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) cobertura muito inferior. Resposta incorreta. O pronome relativo não
se refere à cobertura inferior.

(B) vacinação do público-alvo. Resposta incorreta. O pronome relativo se


refere à meta do MS para a vacinação, não
à vacinação.
(C) meta do Ministério da Resposta correta. O pronome relativo
Saúde. sempre faz referência a um termo
antecedente2, nesse caso “que” retoma a
expressão “meta do Ministério da
Saúde.”. Para localizar o antecedente na
oração anterior, basta perguntar
“alcançar cerca de 80% do público-alvo
da vacinação era o quê/refere-se a quê?”
(D) aplicação da vacina contra o Resposta incorreta. O pronome relativo
HPV. “que” se refere à meta do MS para a
vacinação e não à aplicação da vacina.

Habilidade
Identificar a tese de um texto.

Questão 02

No texto, uma das teses presentes é a de que:


(A) “Na outra ponta da lista, com a menor prevalência está Recife, com índice de
41,2%”.
(B) “A capital com a maior taxa de prevalência do vírus é Salvador, com 71,9% da
população infectada”.
(C) Mais da metade da população brasileira de 16 a 25 anos está infectada pelo
HPV.
(D) A vacinação na escola é uma estratégia para abaixar os índices de
pessoas infectadas pelo HPV.

2CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro:
Lexikon, 2013. p. 356.
8
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) “Na outra ponta da lista, com Resposta incorreta. Nesta alternativa há
a menor prevalência está Recife, uma informação sobre a incidência da
com índice de 41,2%”. doença em Recife. Não uma tese do autor
da notícia.
(B) “A capital com a maior taxa Resposta incorreta. Não se trata da tese do
de prevalência do vírus é autor, mas de um dado apresentado sobre a
Salvador, com 71,9% da prevalência do vírus em Salvador.
população infectada”.
(C) Mais da metade da Resposta incorreta. Não há uma tese
população brasileira de 16 a 25 defendida pelo autor. Há uma informação
anos está infectada pelo HPV. sobre a população brasileira infectada pelo
HPV.
(D) A vacinação na escola é Resposta correta. Apesar das altas taxas
uma estratégia para abaixar os de prevalência do HPV no Brasil, há
índices de pessoas infectadas baixa adesão à vacina. Por isso, há no
pelo HPV. texto, valendo-se da fala do especialista
Edison Natal Fedrizzi, a defesa da tese
de que voltar a aplicar as vacinas nas
escolas é uma estratégia importante para
reverter a situação, ou seja, abaixar os
índices de pessoas infectadas pelo HPV.

9
Leia o texto e responda às questões 03 e 04.

Cuidado com fake news na nutrição!


Sophie Deram 06/02/2019 04h00

Atualmente, há um excesso de informação sobre os alimentos e nutrição que causa muita


confusão nas pessoas. Todos os dias aparecem novas dicas e dietas na internet: desde
listas com alimentos e nutrientes milagrosos até aqueles que são considerados venenos.
Não existem alimentos "bons" ou "ruins"
Dividir os alimentos em "bons" e "ruins", que "engordam" e "emagrecem" ou que "curam"
doenças, é lançar um olhar reducionista sobre a nutrição. Isso não existe! Demonizar
alimentos é fazer terrorismo nutricional – e muitas vezes, essas informações não passam
de pseudociência3 – é o que chamo de "nutricionismo". Esse termo foi inventado por
Gyorgy Scrinis, professor de Política Pública de Alimento e Nutrição na Universidade de
Melbourne, Austrália, a partir da junção de "nutrição" e "cientificismo" (excesso de ciência).
Muitas pessoas buscam por informações na ânsia de conseguir mudanças no corpo ou
para ter mais saúde e qualidade de vida e se deparam com o "nutricionismo" na internet.
Cuidado com orientações nutricionais para curar o câncer
Imagina uma pessoa que está passando por um tratamento de uma doença grave e
encontra informações sobre alimentos que supostamente "curam", como, por exemplo,
acontece com o câncer. Certamente, essa pessoa sentirá necessidade de seguir essas
falsas recomendações: "fake news". Infelizmente, isso pode prejudicar no tratamento e
trazer efeitos contrários à saúde. [...]

3
Pseudociência: Crenças ou afirmações que se considera, sem razão, científicas, mas que não passaram pelos
rigorosos métodos científicos.
10
Profissionais da saúde do Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo) e SBOC (Sociedade
Brasileira de Oncologia Clínica) não recomendam essa dieta como forma de tratamento do
câncer. Como embasamento para isso, foi publicada uma revisão sistemática de 500
estudos clínicos sobre a dieta cetogênica4 e o câncer, e concluiu-se que em nenhum deles
foi constatada diminuição da progressão do tumor, nem melhora na qualidade de vida dos
pacientes que se submeteram a esse tipo de restrição alimentar.

Alerta a Fake News na prevenção e tratamento do câncer


O tema "Fake News" foi abordado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), no fórum
"Dietas restritivas em oncologia: tem fake news na ciência", realizado no dia 17/01/2019.
Em razão da enorme quantidade de informações falsas e sem embasamento científico
sobre os supostos superalimentos e dietas restritivas durante o tratamento do câncer que
são divulgadas nas redes sociais, o INCA se posicionou a respeito, lançando uma cartilha
para os pacientes durante o tratamento.
A cartilha, que se chama "Dietas Restritivas e Alimentos Milagrosos Durante o Tratamento
do Câncer: Fique fora dessa!", foi elaborada para desmistificar essas informações que
podem atrapalhar o tratamento do paciente, comprometendo ainda mais sua saúde.
O INCA acredita que os profissionais de saúde devem ter o compromisso de disseminar
informações comprovadas, e a orientação para profissionais e pacientes é de que não
recomendem e nem sigam as dietas detox5, alcalina6, low carb7 e nem cetogênica8, já que
ainda não existem evidências científicas que comprovam o efeito benéfico dessas dietas
durante o tratamento de câncer.
Quando se trata de orientações nutricionais para a prevenção e cura dos cânceres, é
importante basear-se em evidências cientificas. [...] Cada caso é um caso e deve ser
tratado com especialistas.
[...]
É preciso estar atento com a pseudociência e filtrar o que se lê na internet. O excesso de
informação pode atrapalhar seu equilíbrio, principalmente no que tange à saúde física,
psicológica e social. Rever seu estilo de vida como um todo também trará benefícios para
sua saúde.
Disponível em: <https://nutricaosemneura.blogosfera.uol.com.br/2019/02/06/cuidado-com-fake-news-na-
nutricao-veja-o-exemplo-do-cancer/>. Acesso em: 12 fev. 2019. (adaptado)

4
Dieta cetogênica: regime alimentar que prevê o alto consumo de gordura e proteína e baixa ingestão de
carboidrato
5
Dieta detox: alimentos orgânicos e pobres em gordura
6Dieta alcalina ou dieta do pH (potencial Hidrogeniônico) está associada à perda de peso, a partir do consumo
de alimentos como frutas e legumes frescos.
7
Dieta low carb: dieta alimentar que reduz o consumo de carboidratos.
8
Dieta cetogênica: Ver nota 3.
11
Habilidade
Identificar relações entre segmentos de um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha,
carta de intenção, de opinião), a partir de substituição por sinonímia.

Questão 03
Em “Muitas pessoas buscam por informações na ânsia de conseguir mudanças no
corpo ou para ter mais saúde e qualidade de vida e se deparam com o
"nutricionismo" na internet”, a palavra grifada tem o mesmo sentido de outra
utilizada no texto que é:

(A) Pseudocìência.
(B) Alcalina.
(C) Detox.
(D) Low carb.

GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES.
(A) Pseudociência. Resposta correta. No parágrafo anterior,
o autor explica a relação entre a duas
palavras (no contexto do texto) “[...]
muitas vezes, essas informações não
passam de pseudociência – é o que
chamo de “nutricionismo”’.
(B) Alcalina. Resposta incorreta. A palavra alcalina
aparece no penúltimo parágrafo do texto,
mas não se trata de sinônimo de
“nutricionismo”’.
(C) Detox. Resposta incorreta. A palavra detox
aparece no penúltimo parágrafo do texto,
mas não se trata de sinônimo de
“nutricionismo
(D) Low carb. Resposta incorreta. A palavra low carb.
aparece no penúltimo parágrafo do texto,
mas não se trata de sinônimo de
“nutricionismo”’.
12
Habilidade
Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades linguísticas em um
texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).

Questão 04
Em "Dietas Restritivas e Alimentos Milagrosos Durante o Tratamento do Câncer:
Fique fora dessa!", a expressão destacada é um exemplo de linguagem

(A) informal, uma maneira de dizer que não se deve fazer algo por ser
“ruim”.
(B) regional, pois é característica dos moradores do interior de São Paulo.
(C) formal, sendo utilizada em comunicações específicas da área médica.
(D) culta, utilizada em artigos publicados em congressos que tratam do tema.

Habilidade
Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades linguísticas em um
texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).

GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) informal, uma maneira de Resposta correta. A expressão
dizer que não se deve fazer algo Fique fora dessa, enfatiza a ideia de
por ser “ruim”. que algo não deve ser realizado. No
texto, refere-se às Dietas Restritivas
e Alimentos Milagrosos Durante o
Tratamento do Câncer. É utilizada em
situações em que não se exige
obediência às normas da língua
prestigiadas socialmente.

13
(B) regional, pois é característica Resposta incorreta. Não se trata de
do interior de São Paulo. linguagem regional do interior de São
Paulo. É expressão utilizada
informalmente em todo o Brasil.
(C) formal, sendo utilizada em Resposta incorreta. Não se trata de
comunicações específicas da área linguagem formal e nem utilizada na
médica. comunicação da área médica.

(D) culta, utilizada em artigos Resposta incorreta. Não se trata de


publicados em congressos que expressão da linguagem culta.
tratam do tema.

Leia o texto e responda à questão 05.

Disponível em: <https://goo.gl/7eoxDt:>. Acesso em: 13 fev. 2019.

Habilidade
Inferir informação implícita em um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião).

14
Questão 05

Pela leitura do texto, a expressão “Logo, sou imortal”

(A) tem o intuito de fazer uma crítica à descoberta científica apresentada.


(B) demonstra que o autor desconfia do que a descoberta científica propõe.
(C) significa que o autor não entendeu o que as descobertas científicas
demonstram.
(D) refere-se ao fato de que o autor ri muito e com frequência, daí a ideia de
viver eternamente.
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) tem o intuito de fazer uma Resposta incorreta. Não há, no texto,
crítica à descoberta científica nenhuma crítica à descoberta científica.
apresentada.

(B) demonstra que o autor Resposta incorreta. O autor não


desconfia do que a descoberta desconfia da descoberta científica, ao
científica propõe. contrário por acreditar nela, conclui que
será imortal.
(C) significa que o autor não Resposta incorreta. O autor entendeu o
entendeu o que as descobertas que as descobertas científicas
científicas demonstram. demonstram e acredita em sua
imortalidade.
(D) refere-se ao fato de que o Resposta correta. O autor ao tomar
autor ri muito e com frequência, conhecimento da teoria científica de
daí a ideia de viver eternamente. que cada 15 minutos de riso equivale
a viver um dia a mais, conclui que
será imortal (apropria-se da teoria de
Descartes9), isso porque há uma
imagem no texto de alguém sorrindo
e feliz.

9
René Descartes (1596-1650) foi físico, matemático e filósofo francês. Criador do pensamento cartesiano.
Autor da frase "Penso, Logo Existo".
15
Leia os Textos I e II e responda à questão 06.

Texto I

Disponível em: <http://beta788.humortadela.com.br//charges/93499>. Acesso em: 07 fev. 2019.

Texto II
Sambas das escolas do carnaval de São Paulo são traduzidos para a língua
dos sinais

Secretaria da Pessoa com Deficiência promove com as escolas do carnaval de SP o


projeto 'samba com as mãos'.

Por Beatriz Finelli e Andressa Rogê, SP2


11/02/2019 19h24 Atualizado há 23 horas

SP2
--:-/-Sambas são traduzidos para libras

O carnaval de São Paulo está cada vez mais inclusivo. Já estão na internet
vídeos com os sambas das escolas em libras, a língua de sinais dos surdos. O
desafio que é traduzir as composições cheias de metáforas e palavras
estrangeiras. É o projeto "Samba com as mãos", da Secretaria Municipal da
16
Pessoa com Deficiência. Todas as escolas ganharam um filme com a versão em
libras do seu samba-enredo. Os intérpretes são voluntários surdos e ouvintes, que
se revezam nos 14 sambas enredo do Grupo Especial.
[...]

Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/carnaval/2019/noticia/2019/02/11/sambas-das-escolas-do-


carnaval-de-sao-paulo-sao-traduzidos-para-a-linguagem-dos-sinais.ghtml>. Acesso em: 13 fev. 2019.

Habilidade
Estabelecer relações entre textos verbais (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião) e/ou textos não verbais.

Questão 06

Quanto à relação entre os Textos I e II,

(A) o Carnaval do Rio de Janeiro é de exclusão, enquanto o de São Paulo é de


inclusão.
(B) o desenho do sapato na roupa do homem significa exclusão; já as
mãos dos intérpretes (Texto II), simbolizam inclusão.
(C) o Texto I remete ao significado de “samba no pé”; enquanto o II, mostra que
o samba está nas mãos.
(D) ambos remetem à alegria contagiante do Carnaval de São Paulo e do Rio de
Janeiro.

17
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) o Carnaval do Rio de Janeiro Resposta incorreta. O Carnaval de São
é de exclusão, enquanto o de Paulo propõe a inclusão a partir do
São Paulo é de inclusão. momento em que a Secretaria
Municipal da Pessoa com Deficiência
disponibiliza vídeos, na internet, com os
sambas-enredos das escolas de samba
vertidos para Libras (língua de sinais
dos surdos). Não há qualquer indício de
que o Carnaval do Rio de Janeiro exclui
pessoas.
(B) o desenho do sapato na Resposta correta. O Texto I é um
roupa do homem significa texto multimodal composto por
exclusão; já as mãos dos imagens e palavras. O capacete
intérpretes (Texto II), caracteriza o homem como
simbolizam inclusão. trabalhador e a marca de um sapato
em seu traseiro (texto não verbal),
aliada à sua fala (texto verbal: “Já
sambei!”), permitem ao leitor
compreender que ele “sambou”
porque foi despedido do trabalho.
Nesse trecho da charge, é importante
relacionar o texto verbal, em que o
verbo “sambar” está usado em
sentido figurado, e o texto não
verbal: a figura do homem
desenhada com a marca de um pé
(sapato) no traseiro. Há também uma
referência da expressão “samba no
pé” que significa que uma pessoa
sabe dançar o samba muito bem,
entretanto, na charge, como já foi
dito, a imagem do pé significa a
perda do trabalho.
No Texto II, as mãos do intérprete
simbolizam a inclusão porque,
permitem que as pessoas com
deficiência auditiva conheçam os
sambas-enredos das escolas e
possam participar do carnaval.

18
(C) o Texto I remete ao significado Resposta incorreta. “Samba no pé” é
de “samba no pé”; enquanto o II, uma expressão que significa saber
mostra que o samba está nas mãos. dançar o samba, mas não é o que o
desenho do pé simboliza no Texto I, a
marca de um sapato (por extensão,
remetendo a um pé) no traseiro (texto
não verbal), do homem, aliada à sua
fala (texto verbal: “Já sambei!”),
permitem ao leitor compreender que ele
“sambou” porque foi despedido do
trabalho; não é, portanto, o que remete
à expressão “samba no pé”. No Texto
II, é possível dizer que o samba está
nas mãos, pois as mãos “traduzem” as
letras dos sambas-enredos.

(D) ambos remetem à alegria Resposta incorreta. O fato de que o


contagiante do Carnaval de São Carnaval do Rio ser animado nada tem
Paulo e do Rio de Janeiro. a ver com o que está posto na charge
(Texto I). O verbo “sambar”, em “Já
sambei!”, está usado com outra
conotação, em sentido figurado: a de
que ele não se saiu bem no emprego e
por isso foi despedido. Já no Carnaval
de São Paulo, além do texto verbal
trazer uma boa novidade, as imagens
mostram as pessoas alegres, ou seja,
texto verbal e não verbal trazendo a
alegria do carnaval.

19
Leia o texto e responda às questões 07 e 08.

Primeiro homem britânico era negro e tinha olhos azuis


por Redação — publicado 07/02/2018 13h30, última modificação 07/02/2018 13h31

Batizado de 'Homem de Cheddar', caçador-coletor viveu há 10 mil anos


Justin Tallis / AFP

Reconstrução facial do "Cheddar Man", exposta no Museu de História Natural de Londres

O primeiro homem britânico conhecido, que viveu há 10 mil anos, era negro e tinha
olhos azuis, segundo a reconstituição de seu rosto feita por uma equipe de
pesquisadores.

Conhecido como "Homem de Cheddar" ("Cheddar Man", no original em inglês),


nome do local do sudoeste da Inglaterra onde seu esqueleto foi descoberto, ele
tinha o rosto anguloso, o cabelo negro ondulado, olhos azuis e pele escura. Media
pouco mais de um metro e meio e, provavelmente, viveu só até os 20 anos.

20
"É surpreendente ver que um britânico de há 10 mil anos podia ter a pele bem
escura e os olhos azuis", comentou o diretor de Pesquisas do Museu de História
Nacional de Londres, Chris Stringer.

A reconstituição foi possível graças a dois fatores: a qualidade do DNA extraído,


particularmente bem conservado para um esqueleto tão antigo, e as novas técnicas
de sequenciamento do genoma - com as quais se pode determinar a sequência
genética completa de um organismo.

A qualidade do DNA é explicada porque o esqueleto foi descoberto, em 1903,


na caverna Gough, que fica no condado de Cheddar, em Somerset. "As condições
são constantes, o ar é fresco e seco, o que permitiu evitar sua deterioração",
explicou a pesquisadora Selina Brace.

O Homem de Cheddar era parte de uma população de caçadores-coletores que


imigrou do Oriente Médio para o norte da Europa, ao final da última era glacial.

Hoje em dia, cerca de 10% da população britânica branca é descendente de um


deles. A mudança para uma pele mais clara dominante entre os britânicos se
deveu, em parte, à invenção da agricultura e à modificação da dieta, mais pobre
em vitamina D, explicou Stringer.

"Não sugerimos que o 'Cheddar Man' evoluiu até desenvolver uma pele mais clara,
e sim que houve ondas de populações de pessoas que dominavam a agricultura e
portavam o gene de uma cor de pele mais clara", acrescentou.

Disponível em: <http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2018/02/primeiro-homem-britanico-era-negro-e-


tinha-olhos-azuis-10158430.html>. Acesso em: 13 fev. 2019.

Habilidade
Identificar a tese de um texto.

Questão 07

No texto, o autor defende a tese de que

21
(A) houve migração de populações, com a pele mais clara, que dominavam a
agricultura.
(B) era negro de olhos azuis, o primeiro homem britânico conhecido, que
viveu há mais de 10 mil anos.
(C) a reconstituição do Homem de Cheddar foi feita a partir de novas técnicas de
sequenciamento do genoma.
(D) o esqueleto foi descoberto em 1903, na caverna Gough, que fica no condado
de Cheddar, em Somerset.

GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) houve migração de Resposta incorreta. Essa é uma informação
populações, com a pele mais encontrada no texto. Não é uma tese
clara, que dominavam a defendida pelo autor.
agricultura.
(B) era negro de olhos azuis, Resposta correta. O autor, com base nas
o primeiro homem britânico informações e em pesquisas científicas
conhecido, que viveu há realizadas, defende a tese de que o
mais de 10 mil anos. primeiro homem britânico conhecido era
negro, tinha olhos azuis e viveu há mais
de 10 mil anos.
(C) a reconstituição do Resposta incorreta. A alternativa C traz uma
Homem de Cheddar foi feita a informação localizada no texto. Não é uma
partir de novas técnicas de tese do autor.
sequenciamento do genoma.
(D) o esqueleto foi descoberto Resposta incorreta. Essa é uma informação
em 1903, na caverna Gough, encontrada no texto. Não é uma tese
que fica no condado de defendida pelo autor.
Cheddar, em Somerset.

22
Habilidade
Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades linguísticas em um
texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).

Questão 08
No texto da notícia, predomina o emprego de linguagem

(A) coloquial, típica da comunicação oral.


(B) informal, sem preocupação com a gramática.
(C) regional, própria de habitantes da região pesquisada.
(D) formal, de acordo com a norma-padrão.

GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) coloquial, típica da Resposta incorreta. O texto lido é uma
comunicação oral. notícia, publicada na internet. A
linguagem utilizada é típica de textos
escritos que seguem a norma-padrão,
como este, referente a uma pesquisa na
área da antropologia.
(B) informal, sem preocupação Resposta incorreta. O texto da notícia
com a gramática. está escrito de acordo com as regras
gramaticais e a linguagem não é informal.
Resposta incorreta. Não há indícios de
(C) regional, própria da região linguagem regional e o texto está escrito em
pesquisada.. português, e não inglês, o idioma falado na
região pesquisada..
(D) formal, de acordo com a Resposta correta. O texto da notícia está
norma-padrão. escrito segundo a norma-padrão da
língua portuguesa, pois a linguagem é
formal. Esse aspecto é característico
desse gênero textual.

23
Leia o texto e responda à questão 09.

Gato gato gato


Oto Lara Resende

Familiar aos cacos de vidro inofensivos, o gato caminhava molengamente por cima
do muro. O menino ia erguer-se, apanhar um graveto, respirar o hálito fresco do
porão. Sua úmida penumbra. Mas a presença do gato. O gato, que parou indeciso,
o rabo na pachorra10 de uma quase interrogação. [...] Gato – leu no silêncio da
própria boca. Na palavra não cabe o gato, toda a verdade de um gato. Aquele ali,
ocioso, lento, emoliente11– em cima do muro. As coisas aceitam a incompreensão
de um nome que não está cheio delas. Mas bicho, carece nomear direito: como
rinoceronte ou girafa, se tivesse mais uma sílaba para caber o pescoço comprido.
Girarafa, girafafa. Gatimonha, gatimanho12. Falta um nome completo, felinoso e
peludo, ronronante13 de astúcias adormecidas. O pisa-macio [...]. Pezinhos de um
lado, pezinhos de outro, leve, bem de leve para não machucar o silêncio de feltro
nas mãos enluvadas. O pelo do gato para alisar. Limpinho, o quente contato da
mão no dorso, corcoveante14 e nodoso15 à carícia. O lânguido sono de
morfinômano16. O marzinho de leite no pires e a língua secreta, ágil. A ninhada de
gatos, os trêmulos filhotes de olhos cerrados. O novelo, a bola de papel – o menino
e o gato brincando. Gato lúdico17. O gatorro, mais felino do que o cachorro é
canino. [...]

RESENDE, Oto Lara. In: BOSI, Alfredo. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1975.

10 pachorra – lentidão.
11 emoliente – que amolece.
12 gatimonha, gatimanho – movimento lento com as mãos.
13 ronronante – referente ao ruído produzido pelo gato.
14 corcoveante – ondulante.
15 .nodoso – cheio de nós.
16 morfinômano – que gosta de dormir
17lúdico – relativo à brincadeira, ao jogo

24
Habilidade
Identificar relações entre segmentos de um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha,
carta de intenção, de opinião), a partir de substituição por sinonímia.

Questão 09

Em “O pisa macio”, o autor está se referindo ao

(A) gato.
(B) menino.
(C) muro.
(D) cachorro.

GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES.
(A) gato. Resposta correta. O pisa-macio é uma
das muitas expressões que o autor
utiliza para referir-se ao gato no texto.
(B) menino. Resposta incorreta. As relações de
sinonímia utilizadas pelo autor ao longo do
texto impossibilitam essa resposta. Toda
construção textual indica que o pisa macio
refere-se ao gato, e não ao menino.
(C) muro. Resposta incorreta. As relações de
sinonímia utilizadas pelo autor ao longo do
texto impossibilitam essa resposta. Toda
construção textual indica que o pisa macio
refere-se ao gato, e não ao muro.
(D) cachorro. Resposta incorreta. As relações de
sinonímia utilizadas pelo autor ao longo do
texto impossibilitam essa resposta. Toda
construção textual indica que o pisa macio
refere-se ao gato, e não ao cachorro.

25
Leia a crônica e responda às questões 10 e 11.

Zap

Moacyr Scliar

Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, mas devo dizer que
se trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia viver. Passo os dias
sentado na velha poltrona, mudando de um canal para outro — uma tarefa que
antes exigia certa movimentação, mas que agora ficou muito fácil. Estou num
canal, não gosto — zap, mudo para outro. Não gosto de novo — zap, mudo de
novo. Eu gostaria de ganhar em dólar num mês o número de vezes que você troca
de canal em uma hora, diz minha mãe. Trata-se de uma pretensão fantasiosa, mas
pelo menos indica disposição para o humor, admirável nessa mulher.
Sofre, minha mãe. Sempre sofreu: infância carente, pai cruel etc. Mas o seu
sofrimento aumentou muito quando meu pai a deixou. Já faz tempo; foi logo depois
que nasci, e estou agora com treze anos. Uma idade em que se vê muita televisão,
e em que se muda de canal constantemente, ainda que minha mãe ache isso um
absurdo. Da tela, uma moça sorridente pergunta se o caro telespectador já
conhece certo novo sabão em pó. Não conheço nem quero conhecer, de modo que
— zap — mudo de canal. "Não me abandone, Mariana, não me abandone!"
Abandono, sim. Não tenho o menor remorso, em se tratando de novelas: zap, e
agora é um desenho, que eu já vi duzentas vezes, e — zap — um homem falando.
Um homem, abraçado à guitarra elétrica, fala a uma entrevistadora. É um roqueiro.
Aliás, é o que está dizendo, que é um roqueiro, que sempre foi e sempre será um
roqueiro. Tal veemência se justifica, porque ele não parece um roqueiro. É meio
velho, tem cabelos grisalhos, rugas, falta-lhe um dente. É o meu pai. [...]

Disponível em: <http://www.releituras.com/mscliar_zap.asp>. Acesso em: 13 fev. 2019. (adaptado)

26
Habilidade
Reconhecer aspectos linguísticos (preposição, conjunção e pronome relativo)
em funcionamento em um texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação
científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).

Questão 10

Em “[...] uma tarefa que antes exigia certa movimentação, mas que agora ficou
muito fácil [...]”, a conjunção “mas”, em destaque, traz para a oração coordenada a
ideia de

(A) oposição
(B) conclusão.
(C) explicação
(D) adição.

27
GRADE DE CORREÇÃO

ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) oposição. Resposta correta. Há, na oração
introduzida pela conjunção coordenativa
adversativa “mas”, uma ideia oposta ao
que foi dito na oração anterior.
(B) conclusão. Resposta incorreta. A oração introduzida
pela conjunção coordenativa adversativa
“mas” não apresenta ideia de conclusão em
relação à oração anterior.
(C) explicação. Resposta incorreta. A oração introduzida
pela conjunção coordenativa adversativa
“mas” não apresenta ideia de explicação em
relação à oração anterior.
(D) adição. Resposta incorreta. A oração introduzida
pela conjunção coordenativa adversativa
“mas” não apresenta ideia de adição em
relação à oração anterior.

28
Habilidade
Inferir informação implícita em um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião).

Questão 11
Pela leitura da crônica, deduz-se que o personagem

(A) esconde da mãe o que gosta de ver na TV, por isso muda de canal todas as vezes em que
ela chega.
(B) prefere sua mãe bem-humorada separada do pai, ao invés de vê-la com o novo namorado.
(C) sabe selecionar os programas a que assiste na TV e sua mãe admira muito essa qualidade
dele.
(D) fica satisfeito ao exercer seu poder de mudar de canal na TV, com o
controle remoto.

GRADE DE CORREÇÃO

ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) esconde da mãe o que gosta de Resposta incorreta. Não há indícios, no
ver na TV, por isso muda de canal todas texto, de que o personagem fique mudando
as vezes que ela chega. de canal pela razão apontada na alternativa

(B) prefere sua mãe bem humorada Resposta incorreta. Não há pistas no texto
separada do pai, ao invés de vê-la que levem a essa conclusão. Sabe-se que
com o novo namorado. a mãe sofre, mas não se sabe se tem um
novo namorado.
(C) sabe selecionar os programas que Resposta incorreta. Essa afirmação não
assiste na TV e sua mãe admira encontra sustentação no próprio texto. O
muito essa qualidade dele. personagem declara que a mãe acha um
absurdo o número de vezes, que ele muda
de canal.

29
(D) fica satisfeito ao exercer seu Resposta correta. Embora o personagem
poder de mudar de canal na TV, não declare explicitamente essa
com o controle remoto. satisfação, o leitor pode fazer essa
dedução por meio de pistas deixadas no
próprio texto: “devo dizer que se trata
agora de um instrumento sem o qual eu
não saberia viver” / “Estou num canal,
não gosto — zap, mudo para outro. Não
gosto de novo — zap, mudo de novo.”
Leia os textos I e II e responda à questão 12.

Texto I

Disponível em: <goo.gl/3mHhdc>. Acesso em: 14 fev. 2019.

Texto II

"Se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro


para construir presídios"
Enquanto alguns Senhores justificam o injustificável, Darcy Ribeiro já disse o essencial

07/01/2017 às 15h30 - Atualizada em 07/01/2017 às 15h39


Jornal do Brasil

30
Uma das figuras mais importantes da história contemporânea do país, o
antropólogo, escritor e político Darcy Ribeiro nos ajuda a lembrar do essencial.
Senhores tentam justificar que nada ocorre de "excesso" nos presídios brasileiros,
mas o cenário atual corresponde a apenas isto, dito pelo antropólogo em 1982: "Se
os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para
construir presídios".
Disponível em:
<https://www.jb.com.br/index.php?id=/acervo/materia.php&cd_matia=836648&dinamico=1&preview
=1 />. Acesso em: 14 fev. 2019.

Habilidade
Estabelecer relações entre textos verbais (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião) e/ou textos não verbais.

Questão 12
Entre os dois textos, as ideias de construção de escolas e de presídios são

(A) divergentes. No Texto II, há uma crítica sobre a prioridade de os governadores


construírem presídios; no Texto I, um elogio a essa iniciativa.
(B) complementares. No Texto I, sabe-se que não é prioridade construir escolas;
no Texto II, percebe-se um alerta sobre essa prioridade.
(C) distintas. No Texto I, o diálogo entre os tijolos descarta a construção de presídios;
no Texto II, há um apelo à construção deles.
(D) convergentes. Nos dois textos há ideias sobre a prioridade na construção tanto de
escolas quanto de presídios.

GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) divergentes. No Texto II, Resposta incorreta. As afirmações que
há uma crítica sobre a constam na alternativa (A) não
prioridade de os governadores correspondem ao que se lê nos textos.
construírem presídios; no Texto
I, um elogio a essa iniciativa.

31
(B) complementares. No Resposta correta. Ao compreender os
Texto I, sabe-se que não é dois textos e fazer uma relação entre
prioridade construir escolas; eles, o leitor percebe que nos dois fala-
no Texto II, percebe-se um se sobre a construção de escolas, mas
alerta sobre essa prioridade. essa não é a prioridade dos
governantes. As ideias são
complementares, pois saber que a
construção de escolas não é prioridade
(Texto I), é importante e alertar sobre
essa prioridade, também é. Priorizar a
construção de escolas é priorizar
educação. Isso pode diminuir a
violência e a necessidade de construir
presídios.
(C) distintas. No Texto I, o Resposta incorreta. A leitura dos textos
diálogo entre os tijolos descarta não permite chegar às conclusões
a construção de presídios; no apresentadas em (C).
Texto II, há um apelo à
construção deles.

(D) convergentes. Nos dois Resposta incorreta. Essas afirmações não


textos há ideias sobre a correspondem ao que se lê nos textos.
prioridade na construção tanto
de escolas quanto de presídios.

32
Referências Bibliográficas

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português


Contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2013. p. 356.

Sites Pesquisados

<https://www.priberam.pt/dlpo/preval%C3%AAncia> . Acesso em: 14. fev. 2019.

<https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2017/12/06/por-medo-
de-picada-jovem-de-16-anos-nao-tomou-vacina-e-acabou-com-hpv.htm>. Acesso
em: 13 fev. 2019 (adaptado)

<https://nutricaosemneura.blogosfera.uol.com.br/2019/02/06/cuidado-com-fake-
news-na-nutricao-veja-o-exemplo-do-cancer/>. Acesso em: 12 fev. 2019.
(adaptado)

<https://goo.gl/7eoxDt:>. Acesso em: 13 fev. 2019.

<http://beta788.humortadela.com.br//charges/93499>. Acesso em: 07 fev. 2019.

<https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/carnaval/2019/noticia/2019/02/11/sambas-das-
escolas-do-carnaval-de-sao-paulo-sao-traduzidos-para-a-linguagem-dos-
sinais.ghtml>. Acesso em: 13 fev. 2019.

<http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2018/02/primeiro-homem-britanico-
era-negro-e-tinha-olhos-azuis-10158430.html>. Acesso em: 13 fev. 2019.

<http://www.releituras.com/mscliar_zap.asp>. Acesso em: 13 fev. 2019. (adaptado)

<goo.gl/3mHhdc>. Acesso em: 14 fev. 2019.

<https://www.jb.com.br/index.php?id=/acervo/materia.php&cd_matia=836648&dina
mico=1&preview=1 />. Acesso em: 14 fev. 2019.
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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
COORDENADORIAS
Coordenadoria Pedagógica - COPED
Coordenador: Caetano Pansani Siqueira

Coordenadoria de Informação, Tecnologia, Evidência e Matrícula - CMITE


Coordenadora: Fátima Elisabete Pereira Thimoteo
DEPARTAMENTOS

Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão Pedagógica - DECEGEP


Diretor: Valéria Arcari Muhi

Centro dos Anos Finais do Ensino Fundamental - CEFAF


Diretora: Carolina dos Santos Batista Murauskas

Centro de Ensino Médio - CEM


Diretora: Ana Joaquina Simões Sallares de Mattos Carvalho

Equipe Curricular de Língua Portuguesa – Leitura crítica e validação do material


Katia Regina Pessoa, Mara Lucia David; Marcos Rodrigues Ferreira; Mary Jacomine da Silva

Autoria do material de Língua Portuguesa


Katia Regina Pessoa – 6º e 7º ano EF; Rozeli Frasca Bueno Alves – 8º, 9º ano EF e 3ª série EM; Claricia
Akemi Eguti - 1ª e 2ª EM.

Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos das Diretorias de Ensino - Leitura crítica
e validação do material
Daniel Carvalho Nhani; Jacqueline da Silva Souza; Kátia Alexandra Amâncio Cruz; Tatiana Balli;
Wanessa Aparecida de Godoi Santana

Departamento de Avaliação Educacional - DAVED


Diretora: Patricia de Barros Monteiro
Assistente Técnica: Maria Julia Filgueira Ferreira

Centro de Planejamento e Análise de Avaliações - CEPAV


Diretor: Juvenal de Gouveia

Ademilde Ferreira de Souza, Cristiane Dias Mirisola, Soraia Calderoni Statonato, Márcia Soares de
Araújo Feitosa

Centro de Aplicação de Avaliações - CEAPA


Diretora: Isabelle Regina de Amorim Mesquita

Denis Delgado dos Santos, José Guilherme Brauner Filho, Kamila Lopes Candido, Nilson
Luiz da Costa Paes, Teresa Miyoko Souza Vilela

Departamento de Tecnologia de Sistemas - DETEC


Diretor: Marcos Aparecido Barros de Lima

Centro de Planejamento e Integração de Sistemas - CPLIS


Diretora: Camila da Silva Alcazar
Viviana Fernandes dos Santos – Analista de Sistemas

Representantes do CAPE
Leitura crítica, validação e adaptação do material para os deficientes visuais
Tânia Regina Martins Resende

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