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EM PROCESSO
Caderno do Professor
9º ano Ensino Fundamental
Língua Portuguesa
São Paulo
1º Bimestre de 2019
22ª edição
1
APRESENTAÇÃO
COORDENADORIA DE INFORMAÇÃO,
COORDENADORIA PEDAGÓGICA
TECNOLOGIA, EVIDÊNCIA E MATRÍCULA -
COPED
CITEM
2
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
9º ano EF – 1º bimestre 2019 – 22ª Edição
Língua Portuguesa – Caderno do Professor
3
9 A Identificar relações entre segmentos de um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião), a partir de substituição por sinonímia.
10 A Reconhecer aspectos linguísticos (preposição, conjunção e
pronome relativo) em funcionamento em um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).
11 D Inferir informação implícita em um texto (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).
12 B Estabelecer relações entre textos verbais (verbete,
entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião) e/ou textos não verbais.
4
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
9º ano EF – 1º bimestre 2019 – 22ª Edição
Língua Portuguesa – Caderno do Professor
Por medo de injeção, jovem de 16 anos não tomou vacina e acabou com HPV
Larissa Leiros Baroni
06/12/201704h00
Getty Images/iStockphoto
Mais da metade da população brasileira de 16 a 25 anos tem HPV - HPV é a abreviatura de “human
papilomavirus”, que significa papilomavirus humano.
Mesmo sabendo dos riscos do HPV, o medo da injeção e a falsa sensação de que
"nada de ruim poderia acontecer" fez com que uma paranaense de 16 anos
deixasse de tomar a vacina contra o vírus causador de verruga genital, do câncer
de colo de útero e de outros tipos de tumor. Três anos depois de conscientemente
não seguir os conselhos da mãe para ser imunizada, a jovem descobriu que estava
infectada. [...]
O caso da paranaense é comum. Segundo um estudo epidemiológico do Ministério
da Saúde, mais da metade da população brasileira de 16 a 25 anos tem HPV,
sendo que 38,4% dos infectados apresentam alto risco para o desenvolvimento de
câncer.
5
A capital com a maior taxa de prevalência1 do vírus é Salvador, com 71,9% da
população infectada. Em seguida, aparecem Palmas (61,8%), Cuiabá (61,5%) e
Macapá (61,3%).
Na outra ponta da lista, com a menor prevalência está Recife, com índice de
41,2%. A cidade de São Paulo tem taxa de 52%, próxima do índice nacional. [...]
Apesar das altas taxas de infecção, a cobertura da vacina contra o HPV ainda é
bem baixa. Entre 2014 e 2017, apenas 48,2% das meninas de 9 a 15 anos foram
imunizadas. Uma aceitação ainda menor entre os meninos de 12 a 13 anos, que
foram incluídos na campanha de vacinação do SUS este ano. Entre eles, o índice
foi de 28,3%. Cobertura muito inferior à meta do Ministério da Saúde, que era
alcançar cerca de 80% do público-alvo da vacinação. [...]
Mas essa baixa adesão não é uma exclusividade do Brasil. Japão, Irlanda e
Dinamarca são alguns dos países mundo afora a testemunharem a queda das
taxas de aceitação da vacina.
Para Edison Natal Fedrizzi, chefe do Centro de Pesquisa Clínica "Projeto HPV" da
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), há três principais motivos que
explicam a rejeição à vacina.
"O primeiro deles é a falta de orientação médica a esses jovens, que, nessa fase,
acabam não mais sendo acompanhados pelo pediatra nem mesmo por
ginecologistas ou urologistas", afirma o especialista, que também cita os boatos
contrários à imunização e a dificuldade que muitos pais tem de levar os filhos para
receber a proteção. "Voltar a aplicar as vacinas nas escolas é uma importante
estratégia para reverter esses índices."
O problema maior, como aponta Fedrizzi, está na aplicação das doses extras da
vacina, onde a aceitação é ainda menor. "Há muitas meninas que chegaram a
tomar a primeira dose, mas não voltaram para tomar o reforço", alerta ele, que
explica que a vacina contra o vírus é aplicada em duas doses --para meninos e
meninas de 9 a 14 anos-- ou três --para pessoas acima de 15 anos.
Para quem tomou apenas uma das doses da vacina, o médico explica que sempre
há tempo. "A vacinação é um processo que só se completa, nunca se reinicia. Ou
1
pre·va·lên·ci·a (latim praevalentia, -ae) substantivo feminino Qualidade daquele ou daquilo que prevalece.
"prevalência", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,
<https://www.priberam.pt/dlpo/preval%C3%AAncia> . Acesso em: 14. fev. 2019.
6
seja, mesmo que você demore a tomar a segunda dose, não será preciso repetir a
primeira.
Habilidade
Reconhecer aspectos linguísticos (preposição, conjunção e pronome relativo)
em funcionamento em um texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação
científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha, carta
de intenção, de opinião).
Questão 01
Em “[...] Cobertura muito inferior à meta do Ministério da Saúde, que era alcançar
cerca de 80% do público-alvo da vacinação. [...]”, o pronome relativo em destaque
“que” refere-se à
7
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) cobertura muito inferior. Resposta incorreta. O pronome relativo não
se refere à cobertura inferior.
Habilidade
Identificar a tese de um texto.
Questão 02
2CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro:
Lexikon, 2013. p. 356.
8
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) “Na outra ponta da lista, com Resposta incorreta. Nesta alternativa há
a menor prevalência está Recife, uma informação sobre a incidência da
com índice de 41,2%”. doença em Recife. Não uma tese do autor
da notícia.
(B) “A capital com a maior taxa Resposta incorreta. Não se trata da tese do
de prevalência do vírus é autor, mas de um dado apresentado sobre a
Salvador, com 71,9% da prevalência do vírus em Salvador.
população infectada”.
(C) Mais da metade da Resposta incorreta. Não há uma tese
população brasileira de 16 a 25 defendida pelo autor. Há uma informação
anos está infectada pelo HPV. sobre a população brasileira infectada pelo
HPV.
(D) A vacinação na escola é Resposta correta. Apesar das altas taxas
uma estratégia para abaixar os de prevalência do HPV no Brasil, há
índices de pessoas infectadas baixa adesão à vacina. Por isso, há no
pelo HPV. texto, valendo-se da fala do especialista
Edison Natal Fedrizzi, a defesa da tese
de que voltar a aplicar as vacinas nas
escolas é uma estratégia importante para
reverter a situação, ou seja, abaixar os
índices de pessoas infectadas pelo HPV.
9
Leia o texto e responda às questões 03 e 04.
3
Pseudociência: Crenças ou afirmações que se considera, sem razão, científicas, mas que não passaram pelos
rigorosos métodos científicos.
10
Profissionais da saúde do Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo) e SBOC (Sociedade
Brasileira de Oncologia Clínica) não recomendam essa dieta como forma de tratamento do
câncer. Como embasamento para isso, foi publicada uma revisão sistemática de 500
estudos clínicos sobre a dieta cetogênica4 e o câncer, e concluiu-se que em nenhum deles
foi constatada diminuição da progressão do tumor, nem melhora na qualidade de vida dos
pacientes que se submeteram a esse tipo de restrição alimentar.
4
Dieta cetogênica: regime alimentar que prevê o alto consumo de gordura e proteína e baixa ingestão de
carboidrato
5
Dieta detox: alimentos orgânicos e pobres em gordura
6Dieta alcalina ou dieta do pH (potencial Hidrogeniônico) está associada à perda de peso, a partir do consumo
de alimentos como frutas e legumes frescos.
7
Dieta low carb: dieta alimentar que reduz o consumo de carboidratos.
8
Dieta cetogênica: Ver nota 3.
11
Habilidade
Identificar relações entre segmentos de um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha,
carta de intenção, de opinião), a partir de substituição por sinonímia.
Questão 03
Em “Muitas pessoas buscam por informações na ânsia de conseguir mudanças no
corpo ou para ter mais saúde e qualidade de vida e se deparam com o
"nutricionismo" na internet”, a palavra grifada tem o mesmo sentido de outra
utilizada no texto que é:
(A) Pseudocìência.
(B) Alcalina.
(C) Detox.
(D) Low carb.
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES.
(A) Pseudociência. Resposta correta. No parágrafo anterior,
o autor explica a relação entre a duas
palavras (no contexto do texto) “[...]
muitas vezes, essas informações não
passam de pseudociência – é o que
chamo de “nutricionismo”’.
(B) Alcalina. Resposta incorreta. A palavra alcalina
aparece no penúltimo parágrafo do texto,
mas não se trata de sinônimo de
“nutricionismo”’.
(C) Detox. Resposta incorreta. A palavra detox
aparece no penúltimo parágrafo do texto,
mas não se trata de sinônimo de
“nutricionismo
(D) Low carb. Resposta incorreta. A palavra low carb.
aparece no penúltimo parágrafo do texto,
mas não se trata de sinônimo de
“nutricionismo”’.
12
Habilidade
Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades linguísticas em um
texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).
Questão 04
Em "Dietas Restritivas e Alimentos Milagrosos Durante o Tratamento do Câncer:
Fique fora dessa!", a expressão destacada é um exemplo de linguagem
(A) informal, uma maneira de dizer que não se deve fazer algo por ser
“ruim”.
(B) regional, pois é característica dos moradores do interior de São Paulo.
(C) formal, sendo utilizada em comunicações específicas da área médica.
(D) culta, utilizada em artigos publicados em congressos que tratam do tema.
Habilidade
Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades linguísticas em um
texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) informal, uma maneira de Resposta correta. A expressão
dizer que não se deve fazer algo Fique fora dessa, enfatiza a ideia de
por ser “ruim”. que algo não deve ser realizado. No
texto, refere-se às Dietas Restritivas
e Alimentos Milagrosos Durante o
Tratamento do Câncer. É utilizada em
situações em que não se exige
obediência às normas da língua
prestigiadas socialmente.
13
(B) regional, pois é característica Resposta incorreta. Não se trata de
do interior de São Paulo. linguagem regional do interior de São
Paulo. É expressão utilizada
informalmente em todo o Brasil.
(C) formal, sendo utilizada em Resposta incorreta. Não se trata de
comunicações específicas da área linguagem formal e nem utilizada na
médica. comunicação da área médica.
Habilidade
Inferir informação implícita em um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião).
14
Questão 05
9
René Descartes (1596-1650) foi físico, matemático e filósofo francês. Criador do pensamento cartesiano.
Autor da frase "Penso, Logo Existo".
15
Leia os Textos I e II e responda à questão 06.
Texto I
Texto II
Sambas das escolas do carnaval de São Paulo são traduzidos para a língua
dos sinais
SP2
--:-/-Sambas são traduzidos para libras
O carnaval de São Paulo está cada vez mais inclusivo. Já estão na internet
vídeos com os sambas das escolas em libras, a língua de sinais dos surdos. O
desafio que é traduzir as composições cheias de metáforas e palavras
estrangeiras. É o projeto "Samba com as mãos", da Secretaria Municipal da
16
Pessoa com Deficiência. Todas as escolas ganharam um filme com a versão em
libras do seu samba-enredo. Os intérpretes são voluntários surdos e ouvintes, que
se revezam nos 14 sambas enredo do Grupo Especial.
[...]
Habilidade
Estabelecer relações entre textos verbais (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião) e/ou textos não verbais.
Questão 06
17
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) o Carnaval do Rio de Janeiro Resposta incorreta. O Carnaval de São
é de exclusão, enquanto o de Paulo propõe a inclusão a partir do
São Paulo é de inclusão. momento em que a Secretaria
Municipal da Pessoa com Deficiência
disponibiliza vídeos, na internet, com os
sambas-enredos das escolas de samba
vertidos para Libras (língua de sinais
dos surdos). Não há qualquer indício de
que o Carnaval do Rio de Janeiro exclui
pessoas.
(B) o desenho do sapato na Resposta correta. O Texto I é um
roupa do homem significa texto multimodal composto por
exclusão; já as mãos dos imagens e palavras. O capacete
intérpretes (Texto II), caracteriza o homem como
simbolizam inclusão. trabalhador e a marca de um sapato
em seu traseiro (texto não verbal),
aliada à sua fala (texto verbal: “Já
sambei!”), permitem ao leitor
compreender que ele “sambou”
porque foi despedido do trabalho.
Nesse trecho da charge, é importante
relacionar o texto verbal, em que o
verbo “sambar” está usado em
sentido figurado, e o texto não
verbal: a figura do homem
desenhada com a marca de um pé
(sapato) no traseiro. Há também uma
referência da expressão “samba no
pé” que significa que uma pessoa
sabe dançar o samba muito bem,
entretanto, na charge, como já foi
dito, a imagem do pé significa a
perda do trabalho.
No Texto II, as mãos do intérprete
simbolizam a inclusão porque,
permitem que as pessoas com
deficiência auditiva conheçam os
sambas-enredos das escolas e
possam participar do carnaval.
18
(C) o Texto I remete ao significado Resposta incorreta. “Samba no pé” é
de “samba no pé”; enquanto o II, uma expressão que significa saber
mostra que o samba está nas mãos. dançar o samba, mas não é o que o
desenho do pé simboliza no Texto I, a
marca de um sapato (por extensão,
remetendo a um pé) no traseiro (texto
não verbal), do homem, aliada à sua
fala (texto verbal: “Já sambei!”),
permitem ao leitor compreender que ele
“sambou” porque foi despedido do
trabalho; não é, portanto, o que remete
à expressão “samba no pé”. No Texto
II, é possível dizer que o samba está
nas mãos, pois as mãos “traduzem” as
letras dos sambas-enredos.
19
Leia o texto e responda às questões 07 e 08.
O primeiro homem britânico conhecido, que viveu há 10 mil anos, era negro e tinha
olhos azuis, segundo a reconstituição de seu rosto feita por uma equipe de
pesquisadores.
20
"É surpreendente ver que um britânico de há 10 mil anos podia ter a pele bem
escura e os olhos azuis", comentou o diretor de Pesquisas do Museu de História
Nacional de Londres, Chris Stringer.
"Não sugerimos que o 'Cheddar Man' evoluiu até desenvolver uma pele mais clara,
e sim que houve ondas de populações de pessoas que dominavam a agricultura e
portavam o gene de uma cor de pele mais clara", acrescentou.
Habilidade
Identificar a tese de um texto.
Questão 07
21
(A) houve migração de populações, com a pele mais clara, que dominavam a
agricultura.
(B) era negro de olhos azuis, o primeiro homem britânico conhecido, que
viveu há mais de 10 mil anos.
(C) a reconstituição do Homem de Cheddar foi feita a partir de novas técnicas de
sequenciamento do genoma.
(D) o esqueleto foi descoberto em 1903, na caverna Gough, que fica no condado
de Cheddar, em Somerset.
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) houve migração de Resposta incorreta. Essa é uma informação
populações, com a pele mais encontrada no texto. Não é uma tese
clara, que dominavam a defendida pelo autor.
agricultura.
(B) era negro de olhos azuis, Resposta correta. O autor, com base nas
o primeiro homem britânico informações e em pesquisas científicas
conhecido, que viveu há realizadas, defende a tese de que o
mais de 10 mil anos. primeiro homem britânico conhecido era
negro, tinha olhos azuis e viveu há mais
de 10 mil anos.
(C) a reconstituição do Resposta incorreta. A alternativa C traz uma
Homem de Cheddar foi feita a informação localizada no texto. Não é uma
partir de novas técnicas de tese do autor.
sequenciamento do genoma.
(D) o esqueleto foi descoberto Resposta incorreta. Essa é uma informação
em 1903, na caverna Gough, encontrada no texto. Não é uma tese
que fica no condado de defendida pelo autor.
Cheddar, em Somerset.
22
Habilidade
Reconhecer o uso da norma-padrão ou outras variedades linguísticas em um
texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação científica, relatório, letra de
música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de intenção, de opinião).
Questão 08
No texto da notícia, predomina o emprego de linguagem
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) coloquial, típica da Resposta incorreta. O texto lido é uma
comunicação oral. notícia, publicada na internet. A
linguagem utilizada é típica de textos
escritos que seguem a norma-padrão,
como este, referente a uma pesquisa na
área da antropologia.
(B) informal, sem preocupação Resposta incorreta. O texto da notícia
com a gramática. está escrito de acordo com as regras
gramaticais e a linguagem não é informal.
Resposta incorreta. Não há indícios de
(C) regional, própria da região linguagem regional e o texto está escrito em
pesquisada.. português, e não inglês, o idioma falado na
região pesquisada..
(D) formal, de acordo com a Resposta correta. O texto da notícia está
norma-padrão. escrito segundo a norma-padrão da
língua portuguesa, pois a linguagem é
formal. Esse aspecto é característico
desse gênero textual.
23
Leia o texto e responda à questão 09.
Familiar aos cacos de vidro inofensivos, o gato caminhava molengamente por cima
do muro. O menino ia erguer-se, apanhar um graveto, respirar o hálito fresco do
porão. Sua úmida penumbra. Mas a presença do gato. O gato, que parou indeciso,
o rabo na pachorra10 de uma quase interrogação. [...] Gato – leu no silêncio da
própria boca. Na palavra não cabe o gato, toda a verdade de um gato. Aquele ali,
ocioso, lento, emoliente11– em cima do muro. As coisas aceitam a incompreensão
de um nome que não está cheio delas. Mas bicho, carece nomear direito: como
rinoceronte ou girafa, se tivesse mais uma sílaba para caber o pescoço comprido.
Girarafa, girafafa. Gatimonha, gatimanho12. Falta um nome completo, felinoso e
peludo, ronronante13 de astúcias adormecidas. O pisa-macio [...]. Pezinhos de um
lado, pezinhos de outro, leve, bem de leve para não machucar o silêncio de feltro
nas mãos enluvadas. O pelo do gato para alisar. Limpinho, o quente contato da
mão no dorso, corcoveante14 e nodoso15 à carícia. O lânguido sono de
morfinômano16. O marzinho de leite no pires e a língua secreta, ágil. A ninhada de
gatos, os trêmulos filhotes de olhos cerrados. O novelo, a bola de papel – o menino
e o gato brincando. Gato lúdico17. O gatorro, mais felino do que o cachorro é
canino. [...]
RESENDE, Oto Lara. In: BOSI, Alfredo. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1975.
10 pachorra – lentidão.
11 emoliente – que amolece.
12 gatimonha, gatimanho – movimento lento com as mãos.
13 ronronante – referente ao ruído produzido pelo gato.
14 corcoveante – ondulante.
15 .nodoso – cheio de nós.
16 morfinômano – que gosta de dormir
17lúdico – relativo à brincadeira, ao jogo
24
Habilidade
Identificar relações entre segmentos de um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha,
carta de intenção, de opinião), a partir de substituição por sinonímia.
Questão 09
(A) gato.
(B) menino.
(C) muro.
(D) cachorro.
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES.
(A) gato. Resposta correta. O pisa-macio é uma
das muitas expressões que o autor
utiliza para referir-se ao gato no texto.
(B) menino. Resposta incorreta. As relações de
sinonímia utilizadas pelo autor ao longo do
texto impossibilitam essa resposta. Toda
construção textual indica que o pisa macio
refere-se ao gato, e não ao menino.
(C) muro. Resposta incorreta. As relações de
sinonímia utilizadas pelo autor ao longo do
texto impossibilitam essa resposta. Toda
construção textual indica que o pisa macio
refere-se ao gato, e não ao muro.
(D) cachorro. Resposta incorreta. As relações de
sinonímia utilizadas pelo autor ao longo do
texto impossibilitam essa resposta. Toda
construção textual indica que o pisa macio
refere-se ao gato, e não ao cachorro.
25
Leia a crônica e responda às questões 10 e 11.
Zap
Moacyr Scliar
Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, mas devo dizer que
se trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia viver. Passo os dias
sentado na velha poltrona, mudando de um canal para outro — uma tarefa que
antes exigia certa movimentação, mas que agora ficou muito fácil. Estou num
canal, não gosto — zap, mudo para outro. Não gosto de novo — zap, mudo de
novo. Eu gostaria de ganhar em dólar num mês o número de vezes que você troca
de canal em uma hora, diz minha mãe. Trata-se de uma pretensão fantasiosa, mas
pelo menos indica disposição para o humor, admirável nessa mulher.
Sofre, minha mãe. Sempre sofreu: infância carente, pai cruel etc. Mas o seu
sofrimento aumentou muito quando meu pai a deixou. Já faz tempo; foi logo depois
que nasci, e estou agora com treze anos. Uma idade em que se vê muita televisão,
e em que se muda de canal constantemente, ainda que minha mãe ache isso um
absurdo. Da tela, uma moça sorridente pergunta se o caro telespectador já
conhece certo novo sabão em pó. Não conheço nem quero conhecer, de modo que
— zap — mudo de canal. "Não me abandone, Mariana, não me abandone!"
Abandono, sim. Não tenho o menor remorso, em se tratando de novelas: zap, e
agora é um desenho, que eu já vi duzentas vezes, e — zap — um homem falando.
Um homem, abraçado à guitarra elétrica, fala a uma entrevistadora. É um roqueiro.
Aliás, é o que está dizendo, que é um roqueiro, que sempre foi e sempre será um
roqueiro. Tal veemência se justifica, porque ele não parece um roqueiro. É meio
velho, tem cabelos grisalhos, rugas, falta-lhe um dente. É o meu pai. [...]
26
Habilidade
Reconhecer aspectos linguísticos (preposição, conjunção e pronome relativo)
em funcionamento em um texto (verbete, entrevista, artigo de divulgação
científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia, resenha, carta de
intenção, de opinião).
Questão 10
Em “[...] uma tarefa que antes exigia certa movimentação, mas que agora ficou
muito fácil [...]”, a conjunção “mas”, em destaque, traz para a oração coordenada a
ideia de
(A) oposição
(B) conclusão.
(C) explicação
(D) adição.
27
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) oposição. Resposta correta. Há, na oração
introduzida pela conjunção coordenativa
adversativa “mas”, uma ideia oposta ao
que foi dito na oração anterior.
(B) conclusão. Resposta incorreta. A oração introduzida
pela conjunção coordenativa adversativa
“mas” não apresenta ideia de conclusão em
relação à oração anterior.
(C) explicação. Resposta incorreta. A oração introduzida
pela conjunção coordenativa adversativa
“mas” não apresenta ideia de explicação em
relação à oração anterior.
(D) adição. Resposta incorreta. A oração introduzida
pela conjunção coordenativa adversativa
“mas” não apresenta ideia de adição em
relação à oração anterior.
28
Habilidade
Inferir informação implícita em um texto (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião).
Questão 11
Pela leitura da crônica, deduz-se que o personagem
(A) esconde da mãe o que gosta de ver na TV, por isso muda de canal todas as vezes em que
ela chega.
(B) prefere sua mãe bem-humorada separada do pai, ao invés de vê-la com o novo namorado.
(C) sabe selecionar os programas a que assiste na TV e sua mãe admira muito essa qualidade
dele.
(D) fica satisfeito ao exercer seu poder de mudar de canal na TV, com o
controle remoto.
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) esconde da mãe o que gosta de Resposta incorreta. Não há indícios, no
ver na TV, por isso muda de canal todas texto, de que o personagem fique mudando
as vezes que ela chega. de canal pela razão apontada na alternativa
(B) prefere sua mãe bem humorada Resposta incorreta. Não há pistas no texto
separada do pai, ao invés de vê-la que levem a essa conclusão. Sabe-se que
com o novo namorado. a mãe sofre, mas não se sabe se tem um
novo namorado.
(C) sabe selecionar os programas que Resposta incorreta. Essa afirmação não
assiste na TV e sua mãe admira encontra sustentação no próprio texto. O
muito essa qualidade dele. personagem declara que a mãe acha um
absurdo o número de vezes, que ele muda
de canal.
29
(D) fica satisfeito ao exercer seu Resposta correta. Embora o personagem
poder de mudar de canal na TV, não declare explicitamente essa
com o controle remoto. satisfação, o leitor pode fazer essa
dedução por meio de pistas deixadas no
próprio texto: “devo dizer que se trata
agora de um instrumento sem o qual eu
não saberia viver” / “Estou num canal,
não gosto — zap, mudo para outro. Não
gosto de novo — zap, mudo de novo.”
Leia os textos I e II e responda à questão 12.
Texto I
Texto II
30
Uma das figuras mais importantes da história contemporânea do país, o
antropólogo, escritor e político Darcy Ribeiro nos ajuda a lembrar do essencial.
Senhores tentam justificar que nada ocorre de "excesso" nos presídios brasileiros,
mas o cenário atual corresponde a apenas isto, dito pelo antropólogo em 1982: "Se
os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para
construir presídios".
Disponível em:
<https://www.jb.com.br/index.php?id=/acervo/materia.php&cd_matia=836648&dinamico=1&preview
=1 />. Acesso em: 14 fev. 2019.
Habilidade
Estabelecer relações entre textos verbais (verbete, entrevista, artigo de
divulgação científica, relatório, letra de música, crônica, charge, notícia,
resenha, carta de intenção, de opinião) e/ou textos não verbais.
Questão 12
Entre os dois textos, as ideias de construção de escolas e de presídios são
GRADE DE CORREÇÃO
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES
(A) divergentes. No Texto II, Resposta incorreta. As afirmações que
há uma crítica sobre a constam na alternativa (A) não
prioridade de os governadores correspondem ao que se lê nos textos.
construírem presídios; no Texto
I, um elogio a essa iniciativa.
31
(B) complementares. No Resposta correta. Ao compreender os
Texto I, sabe-se que não é dois textos e fazer uma relação entre
prioridade construir escolas; eles, o leitor percebe que nos dois fala-
no Texto II, percebe-se um se sobre a construção de escolas, mas
alerta sobre essa prioridade. essa não é a prioridade dos
governantes. As ideias são
complementares, pois saber que a
construção de escolas não é prioridade
(Texto I), é importante e alertar sobre
essa prioridade, também é. Priorizar a
construção de escolas é priorizar
educação. Isso pode diminuir a
violência e a necessidade de construir
presídios.
(C) distintas. No Texto I, o Resposta incorreta. A leitura dos textos
diálogo entre os tijolos descarta não permite chegar às conclusões
a construção de presídios; no apresentadas em (C).
Texto II, há um apelo à
construção deles.
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Referências Bibliográficas
Sites Pesquisados
<https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2017/12/06/por-medo-
de-picada-jovem-de-16-anos-nao-tomou-vacina-e-acabou-com-hpv.htm>. Acesso
em: 13 fev. 2019 (adaptado)
<https://nutricaosemneura.blogosfera.uol.com.br/2019/02/06/cuidado-com-fake-
news-na-nutricao-veja-o-exemplo-do-cancer/>. Acesso em: 12 fev. 2019.
(adaptado)
<https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/carnaval/2019/noticia/2019/02/11/sambas-das-
escolas-do-carnaval-de-sao-paulo-sao-traduzidos-para-a-linguagem-dos-
sinais.ghtml>. Acesso em: 13 fev. 2019.
<http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2018/02/primeiro-homem-britanico-
era-negro-e-tinha-olhos-azuis-10158430.html>. Acesso em: 13 fev. 2019.
<https://www.jb.com.br/index.php?id=/acervo/materia.php&cd_matia=836648&dina
mico=1&preview=1 />. Acesso em: 14 fev. 2019.
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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
COORDENADORIAS
Coordenadoria Pedagógica - COPED
Coordenador: Caetano Pansani Siqueira
Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos das Diretorias de Ensino - Leitura crítica
e validação do material
Daniel Carvalho Nhani; Jacqueline da Silva Souza; Kátia Alexandra Amâncio Cruz; Tatiana Balli;
Wanessa Aparecida de Godoi Santana
Ademilde Ferreira de Souza, Cristiane Dias Mirisola, Soraia Calderoni Statonato, Márcia Soares de
Araújo Feitosa
Denis Delgado dos Santos, José Guilherme Brauner Filho, Kamila Lopes Candido, Nilson
Luiz da Costa Paes, Teresa Miyoko Souza Vilela
Representantes do CAPE
Leitura crítica, validação e adaptação do material para os deficientes visuais
Tânia Regina Martins Resende
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