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Tema III: Os espaços organizados pela população

Produção florestal
A floresta portuguesa ocupa cerca de 35,4% do território nacional. Os produtos mais importantes provenientes das
florestas são: o papel e o cartão, a pasta de papel, a cortiça, a madeira e produtos de resina e mobiliário.

Vantagens económicas:

 Os bens produzidos pela via de atividade florestal sustentam uma importante e integrada cadeia industrial,
baseada em recursos naturais, suportando assim um forte setor de exportação;
 O nosso país é muito especializado no setor florestal, contribuindo assim para um importante PIB (maior que a
média europeia!).

Assim, a contribuição da floresta para a economia nacional é muito significativa e envolve um complexo grupo de
indústrias processadoras de madeira. Portanto:

 Cria milhares de postos de trabalho;


 Gera aproximadamente 3% do valor acrescentado bruto da economia;
 Para além da produção de produtos, a floresta é encarada como um importante ecossistema para a
exploração de outras oportunidades: sequestro de carbono, turismo, caça ou pecuária.

Principais espécies da floresta portuguesa


Quanto à composição da floresta verifica-se que o eucalipto, o pinheiro bravo e o sobreiro são as 3 espécies
mais representativas e de maior interesse económico.

O eucalipto, para além das excecionais características para a produção de pasta de papel, o seu ritmo de crescimento
torna-o uma espécie muito interessante do ponto de vista económico.

Sendo assim, observou-se um investimento no aumento rápido da sua área em Portugal, o que tem gerado uma forte
polémica, uma vez que conduz ao esgotamento dos solos e das reservas hídricas.

O pinheiro bravo (dominante na região Centro e Norte litoral) é o principal sustentáculo da indústria de
serração e aglomerados. A sua área de crescimento tem vindo a diminuir no decurso de incêndios e de doença das
próprias árvores, que depois se tornam em madeira inacessível, que obrigou a diversos cortes.

O sobreiro tem um grande peso económico no valor da exportação de produtos de cortiça.

Distribuição da área florestal por espécies (fonte: 6º Inventário Florestal Nacional, ICNF, 2013).
Fogos florestais
“Nunca visitei Pedrógão Grande, onde eclo-
diu o incêndio, nem Castanheira de Pera e
Figueiró dos Vinhos (…) Estes são municípios do
“Pinhal Interior”, em que domina a floresta de euca-
liptos e pinheiros. Possuem uma limitada popu-
lação, baixa densidade populacional, estão em
perda de população, com uma população extraordi-
nariamente envelhecida – da mais envelhecida em
Portugal (…) e, mesmo, na União Europeia. Enfim,
é uma população com reduzido poder aquisitivo.
(…) Nestes concelhos repulsivos, periféricos, a flo-
resta vai tomando conta das parcelas de terra que
deixam de ser cultivadas. O facto de terrenos per-
derem pastos, cereais, hortas e passarem a ter
mato e floresta, facilita a progressão dos incêndios.”

Fonte: Os incêndios de junho em Portugal – uma leitura geográfica da catástrofe, 10 de julho de 2017, Sérgio Godinho

O problema dos fogos florestais está relacionado com a dinâmica dos ecossistemas em áreas mediterrâneas.
Porém, nas últimas décadas, e principalmente no ano de 2017, os fogos têm atingindo dimensões absolutamente
catastróficas. Isto acontece porque:

 Há uma ausência de uma gestão florestal;


 Excessivo parcelamento fundiário;
 Desequilíbrios na constituição dos povoamentos, o seu desordenamento e o abandono que a que se encontram
votadas extensas áreas florestais;
 Condições climatéricas excessivas;
 Comportamentos negligentes e por vezes criminosos por parte da população (como é o caso de atirar cigarros
para a beira da estrada ou fogo posto propositadamente).

Estão em jogo importantes valores ambientais e económicos, tais como a viabilidade de alguns segmentos da
indústria ligada à matéria-prima florestal, as vidas e bens das populações ruais e os recursos naturais e culturais de
algumas das mais importantes áreas protegidas de Portugal Continental. Os solos e os recursos hídricos poderão ser
fortemente afetados bem como o potencial do coberto vegetal.

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