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Produção florestal
A floresta portuguesa ocupa cerca de 35,4% do território nacional. Os produtos mais importantes provenientes das
florestas são: o papel e o cartão, a pasta de papel, a cortiça, a madeira e produtos de resina e mobiliário.
Vantagens económicas:
Os bens produzidos pela via de atividade florestal sustentam uma importante e integrada cadeia industrial,
baseada em recursos naturais, suportando assim um forte setor de exportação;
O nosso país é muito especializado no setor florestal, contribuindo assim para um importante PIB (maior que a
média europeia!).
Assim, a contribuição da floresta para a economia nacional é muito significativa e envolve um complexo grupo de
indústrias processadoras de madeira. Portanto:
O eucalipto, para além das excecionais características para a produção de pasta de papel, o seu ritmo de crescimento
torna-o uma espécie muito interessante do ponto de vista económico.
Sendo assim, observou-se um investimento no aumento rápido da sua área em Portugal, o que tem gerado uma forte
polémica, uma vez que conduz ao esgotamento dos solos e das reservas hídricas.
O pinheiro bravo (dominante na região Centro e Norte litoral) é o principal sustentáculo da indústria de
serração e aglomerados. A sua área de crescimento tem vindo a diminuir no decurso de incêndios e de doença das
próprias árvores, que depois se tornam em madeira inacessível, que obrigou a diversos cortes.
Distribuição da área florestal por espécies (fonte: 6º Inventário Florestal Nacional, ICNF, 2013).
Fogos florestais
“Nunca visitei Pedrógão Grande, onde eclo-
diu o incêndio, nem Castanheira de Pera e
Figueiró dos Vinhos (…) Estes são municípios do
“Pinhal Interior”, em que domina a floresta de euca-
liptos e pinheiros. Possuem uma limitada popu-
lação, baixa densidade populacional, estão em
perda de população, com uma população extraordi-
nariamente envelhecida – da mais envelhecida em
Portugal (…) e, mesmo, na União Europeia. Enfim,
é uma população com reduzido poder aquisitivo.
(…) Nestes concelhos repulsivos, periféricos, a flo-
resta vai tomando conta das parcelas de terra que
deixam de ser cultivadas. O facto de terrenos per-
derem pastos, cereais, hortas e passarem a ter
mato e floresta, facilita a progressão dos incêndios.”
Fonte: Os incêndios de junho em Portugal – uma leitura geográfica da catástrofe, 10 de julho de 2017, Sérgio Godinho
O problema dos fogos florestais está relacionado com a dinâmica dos ecossistemas em áreas mediterrâneas.
Porém, nas últimas décadas, e principalmente no ano de 2017, os fogos têm atingindo dimensões absolutamente
catastróficas. Isto acontece porque:
Estão em jogo importantes valores ambientais e económicos, tais como a viabilidade de alguns segmentos da
indústria ligada à matéria-prima florestal, as vidas e bens das populações ruais e os recursos naturais e culturais de
algumas das mais importantes áreas protegidas de Portugal Continental. Os solos e os recursos hídricos poderão ser
fortemente afetados bem como o potencial do coberto vegetal.