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Cimento: diferentes tipos e aplicações

Existem cerca de cinco tipos básicos e três especiais. Entender a diferença entre eles pode
ajudar a aproveitar melhor as vantagens de cada um
Texto: Nataly Pugliesi

Cimento é o nome popular para o mundialmente famoso Cimento Portland – produto batizado
pelo empresário Joseph Aspdin, que o descobriu em 1824, na ilha britânica de Portland. Trata-
se de um pó fino com propriedades ligantes que endurece sob a ação da água e que, depois de
endurecido, mesmo que seja novamente submetido à água, não se decompõe mais.

Existem no Brasil cerca de cinco tipos básicos de cimento e três especiais. Embora todos sejam
indicados para uso geral na construção civil, há diferenças entre eles. “Conhecer bem as
características e propriedades, ligadas a cada tipo, ajuda a aproveitá-las da melhor forma
possível na aplicação que se tem em vista”, afirma Arnaldo Forti Battagin, gerente do laboratório
da Associação Brasileira do Cimento Portland (ABCP).

O cimento é composto principalmente do material clínquer – uma mistura de calcário, argila e


componentes químicos – e diferenciado conforme a adição de outros materiais, como: gesso,
que aumenta o tempo de pega; escória, que aumenta a durabilidade na presença de sulfato,
mas, quando em grandes quantidades, pode diminuir a resistência; argila pozolânica, que
confere maior impermeabilidade ao concreto; e o próprio calcário, que, muitas vezes, é utilizado
em maior quantidade para reduzir o custo do cimento.

Portanto, as diferenças estão na composição do material, o que pode impactar suas


características e propriedades de resistência, trabalhabilidade, durabilidade e impermeabilidade.
A disponibilidade dos tipos de cimento depende primordialmente da demanda de mercado e da
região. “Em cada região do Brasil você encontra um tipo com mais disponibilidade que outro,
devido à maior quantidade de matéria-prima de aditivo disponível”, explica o engenheiro e
arquiteto Fabrício Rossi da Cruz.
TIPOS DE CIMENTO
Cimento CP-I (NBR 5.732) ou Cimento Portland Comum: recebe este nome porque não
possui nenhum tipo de aditivo, apenas o gesso, que tem a função de retardar o início de pega
do cimento para possibilitar mais tempo na aplicação. Tem alto custo e menos resistência. Sua
produção é direcionada para a indústria.

Classe de resistência: 25 MPa. “Este tipo já está quase ausente no mercado”, diz Battagin.

Cimento CP-II (NBR 11.578) ou Cimento Portland Composto: assim conhecido porque tem a
adição de outros materiais na sua mistura, que conferem a este cimento um menor calor de
hidratação, ou seja, ele libera menos calor quando entra em contato com a água. O CP-II é
apresentado em três opções: CP-II E – cimento portland com adição de escória de alto-forno;
CP-II Z – cimento portland com adição de material pozolânico; e CP-II F – cimento portland com
adição de material carbonático – fíler.

Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa. “É versátil e aplicado a todas as fases de obras”, diz
Cruz.

Cimento CP-III (NBR 5.735) ou Cimento Portland de Alto-forno: tem em sua composição de
35% a 70% de escória de alto-forno. Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de
baixo calor de hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-
agregado, além de ser resistente a sulfatos. É menos poroso e mais durável.
Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa.

Cimento CP-IV (NBR 5.736) ou Cimento Portland Pozolânico: tem em sua composição de
15% a 50% de material pozolânico. Por isso, proporciona estabilidade no uso com agregados
reativos e em ambientes de ataque ácido, em especial de ataque por sulfatos. Possui baixo calor
de hidratação, o que o torna bastante recomendável na concretagem de grandes volumes e sob
temperaturas elevadas. É pouco poroso, sendo resistente à ação da água do mar e de esgotos.
Classe de resistência: 25 e 32 MPa.

Em cada região do Brasil você encontra um tipo de cimento com mais disponibilidade que outro,
devido à maior quantidade de matéria-prima de aditivo disponível
Fabrício Rossi da Cruz.

Cimento CP-V ARI (NBR 5.733) ou Cimento Portland de Alta Resistência Inicial: em função
do seu processo de fabricação, tem alta reatividade nas primeiras horas de aplicação, fazendo
com que atinja resistências elevadas em um curto intervalo de tempo. Ao final dos 28 dias de
cura, também atinge resistências maiores que os cimentos convencionais. É muito utilizado em
obras industriais que exigem um tempo de desforma menor. É recomendado apenas para a
fabricação de concretos.
Cimento RS (NBR 5.737) ou Cimento Portland Resistente a Sulfatos: Os materiais sulfatados
estão presentes em redes de esgoto, ambientes industriais e água do mar. Sendo assim, seu
uso é indicado para construções nesses ambientes.

Cimento Branco (NBR 12.989) ou Cimento Portland Branco (CPB): tem como principal
característica a cor branca, que é conseguida através de matérias-primas com baixo teor de
manganês e ferro e utilização do caulim no lugar da argila. Existem dois tipos de cimento branco.
Um deles é o estrutural, indicado para fins arquitetônicos. “Ele não é muito comum nos dias de
hoje, devido ao custo e à tecnologia que as tintas alcançaram”, diz Cruz. Além dele, há o não
estrutural, indicado para rejunte de cerâmicas.

Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) / (NBR 13.116): este tipo de cimento
tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de
concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido
durante a hidratação do cimento.

Fica a dica: “A característica mais importante do cimento é a classe de resistência a que ele
chega aos 28 dias de cura, identificada na embalagem do produto. Ao rodar um traço de
concreto, siga as quantidades exatas de cada insumo”, orienta o engenheiro e arquiteto Fabrício
Rossi da Cruz.

CIMENTO E SUAS APLICAÇÕES


“É preciso esclarecer que todos os tipos de Cimento Portland são adequados a todos os tipos
de estrutura e aplicações. Existem, entretanto, alguns tipos de cimento que são mais vantajosos
ou recomendáveis para determinados usos”, explica Arnaldo Forti Battagin.

Sendo assim, os cimentos CP I e CP II se destinam a aplicações gerais. “Este último é o mais


encontrado no mercado (>60%) e o mais consumido, ao passo que o CP I, apesar de
normalizado, quase não é mais produzido no Brasil, sendo geralmente fornecido apenas sob
encomenda”, afirma o gerente do laboratório da ABCP.

É preciso esclarecer que todos os tipos de Cimento Portland são adequados a todos os tipos de
estrutura e aplicações. Existem, entretanto, alguns tipos de cimento que são mais vantajosos ou
recomendáveis para determinados usos
Arnaldo Forti Battagin

As principais vantagens na utilização dos Cimentos Portland de alto-forno (CP III) e pozolânico
(CP IV) estão ligadas à maior estabilidade, durabilidade e impermeabilidade que conferem ao
concreto; ao menor calor de hidratação; à maior resistência ao ataque por sulfatos; à maior
resistência à compressão em idades mais avançadas; e à maior resistência à tração e à flexão.

Portanto, são recomendáveis em obras de concreto-massa, como barragens e peças de grandes


dimensões, fundações de máquinas e pilares; obras em contato com ambientes agressivos por
sulfatos e terrenos salinos; tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos ou
efluentes industriais; concretos com agregados reativos, pois esses cimentos concorrem para
minimizar os efeitos expansivos da reação álcali-agregado; pilares de pontes ou obras
submersas em contato com águas correntes puras; obras em zonas costeiras ou em água do
mar; pavimentação de estradas e pistas de aeroportos etc.

Já o ARI (CP V) é o mais adequado para aplicações nas quais o requisito de elevada resistência
às primeiras idades é fundamental, como na indústria de pré-moldados, em que se necessita de
uma desforma rápida. Esse tipo de cimento alcança uma boa resistência em uma semana,
enquanto os demais levam um mês. “Como endurece rápido, se não for bem curado, pode
apresentar fissuração ou trincas se a concretagem for feita sob insolação, em dias muitos secos
ou com ventos, devido ao fenômeno da retração por secagem. Evite usá-lo em aplicações
corriqueiras, como em revestimento de argamassa ou em concreto-massa, pois, nesses casos,
pode também ocasionar fissuração”, orienta Battagin, gerente do laboratório da ABCP.

CIMENTOS X CARACTERÍSTICAS
Neste quadro, você consegue comparar os tipos de Cimento Portland de acordo com as
características e as vantagens que eles proporcionam ao concreto e à argamassa. Uma mão na
roda na hora de escolher!

Propriedade Comum e Alto- Pozolânico Alta Resistente Branco Baixo


Composto Forno Resistência aos Estrutural Calor de
Inicial Sulfatos Hidratação
Resistência à Padrão Menor Menor nos Muito maior Padrão Padrão Menor nos
compressão nos primeiros nos primeiros
primeiros dias e maior primeiros dias e
dias e no final da dias padrão no
maior no cura final da
final da cura
curao
Calor gerado na Padrão Menor Menor Maior Padrão Maior Menor
reação do
cimento com a
água
Impermeabilidade Padrão Maior Maior Padrão Padrão Padrão Padrão
Resistência aos Padrão Maior Maior Menor Maior Menor Maior
agentes
agressivos (água
do mar e de
esgotos)
Durabilidade Padrão Maior Maior Padrão Maior Padrão Maior
Fonte: ABCP
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND X APLICAÇÕES
Está com dificuldade para definir qual o melhor tipo de Cimento Portland para a sua construção?
Escolha a partir da indicação de aplicação dada pelo gerente de laboratório da ABCP, Arnaldo
Forti Battagin.

Aplicação Tipos de cimento Portland


Argamassa de revestimento e assentamento de tijolos Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
e blocos III) e Pozolânico (CP IV)
Argamassa de assentamento de azulejos e ladrilhos Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F) e Pozolânico (CP IV)
Argamassa de rejuntamento de azulejos e ladrilhos Branco (CPB)
Concreto simples (sem armadura) Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
III) e Pozolânico (CP IV)
Concreto magro (para passeios e enchimentos) Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
III) e Pozolânico (CP IV)
Concreto armado com função estrutural Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
III), Pozolânico (CP IV), de Alta Resistência Inicial (CP V-
ARI) e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Concreto protendido com protensão das barras antes Composto (CP II-Z, CP II-F), de Alta Resistência Inicial
do lançamento do concreto (CP V-ARI) e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Concreto protendido com protensão das barras após Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
o endurecimento do concreto III), Pozolânico (CP IV), de Alta Resistência Inicial (CP V-
ARI) e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Concreto armado para desforma rápida, curado por de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI), Composto (CP II-
aspersão de água ou produto químico E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP III), Pozolânico
(CP IV) e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Concreto armado para desforma rápida, curado a Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
vapor ou com outro tipo de cura térmica III), Pozolânico (CP IV), de Alta Resistência Inicial (CP V-
ARI) e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Elementos pré-moldados de concreto e artefatos de Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
cimento curados por aspersão de água III), Pozolânico (CP IV), de Alta Resistência Inicial (CP V-
ARI) e Branco Estrutural (CPB Estrutural) (VER NOTA) (*)
Elementos pré-moldados de concreto e artefatos de de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI), Composto (CP II-
cimento para desforma rápida, curados por aspersão E, CP II-Z, CP II-F) e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
de água
Elementos pré-moldados de concreto e artefatos de Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
cimento para desforma rápida, curados a vapor ou III), Pozolânico (CP IV) e Branco Estrutural (CPB
com outro tipo de cura térmica Estrutural)
Pavimento de concreto simples ou armado Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
III) e Pozolânico (CP IV)
Pisos industriais de concreto Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
III), Pozolânico (CP IV) e de Alta Resistência Inicial (CP
V-ARI)
Concreto arquitetônico Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Solo-cimento Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
III) e Pozolânico (CP IV)
Argamassas e concretos para meios agressivos de Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV) e Resistente a
(água do mar e de esgotos) Sulfatos
Concreto-massa de Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV) e de Baixo
Calor de Hidratação
Concreto com agregados reativos Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-Forno (CP
III) e Pozolânico (CP IV)

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