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ECONOMIA POLÍTICA
DEFINIÇÃO
- de maneira geral, a Economia é a ciência que estuda como os seres humanos escolhem alocar
recursos produtivos limitados (ex.: mão de obra, terra, matérias-primas) para satisfazer as
necessidades humanas ilimitadas.
- economia (1) X Economia (2)
• (1) remete ao objeto de estudo, ao que define o campo do econômico na vida social.
• (2) remete à Ciência Econômica, ao que define os limites do campo da Ciência
Econômica em relação às demais Ciências Sociais.
• Manuais de Economia
* o primeiro manual de economia – Economics (1948) - foi escrito por Paul Samuelson.
* segundo Thomas Kuhn, em A Estrutura das Relações Científicas, o papel dos manuais
científicos é o de reunir contribuições selecionadas de um campo de conhecimento.
Deste modo, os manuais de economia fazem uma seleção de temáticas a partir de uma
visão de mundo específica. Essa tradição de pensamento passa a ser dominante num
determinado campo científico, sendo usualmente qualificada como pensamento
ortodoxo (orthos = reto; doxa = opinião; ou seja, caminho único para a verdade
científica;). Embora toda disciplina científica seja dominada por um paradigma
dominante, ou por uma ortodoxia, as ciências admitem a existência de paradigmas
alternativos, ou heterodoxos (hetero = diferente; doxa = opinião;), que constituem o
motor da evolução dos paradigmas científicos.
* os manuais de economia são usualmente divididos em microeconomia e
macroeconomia. Contudo, a Economia conta com outros campos de estudo (como a
História do Pensamento Econômico, a Filosofia Econômica e a História Econômica).
• Estado da arte da Ciência Econômica
* a Economia enquanto campo de conhecimento científico gerou um movimento de
separação das demais disciplinas do pensamento social (Sociologia, Direito,
Antropologia, História) a partir do início do século XX.
* Essa concepção de Ciência Econômica vem sendo criticada por diversos autores ao
redor do mundo.
* o debate interdisciplinar com outros campos do pensamento social resulta em áreas
de estudos como a Economia do Direito, a Sociologia Econômica e a Antropologia
Econômica, por exemplo.
Os indivíduos não produzem individualmente todos os bens/serviços que eles precisam para
sobreviver. Eles apenas fornecem os recursos produtivos e essa produção social vai acontecer
no âmbito das firmas – sendo essas firmas públicas ou privadas. As firmas, por sua vez, irão
elaborar bens e serviços e ofertar os produtos. Tais firmas vão combinar esses recursos
produtivos e transformar em um sugo de matérias primas e bens de serviços/de consumo/de
capital/intermediário. Essa não é uma economia de subsistência, mas uma economia de
mercado (economia monetária de produção). Nessa economia, os fatores de produção não são
trocados diretamente. Há um intermediário de trocas (dinheiro) – em troca do oferecimento de
recursos produtivos (ex.: mão de obra), recebe-se uma remuneração/renda. Além disso, a
produção não é uma unidade familiar, mas uma unidade produtiva (firma, empresa).
MERCADOS
Uma oferta de bens e serviços gera automaticamente uma demanda por esses bens e serviços,
pois toda a renda gerada no sistema através da oferta dos recursos produtivos vai se converter
para a compra dos bens e serviços. Se o sistema funcionar dessa forma, teremos a situação ideal,
o que os economistas chamam de pleno emprego - situação na qual a oferta agregada se iguala
a demanda agregada – (obs.: pleno emprego não significa desemprego zero. No pleno emprego
se trabalha com a ideia de taxa natural de desemprego).
FLUXOS
- Fluxo circular da renda:
• forma como os bens, serviços e renda circulam na economia.
• dois agentes econômicos importantes: famílias e firmas.
• outro agente importantíssimo é o Estado. Não existe economia de mercado sem Estado.
O que será discutido pelos autores, basicamente, é se o Estado deve ser mais interventor
ou mais regulador.
• relação entre oferta e demanda: as firmas ofertam os bens e serviços e as famílias
demandam esses bens e serviços.
• supondo uma economia fechada (sem governo), os agentes econômicos são as famílias
(unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias
dos fatores de produção e os fornecem às unidades de produção (empresas). As
empresas, a partir da combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e
os fornecem às famílias. Esse é o chamado fluxo real da economia. No entanto, o fluxo
real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para
remunerar os fatores de produção e para pagar os bens e serviços. Unindo os fluxos real
e monetário da economia, tem-se o chamado fluxo circular da renda.
• gráfico:
pagamento pelos bens e serviços
bens e serviços
fluxo monetário/nominal
fluxo real
OFERTA X DEMANDA
- na medida em que o preço sobe, a oferta demandada diminui (e vice-versa).
- elasticidade do preço da demanda: o quanto o consumidor vai responder a variações de preço.
- lucro da firma = receita (valor recebido como pagamento dos bens e serviços) – custo de
produção (valor do fornecimento dos recursos produtivos).
- receita da firma = preço de mercado X quantidade vendida.
- quanto maior o preço de mercado, maior o incentivo para a firma ampliar a quantidade
produzida (aumentando o preço e a quantidade vendida, a receita da firma amplia).
- ponto de equilíbrio da economia: quantidade ofertada = quantidade demandada
- a oferta estar maior que a demanda pode ser explicada pelo fato do preço de mercado estar
superior ao preço ótico.
- gráfico oferta X demanda:
Preço
oferta
demanda
Quantidade
MICROECONOMIA X MACROECONOMIA:
- Microeconomia:
• indivíduo.
• análise da quantidade demandada/ofertada de um mercado específico (indivíduo
representativo: é uma abstração que visa representar o comportamento dos indivíduos
em geral).
- Macroeconomia:
• nacional (Keynes).
• Keynes é o pai fundador (década de 30).
• análise da oferta agregada/demanda agregada.
• 2 tipos de macroeconomia:
* ortodoxa: faz uma referência maior ao pensamento marginalista.
* heterodoxa: tenta buscar os fundamentos originais do pensamento keynesiano.
RONALD COASE
- artigo: “A Natureza da Firma”.
- nesse artigo ele começa modificando um pouco a ideia da firma.
- a firma na Teoria Econômica Neoclássica Tradicional é vista como uma mera função de
produção (transforma insumos e matérias primas em produtos através da combinação de
fatores de produção (ex.: capital (dinheiro adiantado ou máquinas/equipamentos); trabalho;
terra (terrenos, instalações industriais, prédios comerciais...); empresário (capacidade de
organizar a produção de forma eficiente); tecnologia...)).
- a firma é uma unidade de produção (do ponto de vista técnico da produção), mas ela também
é uma instituição.
- os produtos/bens e serviços são voltados para a satisfação das necessidades humanas
(utilidade para o consumidor).
• subdivisão dos bens e serviços:
* bens de consumo: bens destinados ao consumo das famílias (bens que elas precisam
para sobreviver enquanto indivíduos).
* bens de capital (sendo esse capital entendido como máquinas e equipamentos): a
ideia de que as firmas produzem não apenas para as famílias (tendo o fluxo circular da
renda um pouco mais complexo), mas também para outras firmas.
* exemplo: automóvel;
# se eu compro um automóvel para o meu uso particular, ele é um bem de consumo.
# se eu compro um automóvel para fazer transporte de passageiros, para ofertar renda
com aquele automóvel, ele passa a ser um bem de capital.
* bens intermediários: são destinados exclusivamente para outros consumos para
outras firmas. O que vai diferenciar um bem intermediário de um bem de capital é o fato
de que o bem intermediário é totalmente transformado no processo produtivo
(exemplo: a farinha utilizada para produzir pães em uma padaria), enquanto o bem de
capital sobrevive a sucessivos processos produtivos (exemplo: forno).
• diferenciação entre bens e serviços:
* bens: aqueles que são tangíveis e estocáveis (exemplo: pão).
* serviços: são intangíveis e não estocáveis (exemplo: assentos de um voo).
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
- o produto vai ser função dos fatores de produção (capital, trabalho, terra...).
- a quantidade de bens e/ou serviços que a firma irá produzir está diretamente ligada a dotação
de fatores de produção que ela possui (exemplo.: uma padaria que tem uma área de produção
de 50m² vai produzir mais do que uma padaria que tem uma área de 30m²).
- quanto maior a dotação de fatores de produção de uma firma, maior será a quantidade de
produtos que essa firma poderá oferecer.
- função de produção simplificada:
• q = f(N, K)
• sendo:
* q: produto, quantidade de bens ou serviços produzidos pela firma.
* N: trabalho.
* K: capital.
- custos de produção: a firma terá que escolher uma quantidade (combinando o fator capital
com o fator trabalho) sobre a restrição dos custos de produção. As firmas dispensam recursos
na compra de insumos e matérias primas e na contratação de fatores de produção.
• o custo de produção será dado pela quantidade do fator de produção contratado
(capital e trabalho), multiplicada pelo seu preço de mercado (preço do capital e salário).
• função de custo:
* C = w.N + r.K
* sendo:
# w: custo do trabalho (salário).
# r: custo do capital.
- receita da firma = preço de mercado X quantidade de produtos vendidos
- lucro da firma = receita da firma – custo de produção
- há a ideia de maximizar a receita e minimizar os custos (lucro cada vez maior). Quanto maior a
distância entre receita e custo, maior o lucro.
ESTRUTURAS DE MERCADO
PINHO
- em seu manual, vai apresentar uma teoria microeconômica do consumidor, no formato mais
tradicional dessa teoria.
CASTRO E LESSA
- vão mostrar uma visão um pouco alternativa desse lado do consumo, vão falar um pouco da
repartição da renda (os indivíduos/famílias terão disponíveis para o consumo uma determinada
renda que é gerada em um sistema produtivo, no âmbito das firmas).
QUESTÕES DA TEORIA MICROECONÔMICA DO CONSUMIDOR
- escolhas do consumidor do ponto de vista individual, sua preferência de produtos.
- essa teoria vai partir do pressuposto que os indivíduos fazem escolhas sobre escassez/restrição
(a escassez vai gerar uma restrição ao consumo/renda) e a escolha que esses indivíduos vão
fazer vai ser uma escolha referente a quais bens consumir.
- ao consumir bens e serviços úteis, os indivíduos escolhem uma cesta de bens que vai caber na
sua restrição orçamentária.
- esses bens que os indivíduos vão consumir/escolher, podem ser bens substitutos ou bens
complementares.
• bens substitutos: ideia de que os indivíduos podem trocar o consumo de um bem pelo
outro sem prejuízo a sua utilidade (ex.: refrigerante está caro, substituo por um produto
que, para mim, seja um bem equivalente/substituto a ele e seja mais barato).
* a presença de bens substitutos está ligada à presença de mercados mais
concorrenciais, ou seja, quanto maior a concorrência de determinado bem/serviço,
maior é o leque de opções que o consumidor terá.
* a quantidade de bens substitutos também está ligada a essencialidade do bem.
Quanto menos essencial para a minha sobrevivência um bem é, maior a quantidade de
bens substitutos ele terá (ex.: medicamentos genéricos e não genéricos: pode ser que,
pela minha experiência, os remédios genéricos sejam menos eficazes).
• bens complementares: são aqueles que são consumidos juntos em proporções fixas (ex.:
cama e colchão; tênis e meia;).
- conceito de elasticidade: instrumento estatístico para medir se os bens são complementares
ou substitutos. É uma medida de sensibilidade, vai medir o quanto o consumidor é sensível a
determinada coisa (se for elasticidade de preço da demanda, por exemplo, vai medir o quanto
o consumidor é sensível a variações de preço).
• conceito extremamente útil não só para microeconomia, mas para macroeconomia
também.
• há três formas de se falar da elasticidade: discursivamente; formulação matemática;
formulação gráfica;
• elasticidade do preço da demanda = variação percentual da quantidade demandada ÷
variação percentual do preço de mercado.
* 3 situações:
# ou a demanda é elástica; (a variação percentual da quantidade demandada é
superior à variação percentual do preço).
# ou é inelástica; (para a firma/produtor, é melhor ter um mercado consumidor de
demanda inelástica, porque o consumidor vai suportar aumentos de preço sem reduzir
substancialmente a quantidade demandada)
# ou é unitária; (independentemente das variações de preços, a quantidade
demandada é sempre a mesma (ex.: sal)).
• Elasticidade do Preço Cruzada da Demanda:
* 2 bens (ex.: A e B).
* o sinal vai determinar se esses bens são substitutos ou complementares.
* mede a variação na quantidade demandada de um bem A, dada a variação no preço
de um bem B.
* se a variação for positiva, os bens são substitutos.
• a oferta, por sua vez, também possui as 3 situações acima listadas.
* elasticidade-preço da oferta: mede a sensibilidade da quantidade ofertada em relação
às variações no preço/renda de mercado.
• conceito de Elasticidade de Renda:
* da demanda: variação percentual da quantidade demandada em relação a variação
percentual na renda (podendo ser positiva (bens de luxo) ou negativa (bens inferiores)).
- Classificação dos bens:
• bem normal: elasticidade-renda positiva e menor ou igual a 1.
• bem de luxo (superior): elasticidade-renda positiva e maior que 1.
• bem inferior: elasticidade-renda negativa.
• bem de Giffen: elasticidade-preço da demanda é positiva. Caso de bens inferiores e de
alguns bens de luxo.
• bens substitutos: elasticidade-preço cruzada da demanda é positiva.
• bens complementares: elasticidade-preço cruzada da demanda é negativa.
Há milhões de anos atrás, os humanos caminhavam errantes pelo planeta, não se reuniam em
grupos, não tinham sua subsistência garantida, ou seja, a sua relação com a natureza e com os
outros humanos era uma relação quase que acidental, ou seja, quando você conseguia meios
para sobreviver você sobrevivia e quando você não conseguia você não sobrevivia – a questão
da subsistência ainda não estava garantida (há milhões de anos atrás não fazia sentido falarmos
de mercado, pois não havia sem ofertantes, nem demandantes).
Com a evolução da humanidade, os indivíduos foram se organizando em grupos.
DOUGLASS NORTH:
- ele fala em duas grandes revoluções econômicas: Revolução Industrial e uma grande revolução
econômica, que vem antes disso, que é a Cultura – quando os primeiros grupos humanos se
fixam em determinados territórios, começam a cultivar determinados alimentos, a pastorear
alguns animais para alimentação própria e para outros trabalhos... Ou seja, quando a gente tem
essa Primeira Revolução Econômica existe uma ampliação do domínio humano sobre a natureza
– esse domínio humano sobre a natureza é chamado de Tecnologia (nossa capacidade de
adequar o meio natural às nossas necessidades).
- com a evolução tecnológica da humanidade, vai acontecendo uma apropriação/domínio cada
vez maior desse meio natural, e esse domínio significa a superação da barreira da subsistência.
- primeiro esses grupos conseguem produzir para a subsistência/sobrevivência, e depois esses
grupos humanos começam a produzir o excedente.
- a Teoria Econômica vai ver esse excedente como um primeiro incentivo para as trocas.
Exemplo: se o meu grupo está produzindo muita carne e não precisa daquilo tudo para
sobreviver, eu posso trocar esse meu produto com o grupo vizinho por um produto que eu
produza menos ou não produza de forma eficiente. Essas primeiras trocas (produto por produto)
serão chamadas de escambo (forma mais primitiva das trocas econômicas).
- o escambo é suficiente para manter os grupos sociais vivos. Porém, com a ampliação dos
grupos sociais/da população/das trocas (feiras e mercados em si), esse escambo passa a ter um
certo empecilho para a ampliação dessas trocas comerciais. A troca de um produto por outro
precisa ter uma dupla coincidência de interesses (se meu grupo está querendo o produto do
grupo vizinho, para a troca ser feita, o grupo vizinho precisa estar querendo o nosso produto).
- com a ampliação das trocas/dos grupos/dos mercados, começam a surgir os primeiros
intermediários da troca que, na verdade, são os primeiras formas de moeda.
MOEDA
- a primeira função que a moeda exerceu no sistema econômico social foi a função de
intermediário das trocas, de eliminar a necessidade da dupla coincidência dos interesses (o
pagamento direto não é feito em produto, mas em moeda).
- função de intermediário/meio de troca, de reserva de valor (manter o valor ao longo do tempo;
a inflação corrói esse valor;), de unidade de compra (tenho que ser capaz de mensurar o valor
dos bens e serviços na minha moeda).
- equação quantitativa da moeda: velocidade da moeda X quantidade da moeda = produto X
nível de preço (inflação).
- rigidez: capacidade de converter um artigo financeiro em um bem físico/fator de produção. A
moeda possui rigidez imediata, pois ela é imediatamente conversível em algum produto da
economia - diferentemente do título público.
• quantidade de moeda:
* o real é uma moeda de curso forçado, ou seja, não basta que os agentes econômicos
tenham confiança nessa moeda para utilizá-la como meio de troca. Não é uma questão
de confiança, é uma questão de obrigação. O Estado estabelece que todos os agentes
econômicos que pretendem comprar/vender mercadorias dentro do território
brasileiro são obrigados a usar o real enquanto intermediário dessa troca.
* quem emite o real é o BACEN (Banco Central do Brasil). O Banco Central é o emissor
primário do real e dentro da política monetária do Banco Central, há uma política de
expansão ou retração por meio de pagamento, ou a base monetária (que são todos
aqueles recursos monetários que os indivíduos/agentes econômicos tem disponível).
* O Banco Central faz uma emissão primária dos valores e unidades monetárias e, ao
entrar no circuito financeiro dos bancos comerciais, esses meios de pagamento vão
sendo multiplicados.
- 1ª fase - moeda mercadoria:
• uma das mercadorias mais comuns usadas como intermediário das trocas foi o sal. O sal
servia como um elemento que podia intermediar uma troca por outra.
• ao invés de trocar produto por produto, passa-se pelo intermediário das trocas que é a
moeda.
• não havia ainda a presença do Estado como uma organização central na sociedade,
como instituição com poder coercitivo. Ou seja, a moeda mercadoria era uma
convenção, que acontece entre grupos sociais.
• o problema da moeda mercadoria é que ela demanda uma aceitação geral (pode
acontecer ou não) e carece de uma característica fundamental que é a uniformidade
(facilidade de transporte e dificuldade de falsificação (exemplo: areia clareada no lugar
do sal)).
• a possibilidade de falsificação pode deteriorar o poder de compra da sua moeda.
• a troca é feita por produtos equivalentes, ou seja, a moeda deve representar o valor do
produto que você está comprando.
- 2ª fase - moeda metálica:
• a ideia é que essa moeda metálica seja de ouro, prata ou algum metal precioso, que
carrega um símbolo de um governante/Estado, que tem seu valor/validade garantido
por um Estado.
• também há a possibilidade de falsificação. Exemplo: você pode derreter a moeda de
ouro junto com outros metais facilmente encontrados na natureza (cobre) e depois
fundi-la novamente.
- 3ª fase - papel moeda:
• forma mais próxima do que temos atualmente.
• é a ideia de que você tem um Estado que emite folhas de papel dizendo que aquilo vale
uma determinada quantidade numérica.
• estabelecimento de uma moeda, garantida pelo Estado (Estado já bastante presente).
• surgimento dos bancos comerciais: ele recebe o seu dinheiro, guarda tal dinheiro e te
dá acesso a esse dinheiro que você depositou nesse banco comercial.
* os ourives, por sua vez, recebiam ouro e prata – sob a forma de moedas ou sob a forma
do metal bruto -, guardavam esses metais preciosos e ofereciam um título ao portador.
Carregar um título era muito melhor do que carregar os metais, devido ao roubo, ao
peso, etc. No entanto, os indivíduos começaram a substituir a moeda metálica pelo
próprio título (ao invés de irem ao ourives trocar os títulos de volta pelo metal precioso,
faziam suas trocas/compras diretamente com o título).
* os ourives, então, percebendo que os indivíduos não voltavam para trocar seus títulos,
resolveram começar a emprestar dinheiro. Passa a ter em circulação no mercado, um
título que vale um valor que não está necessariamente nos cofres. Os bancos comerciais
fazem a mesma coisa. Isso é conhecido como multiplicador monetário.
# multiplicador monetário: tem a ver com a quantidade de moeda disponível no
sistema.
* grande parte da moeda circulava e era transacionada sob a forma ou de papel moeda
(moedas e notas) ou sob a forma de cheques (não são considerados moedas, mas títulos
de crédito).
- 4ª fase – moeda sofisticada:
• moedas não são só as notas e moedas que você carrega consigo.
• a moeda está cada vez mais imaterial (cartões de crédito/débito, transações eletrônicas,
etc).
• além de intermediário das trocas, a moeda terá a função de conectar o presente ao
futuro (função de reserva do valor da moeda). Essa moeda também tem a função de
desconectar um lado de compra e um lado de venda (ou seja, eu posso vender o meu
produto hoje, recebo uma certa quantia de moeda e eu só irei usar esse recurso
monetário daqui há um ano, dois anos. Essa quantia pode se converter imediatamente
em consumo de bens e serviços ou em poupança. Quando é convertida em poupança,
essa quantia sai do fluxo circular da renda e, com isso, alguns bens e serviços
eventualmente não serão vendidos naquele momento.
• moeda não só como intermediário da troca, mas como representante da riqueza social.
INFLAÇÃO
- se houver um aumento generalizado no nível do preço, há o fenômeno da inflação.
TÍTULO DE CRÉDITO
- a moeda é meio de pagamento que não possui data de vencimento (você pode utilizar
enquanto o governo determinar). Já o título de crédito não é um meio de pagamento e tem data
de pagamento. O cheque e a nota promissória são exemplos de título de crédito.
COMÉRCIO INTERNACIONAL
- vai alterar a disponibilidade de bens e serviços e a renda dos indivíduos na economia nacional.
- trocas da economia nacional com a economia do restante do mundo.
- ao fluxo de bens e serviços, serão adicionadas as importações.
- os indivíduos terão disponível para consumo próprio um conjunto de bens e serviços que será
produzido internamente pelas firmas/empresas nacionais e um fluxo de bens e serviços que vem
do restante do mundo – que será absorvido pela economia nacional sob a forma de importações.
- com a economia internacional, uma renda adicional virá perante exportações. Ou seja, quando
a economia nacional vende produtos para o resto do mundo, ela recebe uma receita em moeda
estrangeira por essa venda.
PRODUTO
- basta que uma empresa produza nas fronteiras de economia nacional para que esse produto
seja contabilizado no PIB – produto interno bruto.
- produto interno bruto: ideia da produção em uma determinada fronteira territorial.
- produto nacional bruto: analisa-se a nacionalidade da forma ou do fator de produção.
- exemplo: a Ford instala uma montadora no Brasil. É uma empresa de capital estrangeiro. Todos
os carros produzidos pela Ford em território brasileiro serão contabilizados no PIB brasileiro. Só
que serão contabilizados no produto nacional bruto norte americano, porque a empresa tem
nacionalidade norte-americana.
- normalmente, países menos desenvolvidos, em comparação aos países mais desenvolvidos,
costumam ter a presença de muitas multinacionais no seu território nacional. Como
consequência, essas economias acabam tendo um PIB superior ao produto nacional bruto. Isso
acontece porque parte dessa renda gerada em território brasileiro se converte em remessa de
capitais para o exterior (no caso dos países mais desenvolvidos, é o contrário).
- o PIB é o indicador mais utilizado no Brasil.
- Os produtos que circulam no mercado internacional:
• os próprios bens de consumo/finais/físicos;
* fluxo de bens de consumo – principalmente duráveis - e bens de capital.
• serviços de fatores;
* exemplo: fator trabalho; fator capital;
• movimento de capitais;
* dois tipos de fluxo de capitais:
# investimento direto estrangeiro: é quando uma empresa estrangeira resolve abrir
uma empresa no país.
vantagem: traz recursos para o país, gerando emprego, renda, movimentando
a economia, ampliando a quantidade de produtos disponíveis para a população.
desvantagem: aumenta o controle estrangeiro sobre os recursos produtivos
nacionais.
# empréstimos
vantagem: não geram um controle maior sobre os recursos nacionais.
desvantagem: gera uma demanda pelo pagamento do montante da dívida e
uma demanda pelo pagamento de juros.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
- balanço comercial:
• saldo do balanço comercial = exportações – importações (ou seja, tudo aquilo que a
economia nacional vende menos tudo aquilo que a economia nacional compra do
exterior).
• movimento de bens/produtos físicos.
• só contabiliza os custos do produto em si (não contabiliza o custo do transporte, por
exemplo).
- balanço/saldo de transações correntes:
• somatório das contas A, B e C.
• considera-se não só a troca de produtos (industriais e/ou agrícolas), mas também os
serviços (movimento de serviços, bens imateriais, remunerações de fatores de
produção).
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA
- circulam basicamente capitais (de empréstimo, para investimento).
- essa conta tem uma subconta de: investimentos diretos líquidos/estrangeiro (são as novas
empresas que se instalam na economia nacional); reinvestimento (quando a multinacional
decide não remeter o seu lucro para o exterior, e sim (re)investir esse lucro na própria economia
nacional); amortizações (quando estou com um empréstimo, pago o principal do empréstimo
mais uma parcela de juros); capitais de curto prazo (capitais especulativos, que entram na
economia nacional para encontrar uma valorização rápida);
CÂMBIO
- no comércio internacional – ou seja, quando o Brasil vai comprar/vender produtos com o
exterior -, o Brasil não vai utilizar para essas transações o real.
- a forma como o meio de troca é estabelecido nas transações nacionais vai depender dos
padrões monetários. Atualmente, a moeda intermediária das trocas no comércio internacional
é uma moeda que representa confiança no público/nos países que participam do comércio
internacional, ou seja, o dólar – é o dólar porque a economia norte americana é a maior
economia, em termos de produto, do mundo.
- ao contrário do real, que é uma moeda de curso forçado – ou seja, existe um Estado/legislação
que obriga os agentes a transacionarem com aquele meio de troca -, o dólar, não possui um tipo
de coerção institucional para que você aceite o dólar nas transações comerciais – só que, se você
não usá-lo, provavelmente você não vai conseguir realizar transações no comércio internacional.
O dólar é uma moeda intermediária de trocas por convenção.
- taxa de câmbio = preço da moeda internacional.
• uma maior oferta de dólares na economia nacional vai provocar uma abundância de
dólares – ou seja, terão mais dólares para uma mesma quantidade de reais – e, pela lei
da oferta e da demanda, o que é mais abundante se torna menos valorizado. Isso vai
gerar uma desvalorização do dólar e consequentemente uma valorização do real (no
caso de uma menor oferta de dólares, será o contrário).
• o que vai determinar o preço da moeda estrangeira assim como qualquer outro preço
da economia são as forças de oferta e demanda.
• o governo pode influenciar a taxa de câmbio, dependendo do regime cambial adotado.
• 4 Regimes Cambiais:
* Regime de Câmbio Flutuante: quando o mercado não tem nenhuma influência do
governo. É o mais liberal possível. Não é usualmente encontrado no caso concreto.
* Regime de Câmbio Fixo: controle total da taxa de câmbio pelo governo.
* Regime de Bandas Cambiais: o governo não estipula um valor fixo para a moeda
estrangeira, mas estipula valores mínimos e máximos. Isso traz mais transparência, mas
torna o governo mais vulnerável.
* Regime de Flutuação Suja: onde o governo sabe os valores mínimos e máximos e pode
alterá-los, mas não os divulga para o mercado. Dessa forma, o mercado tem que testar
o governo, elaborar dados especulativos.
• política cambial: política de influência das trocas comerciais através do câmbio (≠
política comercial). Gera barreiras ou incentivos ao comércio de determinados
produtos.
Aula 7: Estado
(setor público; função do Estado; tamanho do Estado; intervenção vs regulação;)
ESTADO E ECONOMIA
- P = C + I + G + (X – M)
• na equação do produto podemos acrescentar os gastos do governo (G).
- Douglas North (1920-2015)
• Estado => organização (forma mais básica de Estado; organização sendo definida como
uma estrutura hierárquica – relação de poder e comando entre os indivíduos; Estado
como sendo a organização que tem a capacidade de ditar as regras do jogo e a
capacidade de criar e regular as demais organizações;).
* o Estado recebe renda do público (família e firmas) e fornece justiça e segurança.
- Castro;Lessa
• O Estado também está preocupado com questões relativas ao bem-estar social e ao
desenvolvimento econômico (crescimento e distribuição de determinado produto).
• além disso, o Estado também é um agente estratégico que toma decisões de natureza
política – nem todas as decisões do Estado são estritamente econômicas. Até o Douglas
North concorda com isso.
- John Commons
• “Capitalismo razoável”: capitalismo que funcione de forma razoável tanto para os
empregados quanto para os empregadores.
• os trabalhadores se organizam em sindicatos e os sindicatos tem a função de compensar
o poder desigual na relação patrão-empregado.
CRÉDITO PÚBLICO
- quando o governo emite dívida, ou seja, título da dívida junto ao público, quando precisa de
recursos monetários (e não quer fazer emissão monetária, por exemplo) – crédito público: toma
dinheiro público, mas se compromete a devolver no futuro. Isso aumenta o endividamento do
governo.