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AÜJJTF ©ISIS

8'2 1942
SUPLEMENTO LITERÁRIO DE "A MANHÃ"
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publicado semanalmente, sob a direção de Múcio Uiim. 5


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Ano II Leão (Da Academia Brasileira de Letras)

A vidd de Joaquim Ndbuco,


vista dtrdvés do livro de Cdrolind Ndbuco
virli de Joaquim Nabuco Se V. M. for chamado ao minis- campanha conduzida pelo par
"¦"" '" ¦•- "'" •*"'»•**•
,un linhas gerais, conhe- tério, "ditatorialmente" aceite-o por dois dias pa- tido. Quando se viu pateado
dè todos os brasileiros que ra extin- por e-sta declaração, no mesmo
itn" a figura nacional do guí-la". teatro Santa Isabel, que seria
idor máximo da Abolição. Em 1871, já bacharel, entra o cenário de tantos dos seus
, nessa vida, como na vida para o escritório de advogado triunfos, provou concientemen-
wdos os homens, há epí- do seu pai. Mas"Numa a sua passa- te e com deleite o prazer do
tos. fatos, ocorrências, que gem é curta. das pri- orador que, no meio da tem-
nam aoss biógrafos , comuns, meiras causas de que se encar- pestade, se"antevê sente de posse da
pequeninas cenas, que so- regara e pela qual se vinha in- verdade e que estes que
¦¦• o carinho religioso de teressando, ele estava já pe- o injuriam naquele momento
com rante o Só então teve to- estarão com ele no dia ime-
i:lho pode conservar juiz.
ura devida. nhecimento de um fato que diato".
de episódios dessa ordem, mudava o aspecto do caso. Seu
-sid cheio o volume de Ca- cliente lhe havia escondido que
"A vida de existira um herdeiro reconhe-
11 Nabuco
luira Nabuco". cido para o legado que recla- Nesse ano, antes de ir para
io.M.s coisas vemos, alí mava; 'minutosuma criança morta al-i Câmara, tem, pela segun-
I.i »rande parlamentar guns depois do nasci- da vez, febre tifoide. E' muito
ain-
nata tantas coisas que mento e cujos direitos passa- fraco, quase convalescente Joaquim Nabuco, quando embaixador do Brasil em Washington
lmos vam à mãe. O jovem advogado, da, da moléstia, que pronuncia,
dis-
olma : nvoca a origem dos sem se preocupar com a assis- na Câmara, o seu primeiro
a elegibili-
micos a origem paterna e tência declarou ao seu curso, defendendo Nesse
rOí-tii materna de seu pai. constituinte que ele o havia dade dos nao católicos. -o
.-'os ascendentes maternos iludido e que a reclamação era discurso tem estas palavras;
Nabuco ela destaca a figu- injusta. Foi dali dizer ao
'„¦!.. J.úo Paes Barreto, fun- que a carreira não lhe con- um só, em relação a sua
do morgado do Cabo. em vinha.*'
seu pai direito da

gião, é tão perfeito e completo


minoria,
SUMÁRIO
o direito ae
reli-

João Paes Em 1875, Nabuco escreve no como o direito de todos .


n inibuco Esse PAGINA 78:
-i-.i o foi homem de raras "Globo", onde agride José de Sua eloqüência, a esse tem PAGINA 65:
. . ndes .- caridade exemplar. Alencar a propósito do seu dra- po, é cheia de reminiscencias A vida de Joaquim Nabuco, Correspondência de escrito-
"O Aíon-
E ,<¦¦¦ nome figura, hoje, no ma jesuíta". literárias e mitológicas.
-A-iotóOo Lusitano" 1876, é nomeado adido so Celso, o futuro visconde de vista através do livro de Ca- res. Carta de Joaquim N«-
Em
Ò. i recorda o ambiente doce de legação em Washington. Ouro Preto,-Peço dirige-se a ele num rotina Nabuco*. buco a Medeiros e Albuquer*
t quieto de Massangana, que Alí conhece o Barão de Carva- discurso: licença ao no- Advertência.
o nosso ministro, bre deputado por Pernambuco que.
mou-o celebrara, outrora, lho Borges, Sumário.
"que tem acanhamento de lhe para d«™r,™ <*«
mu,,., página, cheia de poesia, ^ptta PAGINA 76:
¦ copiar". No seu Carlos V, Felipe H OambetU
c Minha formação». Ali o pe- dar ofícios para tratar PAGINA 88:
<l..., Nabuco vive, ao lado de diário, há muitas impressões mortos ou vivos . para d Joaquim Nabuco, diplomai*.
ci- somente do objeto em Sarah Bernhardt, de Joa-
oiadr nha. d. Ana Rosa, que desse tempo. E' interessante
D. Ana Rosa escreve tar esta máxima sobre o ca- cussao „„_-.. A embaixada de Washington
"Casar e criar raízes; E em 1880 que «""«» quim Nabuco.
senador Nabuco cartas samento: Pensamentos, de Joaquim e o Pan-Americanisnào. de
s do amor que tem ao seu e o que tem raízes, como toda grande luta do abolicionismo.
-meetings" que »™ se - reali-
real,- Raul Fernandes.
aíill, io. Numa delas, diz; "£' a árvore, vegeta". Nos Nabuco.
André Rebouças
obras de misericórdia cas- E' seu companheiro nos Es- zam, então, PAGINA 67: PAGINA 77:
Patrocínio varrem
os que erram. Mas o me- tados unidos, Saldanha da Ga- e José do
e os ca-
não quer." ma Mais tarde, quando artl- ã última hora, o palco Joaquim Nabuco, de Tristão Dois temperamentos: Joa-
marotes do teatro, com o pu-
,'a a madrinha, Nabuco culam planos de reimplantaçào blico á espera, da Cunha.
da Monarquia, Nabuco chama- quim Nabuco e Oliveira
para o Rio, para a casa "Duque de Sal- No fim desse ano, ele parte PAGINAS 68 e 69:
*na. E aqui tem como pre- rá o seu amigo "Na Lima, de Barbosa Lima So-
a Europa. passagem
ir o Barão de Tautpheus. d*nha- para
can- por Lisboa, Nabuco apareceu A idéia republicana no Bra- brinho (da Academia Brasi-
¦.ho sábio fica encantado Em 1878 é apresentado
didato a deputacão por Per- uma vez na galeria diplomati- sil. Ao almirante Jacesuai, Ieira).
u seu novo aluno. Sobre "meeting" ca da Câmara dos Deputaaos. As causas da Abolição no
¦screve ao senador: "O nambuco. Ali num de Joaquim Nabuco.
lança um progra- Um dos mais perfeitos orado-
um é um talento trans- acadêmico, desafio:
"a res de Portugal, Antônio Can- Bras.l, de Joaquim Nabuco.
ceodeute e fora de linha; nun-;. '"»
ma que érauin
?."cn,""t5o"oara"a' demo- dido Ribeiro da Costa, propõe-, PAGINA TO:
« tive outro aluno de tanta Tio- ao vê-lo ali, que fosse dispen-
in.r.ueiica.- E, entretanto, es- ™™™fn? ^*" ^^"SE e O livro de Carolina Nabuco, PAGINA 78:
ento transcendente de vez '. i„„ir.»iescravidão" e a sado o regimento e que se in-
a escravidão"
in- troduzisse no recinto o depu-
in- de Graça Aranha. Joaquim Nabuco e a paz na
o
quando tirava notas insi- frase provocou ele principal dessa facit tado brasileiro." América.
.toatnes nos exames... clciente para PAGINA 71:
Na renovação da Câmara, no O Milagre da Harmonia (tre-
ano seguinte, é excluído Uma auto-detinição, de Mar-
"Das pelas
vinte cho de estudo), de Tristão
suas idéias liberais. tim Francisco. de Ataide (da Academia Bra-
Indo estudar direito em São
Pm!,j. jii é Nabuco eleito pre- ADVERTÊNCIA e uma legislaturas do Império
é a primeira e foi a única em Joaquim Nabuco, de Oliveira sileira'.
sKl-:niá do "Ateneu Paulista- que não íigurou o nome dos Viana (da Academia Brasi- Iniciação política, de Joa-
ii'< Rui Barbosa é o segundo nos escreveram, Nabuco de Araujo, representa-
Alguns leitores Ieira). quim Nabuco.
orador desse centro... O pri- fazendo observar que os «pitulos dos, desde a independência até
hi-.M-o orador é um rapaz cha- de Minha Formação, que publica- à Republica, no parlamento Joaquim Nabuco, na apre-
mos em nosso número anterior, nao brasileiro". ciação de Jusserand. PAGINA 78:
macio Moreira.
correspondem ao que se lê nas pá- Nabuco aproveita esse des- PAGINA 72:
Quando Nabuco partiu para Sinas do 11 vro desse título. Aobser- Heine e seu tradutor, de Br-
Rl ií*. onde ia concluir o seu vação é exata — declaramos nos - canso para escrever o seu livro
aqueles capi- "O abolicionismo". Joaquim Nabuco, dramatur nesto Feder.
pois, tendo que publicar
tulos. preterimos reproduzi-los da Em 1885, depois de uma no- go. L'Option, acte V. A vida é de cabeça baixa, d*
sua primitiva lorma, da forma em tabilíssima campanha em Per- Álvaro Moreyra.
apareceram na Câmara
que primeiramente nambuco, ele volta ã PAGINA TS:
Revista Brasileira tfascículo de Pe- "sob uma chuva de flores
vereiro de 18991. Posteriormente, uma nova luta, Pensamentos, de Joaquim PÁGINA 80
a Minha Formação em li- Nesse ano inicia
para dar
vro, Nabuco os "alterou, transfor- que espera levar ao fim com Nabuco. Curso de estudos da AmazóV-
mando-os quase completamente, em tanto entusiasmo quanto o da
"federação O Brasil e o Imperador, de
certas ocasiões. Pareceu-nos mais abolição — é a d» nia. 5.* aula.
interessante reproduzir os capítulos das províncias". Joaquim Nabuco. História da Amazônia, pelo
da Revista Brasileira, do que os do
livra, pois assim oferecíamos ao lei- PAGINA 7*: prof. Basílio de Magalhães.
tor não somente uma forma por as* A vida de Joaquim Nabuco. Efemérides da Academia.
ilm dlwr inédita do trabalho de
Nabuco, mas também lhe dávamos Em 1888, depois da abolição, "E1 de Medeiros e Albuquerque. Soneto a quatro mãos, de
uma ocasião de fazer um curioso ele tem idéias de paladino: Augusto Frederico Schmidt
estudo crítico sobre os processos de Um discurso de Nabuco, em
preciso me bater pel» princesa,
composição literária desse grande Belo Horiaonta. • Manuel Bandeira.
escritor. («.-.MitiiÉU**» ¦¦« pâ-fiii» M-iguiute)
"A MANHA" - VQ1- « DOMINGO, »/*:«
66 SUPLEMENTO LITERÁRIO PE
PAGINA

SARAH BERNHARDT - .wn*~


„ fida ili lupa Nabuco, n\\
através do livro áe Carolina Nabun
(riinthinfM.-ãn «I» iwixMin tunfrior)

lábios recolheram <t a nossa Lincoln, como me bati


lhe sobre os ombros e foram as seus -par» que
as artes, t petas pela abolição". Seu liberalismo
ahm de Mussel. Da fama ek passará
político exprime-se assim: S(
vm íímí/o d 5 artes para a tradição. .
de mias dts- alguém
me perguntar se so»
JSm Sur«»i Bernhartll a vida tia mulher travou vida tão intensa que e um feixe republicano,
¦ira da arlisla. Ktis seus mais esplendidas Cimo uma monarquista ou
ttlfhritiintc cv ela se ler cansado da admiração do mundo, mas a em principio, eu mesmo nào
não terá litlo muitas vezes enão a sensa<ão do và- tintas pode
triunfes ela naturezas. Dentro dele podem saberei responder."
no amor, admimcâo i o elemento dessas
ruo Realizando m celebridade t, tipo de Dou Juan nem sequer respirar. .V» Ura- Feita a República, Nabuco
mas somente sentir o tédio ila exislencia; fora,
,la sonhou Idas as glórias, conquistou-as todas, sil como tm toda a Sarah Bernhardt encontrara a mono- abandona a ação e, na doce
da posse depois tia loucura do dt- parle,
sentir sempre a decepção mudou; ao sol amorteci- quietude do seu lar, medita «
paru um
-pendam lt- lonia da sm celebridade. A naluresa seus grandes lh-ros,
icjo. O conjunto da sua existência formaria e mentiu- escreve
Renan, mos de um do da norte sucedeu o sol ardente dos trópicos, mas Carolina Nabuco recorda, nes,-
minino i vida de Neto, como tt fantasiou no da oUria está sempre sobre a sua cabeça, a estrada que
fio
te a fundação du Jor-
de menos, brigado
obrigado a ffa-
pa- "a passo,
Seio eom o gênio dc mais t o crime mesma nn Rio de Janeiro que em Moscou. h nal do Brasil", em cuja mia-
idéiaia ner emana. pisa é
ne.rmnit.na.
mliiir' peto seu talento, os meios de realisar a do nosso século encontram ção Nabuco encontra as mteii.
avariasse no ato ro porção
proporção eom tia triunfal que as realejos artísticas
com irmãs de Rodolfo Dan-
Pará que tul existência quinto onde a fantasia as leve, bordada da; etern.i gências
ms emoções das oulrus cenas, ela deveria 'o. como Teodoro, encon- em qualquer país tas, Sancho Pimentel, Gusmão
multidão humana, que parece outra, mas é sempre, a mesma
trar um .lusliniano e dnr leis a um Império. ela Lobo e Ulissee Viana.
século XIX Nós, entretanto, a .aclamaremos duas vezes: porque
Nós forem, nada tonos com esse drama do nns n-:n como Sarah tsrrnluirdt, e nos vem como a Branca. ser advogado, abrindo o seu es-
. A esse tempo, Nabuco volta t
representar perante 'A o.
as
mlilulado Sarah lleruhardl, que se há de Pela re: em nossa historia, temos ê honra de recebei critério com João Allredo Mas,
como hoje se representa Ketin. primeira
flui,ws da século XX. atriz agora empre- em nosso pais a glória francesa.
A atriz que cinlinua a Irajh- como esse escritório se torna-
Viagem ao reileir da América, que a grandi de.MUe. Rachel, ra o ponto de encontro dos mo-
meeis de um ano, há dc ser Viiíi <de MUe.. Leiomretr, de. Melle. Clatronc,
tnder que st deve prolongar por narquistas e tinha ficado sus-
de repousa em sua vt da mais elevado carttler a embaixadora do espirito francês
tara ela um longo intervalo dr calma e teatro da nação que, peito às autoridades policiais,
dizer a cabeça esteve sempre em Ela representa o ponto culminante do Nabuco o fechou. Seu pomo ilt
intima, du qual se pode que tem um teatro, e que foi túnica a ter no predileção passa a ser a Re-
lebre e o coração sempre em acii \nila, com efeito, pode única em nossos dias,
teatro uma Ira,itlicão, uma escola, uma educação. Como na orle vista Brasileira", da qual vira a
- que deve ser paru
dispor tanto a volta 'longínqua gradual it u-rcniiiadc. de escrever, i— assim também na arte de.representar, . sé o França nascer, pelos esforços de Lúcio
ala uma reiordacão da infância — ramo longa da expiei- de Mendonça, Machado dc As-
durante ouai atingiu essa perfeição nas medidas sonoras t vtsums
.cima iii. Paris, a peregrinação americana, o são'a sr chamar o estilo. Sarah Htrnhardt nos traz sis. José Veríssimo e o próprio
da civilização entre que pode Nabuco, a Academia Brasileira.
Velho Mundo ...» supo-la uma desterrada assim
.......... uma desconhecida do belo. a forma dr Iodas a mais
(Iniroti em vhfierat de tornar-se M-mo Atola. forma
.- , ., .
iiuiios, utna MUe. ""' r
uma língua que ainda ma /o. ouvida f«
Sarah Bernhardt dramolica - em qual as precária, coma traz
intervalas representa- nosso cenário,
tetws intimas de sua vida são como que — lera gastado As nela, artes, no pensar de muilos, não chegam alé ao Acentua-se, cada vez man. i
nemw público que a aplaude, sua surdez. Nabuco tende cat;a
dos perante
da aue tai.t»
talvez iixse preciso • Bonaparte •., palco; entretanto, quem é mais artista do que ator? A nutlém vez mais à religião. A esse tem-
(dr
toais força nervosa do qqm
plàstka a que imprime a sua comrpçiui, a seu sentimento po, traz sempre o rosário m
Xapolrão.
para tornar-se criador, não é menos digna do qut o mármore, por ser e con- bolso. Quando está "Ato só, repete \
esse uli-
Esse desperdiçar continuo . incessante da sorte, Mr transforma-se cada minuto "Salve Rainha", o de con-
uma lembrança sequer, emoções junto das expressões humanas. trição". A sua religião é "mm
rar ac fundo áo abismo, sem rm umu obra dar Ir, como a escultor transforma « mármore.
milhares áe existências felizes, envolve um esse não é mais do * lonte perene de alegria".
éc t)ae sc fariam Quanto m próprio irxlo da drama, que
Quando vai para Washin-
. Semelhante carreira daria ver-
gosto imenso da própria pessoa anual com que ele trabalha a sua maleita pritna, que é ele mes- gton. como embaixador, man-
mesmo aos homens cunqu staram o mundo. Pode di- só flamlel, mas nio lêem
tigein que mo. Shakespeare escreveu um quantos tem lá, como já man tivera em
ter-se que ela não lem cm Paris uma hora dc lida privada saído, conforme o sentimento e as idéias de cada época do gr- Londres, o mesmo espirito qua-
crua, à noite, a atriz sr exlen misticismo.
que antes de aparecer em já nio criador dos seus interpretes' li' essa a orle de que Sarah si de
essa áUtíii-
ir iliu nus tiranias reais que viveu. Agora, porem, Bernhar-lt nus vem apresentar o mais perfeito modelo; e lemos Ao lado disso, porem, tem um
algum tempo, e o publico assim nos deixar ver grande prestigio em todos m
iade de representação vai cessar por para enm ela uma dívida de gratidão, por
deI., forças a qUe c original dus salões. Sua beleza varonil e ce-
será beneficiado, lanlo como cln. pela economia grandes criações francesas de que só tinhamo\ lebrada e admirada
cc-mu- por iodos,
m viagem a há dr obrigar. Paris eslá a pomas horas ele visto c-ipias pálidas. A'esle momento, o primeiro dos teatros Os condutores de ônibus, quan-
conosco telégrafo, e os correios são mmlos fre- teatro São redro de
nicução pelo náo é a Casa de Maltere; é o do passam defronte da einbai*
nêw Iriinsmtlr a vibrarão da vida pa- franceses
quentes. Mas a telégrafo lêem /»- Alcântara.
xada, avisam aos excursionis-
risiense, e as molas, por mais carregadas que venham, Á eminente atriz que nos tia a ocasião única ie escrever tas que ali mora o embíiixarioi
ItrviXs cerlos. Tudo conspira pura fechar a eminente arlisla Nabuco. o mais belo cíi* bo*
es- essa /ru.«c, mi<i hão de fatiar provas da udmiração que os bra- mens dos Estados Unidos.
nas quatro paredes do seu contraio. 0 que todos devemos Os teatros em ela
sileiros sentem por ela e por seu país. que
insuportável a sua prisão dourada
ferar é que ela não ache representar héw de ser tão pequenos em Ioda a América para os
iesle Indo do oceano. ' a„wum /,,„„ ouvi-la, como ainda há pnueo o eram os tea-
(.',„ critica francês lembrou-lhe que ela partia pura países tros ^ lie ;nJres. Xem acredite ela que o desejo de vê-la nos A sua morte tem a docriin
"pouca mie e literatura", onde a platéia aprecia o gemo da morte de um santo. Nal
ie dramas emocionais dus úllimos anos seja maior do que o dr es- cartas
e conjurou-a, em outras palavras, 4 para d. Avelina Nabuco, j
forme o preço das ladeiras, cular ii música indejinivel da sua voz nus versos de Kacine l de ele. a todos os momentos, ma- I
ao Tulliir a Paris mio deixasse nada de si enlre esses bar- o seu artístico. Siio
que
ba.sjante Hugo. São
nus faça ver incompleto gênio nilesta a sua elevação intima
baios. Os adoradores do gênio francês admiram-no sacrifujuc i paixão a poesia, e deixe de vez em quando a musa para Deus. Morre eom um sor-
alguns escritores de acreitlarem
para petdoar essa fraqueza de ccaimot as platéias que a trágica liver assombrado e « mulher riso de resignação. i
do mundo. Xãc é pouco Na comunicação que o em-
que Paris é Ioda a matéria pensante trouxer ttvollas. baixador Jusserand faz «o .o-
tr dom leve a Prança de embelezar
ter recebido em partilha que
Quanto i. nós, lambem temos * que lhe dar em troco
das de Na-
crença df. verno francês da morte "Dc
ludo ti que loca. Xão é indispensável à sua glória a nossas emoções; temos qut lhe oferecer, u tia, que nos traz uma buco há este trecho: b»
só ela eslima devidamente os seus próprios talentos. As seu
que darle, • que para uma naluresa como a sua, lanlas muito ao serviço de p»".
sabem ja- nova fornui
nações, como cs indivíduos, só são amáveis quondo há de ser lambem uma revelação: e deslumbra»- que ele honrava pel» notirra»
l: rança menot SHtes artística, alto .^eiiso
ter-se perdoar a sna superioridade, e fazer a aa aproximar-se ie nessas monta- de seu caráter, seu
encontrará lt tspttáculo que pressentiu de justiça e uma elevar rui de 1
ttmavel i diminuí-la. Sa Brasil a grande arlisla não nhas, c magnificência do mcamparavfl cenário que a cerra por vistas que nenhuma considera- '
ainda a espécie de público que faz os grandes atores: e público Iodos os lados. Em sua curta visita t ie esperar que cia leve
a sua viagem ela verá nas pluleuis ção de ordem pessoal ismai.
que os compreende. Durante da nossa natureza, (orno nos há dr deixar io gênio da Erança, conseguia alterar, o sr. Nrtb-u-
nas dc Santiago mais arisio.ro- imt„„;„
ie Buenos Aires mais riqueza, ,„„¦, . Neste motrunlo s« temos a diser-lhe '/**• co era cercado aqui da fMima ;
alguma. _,_
rio, nas da Havana mais imilaçãa parisiense; em parle __' _____ _, medindo 0 lugar que vai ocupar entre nos e posso dizer
não se_ engattará
da admiração .
um auditório tão apaixonada pelo
eUi universal". "O nosso pais náo
forem, enconlrará, ao lado de pelo vazio que deixou em Paris. O que a Branca lem de gran-
produz muitos homens <i«™ •
teatro, uma minoria qne lenha tanto do gênio francês, fila pode de nas artes e nas letras tslá com es olhos voltados para a for- dizia-me com lágrima? «<"
em lerrito-^
assim estrear-se, certa dr que ncsle pais eslá ainda de suas credenciais artísticas. Os nossos aplausos desde olhos o primeiro secrHano
ela verificará tadora
rio intelectual de sua palria. Em nenhum outro ao mundo como foi recebida por nós a emissária da brasileiro- por ocasião dnssince-
Iu-
cena: — hoje dtríw
melhor exatidão do versa que lanlas vezes ouviu em nação, de cuja glória fomos sempre m»m satélite Hútünie nerais. Pude, com toda a
ei la Praiice. grande ridade, responder-lhe: Nenhum
Tout hcmme a àeux pays: le sien puis
Como eu disse, em começo, ela chega precedido de uma (ESCRITOS E DISCURSOS LITERÁRIOS) pais produz muitos".
janm que nao é outra coisa senão a glória de nosso século -\o
livra dr sua vida não há nome ilustre no Iralio contemporâneo
que não lenha escrito uma página
Petersburgo, Sova York. todas as grandes capitais procuraram
de ouro. Paris, Londres, .S.
Joaquim Nabuco, apreciado por um diplomata francês
Ela lem
vencer uma a oulra na admiração que lhe mostravam. O diplomata francês Barrai belo como Apoio e dotado, como sosiedade do Rio e de Petropo-
das maw-
Itio a intérprete, a colaboradora, a criadora, às vezes, Monferrat assim apreciou a per- esse deus, dos mais raros dons lis.n=n« «nM
dos novos tira- sonalidade de Joaquim Nabuco, intelectuais Tomava parte em tonas todas
res obras dramáticas do nosso tempo. A plêiade t™».».
refun- em um artigo de "Gaulols" de les,a5' brilhava
festas, """'?"' ™„£o"c
mulurgos franceses, cujas peças reproduzidas, plagiadas, O dr. nabuco pertence a uma convescotes (c o conveseou en
..iu. de 2. homens
hnmL. de h. Estado
K.t«rfn
>
dois mundos, Paris: familia
iidas. imitadas, alimentam o literatura teatral dus •¦Um congresso Pan-America-
g,,,, ^ era um dos chefes do então um dos passa-terap»
• -WP""
na de súbitos literatos. Sá um nome ele- mais apreciados pelo
islã para tia posição no acaba de reunir-se no Rio liberal, e foi por essa
Dona Sol fez de Janeiro. Dos seus trabalhos part.do a0 j^r da academia. life'' petropolitano), uma p«i»'
ia a toe»
liou-se acima du seu: o de Vilor Hugo, a quem raIa0
hora um exílio de vinle anos... Mas ao lodo vão depender os destinos do ain(ia que ^ estreou na os bailes e redigia
isgueeer mima
eram novo mundo e, talvez mais do poütjcn
jOTem| na folha que se publicou o»
mesmo desse nume, e dela não pareceu pequeno, porque que se supõe, os da velha Eu-rante pouco tempo . e Ci>J° »'"
a espécie dc gloria ao Brasil, lo era — "A Época". Fazia
tmíbos nomes únicos. Essa é distintamente ropa. Por isso, julgamos inte- Quando cheguei
s.-r única, assim como Hugo, I.esseps, ressante traçar o perfil do seu eomo adido de legaçaõ, ele aca- sos encantadores, nao so
que ela fossue: a dr
dos maiores espirilos, a adulaçéw presidente o dr. Nabuco. bava de ser eleito deputado e nossa lingua como em poi
Win Tudo a que « admirarão Há trinta anos, mais ou me- ji se distinguia no parlamento, guês. e chegou a publrea.
delírio das platéias, a glória it
ias mais altos personagens, o no», que nos conhecemos, pela elegância e facilidade com volume de poesias francês.»
lhe foi prodigalizada. Coma Ka- Compreende-se que, coro
Paris pede dar a uma arlisla. Quando pela primeira vex me que falava; porem não era so- »•
solitária. Coma a Riston, re relacionei eom esse estadista, mente essa a sna elegância: o belas qualidades, o dr.
thel ela elevou se a uma posição
ia sua Imyua. O mania da patna tans- ¦ ele era am moço de M anos, dr. Nabuco-era o Petrónlo da tfivnlinua m j»»"""
ttbtn as ciúmes de ouro
PAGINA 67
domingo. «/s/ims SUPI.EMeNTO I.ITFRAItlO DE "A MANHA" — VOL. 11

JOAQUIM NABUCO - í--*»* g* "Pensees iêtachees b"'»nf«


, , .,,. nabuco foi provável- do por fim, pela morte do pai, ca, o fundo histórico, a perspe- No livro ^« ^™os £r„S«" .
laaq'
niellZrepresentativo
",e'"or em WS, tomar lugar no Par- eiva humana; e que na Europa et Souvenirs". escrito em fran- outro poeta Mas ££ia*Hna
""" Dele
Dele lamento. E aqui se entregou a nos
nos islo
isto é, a cês, sente-se bem o discípulo
disctpulo nota o nnosso critico, deixam
"" lur cultura. falta
'_ a
"__,_pátria, '. j_ for-
jor-
°" '""?¦',",i, >rmChor ..,-_ r..-~. ...„¦ „i._. .„„.;. ,............ _.:_ _. „^» <„.- ,.,*rAr-.„ h* rtennn ™ia liloso- sombra as outras oaras. ul
mm iusíiça Graça tuna obra mais humana que po- ma em que cada um de nós loi literário de Renan, cuia filoso- somarael eles próprios contem aí-
*"'"'i ,,ut loi a síntese litica: a abolição final da es- vasado ao nascer". fia Nabuco pensa ter esquecido. resto,
ir" Talvez cumprisse ler
"perspe- Mas nâo foi so a influencia It- giiiispe, pedaços da mais alta poa-
Amais feliz da ctuiii- cravidão.
sia lírica
lírica, e talqueaiaent e che-
''''"¦''"'B'asil * A doolifão
abolição seio, em MS. 1IISS. Lo-
Lo- divacliua européia". Muita paisa- terária que /icou. ficou. Estas mau- máxi- sia
a esquecer que naosaoMo.
go depois, é a República. En- gem da Ásia ou A/rica, sem que mas, ie nm cristianismo senti- ga file absorve tudo, este poema
Nabuco não tão Nabuco afasta-se. recolhe- lhe falte perspectiva histórica, mental, ao cabo nao o separam
nuamente. a olímpico. u-„,i,rar
.,,,,,) primeiro escritor. se, medita. O esgotamento que havia de õ deixar igualmente mudo do modelo. Somente
vem depois da vitória, a quida abandonado. religiosidade de Nabuco ele a Nabuco nao deixa áe lembrar
seria a nossa primeira ca- do
',,.,;.tira.
Haverá nisso tambem um fe- quer formal, quase ortodoxa. £ os •onetmde amor Poeta.*
Mas está na pri- império, lioada á abolição, e c™ ine fo "'',,,*¦
esta como um nòmeno de desproporção física, assim compôs outras tambem. as e»n"0as
, linha dos nossos escri- upontando-lhe impre- dos
suicídio heróico ia dinastia, as de desequilíbrio entre a sensi- de um deismo um tanto Qu'!,™„,V,„„ZZada
(oi das nossost raros pen agitações do novo regime, tudo bilidade secularmente nobre melancolia e a ™™«M
formada ciso. que não procura su/ocara expressão. M« ™. esconde a
„ii Ztica è üm perfeito o entregava ao pensamento, no meio europeu, e a grandeza vida com o dogma, e quando
'In iequ:e «« «
ff"
n-b.í. A nenhum outro Nabuco duvidou. Entretanto, esmagadora e deserta da paisa- muito unhadas daquela sorte suspeiia £
trarcha
fão aifo, nele nunca houve a iúvida gem americana. Como quer que ie ternura metafísica tao que-
fnviit"'ff"li im ora,, Ativi- este fato ie aclimação rida ao mestre. Ambos, emgrau «««f'»'™1^ ^a>fl^P2Zndo-íhe
tão diversas amarga, afirmativa, io homem seja, a ne
nenhum
B!n,niad's inacabada i evidente, de condenem diverso teem a ^e
!,,/_ ant se ocupou um pouco pouco que tem zanga a vida; mas ao mental I Estehvro poeta ^«/™"0"£a poderá mais *g*™e
j, í.ii. íviio quanto fez.z. fez fez contrário, o sorriso melancólico Cumpre levá-lo em conta quan- nostalgia da gr ma.mas cheio de dii^anos l«™*£ J«a*r- que nm
de quem conhece a vaidade das do se estuda a psicologia das de valor desigual, w™*'™™™^'^-
es- coisas supostas sólidas, e en- nossas nações
io. es- novas. E entre trechos admiráveis mostra que
pau) d-t senador Nabuco. a casa Amor. ie que o poema e a epo
trelanto i grato à vida que para nós foi Nabuco quem o distin- Nabuco. se abandonou talvez
tadiAa do Império, tambem fi- se bela oura ciarammfe e lhe apontou ie Renan, nao passou peia.
de senador, Nabuco ele tez
j/,0 e neto iuaar QM tem. alem ia fronteira dos seus io- Duas cadeias de cimos lumt-
rf.v'.e'í, com esta herança po- Ei-lo que por algum tempo se todo 0 nSa M ler a ir_ mínios. aue são imensos. „osos atravessam os dez can.
MaJ em
Ij/íci? f» beneficio de uma mo- ' «ore transplantada acabado ie "Um Estaiista io Império-, tos. „ amar da pátna, e o amor.
'Ti n ardida na mara- 7-
"c"s- Z^íZLnl
a %"SJi
d0 *"! T":
« « a biogra- «Lusíadas- são o poema ie
C'(i novo clima, deixam obra „«e nos dá, com 0,
¦i,:l sonhadoraia natureza tro- crnmca J"0"™""
IJiVLtfJntra ia monarquia liberai, habituar tm Nabuco. e
t. tna a tambem aplicada *, ^X,-ie sofrer a influência fia io velho senador Brasil Im- Vem„. Para Camões, poesia
•rr-dcão do mundo e ao es- dera-se fixado. ,. 'do chio aue os alimenta. Exis- uma perspectiva do amor sg0 „ mesma coisa, ou se
Mas eis que o in- cuiio atie fica sendo um sempre transmndar uma
.(¦-#/.) dos homens. Dai nos chamam de novo, expatriam- u uma fitemtnm brasilei'a. periaí.
A quadro forle, vivo e original ia- „a 0„tra. o canto IX é uma
po[(em
dependente da
e>e meta e filósofo polili- no. Faz-se de novo ao mar e, obra ie arte não portuguesa. escapa às cau- quela época. Há nele como. a apoteose de amor; cada ob/eto
u<ict''Mo social, analista da ^ em durante seU
pa{s pais, sas imediatas ambientes. E é i poesia da nossa política. Mas è a.j resnira tima atmosfera nu-
anos. habita a França, a Itália. nio a Portugal, trabalho gue pediria estudo i pciai ie céu pagão. No episódio
i. vitAt anos, nor 1870, eo- a Inglaterra, segundo o leva a França que
Adamastor está um trágico
tambem cliente ia França, que parte. io
vt a dar que falar. Alto. for- stia missão. Em 1905 passou a vamos tomar quanto temos de critico literário, Nabuco nos milagre amoroso; e anda a evo-
:o t'1'* Urilha e é amado. ser embaixador do Brasil em longínqua do amor na
importar da Europa. Eis a le- mostra a mesma personalidade, cação
li primeiro de viver, o que Washington, onde a morte o foi sustentada par Nabuco em a mesma largueza de visão que angústia duma tempestade E
inda o melhor meio de che- buscar a 11 de janeiro último. se de instalação da Ha c,ítica politica e social. Aca- há depois as aventuras huma-
seu discurso
n escrever coisa que va- o destino errante desta exis- Academia Brasileira, discurso (,„,,, justamente de lhe impri- nas em qne o amor entra dire-
So>n a viajar, " fez-se apre- tência
'",' "".;;.; "¦"-•- é- simbólico. ¦•-¦- — -¦--
-¦¦— ¦ Nota-se-lhe
( ,<„, dos seus melhores mir três conferências, pronun- lamente, com as alegrias e pe-
Renan. cujo pensa- aquela incerteza da alma sul- qne <raf>a(fc0J> „ tnio ie sna melhor ciada:! em mS-1909, perante as nas que traz. e as saudades que
n impressionara, e a ma americana, na qual Nabuco
maneira, sóbrio, cheio ie idéias universidades americanas, so- deixa. A triste historia ie Inea
ia>id. a quem impressio- mesmo sentiu o dualismo pro- e de
gosto, rico de expressões ore Camões. Nabuco teve modo de Castro c perfeita.
m o seu belo físico. Viu fundo, que a divide entre o sen- fortes e imagens claras. de dizer novidade sobre Ca- Amor tambem marcou a VfM
i ? os homens considera- timento da pátria presente, e a 'Eis transforma tu-
Foi dito que Nabuco e a obra mões. de Camões.
hereditária da
>fr.í.»rS tomou ao Brasil, sensibilidade tis Nabuco são um caso daquele & oom do poeta é um mun- do em amor, e quando deixa ie
irott civeo anos. raça. O sul-americano requin- dualismo. Não esquecer que ne- do rico em beleza. Cada expio- amar as mulheres para se en-
nr essa época, diz ele, que taàn, artista. tão votteo seme- homem Tai0r que sabe ver sempre lhe tregar ao poema nacional amia.
¦¦om as duas fortes im- ihante ao •'snob'' que se pica de Ir são inseparáveis encontra "
Ir-
¦i de sua vida: Chateau- parisianismo corno ao naciona- obra. Um
dos seus livros ma coisas novas. conserva, de suas provações.
pr-i
mui-
interesantes, talvez
"Minha
o mais in- Nabuco'"expõe"ãõs estudantes poder de dar vida real a todas
br:,,. -I primeiro, e logo Renan, lista que ignora o mundo, teressante. é Forma- americanos „.,_,¦,„,,.,.. os
n, diversos asnectos as passagens em que tem parte
rfiiwrsns aspectot
«"•¦ iparia chateaubriand. De ta vez, levado dc uma forca ir- contando-se ele dos "Lusíadas". o amor". Sofreu muito, amou
a Ettro- conta çãr,''. Neste,
/!.'.) varece que foi sobretudo rcsfHivel, emigra para
"regressa à Euro- as influências que lhe
Primeiro, é o poema da pá- sua obra é uma
mt',ito. sentiu profundamente E
Rei: ¦t quem lhe marcou de vez pa. ou antes, desenvolveram a natureza. Tra- glorificacão da
iinatlas profundas do espi- pa", na expressão ie um outro ta de política e políticos, mas tria. Canta-lhe o esforço herói- vida. Na descrição que faz da
e co'onizaçào. tromba marinha.
Meti há em Nabuco dons ios nossos finm críticos. Mo- como o faz um espirito realista, co da descoberta Camões nos
n.-ta romântico, aspectos de vem-no as afinidades sem car- positivo, temente aos ideólogos E' um"déracinés", hino à ação, a epopéia mostra a água tornando ao mar
•ni público namorado, ie responder;cia no meio natal, a dos os transplan-
Vemos um físico a estudar for- tados vencedores do futuro. O jã sem o travo de sal que teve.
mala grão senhor e um que entretanto ele se conhecea cas cm conflito. Gos'a de ima- imortalizou o espirito da Esta
imagem serviu ao crítico
i i'airal preso. Dai -precisas, vale-se da geo- poeta de sua vida e arte. O gênio de-
que o prendem profundamente gens Por isso o lugar dele le. diz-nos formosamente Ha-
no autor das "Memórias nossa alma contraditória, tns- r>"Iria. da. mecânica. Ao oar- sua raça.
'•rt Túmulo". E cuido que tavel, a oposição do sentimen- lamento americano, "relógio que é entre Homero e Virgílio, mais buco. "guarda só para si o amar-
"que é nacional, à imagina- entre Tasso e Milton.
in!'.../ fambem uma certa lo. marca as horas da opinião" queE gor da inspiração que bebeu no
¦¦¦••¦••/«íe intelectual que se ção. que é européia". "que lhe aponta é^ ainda o mundo marinho oceano da vida". Para nós a
- -
instabilidade
-provem de opõe o inglês,
- nm ^^ nm „Ll(s!a chuva luminosa, doce e fecun-
no mestre. Esfa . UlClJ
até ,,*
os ,..¦.....,-,„
minutos". . .Itrmtt pre a.- Vinlar fnmn viajou
como mal Ca-
a Paisa- das". Viajar,
.do adido de legacão. que na America lana a sua realeza, da, da poesia.
a rf M Ivaia!erra e mões, longos dias sobre o curto
m Londres, e principal- gem, à vida. ao horizonte, quase, nominal, que neutralí- barcos de vela, era Este ensaio, belo e original,
... Esta*ns Unidos, vin- arquitetura, a tudo ene nos cer- za fora de competições o pri- lenho dos um dos melhores que se tem
**• ; meiro posto do ístaio. E isto passar
a etistència
oceano, tio
na
segredo
intimi-
ra publicado entre nós sobre o rei
'V'V¦'"¦¦''¦" dade do
'¦ ¦ •-.' lhe evoca, com simplicidade _!?'.- diante ou terrível de todos os dos nossos poetas, mostra •sin que
Wri^Sllllllllll^ minaiora. o eixo ie uma roda. nos
M,,i;' "Há duas seus momentos. O poeta apren- Nabuco. especializando-se
Di-nos filosofia: minuciosamente as vozes do dera_ um critico literário aimt..
¦>svécies de movimento em po- de
vento e das águas. E' a grande ravel. da rara espécie criado-
ra. Nâo no quis, ou não teve
tl%oZo^pa™JZo vivido, Poesia da realidade. Tudo ali nâo vem
da terra, qw, exato. Quanto relata, lugar. Mas este mal
c o movimento viu. como só ele podia ver. sem alguma vantagem. Ele
náo sentimos; outro, o moii- Resumindo esta impressão, diz nunca foi tivresco. Andou sem-
mento que parte de nós mus- Nabuco. "Camões pre em contacto com a vida. em
m-.-s". Ora, o Importante é a finalmente
transformou em poesia o livro todas as suas formas: , tirava-
pnmeiro. bordo de Vasco da Gama", lhe. para a literatura. os bens
Ele poderia ah.ntar ff/rí .'/""- ie um cento novo para mais preciosas: pensamentos
htm é assim fora da polül:a, Cantou Netnno e as Nin/as.. E a gen- pessoais, diretos, amadurecidos
im tudo, e que em verdade o tempo,
o vê mover-se entre as divin- «
Inmem perde muito tempo t-n te marinhas e oi monstros. Ele pertence ao grupo ios tn-
chamar a si o que anda nc ja- dades
r.o mistério*/* do acaso. creeio duma -grandeza fácil e teleetuais de"lesbom gosto e boa
romvanhia. honretes ge*"**
Sobre os Estados Unidos, em f"m"lar- ^AV"''Jels
18,71. Nabuco nos deixou nota-i Outro aspecto, talvez o prin- Tem o -snirifo universal, e olha
cipal: os "Lusíadas- são o poe- o mundo nor cima dos compro-
preciosas. Fez-lhe grande im- vista locais.
pressão a aristocracia rl„ „,u. ma da Renascença, e como tal missos e pn-tos ie
estila e Incido distinto.
,*., «n^rú-ana em «* >*> incomparavel, segundo Habuco. Sen isento de toda a reto-
ZoorTnco¦ Zrane o Z- dZ Camões não viu a fíãíia: nâo eleaaVe. T»le diria ta'.-ez um ea-
tZZ
t-.ngue os FÍtMoTUnidos * '¦ teve comércio com Miguel An- rica.
o, is««^oc^!™05' defei*os i asve-
„,,(, gei0f „iss0 menos feliz que seu c.adorje mie
icm pais
.... ren/iMfcano pensa compatriota, o pvror
s-a comnatriata. Francis-™=» dn-iida. um tanta jvcoMr.
pintor erancis-
que mestre do estila ha ie saber
r TieditaaVeoâm^-Z co de Holanda. Mas o espírito O
nele. Não s-a lingua a fundo. E Nabuco
havia ac
hana arran'a, rnnu
de arranmr muito Vm _ . Renascença estava„,„,„
da
não-nossnia tc-do* o°. recurso* ão
com um rei familiar e sivtpt-i m{l qM ,er 0 ,x
ver a Vha de Amor surgindo do nortnaiiés. A vo'ta daqv-iat
i/o, mister King, a quem aner ~ imagens nreeisas e resumos tor-
tasse a mão sem cerimônia. Tem
mar azul. povoada ie ieusas
;,.s- ridentes e nuas ao sol mediter- te*, me lhe <-ristaf<zi-m o nen-
observações vrofundament- nii nada mais belo '«"r"1'". a iina-ian-m tem cer-
tas e engenhosas sobre a atitn- ™nco .Vin
a„ da j„ nação,
nnrãn ame ante
ante os P?<\'rV poderes Jtm mialquer literatura. Asso- tas hesitações. DMeis uma cor-
de Çi.„j„ ..,. M.r„ - ..„,„ jmn. r-i-te nue em dado momento se
tamente assistindo i explora- gem visual precisa. Nabuco demora, pomo ave tnrna sobra
rão io naí* pelos politiqueiros, lembra a Farnesina. ie Romasi. e **¦ r"Tirí777 c T}err1e vm
"Nunca me fut a ver a Farnesi- co. Mas e *>mnr> clara, e esti
ave iíspre-a mas aquém ainia -tima- es.
-ão tem tnnm de pedir contas na aue não pensasse como Ca- eh"« **
nestes """-""",:<•» T^*»
ocupada cnmo es'i em or.fl-.f- mões e Rafael são dois pintores Nabuco se™™, <.'--> «I?«-9J
-armimeiro sua vida. E gostei gêmeos". B o gue o encanta
nos nmt- nor s«n, m«os. Ha neles «ma
miíi'o das páainas em. que nos neste pananismo i qne
<fij sna impressão da energia rece contemporâneo, como ten- formosa Im.
americana.'mocidade confio»*» do vivido dez séculos ao pé do „»___.
¦ .'U »-~on". ViUeneuve. Mar- %,—.
*^-'":--.^ÍÍBÍ!lSr '$¦¦'$¦'<':'rAii$A.''V^AA^AtVí^V^AAV'; ¦¦V'-:''--;~AiíÍp'' ¦¦v-y^stitmmm Tt! ftnmanida* nova. ilo-
^'t;»*™». rtrico, Camões o /oi ^ em ço ie islã.
Jatuiuim Mabwo am iê «mm d* am» ¦ Bisj(.a_ Poeta
"A MANHA" — VOL. n DOMINGO, 1/2/42 JW&,
68 SUPLEMENTO UTERARIO PE
PAGINA

A IDEIA REPUBLICANA NO riodo seu reinado folheto *J»^^~!£ impróprio para a monarquia, era senhora da produção toda
felttO. na Resposta à. Men-
Efm partiihado temos todos os P*- dc assombro£ de todo mu .ssenta ^ a £$,<
«sageus
™,s do Recite
Rec e Nazareth e ,isos da "a pátria, cooperando jun- ^^ ^
ela »iu»«.a ~.. rajzes - _N -— sa0 ( ™ •n»Utu'«õea que
"Diário do Comer- sua salvação e com i"ãa «yiiizaao
cWiUradtTpélâ" despreocupação isso
P«» ""^"^^
teso e.i.
tenho não teem raízes e o solo que
na carta"ao~ toi para tosil. Mais de uma vez
mesma lealdade e .nteressega- rai- na_o_ tem ejuias
Porque continuo Mo- ^J^^11™ disCutido essa questão das
&¦?_
u.urss-í-i.-.*.;-. :«»t^-s^ rfa^çfoVS^;
Jiaiquisl ,
aos Pernambucanos""ornai
luua» «u> «u«,.—
sem exceção alguma. Ainda os
çom^ue^
„...„..- ¦—=—-j
ra satisfação de seus gostos de ^ da
„„„,/!>; rte zes
"J"
™ona
monarquia. «
da monar. Em tais
consistência
Tenho por areias o menor vento revolve.
condições imaginar que
cimento tourista.^M^o^ue Mas o que loraraes «™ ---^-^^1^00- rai»s, ....
senhores, teem
*_em tounsta. EepúbUca tem raízes,
só &a Republlca
Ba colaboração para • S3»£. meus Vnhores, grames- f*. ^^ Desco_ só
intitulada Ilusões de mais um interesse na guar- sas viagensi? A Pr™™a t*fel£ conquista,
«« povoamen- que ela as lançou
^mem um
do Brasil", cons- Imperador vm a Europa,^foi em grimento, or mais profunda do qu, a
Repubficanas; em ¦1883, ' "- no"-—
dis- da e defesa da monarquia o ^ edificação, mada
titucional representativa, que 1871. De¦ im ai»» P™e nu » defesa do monarquia, do que a religião, do
curso que pronunciei na Quer- „E- é.; tão
.; ^níco^pntP rvpfps- dizer
dizer que aue ele ficou íicou seniaao piauwu,u ^organização,
y „„._„ „„0 n rio que
do nnp « nm.
messe da Cruz Vermelha; em não precisamente neces- litoral expuSsão do estrangeiro, que a família,
1895. em Balmaceda e na Inter- ia a outros cidadãos brasilei conservação do to- P^ade.^^nver.0
unificação e ^ívaçáo.do
üniiic^e priedade,_ parece a invei de
recordações da Vida Par- 5?"aMW.T-" "no toda a ciência sociah E preciso
vençãn Estrangeira durante a as forças da sua^obus- ™——;"-^""perfdte do territorial; administração,
esquecer o modo como
não ela
Revolta, sem recordar a nossa -—_-., ",
íamenVTr7oUTdTOg"doyÃntonl0
524) pes
cidade
tez sua la a,"v .?.d„e.. „.„„„„; tl estabilidade, ore
e um anos „. ÍStorinr-
interior;
^ Independência, unida-
Indenendência. unida- se fundou. O general Deodoro
^Henrfque D?ias até os'bata- Tinha servido mn£ eu,... um segundo Ca-
SraPaeshcrav!d^o^spondeqÜaa; « Ia m tuid^ da guerra r> psentjm'ento
^-^^ parlamen. nào foi se„ão
Sto dc 13 de maio desfraldando lhões negros do Paraguai, des- o tinham Manque*a nacional, da liberdade, ramuru. Assim como Diogo Ai-
de- os 'africanos da Baia que a Paraguai in- vares se fez quase adorar prós
bandeira da República, ma-
melhor modo que
-" "
chegada de D. João VI canta- quando selembrou ac pem violabmdade violabilidade da imprensa, força {0rça indígenas disparando uma cs-
nifestei do 'vel ,, „ „ „„„»„, licença, licença. cE«"™™
licença mesmoo ""
mesi essa nnosicões
me era possivel o meu pensa- vam, pensando que
vam, que ia_a_cabar o primena .^ J(„1(„= ,,„„ minn.
direitos das mino- pingarda, ele fez aclamar a Ke-
açoite depois da Avc-Maria; no Campo de Santana,
mento sobre a adaptação da ?rClumaVIain?èn^
sem uma •ntel^a0I *~''í~ poSíiS deS SS aptidão, m^ralida- pública uma salva de vinte c um
lorma republicana ao nosso O imperador de a^«a administrativa vocação políti- dando
chegou «desinteressada repu tiros. O povo de 15 de novembro,
país A'em daqueles fragmentos Dono da terra acabou, queria dar à Princesa Imperial
ca desinteressada; crédito, crédÇit0Prepu.
nao conhecia a língua,;,,,»
Si? opinião, há dois anos que me Cento e cinqüenta uma ocasião ão de p"ep7rar-se pa- tação, prestígio exterior; bran- que
ocupo em reconstruir, sob o ti- da artilharia, e o snitio
, de ensaiar o seu pa- pa- dura e suavidade de costumes política
tulo — Um l'm estadista do Impe- Impe- até as massas resgatadas em 28 ra o trono, aTnda viven- públicos, igualdade civil das ra- do Descobrimento que nao
e 13 de maio, o sen «iVe* nnperatrtó, nhecia^detonaçao^polvoia,
rio J Th Nabuco de Araujo, de setembro do de. de modo a não ter que çasL ex.ánção pacifica
da^cra-
vida, Suas Opiniões, sua timentodinastico*daTaça-decor ™^—* Vejamos,
so,r_emos^p,„cS1!aS porem, a sociedade*
Sua ""' "" ¦¦¦¦—« dêsa]údada, começaram dia^seu «rocínio vida.^glória
ÉpWa 11813-18,8,, a. ndividua- foi^ialteravd, Sera exagerado entregue a si só
»»««--„- 'cultu-
de um dos vultos do an- 'maginar^ue.elawnta taíernacion^ menteJMKo é observação sua
Udade ^u-aa^ ais deixando à joven ^£
ii;;'o7eBime com uma perspecti- trar noBrasil pela instituição ^mos- Ainto
f literária e cientifica, — que sofremos de um ilimitado
va ao reinado de D, Pedro nu^se^crific^^ra^re^atà- K^rZ?^, mais forte da América Latina; individualismo, que se toma
esboço que continuarei, £ ^queria
c^-rVfUha como apanágio do por «t^«»mo "«J «ütea- ^^.J^SSStoSa
ía&
de seu futuro reinadoJ, gloria da
oemaalado ambicioso, com a há tinta anos ao partido ^^/^--^t.ga, P^
aboli- Lincoln? sé- social? Nao qP e exato que o mdi-
história do movimento mesmo t?mi» moltrar ao mun- reinado Pericleiano de meio
.ionista ,1879-1888), à qual per- Nao se,, nac,vep, a raz^por mesmo to^a;aoanismo culo. ShSSoo"
tençe o fim da grande era bra- que o de^iguald^de "Qualquer dominado
domlnfd pila l°à
titucional quc,
conBtlticlonal oue na ausência
ausência que seja o novo constrangido,
"como ^J^ento,
do seu
do-Su^oMzavacomfundador realizava_ com destino queo tempn -JJ.morte so-dade em
vê encerrei-me politi- dè decidir da sorte do país, co- J^mj^,™
a "^énto^
eamente, haja seis anos, em mo o seu aigumento Presume reforma, ra o Brasil, escreveu em 1880 nhor das suas ações, da sua vi-
melhor sob a nlovimcntos - mna uma ^.^
(ia, c(;ra0 se vivesse no deserto?
uma espécie de arquivo, a reco- se expandiria oe .^ g corr
em livros, em documentos, repub.ica do que sob a monar- que era a economia .^^^ na. Nfl0 é ccrt0 que cada um , ücle
lher da guerra ^
o sentimento ni-
em retratos, em tradições quase quia. Nunca tao vessou cm 1883 a grana ,nde Re- da apagará nunca a dívida que fazer o que quer, viver como om-
desconhecidas hoje, os traços desigualdade das cores foi nública do Norte. A segunda este povo tem para com o seu tende, sem se preocupar
da
da originai, delicada e a alguns forte como em uma republica que ^rodeia? E_nao q,,ç
civilização em - os Estados Unidos. Nas mo- viagem '"•»"". do imperador foi em soberano e a sua Constituição map isso_ dizer que nao r.\ite
respeitos ideal
absolutas do Oriente d" díst^vez houve um pelo meio século de ordem e reraização,
que pode florescer por tanto narqu.as a piesci \0 tranqüilidade de que gozou no fiscalização, pressão, governo da
presi"
monarquia da sse sentimento não existe. E* moino
^^°l^^°^ poniico. me.,„4rfo „„.f11.an sociedade .sobre o ,.
sobre indivíduo?
tempo a única único monarca da América nas meio da confusão dos paises vi. Alemjesse^traço,^
nnirlns nnp n ™™teamericanas
rins naises vi-

América. E' no meio dessa poei- sò nos Estados Unidos que^ „ cen- zinhos, onde entre a vontade do ha
ra rio passado que me vem en- negro, o mulato, seja um igualmente importante. Nósso-
da ídêpendtocia. to povo e o ginio fatal dos seus mos a única sociedade exlsien-
.-.-..- --^------
enirio
contrar a sua apreciável ca_rta oradores mais eloqüente do seu KlTS s'7 "J",L. aEurona conselheiros demagógicos náo
"Eur conselheiros
falando-me do futuro da Rc. tempo, um representante diplo- ".' superior, te no mundo a que se possa dar
„ em Sq 1889, pmtii
exista um
™> DOder
PMer
pública. Tudo o que eu posso mático niático do do^seu pais como era pode-se dizer sem vida,
seu país,
mesm^ a.^monarqma msXrquiá o nome de neocracia, em todos
dizer-lhe em resposta será ape- Frederico Douglass, não entrara partiu^destorado.^ __ a se- Quando ^ ^.^. nà0 só n0 dc ,„r.
nue nao tivesse nada feito pelo Bra-
nas uma repetição daquelas fa- em um hotel, em um teatro, em trazjuuda »u
ao ™. salvá-lo -—--;.
sil senão das tormen- mos governados de^preferencia
tenho nada uma escola, em uma igreja fre-
fre- mente
.,,„...,.„,., não.,...„
ihas dispersas;
branca. Os Brasil ^monarquia nas ^ ^»-» pelas novas idéias, mas espon.1
que acrescentar aos sentimentos quentada por gente Revolução Francesa, no período cintos selvagens que em tantas
mente no de sermos governa
que tantas vezes expressei. E! negros e os seus descendentes, da conquista ger- Repúblicas suSamcricanas assi- pelas novas gerações, em opua-
certo que não há razão em po- qualquer que seja a mistura de napoleônico etóçâo^eriodic^do governo
Ut,a para muda, de ¦ íirTimcn*- a,,:„mcn- ...^.n
sangue , lormam.^a m.nou^uma planta que s^poude nalaram^a go^ao
^ico, enquan- ¦^^^"^p^comTM as
tos. rnmo não há em geometria grande República de que somos rs.edrar artmcialnreiít.i vivmca_.adestro civilizações quase. ^K Ja an
inf,
nferior to teve
para procurar novas demonstra- a parodia, uma caita o me da
para
escravidão . y sucessaof esíabeiecida em dos quarenta anos, o bras*
uo
ções de velhos teoremas. Ain- ainda mais repulsiva ^ para a inclinar a sua opinião
nnra i monarouia veio nara o Brasil favor da dinastia reinante, fica começa
da assim confesso que eu não branco do que os párias ^ todo cálculo". *?»..«
Na Europa mo- fraTasSl cic™nePnapo°leônico! alem de . ^tetatajovç»
quisera voltar neste momento à os bramanes. Pretender que uma instituição a vinte e cinco. A abdicação
.os
o negro ein to- nornne sem ele anesar do fun-
questão em que tão profunda- nárquica vê-se nos me- do e dá ràdieüó monárquica do que teve todo esse papel em pais nos filhos, da idade feio-
m:u,-
mente divergimos. Desde, po- tia a parte, morando um
colo- nossa história nâo tinha raizes ra na adolescência, e
rem, que sou obrigado a íazê- Jhores hotéis, viajando em va- mis iíual ac^ das antigas dEaaSC- no país é pretender que o -i vãmente nosso
lo, discutamo-la como natura- gões de primeira classe, sentan- S StlfattSa"1 1
iter- dor não tem raízes na cria-Imagine-se
criatura. »»«jl a frança rnm~"
listas discutiriam a transforma- ilo-se como um igual nos bancos nha, a América Portuguesa rto sentido pode-se dizer inteiramente como grande po-
,ão de uma^espécie, sustentan- das^j^J^Z S^íêX^a
Z l^T^enã
«tío eu que a República entre nós £ ™0°o
JW*
Não ha no sentido que tudo pode ser ««""« ^-uropéia
será a reprodução viciada e es- sinal de preconceito contra ele, IngSesa e a Espanhola. m= ^S™ ,,,.
teril do tipo nacional fixo, con- na imensa „„ na üteratnra dúvida^ tambem_ que^ , ^dTé^maTe^tuiSlàd.
Snyder, so durou enquanto ^T^no^orTdTSrJ'1
tra a sua opinião que ela pode da Europa". (Rev. John quia
nção his- citei jj^»-.estes mesmos -. -^
exemplos, abortiva
-^ em todo o campo
o aperfeiçoamento daquele Foi.m, OutH», Nos Estados a escravidão^ .prc^i
jer P ^--^.
^1 |eja uma nação Este nacional que e me-^M
-Por um fenômeno, diz TelÍ'Z mulato, qualquerV narquia tivesse . encontrado çatohca. "produzir
«ua carta, que não sei se aleum fosse o seu gênio, chegar à po- nossa sociedade jà livre da es- « »»? °£™ * ' ™^lavef obras
teria deixado uma interior¦ «'massa incalculável.ue es^ lo o
te estTcondenado
dia se chegará a explicar cien- sição, á quase realeza literária cravidao, notav e -da^primit^e intata. pos_ sem fundo, exorta ^ tao, tamb,m
«ificamentl, o sentCnento do- de um Alexandre Dumas em Pa- tradiçac, ainda mais
^

ssüiíJsíSLsr: Ji&sr^vr ^^zt^^z^ gfstfwssrs^a t^r^z^iz


nimante na raça mestiça ame- artes, nao
ris? de
Polybio como na Itália da mente extinta, e no entanto não literatura, como nas

.feieão à mr^.nc1-e,« • M^o da Stismo^a legenda ..r^;^


nele * corte transplanted^pa-
^Tco^S^SST „„„„.„.„... ..„.-...
?^masirH^.^^nt"; ^™f
privilégio por excelência?" O ™-i™1°,0j_°e<1"',çurllel) ^_--^; ^ ganta Cruz tanir vez d0 microScópio, sem logo
Jato é que i
essa
"naural"afeição existiu,ra_o__ Brasil fola^
"de corte de
"Lisboa/é
^nao^ liquidades de Israel) dos quartéis, dos hospitais, dos
con;o na dos
como um novo organismo,
descobrir um
raUueC é ATealeiTes- Versaníel" fofa
íorçou-se entr i nos o mais que preciso não esquecer. Os viajan- União Americana, ia, a escravidão navios de guerra, dos tribunais.
tribunais,
S» e_strangeiro_s,do_sécuSo XVin produziu^sempre^m e um governo das escolas, tudo qu^pude^
que pudess"
P°o^d0eUpSoereSnurrSo0sSSm?n- governo ^escolas, Judô
cuja função principal era man- falar de Deus e imprimir-lhe sos ^^ ^ Europa
to da superioridade deraça!"Eu descreveram o que era essa corte,
ei ,J>. na bandeira o dístico sacerdotal pressa é uma incapacidade
poderia acumular a prova; bas- ja no - a ciência, com para a ur.e.
^po^e^ç-é ^rt^^CeflZlc SI «iStoi totart toS
chamou nos Estados Unidos. A como a religião, na _ extrema O Imperador teve uma cm
toó^Reboúcas a quem se pòfe queía, a lua ienüe toía era tal Nao se viu• com Renan e outras
chamar o patriarca da raça que não podia degenerar, pelo honra da monarquia no Brasil, oposta, o dinheiro. Não po.
pondência
-
neutralizado a massa das fortunas do pais au toridades em linguas sn.uu-
de coio "A co?te, portugueía, dis- contrário só havia de lucrar, em entretanto, é ter
cas, sobre uma inscrição fen
«c ele na Câmara na sessão de um m™io qüêlòsselfetiramen'- sociaVmente ^escravidão. 0_que reduzidas ^metade ^terca^par-
germinou desta não foi a mo- te do seu valor por emissões não que se dizia ter sido descob ta
1843, quando pedia, são os seus te republicano. A negligencia, franca- na Paraiba e que um cur,.™.
termos, que a população muSa- o abandono, o desalinho do ce narquia, anterior a eSa, superior autorizadas, doações
a ela, foi sim a república. Os mente gratuitas, verdadeira brasileiro, homem de ciência,
ta tivesse um representante no rcmonial monárquico é"peloé peli
republicanos de distribuição forçada dâ fortuna que a traduzira, pretendia su'
Ministério, a corte portuguesa contrário a prova de que a so- propagandistas
autêntica. Qualquer jovem <>i
naturais de Portugal ciedade é ultra-monarquica. 14 de maio é que surgiram quase das que tinham com os que não
distinguia de repente da "semente de dra- tinham, sem que o capitalista, ciai, que mandemos aos esla-
de naturais do Brasil; a estes, Muito mais extensa e, profunda, leiros da Europa, »tMe "
Íorém""cònsiderava-õs' indiltin- do que a degeneração recubli- f ão", do Drachensaat, a figura grande ou pequeno o credor
é de Mommsen, de que brotaram cujos créditos eram depreciados a capacidade de resolve _« »
temente e o idSnguià apenas cana da monarquia no Brasil "os duvida entre dois grandes ; »
oXdo óor meio dè seSs sábios não é a degeneração monárqui- nos Estados Sulistas gigan- em favor do devedor, o consu-
tes armados". O que assinaSa o midor cuja vida encarecia em quitetos navais. Tudo ,sso ic
ditames promulgados em leis ca da república em toda a Amé- - a m_
procurava a tlvof dos homens rica do Sul? A verdade é que caráter de uma instituição é a proveito dos produtores, pen- tíe certo uma qualidade com
combaW^^xtfnguír
cor, comoarj m- em um __,
e exmit,au iu meio onde não existe semente de que procede; não sassem em articu'ar um pro- cativa, que, corrigida e
de cor ; , ____ _.__ os_ ramos e as folhas que testo? Posso acrescentar um plctada pela reflexão, e a l»J_
são
teiramente toda essa prevenção pressão social é impossível que terceiro exemplo. A própria es- meira das qualidades do (
conserve apodrecem em redor dela.
contra o seu acidente, criada e a forma de governo to, mas que movida peia un. »
Msta"em TO"eí"íios"paise"s"colo- perfeitos todos os seus caracte- Sobre essa base que eu tenho cravidão que raizes tinha? Não
por falha, de que no Novo Mun- a vimos cair quase sem defesa nação somente, e quaM, iníant,.
ffi Na cafsa sagrada da In- rísticos, seja ela a monarquia, Os próprios Positivistas, que*
Sü^netadn IS tomamos seia, "»• muito menos, a república, do o torrão étnico, uma sua fra- e, no entanto, nao dispunha ela
- Pedro II. io últbno pe- «e Insinua que até o climatérico. da totalidade do capital, não definem como os reorganizado-
todos parte unldSf se££e
.: ...r:-:¦-,-.,,K ¦.,-..1.,p-..,.!P.;..p.-.i-.;-:-. r..-.

PAGINA 69
jfJWfc. noMINGO. 8/8/1942 SUPLEMENTO LITFKÁRIO DE "A MANHA" — VOL. II

- Ao Almirante Jaceguay - Joaquim Ndfc uco


BRASIL
coerenuK» rap
eoerência espiritual, em "___,, a monarquia , •» „_.e a... republica no pensamento com maior clareza: de humanidade a mais bela da sua carta ™e ^r J"5!rídrj
sio outro exemplo Brasil é a que se vê „¦_..„ a„ ve-
entre ,.„_ r„ "Se .__._,_._._,
eu tivesse por „ ambição
„„hi„5„ na ..o América,
imúrini de Hc abolição
ühn icão sem guer imer- quandoouando espera que o governo do ao
rioss ',. e as no- de uma repú- ra civil, de guerras exteriores dr. Prudente de Moraia uíssi-
íciibllldade nacional, 'vas
lha sociedade comercial vida ser cidadão
cia i "STeporOT o imperador companhias anônimas. Na- blica, há muito me teria natu- sem conquista, de revoluções para as "into apreende so-
'no vinganças; e hoje? Onde bre a ca paeujadedos
auela os sócios respondem com ralizado suiço ou norteameri- sem Lorena?
A"''
,'v"eles do Brasil, não depu- su- ™ Onde estão os ti- para a RfPubl'ca • ^as'„e'™?
'Ode osr. Latíitte da Isto tudo que possuem (na hipóte- cano. A minha ambição, porem, está £V"?na °£
•¦ c Augusto Comte? monárquica o gerente entra- é ver a liberdade desenvolvida lhos de Trai ano de Carvalho? das msttuiçoe *f
-¦-- — - o marechal Batovi? gas. Creio £*a^pFian-
que foi Gustave
dizer que em um dos me- „_ com 0 trono), fazem soman aperfeiçoada .- no meu própiio Onde ©nde esta nao
¦ [irculos da humanidade, te a5 operações que o seu capi- país, o mais que nos for possi está o Barão de Serro- . che quem disse que o tempo
,',. o comtismo. entrou com tal e o seu crédito pei-- vel, e para isto não posso pen- Azul, com os seus companhei- respeita o que se faz sem ele.
in- mite_ A república ros de vagão? Onde esta Salda- Não há em uma Presidência
y Oleiros o espirito de um m0 teem interesse até mes- sar na república.
da Gama? tempo para uma experiência so-
Oi ma e logo se deu de honra, na prosperi- nos paises latinos da América nha Republica tem grandes pro ciai como a da República.
Oma" Eu receio muito dade de sua ca5a, precisam é um governo no qual é essen- A
em que tivermos um cardial cultivar boas relações, lealda- ciai desistir da liberdade mes- para blemas preliminares que resol A sua previsão é genérica,
„„ -.-,, o'representante no Sacro ~£ e _.onfiança uni com outro, obter a ordem". E nessadiscurso ver e que sao incógnitas uns amf,la a sabcr que a monar-
impulsiva 0 ordem de idéias no dos outros. Tem o problema n- quia ficou atras n0 passado e
OO-iii da nossa n0 cas0 de maus negócios, es- ma "O que é que o nunceiro, o prob.ema federal, que a jmmamdade entrou em
mcnialldade, se o Conclave não ta0 suiejtos à escrupulosa lei da Quermesse;
'epi.-r' militar. Tornar a Ke- nova
is suas vistas superiores, da faiénCia A sociedade anô- estrangeiro deseja para os pai- problema fase A monarquia e a re-
vir para a imprensa ima caDaz de reahíiar obras ses da América Latina? Muito pública solvavel, tornar a Be- púbüca em que diferem aos
«mi-i.-.irá é olhos da anarqula? Eu nao
contar as irregularidades da EiEantescas para as quais não pouco, a saber, que o homem pública articulada, tornar
apuração das cédulas, pertur- tostaria o capital de poucos; forte que uma vez aí surgiu não República civil, nao e pequena creio que a reiigião tenha ja fey
bando a eleição que há dois mil resI)onsabiiidade é limitada; de desapareça mais. E' assim que o tarefa. chado o seu ciclo, e, pelo menos
anos se faz tranqüilamente do i £ norem a administração México inspira maior confian- Que a Republica ha de ser em _,uant0 ele durar, a fase mo-
repúb'icas, unitária ou ha de haver muitas nárquica da civilização estará
sucessor de S. Pedro. Se por lr___J____và e. °0 a«onisu» acionista não ça do mque as outras ,__ „__ „„,,„„„,.„ „a„ _, __T_ mlm tambem __ „„,. fim.
„„ Nao „s„
acaso um nosso patrício rece- ,rresPonsaTel
musa de um contribuinte anô- por causa de Porfírio Diaz. Esse repúblicas, nao havidaparadas mim longe do seu
Re- e!t,st(!i acredite, uma civilização
besse um dia a tiara, entâo, San- sem nurlo Na forma reoublicana, homem nem sempre aparece; dúvida alguma. A
o Espírito não os latinas da America destinada a substi-
blasfêmia, nem èonln » nodemos ter o Estado, a sociedade debilitada públicas americana
en- tulr a européia; o que temos
to conseguiria contê-lo na re- ^ rnvcrnoT fUrura-se-me uma pode às vezes produzir, mas on- tem sido uma luta continua
forma geral da Igreja. Certa- dessaO comnanhias em que os de ele se mostra forma-se uma tre o militarismoa e o este federa- não ^ dc uma espécie de
foi
mente com papas brasileiros a SlTlíSaue o grosso ditadura espontânea em seu fa- lismo e cm toda parte central. protecionlsmo político, sem ge-
infalibilidade não teria levado H^u^ntradM foi consumi- vor, provocada de fora pelo cré- esmagado pelo poder fazer exceção
m0 lnventivo, sem habilidade
tantos séculos para ser procla- rtf n?m ^nenrrMradores vêem dito e de dentro pela ordem mi- Nós não podemos de execução. de mão de obra
macia dogma. o? retlÔ, do Xcaoital admi- blica... A ordem, porem, que o a esta regra. A federação era inferior, sem o talento sequer
Nenhum terreno pode ser mswaauí» ui fim de —„,!„.,.,. torrão brasileiro deve querer possivel com a monarquia, co- do plági0| e cujos produtos, co-
"^T^ estrados narfo iPAia. w único non mAa «Pr a nlan- plan- mo e nao Inglaterra, na Alemã- m0 os ^a industria protegida,
mais¦-¦-., "' próprio do- que~ ¦ esse para " minar à diretoria e prolongar a produzir não pode serna Amen-
a c ullura da anarquia. Nao se nha, na Suécia-Noruega, na na0 passam de grosseiras falsi-
da Republica. ^"™"* de uma sociedade em ta que crescesimestéril a na Amé- Austria-Hungria; nem a mo- fjcações dos modelos copiados,
VÍÜ „ fundador !^nc'a de ter inte- M ^ina e que
que eles deixaram co narquia moderna foi outra col- q protecionismo na política,
que foi toda a vida um proles- rica Saxonia dá a liberdade
ser distinto, jubilar o dr. Justi- resse. E' certo que a dissolução do mo fruto... Para mim havf.ria sa em longos séculos, senão a c_ência, literatura ou arte. reli-
nu de Andrade, honra das anti- muito pouco _, interesse ... em forma eul- da federação, e era pos- gja0 qua]quer que seja a sua
"ia^ nosso sistema político-adminis- abordem que nào pudesse si vel, porque o chefe de Estado pretençao na indústria, é uma
trativo data da monarquia mas tivar seu não tinha interesse, como teem barreira apenas de ignorância.
r&aKívft r1" _, _ ¦» ninas- dar a liberdade, senão como
nriiniiuu ...
-„-„• ter ele a tambem
inM.nm um t,m fato
fcihn quenní* aíl dmas-
perdido o prestigio é ao menos como sua flor", os presidentes na República, em E„ na0 tenho essa visão do futu-
e a fnrça moral aos olhos dos tia nao concorreu para ta e a fruto, Pode crer-me: não tenho res- anular a autonomia dos Esta- r0 (jao chego a dizer, como o
alunos?" Não é doutri- melhor prova c que o efeito da Republi- dos. no interesse da eleição do dr ooiijriger Que os reis serão
prénriiK mesmo sentimento pessoal da
Í0 coerente, oficial, positiva, retirada do Imperador foi ca- não sou em sentido algum seu sucessor e da permanência 03 últimos no mundo, reges
ou alguma coisa pudesse au- sobre o antigo meio político, de re- uni despeitado; em poítica fui do seu partido.
Se os nossosEs- cru„t i„ orbe ultimi, mas se
irem ir a glória de Benjamin como se tivesse cessado foco de um amador e não um profissio- tados ficarem de fato autôno- n5S vivêssemos até depois do
ri., ml o a de Floriano Peixo- pente em um possível de um nal de modo que o 15 de No- mos, por se poderem rebelar Dilúvio universal do coletivismo
to ne. 15 de Novembro, seria infocção a ação continua interrompeu a contra o poder central como as e da anarquia, é provável que
ter ,. primeiro esquecido a afei- poderoso antiseptico. impoluta Ate o nm verríbro nem me províncias do Prata, te- víssemos ainda um dia a Amé-
manteve a carreira. Na última eleição fui antigas
ção (- ti reconhecimento que vo- a dinastia
a sua honesta- eleito in absentia, sinal de que remos uma desigualdade de ci- rica toda monárquica. Que for-
tíiva p'(i Imperador e o segundo sua abnegação, já desejava afastar-me de um viMzação, muito grande, entre ma de monarquia não inquiro.
a lealdade que lhe devia em um dade, o seu espírito patriótico. anos ai cenário onde depois da abolição nas e Santa Catarina ou o Rio tanto
eles, como atualmente entre Mi- E' preciso não esquecer que
po.sio cie confiança? Essa dou- A história de cincoenta nosilimi- me sentia fora dos partidos,
entlr 0 mesm0 re. Grande. A federação sem uni- Espanhola, só adotaram a for-
a América Inglesa como a
trina, que será talvez a estoica, está para mostrar que Wnunuo^ oslda.
e.,i preferência de glória em tes em que superstic.osamerite formidade de direitos e de liber- ma republicana por lhes faltar
favor dos mau profundamente se encerrou -, honra do meu tratado; acredi- dade é
praticamente um come- a matéria prima da monarquia,
obrimidos para com aqueles reinado escreveu ele uma_ vez °Qe ?é hoje nenhum homem eo ds separação, e separação o elemento dinástico. Monar-
senão o desejo de «
quem teem de ferir, germinando nao pode ser (ó xcetu0 0 impera- pela barbaria. Com o tempo, o qUista era o grande Hamilton,
an acaso em toda a espécie de cumprir a Constituição que ju- P™u™„lsuH,^ilr, dor)"teve"direito de queixar-se desejo de todos os Estados, que "considerado com justiça o fun
_p
terreno, que espécie de aberra- rei", — o Imperador foi senv todos re- de satrápias militares que foram dador da nação americana'
do nosso país, porque
ções nio está destinada a pro- pre em despacho e na corres- . ram maij d0 que a sua e continuam a ser passarão (ooldwin Smith, American Sta-
tlu/ir? Não faço nenhuma crlti- pondencia com os ministros o F votos que a sor capitanias de donatários po- tesmenl; monarquista era Ri-
ca não examino nenhuma des- representante do interesse e do R ta1D[ica nao "destruWora para
seja estéril de liticos, para serem governados vadavia,
"" "n'co
¦'¦"•»» iSovernant»!
«.n^rnanti».
ilustrações que tomei e que desinteresse nacional. Foi ver iladistas, nem de de longe por quem não tenha depois de Washington, que mar
poderia multiplicar, dou apenas dadeiramente o seu liberum veto de administração; grupo, família, família, interesse neles Co« na América o mais alto ni
o iraço da época que atravessa- que deu à politica entre nós o princípios' mesmo a coragem do se sinta responsável perante vei do homem de governo de
mostre
e'evado caráter que ela teve por que ghj|e conver_endo o _seu _. -papel um círculo mais largo e mais in- um povo livre". Mitre San Mar-
*-rt «i-rt tempo.
tnmnn r*'lT"Ü oO fim
Para T11T1 aa ms- ínS— Tf» Jnnnh^n»ilA de opinião.
a4as»nv»»íriíõrh tin);
a.?— \ . »« „« n<.M<»ii.i-oi. eram
n»»o m Bei-
Dal _
Pelo que se passa na alta es- tanto d~"rec[ad0 e fazendo vir da Eu dependente monarquistas
fera da inteligência, na cúpola tituição estava cansada mas o *"*¦"t- 0fiCiats para montarem o Tambem não é impossível que grano. San-Martin, o próprio
social, pode-se ,^^rt „„ -„n™„-
estimar „a »„!(¦.. nnp aíi razão rníüi. aconselliava era
aconselhava era ..._„_._ militar era o grupo .mexicano
agita- que seu aparelho pela nor- o tempo lentamente resolva o Bolívar; "plano de^Iguala
ção que reina na base, onde es- que a dinastia e a força arma- ^ ma ^ dos exércitos modernos, o militar, e que os par- do com Itur-
tá a imitação. O seu argumento da se entendessem, se unissem, não se pode copiar de livros. prob'ema tidos civis, apoiando-se nos go- bidê á frente .
é que uma sociedade assim re- reciprocamente se apoiassem, N_o s__ dQs que dlzem: «ÍUan. vernadores que dispõem de pe- De»sgosta-o o meu peasimismo
peu-, naturalmente, a monar- animados como eram do mes- to pior melhor", mesmo porque qUenos exércitos, maiores do a respeito da América do Sul.
quia; a minha idéia é justa- mo espírito de abnegação e pa- do extremo mal não creio que qUe ^ guarnições, consigam, Que impressão, porem, lhe cau-
mente a oposta, que esta socie- triotismo. Em vez disto, infeliz- nascesse a reação, e sim maior depois de mais uma ou duas sam estas dolorosas palavras
duelo precisa, pede, exige a mo- mente, o exército preferiu des- incapacidade tentá-la, eieições, como a última, reduzir caidas de uma pena tão prevê-
nar(]itia como seu remédio na- truir a sua aliada natural e co- maior desanimo para ainda, _ tudo 0 elemento militar à nulidade nida a favor da democracia co-
tural, somente não tem ' " força meçar """" a sua própria evolução ' que for destruir, diminuir a politica. Neste caso, com a for- mo era a de Tocqueville: "Quan-
piTTi: "
fará produzi-la. Em política, perigosa sempre para acumu]ação material e moral „a pública inteiramente obe- do penso na alternativa de ml
uma .sociedade „,i,rf„ como
„„mn a„ „„...,
nossa »„.to^ i„.»i».„„™>.
instituições m.htnre.,. militares. No mes- monarquia é favo- diente, os presidentes farão ele- séria e de crime em que vivem
dds o.s elementos de seleção de- mo dia perdemos assim as duas delxa(Ja pela República; Brasil ger à sua vontade, os seus su- aqueles paises sou forçado
veriam ser cuidadosamente con- forças em que podíamos espe- maii! civilizado mais ten- cessores, como os Congressos, pensar que para eles o despotis-
senados. Não creio a esse pon- rar, aquelas cuja união oferecia ^„_A _nr„ a_, monarquia, auanto
„„„,„„<, nuan.
quan- acabarão confiscando as milícias mo seria um benefício"?
to no similia similibus que pre- 0 melhor ponto de apoio à so- dera parabárbaro, mais se desin- lhes Não discutirei a questão — se
tpnfia tratar fenômenos, como ciedade para resistir, às inicia- to mais dos Estados, únicas que
Tíiine os qualificou, de anarquia tivas, como as inércias, que a teressaria dela. poderiam fazer sombra. A Re- a volta da monarquia é possivel
mili- ou
espontânea, estabelecendo na dissolvem. Observo, por isso, imparcial- pública, porem, o precisa humano do impossível. A impossibilida-
sociedade uma causa porma- a questão mente, a marcha das„institui- tarismo. decomo corpo de da Restauração não poderia
Eis como eu coloco w~
o menos lne precisa calor; a questão obrigar-me em conciência, pen-
nente cte anarqula. na monarquia
da mnmrmiia e^aajcpuo e da república em cões, mas
_^ ^ _ ^ mo^_ d_ (. ]() n0_grau_ fisiologico,^nem sando c^ojfnso, a ...
que pos- ._.,.-.
subordinar
Nao pretendo, note bem, que nosso pa». a»»»» h»~ ^.^ - ^ ~"nr[(i„ri_la' ^
menos. Ter meu modo de sentir ao do
__arece-me dema- demais, nem de
» monarquia pudesse nunca ser Ç»«aadoB épocí^do Terrorj^a maior númeroJSeUue étáodl
rc nós um governo ^ Ç°™ae™m^ Aptes de tud0. exército como forçapojtica^ti-
=¦-
todo o governo e a imagem da Jamos
perfeito, .. . . „„,,„ rfuf.-.n^ia
a 'me'ls.,;iir,*s™'fntear: da ™.ncNenhuma das grandes corren- va, é tê-lo demais; tirar ao exér- ficil a restauração da religião,
se juntaram e abriram cito todo caráter político, é tè- da família, da sociedade. Em
«ocedade. sabe-se bem; o que Bastilha do Catumbi e da mer nasceu de loser)a de menos; a temperatura política, porem, nada é mais ra-
Penso c que das duas formas a vençao «teangeira em n^as o^eitc^ ^ucda República _em
tê.lQ com0 força „ d0 que a faculdacle de dis-
que nos pode dar uma máquina guerras civis, _que_ entramos no um s™^ comQ ag que nQS pomica de re5erva; _ 0 que na cernir o que está morto do que
>"ais econômica, menos fácil de regime normal do pais. _™.— '"" --¦;-- • n— se
deram a _,nr,.r_.__
monarquia 0uer
Quer prática é uma espécie de qua- e.stá apenas interrompido. Quem
desconcertar, capaz de vencer como o México ou a Republica do círculo. sabe por que misteriosa renova-
f> erande rampa que temos por Argentina. Admito tudo isso. olhe para o esclavagismo, quero dratura Muito mais difícil, porem, ção não pode estar passando
«mito tempo de subir, é a mo- ainda assim esse governo e a para o militarismo, quer para
narquia. o eixo monárquico pa- sociedade modificada por e.e se- positivismo, quer para o jaco- ainda a solução do problema debaixo da terra brasileira a
rece-me um eixo muito mais só- ria um tipo de governo e de so- binismo, quer para o panlan- financeiro, evitar a bancarrota, planta que tanto tempo lhe deu
e aí estão os princi- porque para esta trabalham as sombra? Na sua carta mesmo
lulo e mais elástico
para as duas ciedade inferior; muito menos queismo, elementos da síntese de mesmas causas de indolência, há como que receios de que a
rodas cio progresso, a ordem satisfatório para o amor próprio pais
a liberdade, do o eixo mili- nacional, menos expressivo de "Es" Í5 de Novembro — a aspiração inércia, indiferentismo, incapa- ressurreição seja possivel. Não
tar que puseramqueno lugar dele tudo que a¦Too^a nacionalidade republicana
nossa n^'°^''da*
noss» nauoiiaiiu.mc i extreme de cidade de manter por muito dá ela como um dos impedi-
pura, >,„_,„-
..„„..„,„,, baTesOforma
toquetes' w», têmpõ tnnn ima uma atitude firme, uni- mentos «Tentos paranara a voltavo ta da monar-
ve)0 como scr >m f j norteamerjeonov E
««bftatuido pelo eixo poíisa
Lh.O11^0 eleitoral elevado, ™™»S»n compa-
de progressivo^ eonína! uma quantidade inconsideravel forme, que podem concorrer pa- quia o veto identificar as duas
norteamericano, mm»- para ^^
tinha- _ nâo há um ra a resoluçâo dos outros dois não é isto
porque todos rado á monarquia que no sentido do governo civil e do idéias de monarquia e Indepen-
-Nesse ^'deies que pareça ÜberaL pro-
Mr^ZS&SZ ponto de,e-me repetir ^^*„« ^Tis^dlt, perspectiva é SfiS So^e^S^
muito ta* a confiança ,ue ÍCoatin». n. *_m »,
V^»6; par. ____ ^ r^pS^sslVrru K^am» ua» teadi?ão
"A MANHA" - VOL. II DOMINGO, I J 42 ^y\.
70 SUPLEMENTO LITERÁRIO DE
PAGINA

Graça
O livro de Carolina Nab UCO - Aranha
ação (li
presas interrcrr.pfm a republica.
é um assunto ve na lula pela emancipi:ç»o, a.-t '* We\
" '
Jwqiiim - Nabuco
To-io<= ciuc p io:am, tobretudo a liiiel^riic.a. Q.it c Nabuco. a abolição c a fc
r?i\)
pi rende e afirma sr Imi^ivel a Tudo sc pie.ip.tara. Joaquim N»-
r.los. criieosoi. lr-iorcs. II- blico co.nava ler ainda longos
existência nc um pais no Oclilcn-

l^à^m latio- l'.n tsple.idor

liSiiiXI í^hisí
de atividade abolicionista

m^Eimi EÊ¥ÊBEi &&&&,£


'â*&*im
Jt.c-c. que e a historia o» «u \
ea. per sua l.lua tarohna Na-
"
K^ próprio" is máximas rie
tl-,LÍ,\"]uJ,,l „!ls lievòcs
ração autonomista das províncias.
realizada pela nova"Eulorma dc go- xe&\aWk % «t| WJÈ**

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e-se. uno sei, lil;

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ItéiMM e¥esheh: r-sçr45" sua vida.
intitula a
¦â^^^r^H lliHÉÍ^B^
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IHf^ biSl^E£

nao lé rclijjioxi
Sr:?.;;S?od0cedaf--Z„,fplieidade e^-«Slee-se, apura,
f.ni) io.-. [mora, ^Bra^ndo vida mt. nui i
tempo. i.-oUico 111- se. cleva-ic. A
- quatro partes, em que Caro- homem de mu <q,li- maeniflra de misticismo e poesia,
•Sm Nabuco divide o livro, corres- SSSeifc realista ele um dos polIti-
o libiio pirin.o paia Julinr lias D.lcrentc da niaioua
per ti m a-ítjs sublimei n.omen lia cos relifleses. Joaquim Nabuco
vida ú.urioi i c-xtcrkl d; Joa- rialidr.de nacionais na causa na Ie. p..i-
•rjiiiív. N-biico: a foi'h::-.ç>io. a a-;;to. ahchçi.o tomo em lc<i..f as ' au- não se circunscreve auicntiauv
^as políticas, em que .*e engenhou, justificar secamente
l nvdüaçao. a radiar.'.) lin I. isdtração c o niouroi-mo, e- a opressão. --'" On seu
"" espirito ale-
lia formação é construído p.-la ccit.o o a tempe veio a rt-aliwr. .*-e- grn-^e na esperança, humaniza-
hereditariedade f p'lo k.chi que
»ur.
acciai. em que su clu. e se eo.s- úüido as mkis j-.ntecipín-òes. Tan- sc na caridade. A sua religião e
tni ele pruprio plus s^us <• u- t:i nu í.litilicinnisino. tomo níis cu- integral. Ela ilumina-lhe, na mau
cits. pela sua exp.msão no num- tivis previ-ò^ irütk-as. Nabuco pur.) ortodoxia católica, o libera-
cli-. por todas a- i.i.gn íi-n^ acpi- loi. tomo eie dio. mo se jiRCian.ou lismo srcial e cristão.
aliaac tiu liituro. Se v tive-- Nesta época da sua vida. Jo;í-
gicôc-.y cjíK' o seu tspinto v.ii em 1879 ao apuser. quim Nabuco afirma-se grande
m umiil.ii.do (¦ alsorvend?. N;»o ¦„, „escutai!:; ... de a':e,iç.1o «a escritor. A propaganda, a orato-
Itve d trabilho dr criar r qu.-.úvn. prrjcio o panfleto
('(r.;v;itura para 1SJ0. est.i n..o te- ria, o jornalismo,
ejji que teria de (it-s:-nvel\\r. ria sido feita quase revoluciona- politico o tinham desviado
Athou-o i.ilo por sua família pa- fncoiitr.-.ndo dí^preve- literária. A abolição também
Uieia. per seu pai icdo podei o o. riamente. ção
de esu-ravos. e deu-lhe a libeidade. Tornando-:<•
tgtif piepi.ram o prestigiosa cena- nidos oí dt stnhoies boi K.iniair o uab.ijrio hemem livre, Joaquim Nabuco
rio. cm que teria tir futurar o vindo a-ricola. Ot ionhatíore? consagra-se à história política 0"
xnais belo e fascinante persona- náo eiam segundo reinado, e às confitsôtís
,,11-llll N. mãnticcs. oí desordeira,
feiii tia política bra^ieiva. Nabuco os ablioioinslas. que viam claro. ria sua vida e do seu espírito
Jüiicia e na mocidade. rooci dois livro*
Eão foi um isolado e um *b eram o*^ rc avocratas. os reacio- Desta ativa meditação "Um
nàrios ab^uidos e inatuai excepcionais surgiram. E-ta
Era um, prejeção. mun continua- dista do Império" e "Minha For-
çí.ci da aristocracia intelectual e drama Na vida de J aquim Nabu-o
do a acrescentou da abolição é uma maravi- mação". Não loi unicamnele pe-
nocial pais. qua) de atne^;.¦ i\'>, ]a profundeza e elevação desws
• relevo de um pensamento su- liia de tíiitusia mo,de audíicia dos e.tudos. Joaqu.ir Na':ure
dc inteligência, que
pvmr. de uma eloqüência íeciin- abolicionista;; c ao mesmo tempo alargou e engrandeceu a literata-
íaNidV,iSa'SmuaVd*E°asii ^"estupidel de ™ldac,e: de lei- ia''brasileira: Poi Urnibem pela
eE. magia e a novidade da expressão. Joauuim Nabuco, em coraponliio dc Corlos Itcgalliies ãe Aicrtit
ariiama Ida líi mais prodígio- mosia. de arrogância dos de Ca- Depois cl« twitallvas libertadora, (sentado) t Graça Aranha (âepé)
ia I™ de Joaquirn Nabuco. So ciavaílstas. A narrativa ampla, imparcial, de José de Alencar, viera uma re-
ká o tra equivalente a de Cas- íolina Nabuco, "terra mole e tino. Se os livros íntimos Mi-
faria de documentes, revive uai., aefto de classicismo verbal portu- se esla Infinita
£n Ave? O Doetá dos escravos ebra Eues. que enlreiou. düormou. es e- ümida ainda enxugando do dilu- nha Formação'. Pensées Una-
a p-ladino redeiltoV vive„, em a tragédia da lula. E un.a 'JS^TZ na posse de Portugal, qut a chées et Souvr-nirs
-
"iT^o^ZÁZ,
JcT
¦-" díaEenSÍ,a^ra
S. Sõ SlSS-Í! ^brasEtra ^,«™^"^gSS e_ rios franceses aos^amlsos
^ Si Ti^™ P^Palme,
da Inorie que sao o parlamento, a impien- ,„rmas lusitanas. Joaquim Nabuco '«lã
dos^holandeses
ur, dia. inU,eta espos^ d, ^ oue Carolina Nab»
íí^aS ra lhe engranílecer Z cTc?J^7 u? ãt&Tnl
p^a^ififei^anSér LSKT^u""» «^„n«í^°D^ para
cheia de esperança, aqueles da ProJ"™ txce'<™--f »
P"roAtur?,.fff?
culto. Nabuco não -í'í leve nenhum scciedad.s emano-.padoras. os clu- denhou a correção portuguesa
.?.V"™:.."
sei.&o os ?eus
brasllcl- nos
dentes e
Infortúnio tràcico. Teve a vito- bes secretos, as barcaças as sei- escreveu esplendidamante em uma sucessores, que

^à?&&vzè EifSfHEsrí -fiEK^Jaáfs M"S^ã^: aíS^&ir


«o- feliz linguagem inorreta. Se nao ros. Para o maior exilo deita obra uma «TO^{í^™»5.™"''^"" tranacendepte d, .ia
ilaCa abolição" de o,ue loi um dos vas, as serias da libertação, lã
os faundciios. ra, trouxe uma universalidade oe alraçao, que a Amazona exerceu ^.ue e... •"-mu™. "»"""-'
m negreiics, IEle tinha est \,'" s n
ac da casta do; seshores. a yue os escravor cravos mãrlires.--* os oradores " expressão compatível com os seus sempre em Nabuco? Ele corifir- dom inefave
ao ionisias,
abolicionisl as jo.nslisias os assUnlo.s universais e com o seu mou, quando depulaoo en. 185*. I.oo aperfeiçoado extien aroen e.
perttncii. para defender até "cupLa-, Per
r>-i isso
«ou os
w "que
ajut se
^ ocupava
«iU|^..- com os assunwa "í"
como " Unha o
"fnrí.otalento e a eoqiei.
«fltriiicio a cau-E da liberdad" des estudantes, ml s. os _t__lu;.i. '._ s , o* u- í«n2a-
j"Ȓ*- pensamento
pensamento civilizado.
civii.raiiu. tirim-iiníic jy^""',',r õii- lorca
cia. Pela
mui- eia. força da ria sua tir
«na Miiip-iin
íli
SííiíS° ,-onnur.iou-lhe a adml- deirts os anón.mos, „as multi- ™.,i»._ *^._ ™
mis escritos permanecen-., j..-ana
duram, «*« do >ro
valefl r>n
do Amaaonas desde mm-
rirsdíJ
universal tramportava-se i
ííeto nariZ que perdura Vm dta. E os chefes negros? Luiz 5 linguagem é a da cultura uni- to. Desde menina, afirma, a sran- os sere. especialmente aos
Gama. Josc do Palrocmio «¦ An- versai que pode ser trasladada deza dessa região e as suas mara-
S? semSto' de KspeKo fascinavam-me o espirito e manos e_destes aos que
amor fo™lecMo p-la glória do dre Bebratas. santo André Re- facilmente para todas an língua» avilhas imaginação Eu tenho lido qua- «.1^0 «ao e pos^ve
Erilor eio" Fprestigieído^níador ãí bouças! Nos teatro, destinados do Ocidente!lí.igua que é um pa- a giiem ter sido niaior t í e »
rmlillco
*A! conferências, enquanto o pu- trimónio comum do pensamenU), se tudo o que ha escrito sobre .lesse amigo. um dia C.i.oln.
campanha abolicionista lo, blico espera para entrar, o pai- da seusib.lidade culta, como a l,n- natureza e o eslado atual Quando
i pág. 2121. Nabuco publicar a corres^n.- dcii-
íato essencial da ação de Joaquim co e a sala sáo varridos por cua da ciência, da_llloscfia, da his- admirável territór lo.
Nabuco. Viveu para a abolição. Fatrocini
kru pnifamento tornou-se g<nial Sublime
de intuição política. Não é untn- gênios tu
mente a sensibilidade, que o mo- Subilamei
de na graça, que aligeira a busca delende uma pátria «ecre a da sua da na leitura deste livro
da expressão justa e evocadora. infância imaginativa. pela mocidade brasileira, pau. l
O movimento a roupagem ei O escritor, o penaador católico, qual o heroísmo oe abnegadamm« Joaquim ¦«•
densdad-não serão do nosso tem- o historiador político tiveram de buco, batalhando
po mas aquelas forças intrínsecas voltar à ação nacional. O pais pela liberdade des escravos,i i»r
será un»
que lhe asseguram a duração de assim o exigiu e o patriota obede- Iodas as suas ideas. c pe.os non.! o
giand- escritor brasileiro em qual- ceu. No espírilo clãssico de Joa- fonte de energia,testemunharão i-i»
quer é^oca quim Nabuco havia sempre pre- políticos, que au-
As suas contribuições de histo- sente a lição socratica do Criton.. Joaquim Nabuco a edificante ™
riad-r o fixam para sempre no E' a última fase da sua vido ma- anca do talento, da cultuin.
i ¦»
nosso patrimônio intelectual. E' ravilhosa. E' a radiação final, senso relativista e da egraça

1 |||l um clãssico da hisória polilica como denomina Carolina Nabuco a tolerância, a doçura a í.unuv
Nabuco nidade,

I
brasileira. Tem a melhor das qua- e nela luhura Joaquim
lidad?s para escrever a hütória. advogado dos direitos do Brr.sii (Do Movimento Brasileiroí
a arte. O segredo do historiado! na questão de limites com o Guia-
está na função estética. A histo- na Inglesa e primeiro embaixa- (*) _ A vida dc Joaquim N»«
ria é uma ressurreição. Pica-se dor brasileiro em Washington. A buco por sua filha Carolina Na-
sabendo e vivendo mais a histo- atividade é uma das caracieristi- buco — 1928. Ca. Editora Na-
"rr.ediLa- cional.
ria da Inglaterra nos dramas de cas de Nabuco. A sua
Shakcspeare do que nos tratados Ção" é a suprema atividade do
dos especialistas, nos memoriais, seu espírito. Desta radiacyo finai
nos corpos de documentas. O j"bJ pede-se dizer que ela foi uma ad- PENSAMENTOS DE
KaÉktaí ••¦f-!<kÍitàantitt\e\Wn\ '¦**!>>/.•« político do segundo império, as miravel e imensa radioatividade
íicções constitucionais e parla- de todo o seu ser. Assim ele pro-
mentares. os denorrinido? estadis- duzlu aqueles extraordinárias li-
tas, as questões internas e exter- vros, que sâo as memórias da de-
JOAQUIM NABUCO
nas do reinado, tudo isto vive, lesa do direito do Brasil. Do va- '.'" fond
Au l'art littíraire
"ffíIJí/atTnn "èst dont
pulula nos volumes de Joaquim lor jurídico dessa defesa ninguém s' vali!»
Nabuco peia força da arte cria- podia julgar melhor do "oque Rui "",„„""„„!, ti™, ul ri„ m>rl
i k» - (»ii-
dera, que náo importa seja mui- Barbosa, que corsderou traba- e^1 une conaition
tas vezes ilusória. Mas vive e e Iho maravilhoso e colossal de pa- te. L'ecnvain cjili rejeite l»i"c
essencial i>ara permanecer e fe- ciência, de critica, de argumenta- expression qui ne lc írappf1 P"s
duzir. Este dom de escrever ção e de talento. Bastaria ele fO par sa rareté est un cspvit $*¦'
história Joaquim Nabuco aplca-e para lhe honrar a vida e fazer COndairc Pt stévile Les oeuvrel
nas memórias, err. que defendeu nome... O trabalho do nosso ad- . . .j.,!.*!,!,,, nP ie pont
H^a^^aaV^SH MaT ^H MfeBTS direito do B asil no II igio cem vogado foi gigantesco. Eu o per- leK Kms aomirapits i.e n . Ér(
Guiana Inglesa. Não há em ate- cerrí lodo e neste gênero de lil1- Pas a aa cause de ia
sa literatura histórica nada '-.tpc- ratura não lhe conheço coisa dont elles sont faconiit-c-*-.
ricr à sua exprsiçáo da conqu'stH comparável". <pà;ina 423». p?u de terre suffít seus '¦*
| do Amazonas e a ocupação do Em Wa^hin^ton, Joaquim Na- doicts du géníe pour expri"1"
| imenío domínio pelos portugueses, buco íoi o embaixador inex.edi- noTirôo immnrtplle Esip?r
| A arte é perfeita. Natuco. mesmo vel pelo gênio politico. pela elo- ""e •""„"¦ ""!";„ J-„r ie
3 no Amazonas, náo se perde na quência, pela cultura, pela Fimpa- oe nouveaux intuiu^. nr:mer
% floresta dos latos. Encontra sem- tia. Excedeu em brilho embaixa- nouvelles rimes, pour ex!¦< \¦
sigii
I pre o caminho, a clareira e vé-s» dores, como Jusssrand e Eryce. une pen^ée, c'est dejá un
^' .^^« ^E l«Ml<;,y' %-~- * 1 pelo prodígio da sua evocação
a invasão portuguesa pelrs il imita* esplendor
fascinou Roosevelt e Rct. Neste du peu de valcur de cette Pei1*
dos rios. pelos igarapés, pelos ia- anos. naquela eterna mocidade de
morreu aos ses*.enfV S(4e (pensée<; detachées. 143'*
«| gos, pelas matas, pelos campo», espírito, que o livrava do dèSTji- * * *
dominando a selva selvagem, con- selo, do desânimo e da tristeza. w --_„,, •nmflj.í dans lp *¦"
quis'ando-a, ocupande-a senhoni- Joaquim Nabuco viveu em estado . «^ u* uLi* H- pea*
mente, pela força da expansão de graça, sem amargura, sem ran- <¦«¦ Nü cn-rcil"í jamais •
/ootafin Wabitco <m »«• retrata aa vclAic* racial e pelaoiao de catado. Ve- cor, na angelical aceliaçio do de», sée. (Perwees detachées, "'•"•
-.,..,. ¦'." a. ,

PAGINA 71
domingo, titran SUPLEMENTO LITERÁRIO DK "A MANHA" — VOL. II

Uma auto-definição - Martin Francisco


0„ juizo
de Jusserdnd
sobre
¦a Pedro Vejo-O muito cilada no fílue- Francisco. Ser-me-á sempre rio que eles continuam a ser
Entrei par o Colégio
Joaquim Nabuco Books sobre a questão Angio- uma agradarei lembrança a da em nossa história.
hi
retirar a bacharel. M,s- Venezuelana tão igual à nossa. manhã que passei em sua casa,
- Algumas destas observações Joaquim Ndbuco
Academia de Di- A esse respeito, do parte da tão perto do túmulo de Jose são provocadas pelo que v. me Quando Nabuco faleceu, Jus~
,„slainente quando Nalm- Venezuela e da Grã Bretanha, Bonijácio, ouvindo-o e vendo disse de seu desacordo com eles se/and, que era também embai-
há uma quantidade de aruhcs, livros e documentos sobre alguns pontos da nossa xador em Washington, enviou
,„|-,i„ni a curso. Tomei a se-
„ nai Câmara dos Depu- mapas e documentos publica- a da outra manhã em que v. Independência em 1.S22. Adeus, ao governo do seu país
nota-.
ia ser recusa- dos. reio comigo alé ao Alto da meu caro amigo. Mil felicida- guinte
quando lhe "Revista 'lemos
ambos a religtãi des. Do seu velho camarada "14 de fevereiro de 1910. JV. «9.
renovação do mandato. Na próxima Ura si- Serra,
letra" há uma referencia mi- da saudade. Joaquim Nalmco". Washington, 31 de janeiro de
j ,.. ,•/,¦ jaiiu sempre que eu en- 1910 — O sr. Nabuco, embatia'
nha a v., muito simples, a v. Meus volos são que v. e os
disse-lhe numa rada par- c dor do Brasil, faleceu em
.,,. c ele nunca esqueceu. ser um dos poucos segundas seus tenham sempre paz e iran- "Brãsilian Washington, em 17 de janeiro.
ie herdeiros, portador, em terceira íntima e v. não Ambassy. Wa
,,,,/ra'í-í/ií, dezenas quilidad. que Este diplomata, que há mui-
a que shinglon. 28 de dezembro aí to tempo servia o seu pais, hon-
¦..'sa amisade especial que geração, de um nome consagra- deixe dt pensar na obra — Meu caro Marina rando-o pela nobreza do seu ca-
ui a intimidade, com o do de político. Isso é para mos- eu tanto quisera vê-lo ligar o 1909.
"Os
trar-lhe que ainda não o esque- seu nome — Andradas*'. Francisco. Muito lhe agradeço rater, pelo superior e justo cri.
,i, e <fuc o calouro bem iério de que era dotado e por
, dedica ao seu veterano ei. V. dizia-me na Câmara — l'ode-se tanto acusar uu ter-me mandado o seu discurso
uma elevação moral, jamais de-
v. entrava, cu censurar os homens por não do Instituto, que sem isso cu negrida
¦trmente notório. que, quando por qualquer considera'
lico-lhe tres carlas. Dis- saía. Não pense que eu esteja terem produzido acontecimen- teria perdido. /:' um perfeito ção' pessoal, gozava da estima
retraio do orador, e, o que é e, pode-se afirmar, de universal
Ias em data, uniformes saindo da monarquia; se esti- tos mais afortunados ou maio-
Andradinu admiração.
• irilo, exprimem elas fiel- vesse, era, porem, sinal de que res como censurar os pais por mais, unia siule.se
ler um Pri Manejando a nossa língua
o homem que entendi e v. estava entrando, e isso me nâo terem tido filhos mais per- São 1'aulo devia
com admirável perfeição, ape-
¦i: o Joaquim Nabuco daria vontade de voltar. feitos. Nós somos apenas agen- taneu. sar de ter sido educado no Bra-
Suas palavras sobre o Tau- tes do Inconciettte. Nem se pode Parece-me duro v. ter dado sil, o sr. Nabuco deixa, alem
pensador e sonhador; Haia o« à'ií> de importantes obras em portu-
ente como poucos, iiidut- niiv foram muito bonitas, mas nunca saber como as coisas le- as honras Iodas da
suprimindo o Rui n guês, um volume de pensamen-
cama a própria tnduí- o final! Não sei pelo lada das riam corrido se alguma tivesse "[tranco,
homens su- sido diferente. O melhor é e.x- sic vos non vobis" é tão tos e recordações ífa juventude,
mulheres, mas dos
ui. tal forma notáveis na es-
uma das os Andradas não tt- plicar somente, comprender ca- sencial na Diplomacia como na por sência e na forma, que ó sr.
.aquiiu Nabuco jui ponho que
da inlele- veram muito desenvolvido o da época e fu:é-la compreen- Guerra; os que não comandam Vaguei, fazendo a análise da
helai páginas ao gt- obra, não acreditou que o au-
! dade nacional. Nem co- sentimento religioso e foram der aos outros que não teem em chefe devem deixai
¦ i uiiiif brillumlt. Na por- muito século Xtlll. Não c tempo para ir ás fontes. neral as honras da ação: ma a tor fosse estrangeiro e salien-
seu artigo de crítica,
V. deve saber melhor... As vezes utn escritor pode nesse caso é injustiça elimina* tou, no
, campanha da abolição do ti. nata que o nome indicado como o do
um esptri- criar uma legenda. No todo do quadro o agente; e
.¦nt<> servi!, seu fulgor pre- Como è, porem, que autor do livro era, naturalmen-
muilo mais mal qui dói mais do que uma injustiça te, um pseudônimo.
r,'*.' e iluminou o mais im- In como o seu tem dúvida que disse-me
o a bem dns Andradas, aos quais, da parte de uin espirilo cono O sr. Nabuco deixa também
..;,¦¦¦/<• *• interessante dos a inteligência, pensamento,
o seu.
'ias: o da esperança. mais nobre r tatues a mais pos- entretanto, a piedade nacional em
uma tragédia, manuscrita, em
inrariaveimente fiei As Estou agora absorvido verso francês, e acerca da qual
,„lo quanio se refere a essa sante das forcas, seja uma for- ficou
não eslãa,, porem, Platão, pelo qual comecei era não há exagero em afirmar-se
¦•me individualidade consli- Ca, seja uma forca universal jiyuras deles essa que algumas passagens teem o
a a a- ainda bem delineadas, nem as ÍS71 t 1872. £' curiosa
mais ou menos, tópico da como a lus, ai eletricidade, da inteligência,
cunho característico de Cor-
os levaram a ler rotação que neille.
iria palria: cerlo, como seu lor. a movimento, etc:'... situações que "volta ao de V\-
atitudes, apa- ponlo partida.
cartas nao Disponha srinpie, meu caro procedimentos, Sensibilizado, tanto como
com vó nesta pequena biblioteca: a qualquer de nós, pela catástro-
•Aiiicatn. Martim, do seu velho câmara- rentcmenle contraditórias
v. os a sua legenda popular. Bíblia, as Diálogos de Platão, fe da França, em 1870, o sr. Na-
da e amiqo que lem por própria
impo- a Maral de /Iristóteles, as obras buco arvorou-se em porta-es-
mesmos sentimentos que v the l-oram elt alguma vez tandarte, junto dos nossos amt-
es, ou acompanharam filosóficas de Cícero, as obrai
exprime lão afetuosamente pular gos da América do Sul, da cau-
seu muito sinceramente popularidade nas suas evolit- de Plularco, Marco Aurélio e sa da civilização universal, ex-
Ria. 22 de março dr 1899. Do um retiro es-
ca alguns mais. E'
— Meu caro \f< lim Françts- Joaquim Kaiiuco' cães' O caráter e o gênio de pondo, nesse livro, as angústias
ila um merece um retraio à par piritual, como v. vê, à moda que experimentou na sua mo-
(aa, aijradeca-liie muilo o sen ¦onjunto da influência tri- antiga. Muito feliz ano novo. cidade, chocado pelos desastres
B te e o muitas
o ei ccinienlo do lito-o de Rojas,
au, eles exerceram lambem Do velho camarada Joaquim da França. A tragédia,
aur lhe tomarei emprestada pe- vezes revista, não lhe saía da
"Rio, fie precisa ser explicada. .Vai lodo Nabuco". e o sr. Nabuc*
io 'empo da minha Comissão 20 de setembro pensamento,
no rmslê- (Contribuindo). tencionava publicá-la, quando »
para levar uma lembrança sua 1906. — Meu caro Marli* há muita fascinação morte o surpreendeu. Um re-
trato de alsacíana, recordando
o ano terrível, ornava as pare-
des do quarto onde morreu;

JOAQUIM NABUCO- Oliveira Viânâ assim, até falecer, nunca o qua-


dro lhe saiu do alcance da vista.
(Da Academia Brasileira)
O presidente Taft assistiu,
com o$ principais dignitáriot,
Iectual e moral realçava ainda dos Estados Unidos, o Corpo Di-
literárias parecem revê-la Hà,
Nabuco pertencia Ji à últi- ro deu-n« Tomooradores graves e em muitas das suas paginas a mais a beleza física. plomático » considerável mui-
na geração de parlamentares, sensatos, Euzébío Kabo- Não é pródiga a .natureza tidão, aos funerais do Embaixa-
com pausa, e^quilibrio,^ claro
erra que os oradores, mantendo rai e Uruguai. discutindo ^ ^.^ de dor, cuja ação política, secun-
as atribuiçoe. ^
embora a linha tradicional de grande seriedade dos nossos es- entre o corpo e p espirito. A an- dando a do sr. Root. sempre foi
do gregas. '-'¦—• Nenhum ""—-efe;
nobreza e dignidade, não afe- do poder moderador eia fala criwiw w."u ..._' __ em tiguidade helênica, que pratica dirigida no sentido de uma
tavaiai mais a toada intendo- trono, Pernambuco, ao contra- _p-j»"»« ..„ «ua* « «..hupo i^f^mei-»--*
intensiva da a- aproximação íntima entre os
cunho tâo acentuado, essas pe- va, aliás, a cultura
nalmente solene dos oradores rio, trouxe para aquele ambien- culiaridades áticas da forma. beleza plástica, cita em Alcibia- dois poises. O seu corpo vai ser
du !.° império e da maioridade. te austero as audácias, os entu- des, talvez, o seu mais puro es- transportado para o Brasil a
do Sobre esse aspecto, ele nos pa- navio de guerra,
O .sou alto sentimento estético, siasmos, as impulsividades rece único entre os nossos es- pecimen de um belo espírito bordo de um
o .seu bom gosto congenital o liberalismo radical. Na banca- um belo corpo. Nabu- americano, onde o esperam a
os seus oradores pri- critores, como Renan o é entre aliado a era sua digna viuva e cinco filhos,
aia.-atava, aliás, desse gênero da baiana, um
os prosadores franceses con- co, neste ponto, privl-
tribiuiicio, cujo maior repre- mavam pelas declamações cin- temporâneos. legiado. Quando, pela primeira que daqui seguirão alguns dias
sem ante, por mais literário e tilantes, os remoques, a ironia e última vez o vimos, foi por antes. — JVSSERAND".
urrais culto, foi, por certo, Sa- ácida, a elegância e a subtile- — Il y a de la lièvre — dizia da visita de Elihut Root,
es- Zola do estilo de Taine. Os nos- ocasião ("Jornal do Comércio" — ÍI
les Torreg Homem. Nas suas ar- za da dialética, os sofismas o grande secretário americano.
ran adas aquilinas ou na vee- corregadios e essa _
estratégia sos melhores escritores pade- Ele Já estava velho, eom a sua - Marco — 1910).
trocadilhos em regra, como Taine, des-
niêíicia das suas apõstrofes, desconcertante dos cem,
do estilo, radiosa
cabeça de meridional
nimcn descaiu nos mentais, dos duplos sentidos. sa trepidação febril completamente branca; mas,
preciosismos ou pressa,
da ênfase e pôde manter, ate das frases equívocas, em que era sorte de nervosis.no da sua figura guardamos uma
maneira rdacj0 indeievei
o velho Cotegipe. que perturba de certa noite iluminada, a sua silhueta
uma forma invariável, nas suas mestre
no leitor a percepção integral imponente, alheiando-se, so-
esse equilíbrio ãtico. * * da emoção estética. Nos seus ul- Foi no palácio Monroe. Nós, entre Root e Rio
iri' os temperamentos verda- os estudantes, passávamos, vi- branceiro,Tinha o busto um
aeirumente artísticos t i m o s escritos, Euclides da marche Branco. pou-
sabem nos dá às brantes, numa ruidosa
Sl "v.ne encontrar, mesmo nos O que porem, mais nos en- cunha, por exemplo, uma ra- aux flambeau, em homenagem co reclinado para a direita, em
niaraares lances de inspiração c canta em Nabuco é o artista vezes, a sensação de a ser ao estadista americano. No pa- tava sereno e calmo. No meio
atitude de quem descansa. Es-
a sua prosa fiscarlte, que chega
enlu.siasmo. da palavra. Da-nos pidez
Machado de tamar da escadaria central en- daqueles dois homens de estatu-
-
1-Vit.í- dom, e o esplendor das uma suave impressão de repou- incômoda. Mesmo cara- fileiravam-se o corpo diploma- ra comum, magro um, gordo ou-
suas metáforas, e a sonoridade so e de serenidade, com os seus Assis, a despeito das suas
não -e tico, os embaixadores do Pana- tro, a sua alta e elegante figura
ou sua voz, ampla, cheia, de períodos fluidos e mansos, de cteristicas de aticismo, a mericano, as altas autoridades sobressaia com um relevo in-
tinia dureza de timbre incom- um andamento quase imperce- pode eximir, de todo em todo,
dos essa tendência, civis e militares. Em baixo, so- confundivel. Sobre ele centra-
Para vel, destacavam-no viva- ptivel, como o das águas bre a multidão sussurrante. ml-
mente e o singularizavam en- grandes rios na proximidade dans Em suma: Nabuco escritor era lhares de balões venezianos, os- lizaram-se, desde logo, todos os
1' e os seus companheiros de estuários. Sente-se ali a aten- Nabuco gentleman. O estilo era cilando, aos boléus, nas pontas olhares. Nabuco pareceu ter
Par lamento, aqueles oradores ção vigilante do artista, mode- nele, mais do que em ninguém, das bengalas, agitavam íantas- compreendido aquela admira-
'"'•idos e fáceis, a correnteza da ideu. o homem, ele vestia as suas ticamente os seus globos poli- ção.
ram os últimos decênios que domina- rando a fluência do estilo idéias como se vestia a si mes- crômicos.
do Im- rallentando Imobilizando-se ainda mais.
pano _ cotegipe, Murtinho e a amplitude dos seus ritmos mo: com o nonchalance de um
inmpos, Ferreira Mas, de tal maneira o faz e com Brummei artista e a pureza Houve um momento, em que, deu então à sua atitude um ar
Viana e La- de lá em cima, acenderam um fa- impassível, de uma serenidade
iayetLe ....tal arte, -•--. que desses- carinhos . ate,llense dos aristocratas por
Neste ponto, a contribuição fatura mal 5e aPercebe ° cho de fogos cambtantes; e, olímpica — como se naquele
dentro do seu repentino e aiiu- instante, colocado diante da
uas provincias
ter sido tor- Dele se pode dizer que a na-
especifica, cada parece as suas lado clarão, no alto, no primeiro objetiva da História, quisesse
qual ao seu Não sabemos sc Nabuco teve tureza violou ^leiside lance da escada, Nabuco de ca- legar à posteridade o m<*deto
too e Índole o Mi' realmente uma í™d«m«»"n™ grande cultura LT^nllé^sSoridade para^fazej^er-
nas, sao Paulo e
O sul, como Mí^ compensação supenoriuauc 1^ u,v^- «caT Írâtarou7nÍtWamen"tè, na i"d»i da sua própria estátua.
Rio de Janel- clássica; mas, as suas maneiras feito: neie a
DOMINGO, t/t/n
"A MANHA" - VO-*- "
72 SUPLEMENTO LITERÁRIO BE
PAGINA

NABUCO, Dramaturgo - uoPtion


JOAQUIM ROBERT
CLOTILDB
58-76-1877.
Drame en cinq act.es, en vers, éerit, en excepté moi...
ti n*a personne, lui, personne, Ouf, Je meurs pour Ia France,
Et ie fapporte alnsl, mere, Ia délivrance;
Votre erreur à tous deux, je Ia repare, moi...
HÉLÊNE (l'approuvant)
ACTE V
Et Rogerí HENRI (à part)
Mfme Occor CLOTILDE
La nature et 1'honneur, Cest une seule loi.
-J'ai deux espoirs dans 1'ãme:
II m*a dit:
feinme
SÇÊNE UNIQVJE L-Alsace, mon pays; vous, qui seriez ma ROBERT
S'il en pcrd un. du moins 1'antie lui resina;
le toujours au milieu d'un íévc qu*il monria.
HENRI HÉLÊNE, ROBERT, puis CIOTILDE. Cest
L-ABBE' K1R*> Vos pays sont toujours en marche vers Ia plnire.
DUC, BELFOHT, WALDEMAR, HERZ, Ils se rencontreront encore dans 1'histoire,
CHBERG. ROBERT (courbant le genou devant Heuii)
Et Dieu seul sait quei prix alors vaudra ia paix
Père, votre pardon I Ce que paieront pour elle Allemands et Frnni.ais.
HÉLÈNE (attirant Eobert á elle) Quand tous deux üs n'auront qu'une pensee uniqne,
"Le monde est pacifiijut",
On pourra dire enfin:
te vol*.
O mon fils, mon enfant! Plus pres! gue je HENRI
Robert.. je lattendais, et c'est Dieu qui fenvo-». CLOTILDE (qui est entrée, à Robert)
La douleur qui mvopprime
ROBERT Ne me laisse pas voir oú sariète ton crime... Mon Robert! Souffres — tu? Mon frère, tu n. en-
Accomplis lon destin: mais tu ne pourras, foi, Itends?
eux Te plaindre, si iamais, comme j'en ai Ia foi,
. ai reçu vos deux noms et le demier d*entre
Que ]e renoncernis, c'est le plus malheureux. Ayant un fils, il veut reprendre son vrai titre;
(Montrant Hélène.. S-il se piace entre nous, s'il se fait notre arbitre, ROBERT (a Clotilde avec un sourire)
Je dois paycr le prix infini de ses larmes, EL que trouvant alors son grand-pere mnocent,
Mon père, en refusant de portcr dans mes armes II rattache en ta vie encor le noeud de sane.
Ce qui germe trop tôt ne peut durer longtemps.
L-algle de Pmssc avec 1'aigle de Brandebouig, Répète-lui 1'appel que j'advesse sans cramte
La noire emporlant Metz, et Ia rouge SlrasbourE. A ton premier-né. moi: ]aisse-le, sans conUainte.
Décider qui de nous lui transmettra son rang: (Puis à Henri)
HENRJ Le m-re déserteur. ou )'aieul conquerant.
Père, tu l'as senti par ta propre souffranee,
(Une pause)
Alnsl tn navais pas assez d'être un transfuge; L'Alíemagne elle-même a besoin de Ia France.
E t.e laut plus encore et tu te fais mon juge.
Qui donc a pu rayer de ton .-(eur ce serment, ROBERT (tres faible, bas â son pirei (Henri fait un geste de profond a.*»en*
Oue Vavais fait pour toi, de soldat allemand? timent. L'abbé Kirchberg, qui a ét b ppc-lé,
Cette première loi. dans le sane mème ecn*«: Non, père, ne crains rien pour le nom de ta raee. entre et s'approche de Robert; ils se par-
On iTadopte jamais: sa patrie, on 1'hcritel Mon partage entre vous ne laisse aucnne trace. lent à voix basse; tous s'éloignent: il
Je nieurs soldat prussien; le reste est à roubli. 1'absout. Les grandes.fenêtres
" du fond ont
'A Hélène.) Mon secret dans Ia mort est bien enseveli èté ouvertes et l'on voit Ia Cathédiale à
.Doucement. voyant 1'alarme de son père). 1'horizon illuminée par le soleil. Enlrent
Oui. je ne vivrai pas... Belfort, le Duc et des vieux serviteurc).
Vous avez réussi! Vous les avlez donr.es,
Mes eníants, à Ia France, avant quais lussent nes.
Pour nVinfliger de ccup de cette peine amére, HHRZ (entrant)
ROBERT (montrant Ia fenêtre)
Vous avez viole le dépót de Ia mère.
Je puis vous pardonner: rendez à mon pays Hier, en ma présenee,
L'héjit ier de mon nom.. Écoutant des propôs trop cruéis pour Ia France, Ouvrez tout! Je voudrais, pour Ia dernière fois.
I) les a releves, se croyant of fensé. Voir, au soleil couchant, Ia Flèche... Je Ia vois.
..ÉLÉNE Un combat s'ensuivit, il en sortit blessê; Mère, regarde-la. Ia vieille cathédrale;
Et, malgré le péril d'une si long étape, Elle est le teslament de foi nationale.
Non! Je reprends mon fils I) partit, seul, Ia nuit... Comme elle, bátissons dans nos cceurs, lentemint,
Pour ma part. Que Ia France, après ce long supplice, Une autie cathédrale, un autre testament...
Bache que je ne fus jamais votre complice. HENRI Mettons tout en commun, tout, excepté Ia haine;
Lorsque, par mon amour. je devins 1'instrument. N'ayons quun seul amour, pour 1'Alsace-Lomuítl
Bans m'en douter, mon Dieu, de som demembrement, Oh! le conp qui me Irappe!... Quei que soit son destin, c'est lá notre pays.
Qu'il garde Ia fierté des peuples envahis,
Tant que, dans son foyer. en éternel otage,
ROBERT HERZ En terre le fontière, entrera 1'esclavage ..
De longs siècles déjà, de chagrin en chagrin.
Kon' elle ne m'a dit jamais dans mon enjance Voulant, il m'en montra Ia ferme intention, . Les larmes de ses yeux enflent les flots du Rhin.
ün mot oú l'A)Iemand pút trouver une offense... Se donner à vous deux le jour de roption. Sa seule loi, toujours, fut le fer. Ia conquête,
J-aimais vos deux pays en vous aimant. tous deux, Et le glaive est encore suspendi! sur sa tête...
Et le jour seulement oú, devant moi, 1'un deux ROBERT (três faible)
Maintes fois on sema sur son sol ravagé
Tombait aux mains de 1'aut.re. en mon ame meurUle, D'autres races: son cceur et son sang fut chance.
J'ai senti que j'avais une double patrie. Nul pays n'encourut fortunc si cruelle.
Je dois vous dire un mot, un seul, pour ma défense. Mais sachons bien 1'aimer, notre Alsace fidèle,
Qu'il ne vous blesse pas, n'y voyez pas d'offense... Et, comme cette Flèche a monte dans 1'azur
HÉLÈNE írassérénée)
HENRI (à Hertz*. Doucement, par degrés, du vaste amas obsrur,
Elie verrait encore, en sa nuit de souífrance.
Bi Français. à moitié, Robert, je t'ai conçu, Du fond de sa douleur, se dresser 1'espérance,
mon insu, La blessure, oü lut-elle?
Cest qué Dieu même a fait son oeuvre a Aux saluts de 1'amour allemand et français,
Et qu'il a rejeté mon entier sacrifice Vers le jour lumineux de 1'immuable paix.
Oh' ia miséricorde est sa grande justice! HERZ
succes.
Pourquoi ne suis-je née au temps de nos
Ouand un fils de Francaise était toujours Français. A travers le poumon. tu expire, le regard tourné vers 1>
Tn m'apportes. mon fils, à défaut de courage, flèche, souriant à ceux qui 1'entouienu.
La force du pardon, et Ia pitié soulage...
ROBERT
HENRI (voyant Robert mot)
jJENRI (à part* Ce fut le jugement, père. de Salomon.
«noment "Bienheureux les doux, car ils possèdent ia terre
Je n'ai plus rien à faire lei: dès ce V Allemand.
Je serais, pour tous ceux que ]'aime. <Paust). O monde, est-ce donc lá Ia clef de ton mystèn'
le retient.)
(Henri veut sortir. Clotilde, qui entre, JTiérlta) tos deux sanss, leurs halnes, leurs toleres;
J'éta!s ao confluént de ces courants contraires, (Henri et Hélène se regardent anéantis, en s'age-
Se repoussant. l*un 1'autre, et débordant tous deux; souillant, auprès du corps de Robert. Puií
CLOTILDE Je flotterals toujours comme nn débris entre eu», ils se relèvant lentement).
Je ne puis effacer 1'empreinte de ma mère.
sans Jamille.
Tous n'irez pas mourir seul, au loin, Aucun cceur ne détruit lui-même sa ehimère... HÉLÊNE (tendant Ia main à Henri)
Nentre entre vos pays. je me vovais errant.
HENRI (doucement, 1'écartant,' A»ijourd'hui sans patrie et demain émigrant.
3e sens Ia mort bien près... J'ai le cceur arrar-hé,.
<H fait un geste comme voulant montrer w» Je vivrai comme un lierre à sa tombe attaché...
lAlsse-moi. Mais vous,
[pays lointain».
CLOTILDE
J'étals dans ton fover un étranger, un hôte. Avec grande émotion et montrant Waldemar
Pere, pardonne-moi! Ce ne fut pas ma fante. agenouiJlé).
Vous avez oublié votre filie.
irez, jirai.
liais le m'attachc à vous; ou vous
Partons! Je vous suivrai.
Me me repoussez pas. de lui, prenez Clotilde et faites qu'elle oublie...
(Embrassant Henri et se plaçant, a cote
ten larmes, a Helene).
ma place... Oh! non! Ce fut Ia mienne, en voulant assembler HENRI (avec une ihvincible tristesse)
Mère, vois désormais quelle será d'Alsace... Ce qui ne peut encor s'unir et se mêler...
B est mon père et non le conquerant
HÉLÈNE (voyant sur le moucholr que Robert Hélène! Cest Ia mort qui nous reconcilie!
BÊLÈNE (iui souriant, émue) tient à Ia bouelíe une tache de s&ng)

**>"»« «»'* ** «¦é*"ouer. **-*" Ribertl Du Htng! Mon IU»! (Paria. Librairie Haçhette et Cie. 1810).
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73
domingo. M/ma SUPLEMENTO LITERÁRIO DE "A MANHA» — VOL. PAGINA
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0 Brasil e o Imperador-**-«*?, mortais do


Começa hoje a penúltima Jornada. Os restos em Par s,
arara* SS vão ser transportados da Madalena, espeUcuio
I são Vicente de Fora, em Lisboa. Desse a gíandioso
imaginação «los ue
como nenhum outro próprio para ferir
que as maqu.naçoe hu-
acompanham com maior interesse do impossível dizer qual ele-
manai, os desígnios da Providência, é
n.enlo é mais dramático e mais imponente. dai-me
Tudo se reúne nessa demonstração unsca para y
cunho de uma grandeza original e sugestiva. O toma primeiro caia ei
O mundo inteiro pai te nil'*-,
desse luto é ser universal. rendendo
sentindo que ele faz elevar a própria humanidade f ea Franca, o
esse tributo a um dos seus vultos supremos, orgao davene-
cérebro e o coração da raça Latina, que se lazdessa epopéia lu-
ração unânime dos Dois Mundos, o condutor
nebre.
indi-
A cena em Paris apresenta-se de uma grandiosidade
o comando do ge-
zivel ao coração brasileiro. A guarniçâo, sob homem
ao que duran-
r.eral Saussier, prestará honras militares Arma-
te cinco anos loi a alma co nosso Exército e da nossa os
da o chele a quem mon eram fiéis os Caxias, os Hervais, das fileiras
Porto-Alegre. os Amazonas e a multidão enorme
a lor-
A guarniçâo de Paris só por si é um grande exercito, e
mai-âo dele em honra de um exilado pede servir de exemplo

olhos da^Europa condi,


^pr-Zeira ve/seVesentarão aos

de que acompanha-
U-jo" de um miperante com tanta'conciéncia
rão um colega ao seu descanso final.
especulativas
Nem a representação das grandes vocaçõesao gemo da Fiança.
se l.m,tara na Madalena, é licito presumir, na demons a-
Se não em pessoa, pelo espirito tomarão parte
porque de muito»
csToÒT vultos .intelectuais de outros pa.ses,amigo de todos um
ocles D Pedro lora um correspondente e ali
pela. distinção e
apreciador inteligente. Mas, se primeirasas letras
as ciências e nao ocupam,
eícolha do ilustre morto, modesta porque em
s Senfe falando,, sinão uma categoria dizer também o
humilde e restrita comparação se pode que
Seu reino nâo era ainda deste mundo. Os serão pr.me.ros aos olhos
os altos lepic-
da multidão naquele séqnití,' .memorável republicana, reu-
intentes da Euíopa monárquica e da Fiança


ir
r. \oac\nmi Habuco
'rir*":.:
¦¦ uiüàiíMrim^^m^r"^'^'-"***
ideado progresso realizado, nas ^f^°™£?Z

Nabuco em um retrato dii mocidade E».^ ZbinS S-Í«i* 'uma"gs^te sSTRepu!


Joaquim
tZZSSXtt h°SeTfm«oMde
um diplomata francês
Joaquim Nabuco, apreciado porrevolução SSe^oímilo^^ ^cT^T^^.
«um dogma político de seita,
mas p«Ie»nc «^ej-
resolveram submeter à arbitra universal £laPor
pressa e conhecida oo sufrágio
_._, i_.. .. *.,...*•.,, ..ãünhio.*cim Giihmotpr à arbitra-
to em que rebentou a da Itália a questão ^ ^"Jem^
de 188». gem do rei
ri. não podia deixar de fazer litigiosa. desde muitos séculos,
i-aireira rápida e brilhante. O dr. Nabuco, apesar do seu
Tr-rnou-se logo uma das íigu- liberalismo, continou fiel à mo-
riií-' mais notáveis do parlamen- narquia, e entrou para a reda-
dos limites com a Guiana bri-
tânica. BÒe T S/C \ZJ^*2£SZ%
O ministro do Brasil em Lon- metosécmo um regfcne de liberdade parlamentar do mesmo
Its brasileiro, distinguindo-se cão do único jornal que defen- dres foi encarregado de defen- gênero aMa que não, pela forma exterior somente, da me*,
por seu ardente liberalismo, e deu ainda o Império, e quase der em Roma os interesses da mà E
esoécie que os governos republicanos mais adiantados.
1-nt.TBoii-se com paixão à quês- assim como os outros sua pátria, e o fez com o ardor "largutzà desse £nto de vista que faz a República Francesa,
tsiij da abolição imediata do ele- pagou,
redatores, com a vida a sua habitual e também com o seu homenagens da súa imprensa se
ii)!*nto servil. e audácia. reconhecido talento. Não foi le nesse pensaiíento, a pelas acompanham duas vezes como - demo-
assim, teve ele uma parte lealdade feliz, entretanto. As qualidades vê os Estados Unidos
primeira Nação Americana, pres-
Pouco a pouco, entretanto, a cracia verdadeira e como
nnsideravel na luta por essa
República brasileira entrou, de que revelou nessa dificil missão Só elevado tributo de seu respeito ao representante que foi
famosa lei de 13 de maio, que foram, contudo, universalmen- do Sul, sob a bandeira da *no"*arquia
v;iiru ii condessa d'Eu, então re- evoluir para as idéias conserva- te reconhecidas, e elas o desi- ,. historia da deAmérica umá extensa calma e continua exceção a la-
doras. Muitos partidários an-
pente do Império, o nome de
"Isabel, resignaram- gnaram para o posto mais ele- constitucional, lei, da liberdade e do bem publico.
a Redentora". E essa tigos da monarquia vado e mais delicado da diplo- vor da a
fenerosa imprudência da prin- se a servir ainda o seu pais; po-
macia brasileira, em Washin- A Nação Brasileira sente-se neste momento para com ele
resii tieu em resultado ser-lhe rem, querendo fazê-lotivesse, em uma foi nomea- França sob o peso de uma divida imensa. Se no pais, a que
de gton: o dr Nabuco muito diverras e provenien-
arrebatada a coroa. Muitos in- carreira onde não do embaixador nos Estados dedicou a sua vida causado toda, cogitações
teresses foram lesados e mui- renegar as suas preferências les do desmantelo na ordem moral e na ordem poli-
Unidos.
to.- ódios nasceram no dia se- políticas, o dr. Nabuco entrou
seus compatrio- lica pela inadequada substituição de regime, desviam no dia
a no- Nenhum dos a reflexão de tao grande parte do
iniinte ao em que foi sanciona- na diplomacia, aceitou tas se elevou, até agora, a tão nosso de hoje de seu passamento
< a a prande lei, e deviam tor- meacão de ministro em Londres. dia virá em que sem distinção de partidos, todo
a Inglaterra e o Brasil notável dignidade, pelo fato de ele se povo, coadune no sentimento de que foi a França quem ge-
par-se irredutíveis no momen- quando ser o Brasil representado nas
outras nações por ministros pie- nerosamente se encarregou de cumprir para com o falecido Im-
'é/a no Brasil perador os deveres que por todas as leis naturais incumbiam a
A idé ibJa
republicdnd nipotenciários.
Nação Brasileira. Não faltam, entretanto, e são inúmeros, bra-
O novo embaixador, que não sileiros cujo pensamento no dia de hoje esteja inteiramente vol-
encontra atrativos na vida
(Continuação da página fIS) to, em minha linguagem, em quando náo apaixonado por al- lado para a primeira e lutuosa parada do cortejo fúnebre que
vai ter a dor e o
meu passado, eu também era guma coisa, apaixonou-se pela a Princeza Imperial, como filhada extremosa, França e da Península.
nistras pelo lado da federação? uma liberdade e que não me res- do pnvilégio de conduzir através
figura presidente Os franceses teem o gênio da arte e em nada ele é mais
Nao i isto identificar a monar- tava senão desaparecer com as grande Roosevclt. pelas suas concepções distinto e brilha melhor do que na organização das suas gran-
(inia com a idéia da unidade na- outras"- pelo seu desejo de fa-
Respondi-lhe, meu caro ami- políticas, Paris só por si é um cenário esplèn-
eional, do todo brasileiro indis- zer cessar em toda a América des soler.idcdes públicas. Acres-
nhivel? O dever dos monarquis- go, como estou, certo que o se- a anarquia crônica que deshon- dldo e sempre pronto para as glorificações populares. cortejo
-*i* sinceros, se a monarquia es- íundo José Bonifácio lhe res-
ra certas partes do Novo Man- cente-se à incomparavel perspectiva da estrada que o
ti. morta, é morrer politicamen- ponderia. Tenho nos ouvidos do. pelo piano de forçar os pai- tem de percorrer, margeada de multidões de povo, entre alas
>f com ela. Não creia que a desde 1868 em sS. Paulo as ar- ses americanos a se tornarem continuas de soldados, o imponente préstito fúnebre e quem
adesão de mais alguns homens dentes estrofes do Primus inter dignos da proteção que lhes v.u Paris numa dessas ocasiões em que a cidade parece lazer
ria monarquia pudesse servir de pares. Cada individualidade que concede a famosa doutrina de u-n apelo a todos os seus recursos para manter a sua incon-
freio no plano inclinado ao se ilustrou na história de um Monroe. O presidente Roosevelt tetavel preem.nência. pode representar-se pela imaginação
trem que já adquiriu tamanha pais fica limitada aos olhos de deseja, antes de defendê-los o uuadro que al! se desenrolará hoje na apoteose de D. Pedro II.
en-
Tflocidade. Que influência real todos por um traço de imagina- contra a intervenção da Euro- Mais do que tudo isso, infinitamente, ele preferiria ser
teem tido na direção da Repú- ção que, como o rego primitivo pa. motivada pela deshonesti- terrado entre nós e por certo que o tocante simbolismo de la-
blica os monarquistas que se das cidades antigas, lhe é qusase dade financeira e pelas discór- sobre uma camada de
zerem o seu corpo descansar no ataude
pasmaram? Nenhuma, pode-se vedado atravessar sem sacnle- dias civis que os deslustram, terra do Brasil, interpreta o seu mais ardente desejo.
riizer. A influência que os que gio. Em torno da sua há o fosso protegê-los indicando a todos o Ao brilhante cortejo da Madalena c-:e teria preferido, em
rf-slam podem exercer é outra, glorioso de Humaitá, há a gran- caminho do dever. E Roosevelt, falta de tantos que reputava seus amigos, o modesto acom pa-
é toda moral, é a de e"ardarem de tradição da Marinha brasi- convidou o Brasil, que é o país nhamento dos mais obscuros de seus patrícios, e daria bem a
t.dclidade aos seus princípios e leira. O rostro donde ela há de mais poderoso e policiado da presença de um dos primeiros exércitos do mundo em troca
*»o seu passado; é mostrarem sempre falar ao pensamento, ao América do Sul. para ajudar os de alguns soldados e marinheiros que lhe recordassem as glo-
tolerância e benevolência, coe- entusiasmo, ao patriotismo, é a Estados Unidos na realização riosas campanhas nas quais o seu coração se enchera de to-
rência e desinteresse; é não proa do 'Barroso". Por isso eu de tão importante obra. Dai. a di*s as emoções nacionais. .
aceitarem a responsabilidade de não precisava outro argumento convocação, no Rio de Janeiro, Mas foi a sija sorte morrer longe da pátria e e uma con-
•nos e de crimes. o opor a todos os seus do do Congresso Pan-Amerlcanr* veneram o seu nome, ver
iw.vidaram durante Quando para
o Império que este: Artur Silveira da que está eema escolha trabalhos neste solução para todos os brasileiros que
ainda da gloriosa
subir momento, do dr. que ele na sua posição de banido recebeu ela tributar.
outra vez ao púlpito Mota. Francesa as supremas honras que pode
¦ Jura Joaquim Nabuco para presi- Nação

I
dt Notre-Dame, Lacordaire re- Ad imum _ No dia de hoje o coração taasileiro poisa no peito da
cubou. -Eu compreendi, disse ele assem-
("jornal do Comércio — 23 dente da respeitável Franca.
depois, que em meu pensamen- de outubro de 1885). Meia."
¦y-r.rprvtrt-.¦¦¦¦;-r:v w.-^wsSíw» ^^^r^jr^.-^;^
,^^^rw*m. p^ppfpgpu i -¦-- ippir*iKi ip

"A MANHA" — VOL. 11 DOMINGO, */?'«


PAGINA 71 SUPLEMENTO LITERÁRIO PE

Medeiros e
Uim discurso

A vida de Joaquim N<ab UCO


~

•*? lembre «o menos de parte de alguma


Albuquerque
em
de Nabuco
Belo Horizonte
O livro de d Carolina Nabuco sobre a vidatemde seu ilustreentre par de letras um só sue não
se publicado das formidáveis poesias, com que Castro Alves contribuiu para Em Setembro ie 1906, Joa.
é talvez o mais perfeito desse gênero que bem organizada. o movimento abolicionista. quim Nabuco visitou Belo flori-
nós. E' uma biografia, admiravelmente Assini, não se chega a compreender o assombro com que zonte. Foram-lhe tributadas alí
A autora soube tomar uma atitude, que dá a ilusão de intui- admiradores de Nabuco dão como um ato sobrehumano que grandes uma homenagens. Tenta
ra objetividade. Nunca ocupa o primeiro E'plano. Parece deixar os ele se tenha declarado abolicionista. recebido grande mam/cs.
sóbria, e correta, e tação popular, o escritor agra.
sempre que os documentos falem por ela. Ele contribuiu para esse movimento comfa sua foieloqüência
elegantíssima na simplicidade de sua frase. Mas da sua eloqüência o sucesso em grande parte insistir devido a deceu no discurso que almiio
nesta publicamos, e que é, cremos,
Erigiu a seu pai o mais nobre monumento. sua beleza fi-sica Por mais mesquinho que pareça uma pasma hoje inteiramente
Que entretanto, a impressão dada por esse livrosempre, se|a a ver- nota — esta nota é que domina tudo na vida de Nabuco. nossa desconhecida do grande escri-
mais A afirmação de que, quando chamado a defender a
deira'— nào me parece. Toda biografia é, porem, c^Tl^^f^ República precisa mais dele que
tor brasileiro.
r^^^^rTot^T^^^^^e^^o^ biografias causa ser mais inexata. O Sr. Joaquim Nabuco: —
em voga, agora, que tanto se fala em ele da República nao pode Meus srs. E' preciso voltar
em pie»a? o termo
-romanceadas". Nabuco não estava em condições prósperas. Ao contrario! muitos anos atráz para ver-me
Rodrigues, seu intimo amigo e talando
Nem «-more entretanto os fa'siflcadores ou romanceadores Bem ao contrário! José Carlos nos aclamações
ao povo, recebendo
.aeufsínceiàmeiite ou por motivos dignos. Tratando-se. porem, que sabia isso, sugeriu-lhe o nome a Campos Sales para como esta, a céu
de d Carolina Nabuco. pode-se estar certo de que ela agiu por representar. descoberto.
motivos nobilissimos. impregnada do grande amor e veneração, E que resultou dai? Ele perdeu a nossa causa. Isto me transporta aos tem-
que sentia por seu pai. Falta acrescentar muito depressa que provavelmente qual- pos da abolição, em que essas
ouer outro a perderia. O rei da Itália, podendo ser amável para reuniões eram freqüentes em
O seu livro é tão admirável, que levou vários escritores contato era diário em
Inglaterra à nossa custa, muito naturalmente agiria que esse
partühãr-lhe o entusiasmo, chegando aos excessos mais exces- com aagiu. fosse qual fosse o advogado. que eu era o órgão, a tecla do
J*V05 como
e ele hou- sentimento, da aspiração ria-
Assim João Ribeiro escreveu que, quando Joaquim Nabuco Mas se nós tivéssemos escolhido um "pubUcano cional.
loi convidado a advogar a nossa causa no litígio do Brasil com vesse perdido o nosso pleito, pode-se bum imaginar WJ^clamor Eu agradeço ao povo de Beto
Inglaterra, a República precisava mais dele que'semi-deus' ele da Repú se levantaria contra a diplomacia da República. Ouvir-se-la Horizonte todas as demonstra-
"Por algum
biica. Humberto de Campos foi até talar em perguntar em toda parte:"Por que não chamaram gran- ções que me tem feito e agra*
8k- itur ad astra... Um pouco mais e chama-lo-iain logo um de nome tradicional?". que não chamaram o Nabuco?". deço aos dois oradores que me
•deus! Chamamos. Ele perdeu... saudaram cada uma das unas
Ha, nessas apreciações, um exagero evidente. E, no entanto, a diplomacia republicana tem nomes, que palavras, que eu peso em ba-
valem alguma coisa... lanças em que se pesa o oura.
Joaquim Nabuco foi um homem bonito. a França, a Alemanha e o F sempre a abolição que mo-
Nós já vimos os Estados Unidos,
E' por ai que se precisa começar, porque essa qualidade ex México virem recorrer á competência de um árbitro brasileiro, ve o fungo da simpatia popu-
pllca nele quase tudo mais. republicano de sempre. E a prova de que ele fez brilhante figura lar; é sempre a lembrança des-
se sonho realizado, dessa obra,
Pode-se até lembrar um pormenor, que mostra como ele cul está em que, depois de uma calúnia que um jornalista infame à
tivava certas faceirices: algum tempo usou uma pulseira feml- contra ele lançou, mas cuja falsidade foi obrigado a confessar, dedicar todapensei qual eu que teria de
a minha vida, mas
nina de ouro, que fazia grande efeito nos seus gestos de ora- ;|uas outras nações ainda o elegeram seu árbitro. que. pela generosidade do povo
toria Nós estamos vendo a Liga das Nações, quatro anos depois brasileiro, ficou completa em
Na vida pública, brilhou como um grande orador. Ele o foi, de a termos deixado, ainda alegar com respeito o que já se /fl anos.
de fato. Para os oradores, a beleza física- é uma grande quall- chama a "doutrina Melo Franco" sobre as minorias européias Não ê um indivíduo que deve
dade. com as quais nada temos. merecer nunca as honras dc um
Alto, majestoso de porte, com uma voz admirável, com uma E há Raul Fernandes. E há outros. tal acontecimento.
presença formosa, Irradiante de simpatia, produzia uma forte Desde o princípio da campa-
Mas se Rodrigo Otávio ou Afranio de Melo Franco tivessem nha abolicionista lembrando-
impressão. sido os advogados do Brasil em uma questão como a da Guiana me o mito de Ulisses, depois de
Fez, por isso, pa campanha abolicionista, um belo papel. Inglesa e a sentença nos fosse contrária — ai deles! Proclamar- ter findo o Ciclope que lhe per-
Esse papei tem, entretanto, sido cantado e decantado, como se-ia por toda parte que só á incapacidade isso fora devido. (juntava:
¦m assombro. Alega-se por exemplo, a título de ato heróico, Ler portanto, que a República precisava mais de Nabuco do "Qual â o vosso nome?" e ele
«ue tenha abandonado a politica tradicional de sua familia. "Ninguém".
que este dela _ é um pouco forte... Tanto mais forte quanto respondia:
No entanto, ele soube conduzir-se muito prudentemente ele perdeu a causa, que lhe foi entregue. Materialmente, bru- Eu disse que o nome âe todo
nesse abandono. Foi até onde podia ir sem muito prejuízo talmente ou (se se quer dizer a coisa de um modo mais delica- o verdadeiro abolicionista devia
pessoal. do) pragmáticamente, esse caso pelo menos é irrecusável. ser — "Ninguém".
Talvez tenha aüás havido um certo erro psicológico na es- Desde o começo daauela luta
Ele mesmo disse que só não subscrevera o manifesto repu- colha de Nabuco
blicano de 1870, .porque não quisera romper com o pai. Não cor- para a missão que lhe foi dada. Ele seria um esse foi o meu nome, Bu tomo a
~
tou a retirada atrás de si... Oivergiu apem* da correi J»
«g™*£\^$?&&X?£X Deus por testemunha de
«eus em uma questão que, embora muito importante, não che-
ÍET # nâo desejaria para mim umaque$4
ri' -SE*- ^^ S6r' ' mU^ ™ ab0irCÍ°niSU* 2K- \è^,tT^^Z^a7e^T^l
parcela de reconhecimento, de
lembrança, me viesse do es-
t monarquisias. soberanamente dando banquetes a uns e a outros. Era homem qvecimento quede tantos nomet
Mas, indo mesmo ao extremo, não é preciso lembrar que em sempre disposto, não a prestar, mas a rec, Jer homenagens... sempre presentes ao meu espi-
tfia.se todos os movimentos políticos há homens eminentes sai- es*^,, eie só as prestava sem dificuldade a grandes mortos... rito e que pouco a pouco, cão
dos do regime anterior e que vão muito alem do que foi Nabuco.
»*-*•** O . , . „ se avcqando na grande legen-
banquete e, porem, uma arma de combate normal e efl-
Republicano — deelarou-se o sr. Afonso Celso Júnior. E' ^cissjma. quando o bom diplomata sabe usar dela. Rio Branco da histórica, nomes que eu nãt
rerdade que, depois de proclamada a Republica, voltou atras; era habilissimo no recurso a esse meio. Nabuco enfarava-se. poderia mesmo citar porque se-
Bias todas sentem que a sua transformação posterior foi de- „ . belo , homem.. tinha um¦ certo • , riam tantos^que eu consideraria
lida a um nobre movimento de solidariedade com seu pai, por- E inegável que esse narcisismo. um crime de Ingratidão incor-
«jue foi nas mãos deste que se deu a catástrofe do Império. TI- Escreveu, primeiro a vida do pai, quase pode dizer-se, para rer na omissão de um só.
vesse a monarquia sido proclamada quando João Alfredo era construir o seu próprio pedestal. Começou desse modo a sua Depois da abolição, veiu <t
presidente da Conselho — e Afonso Celso teria ficado com a auto-biografia uma geração antes de ter nascido. queda da monarquia e esse re-
Republica. Quem lê esse livro, tem a convicção de que o velho senador tiro a que se referiu o dr. Teo-
Em todo caso, se isso são apenas conjeturas, o incontesta- Nabuco foi a alma do Império. Não descobriu o Brasil nem fez filoEuRibeiro. em são Paulo, que
vel é que o sr. Afonso Celso Júnior teve a coragem de romper a Independência porque Pedro Alvares Cabral e José Bonifácio tinha disse vindo agora o me*
com todas as suas tradições de familia e proclamar-se republl- com lamentável indiscrição, já o tinham feito. Quanto ao mais ato de fé nosfazer destinos io Bni-
cano. Foi muito mais longe que Nabuco. ele fez tudo. Com um pouquinho de coragem, Joaquim Nabuco sil: o meu ato ie esperança na
Na Revolução Francesa grande número dos mais ativos de começaria a vida de seu pai mais ou menos como S. Mateus evolução da República, o meu
«eus membros vinham da antiga nobresa, da qual se divorcia- começou o seu Evangelho, dando a genealogia de Cristo. Nabuco ato de amor, a esse iieal renrt-
tam. E é assim sempre, em toda parte. parecia a América; estar certo 8e que Deus so criara o mundo para nele blica.no que, apesar de tudo,
.. ,._,_,.*.. ... . criar só criara a América para nela criar o Brasil- eu
Quase que da vontade de ir ate o gracejo e lembrar que t* so criara 0 Brasil para neie criar o senador Nabuco. e só admi sempre fora o meu. mas que
assim até no céu. não fazia ato ie contrição.
tira que este nascesse, para que tivesse a ele, Joaquim Nabuco, fPalmas. bravos, aplausos pro-
Conta-se de um judeu que, tendo morrido e ido até a pre- como seu filho. lonqados").
¦enca de Deus, prostrou-se aos pés de Jeová. Acusou-se então Por isso, depois da biografia do pai, ele empreendeu a pró- En tinha procurado, des anos,
do que lhe parecia o seu pecado máximo: pria, no livro A minha formação.. por todos os meios de qtie a mi-
— Senhor, eu não soube impedir que meu filho se tornasse dispor,
Mas quem o tenha conhecido, compreenderá facilmente à nha inteligência podia na sua
cti-stão. admiração que suscitava. Porque tinha ademanes realmente se- decidir o Imperador, e, a vibrar
E o velho Padre Eterno, lhe disse, consolando-o: dutores: deixava-se admirar com elegância. Não tinha a vaidade ausência o
a sua Filha,
somente c
1 — E o meu? Pois ele não fez o mesmo? vulgar. Era um belo tipo todo de harmonia. Possuía realmente grande, golne que
trono nodia vibrar contra a í»s"
De fato, os Evangelhos contam a revolução de meiguice e qualquer coisa de suavemente olímpico. tituição que nós queríamos des-
bondade de Cristo contra Jeová, o deus áspero e implacável do Foi um bom escritor, sobretudo porque para o que escreveu truir.
Antigo Testamento. levou exatamente essas qualidades de ordem, de serenidade, de
T. guando a obra a qne <•«.
Essa é a história de Buda; e*jsa a história de todas as reli- meio termo, — não atingindo as suplimidades que os admiradores como (fí.-ísff, votara toda minha
giões; de todas as reformas religiosas, de todos os grandes mo- nele descobrem, mas nào tendo também nada de menos correto vida ficou completa, eu não rm-
ou menos nobre.
Timentos sociais. dia. senão multo lentamente,
No Brasil, muitos dos grandes chefes revolucionários vle- S?m, portanto, chegar à sua canonização ou à sua apo- quebrar o laço que me prendia
tam de famílias monarquistas. Nem podia ser de outro modo! teose, sem elevar Joaquim Nabuco a categoria de super-homem, àquela qne tinha sido a prinei-
.
Assim,
„ ,
o que Nabuco . nao
fez
- .
teve nada dessa grandeza , •
epl-, raj pode-se e deve-se ter uma grande simpatia por essa figura mo- pai colnboradora riesse grande
e fisicamente bela - ato narronal. /"Muito nem.
que alguns lhe emprestam. Foi uma ocorrência banal.
Quem faz biografias, mesmo parecendo conservar-se à dis- Bravos!").
tância, objetivamente, tem, na escolha de documentos e cita* Foi nm sentimento de pieda-
ções, o recurso essencial para dar a impressão que deseja. de, foi um sentimento de dedr-
Vagamente eu desconfio que, se alguém que conhecesse in- cação, mas foi também ao mes-
o ejef"
teiramente minha vida dela só citasse meia dúzia (1) de fatos, mo tempo, devo dizê-lo. po'"-'0
Aliás, como acima se notou, Nabuco, que declarou estar de poderia com eles provar que eu merecia ser canonizado to da desconfiança que.
acordo com o manifesto republicano, não o assinou, para ficar ,,„,„ „„„„ a„ „„„„ tomar ...
. _,„„ o_ livro . . _, , a pouco, foi cedendo a pro.'"*
porem, pena de_ d. Carolina ,. „
Nabuco dos fatos e sobretudo, à conwe-
i sombra do prestígio paterno. Divergiu com prudência, sobre ^ale^
™ •""""
un que era, no fim de contas, secundário...
ponto *• fazer i°m° uma obra ?e arte- E, cr" ta,s condl^f- 54em ° desei° dt* cão maior de que a forma repu-
compensações, sem favbr nem amabilidade, pode-se ga- bltcana tinha por st. no Brasil,
E' interessante notar que ele mesmo, fazendo a historia da rantir quc é um livro magnífico. a finalidade continental, por
Abolição, pôs no mais alto relevo o seu próprio papel, mas es- ser a forma politica de todo a
queceu o de Castro Alves. E, entretanto, em vão se perguntar* d) Talvez meia dúzia seja muito... Mas, ao menos, um ou dois nosso continente e ie que essa
a alguem se se recorda de algum trecho de discurso, ou de ai- sempre, se poderia obter... embora com grande dificuMada, tinatidaie histórica iestrnnia.
guma frase do grande orador. Mas não se achará entre homem ("jornal da Comércio" — 14-4-1929). uma após outra, toiat as ten-
™ v i, í. _

PAGINA 7)
l/i/l»« SUPLEMENTO LITERÁRIO DE "A MANHA" — VOL. II
jÇfc POMINOO,

CORRESPONDÊNCIA DE ESCRITORES:

Cdrtd de Joaquim Ndbuco a Medeiros e Albuquerque


JLa, /é.'/f0,
Au. _-«-*_/ r. «^ ^ - Julho 16! 1901

JWeu coro Cr. Medeiros e Al-


buquerque,

Eu quisera ugraúccer-Vte to-


das as expressões do seu riií-
oÀf^AL géU-O <3? Ájtfá^lo curso o meu respeito, mns pre-
JU tfláL^JWí
firo, pondo dc lodo esse rrcrho
giioíae /orçado, (não creio «ue
duuido da espon/aneiílíHle dc-
lei, /eliciíá-!o pe/a iorsucea da
/ormu e delicadeza de traço do
seu noi» fsíílo. O c.-íilo com
iodos nós quase tem tido uma
transformação ria vida. lima U-
losofia, a da experiência talvez,
e o sr. está entrando na regra.
Em literatura c preciso contar
com o dia tln conversão do Si-
cambro, em tiuc se tem dc r/uci-
*-*•¦
mor o oue se adorou e vice-ver-
sã. £m forfo o caso ceu-me
a
grande pra-.er ler, nm praier
que não era estranho a minha
qualidade ile antecessor e a de
¦Wn-Í*, w^-*< <*- confrade. Felicite também o
^ Machado por mim. O sabiá na
^ vái_«- A_rz» •*££•. festa de Gonçalves Dias
não
_Éju. JV-jk
£7 au*. cantou do palmeira, mas can-
(ou "touí de mêtne".
&Jl>, "**
^6 eJ^ &J* Assim parece que a nossa

¦A Academia vive e funciona fora


das nossas mortes. O que lhe
faria grande bem, creio, seria
darem-nos a nós ausentes, que
-W*'« __. <_£». _«-J^-ÍLI»'_VM somos tantos, o direito de voto.
/
Assim continuaríamos a traba-
# «ÍT -<a^X(. r^nj(lL-õ.ftO <* lhar por eia e com ela.
Saudades a iodos os da nossa
quarentena e creia-me seu
Afetuoso
JOAQUIM NABVCO

rU. 6*~ J2*pU~~«S • — **<&**" ¦*-»


f
mas não é só mirando- ele por sua espirito vez quisera também
fatalidade que Horizonte, O «uc vós, estudantes de Belo jovem, de sua própria acender o de seus ti-
Miras inúteis de restauração pon^o coníro a Po's* fazeis hoje é o que se no espelho tam- lhos e das novos gerações.
nu América. í"»""0 soh": ° os vossos camaradas dc conciência, é mirando-se nós que
fizeram mocidade Ahi eu sei bem que
.'¦'oi nesse espirito ao mesmo Felizmente, uma oulra causa, Recife, da Baia. do Hio de Ja- bem no coração da aparecemos nessas ondas d-e
íííiipo de respeiío ao passado e ie reconstrução nacional, não neiro c de São Paulo e isso mos- que ele pode saber se realmen- emoção, de simpatia, de inte-
lie «peronço no futuro que eu ,,; ^j demolição do onfioo «ii- Ira que a mocidade é em toda a te se manteve fiel àquele ideal, resse, em que se desdobra o co-
nm lentamente tomar o meu (,Cj„ imprestável, mas de cons- parte a mesma e o seu coração se conseguiu preservar essa par- ração dos moços, somos apenas
htmr entre os gue, sob os no- tnl(,f,0 gc alicerces sobre os vm só. te de si mesmo aue desejava tor- fosforescências do vasto oceano
ins i>is»fulções, esfão serulndo qwis „ /«furo do nosso pátria apa-
Srs.' todo homem deve am- nar imortal, se nâo deixar do tempo: mas já é um gran-
t causo do Pais. pudesse assentar para sempre.
bicionar ficar fiel, através dc da gar a clioma divino em que seu de privilégio, nesse mar imen-
apelou para os meus ""'","!"; ideal espirito se acendeu e em que so sobre o qual desce a noite do
Era, porem, preciso alguma
.-,.,<, pira preencher o «acuo tos de brasileiro e o ei«Iminhas estou sua carreira, ao seu esquecimento, ser a parte da
te thiha deixado na minha vi- dedicando o resto das ¦^^^W^-'^-'^^^^^1^^^
vaga que um instante iluminou
.,i a campanha da abolição forças que, vedes estão com exaus o reflexo divino da mocidade.
apoiados ) a
senhores! Quem não conAe- tas ("nao ""*""° ("Palmas, bravos e aplausos
eet, o Brasil no tempo da es- mesma abnegação, <> "»"»•- prolonpados").
r-oi-idío. puem não tomou par- tfesinferesse. a mesma Deixai-me repetir o que disse
íe nessas lutas, não pode com- dode de coiictccoo com (jue eu aos vossos colegas; as mais be-
preender a força do sentimento seni a causo dos c?crn00s' Ias palavras oue Mr. fíoot pro-
nvt animava aqueles que que- Não preciso *ff;-l™*í""° feriu no Brasil foram estas que
riam apaaar paro sempre do res. que se tratada «vranma Estados ele disse aos "W estudantes de Pe-
rtmva da Américo o nédoo da rflo entre o Brasil e os enlre a< trópolis: — o espirito da
escravidão Unidos; de procurar dele mocidade que governa as na-
Era um vácuo muito difícil duas maiores Republicas ções do .Vovó Mundo". ("Mui-
'
lie encher e en procurei fazê-lo. hemisfério, uma ",'«'^""" morena jaMf- .. > ^MyJSL-fatatj a,- Ü!^ m to bem! Muito bem!'"t.
lançando nele tudo quanto mi- um acordo que as faca'¦ Este Estado de Minas, cujo
r.htt inteligência podia produsir semme luntrts e aiu »''™™"'¦ a grandeza ainda não está sequer
de melhor cada vez mim. o Brasil dessa desenhada, este Estado que en-
. cinco anos, jí riliarnção o qne se referiu o pri- cerra talvez o melhor do futa-
Durante posso dl- "'"'"
*• ggr
M e e c0m0 ucm ro do Brasil, precisa insvirar-
re'. atastei-me da cansa poh- ,(psíinada a ser naquelas palavras
tica para consagrar-me a essa ""' ''¦' se sempre
o'ira de piedade filial o qne os ¦ cwi.ua. ,,,*„;,,„ „„ ,,„(„r0.
itu «u %:t ^i de Mr. Raot.
«radares tiveram a bondade de São estes, senhores os sen- ¦z r.
S
O que vos desejo a todos, mais
*- referir e que me cabia "P"?
que não era ontrn timentosresvosta do oue tudo. para o maior es-
a sua s""d°<™* pJendor da nossa terra, ê que
.-.so senão o deseio, a necessi- sar cm
doíie de louvar o meu Pais. nos Uma voz simpática, Porem' mm conserveis, através de toda a
teus homens e de fugir à obces- falou em nome da ™""<">«* vida. este mesmo esrí'ito de
tão dc só enxeraar, o lado ne- eu não posso desconhecer que t mocidade. que na pureza des-
fo dos oconfecfmenfos. de sé a mocidade que de norte aosm tes ares e na luminosidade des-
procurar os maus agoiros para me tem levado, pode-sc assim tes céus parece ainda mais pu-
e rorte do Pais dizer, na sua onda vitoriosa. ro e mais luminoso.
Ptra encher esse vasto pro- As manifestações que eu te- do Senhores! Eu vos agradeço
«'do era preciso «mo eouso nfto recebido síoman do que a "Trazendo •enm ae de nov» io Porlomílifo o seu leo.t.mo depuíodo eu vos hipoteco toda
"5o orande. do ponto de nisío insta remuneração da ansteaa- t S' distritos, a briosa Provincia de Pernambuco, dá uma tre- acomovido;
j.
minha gratidão. ("Prolonga-
lecionai, como tinha sido a de com que sempre procurei dar "ftê/e" vienda Uíúo oo* iieowjrns ifo câmara, representados pelo »« salva ie palmas, bravos •
de 13 íe Junlio da
catf.n da abolição. à causa da civilização brasileira Toa "Rcvist. Ilustrado'-, Ângelo AgostM,
aplausos díHranteaj").
I<(a fora uma grande cam- o maa máximo esforço.
' * * * J "
._„,_ ,,!,,,,,,,i,,^,„„,-.,„,,,.,.-: ,.o,Wo-r-o;,.^i.^rTWS»!flS»«SWt-W,:'.,*K^*"

. .„ n. "A
... MANHA
«.«na» — VOI<.
voi DOMINGO,
-•*-* M/K $%
16 SUW-ISMENTO HTEBAMO DE
PAGINA

JOAQUIM NABUCO,
E O PAN-
A EMBAIXADA DE WASHINGTON
a sorte do ítos- fazemos aos seus capitais e fa
qual seria
imbem sem política suas indústrias, que se assegu-
? ££££ mZt coT pS,^ Tpaísjambcm Sales, na ram melhor pela paz."
^TtYaZ^BrlnZ "inJroZexlefior S^^ sucessivo 'us visto a uma externa E a Campos "Ml-
!r" na habilidade"on consiste na lisura, i.ano cama dos seus predeces- mesma ordem _ de idéias: _ ,_. _„ de. poliliea. et.
Tal„. programa
¦w,
Alves, Fk, n'est
que «... jamaüti on «^es^tssa
pois </.í.-l. ai- altura
„ nha impressão éè que para
>iha todos
todos terior foi traçado há 20 anos
SrAS deRodrmes a legação em sément trompé^mjuand V o^ são histórica fl,
nmaressão
da Europa e da Ame- Sc ainda vivesse o homem, d,
Nabuco «g»=. (j0 ^JVÍ^MeW
aos si(cessores paises
Ztres". TenZl^rSêncl residência songe tromper les autres" seapUcara «oos
™gem%TlesZt?£. «<c™o tende Eiõ^oir é cerfo
agradável. ii Ele
Eie AA lhaneza
jJianesa e integridade
integridade de Presutente a sobr(!plt)ar os nodo aI(erBrte ,„„„,„ á
lhe seria * mais - '-¦" nabuco, --" tanto "**"como " os •""" ias
"' seus ias- mflis esta- rantagens da aproximação com
conhecia a Inglaterra a fundo, na cinantes predicados mteletuaa ^nTslracãfé
m™ <* mie data d época problemas internos e gue uma epo- Americana e do pan-
e a amava na sua literatura, „mue americano co- mos caminhando de todos eles para „ [/«jão
a paisagem histórica, nos seus conquistaram >"•***•• rapidamente a em que sorte americanismo, pontos cordial»
na sua impo- opinião americana, -
O - ¦:---,-
Presiden- meçau a elevar-se acima dos ca em que a tem ser afeta- de toda externa do Bra-
mstumes sociais, „„,„, „„T„p, nacionais do mun- sem exceção que política
nente tradição política. A ba- te Roosevelt, convt conversando pela ant'^^ò que tiver o con- siI „ gue não falte sensatez »
ssr-ssfsísar--^f-íSiSzr^^^r^-,**.»--..,— **. Plicit0ãnmar,CT(reta(0, do tescoem^e
poderia ser obra da pela solução
parti- filio ie influencia
— „ at,^de forcas c„
e preponde- previdência.

elennçeberiado rnesrno ™
IVre?« KK lon- X3&/SS Nao !esV™*™0™ "Vo £=
feria uma nota intima de "Mi- b:ms,l
terpelado de Nabuco
^^ fica- anca. o Imperw Britânico, e A (r édia de 19u mcl
em Pois procure wgo v¦pres«*7io
ga ressonância" diz"asele suas ex- conhece-lo» disse o P™™eJ"£ £",&£
m^ dmitrina ie Monroe-
Essa no "
" inter-independência das
nha Formação": WM»»»»" "^ politica, ele a define, * 5es se es(re,íou „ tal po„.
tensas campinas e os seus oos- "porque naci haJW1 mais Mere^n- EmV™P /9fl, pTOp5e-se „„ parla- discurso do Cassino Flumtnen- ( mt os omma, e ,
quês, como o tijolo enegrecido pe rsonaidade io personagem J tação se
{ Esío(jos ,„ Mimidaie cordial com ^idade das civilizações o,
das suas construções: o movi- teh O interessera«™ «9™™_ ™»™ ° ^.^ acresf(r„.
mento atordoaior de Regent v,nha dosuase. imen. ^ „ imposfo ftra. íand0-;fte o pan-americaiusmo „ fajr ia „órbHa separada" m.
Circns ou Luágate Híü.comoos vel, da vounc^ -» de exportação
da sfleiro ¦^j-^j
recessos ãe Kensington Par*-;_a tistica.Jiteraria e ele tinha ^-- 0 rónsum*)- Eüft» Koot e que pela confun- em „,„ ^sencia se jogavam os
sombra ão arvoredo secular; os compreensãoAméricas que
no mundo do- americano. Grande é ção desses dois entusiasmos mi- seus destinos. O nosso Brasil
seus dias quentes deverão, quan- papel das Brasil. Nabuco mui- litantes sai da modorra em que joj arrastado à beligerânàa e
debaixo dos da sua peregrinação pelas Unt alarma no
do o asfalto amolece tiplica-se em diligências para hibernava desde o fim da ges- s(j nga snfreu prejuizos ie san-
vês a jomuyems*
folhagem cobre de vesidades a discursar num m conjurar
se <.^.o o perigo, representa tão de Blaine.
pes
* ',__
o
„-
ar tem nnlnr seco
*nm or, calor nlps rlfl MaCaulO-V sobre
j.. oJesJe^Macanm^^soo^
spm ^¦.""•~-^-~í{-vl, SOOte 00 Bm-
gue porque a divisão naval
poeira, e sua ^ histã ofic'jalmente a0 Governo, ve sen pensamento, e que essa mandada para o Meáiterràveo
das termos, como os seus deli- sil. os seus: homens, a a suas as Deputados e Senadores ou es- orientação "tem uma vanta- cftep0[I a Oran no dia do ines-
ciosos dias de Maio e Junho. rie. os seus destinos, creve-lkes, declara-se pessoal- aem, a maior de todas as yan- p^-ãdo armistício. Não vivia-
««ando as mais ftds Janelas pimço«. « obeá eeenão ao rm- -^^ ca--saperanti a "pela opi ^—* „„,, possa ter qualquer ^Vemlaço político com a Eu-
em jardins sus p.,,sc P«™"c0 '
se transformam temas
%™s ra_ niio ^ mMca ie seu pais política - a de nao ter alterna- ropa? NSo nos reputávamos
pensos, e asijraMeíicestas dos parecia fardar ^ ^ ^ Bft) ^^ fl tg nio da ^ ^^ ^ sm ^.^
Tr?TJn<as suas wTLttesnoites iei ie luar Z7lr^Teãmon7anas eamon enge- existia quando ele chegou fl ao0 gue se possa dar em lugar dela. , Scm embargo, a conml-
jacintos nad(( se /ftg b ,.,. ^ ^ con(orm, „,
cite íasitam Parfc Lane parecer ^ermcias nnnsnmente cam,umas *¦
PcaríMa ínir, porque a política do iso- j0(J0 e n0 sangue durante aua-
mC àS "TnnZiTum vm em carta De ^^outra vez são as rcíações lamente, não é uma alternativa Z anos, nos" custou, alem d»
sua rua de Vf^f.umfeeho Fsta exv.ieacao vem
Trecho ?*5 ^.^ g ^ !)fls((lr,.(, pRr os ,me„s0, g proprieriadeS|
risco de rufara, prejuízos imensos, que nem to-
aqui dos Lvsia- por motivo da reclamarão Al- dos podem ser avaliados. As
Grn-n Pari- vam a~iluminarão propàaandMà peia Europa o maior carinho, a rendas da União caíram., em
VtSnS %?í maior .«.dão, a n^lor a,,, conseqüência da diminuição das
£!ÜL\£r£!íT.2% rfãa^s^n^XeTtXi S&S importações, e fomos lorrmios
a suprir a falta aumentando a
os seus dias escuros ãene- partia, mm asma^ dezoito
...™. ace.ir,
~~-~. sob pena de rutura, dos a doutrina da orbita sepa- dhnda pública em mais dc
com ^ ^^ ^ satis_ -^ g ^.^ rfn cmW,ent '-ll-i^0^e"-^tos"soV'for,,,a ie
voeiro. que 'nem en não teria então nações. lord-Brvce. então Em- facão apresentadas pela Secre- americano é um dogma pelo et moeda e emissão ãe apó-
frnrnrin azul do Mediter- nós" O cor- qual todos os americanos esta- „
t7,Z nen nela Jre-ado céu Taixador da Grã Bretanha nos faria de Estado. prazo
™loC mil imigrantes
Lo le "o T^eitTaefsateoV- -'^"5= tng^loZo^aTeZetlsZ çninhentos

SSlSSb Bv^sb±aãVr^s SãfSpr= eT ssrwrs r^Jtç&s^


7?''Ssrftfameníe para a deHcJos m Stw°síi™s. ren- tavam prontas para a partida um continente votado á paz. cadorias estrangeiras, despen.
«^i^n^a J^aVaturaeiara des uma maestria de nossa lin- precivitaia. segundo lhe o "cosia- E- um beneficio que nos faze- demos a mais em pura veria,
ne, Tan- í," despertaria minha in- me bárbaro" como chama mos.ás populações gue vêem cem cem milhões de libras estoll-
Tfederação Sn »'«-."« *»«rf» «>" "ont. ,a já „„„, crescer, desenvolver-se e nas. ao mesmo tempo que per-
aqui cre
americanismo e, partieiúarmen- veja. se o sentimento da'ínve- Nabuco Sucede que Root.
te. na estreita inteligência io ja pudesse se conciliar com coi- ria, então exonerado da chancela- prosverar: é um benefício que diamos pelo menos outro lana
Brasil com os Estados Unidos. sa tão encantadora". Nao e so vem a Washington entre
um programa tão necessário a propananda imediata do Bra- dois trens. Nosso apela Embaixador | - ¦!:;:!>ss»sj;.ss5j|;s;í;;:. ; v,.;;.:;:'.í.; *¦:¦ ¦¦¦¦^¦~. *. i-;;, ;;*;..:>:,;. ?«,
::\;|
para a f
.JIIliM*!ífór '¦¦7^'Mák$£&&í:-
vm seus pressupostos quanto sil que é feita nas conferência*, em carta premente
mais intervenção do grande amigo, a
larao cm seus desdobramentos universitárias: um efeito
Seãwido no seu patriotismo, remoto, e porventura mais pro- quem mostra acomprometida causa ia pan- >¦<¦*¦¦
no
Í
WalHico respondeu ao convite fundo, há de resultar, como Na- americanismo,
ministerial, drendo a Rio Bran- buco informa ao ir. José
CO que se algum dia quisesse fa- los Rodrigues, escrevendo-lhe:
Car- incidente,
sos ie
e
Camões:
termina com os ver- lIlKimi5-f^;v*iiZ.;.: WWMrSXçr:. 7:n
mgg^titW^-rr-^r*1^ i ''r,r.':r:r^~3;w;~r r^
"Vim encantado de Vassar e
zer uma política verdadeira-
•menfe americana o mandasse Cornell. Em Cornell fui hóspe- Acóde e corre, pai, que se nao '
para Washington. A ocasião de do Presidente Shurman, áes-
não fardou, e togo em 1905 ele dos espirites mais notáveis
me
um
ufano
[corres
Pode ser que nao aches quem
Tsocorres.
§M'Wr'!'::rt7kM *-..7í *
inaugurava, na capital norte- te pais. com quem
americana a primeira embaixa- ie ter leito uim hoa amizade
lia do Brasil espiritual e política, no sentido
O novo embaixador entra arístotélico da palavra. Ele me na a ver o secretario
Horas depois, guando ele tor-
de Estado i£^Mí?0--y-.-'iip. ¦* * '*S:4:i ¦
nesse posto ie imensas respon- asse que estas minhas visitas Knox, encontra a atmosfera
tabilirlaães na posse de todas as ás universidades e as amizades muiaia. e quatro dias poluídos
aualidades para o êxito: o'ma- que formo com os modelaiores o caso era entregue Reia composl- Eduardo
pejo perfeito da língua, o co- tia opinião esclarecida do país ção amigável do
nhecimento anterior ão pais. são o melhor meio ãe aproxl- VII. Em carta ullerior Root
seus extraordinários dotes ora- mar o Brasil dos Estadas Uni- esclarece a felicidade ão ãesen-
tórios, a freqüência com os que ias". lace dizendo "grito a Nabuco que ou-
deles se serve para ineulcar em Quando as circunstâncias vira o seu da Macedo-
todas as ocasiões apropriadas o permitem, é ao grande público nia" pouco antes de embarcar,
conhecimento do Brasil, de que o Embaixador se dirige. As- mas a tempo ie procurar osairá se-
pronto lhe grangeiam populari- sim, no jantar à oficialidade do cretário cie Estaáo, e que
daáe admiração e autoriãaãe. Benjamin Constant, em 11 de da conferência com a seguran-
Pira esse resultado concorrem Julho de 1905, num brinde pro- ça ie que a questão chilena se-
sobretudo a sinceridade e per- tocolar ao Presidente •••¦¦'•-- da Repu- ria solvida sem dificuldade.
feita boa té imprimidas a todos blica. que suscita no diado imedia Estes dois casos revelam em
embaixa- to este comentário "Neto Nabuco aquela faculdade de se
os atos e palavras do "O "no tempo, nos luga-
dor, pois não há suposição mais York Times": — discurso inspirar
errônea do que esta tão vulgar, foi tão significativo quanto in- . r;s, nas ocasiões, no tempera-
oue diplomacia é sinônimo ãe teressante. Não se poderia en- mento e no caráter dos ho-
engano e intriga A TaVeyrand contrar expressões mais felizes mens". faculdade gue levou La
o mais famoso áiplomata ãe to- do que tez o anfitrião do seu Bruliére a qualificar Proleu, o diploma-
dos os tempos, atribue-se o con- discurso propondo a saude do ta de Cameleao e mas
"e combinando um não é senão o tacto t a pru-
ceifo cinico de que "a palavra Presidente vigilância,
foi dada ao homem vara dis- elogio pessoal a um tributo na- dência em
simular o pensamento": mas a cional". E'"uma perfeitamente ver- Esses são frutos do seu crédt-
autoria da imoral "houtade" de- dade que saude ao Pre- to pessoal e ãa sua habilidade:
ve ser posta em dúvida: — foi síãente é tão impessoal quan- mas a grande tarefa que o frá:
o mesmo Tnlleyrand quem enn- to a saudação à bandeira". E ava.Washington é mais constrtttl-
merando as qualidades essen- ns observações que sc seguem a tadosA Unidos aproximação com os Es-
ciais dn diplomata, ao fazer no sia são igualmente exatas e e o pan-america-
elogio ãe marcantes. "A presidência ame- nismo parecem-lhe uma politi-
Instituto de França o "elas o Brasil
Reinhart. notou nue po- licana é uma eminência que se ca necessária
"Sem exército e para
„,„,........,.....„ se
dertam ser insuficientes — - vé cada dia subir. Não notais a sem esquadra
boa fé não as socorresse com diferença por que ela se eleva que se pudessem Proporciona,
vma caução de que auase sem- convosco. porque a relação en- ácreve magnitude , es-
Nação per- ele a W«oJo problemaPeçanha em Joaquim Nabuco em outro retrato úa velhio*
in necessitam" Afinal, a ta- Ire o Presidente e a
' 1 --:¦¦ /vv:¦;.:¦ ¦:¦"¦"-¦

77
Wim SUFLUMENTO LITERÁRIO DE "A MANHA" — VOL. PAGINA
DOMINGO,

Bll. ^
DIPLOMATA Raul
"ernandes

AMERICANISMO "'
Vcla, cC,..
sacão do afluxo do ca- os paises podem ser admitidos In o Testamento nem
antes da e que a todos oferece um mini- meios
mais nem
ão que como obra de
ÍÍ^ÊÊBÊÊÈ'
'erarQXiéu que
*¦¦¦¦- — "-"** es
pitai
„ importado em esca- mo de segurança, senão contra Satanaz. Mas devemos nos
¦scente. O custo da vida. guerra, ao menos contra foiçar para que seja reexaml
k inopinada. A opção nada a fundo uma questão de
de 100 em 1912, subia a guerra
qu, era 1920. E quem pode horje não seria entre uma poli- tanta transcendência como essa,
em *ie.a pacífica com a América • de tantas e tão dilatadas con-
i°"""1L
valor extensão das
e~„fttnde
calcular
" guerra e uma política guerreira com a seqüências, e na qual o nação
repercussões BrasjJ iepois Europa, e sim entre o isola- se compromete em rumos irre-
"" vogareis, que talvez sejam /u-
*"' ^nifco m conseqüência do caos mento continental e a associa- nestos.
em que a Europa se ção mundial para a paz; isto e,
'Xir o regime que faliu em A objeção da abstenção noi-
há dez anos? entre
1914 e uma organização fundi- te.americana é sem valor. Os
a\ amizade com os Estados da paz, que não suprime nem Estados Unidos
rf , e"0 pon-americanismo ca dispensam as
-Xastaram par nos preservar anula a doutrina de Monroe e, mutuas garantias do pacto de
"'
»i»Vsaáo do mesmo modo ao contrario, em parte a absor- varsailles poroue se reputam in-
no luturo seriam impo- ve e aperfeiçoa resolvendo algu- vulneráveis, sendo hoje a nação
ffic» contra a renovação de mas das .incógnitas que ela en- mais rjm e poderosa do globo
a América Latina seu governo, aliás, está
i fi/s calamidades. A primeira, cerrará para sem
t' \c-am os selos que receba e enquanto permanecer, como ate compromissos, mas não ausen
uma segu- agora, uma doutrina de politi- te, nem desinteressado fora da
V"n,n «n receber será norte-americana, América. O plano Dames foi de
contra'a agressão dire- ca puramente interpretada
, rim exército desbarata-se. so definida e pelos sm autoria, certas estipulações
Por outras pa- da paz de Lausanne com a Tur-
itXcsauadra põe-se a pique Estados Unidos. "
uai a nenhum poder humano lavras: o monrmsmoa Sociedade continua quia se ajustaram, com seu voto ¦ — \- ——* ¦«,=
u„in tevarar da causa os seus necessário porque preponderante, c o estatuto dos jgrf-
e a lição da grande das nações ainda não suprimiu mandatos coloniais sofreu sua
V'"'» mas na medida em çorrigenda. Esta politica, não a
erra c oue um conflito lon- a guerra; impedir a
a"! n!n Xainda que sc. desen- que a Sociedade Estado extra- faz quem quer. mas quem pode
i,"mo sem lesão de direito nos- agressão de um nação
Esta e outras questões da
1917 continental contra uma atualidade precisam ser apre-
so, cr não foi o caso em mesma medi-
uualauer que seja o seu americana, nessa causa a inter- ciadas com o sentimento i
de ?JT" __ pode representar da tornara sem negação, de simpatia e
Pr ani mais ão que uma venção dos Estados m.as Unidos, cer- ponsabilidade aconselhado por
pi. em si mesma, incerta Nabuco, em ocasião análoga
gr e batalha perdida ta "Todas as alta:
,,,,„<o aa pan-americanismo, nas suas modalidades e condí- quando dizia:
Roosevelt e seu grande e Junções políticas, en-
.«.o» lhe nega a força be- ções. ministro Root diziam,
posições
e ver- tre nós, seja do governo, seia
nruva de expansão para a pa: daae, a doutrina de Mon- da oposição, seja âa imprensa
continental c para a coopera- que
roc. acarreta mais devores do teem pois dora em diante que
cí,-, econômica e cultural nas nor- ser aceitas sob a impressão ão
/mc-icas Cumpre sustentar- oue direitos para a Umao
o programa e desenvolver te-amencana. Mas éigualmen- terror sagrado próprio dos que
ll os deveres, so- elaboram os destinos nacionais
iodas as suas virtualidades. te verdade que
internacional, cm uma época de crise e mata- Túmulo de Joaquim Nabuco, no cemitério de Santo Amaro, em
M infere fer em si mesmo a li- bre:udo na ordem méis Recife
Xtacãa territorial intransvoni- imvlicam o exercício dos ção. E' este o tempo para todas
ílei nc nunca noderá aspirar a indispensáveis. A lógica e a ne- as imaginações sugestivas e
,-:'rnair em ornanismo que z-^c cessidade
'X,
elementar o exigem,
mniinenie no ultra-m-i' independente ãc qualquer con- todas as dedicações e sacrifí-
criadoras se aproximarem, para
AS CAUSAS DA ABOLIÇÃO
Xnuavtnvrevalecer nos Esta- sideração política, e ninguém cios se produzirem, se quisermos da
do que os publi- salvar a honra e os
d.Tunlsa doutrina d™ mno, melhor o sabe
' "mcWca
Urre dado rue toda organpa- cistos do grande pais
onde se nossa geração, a qualcréditos velo a ca- NO BRASIL - Joaquim Nabuco
construiu a teoria eonstitucio- ber uma hora de tais responsa
--
ça com esse obietwo
e. dc nm lado. o laço Mer- nal dos poderes implícitos biliãades". Poi esseNmenso bloco que atacamos em 1879, acreditando
deu
nc entre us repúblicas amenca A opção. de. que falamos, jà gastar a nossa vida sem chegar a entalhá-lo. No fim de
O civismo tradicional dos
bra-
. de nutro lado, o laço ex- foi exercida pelo governo sobre paulistas, alem do seu ínteres- anos não restava deste senão o pó- Tal resultado foi devido a
tnno oue. discipline as relações sileiro. Nosso julgamento muitas causas... Em primeiro lugar, à época em que foi lan-
se imediato em alguns desse:
tio seu agrupamento com os cia está subentendido em auan- cada a idéia. A humanidade estava por demais adiantada para
problemas, dará sem dúvida
lo acabamos de dizer. Não in- sonora repercussão a este outro
que se pudesse ainda defender em princípio a escravidão, como
prr-cr. jmo americanos. mats
Joaquim Nabuco tinha^razâo culcamos esse juizo como o haviam feito nos Estados Unidos. A raça latina não tem
"grito da Macedônia" com que
seu tempo, quando a òriiêm avisado, e não ignoramos quan- nos adverte e exorta aquele de dessas coragens. O sentimento de ser a última nação de es-
¦oncin se baseava no equilí- to se pode alegar contra ins- cuja gloria podemos dizer, como cravos humilhava-nos a altivez natural a todo país novo. De-
"que
hrio instável das alianças mili- tituiçâo de Genebra. O juiz Ru- ele disse da do Imperador: i fraqueza e à doçura do caráter nacional, ao qual o
(•Ti Mas as circunstâncias therford, discursando escravo tinha comunicado sua bondade e a escravidão o seu
o ano substituía no pensamento de to-
mudaram. A paz de Versailies cassado no Congresso da -As- relaxamento. Compare-se nesse ponto o que ela foi no Biasi.
dos a idéia da morte, que ê tris-
d"u origem á Sociedade das Na- sociricão Internacional dos Es- te. pela da imortalidade que com o que foi na América do Noite. No Brasil, a escravidão
ffc». esboço rie organização iu- tudantes da Biblia". descobriu radiante" é uma fusão de raças; nos Estados Unidos, é a guerra entre
ridica internacional, onde iod,s qne, ela foi profetizada no Ve- elas. Nossos proprietários emancipavam aos centos os réus es-
("J. do Comércio" 1-7-1927)
cravos, em vez de se unirem para linchar os abolicionistas, como
fariam os criadores do Kentucky ou os plantadores de Luisiano.
A causa abolicionista exercia sua sedução sobre a mocidade, a
DOIS TEMPERAMENTOS: imprensa, a democracia; era um imperativo categórico para os
magistrados e os padres; tinha afinidades profundas com o
Kl X)l..,^;r= I im* Barbosa Lima Sobrinho mundo operário e com o Exército, recrutado de preferência en-
Jodquim /Nabuco e L///ve/ra uma- ,„aAca.*™»11™..*.-»)
tre os homens de cor; operava como um dissolvente sobre a
massa dos partidos políticos, cujas rivalidades incitava com a
Oliveira Lima informa, nas política diplomática. Dizia ele deixa de tornar-se útil à sua honra que podia conferir aos estadistas que a empreendessem,
suas "Memórias", que era ain- que Nabuco, antes de ir para própria nação, pois que compro- e à o sacrifício
própria dinastia inspirava de modo espontâneo
da criança, quando conheceu Washington, não esquecera o mete a_ eficiência de sua repre- indispensável para o sucesso. Cinco ações ou concursos diferen-
Joaquim Nabuco. Aos 15 anos "banho latino que, nas suas pa- sentaçao. _ o resultado final: 1.°, a ação inicial dos
escrevera, a respeito do aboli- lavras, tomara nas termas ro- Oliveira Lima nao se detinha tes cooperaram para a opinião
espíritos que criavam pela idéia, pela palavra, pelo
cronista, um artigo "palpitante manas durante a sua infeliz nesse argumento. Destacado na sentimento, e que a faziam valer pela tribuna do Parlamento,
de simpatia", e que lhe valeu, missão a Roma". O próprio Venezuela via o panamenha- "meetings", pela imprensa, pelo ensino superior, pelo pm-
em 1887, em Lisboa, a visita de Oliveira Lima confessa que Na- msmo sob P"sma completa- pelos a ação. a força mecânica dos que tra-
"ficara
..-.-.- a animosi- pito, pelos tribunais; 2.°,
mente diverso, .,dada„_*mi,..
nbuco. Nesse tempo,
Nabuco. buco. em Washington,
temDO. Oliveira buco, taram de destruir materialmente o vasto aparelho da escra-
Lima não completara ainda 20 foo American, como em Lon- dade que havia nas republicas vidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 3.°. a
anos, e Nabuco andava perto dres foo Brilish, na Itália foo hispano-americanas contra os ação dos próprios proprietários, que à medida que o movimento
do« quarenta. Pode-se dizer que Roman e na França too Fren- Estados Unidos, ainda presos as se
precipitava, diminuíam diante dele as resistências, libertando
a amizade entre os dois escri- ch". Não havia, pois, o propó- tropelias de Teodoro Roosevelt. em massa as suas "fábricas"; 4.°, a ação dos estadistas, repre-
tores pernambucanos, firmada sito de vincular o Brasil aos in- Alem dessa influência, dever- sentando as concessões do governo; 5.°, a ação dinástica.
nessa ocasião, continuou inalte- teresses americanos, mas uma se-ia contar com o tempera* As duas primeiras categorias formavam círculos concêntri-
ravel por perto de dois decênios, orientação geral de ação diplo- mento de Oliveira Lima, quasi cos, compostos como eram em grande parte dos mesmos ele-
apreciação
Quando não houvesse a convi- mática. Cheio de simpatia hu- sempre unilateral na mentos. E' a elas que pertence o grosso do partido abolicionista,
•»'nria, identificava-se de tais latos "leaders" do movimento. Para colocar cada figura no plano
nas cidades em que por mana. Nabuco
aeaío se encontrassem, basta- com as nações em que servia. Se Oliveira
{ Lima ficasse na os
^,„r,~ t,„ir, cprtn que lhe convém com seu tamanho relativo seria preciso outro
rw. para conservá-los unidos, o Seria injusto dizer, entretanto, tese geral, visto na luta e no esforço cada um dos veteranos
apreço intelectual recíproco e a que essa identidade vinha mesmo que:nu fo&e juiz. Tendo
^"am*n*,-cef™.
eu não me perdoria a mim mesmo a menoi
campanha,
correspondência foo American naJ<rnezuela_ dessa
çm Convinha
intima, que prejuízo dos deveres do d pio- ele das injustiça involuntária que fizesse a qualquer deles. Dissentl-
entre eles se manteve, durante mata para com o seu próprio Coordenando os excessos mentos profundos me separaram de muitos depois da vitória,
toc)„ esse período. de fluas atitudes:.>. de Oliveira Li mas o espírito que me anima a respeito de
país. Nabuco nunca deixou enteia de imparcialidade
Nabuco era embaixador em ser profundamente brasileiro, ma e a de Nabuco, a cada um faz parte da lealdade, que acredito ter mantido per-
Washington e Oliveira Lima em todos os postos ocupados no ria bras.lei ra continua na a
feita durante a abolição para com todos os seus auxiliares, os
ministro na Venezuela, quando exterior. Pode-se,^^isso^per- Z^^dltoZpoUti^di- da
==aram essas°relâçõe"s de"£mi- de nossa politica di- primeira como os da undécima hora. Não farei tão pouco
ÍÍntaí'seaqüela"simpatia maior pendência Rio Branco, o Livro doiro da grande propriedade nacional nessa questão.
Na categoria dos chefes políticos posso destacar, porem, três
"esse ròmítae"nto"lol Nabuco'e teta co"mõ~um""fator de êxito aliás não deixou de fazer O estadistas
o motivo dessa atitude serve do c^um»f^aTeri- que prestaram ao movimento em épocas diferentes,
para a missão diplomática que discurso um concurso decisivo: Dantas, que primeiro colocou ao serviço
pôr em destaque a profun- ele exercia. O que seria absur- tura da c°"fe^n"ane^a™"b'„ dela um dos partidos constitucionais do pais, o liberal, serviço
fia divergência,
"n do R>°™0££ei£' irlandesa: Antônio
ou auíse In- do, e incompreensível, e que cana „°0US^ da ordem do que Gladstone prestou á causa abolição,
compatibilidade dos dois tem- Nabuco fosse foo Brltish em definir a dc São Paulo á quebrando
P-ramentos. Oliveira Lima, que Roma, ou nice-nersa. Ministro ^tude, como o reconhece^ o Prado, que retirou o veto
^""^.X,."™^ do Sul, a porção mais
assim a resistência até então compacta
«tava na Venezuela, achiva ou embata- próprio rica do e João Alfredo, que levou o paitido conservador
plenipotenciário, pais.
Nabuco exagerava a ten- dor. que se não mostre multo «»toria ^^^Pan\mer\- de seu_ livroJ»anamen
a apresentar a lei da extinção imediata.
JVe
dencia panamericanista de sua amigo do país em Que «eive, (Continua na fóyina (0)
".\ MANHA" — VO«- « DOMINGO, %IV%f. JÜ?^
1» SUPI.EMf.NTi9 MTHMMO DE
PAGINA

JOAQUIM NABUCO E
0 MILAGRE DA HARMONIA A PAZ NA AMÉRICA
de Atnide No ano de 1898,
"El Diário*' tas contingências e azares que
"" (Da Aires publicou unia a experimentavam,
(Trecho de d\
O) TristãoAcademia Brasileira) de Buenos
agudos Por outro lado. nao devo en-
com série dea artigos muito de um cobri-lo, o Chile que eu nuo le.
•Sibwo foi o maior milagre pirito todas as 3uperloridades. mais admirável equilíbrio sobre possibilidade
.-mon*. de -.o*, história, em seu »» conflito, que havia quem disses- nho a fortuna de conhecer, co-
C" eXPÜCar&mUs: ^ii^Vu^^vrrno f^°^\™*ll oZ^XSrnT™ em vésperas de irrom- mo conheço o Prata, e do qual
espeto inquieto e dissociado seoerestava entre «a nArgentina e «.ntnli o Chile, me falta ássm a equação pes-
ra dessas, que per en...e .-_ soai, captou o nosso reeouíie- recni.i...-
Como explicar que esse tipo Joaquim Nabuco loi então clmento pg^ amlzade que rua
incomparavel de aristocrata, pu dado como sendo o autor des- tem mostraqo nos últimos vm.

Iniciação Política -hpii*"


desse dar todt o seu esforço pe ses artigos."El O grande escritor ^ mos amlzade que ele cuU
Ias causas mais democrática;?, enviou a Diário", para re- Uva mm a varoniiidade e a [ir-
sem que nunca uma nota dis- lutar a autoria desses artigos n|Mm de uma ^m^ nacumal
paratada surgis.se dessa adapta- a seguinte cartas aceita e praticada por todos os
O acontecimento que interveiu no meu destino e me lançou meu ção? "Meu ilustre amigo. Consln- partidos, ssm tais condições eu
sn» política com toda a liberdade de ação foi a morte de Como explicar que um escrl- faça pelas mesmas "ato n^0 terja nunca escrito os ar-
pai em março de 1878, ano em que serei eleito pela primeira tor cujo estilo era todo clássi- ta que eu
colunas do seu jornal um ti803 qUe me foram imputados,
v»-'deputsrdo... Ele morreu a tempo ainda de assegurar a ml- d» co. cujo temperamento era todo heróico" declinando a autoria do Brasil, tratando-se
til>a eleição, qua tinha ficado resolvida entre ele e o barão europeu, cuja obra se distin- dos artigos publicados, sob o porque de uma guerra possivel entre o
Vila-Bela, chele político de Pernambuco Souza Carvalho, o qual guia tão vivamente de sua ter- meu nome em El Diário, custa- seu antig»i aliado e o seu novo
muito impugnou, depois d« morto meu pai, a minha cândida ra. até mesmo por vezes, pelas me com efeito, afastar de mim amii;o. não deve partir a eu.-
tura íoi a Vila-Bela e, referindo-se àquela morte, dissera-lhe línguas estrangeiras em que era as demonstrações de afeto e prcssão sinão de um sentiinm-
•Sublata causa toliitur effectus". Domingos de Souza Leão, po escrita, cuja estadia longe da
reconhecimento que me estão t0; ae positivo horror por tal
tem, tinha a religião da amizade e da lealdade, e a morte de de pátriaexplicar foi tão constante, — co- chegando de amigos argentinos gUerra de irmãos, guerra tris-
Nabuco, em vn-s de delir o seu compromisso, tornara-o mo qui esse escritor
honra para ele... Meu desejo era talvez continuar na diplo- esteja tão vivamente no cora- Desde, por causa daqueles artigos. te „ fatal a ambos, qualquer
macia... Minha mãe. porem, conservou a ambição de meu pai, do nosso povo, de modo"cho- tal porem, que eles não são que fosse o seu resultado mo- ,
um dia substitui-lo, sentar- ção meus é forçoso arrancar eu mentâneo; guerra sem legenda
de me ver entrar tia política, para que ainda há hoje quem mesmo as brilhantes spenas nacional nem glória possivel;
me na sua cadeira de senador, como ele se sientara na de meu re lágrimas de verdade" ao ler de que tio generosa- para destruição e devastação
avó que Já uão tora o primeiro senador Nabuco, porque en- algumas páginas de "Minha alheias mente, sua amizade aí me re- d0 que a civilização tem con-
contraia no Se.vnda. seu tio José Joaquim Nabuco de Araujo. Formação"?
assim no Parla- vestiu. Acontece que não escre- ao deserto; guerra, em
primeiro barão de ttapoan. Eu representaria Como explicar esse aparente vo sem assinar e que muitos quistado uma palavra, perversa e mal-
mento a quarta geração da mesma família, o que nao acon- paradoxo de um espirito pura- mim atribuídos,
teceu, suponho, a nenhum outro. Com Martim Francisco Ju- mente apolíneo, que se dedica dos conceitos a fazeja, e que vista de fora pa-
liior, filho, neto e bisneto de parlamentares, as gerações poli- a causai vivamente dionisíacas estão em divergência escrevi com o que rece (eita somente ao prognw-
no SOi ao crescimento, ao credito.
ticas foram três, por serem irmãos o avó e o bisavô. Martim (se é possivel dizer...) num ainda recentemente
livro -Balmaceda". O es- a rehabilitação da América do
Francisco e José Bonifácio meio claramente primitivo e meu critor do "Debate", que os emt- gut.
Náo me custou nada essa eleição... Custou sim a Vlla-Bela semi-bárbaro? Como explicar a
Adolfo de Barros. que passou pela política como harmonia de tanta superiorida tiu é um jovem am'go» meu (o ge eu tivesse que me pronuu-
m Corte e a "genteman", dr. Graça Aranhas, um dos cjar entre o Chile e a Ar»,»u-
nm sseríeito seu presidente na província, inclui de com tanta mediocridade?
E' que Nabuco. com o poder mais belos talentos da nova ge- tina pronunciar-me-la contra
rem-me na lista... Meu nome afastava os de outros que eram en- 0 agressor, qualquer que fosse
antigos lutadores, eomo o dr. Aprigio Guimarães, popular de- na incomparavel de irradiação que ração política, que voltou Ele 0 motivo, contra o que prefe-
Academia pelo sseu liberalismo republicano e suas"Eata imagens possuía, elevava tudo o que to- cantado do Rio da Prata. de apre-
toaaiu.es. Eu uão tinha que ter remorso, disso. viam in- cava. Não era ele que descia, lhe levou uma carta rjSSe a guerra ao arbitramento,
só meu nome o o direito subia. Somos sentação minha, bem como spa- qs meus votos já que se sue
venient..." Não era que postergava era o povo que Mitre, o general oferece esta oportunidade de
de -antigüidade; a chapa estava cheia de nomes novos; eu re- nós, até hoje. que subimos ao ra o general A. Da-
presentava utna tradição de serviços ao partido, os de meu pas. seu lado. Nós nos sentimos mais Roca. Rafael Obrigado. 0s expressar, são que, de parte
quss valiam bem os de qualquer outro, e tinha confiança de que serenos em contacto com a sua vila e outros ilustres represou- a parte, sobretudo na imprensa
rápida nas utna.-?.. serenidade. E o povo que o tantes da cultura argentina, e qUe é a legião das tormenias a
justificaria tia Câmara a minha promoção
Não me custou, como dUse. trabalho algum essa eleição, que aolaudia delirantemente, nos quando lhas dei sabia bemtra-a das avalanches, não se pronuu-e
foi feita pelo partido, dispondo de todos os elementos oficiais .. dias de seus grandes triunfis impressão que ele nava de ciem s'não palavras de pa/
Não deixou, porem, de ter o seu episódio... Numa sessão acs>- oratórios, via-se a si mesmo na zer. de cordura: que a Argentina
ciémica de 11 de ag»js,to, no teatro Santa Isabel, quando eu pro- figura do seu ídolo, Mas via- s3e declino, porem, meu caro não esqueça que o Chile foi por
feria, do camarote do Presidente, as primeiras palavras, fui se a si mesmo transfigurado, amigo, a autoria das idéias (¦ muito tempo o seu melhor anil-
acolhido pelos protestos e vozeria de um magote numeroso, que aristocratizado. universalizado, frases que não me pertencem, gos. que formaram na época aas
te tornou dominante, e depois transferiu para uma praça numa previsão de um futuro não declino de certo a sinipa- lutas pela independência e pela
"meeting" que de indignação contra mim... O tema muilo remoto. Era como se Na- tia e a admiração que o escri- liberdade uma só patria nue-
pública o seu diatribes cot.-
do meu imoroviso. em resposta aos epigramas e buco representasse um ensaio tor mostra pelo seu maravilho- lectual, um so foco de.aspra-
tra São Crstovão que tinham soado no palco, fora este: a multo prematuro de uma visão so país. co qual tantas vezes Ções* patrióticas e liberas; s
grande questão, o delenda Cartago para a democracia brasi- longínqua do porvir. Era como
tenho e.-cr to no mesmo tom e que « Chile, por seu lado, cora-
leira, não é a realeza, é a escravidão. Posso dizer que expers- se Nabuco fosse uma indiscre sob as mesmas impressões, preenda que uma guerra nor
mentei por vezes a doçura da popularidade; nada, porem, iguala rão do nosso futuro, E o pov* Agora mesmo acabei a "Vida" questões de terras, cosno uiier-
o prazer de unia dessas tempestades levantadas contra si pelo nós todos, inquietos, angu- de meu pai. a qual esn parle dito possessorio de regiões
orador, que se sente de posse da verdade e ao serviço da jus- tiados, dissociados, mesclados é a história diplomática, sob inexploradas ainda, em um
e antevê esses o injuriam naquele momento virão
tiça, que que de sangue e de espirito, pessi nova luz, da tríplice aliança e mundo despovoado coni.i a
com ele cio dia. seguinte sacrificar no mesmo altar... Eu dei- mistas, amargurados, sentindo a defesa da um ateut iun
lava pasmar toda aquela onda raivosa e espumante, que a in- em nós e em torno de nós to- sumiu, sendo posição que ele as- America do Sul e Em tal guerra
tnga. explorando a susceptibilidade própria da democracia das as taras e todos os deses- •argentino", de sustentador até chamado contra si mesmo. «
até a derrota que retemperaria
praeira s o imperfeito conhecimento do indivíduo do papel que peros das coisas em franca ebu- o fim da
politica do Io de maio corrigiria o caráter do vencido.
ele ia representar, impelia co»»tra a minha candidatura... Eu lição, — todos nós nos refugia- de 1865. Tenho assim em meu seria talvez melhor que a vil»)-
sabia que a palinódia havia de ser completa, qu*-; se desfaria mos em Joaquim Nabuco nas a fibracáo histórica ria que haveria de desmoralizar
o "mal-eiitendu" criado entre mim e o po»/o do Recife, desde horas mais sombrias, nas horas espírito
que ele visse o fim para o qual eu aspirava ao seu mandato... desses
de maior negação. Ele é até ainda nâo estava conosco
tempos, em que o Chile o do vencedor. Nao ima;"»'-
e em mos, porem, semelhante descii-
Na verdade, nunca a opinião de uma democracia, de um par- hoje um abrigo para as nossas que a lealdade, a intuição, o lace. Preconceitos, dessiiUelii-
tido popular ciumento dos seus foros e tradiçõe.s. de uma ci- desesperanças. Ele nos traz, do gênio político de Mitré nos gências nacionais muito nu»
dade, de uma proviucia, orgulhosa da sua fé de ofício liberal, alto da sua olímpica beleza, um preserviM de uma coligação fundas do que esta que pare-
mudou mais depressa do que a de Pernambuco a meu respeito, pouco de frescura para o afo- americana contra o império. ce querer formar-se entr.» n-
logo na primeira sessão em que tomei a palavra na Câmara gueamento das nossas irrita- Tenho, como vê, alem do des- gen^ios e chilenos, a hislona
Desde esse dia estabeleceu-se entre mim e aquele povo uma ções, um pouco de doçura às lumbrameiito trazido do Prata, mesma de cada um de nossos
afinidade que nunca se interrompeu e que ainda hoje, em que amarguras constantes do nosso do reconhecimento pelo cava- P°vos o mostra, podem de s-
estou retirado de tudo, estranho a todos, estou certo, será a presente. lhelrlsmo que encontrei em to- Pente converter-se em apreç»
mesma, porque íoi como o encontro de duas opiniões que se E é tal esse conforto que ele da parte, da poesia que ente- mútuo, amizade sincera, c au-
miraram uma na outra até as próprias fontes do sentimento e traz, tal a distância de que nos sourei atravessando a pampa anca para grandes fins na.- o-
reconheceram na transparência do seu fundo a lealdade, a sin vem, carregado de outros ares, até Mcndoza e subindo o Pa- nais- Se quer que lhe diga w-
«eridade de cada uma. de outras cores,, de outro sabor, raná até Comentes, uma afi- io o meu pensamento, o que eu
Foi um ano de atividade e de expansão única em minha — que há momentos (falo ape nidade argeniina, mais lortt desejaria ver era uma aliança
Idda esse de 1879, em que fiz a minha estréia na Câmara. Posso nas por mim mesmo sem dúvi- do que essas, espécie de heran- pacifica ou tratado de arbitiJ-
diíer que ocupei a £.ríDUna todos os dias, tomei parte em todos da) em que 3into Nabuco como ca paterna, recordação da mo- mento perpétuo entre o Chile,
os debates, em iodas as questões... O favor com que era aco- absolutamente inatual, era
como o cidade:
irremedia- a aliança entre os nos- » República Argentina e o lira-
Ihido, os aplausos da Câmara e das galerias, a atenção que se vestígio de uma sos doU paises, chamada com sil» 1ue afastasse a possibinua-
me prestava, tudo usso embriagava facilmente um estreante... veimenteum morta, como a som- razão um dos nossos ini- «e de um rompimento entre
Ah! como hoje seria diverso, e quanto tudo isso está des valo- bra de caminho que se fe- nistros porde Estrangeiros de quaisquer delas,
rizado como prazer do espirito. Hoje só tem valor para mim a chou diante retroceder. de nós e do qual aliança sem exemplo "Rogo-lhe, meu ilustre anil-
na hls-
fota cristalina que mana dessa rocha do ideal que todos te- tivemos de
Impressão passageira, sem c<rn tória pela lealdade recíproca go, o favor de dar a esta m--
mos em nós... E' essa fonte oculta, e não os grandes chafa- que foi mantida em tão nha carta a mesma acolhida
ri^es e aquedutos, que única me desaltera. Então tudo me ser- dúvida, impressão que eu dese extenso prazo através de tan- que deu aos artigos apogrifJ*
Tia para assunto de discurso; falava sobre marinha e imigra- jo ardentemente que seja passa que hoje circulam por toda *
ção, como sobre a iluminação a gaz ou o impo-^to de eleição renda, geira. Pois, por mais ligado qu
do vale do Xingu como sobre a eu veja Nabuco ao espírito do o ambiente por si. E por isso imprensa com o meu nome
sobre o arrendamento de ver se a retifscn.-.i»).
o calor, o movimento, o impulso do orador. seu século, ao ambiente do seu foi, no fundo, mais predicante afim
direta... Tinha 'valerá os >alcança e crfia*
não conhecia o a pena?" do que se restringe cada vez tempo (Nabuco não cortejou que militante) — por mais pre- ainda
eu me muito sinceramente seu cie-
mais... O público, as grandes auditórios eram para mim nesse nunca a popularidade, mas nâo so quetempo, o veja ao espírito do dicado. — Joaquim Nal»""-
tempo o que é hoje a minha cesta de papel ou a labareda que se sentia bem sem ela. Quan- seu o que há nele de
da conta da exuberância intelectual. Só muito tarde compreend' do as suas convicções o leva- verdadeiramente grande e éter-
porque os que vieram antes de mim se retraiam, quando eu vam a ver que a inclinação do no,
me expandia: em alguns era a saciedade, o enojo que come- povo era contrária às suas. co- e sim acima
nào está com o seu tempo
do seu tempo. B PENSAMENTOS DE
outra ordem de in- mo na República, não cedia de apesar de ter também em si o
cava, em muitos a troca da aspiração por
teresíe.5 mais lucrativos, em outros, porem, era a conciência suas convicções, mas também que há de melhor, de mais au-
que chegava à madureza, era o amor da perfeição... Desses não procurava afrontar a opi- tênfcico, de ma»is puro no cara-
JOAQUIM NABUCO
discursos sem exceção que figuram nos
-Anais" em meu nome nião pública. Não amava o iso- ter brasileiro, esteve também Les critiques sont les Mas*»
eu não quisera salvar nada senão a nota intima, pessoal, a lamento, nem mesmo talvez co- acima da sua gente. E daí ser de 1'esprit. Rien n'est plus fau<
mesmo se encontra em alguns. Não assim mo escritor. Só era completo ele talvez aquele tipo que reu- que Tair de fralcheur et dc jeu-
parte de mim que on dir»»
com os que proferi na Câmara em 1887 e em maio de 1888, quando sentia as suas convic- rüu, na história de nossa perso- nesae qu*ils affectent;encore l'-'-»
ções irmanadas com as convic- nalidade em formação, o mi- que Ia lecture peut
ções da maioria. Como todos os sxlmo sabor local ao máximo de donner dea sensatlons vrai»-
oradores, ter universidade. (Pensées ietachées, IU».
I «rendes precisava
''«¦¦'>¦»

PAGINA '9
DOMINGO, t/l/sMt SUPLEMENTO LITERÁRIO BE "A MANHA" — VOL. II

HEINE E SEU TRADUTOR - Ernesto Feder

-Mm voce* tem Qerardo ie sar. Eis porque anda sempre Mels que nos deu dessa visita recobradas as forças, sarcasmos Heine re-ms wwijlrif''^
tie nal!" Era Carolina Jaubert, em atrazo com as minhas tra- uma vivida descrição. Discor- começou com os seus
de Enrique Hei- iuções". Como quer que Ge- reram acerca das poesias que e pilhérias.
" ¦¦laáazinha" o rardo se desculpasse apelando Heine havia traduzido com o aerario-ie Nerval não o ou
" r ' ,„auem assim, consolava tra- para as dificuldades "Voei do alemão, auxílio de Geraria t que a via mnjS. Tinha os olhos fitos
ouéjzoso de não ter "Sim,
i tores Heine responieu: Heine obtemperou-. deve França acolhera com entusias- n0 jei0 Os dedos de sua mão Kx;*irg,.T,fflffl
- resta dúvida. TenTio-o fazer como eu. Casei-me com mo. Heine zombava de sua tra- direita imitavam os movimen-
riínndn o te- ho. Nunca se lhe uma francesa que me ensinou duçõo: "Sr. Gerarão, ao ler us (os do COransuei)o. Vendo-o,
de nor o olho em cima. Ania o francês. Case-se com uma traduções que fiz com a sua j/eine pediu ao outro risiíantí:
*"èmme ajuda, tenho ganas ie levar a -Toque a campainha". Mels
a viajar" alemã e aprenderá onioalemão", ietes- mim mesmo a um mercado pú- pUxou o cordão, novamente
rjerario contava 19 anos Sabia oue Gerarão
itndo começou a traduzir o tava coisa alguma tanto quanto blico na Alemanha e gritar-, es- surge a sra. Heine. O marido
'Fausto" ie Ooethe Hão tinha, o casamento. panquem-no! Sempre que um jez-lhe um sinal, ila retirou-se
alnia 'a 20 "Nova ouando apareceu, em Ko V„B0 ie ltsQ Gerarão ,„, alemão me vem ver, penso que e< um minuto depois, tornava
iwn tradução com- Hsj((lr Heine acompanhado de *e trata de "'<""" a9,ente secre~ seguida de um sujeito robusto,
e verso" desse „,„ escritor alemão. -£le estará '° *<•¦ varnaso germânico minha a pe- 0 aAministrador da casa. Este
vicia em prosa dir ao governo francês "Quer
Lema dramático, tradução que j,e„sand0 que „, já moTTi há acercou-se de Gerarão:
sobrepujada -m muit0 temp0_ Faz tantos meses fí^fí.S"0 para " conse1"ente prestar um serviço ao seu ms-
linda não foi casíioo". inor amigo? — "Não sei quem
bntnta francesa. que o não vejo". Heine. jà qua-
Quando Heine, em 1831, se se cego, reconheceu, de pronto, Heine era incansável na ga- é você". — "Bem o sei. O se-
em Paris, o jovem Ge- Estendendo-lhe a ma ias ironias. "Daqui a mú nhor Alexandre Dumas man-
instalou 0 scu amigo.
rardo já era famoso. Nele en- mão pequenina e descarnada-. anos ainda serei caluniado
„...„„.,....„„. — por r- dou-me procurá-lo. Está, doen- Desenho da"De" plaquete', úe H.
eiiulrou um tradutor e um ami- «vejo que a vontade humana, conta "Senhores; dessa desgraçada traiu- te, pertinho dagui e pede que Kautsch, mes grandes.tíuu-
oo Estimaram-se os dois poetas, á(sM tem l0Tca magnética, ção. dirá numa o vá ver o"Dumas mais depressa pos- Ieur$")
espirito /an- Ho*e eu "quis" vi-lo Por i Universidade ia Nova Zelândia, -
sivel". — ,' doente! Ge~
Ge- que Heine, tambem ele, um rio»
irmanados pelo que J- Literatura
"'—*¦'-- Anti- '"" rardo ""¦" ergueu-se
—••»••-•- numa *»»'""• agitaçuo
"'
lúslico, pela malícia incisiva, aue „ t,ocí nfi0 _, aparece mais? o professor "esse
de
do chapéu e se- poetas do nosso tempo que "dc- vai
vela infelicidade comum. Suas Vocg ^ poeta e não quer mais ga, século em que os ho- febril, tomou morrer de uma espécie de
rdoções lã a morte as inter- respjrar o mesmo ar que eu res- mens ainda falavam diferentes guiu o administrador sem dar lirjum tremes" poético. "O vi-
rompeu. piro?" Gerarão comunicou-lhe línguas, produziu um gênero de a menor atenção as demais pes- sjtante, espantado, pediu-lhe
pena i aue Qerardo nada que dentro de alguns dias iria criaturas que estavam, para os soas. que não continuasse: "Cale-se,
Weimar. Heine suspirou: escritores, como os macacos Mels nao entendeu aquuo, por favor .Isto me ê insuporto-
y„i. Ando á estampa, que se re- a"Homem chama- Heine "Gerarão deu-lhe a chovido em- „«,,.„
Z,? difetament?, 11 essas rela- feliz. Essa Alemanha, vara os homens, iram semi-ho- esta demente.
rfe, ,ConhSo-las felizmen- eu a amei mais do que fora ra- dos tradutores. Esses de tornar çma Gemr(io ãe Nerval foi um
a mens se encarregavam Há dez anos que ele tem desses tos raros amigo, que permme-
í?tr«latode terieiros sen- movei. Espero não cometer ãe um acessos ãe loucura. Essa bale a ceram fiéis a„ poeta. Em fins
A' hihiin d Geraldo trazer 4 «índice de oi morrer. Trate, «s- compreensiveij as obras que ele it lgM
HadeHefne etZitores queen- ,Z de indaaar. quando estiver poeta aos que não lhes enten- ia doença de Dumas, nos ainda, i ca-
tem beceim de seu ,Mo Vm mH
por li, em que religião se morre i\amo lingua. deante eomojs ama como a irmão, ja
eZravcTòTquX ollitavim. " ^am ãos seus, servido varias vezes, meu aaim- mais tarie, a 28 ãe janeiro ue
"Estou sempre em casa dtei» melhor O assunto me preocupa macacos gue.
Heine sorridente, preso aó leito seriamente-e os filósofos ale- contrafazem os gestos huma- nistrador o leva ao ir. Biancne, ele 18M (aniversário da morle da
cuja easa ie
ji oito anos. Os encon- mães
havia"j.'.".»; mães parece que "disso",entendem nos. Nesse pais, gue se chamara em
que mora, e gue jaudevim ., jovem tttriz Jennv colin. que
cuiaa «<•«•
< Ãni. Metei, aue só qualquer coisa disso", isten- Germãnia, houve um poetmha,
só aualauer gue " ele amara), enforcava-se nas
Zu-ThT uTmaço^
ainda, deu-lhe um maço ie /olhas por nome H^que^iá
de /olha, Heine, gue nos da maior desvele de upgrade dajua±
S teTaie^renTem^inil soMã- raro exemplo de ahenaçoo
alienação ^ráes^Amanhá^n^
acordar,
acordar ,a
já n
não se lembrará de ^rras
yieille-Lanferne. f0j enterrado
o este munao, purecèm, por brancas onde, nas horas
es,, munãOt mental macaco ie mais nada do r. que se passo»* no p^re iaC}iai$e em presença
e-eV «rodos ie um conto /an- rias de suas noites insones, ra- fmenio-se
Ustiisiico ae tiojjmann «Troduza-me
tlcoieZffmânn biscara, a lápis, alguns versos, suas próprias obras e imitan. nesta tarie". de alguns poetas. As ceremô-
Trãduza-me esse poema, disse, ão-as "Veja
deante ãos franceses''.
franceses". Devois de
Depois ;
áe breve
"Meu pausa, Heine nias religiosas foram celebra-
Certa vez Gerarão pediu publicá-lo. desde ji, na você. Gerarão, como irão prosseguiu: caro senhor, das na Noire Dame. A igreja
irsenio Houssaue gue fosse Quero Revista dos Dois Mundos. Não falar. E a você toca a mor par- se thjer um /nho, nio deixe gue foi ináulgente para com quem,
consigo à casa de Heine, teme- "se
de empregar o vocábulo- te da responsabilidade". eje seja poeta. Júpiter faz poe- como disse o dr. Blanche,
roso ie que este lhe arguisse deixe rio insulfuoso. NesSB Mura, um violento in- fa àgueie a guem guer castigai-, enforcara por ter visto a sua
c ntrazo na tradução do Inter- precisamente
todas as palavras ser suUo ie seu mtti 0 apertou em O senhor acaba de ver um loucura frente a frente"
inezzo. Heine estava de cama. Devem muito claras porque dizem res- dores tio atrozes que lhe co-i- grande poeta. £sía louco. Volte Em novembro ie "Foi 1855 Heine
Na ante-cámara sua esposa í Alemanha. Há li uma ,umiram todas as forcas. Mal cá quinta-feira, e eu lhe mos- diíia a um visitante-. o mais
cantava. O poeta mostrou-se peito Musset rude me atingiu. Em
iwlulgente para com o tradu- malilha que investe contra p0„,je apontar para o cordão tro Alfredo de que pro- golpe que
anos não tive outro amigo
mim açulaia pela canalha, suspenso sobre a cama. Gerar- cura, no absinto, o esçuecimen- 25
tor moroso. "Afinal, que valem Hio ie ier a prova provaãa ãe ,j0 (jrou por ele Precipitada- ío e a morle. E' um ios maiores>d como ele. Pensei que não pu-
porá mim todas as minhas gue eu ainia sei escrever". mente irrompeu a sra. Heine, poetas contemporâneos. Náo, iesse sobreviver-lhe tanto tem-
poesias, quando ouço minha ['«j médio Ge- submmisírando ao marido o re- o /oi. Hoje, nada mais é «ue po" Seis meses mais tarie a
mulher cantar?" Diriginio-se De voiia
ue dessa viagem,
volta ui».« uma ruina. Deante do senhor prolongada agonia ie Hein»
gue ele enguliu ie uma
algum tempo, esíá o doutor em Direito. ínri- tambem tinha fim.
ioT?ellVrWaUÍUseT?es~- panhia do jor^aTsta"alen\io ^"«J^aão
ces- p^nhil"'io

A Vida e De Cabeça Baixa - m varo PALAVRAS E CORES


Moreyra
no asfalto, em pedaços nas ir- ele o primeiro que morreu. TI-
DOCEMENTE mengo eom o escritor Augusto Faz muitos anos, li certa his- nha vinte anos a nossa vida
Eu nessa idade podia repetir Frederico Schmidt, ainda vivo. vores, nos veículos, nas casas,
nos transeuntes. Paro diante de tória, nào sei de quem. Passa- Começou em Porto Alegre, con-
e (iue dizia aquela senhora ale- Calados os dois. Nestor pensan- Ya-se no espaço. O sentido dela timiou na saudade. Agora «
má, de Santa Maria, sempre que do. Schmidt emagrecendo. De uma vitrina da Royal Mail.
Está ali, como um brinquedo de era mais ou menos assim: saudade é outra. Sem cartas.
»o confessava: repente, o amigo de Cruz e Sou- Duas almas do Ocidente se Sem notidas. O Eduardo foi-
— "Eu não matei, eu não rou- ta parou e pôs-« a rir num armar, a morada de Anne Ha-
thaway, mulher de Shakespea- encontraram e uma disse paia se embora e não voltou nunca
bei, tudo mais eu fiz". grande gozo. re, em straford-on-Avon. terra a outra: mais. Deixou um amor e dois
Vivo de improviso, apesar de _ Que é. mestre? — quis"Mar
sa- Imagine! Na China a cor filhos. Deixou os versos que es- ,
viver sem eloqüência. Der o futuro autor do de Shakespeare. Velha Ingla-
terra... Continuo para os la- do luto é branca! creveu dos quinze anos aos trln-
Antes dos sapatos, das ligas, Desconhecido". dos do cais. a olhar as coisas, os Logo adiante, duas almas do ta e cinco. E, em revistas s
dos cintos, das pulseiras, dos O mestre informou: cartazes das agências de vapo- Oriente se encontraram e uma jornais, folhas do diário da sua
iuspensórios de vidro, as portas — Lembrei-me agora de que disse para a outra: sensibilidade, crônicas, peque-
da minha casa já eram de vi- foi aquele patife do Taine quem res Um dos cartazes grita:
-Alemanha, país da alegria" Imagine! Na França a cor nas notas, elogios. Deixou tra-
dro. Sou um homem escanen- me levou a Platão. Velha Alemanha... Que saúda- do luto é preta! duções de poemas e de cómé-
rado. Descobrir segredos em de da "doce França', do tem- Uma alma antiga, uma alma dias. Escreveu, tambem, para
mim, ou é jogo ou é doença. MELANCOLIA uns homens faziam solitária, com longa prática de „ teatro, mas só uma vez con-
Não pode haver dúvida: este po em que
"negócios da China", e outros todos os pontos cardiais, ia pelo sentiu por em cena unia peça.
CLIMA cigarro entristece. Mas é uma homens, mais felizes, podiam mesmo caminho, ouviu o pri- ^ outras ficaram à esepra de
Sim, o calor dilata os corpos. sensação boa que ele dá. Uma fazer "castelos na Espanha"! meiro espanto, ouviu o segun- Intérpretes como ele queria.
Mas as almas, as pobres ai- tranqüilidade de cinzeiro. Ca- Velho mundo... Velho mun- do e continuou a andar, cho- Eduardo lia tudo. Sabia tudo.
mas? minho assim pela Avenida, pen- do... rando: A cultura imensa não lhe pe*-
CULTURA sando com o dia. a mesma cor DESTINO — Idiotas! Ainda di»;utem a turbou a originalidade feita de
O escritor Nestor Vitor, ja nas minhas idéias, a «or oa Os egoístas morrem sozinhos. cor com qúe se deve sofrer... ternura e de melancolia. Nessa
fi-lpcido, ia pela praia do F*la- chuva, espalhada no ar, caída Desconfio que essa história 5e ternura, nessa melancolia an-
"INTERMEZZO", de H. Heine repete agora em muitos lugares flava cs:ondida «ele não viu)
do mundo. Haverá, apenas, mu- a pobre certeza de que a vicia

0 danças sem importância. Na ia acabar depressa. Tão de-


França, por exemplo:
dade. Fraternidade!
pressa... A vida... A tua Di-
Imagine! Liberdade, Igual- vina Quimera, Eduardo...
GLORIA
18 Imagine! Trabalho, Fami- Chateaubriand é um bife.
lia, Pátria! Machado de Assis, quinhentos
Teixeira de Melo. Gonçalves Crespo. Os lavais escutam à direita, réis.
escutam à esquerda, encolhem MEIO ARISCO
nupcial
A minho doce omodo, Pureram-te no rosto o oéreo véu os ombros, metem as mãos nos Um viajante deu esta tmpres-
moi. bolsos, sorrindo:
Tõo bela como Venus, Bem sei que te perdi, mas não te quero são sobre a casa de Charüe
Quondo emergiu dos ondas espumosos, Idiotas! Ainda discutem as Chaplin: "E' a casa de um ho
No seu dio de núpcias ostento Brilhom do teu colar as pedros luminosas palavras com que se deve go- mcm eli(, tem um pouco de me-
lutuosas. sar... elo dos outros homens".
Todo o esplendor da sua formosuro. Mas no teu coração, que noites CUIDADO! PESSIMISMO
Unia criação Inconveniente A origem de todo ato de <te-
Ai pobre coração, tõo paciente. Em sonhos eu desci, ó mísero mulher. Eles. depois, dlcação é quase sempre incon-
. a de fantasmas.
Não lhe condenes o traição, desculpa-o; As sombras da tua olmo, e vi-te o padecer.. perseguem os criadores. íessavel.
Résigna-te EDUARDO GUIMARAENS VERGONHA _
q sofrer a dor imenso amado, Nos., éramos sete amigos. . Uma coisa que se tem ase
Desse dprdo de ir-prte Bem sei que te perdi/ó minho dpée
Mos não te quero.mal, és muito desgraçado. Eduardo era o mais moco. Foi outros.
Que a íouquinhp te crava!
íto\«{i*Wí .WT* .,:"-7-...¦_•. ¦;-¦'.'¦¦

"A MANHA" — VOI- H DOMINGO, _,'_'.. 55%


PAGINA M SUPIEMENTO LITERÁRIO DE
EFEMÉRIDES DA
CURSO DE ESTUDOS DA AMAZÔNIA ACADEMIA
- m. mmc «*,,«« 2 BS FEVEREIRO
5â AULA - HISTÓRIA DA AMAZÔNIA
««.«-" *-p .„„ , foi animado pelo ge- de
1918 — Falecimento, no «t,
Janeiro, de José Veríssimo
Faz cem anos que um compa- Substituído esse depacto pelo de 1777, preocupam
,„„., a, .,,0.™» ou -Iara-- n^a™l
ara neraí José Miranda da Silva Reis
bar.o 4 DB FEVEREIRO
fronteiras Uou- psicologia uiara ^ Mlranda neia)i
aheiro de Pizarro, desviando-se da a demarcação ••senhoiaja^âsuaj, ). o l>ira_ 1903 — Eleição de Augustu a>
e<nedicão à "Terra-da-Canela", — xe a- terra natal o lnsiirne baiano José Lustosa da
Rodrigues Ferreira e Lima, candidato único, para _
banhada pelo Napo, percorreu em Alexandre brasileiro o. cuja ex- rir ••¦ tauenue
ex° (duend florital semelSte Cunha Paranaguá
""'""*„ (1M2-18M)-
cadeira vaga por morte de o*r.
toda a sua ex enaão, das nasceu- Humboldt "caapora ou ao ,he...
x-bungo^.^ rematou-o o benemérito Teodureto
tes a e à foz, o imenso e mistério- pioração da 1783 hileia amazônica se ao ^ ^ bano Duarte.
a 1192. Foi .esse
foi A tudo com
ar ' Mar-Dulce" tendeu de o ti mascottes" animais e vegetais, julho de 18114. poude declarar, 10 OB FEVEREIRO
Francisco de Orellana, em nosso sábio quem continuou
Cnou "Ipnda Dui avef
Dua" são ali favoráveis
aves sa° I ven- solene regozijo patriótico, haverseuso 1902 — Falecimento de Urba-
fui i das Amazonas" pois tulo da obra do padre João ua tura humana: -jurutaui'
-uirapuru' (ou Amazonas libertado todos os
Urinou te" visto àT mareeida niel .jesuíta), escritaiiicompletamen- antes daque- Duas escravos de origem africana. no Duarte, fundador da cadeira
IJ^ "-«P^- £T£%£?^*?ô£Z
íraíde caudal mulheres guemiras. Ia data. e ainda-fi^TdiSSSo so :;tapuru laroideas, n. 12.
equiparáveis, pelo belicoso aprumo,
às do rio Ter modo ti te. cantadas - -Ta^sr' comeu rjasürag»'* gw Í--52
te publicada,
Desde
Planta,
1912 — Falecimento do Barfa,
do Rio Branco, que ocupara em
peles aedos da antigüidade clãs- aquela
fiei,
Aventureiros de fantasia desbor- na ™ Spix
"•;
portentosa
cientistas europeu-*.
ç Martluí
«Sr 3S£sS2.!fe arsaa-Jüss sü»
; substituição
a cadeira n. 34.
a Pereira da Silva,

só imaginaram os es-
dante. não "Fonto-de-Juventa" (j,J7 11 DE FEVEREIRO
em __ „__ concorreram
panhóla a .1346) 1917 — Falecimento, em Pe-
terras do Novo Mundo, o.ouu. oa.,..,.
como «o™ ainda wards ,la46.1848,, Alfred Wallace e Hen de 3 de marco de 1755. Mandada mente no berço de
Ajuricaba.
trópolis. de Osvaldo Cruz, (/««
localizaram em vár' •rios l»1»05 d0
l. n.,™ , substituíra Francisco de Cas-
Diesmo, notadamente nas proxim tro.
•dadas da hiléia ' amazônica, uma vernador um
nova e deslumbrante " r!""""'1» 7í£sfi"l865) e oVVrêclaros membros
Golconda " """ --—•-' '¦ de Melo e PO- Ximeno de Villeroy<*»>***>. quete-
" EI-Dorado' aa ..Morgan-Expedit.lon" de 1870. de Pombal, Joaquim como sucessor Eduardo Gonçal 18 DE FEVEREIRO
Manoa. capital de Hartt, Orville nerbv Herbert voas (1758-17601, que deu nome» ve ves Ribeiro, ambe* digno» oficiais 185« — IVascfmenío, em Us-
miragem de fecundos resultado-
Smith e outros, nao devendo ler Sanes ás aldeias então eleva- boa, de Henrique Lopes de Men-
para o conhecimento das regiões °""X* J^™-* "ow d0 Vòí, g0 Bran- das a vilas, como Serpa, Silves. Sao do nosso exercito.
hincoolándicas desta parte do con- °™di*°i_ depois- Karl von Paulo de Olivença e outras. Até ao .O primeiro governador constitu- donça, que foi sócio correspoji-
Unente colombiano, desde que foi ¦>«• Steinen^esteve^ foi o c°™n« Gr6e°™ dente.
í°iMn ateve ni Xingu em fim ^ do periodo colonial (não se fa- e.onal ?**;
tionibeteada na Europa_ por sir der, "díveisôs" ^ l^n^a- "»^ * *^'X c\_2o enge 1933 — Falecimento, no Rto
Walter Raleigh, ao crepúscular do rjercóneram afluentes'' do ram a nova capitania Joaquim x.- - quem se seguiu o já citado S
..... Ti-
Manuel nheiro militar Eduardo Gonçalves de Janeiro, de Constando At-
aéeulo xvl. ves, que substituirá Paulo 3ar-
Foi ela que atraiu o segundo na-
vegante do nosso rlo-mar, Pedro de
Ursüa. que se
dor do reino de
intitulava
"Omag-ua governa di -•=-~ BStSJn^ ^.^r^rj
y Do- (Í39Õ-1914), assim como numa das mais belas
reto.
15 DE FEVEREIRO
1848 — Nascimento, em Tnn-
rado", morto quando em marcha gchmidt (1900-19011, dc koch- fania de São José do Rio Negro, transformada cidades do nosso pais. louse, France, de Paul Graus*
mesmo, vol- o Rio-Ne- longe de ser erigida á categoria de
para conquistar o por GrUnberg, que explorou Multo
ta cie 1560, por seu companheiro „VQ ,1903-1905) e o Rio-Branco provincia do império proclamado concorreram para sac, que foi sócio correspon-
Lope de Aguirre e i>or culpa das
'1911-19131,
tendo morrido em Vis- em 1822 passou a ser, pela cornar- lei de nheemiento da historia e das dlvi- dente.
d. Er- 29 de novembro de 1832. a cias do Amazonas, os paraenses
«Ihos feiticeiros da formosa ta-Alegre U924) e do conde 1907 — Falecimento de Josué
Iné. mano Stradelli, (falecido no Uru , do Alto Amazonas, sofrendo en- Bertino Miranda e Frederico José
deste os sócio correspondente.
muito de- ric Santa Ana Néry, sendo -Ue pays des Carducci,
o equador vlsive, do conunen- ml.a. emjW,^quem ^S^^-^&f S^ magnlficos.i.rabalhos,
'La civilisation 16 DE FEVEREIRO
te sul-americano", cuja primeira ve a nossa heurística. Amazones' , de — Nascimento, no Porto,
denominação, devida a Orellana. foi Seria grave injustiça nao me . ã de setembro de 1850 desmembrada a comarca do
lAmazone' e "Folklore bresilien
1873
-Rio de Santa Maria de ia Mar cionar os nossos compatriotas, que Alto Amazonas foi Portugal, de Alberto de Olimi-
conhecidas do Grão-Pará e elevada à cate- Do pacto de 19 de setembro de correspondente.
Dulce1' — percorreu-o á?ua.s aci- cooperaram para tor vale do no-mar. goria de
"Provincia do Amazo- 1867. entre o Brasil e a Bolívia. , sócio
mo capitão Pedro Teixeira, na as opulências do «^. perdendo assim o - Pará o di- originou-se a grave questão das 17 DE FEVEREIRO
.ru.uosa expedição de 1637 a 1639. desde Manuel Urbano^Encarna- *-"f™'-=» » »f ^nocopada ^ ^.^ "'grande"

^ ^ -- caucheiras regadas pelo 1876 — Nascimento, em Sf>
Em conseqüência da expulsão dos ção (auxiliar de'« Si va Oout, nho) a^opada^de^grande^ de
^.^
>JK™ que atí Aquirí, felizmente solucionada pelo rocaba, de Francisco Adolfo dt
tatruso, da França-EquinoçiaL ha- Jc ««.«1™ ^^ de Petrônolis. de. 17 de no- Varnhagen, patrono da cadei-
».a sido fundada Anto. io &*£££* teve a vembro de 1903. Nao será para ad- ra n. 39.
Balem, em 12 de ^nta-Mam-de-
janeiro de 1616. ebre (cujo eognome .se «perpetuou
i"»' provincia Até à queda do império,
do Amazonas «J»»M
do^zojlas 30 presi- mirar, graças á marcha acelarada.
Francisoo Caldeira de Castelo em -Labrea A por ele. f^dada^ p.ovmua que aíoítunad?fnenl, vai te„do to. 1848 — Nascimento, no RU>
^¦.coT-em IMrVriàrãVgover- margem doi Perus, ate ^J. To^BMslT^FW^eír-i^T- da*.* nossa pátria, seja o Territd. de Janeiro, de Luiz animaram
Júnior.
ve, à categoria de Estado 18 DB FEVEREIRO
Desbravado outrora por audazes 1875 — Falecimento, em Nile-
--'iLSTÍstK^- P=.óSi=.fr£ bandeirantes e entradistas (tendo rói, de Fagundes Varela, pa-
¦capUão-general do instado ao jvia- muho ui - - * —
»-..., ---¦-..—
«.» lif^i^^K: ¦£ sido-os- mais notãve,. destes últi- trono da cadeira n, 11.
nnlião. incorporou no domínio lu- Amazônia o seu ,enu»..u -.„ da ---¦ mm do ^ , xvn Bent_ Ma-
interessantes 19 DE FEVEREIRO
1916 — Falecimento, em Bar»
Ac°aste!h8an,ci- d. Companhia de Jesus e de ou célona', de Afonso Arinos.
'r/BEÓX^
^a.= AnTIs T & SSS^BeX^mo dfsíuTe cante TS& l lESTí
>ZéT£ ^<5^TSK3«A;SLÍ Partir

) ^no^ Se^ T^o lLlo£_^L_° 21 DB FEVEREIRO


1864 — iVascimenío, em Ca-
Neto.
™r "Cartas do solitário- Aquela hiléia gigantesca, alem d xias, Maranhão, de Coelho
flTl. sèmPesía bem sucedfdà J™ dlanTeXs somente elas ceie- vares Bastos. 22 DE FEVEREIRO
do fundo do lago (Rio, 18521. em que analisou a obra crescido numero de cearenses qu
S de Ped o Seira não teria b ados, extra"™ anos. 1843 — Nascimento, no Rio.
¦Ido es-rilo em 1662 o livro de Jaci-uáruá ("espelho - da -lua"), do norte-americano Maury, volven- teem sido, nos derradeiros
a traiar do magno problema seus mais numeroso*, . alento po- do Visconde de Taunay.
Maurício di Heriarte. "Descrição nio diante das margens do Nha- do seu novo estudo "O vale do voadores ja metrou
'.mlm as
do Estado do Maranhão, Pará e rio -muinwultâs" mundà, os seus tabus minerais, os em 24 DE FEVEREIRO
A»- Amazona*
4a„ Aooi»7onas" . (cujas pesquisas Amazonas" (Rio. 1866). vistas de um dos mais celeores ca- 1843 — Nascimento, na >'ka
foram inauguradas Por ocasião da guerra do Brasil pitãçs de industria -rei da poderosa
Anos o domínio espanhol, desdo- mie'P"-v
iS-ÒXçôes i, . , , E daque|e COoitra Solano López. mandou republica ianque, o do auto- de S. Miguel, de Teófilo Br,iga,
fcreu-se ali a prestante atividade de lato í»** »^,* Amazonas mais de" soldados, móvel
de 1.500 saldados, móvel-, a cuja iniciativa se deve que foi sócio correspondeu^.
Sa- provei"JgJ^»»*_ Amazonas conhe- Amazona,? "Fordlàndia"
am jesuíta alemão, o padre como "Terra das lcamiabas" ,„omtah„,. aup que se cobriram de glórias nos oo surto da da na zona 27 DE FEVEREIRO
tnuei Pritz, catequista e cartografo, cido (Abouar Bas-osl. "O país das ^ pe- campos do Paraguai, donde l»u- da balata
'retornaram 1840 — Nascimento, em J.
cujo mapa do nosso rlo-mar traz a '""'«""^"f,"?^,munáõ Morais»,
Moraísl. cos
ix retomaram aos aõs seus lares lares! Os Desde que o nosso governo tome Paulo, dé Eduardo Prado.
j Hra<T vprdps"'
dr«_ZV^«nt!tlemo (Raimundo
dala de 1691. Contemporâneo des- verde" (Al- tenentes An-ony e Tapajós, o ai- as imprescindíveis e urgentes pro 28 DE FEVEREIRO
«Terra imatura" feres Santos Abreu e o voluntário vidènciai em prol do desenvolvi
Palheta. que, depois de ajudar a berto Rangel) Pedro Luiz Simpson foram des que "da mento econômico daquela assom 1873 — Falecimento, em fite-
va-
recambiá-lo para alem das lindes ^•Ceuci^-mãe-das-lágrimas--) maTs"se"notabihzaram na defesa brosa reserva de riquezas do setor rói, de Joaquim Caetano,
portuguesas, realizou a entrada do e "jurapari-- (diabo correspon- pátria. O penúltimo deixou iifédi- setentrio-equinocial de nossa pátria, trono.
"o
Madeira (1722-1723). a que se se- -Diário — a Amazônia deixará de ser -^
ffulrani outras expedições não me- nomes dente ao "Anhànga" túpico) são to um da campanha do Pa- „„,.„!„¦•
peculiares do fetichismo as- raguai"-Gramática e o último publicou depoU inferno verde'\ para tornar-se
nos Importantes por todo o mean- troátrico da Amazônia. uma da língua braii- paraíso do Estado Brasileiro", verdade, a lenda de "El-Doi^o ¦
dro daquela desmedida bacia flu- transmudando em realidade a fie- tecida outrora pela cállda e deooim-
Maãáll ainda apareceram três lica'.
fiai. lndi"ena desde O movimento abolicionista re- ção de Américo Vespúcio,
"éden terreal" nas queproxi- brada
co- imaginação dos aventurei-
Foi ela assegurada 4 coroa por- mltorde — ori»em
- 3-
pontou no Amazonas ao tempo da locou o ros europeus para fascinan'e au«
luguesa pelo admirável tratado de muito, aproveitodos pelas -- nosso»
.
de midades do nosso rio-mar. E tam- réola daquela "selva selvaggia ™
"por novelistas, assim co- presidência de João Wilken
175-). devido à genial capacidade folcloristas escritores alienígenas que Matos (depols M irauiã> bem se confirmará, traduzida em aspra e forte"
MiT-A-SSÍS tFÔSZS. mo

Dois temperamentos: Soneto a quatro mãos


E Dí SÚBITO NALMA INCOMPREENDIDA

lodquim Ndbuco e Oliveird Limo


ESTA MÁGOA, ESTA PENA, ESTA AGONIA...
Jodauim NOS OLHOS RESSEQUIDOS A SOMBRIA
FONTE DE PRANTO, QUENTE E IRREPRIMIDA...
(Continuação da página 77> cimento, era inevitável. Um dia, tas que lhe escrevesse. O ser-
ele dirigiu a Oliveira Lima um mão do renaniano, entretanto, NO ESPÍRITO DESERTO A IMPRESSENTIDA
eanismo, procurando dar a im- apólogo pitoresco. Narrou que era tempo perdido. Porque Oli- MISTERIOSA PRESENÇA QUE NÃO VIA:
havia encontrado, no Rio, um veira Lima, diante do apólogo.
pressão de incompatibilidade respondia: A CONCIÊNCIA DO MAL QUE NAO SABIA,
entre as teses de Nabuco e Rio amigo de mocidade. que o abra-
cara entre exclamações de sur- — Pois o que eu diria em pri- APARECIDA, DESAPARECIDA..
Branco. Na verdade, o que ha- meiro lugar, era justamente o
¦ria era a diferença de situação presa:
dos dois diplomatas. Se fosse Oh! Nabuco! Você está que você achava que devia ca- ATE' BEM POUCO, ERA UMA IMAGEM BAÇA •
ministro do Exterior. Nabuco muito encanecido. lar. AGORA, NESTE INSTANTE DE CERTEZA,
teria falado, muito provável- Nabuco poderia ter dito ao Conflito de temperamentos,
interlocutor: um discreto, tolerante, cético; SURGINDO CLARO, COMO NUNCA O VI !
mente, a linguagem de Rio
Branco, que, por sua vez, em Você só não está tão en- o outro não compreendendo dis-
Washington, não desprezaria a canecido quanto eu porque pin- cordàncias e não desculpando E EM SEU OLHAR, TOCADO PELA GRAÇA
Tantagem de tornar-se too ta os cabelos. divergências. Porque não pôde DO CÉU, NÃO SEI QUE ANGÉLICA PUREZA,
Preferiu não responder. Em continuar as suas cartas, OU — PUREZA QUE NÃO TENHO, QUE PERDÍ.
American. veira Lima resolveu escrever
O pior era que Oliveira Lima suma. o que ele queria dizer era
«chava que devia, nas cartas que Oliveira Lima discordasse, todo o volume de "Memórias*,
destinadas ao próprio Nabuco, como entendesse, da atitude de
nosso embaixador em Washin-
no qual aparece como um mis-
sivista do Alem-Túmuio, diri-
Augusto Frederico Schmidt
insistir nas críticas ao paname-
ricanismo do nosso embaixador. gton, mas que lhe fizesse o ob- gindo epístolas póst,umas a d?
Nabuco tolerou a primeira cen- séquio de não dizer essas cen-
suras, ou pensamentos, nas car-
safetos. que também já deser-
taram do mundo dos vivos.
Manuel Bandeira
¦ora. Mas o cansaço, o aborre-

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