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DISCIPLINA: DIREITO PENAL II

PROF.: FREDERICO HORTA


AVALIAÇÃO FINAL
TURMA A
Esta prova deve ser respondida a caneta até o fim do horário da aula, não sendo permitido
qualquer tipo de consulta.
Aluno: ________________________________________________________________

GABARITO

3 4 5 6 7
A A A A A
B B B B B
C C C C C
D D D D D
E E E E E
Obs.: Questões 01, 02 e 08 abertas.

1) Godofredo, então com 76 anos de idade, foi condenado pela prática do delito de
lavagem de dinheiro (Art. 1° da Lei n° 9.613/1998 – Pena: reclusão, de 3 a 10 anos, e
multa) à pena de 7 anos e 5 meses de reclusão. A sentença foi publicada no dia 17 de
agosto de 2002. Nesse mesmo dia, o Ministério Público manifestou desinteresse em
recorrer e, por conseguinte, ocorreu o trânsito em julgado para a acusação. Após recurso
da defesa, foi publicado acórdão condenatório em segundo grau, no dia 13 de dezembro
de 2008. A defesa novamente recorreu, havendo outro acórdão condenatório, dessa vez
no Superior Tribunal de Justiça, no dia 3 de setembro de 2011. Algum tempo após esse
acórdão, houve o trânsito em julgado da sentença condenatória no dia 9 de dezembro de
2012. Até hoje, por responsabilidade única do Estado, ainda não foi iniciada a execução
da pena de Godofredo. Considerando que Godofredo contratou você na data de hoje para
dar parecer em relação à ocorrência de prescrição do delito pelo qual ele foi condenado,
indique todas as modalidades de prescrição que ocorreram a partir da sentença
condenatória. (Obs.: Art. 109, CP: II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior
a oito anos e não excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a
quatro anos e não excede a oito) (5,0)

Inicialmente, destaca-se que todos os prazos prescricionais se reduzem pela metade, visto
que Godofredo possuía 70 anos à época da sentença (art. 115, CP). Com base nessa
premissa e considerando que já houve sentença condenatória que condenou Godofredo a
7 anos e 5 meses de reclusão (pena concreta que servirá como base para aferir o prazo
prescricional), tem-se que o prazo prescricional será de 6 anos. Dessa forma, tendo
ocorrido o trânsito em julgado para a acusação, há duas possíveis modalidades de
prescrição que podem ser alegadas na data de hoje: a) prescrição da pretensão punitiva
intercorrente (houve o trânsito em julgado para a acusação e decorram mais de 6 anos
entre a sentença condenatória/trânsito em julgado para a acusação e o acórdão em segundo
grau); b) prescrição da pretensão executória (houve o trânsito em julgado para a acusação
e decorram mais de 6 anos entre o trânsito em julgado da sentença condenatória e a data
de hoje, sem que tenha ocorrido nenhuma causa interruptiva da prescrição).

2) Sobre a dosimetria da pena, explique fundamentadamente o que significa o princípio


ne bis in idem. Além disso, indique como deve proceder um magistrado quando uma
circunstância fática aparentemente pode ensejar o aumento da pena se for valorada tanto
como causa de aumento, como agravante e, ainda, como circunstância judicial. (5,0)

O princípio ne bis in idem consiste na vedação de que a mesma circunstância fática seja
utilizada ou valorada mais de uma vez pelo magistrado no âmbito da dosimetria da pena.
Isso significa que cada circunstância fática deve ensejar apenas um aumento ou uma
diminuição da pena durante o método trifásico de dosimetria. Caso exista a situação
descrita no enunciado, o magistrado deve seguir o princípio da especialidade, utilizando
a circunstância fática da forma mais específica possível, ou seja, apenas como causa de
aumento de pena (terceira fase da dosimetria).

3) Lucas e Fernanda, desconhecidos entre si, possuem desejo de matar um colega em


comum, de apelido “Batata”. Ambos sabiam que “Batata” passava pela Rua Guajajaras,
cotidianamente as 22h30m da noite, ao sair da Faculdade de Direito da UFMG. Assim,
colocaram-se de tocaia, e ignorando uma a contribuição da outra, passaram a desferir
tiros, ao mesmo tempo, contra a vítima, obtendo êxito em matá-la. Diante do narrado,
responda: (3,0)

a) Lucas e Fernanda devem ambos ser punidos por homicídio consumado, em


coautoria.
b) Ante o evidente concurso de pessoas, deve ser aferido quem efetuou o disparo
fatal, sendo esta pessoa a autora do homicídio, enquanto a outra será apenas o
partícipe.
c) Trata-se de autoria colateral, devendo ambos responder por homicídio doloso.
d) Trata-se de autoria colateral, devendo ser descoberto quem efetuou o disparo fatal.
Esta pessoa deverá ser punida pelo homicídio consumado, enquanto a outra deverá
ser punida apenas em razão da tentativa de homicídio.
e) Todas as alternativas estão incorretas.

4) A respeito das medidas de segurança, assinale a alternativa correta. (3,0)

a) A desinternação será sempre condicional e se restabelecerá a situação anterior do


agente caso, antes do decurso de 01 (um) ano, pratique fato indicativo da persistência
da periculosidade.
b) Ao semi-imputável dar-se-á preferência pela aplicação da medida de segurança
em detrimento da pena.
c) Ao inimputável, enquanto não cessada a periculosidade, continuará se impondo
medida de segurança, ainda que o fato por ele praticado deixe de ser criminoso.
d) A medida de segurança tem prazo de duração indeterminado, perdurando enquanto
não cessada a periculosidade, mas não será menor que 03 (três) anos.
e) Aos inimputáveis aplicam-se medida de segurança, mas, uma vez cessada a
condição, o agente passará a cumprir a pena correspondente ao crime praticado.

5) Durante uma discussão, Diordete, inimigo declarado de Giordete, seu cunhado,


golpeou a barriga de seu rival com uma faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após
o primeiro golpe, pensando em seus sobrinhos, Diordete percebeu a incorreção de seus
atos e optou por não mais continuar golpeando Giordete, apesar de saber que aquela única
facada não seria suficiente para matá-lo. Neste caso, Diordete: (3,0)

a) Não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento


b) Responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua desistência voluntária.
c) Responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de seu arrependimento
eficaz.
d) Responderá por tentativa de homicídio.
e) A conduta de Diordete é atípica.

6) Tendo como base o instituto da ação penal, assinale a afirmativa correta. (3,0)

a) O ofendido poderá apresentar queixa, em ação privada subsidiária da pública, caso


o Ministério Público arquive o inquérito penal em razão da ausência de provas
contra o indiciado
b) A ação penal privada subsidiária da pública fere dispositivo constitucional que
atribui ao Ministério Público o direito exclusivo de iniciar a ação pública
c) Quando não expressamente determinado pelo Código, presume-se que a punição
aos crimes daquele capítulo se procederá mediante ação penal privada
d) A legitimidade para ajuizamento da queixa-crime na ação penal exclusivamente
privada (ou propriamente dita) é unicamente do ofendido
e) Os crimes contra a dignidade sexual se darão todos mediante ação penal
incondicionada, ainda que não seja do desejo da vítima a persecução penal de seu
ofensor

7) Venceslau praticou um crime de furto (art. 155 do Código Penal) no dia 10.01.2000,
um crime de roubo (art. 157 do Código Penal) no dia 25.11.2001 e um crime de extorsão
(art. 158 do Códgio Penal) no dia 30/05/2003. Venceslau foi condenado pelo crime de
furto em 20.11.2001, e a sentença penal condenatória transitou definitivamente em
julgado no dia 31.03.2002. Pelo crime de roubo, foi condenado e, 30.01.2002, com
sentença transitada em julgado definitivamente em 10.06.2003 e, pelo crime de extorsão,
foi condenado em 20.08.2004, com sentença transitando definitivamente em julgado no
dia 10.06.2006. Com base nos dados acima, bem como nos estudos acerca da reincidência
e dos maus antecedentes, é correto afirmar que: (3,0)

a) Na sentença do crime de furto, Venceslau é considerado portador de maus


antecedentes e, na sentença do crime de roubo, é considerado reincidente.
b) Na sentença do crime de extorsão, Venceslau possui maus antecedentes em
relação ao crime de roubo e é reincidente em relação ao crime de furto.
c) Cinco anos após o transito em julgado definitivo da ultima condenação, Venceslau
será considerado primário, mas os maus antecedentes persistem.
d) Nosso ordenamento jurídico-penal prevê como tempo máximo para a
configuração dos maus antecedentes o prazo de cinco anos a contar do
cumprimento ou extinção da pena e eventual infração posterior.
e) Todas as alternativas estão incorretas.

8) Afirme a sentença como verdadeira ou falsa e fundamente de forma objetiva:

a) Segundo a jurisprudência majoritária, em caso de crimes contra honra de menor,


ocorrerão dois prazos decadenciais para o direito de queixa, um para o representante legal
da criança, a partir da ciência inequívoca da autoria do fato, e caso este não apresente
queixa após 6 meses, ocorrerá outro prazo prescricional para o ofendido(a) assim que
completar a maioridade. (2,5)

Verdadeiro. A Suprema Corte já reconheceu, por meio de sua súmula 594, a existência
de dualidade de titularidades do direito de oferecer queixa, cada um com seu respectivo
prazo: um para o ofendido, quando completar a maioridade, e outro para seu representante
legal.

b) Se o condenado em gozo de livramento condicional, tiver nova condenação transitada


em julgado à pena privativa de liberdade em razão de fato posterior a concessão do
livramento condicional, ainda assim deverá ter descontado de sua nova pena o tempo em
que esteve cumprindo as condições. (2,5)

Falso. O art. 88 do Código Penal assim preceitua: “Revogado o livramento, não poderá
ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro
crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o
condenado.”

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