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GABARITO
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A A A A A
B B B B B
C C C C C
D D D D D
E E E E E
Obs.: Questões 01, 02 e 08 abertas.
1) Godofredo, então com 76 anos de idade, foi condenado pela prática do delito de
lavagem de dinheiro (Art. 1° da Lei n° 9.613/1998 – Pena: reclusão, de 3 a 10 anos, e
multa) à pena de 7 anos e 5 meses de reclusão. A sentença foi publicada no dia 17 de
agosto de 2002. Nesse mesmo dia, o Ministério Público manifestou desinteresse em
recorrer e, por conseguinte, ocorreu o trânsito em julgado para a acusação. Após recurso
da defesa, foi publicado acórdão condenatório em segundo grau, no dia 13 de dezembro
de 2008. A defesa novamente recorreu, havendo outro acórdão condenatório, dessa vez
no Superior Tribunal de Justiça, no dia 3 de setembro de 2011. Algum tempo após esse
acórdão, houve o trânsito em julgado da sentença condenatória no dia 9 de dezembro de
2012. Até hoje, por responsabilidade única do Estado, ainda não foi iniciada a execução
da pena de Godofredo. Considerando que Godofredo contratou você na data de hoje para
dar parecer em relação à ocorrência de prescrição do delito pelo qual ele foi condenado,
indique todas as modalidades de prescrição que ocorreram a partir da sentença
condenatória. (Obs.: Art. 109, CP: II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior
a oito anos e não excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a
quatro anos e não excede a oito) (5,0)
Inicialmente, destaca-se que todos os prazos prescricionais se reduzem pela metade, visto
que Godofredo possuía 70 anos à época da sentença (art. 115, CP). Com base nessa
premissa e considerando que já houve sentença condenatória que condenou Godofredo a
7 anos e 5 meses de reclusão (pena concreta que servirá como base para aferir o prazo
prescricional), tem-se que o prazo prescricional será de 6 anos. Dessa forma, tendo
ocorrido o trânsito em julgado para a acusação, há duas possíveis modalidades de
prescrição que podem ser alegadas na data de hoje: a) prescrição da pretensão punitiva
intercorrente (houve o trânsito em julgado para a acusação e decorram mais de 6 anos
entre a sentença condenatória/trânsito em julgado para a acusação e o acórdão em segundo
grau); b) prescrição da pretensão executória (houve o trânsito em julgado para a acusação
e decorram mais de 6 anos entre o trânsito em julgado da sentença condenatória e a data
de hoje, sem que tenha ocorrido nenhuma causa interruptiva da prescrição).
O princípio ne bis in idem consiste na vedação de que a mesma circunstância fática seja
utilizada ou valorada mais de uma vez pelo magistrado no âmbito da dosimetria da pena.
Isso significa que cada circunstância fática deve ensejar apenas um aumento ou uma
diminuição da pena durante o método trifásico de dosimetria. Caso exista a situação
descrita no enunciado, o magistrado deve seguir o princípio da especialidade, utilizando
a circunstância fática da forma mais específica possível, ou seja, apenas como causa de
aumento de pena (terceira fase da dosimetria).
6) Tendo como base o instituto da ação penal, assinale a afirmativa correta. (3,0)
7) Venceslau praticou um crime de furto (art. 155 do Código Penal) no dia 10.01.2000,
um crime de roubo (art. 157 do Código Penal) no dia 25.11.2001 e um crime de extorsão
(art. 158 do Códgio Penal) no dia 30/05/2003. Venceslau foi condenado pelo crime de
furto em 20.11.2001, e a sentença penal condenatória transitou definitivamente em
julgado no dia 31.03.2002. Pelo crime de roubo, foi condenado e, 30.01.2002, com
sentença transitada em julgado definitivamente em 10.06.2003 e, pelo crime de extorsão,
foi condenado em 20.08.2004, com sentença transitando definitivamente em julgado no
dia 10.06.2006. Com base nos dados acima, bem como nos estudos acerca da reincidência
e dos maus antecedentes, é correto afirmar que: (3,0)
Verdadeiro. A Suprema Corte já reconheceu, por meio de sua súmula 594, a existência
de dualidade de titularidades do direito de oferecer queixa, cada um com seu respectivo
prazo: um para o ofendido, quando completar a maioridade, e outro para seu representante
legal.
Falso. O art. 88 do Código Penal assim preceitua: “Revogado o livramento, não poderá
ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro
crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o
condenado.”