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Zoneamento Ecológico-Econômico

da Região Integrada de Desenvolvimento


do Distrito Federal e Entorno
FASE I

Volume 1

Geologia
Geologia Estrutural
Materiais para Construção Civil,
Insumos Agrícolas e Outros Bens Minerais
Formações Superficiais

2003

Governo do MINISTÉRIO DO
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
MEIO AMBIENTE

SCO
ORDEM E PRO
GR
ES
SO

MINISTÉRIO

FUNCATE
DA INTEGRAÇÃO
Ministério da Agricultura, NACIONAL
qua
S

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA
TA

sere
ER

Pecuária e Abastecimento
LIB

O BRASIL CRESCENDO POR INTEIRO DO DESENVOLVIMENTO DO TAMEN


CENTRO-OESTE
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – Embrapa

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL


SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DO DESENVOLVIMENTO DO CENTRO-OESTE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO D A D

REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO


DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO
FASE I

VOLUME 1

GEOLOGIA
GEOLOGIA ESTRUTURAL
MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL,
INSUMOS AGRÍCOLAS E OUTROS BENS MINERAIS
FORMAÇÕES SUPERFICIAIS

2003
Zoneamento ecológico-econômico da região integrada de desenvolvimento
Z87 do Distrito Federal e entorno: fase I. – Rio de Janeiro: CPRM.Serviço
Geológico do Brasil; Embrapa; MI/SCO, 2003.
3 v.: mapas ; 2 CD-Rom.
Conteúdo: v. 1 – Geologia, Geologia Estrutural, Materiais para
Construção Civil, Insumos Agrícolas e outros Bens Minerais, e
Formações Superficiais. v. 2 – Geomorfologia, Solos e Aptidão Agrícola
das Terras. v. 3 – Levantamento Geoquímico, Estudos Hidrológicos,
Hidrogeologia, Uso Atual e Cobertura Vegetal, Unidades de Conservação
e Legislação, Mapa Geoambiental e Geoprocessamento.
CD-Rom: Formatos Acrobat, e SIG-ArcExplorer 2.0.
1. Ecologia – Brasília, DF. 2. Zoneamento Ecológico-Econômico –
Brasília, DF. 3. Meio Ambiente. 4. Recursos Minerais. 5. Recursos Naturais.
6. Mapa Geoambiental. 7. Geoprocessamento. I. CPRM - Serviço Geológico
do Brasil. II. Embrapa Solos. III. Embrapa Cerrados. IV. Brasil. Ministério da
Integração Nacional. Secretaria Extraordinária do Desenvolvimento do
Centro-Oeste. V. Título.
CDD 333.7098174
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Dilma Vana Rousseff


Ministra de Estado
Giles Carriconde Azevedo
Secretário de Minas e Metalurgia

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais


CPRM – Serviço Geológico do Brasil

Luiz Augusto Bizzi


Diretor-Presidente Interino

Thales de Queiroz Sampaio Luiz Augusto Bizzi


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial Diretor de Geologia e Recursos Minerais
Alfredo de Almeida Pinheiro Filho Paulo Antônio Carneiro Dias
Diretor de Administração e Finanças Diretor de Relações Institucionais e
Desenvolvimento

Superintendência Regional de Goiânia


Mario de Carvalho
Superintendente
José Mário da Silva
Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial
Jamilo José Thomé Filho
Supervisor de Hidrologia e Gestâo Territorial

Escritório Rio de Janeiro

Cássio Roberto da Silva Regina Celia Gimenez Armesto


Departamento de Gestão Territorial – DEGET Divisão de Gestão Territorial – DIGATE

Frederico Cláudio Peixinho Lígia Maria Nascimento de Araújo


Departamento de Hidrologia – DEHID Divisão de Hidrologia Aplicada – DIHAPI

Sabino Orlando Loguércio Paulo Roberto Macedo Bastos


Departamento de Apoio Técnico – DEPAT Divisão de Cartografia – DICART

Valter Alvarenga Barradas Regilene Coutinho de Souza


Divisão de Editoração Geral – DIEDIG Laboratório de Análises Minerais – LAMIN

Gilberto Guimarães Da Vinha Paulo Cesar de Azevedo Branco


Departamento de Informações Divisão de Geoprocessamento – DIGEOP
Institucionais – DEINF
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Roberto Rodrigues
Ministro de Estado

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – Embrapa

Clayton Campanhola
Diretor-Presidente

Mariza Marilena T. Luz Barbosa


Gustavo Kaauark Chianca
Herbert Cavalcante de Lima
Diretores Executivos

Doracy Pessoa Ramos


Chefe Geral da Embrapa Solos

Carlos Magno Campos da Rocha


Chefe Geral da Embrapa Cerrados

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

Ciro Ferreira Gomes


Ministro de Estado

Marcos Formiga
Secretário da Secretaria Extraordinária do Desenvolvimento do Centro-Oeste

Antônio José Guerra


Secretário Executivo do Conselho Administrativo da
Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – COARIDE
e
Gerente da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Marina Silva
Ministra de Estado

Gilney Amorim Viana


Secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
CPRM – Serviço Geológico do Brasil Embrapa

CRÉDITOS DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DA CPRM:

COORDENAÇÃO GERAL
Cássio Roberto da Silva

SUPERVISÃO
Jamilo José Thomé Filho

CHEFIA DO PROJETO
Gilberto Scislewski

COMPATIBILIZAÇÃO TEMÁTICA
Regina Celia Gimenez Armesto
Colaboração: Vitório Orlandi Filho
Douglas Trainini

GEOLOGIA
Texto: Gilberto Scislewski
Vanderlei Antônio de Araújo
Mapa: Gilberto Scislewski
Antônio Augusto Soares Frasca
Vanderlei Antônio de Araújo
Joseneusa Brilhante Rodrigues
Hélio Silveira Gonçalves

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL,


INSUMOS AGRÍCOLAS E OUTROS BENS MINERAIS
Texto e Mapa: Gilberto Scislewski
Levantamentos de Campo: Gilberto Scislewski
Homero Araújo Neto

FORMAÇÕES SUPERFICIAIS
Texto: Gilberto Scislewski
Mapa: Gilberto Scislewski
Antônio Augusto Soares Frasca
Vanderlei Antônio de Araújo
GEOMORFOLOGIA
Texto e Mapa: Marcelo Eduardo Dantas
Colaboração: Gilberto Scislewski
Jamilo José Thomé Filho

LEVANTAMENTO GEOQUÍMICO
Texto: Eric Santos Araújo
Mapa: Eric Santos Araújo
Eronilton de Morais Cavalcante
Amostragem: Eronilton de Morais Cavalcante
João Rocha de Assis
Claudionor Francisco de Souza
Colaboração: Gilberto José Machado
Fernanda Gonçalves da Cunha

ESTUDOS HIDROLÓGICOS
Texto e Mapa: Marco Antonio Correntino da Cunha
Levantamentos de Campo: Marco Antonio Correntino da Cunha
José Estevão de Farias
Paulo Roberto Rosa da Silva
Ruimar de Tarcio Agapito
Supervisão Temática: Lígia Maria Nascimento de Araújo
Colaboração: Ivete Souza de Almeida

HIDROGEOLOGIA
Texto e Mapa: Jamilo José Thomé Filho
Banco de Dados: Thomaz Edson de Vasconcelos
Cadastramento de Poços: Thomaz Edson de Vasconcelos
Franklin Morais
Colaboração: Eronilton de Morais Cavalcante

USO ATUAL E COBERTURA DO SOLO


Processamento Digital de Imagens: Patrícia Duringer Jacques
Erika Leão de Aquino Barbosa
Patrícia Almeida Magalhães
Texto: Patrícia Duringer Jacques
Erika Leão de Aquino Barbosa
Patrícia Almeida Magalhães
Gilberto Scislewski
Jorge Araújo de Souza Lima – Embrapa Solos
Campo: Gilberto Scislewski
Antônio Augusto Soares Frasca
Vanderlei Antônio de Araújo
Jorge Araújo de Souza Lima – Embrapa Solos
Supervisão Temática: Paulo Cesar de Azevedo Branco
Jorge Pimentel
Colaboração: Paulo Emílio Motta – Embrapa Solos
Uebi Jorge Naime – Embrapa Solos
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E LEGISLAÇÃO
Texto: Gilberto Scislewski
Mapa: Jorge Pimentel
Colaboração: Regina Celia Gimenez Armesto
Marcelo Eduardo Dantas

MAPA GEOAMBIENTAL
Texto e Mapa: Douglas Roberto Trainini
Vitório Orlandi Filho
Colaboração: Éder de Souza Martins – CPAC Embrapa
Gilberto Scislewski
Jamilo José Thomé Filho
Marcelo Eduardo Dantas
Paulo Emilio F. da Motta
Digitalização e Editoração: Vitório Orlandi Filho
Douglas Roberto Trainini
Rui Arão Rodrigues
Supervisão de Edição: Luís Edmundo Giffoni

GEOPROCESSAMENTO
Sistema de Informações Geográficas –
SIG’s SpansGIS e ArcView 3.2: Jorge Pimentel
Paulo Cesar de Azevedo Branco
Bases de Dados Temáticas: Jorge Pimentel
Colaboração: Patrícia Duringer Jacques
Carlos Fernando Nogueira Cabral
Organização e Elaboração do
Atlas Digital no ArcExplorer: Ivete Souza de Almeida
Colaboração: Elaine de Souza Cerdeira
Processamento Digital de Imagens: Patrícia Duringer Jacques
Erika Leão de Aquino Barbosa
Patrícia Almeida Magalhães
Supervisão Temática: Paulo Cesar de Azevedo Branco

DIGITALIZAÇÃO E EDITORAÇÃO CARTOGRÁFICA


Paulo Roberto Macedo Bastos
Wilhelm Petter de F. Bernard
Marília S. Salinas do Rosário
Maria Luiza Poucinho
Luiz Claudio Ferreira
Afonso de S. Lobo
José Carlos Ferreira da Silva
João Carlos de Souza Albuquerque
Risonaldo Pereira da Silva
José Pacheco Rabelo
Leila Maria Rosa de Alcântara
Marco Antônio de Souza
Conversão de Dados: Luiz Claudio Ferreira
Paulo Ricardo Almeida Sampaio
Colaboração: Helena Soares Zanetti Eyben
Luiz Carlos de Melo
DIAGRAMAÇÃO, EDITORAÇÃO DE TEXTO E DESIGN
Valter Alvarenga Barradas
Agmar Alves Lopes
Hélio Tomassini de O. Filho
Laura Maria Rigoni Dias
Pedro da Silva
Sandro José Castro
Sérgio Arthur Giaquinto

CRÉDITOS DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DA EMBRAPA:

COORDENAÇÃO GERAL
Celso Vainer Manzatto – Embrapa Solos

SOLOS
Paulo Emílio F. da Motta
Uebi J. Naime
Amaury de C. Filho
Adriana Reatto
Éder de Souza Martins

APTIDÃO AGRÍCOLA
Uebi J. Naime
Paulo Emílio F. da Motta
Amaury de C. Filho
Adriana Reatto
Éder de Souza Martins
Jorge A. S. Lima

GEOPROCESSAMENTO
Ronaldo Pereira de Oliveira

DIGITALIZAÇÃO E EDITORAÇÃO CARTOGRÁFICA


José da Silva Souza
SUMÁRIO

VOLUME 1
APRESENTAÇÃO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

2 GEOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Descrição das Unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.1 Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.2 Associação Ortognáissica Migmatítica (Pg 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2.3 Seqüência Metavulcanossedimentar Rio do Peixe (Mrp) . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2.4 Metaultramafito Tipo Morro Feio (Mm ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2.5 Grupo Araxá - Unidade B (MaB) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2.6 Grupo Canastra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2.7 Grupo Paranoá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2.8 Grupo Ibiá – Formação Rio Verde (Nrv) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2.9 Granitos Sintectônicos - Granitos Tipo Aragoiânia -Alexânia (Ng 1ar) . . . . . . . . . . . 13
2.2.10 Grupo Bambuí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2.11 Coberturas Detrito-lateríticas Terciário-Quaternária (TQdl) . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2.12 Cobertura Arenosa Indiferenciada (QPi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2.13 Aluviões Holocênicas (QHa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.3 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

3 GEOLOGIA ESTRUTURAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2 Seqüência de Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.3 Elementos Estruturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.4 Interpretação Estrutural das Feições de Interesse Hidrogeológico . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.5 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

4 MATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL, INSUMOS AGRÍCOLAS E OUTROS


BENS MINERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.2 Materiais para a Construção Civil e Insumos Agrícolas no Distrito Federal e
Entorno – (Área do Projeto ZEE RIDE – Fase I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.2.1 Situação dos Direitos Minerários na Área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.2.2 Descrição das Ocorrências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.2.2.1 Areias e Cascalhos Aluvionares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.2.2.1.1 Areias Finas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.2.2.1.2 Areia Grossa e Cascalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.2.2.1.3 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.2.2.1.4 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2.2.1.5 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2.2.2 Areia de Quartzito (Areia Lavada) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.2.2.2.1 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.2.2.2.2 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2.2.2.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2.2.3 Areia Saibrosa e Saibro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2.2.3.1 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.2.2.3.2 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.2.2.3.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.2.2.4 Argila . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.2.2.4.1 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.2.2.4.2 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.2.2.4.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.2.2.5 Rochas Carbonáticas – Calcários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.2.2.5.1 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.2.2.5.2 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.2.2.5.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.2.2.6 Granitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.2.2.7 Lateritas – Cascalho Laterítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.2.2.7.1 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.2.2.7.2 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.2.2.7.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.2.2.8 Quartzito – Pedra-de-Talhe (Pedra de Pirenópolis) . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.2.2.8.1 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.2.2.8.2 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.2.2.8.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.2.2.9 Xisto – Brita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.2.2.9.1 Método de Lavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.2.2.9.2 Impactos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.2.2.9.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.3 Outros Bens Minerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.3.1 Descrição das Ocorrências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.3.1.1 Água Mineral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.3.1.2 Ouro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.3.1.3 Cristal-de-Rocha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.3.1.4 Rutilo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.3.1.5 Chumbo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.4 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

5 FORMAÇÕES SUPERFICIAIS – SUBSÍDIOS PARA PLANEJAMENTO . . . . . . . . . . . . . . 51


5.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5.2 Definição e Análise Teórico-Conceitual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5.3 Características Gerais dos Domínios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.4 Ocupação Urbana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.4.1 Características a Serem Consideradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.4.2 Problemas Constatados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
5.4.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
5.5 Uso Agropecuário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
5.5.1 Características a Serem Consideradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
5.5.2 Problemas Constatados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
5.5.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
5.6 Implantação de Obras Viárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
5.6.1 Características a Serem Consideradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
5.6.2 Problemas Constatados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
5.6.3 Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
5.7 Disposição de Rejeitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.7.1 Características a Serem Consideradas e Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.7.2 Critérios Recomendados para a Seleção de Áreas para a Implantação de
Aterros Sanitários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.8 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

MAPAS TEMÁTICOS:
Ø Geológico
Ø Materiais para Construção Civil, Insumos Agrícolas e Outros Bens Minerais
Ø Formações Superficiais

VOLUME 2
APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

6 GEOMORFOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
6.2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
6.3 Caracterização Geomorfológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
6.3.1 Aspectos Geoecológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
6.3.2 Condicionantes Litoestruturais, Intemperismo e Formas de Relevo . . . . . . . . . . . . 5
6.3.3 O Papel das Couraças Detrítico-Lateríticas na Compartimentação do Relevo . . . . . . . 5
6.3.4 As Superfícies de Aplainamento e Evolução Geomorfológica da Paisagem . . . . . . . . 7
6.4 Caracterização e Descrição Analítica das Unidades Geomorfológicas . . . . . . . . . . . . . 11
6.4.1 Alinhamentos Serranos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.4.1.1 Serra dos Pireneus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.4.2 Planaltos Retocados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.4.2.1 Planalto do Distrito Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.4.2.2 Planalto do Alto Rio Preto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.4.2.3 Planalto do Alto Rio São Marcos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
6.4.2.4 Patamares do Planalto do Distrito Federal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
6.4.2.5 Chapada das Covas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6.4.2.6 Chapada do Canta-Galo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6.4.3 Planaltos Dissecados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6.4.3.1 Planalto do Alto Rio Maranhão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6.4.3.2 Planalto do Alto Tocantins-Paranaíba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
6.4.4 Depressões Intermontanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
6.4.4.1 Depressão Intermontana do Rio Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
6.4.5 Escarpas Erosivas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
6.4.5.1 Escarpa da Depressão do Rio Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
6.4.6 Vales Encaixados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
6.4.6.1 Vale Encaixado do Rio São Bartolomeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
6.4.6.2 Vale Encaixado do Rio Corumbá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
6.4.7 Domos Estruturais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6.4.7.1 Domo de Cristalina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6.5 Considerações Finais e Aspectos Sócio-Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6.5.1 Serra dos Pireneus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6.5.2 Planalto do Distrito Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6.5.3 Planalto do Alto Rio Preto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6.5.4 Planalto do Alto Rio São Marcos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6.5.5 Patamares do Planalto do Distrito Federal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6.5.6 Chapada das Covas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6.5.7 Chapada do Canta-Galo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6.5.8 Planalto do Alto Rio Maranhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6.5.9 Planalto do Alto Tocantins-Paranaíba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6.5.10 Depressão Intermontana do Rio Verde. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6.5.11 Escarpa da Depressão do Rio Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6.5.12 Vale Encaixado do Rio São Bartolomeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6.5.13 Vale Encaixado do Rio Corumbá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6.5.14 Domo de Cristalina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6.6 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

7 SOLOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
7.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
7.2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
7.2.1 Procedimentos Gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
7.2.2 Critérios para Estabelecimento e Subdivisão das Classes de Solos e Fases de Unidades
de Mapeamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
7.3 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
7.4 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
7.5 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

8 APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55


8.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
8.2 O Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
8.2.1 Níveis Tecnológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
8.2.2 Categorias do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
8.2.2.1 Grupos de Aptidão Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
8.2.2.2 Subgrupos de Aptidão Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
8.2.2.3 Classes de Aptidão Agrícola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
8.2.2.3.1 Classe Boa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.2.2.3.2 Classe Regular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.2.2.3.3 Classe Restrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.2.2.3.4 Classe Inapta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.2.3 Simbolização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.2.4 Convenções Adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8.3 Classificação da Aptidão Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8.3.1 Análise das Condições Agrícolas das Terras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8.3.2 Estabelecimento das Classes de Aptidão Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
8.4 Métodos de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
8.5 Aptidão Agrícola das Terras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
8.5.1 Classes de Aptidão Agrícola de Acordo com a Legenda de Identificação dos Solos . . . . 62
8.5.2 Identificação das Classes de Aptidão Agrícola da Terra. . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
8.5.2.1 Descrição dos Subgrupos de Aptidão Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
8.6 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

MAPAS TEMÁTICOS:
Ø Geomorfológico
Ø Reconhecimento de Baixa Intensidade de Solos
Ø Aptidão Agrícola das Terras

VOLUME 3
APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

9 LEVANTAMENTO GEOQUÍMICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
9.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
9.2 Objetivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
9.3 Métodos e Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
9.3.1 No Campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
9.3.2 No Laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
9.4 Controle de Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
9.5 Tratamento Estatístico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
9.6 Resultados Obtidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
9.6.1 Sedimentos de Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
9.6.2 Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
9.7 Interpretação e Discussão dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
9.7.1 Aspectos Geológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
9.7.1.1 Aplicações à Prospecção Geoquímica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
9.7.1.2 Aplicações no Mapeamento Geológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9.7.1.3 Aplicações ao Meio Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9.8 Comportamento dos Elementos/Íons Selecionados e sua Interpretação . . . . . . . . . . . . 31
9.9 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
9.10 Conclusões e Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
9.11 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
10 ESTUDOS HIDROLÓGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
10.1 Principais Cursos D’Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
10.2 Caracterização Pluviométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
10.2.1 Máximo Percentual de Contribuição (MPC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
10.2.1.1 Precipitações Máximas de 1 Dia de Duração para Diferentes Tempos
de Retorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
10.2.2 Equações de Chuvas Intensas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
10.3 Caracterização Climática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
10.3.1 Temperatura do Ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
10.3.2 Evaporação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
10.3.3 Umidade Relativa do Ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
10.3.4 Balanço Hídrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
10.3.5 Isoietas Totais Anuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
10.4 Escoamento Superficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
10.4.1 Curva de Permanência de Vazões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
10.4.2 Curva de Recessão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
10.4.3 Vazões Medidas na Área do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
10.4.4 Parâmetros de Qualidade de Água e Concentração de Sedimentos . . . . . . . . . . 55
10.5 Balanço Hidrológico Anual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
10.6 Conclusões e Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
10.6.1 Sugestão de Locais para Instalação de Estações Fluviométricas . . . . . . . . . . . 59
10.6.2 Sugestão de Locais para Monitoramento da Qualidade de Água . . . . . . . . . . . 59
10.7 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

ANEXO A – DADOS HIDROLÓGICOS

11 HIDROGEOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
11.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
11.2 Metodologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
11.3 Compartimentação Hidrogeológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
11.3.1 Domínio Poroso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
11.3.1.1 Aluvionar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
11.3.1.2 Coberturas Cenozóicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
11.3.2 Domínio Fraturado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
11.3.2.1 Rochas Cristalinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
11.3.2.2 Araxá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
11.3.2.3 Grupo Bambuí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
11.3.2.4 Grupo Canastra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
11.3.2.5 Paranoá 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
11.3.2.6 Paranoá 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
11.4 Características Hidroquímicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
11.5 Vulnerabilidade dos Aqüíferos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
11.6 Uso da Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
11.7 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
11.8 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

ANEXO I – CATÁLOGO DE ANÁLISES QUÍMICAS DA ÁGUA DOS POÇOS


ANEXO II – CATÁLOGO DOS POÇOS
12 USO ATUAL E COBERTURA DO SOLO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
12.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
12.2 Metodologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
12.3 Classes de Uso e Cobertura do Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
12.3.1 Áreas Reflorestadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
12.3.2 Áreas de Campo Limpo ou Campo Cerrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
12.3.3 Cerradões e Matas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
12.3.4 Mata Ciliar ou Mata Galeria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
12.3.5 Pivô Central . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
12.3.6 Núcleos Urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
12.3.7 Vegetação Nativa Substituída . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
12.3.8 Reservatórios e Açudes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
12.4 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
12.5 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

13 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E LEGISLAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79


13.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
13.2 Unidades de Conservação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
13.3 Tipos de Unidades de Conservação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
13.3.1 APAs – Áreas de Proteção Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
13.3.1.1 APA do Rio São Bartolomeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
13.3.1.2 APA do Rio Descoberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
13.3.1.3 APA das Bacias do Gama e Cabeça de Veado . . . . . . . . . . . . . . . . 80
13.3.1.4 APA de Cafuringa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
13.3.1.5 APA do Lago Paranoá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
13.3.1.6 APA do Planalto Central/DF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
13.3.1.7 APA da Serra dos Pireneus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
13.3.2 ARIEs - Áreas de Relevante Interesse Ecológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
13.3.2.1 ARIE do Paranoá Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.2.2 ARIE Capetinga-Taquara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.2.3 ARIE dos Córregos Taguatinga-Cortado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.2.4 ARIE Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.2.5 ARIE do Cerradão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.2.6 ARIE Parque Juscelino Kubitschek. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.2.7 ARIE da Granja do Ipê . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.3 RE – Reservas Ecológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
13.3.3.1 Reserva Ecológica do IBGE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13.3.3.2 Reserva Ecológica do Guará . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13.3.3.3 Reserva Ecológica do Gama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13.3.3.4 Reservas Ecológicas no Lago Paranoá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13.3.4 EE ou ESEC - Estações Ecológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13.3.4.1 Estação Ecológica de Águas Emendadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13.3.4.2 Estação Ecológica do Jardim Botânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13.3.4.3 Estação Ecológica da Universidade de Brasília . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.5 APM – Áreas de Proteção de Mananciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.6 Jardins Zoológicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.6.1 Jardim Zoológico de Brasília . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.7 Parques Nacionais – Estaduais – Municipais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.7.1 Parque Nacional de Brasília . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.7.2 Parque Estadual da Serra de Pirenópolis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.8 Parques Urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
13.3.8.1 Parque Ecológico Norte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.2 Parque da Cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.3 Parque Boca da Mata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.4 Parque do Guará . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8 5 Parque Veredinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.6 Parque do Rio Descoberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.7 Parque Olhos d’Água. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.8 Parque Três Meninas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.9 Parque São Sebastião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.10 Parque do Paranoá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.11 Parque Areal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
13.3.8.12 Parque dos Jequitibás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

14 MAPA GEOAMBIENTAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
14.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
14.2 Metodologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
14.3 Nota Explicativa da Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
14.3.1 Domínios Geoambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
14.3.2 Unidades Geoambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
14.3.3 Características. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
14.3.4 Potencial Mineral Hidrogeológico, Agropecuário e Geoturístico . . . . . . . . . . . . 88
14.3.5 Restrições às Intervenções Antrópicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
14.3.5.1 Ocupação Urbana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
14.3.5.2 Obras Enterradas e Obras Viárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
14.3.5.3 Disposição de Rejeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
14.3.5.4 Agropecuária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
14.3.6 Aspectos Ambientais e Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
14.3.7 Altos Potencialmente Difusores de Poluição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
14.3.8 Alinhamento Estruturais – Provável Neotectônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
14.3.9 Drenagens Poluídas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
14.3.10 Considerações Finais e Recomendações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
14.3.11 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

15 GEOPROCESSAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
15.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
15.2 Metodologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
15.3 Atlas Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
15.3.1 Dados Digitais e Bases de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
15.4 Instalação do ArcExplorer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
ANEXO – ATLAS DIGITAL – ARCEXPLORER 2.0

Ø Aptidão Agrícola das Terras


Ø Base Cartográfica
Ø Formações Superficiais
Ø Fusão MDT_IMAGEM LANDSAT
Ø Geoambiental
Ø Geologia
Ø Geomorfologia
Ø Geoquímica
Ø Hidrogeologia
Ø Hidrologia
Ø Prioridade de Ações
Ø Recursos Minerais
Ø Solos
Ø Uso Atual do Solo e Cobertura Vegetal
Ø Vunerabilidade dos Aqüíferos

MAPAS TEMÁTICOS:

Ø Levantamento Geoquímico
Ø Rede Hidrometeorológica
Ø Hidrogeológico
Ø Uso Atual do Solo, Cobertura Vegetal e Unidades de Conservação
Ø Geoambiental
APRESENTAÇÃO

O s recursos minerais, solo, água e a bio-


ta, que compõem a Terra, estão organizados em
sileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Funda-
ção Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada –
ecossistemas que oferecem uma grande varieda- IPEA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
de de serviços essenciais para manutenção da in- Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Agência
tegridade dos sistemas que sustentam a vida e a Nacional de Águas – ANA e Instituto Brasileiro de
capacidade produtiva do meio ambiente. Pesquisas Espaciais – INPE.
As crescentes necessidades humanas e a Nesse contexto, a partir de julho de 2002,
expansão das atividades econômicas estão exer- deu-se início ao Projeto Zoneamento Ecológi-
cendo pressão cada vez maior sobre os recursos co-Econômico da Região Integrada de Desenvol-
naturais, criando competição e conflitos, tendo, vimento do Distrito Federal e Entorno – Fase I
em geral, como resultado, o uso impróprio da apti- (ZEE RIDE – Fase I), desenvolvido pelo Serviço
dão natural da terra. Geológico do Brasil – CPRM e pela Embrapa Cer-
Para o uso adequado da terra é necessário rados e Embrapa Solos, constando da elaboração
uma abordagem integrada dos meios, físico, bióti- dos seguintes temas: geologia, geomorfologia, re-
co, socioeconômico e cultural, pois a sobrevivên- cursos hídricos, solos, aptidão agrícola, forma-
cia da humanidade dependerá, no milênio, da ções superficiais, geoquímica, uso atual do solo e
nossa capacidade de entender os princípios bási- cobertura vegetal/unidades de conservação, ma-
cos da ecologia, como: interdependência, recicla- teriais para a construção civil/insumos agrícolas e
gem, parceria, flexibilidade, diversidade e, como outros recursos minerais. Os mapas relativos aos
conseqüência de todos estes, a busca do desen- referidos temas estão na escala 1:250.000 e
volvimento sustentável. abrangem uma área de 24.550km2, correspon-
Diante da necessidade de prover a socie- dente à Fase I do Projeto ZEE-RIDE.
dade brasileira e, sobretudo, seus governantes, O Projeto ZEE RIDE – Fase I, incluído no
de informações técnicas que sintetizassem as ap- Programa de Gestão Política de Desenvolvimento
tidões sustentáveis dos geossistemas e sistemas Urbano, Ação Levantamento de Informações para
antrópicos que compõem o território nacional, o a Gestão Territorial do Programa Plurianual do
governo brasileiro, através da SAE, constituiu, em Governo Federal, 2000-2003, contou com a par-
1989, um comitê, com representantes de todos os ceria institucional da Secretaria Extraordinária do
ministérios da República, para formular as bases Desenvolvimento do Centro- Oeste – SCO do Mi-
de uma metodologia brasileira para o ordenamen- nistério da Integração Nacional – MI, do Instituto
to territorial nacional. A partir de então, a metodo- Interamericano de Cooperação para a Agricultura
logia vem sendo consolidada e servindo de base – IICA, da Fundação de Ciências, Aplicações e
para vários estados da federação elaborarem os Tecnologia Espaciais – FUNCATE, da Secretaria
seus ZEEs. de Meio Ambiente e Recursos Hídricos –
Em dezembro de 2001, através de decreto SEMARH do Distrito Federal, da Secretaria de
presidencial foi reinstituída a Comissão Coorde- Políticas para o Desenvolvimento Sustentável –
nadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do SDS do Ministério do Meio Ambiente – MMA e do
Território Nacional e a criação do Grupo de Traba- Consórcio ZEE-Brasil.
lho Permanente para a execução do Zoneamento Para a divulgação, os relatórios e mapas te-
Ecológico-Econômico, denominado de Consórcio máticos foram organizados três volumes, a saber:
ZEE – Brasil, representado pelo Ministério do Volume 1 - Geologia; Geologia Estrutural;
Meio Ambiente, Ministério da Integração Nacio- Materiais para Construção Civil, Insumos Agríco-
nal, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá- las e Outros Bens Minerais; e Formações Superfi-
ria – EMBRAPA, Companhia de Pesquisa de Re- ciais – Subsídios para Planejamento. Mapa Geo-
cursos Minerais – CPRM, Fundação Instituto Bra- lógico; Mapa de Materiais para Construção Civil,
Insumos Agrícolas e Outros Bens Minerais; e Legislação; e Geoprocessamento. Mapa de Le-
Mapa de Formações Superficias. vantamento Geoquímico; Mapa da Rede Hidro-
Volume 2 - Geomorfologia; Solos; e Apti- meteorológica; Mapa Hidrogeológico; Mapa de
dão Agrícola das Terras. Mapa Geomorfológico; Uso Atual do Solo, Cobertura Vegetal e Unidades
Mapa de Reconhecimento de Baixa Intensidade de Conservação e Mapa Geoambiental.
de Solos; e Mapa de Aptidão Agrícola das Ter- As informações resultantes deste estudo,
ras. relatórios, mapas e bases de dados, estão tam-
Volume 3 - Levantamento Geoquímico; bém disponíveis em CD-ROM, no Serviço Geoló-
Estudos Hidrológicos; Hidrogeologia; Uso Atual e gico do Brasil, em seu escritório no Rio de Janeiro,
Cobertura Vegetal; Unidades de Conservação e ou em sua página na Internet.

Thales de Queiroz Sampaio


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
ZEE
RIDE
FASE I

1 INTRODUÇÃO
O Serviço Geológico do Brasil, iniciou em
1999, através do Projeto GATE/Brasília, atual-
BR-070 de Brasília a Cocalzinho e BR-414 que vai
de Anápolis a Niquelândia, atravessando a área
mente denominado de Zoneamento Ecológi- no sentido norte-sul. A área é também servida por
co-Econômico da Região Integrada de Desenvol- rodovias estaduais e distritais destacando-se as
vimento do Distrito Federal e Entorno – Fase I GO-010, GO-12, GO-118, GO-346, GO-424,
(ZEE RIDE – Fase I), os estudos sobre o meio físi- GO-425 e as DF-001, DF-5, DF-6, DF-100,
co da região, visando subsidiar o seu ordenamen- DF-130, DF-205, DF-270 e DF-250. O acesso
to e desenvolvimento territorial de forma sustentá- faz-se também pela ferrovia da Rede Ferroviária
vel. Foram executados levantamentos nos cam- Federal S.A. e por aeronaves de pequeno e gran-
pos da Geologia, Geomorfologia, Geoquímica, Hi- de porte através do Aeroporto Internacional de
drologia e Hidrogeologia, Solos e Uso Atual e Co- Brasília.
bertura do Solo, Formações Superficiais, Unida- A área em estudo possui uma população de
des de Conservação e Recursos Minerais, nas cerca de dois milhões e novecentos mil habitan-
escalas 1:250.000 e 1:100.000, reunidos e colo- tes, sendo 65% no Distrito Federal e 35% no
cados de forma clara e acessível para o uso da Entorno, distribuídos pelas diversas cidades e mu-
comunidade. O projeto, em sua concepção inte- nicípios da região. O principal componente da
gral, abrange a região do Distrito Federal e seu evolução demográfica, tanto do Distrito Federal
entorno, englobando, além do Distrito Federal, 19 como do Entorno, tem sido basicamente a migra-
municípios no estado de Goiás e dois em Minas ção, decorrente do desemprego e da seca que
Gerais, perfazendo uma área aproximada de afetaram várias regiões do Brasil, principalmente
56.400 km2. Por questões operacionais foi priori- o Nordeste. A opção para estas pessoas é viajar
zada uma área de aproximadamente 24.550 km2 para o entorno do DF à procura de serviços e pro-
abrangendo o DF e as regiões contíguas a sul e gramas sociais como: emprego, saúde, educação
oeste, onde é maior a demanda por recursos na- e moradia, oferecidos pelos governantes. No pro-
turais e que constitui a área de estudo da Fase I cesso de atendimento a essa demanda migratória
do ZEE RIDE. foram criadas novas áreas urbanas no DF (Sa-
A área está localizada entre os meridianos mambaia, Recanto das Emas etc.) para absorver
47º00’ e 49º00’ de longitude oeste e os paralelos e erradicar invasões.
15º00’ e 17º00’ de latitude sul, inserta na região Durante muitos anos conseguiu-se controlar
conhecida como Região Integrada de Desenvolvi- a ocupação dentro do território do DF, limitando ao
mento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), en- máximo os novos assentamentos. Porém, essa
globando, além do Distrito Federal, parcial ou to- política de assentamento não foi aplicada ao redor
talmente os municípios de: Vila Propício, Padre do DF, refletindo na ocupação caótica da região
Bernardo, Planaltina de Goiás, Formosa, Pirenó- do entorno.
polis, Corumbá de Goiás, Cocalzinho de Goiás, Segundo o IBGE, a maioria dos migrantes
Águas Lindas de Goiás, Abadiânia, Alexânia, Ci- vem do nordeste, principalmente dos estados do
dade Ocidental, Cristalina, Luziânia, Novo Gama, Piauí, Paraíba, Ceará e Bahia.
Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de O censo de 1970 mostrava que a participa-
Goiás, Anápolis e Silvânia no Estado de Goiás; ção migratória correspondia a 75% da taxa de
Unaí em Minas Gerais. (Figura 1.1) crescimento do DF, caindo na década de 70,
O acesso faz-se através das rodovias BR - quando o crescimento vegetativo predominou so-
153/060 que liga Goiânia a Brasília, a BR - 251 de bre o migratório. Mas, nas décadas de 80 e 90,
Brasília a Unaí, a BR - 040/050 que une Brasília a essa contribuição correspondia a 33%. Tal fato foi
Cristalina, a BR - 020/030 de Brasília a Formosa; a agravado pelas políticas habitacionais do governo

1
ZEE
RIDE
FASE I

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DA REGIÃO INTEGRADA


DE DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO
ZEE RIDE – FASE I
49°00’ 48°30’ 48°00’ 47°30’ 47°00’ 46°30’

Água Fria
de Goiás
Mimoso de
Goiás 15°00’
15°00’ Maranhão l Vila
aia
Arr Boa
Rio Padre
Bernardo
Rio
GOIÁS
SD.23 - Y - C - I

MINAS
Planaltina-GO
GERAIS 15°30’
15°30’ Rio Formosa
Verde Rio Buritis
Sobradinho Planaltina Urucuia
Brazilândia
SD.22 - Z - D - VI
Cocalzinho Águas Lindas Brasília
Brasília Formosa
Pirenópolis
Ceilândia Taguatinga SD.23 -Y - C - IVD.F. Cabeceiras
S.Antônio do Samambaia São
Corumbá Descoberto Sebastião
de Goiás
Gama
berto
s

16°00’
ia

16°00’
Are

Alexânia Valparaíso
Desco

Cabeceira
Novo Gama Cidade Ocidental
Rio Grande
m eu
Rio

SE.22 - X - B - II
Abadiânia Pre
Rio São B a rtolo
Rio

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Rio das Luziânia
Ri

SE.23 - V - A - I
a

Antas
o

Pamplon

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Anápolis
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16°30’ 16°30’
Rio

rum

SE.23 - V - A -IV
Co

Cristalina
o
Ri

GOIÁS 17°00’
s
17°00’ rco
Ma
S ão
10km 0 10

o
Ri (Aproximada)

49°00’ 48°30’ 48°00’ 47°30’ 47°00’ 46°30’

LIMITE DA ÁREA DA RIDE (56.400 km 2)


2
LIMITE DA ÁREA DO PROJETO ZEE RIDE FASE I (24.550 km )

DIVISA DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO (DF - GO - MG)

DIVISA DE MUNICÍPIOS (22 municípios:19 em Goiás;3 em Minas Gerais)


RODOVIA

DRENAGEM

Figura 1.1 – Áreas da RIDE e do ZEE RIDE - Fase I

2
ZEE
RIDE
FASE I

do Distrito Federal com a distribuição de lotes, A agropecuária tem um papel relevante na


provocando um aumento gritante na geração de economia da região do entorno do DF. As maiores
fluxos migratórios internos e externos no início da áreas de solo são ocupadas com cultura de grãos
década de 90, contribuindo dessa forma para um e pastagem artificial, ficando a fruticultura e a hor-
inchaço tanto do DF como das cidades já existen- ticultura com áreas menores. Na pecuária, predo-
tes no Entorno, provocando também o surgimento mina a criação de bovinos seguida por suínos e
de novos núcleos urbanos na região. Convém res- eqüinos, extensiva a toda a região, com destaque
saltar que os municípios que apresentaram maior para os municípios de Luziânia, Cristalina, Formo-
crescimento populacional foram: Águas Lindas de sa e Pirenópolis. A agricultura varia desde a de
Goiás, Luziânia, Valparaíso, Formosa, Planaltina subsistência até a de grandes culturas de cereais,
de Goiás e Cidade Ocidental que abrigam mais de principalmente soja, milho e feijão, como também
50% da população total do Entorno. O caso mais grande produção de tomate. As grandes culturas
preocupante é o do município de Águas Lindas comerciais são beneficiadas por irrigação do tipo
onde, em menos de dez anos, instalou-se uma po- pivô central, onde a lavoura tem se expandido em
pulação de mais de 100.000 habitantes. Por outro áreas anteriormente ocupadas por cerrado, em
lado, registra-se ainda que estes núcleos têm ab- cujos solos são usados corretivos e fertilizantes
sorvido um contingente migratório de baixa qualifi- para compensar as deficiências naturais. As áreas
cação profissional que encontra, em geral, dificul- com produção agrícola mais significativa são as
dades de moradia e trabalho em outras regiões do de Luziânia, principalmente na região dos rios
país e do DF. Isto propiciou o surgimento de uma Pamplona e Samambaia, com grande quantidade
população flutuante com alguma atividade econô- de pivôs centrais. Neste setor destacam-se ainda
mica no DF, transformando, tanto as cidades saté- os municípios de Formosa, Cristalina, Planaltina
lites como as do Entorno, em cidades dormitórios, de Goiás, Padre Bernardo e, no território do Distri-
acarretando o aumento da violência e dos custos to Federal, Sobradinho, Brazlândia e Gama. As
sociais. culturas de subsistência são cíclicas devidas à sa-
A densidade demográfica da região é uma zonalidade climática. Outras regiões apresentam
das maiores do Brasil, com a média de 340 habi- focos de produção com a presença de chácaras
tantes por quilômetro quadrado. Segundo o IBGE margeando as principais drenagens.
e CODEPLAN, a taxa de crescimento do Distrito Está presente também a silvicultura: áreas
Federal, que era alta (14,39%) nas décadas de 60 de reflorestamentos com pinus, eucalipto e frutífe-
e 70, caiu nas últimas décadas (2,84%). O contrá- ras: (laranjas e bananas). Ocupam áreas desapro-
rio, porém, aconteceu com as cidades satélites e priadas e arrendadas por empresas.
as do Entorno, que na última década (90) tiveram No que se refere ao turismo, existem dois
um aumento populacional de 412%. Segundo o aspectos a serem considerados. O primeiro é a
IPEA, o Distrito Federal possui atualmente a maior importância arquitetônica e política de Brasília,
renda per capita do Brasil, em torno de 9.500 dóla- declarada Patrimônio Cultural da Humanidade
res, mais que o dobro da média nacional. O de- pela ONU e que constitui atualmente o principal
semprego, no entanto, é alto e afeta principalmen- ponto turístico da região, atraindo visitantes de
te os trabalhadores menos qualificados das cida- todo o Brasil e até mesmo do exterior. O segundo
des satélites e do Entorno. é a demanda gerada pela população da própria re-
As atividades econômicas são fortemente gião. Os principais locais de interesse histórico e
influenciadas pela estrutura urbana do Distrito beleza cênica já vêm sendo explorados, mas há
Federal. Dessa forma, a indústria aparece de ainda muito a ser aproveitado e explorado no
modo complementar e predominantemente de ramo do ecoturismo.
caráter terciário. Destacando-se a indústria da No Entorno, os principais pontos turísticos
construção civil como a maior responsável pela são aqueles que exploram as belezas naturais, si-
absorção da mão-de-obra local. Conforme dados tuadas nos municípios de Cocalzinho de Goiás,
do IPEA esse setor responde por 6,9 % do produ- Cristalina, Formosa, Corumbá de Goiás e Pirenó-
to interno bruto distrital (PIB). Outros setores que polis.
também aparecem são os de confecção, mobiliá- A extração mineral, concentrada no setor de
rio, alimentício, editorial e gráfico. Na região do materiais para a construção civil e insumos agrí-
Entorno a economia também esta ligada à indús- colas, é modesta. Além da exploração de argila,
tria correlacionada à construção civil, entre elas areia e brita para material de construção, o quart-
destacam-se a madeireira, cerâmica e mobiliária, zito laminado constitui bem mineral largamente
que respondem pela maior ocupação da mão- utilizado na construção civil como pedra de reves-
de-obra. timento, pisos rústicos e fachadas. É extraído em

3
ZEE
RIDE
FASE I

Pirenópolis, Corumbá e Cocalzinho de Goiás. O taxa de alfabetização de 93%. Já na área do


calcário aparece como o bem mineral de maior Entorno este índice cai e fica próximo à média do
produção e beneficiamento na região, sendo em- estado que é de 86,8%. No que concerne ao ensi-
pregado como pedra britada e na fabricação de ci- no, existem na área escolas em todos os níveis,
mento e de pó calcário para a agricultura. Estão principalmente no DF onde se concentram os es-
em funcionamento os garimpos de cristal-de-ro- tabelecimentos de ensino superior, destacan-
cha em Cristalina, onde a produção é dirigida para do-se a Universidade de Brasília. No Entorno ape-
o artesanato mineral. Água mineral é produzida nas Formosa e Luziânia possuem faculdades.
em Formosa e Anápolis. Como o município de Lu- Com relação ao nível de atendimento, o Entorno é
ziânia apresenta um bom potencial para ouro, deficiente em número de escolas, isto é evidencia-
com reservas conhecidas, estão sendo pesquisa- do pelo grande número de alunos provenientes
das áreas para este bem mineral em vários outros dos seus municípios que utilizam as escolas do
municípios da região. DF.
A infra-estrutura é representada pelo abas- No setor de saúde, percebe-se claramente
tecimento de água, energia elétrica, esgoto sani- uma grande concentração de instalações médi-
tário, drenagem pluvial e telecomunicações. A co-hospitalares no DF, principalmente no Plano
Companhia de Água e Esgotos de Brasília Piloto e nas Regiões Administrativas de Tagua-
CAESB é o órgão responsável pelo abastecimen- tinga e Lago sul, onde há um grande número de
to de água e esgoto sanitário do DF. O abasteci- hospitais e clínicas particulares. Nas demais Re-
mento de água é feito através de dois grandes sis- giões Administrativas e no Entorno esse número
temas: Santa Maria/Torto e o lago Descoberto, decresce bastante. Em 1999 havia no DF 17 hos-
este o mais significativo, fornecendo 67,22% da pitais públicos enquanto no Entorno, apenas 9
água consumida em Brasília, complementado ain- (1996).
da por mais de uma dezena de pequenas e médi- O clima da região do DF e Entorno pode ser
as captações, sendo que em algumas cidades do classificado como úmido a subúmido com tendên-
Distrito Federal a CAESB já utiliza águas subterrâ- cia para seco, notadamente demarcado pela alter-
neas para complementar o abastecimento. As pe- nância entre duas estações bem distintas. Isto se
quenas e médias captações abastecem Vila Para- explica, em grande parte, pelo fato de a precipita-
noá, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, parte de ção se concentrar somente numa estação do ano
Taguatinga e parte do Gama. (verão), enquanto a outra (inverno) é caracteriza-
O sistema de abastecimento elétrico é feito da por um longo período seco. Dessa forma, os
pela Companhia Energética de Brasília – CEB que meses de setembro a abril marcam o período mais
adquire 95% da energia que vende aos seus con- chuvoso do ano e também o mais quente, quando
sumidores, denotando um alto grau de dependên- as temperaturas médias chegam a 24ºC. O mês
cia. A energia elétrica fornecida é proveniente do de outubro registra as mais altas temperaturas. A
sistema Sul/Sudeste, por meio de três linhas de partir de abril, as chuvas tornam-se escassas (in-
transmissão: por Furnas Centrais Elétricas e Itai- feriores a 60 mm mensais) ou nulas. Nessa época
pu, pela usina de Itumbiara no rio Paranaíba, e a a temperatura cai até 10 ou 12ºC em junho ou ju-
partir da subestação Bandeirantes de Goiânia. Os lho e a umidade relativa do ar alcança níveis críti-
serviços de telecomunicação são prestados em cos (13%), particularmente nos dias mais quentes
toda a região do projeto pela Tele Centro-Sul, do período.
Americel e GVT, nos segmentos de telefonia mó- A precipitação pluviométrica média anual
vel celular e fixo. entre os anos de 1972 e 1992 foi da ordem de
Quanto ao Entorno, observa-se na região 1.405mm, concentrando-se nos meses de novem-
uma demanda acentuada de recursos hídricos, bro, dezembro e janeiro, quando as médias men-
tanto para abastecimento das cidades que cres- sais ficaram acima de 200mm. Nos meses de ou-
cem rapidamente como para projetos de irrigação, tubro e abril, início e fim das chuvas, respectiva-
atualmente muito utilizada. O abastecimento de mente, a média mensal caiu para 130mm. Entre
água é feito pela Saneago através de pequenas e os meses de maio e setembro as médias não atin-
médias captações e de construção de poços tubu- giram 60mm, limite estabelecido para que um mês
lares profundos. A região é suprida por energia seja considerado seco.
elétrica pelas Centrais Elétricas de Goiás – Celg O balanço hídrico contabiliza o confronto
S.A.. entre a precipitação, elemento fornecedor da água
De acordo com o Índice de Desenvolvimen- e a evapotranspiração que representa teorica-
to Humano (IDH), o Distrito Federal possui os me- mente a quantidade de água que deixaria o solo.
lhores índices de escolaridade do Brasil, com uma Ele sintetiza, de maneira geral, os regimes climáti-

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FASE I

cos anteriormente observados. Neste estudo, o 5 – Escarpas Erosivas, 6 – Vales encaixados, 7 –


balanço hídrico foi calculado para a estação da Domos Estruturais.
UnB, utilizando dados relativos de pluviometria, A Unidade Morfoescultural Alinhamentos
evapotranspiração potencial e evapotranspiração Serranos compreende um conjunto de serras com
real no período de 1972 a 1992, demonstrando cristas alinhadas, dispostas preferencialmente
uma situação de deficit entre julho e setembro e nas direções W-E e SW-NE, localizado no extre-
excesso em janeiro. Além disso, é fácil notar que o mo-noroeste da área.
período de excesso coincide com a época mais A Unidade Morfoescultural Planaltos Reto-
chuvosa, isto é, de novembro a março. O deficit cados compreende um conjunto de pediplanos le-
corresponde ao período em que a evapotranspira- vemente sulcados por uma rede de drenagem de
ção potencial excede a precipitação pluviométri- baixa densidade, estando elevados a cotas entre
ca, e a reposição de água no solo acontece quan- 900 e 1.200m, correspondendo aos extensos re-
do a precipitação é maior que a evapotranspira- manescentes da Superfície Sul-Americana, locali-
ção potencial. zada principalmente na porção leste, onde estão
A cobertura vegetal predominante é o cerra- situadas as bacias dos rios Preto e São Marcos. O
do, caracterizado por uma vegetação que apre- relevo presente caracteriza-se por extensas e mo-
senta árvores de pequeno a médio porte, isoladas nótonas superfícies planas, ocasionalmente inter-
ou agrupadas. São lenhosas com casca grossa rompidas por vales muito amplos e suaves.
(corticosa) e folhas geralmente desenvolvidas. A Unidade Morfoescultural Planaltos Disse-
Ocorrem muitas vezes associadas a inúmeras es- cados compreende um padrão de relevo movi-
pécies de gramíneas e ervas que revestem o solo. mentado, abrangendo terrenos colinosos a morro-
Embora muito descaracterizadas pela ação antró- sos, típicos do Planalto do Alto Tocantins-Para-
pica para dar lugar à agricultura, existem ainda naíba, ou terrenos de aspecto montanhoso, típico
áreas de vegetação nativa preservada, onde algu- do Planalto do Alto Rio Maranhão. Destaca-se,
mas formações de cerrado podem ser identifica- como elemento dominante na paisagem, um con-
das, variando muitas vezes conforme a umidade e junto de superfícies tabulares não dissecadas, ou
a fertilidade do solo. Assim, tem-se cerrado, cam- levemente sulcadas, denominadas genericamen-
po cerrado e cerrado ralo ocupando as partes te de chapadas.
mais altas do relevo, onde estes fatores são mais A Unidade Morfoescultural Depressões
fracos, e matas e cerradão nas partes mais bai- Intermontanas compreende um extenso pedipla-
xas, onde a espessura e a umidade do solo são no, de morfologia levemente ondulada, drenado
mais expressivas. Nos vales úmidos ou alagados por uma rede de drenagem de baixa densidade,
ocorrem faixas de mata galeria ou mata ciliar. Áre- estando situado a cotas entre 650 e 700m, corres-
as abertas de forma oval, principalmente no co- pondendo a terrenos que sofreram mais intensa-
meço das nascentes, apresentam buritis e vegeta- mente os efeitos do aplainamento neogênico.
ção fibrosa. Plantas típicas do cerrado, como pe- A Unidade Morfoescultural Escarpas Erosi-
quizeiro, jatobá, ipê, mangabeira, araticum, cagai- vas corresponde a um conjunto de relevos de tran-
teira, cajueiro, pau santo, pau terra, entre outras, sição entre os planaltos elevados, alçados às co-
ainda são encontradas. tas entre 1.100 e 1.300m e as depressões inter-
As feições geomorfológicas da área apre- montanas, embutidas em cotas que não ultrapas-
sentam um comportamento que reflete nitidamen- sam 750m. Trata-se de típicas escarpas de borda
te as influências de um conjunto de condiciona- de planalto, intensamente erodidas e recuadas,
mentos que insere diversos fatores no seu desen- sendo dissecadas por uma rede de drenagem de
volvimento. Entre eles estão os fatores geológi- alta densidade e padrão variável, de dendrítico a
co-estruturais, gerados em regime de cisalhamen- treliça.
to dúctil e rúptil, representados por zonas de cisa- A Unidade Morfoescultural Vales Encaixa-
lhamento responsáveis pela formação de cristas dos abrange, exclusivamente, seções dos vales
relativamente elevadas, em geral orientadas na dos rios São Bartolomeu e Corumbá, onde a dis-
direção N-S e NW-SE, sustentadas comumente secação fluvial processou-se de maneira mais
por milonitos. Outros controles geológico-estrutu- acentuada, configurando um cenário de vales pro-
rais são evidenciados através do condicionamen- fundos, fundos de vales encaixados e vertentes
to das drenagens. íngremes, no contato com os planaltos adjacen-
Neste trabalho foram identificadas sete uni- tes, dissecados.
dades morfoesculturais distintas: 1 – Alinhamen- A Unidade Morfoescultural Domos Estrutu-
tos Serranos, 2 – Planaltos Retocados, 3 – Planal- rais abrange, exclusivamente, o domo de Cristali-
tos Dissecados, 4 – Depressões Intermontanas, na, situado no extremo-sudeste da área de estu-

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FASE I

do. Trata-se de uma pequena morfoestrutura com cas brasileiras. O rio Preto pertence à bacia do
notável morfologia circular, assemelhando-se a São Francisco; o rio Maranhão e o rio Verde à ba-
uma meia esfera, sendo atualmente francamente cia do Tocantins, enquanto os demais cursos
dissecada por uma rede de drenagem de baixa d’água compõem a bacia do rio Paranaíba, um
densidade e um padrão radial e centrífugo. dos formadores do rio Paraná, representada na
Na área desenvolveram-se quatro classes área pelas redes de drenagem dos rios: Corumbá,
de solos. A primeira classe é representada pelos São Bartolomeu e São Marcos.
latossolos que compreendem aqueles em que os Em geral, os rios apresentam característi-
principais elementos responsáveis pela sua for- cas diversas, influenciados pela natureza geológi-
mação são o clima e o relevo. São solos bem for- ca do terreno, sendo portanto condicionados às
mados, e apresentam os horizontes A, B e C bem estruturas, litologias e formas de relevo, apresen-
desenvolvidos. Possuem coloração vermelho-es- tando vales fortemente encaixados.
curo a roxo, textura argilosa, e caracterizam-se A bacia do rio Corumbá é a principal bacia
por se apresentarem bastante intemperizados, hidrográfica da área. Ocupa aproximadamente
profundos e bem drenados. São solos distróficos, 7.800km2 na sua porção centro-oeste, o que cor-
porosos e friáveis, próprios de relevo plano a sua- responde a mais de 32% do total. O rio drena a
vemente ondulado, como nas chapadas, onde área de noroeste para sudeste num percurso de
aparecem associados a diversas litologias. São 190km, tendo suas nascentes a norte de Corumbá
encontrados principalmente nas regiões do Distri- de Goiás, com altitudes que ultrapassam a
to Federal, Formosa, e Planaltina de Goiás. 1.150m. Em geral, possui drenagem do tipo den-
A segunda classe é representada pelos so- drítico-retangular. Seus principais tributários da
los hidromórficos que ocorrem em locais bastante margem esquerda são os rios: Areias, Descober-
úmidos ou em terrenos alagadiços como várzeas to, Palmital; os ribeirões: do Ouro, das Galinhas,
e veredas da região. Possuem coloração amarela- Lajeado, Congonhas e Sapezal. Pela margem di-
da a cinza-escuro, horizontes bem definidos. São reita encontram-se o rio das Antas e outros afluen-
eutróficos, húmicos, por vezes orgânicos, bem tes menores como os ribeirões Capivara, Manti-
drenados, férteis e geralmente com espessura queira, Veríssimo e Samambaia.
média de 1 a 1,5m. A bacia do rio São Bartolomeu ocupa aproxi-
A terceira classe é caracterizada por solos madamente 5.400km2 na porção central da área,
pouco desenvolvidos, os litossolos recentes e onde o rio principal segue uma direção preferen-
desprovidos do horizonte B. São rasos, imaturos, cial N-S ao longo de um percurso aproximado de
apresentando os horizontes A e C ou apenas o A, 180km. Este rio é formado pelos rios Pipiripau e
fracamente desenvolvidos sobre a rocha matriz. Monteiro, cujas cabeceiras encontram-se em alti-
Ocorrem em áreas de relevo ondulado ou monta- tudes que excedem a 1.100m, localizadas próxi-
nhoso onde muitas vezes aparecem associados mas aos divisores de água que os separam das
aos afloramentos rochosos. Localizam-se no pla- bacias dos rios Maranhão e Paranã, no Parque
nalto das Nascentes dos rios Paranã e Preto e das Águas Emendadas. Em geral o rio São Barto-
chapadas do Alto rio Maranhão. lomeu possui drenagem em treliça, que é, tam-
A quarta classe é formada por solos concre- bém, o padrão da maioria dos seus tributários,
cionários que são definidos como solos que apre- com exceção dos afluentes que nascem no domo
sentam um grande conteúdo (mais de 50%) de de Cristalina. Estes possuem drenagem do tipo
material rochoso grosseiro em decomposição, radial. Recebe como tributários pela margem es-
fragmentos de quartzo de forma e tamanho varia- querda o rio Pamplona que o acompanha parale-
dos, e nódulos de concreções ferruginosas. Apre- lamente em direção ao sul, em grande parte de
sentam espessura variável e ocupam áreas exten- seu percurso; além dos ribeirões dos Topázios,
sas; muitas vezes relacionados aos latossolos Furnas e dos Bagres. Os afluentes mais extensos
A área é drenada pelas bacias do rios Corum- da margem direita são os rios Paranoá, Vermelho,
bá, São Bartolomeu, Maranhão, Preto, São Marcos Mesquita e Saia Velha e os ribeirões Sobradinho
e Verde. Esses rios são importantes tanto pelas Santana, Papuda, Lajeado e Cachoeirinha. Des-
áreas que suas bacias ocupam como também pelo tes, o rio Paranoá torna-se o mais importante devi-
papel que exercem na economia regional. do a sua localização estratégica, cujo enfoque es-
Contidas numa região onde a pluviometria é pecial é o aproveitamento de suas águas na cons-
alta, estendendo-se por 6 ou 7 meses do ano, tais trução do lago Paranoá que banha Brasília.
bacias são constituídas por rios perenes que es- O rio Maranhão drena uma área aproximada
coam em varias direções, englobando drenagens de 2.800 km2, sobre um relevo bastante acidenta-
que pertencem às três grandes bacias hidrográfi- do, com um leito regular, sinuoso, estruturado se-

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FASE I

gundo direções de fraturas resultantes das defor- o rio Preto. Além do rio Bezerra, merecem desta-
mações tectônicas que marcam a região. Suas ques o rio Jardim e os ribeirões: Santa Rita, Jacaré
nascentes estão na Lagoa Formosa em uma alti- e Lagoinha.
tude superior a 900m. Predomina na maior parte O rio São Marcos drena uma área de aproxi-
da sua bacia um padrão de drenagem do tipo den- madamente 2.700km2. Escoa de nordeste para
drítico-retangular. Os cursos de seus afluentes sudoeste até mudar para o sentido sudeste, num
da margem esquerda possuem direção preferen- percurso de 50km. Seus principais tributários da
cial SW-NE enquanto os da margem direita são margem direita são os rios Samambaia e Capim-
E-W. Seus principais tributários da margem direi- puba; e os ribeirões: São Pedro e Lajinha. Pela
ta são os córregos: Fundo, Furnas, Serra Gran- margem esquerda correm os córregos: Veredão e
de, Palmital e Piancó. Na margem esquerda, Pântano. Em geral apresenta um padrão de dre-
além dos rios do Sal e das Palmas, merecem ser nagem dendrítico-retangular. Os afluentes que
citados os córregos Piquete e Macaco e o ribei- nascem na região do domo de Cristalina têm pa-
rão Contagem. drão radial.
A bacia do rio Preto tem uma área de drena- A bacia do rio Verde possui uma área de
gem de aproximadamente 2.900km2. O rio nasce 2.400km2. O seu rio principal nasce na borda oci-
na lagoa Feia, próximo a Formosa, em altitudes su- dental da região semidômica de Brasília e escoa
periores a 800m, e atravessa a região na direção no sentido noroeste num percurso de 53km2 na
sul por 75km. A bacia está também representada porção noroeste da área. Seus principais afluen-
pela sub-bacia do rio Bezerra que corre no sentido tes são os rios: Pequi, Jacaré, Pirapetinga e os
sudoeste, e muda para oeste até a confluência com córregos Fundo e Fazendas.

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2 GEOLOGIA
2.1 Introdução ximidades da cidade de Anápolis, sudoeste da
área, onde são encontradas suas melhores expo-
A região do Distrito Federal e Entorno é sições. A maior área é ocupada pela Associação
constituída em grande parte por rochas metasse- Ortogranulítica (Paio) que compreende um con-
dimentares dobradas, de baixo grau metamórfico, junto de rochas granulíticas formadas principal-
fácies xisto-verde, pertencentes aos grupos: Ara- mente por rochas básicas e ultrabásicas diferen-
xá, Canastra, Paranoá, Ibiá e Bambuí, que com- ciadas, cujas litologias são representadas por gra-
preendem a Faixa Brasília, sobrepostas a um em- nulitos básicos e ultrabásicos tais como: metaga-
basamento granito-gnáissico de idade paleo-me- bro, metanorito, metagabronorito, metapiroxenito,
soproterozóica representado pelo Complexo Gra- hiperstenito, peridotito e seus produtos transfor-
nulítico Anápolis-Itauçu, Associação Ortognáissi- mados, de grau mais baixo: talco, talco xisto, tre-
ca Migmatítica e pela Seqüência Metavulcanosse- molitito-talco-clorita xisto e serpentinito. Inclui ain-
dimentar Rio do Peixe. Além destes conjuntos de da uma suíte charno-enderbítica composta predo-
rochas, ocorrem com menor importância corpos minantemente por charno-enderbito, charnockito,
granitóides posicionados em diferentes níveis enderbito e hiperstenitos tonalíticos com intercala-
crustais, e coberturas cratônicas neoproterozói- ções de anfibolito. Tais rochas geralmente apre-
cas do Grupo Bambuí. Coberturas detrítico-laterí- sentam direções que variam de N10º W a N80º W
ticas com expressivos latossolos, Cobertura Are- mergulhando de 40 a 60º para SW. Basicamente
nosa Indiferenciada e as Aluviões Holocênicas, são litotipos de coloração verde-escuro com man-
marcam o desenvolvimento das Formações Su- chas verde amareladas, estrutura foliada, granu-
perficiais no Terciário-Quaternário e Quaternário lação média a fina. Seus principais minerais são:
respectivamente a partir de processos relaciona- plagioclásio, ortopiroxênio, clinopiroxênio, biotita,
dos a ciclos morfológicos do período pós-Meso- hornblenda e quartzo. A decomposição dessas ro-
zóico. chas dá origem a um solo vermelho-escuro com
boa fertilidade.
2.2 Descrição das Unidades Em uma área menor, a norte de Anápolis,
ocorre a Associação de Supracrustais Granu-
2.2.1 Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu litizadas (Pais) que compreende rochas supra-
crustais granulitizadas constituídas por gnais-
Esta unidade foi definida por MARINI et al. ses aluminosos representados por gnaisses
(1984), como um conjunto de rochas granulíticas granadíferos, granada-cianita-quartzo gnais-
pertencentes ao Maciço Mediano de Goiás. Em ses, gnaisse calcissilicático, sillimanita gnaisse,
trabalhos posteriores, realizados pelas equipes da mármore, granada quartzito além de gondito e,
CPRM, através do Programa de Levantamentos subordinadamente, anfibolitos. Exibe coloração
Geológicos Básicos – PLGB, as rochas desta uni- cinza-claro a cinza-esverdeado, textura grano-
dade foram definidas e enquadradas em duas su- blástica a porfiroblástica onde se observa uma
bunidades: a Associação de Ortogranulitos matriz quartzo-feldspática fina. O quartzo e o
(Paio) e a Associação de Supracrustais granu- plagioclásio são os minerais predominantes.
litizadas (Pais). Ocorrendo também granada, biotita, sillimanita
Na área em estudo, esta unidade distri- e moscovita.
bui-se em duas áreas restritas, porém distintas. Localmente, associadas a zonas de cisalha-
Ocorre em faixas estreitas e alongadas, orienta- mento, ocorrem rochas intensamente milonitiza-
das preferencialmente segundo NW-SE, nas pro- das e retrometamorfizadas cujas evidências fo-

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FASE I

ram constatadas em vários locais pela presença 2.2.3 Seqüência Metavulcanossedimentar


de uma mineralogia primária totalmente transfor- Rio do Peixe (Mrp)
mada. Em geral, as rochas mostram-se fraturadas
e milonitizadas, com o aparecimento de minerais Sob esta denominação foram cartografa-
hidratados, quando alguns espécimes do ponto de dos, por alguns autores, os vários conjuntos de ro-
vista estrutural, podem ser classificados como chas de origem vulcânica, química e sedimentar
protomilonitos e milonitos. As feições mais proe- que anteriormente eram atribuídos ao Grupo Ara-
minentes são dadas pela predominância de zonas xá (BARBOSA, 1955), englobando anfibolitos,
paralelas de cisalhamento transcorrente oblíquo metacherts, metavulcânicas básicas, ultrabásicas
de direções NW-SE e E-W separando os granuli- e intermediárias, mica xistos, quartzitos, quartzi-
tos, das outras unidades, com a formação de es- tos ferruginosos, mármores, calcixisto e sericita
truturas escamadas e imbricadas cujas foliações quartzitos.
se acomodam aos contornos dos terrenos granulí- As primeiras referências sobre a unidade fo-
ticos e granito-gnáissicos. Tais blocos crustais ram feitas por RIBEIRO FILHO & GONÇALVES
são interceptados por zonas de cisalhamento dúc- 1981 (inédito), trabalho de graduação sob a orien-
til-rúptil de direção NE-SW. Os contatos entre es- tação do professor José Osvaldo de Araújo Filho
tas subunidades, freqüentemente são tectônicos do Instituto de Geociências da UnB. Posterior-
e resultam de imbricamento. Com os granitóides mente, NASCIMENTO (1985), ao estudar o Grupo
da associação ortognássica-migmatítica, os con- Araxá na região, separou a unidade como uma se-
tatos são também tectônicos marcados por uma qüência metavulcanossedimentar independente.
expressiva faixa milonítica. Em sua definição, esta unidade foi caracterizada
por dois pacotes: um inferior de natureza vulcâni-
2.2.2 Associação Ortognáissica Migmatítica ca constituído por vulcânicas máficas e ultramáfi-
(Pg1) cas, geralmente transformadas em anfibolitos; ro-
chas calcissilicáticas e metacherts. A segunda,
OLIVEIRA (1994) adotou-se este termo superior, de natureza predominantemente sedi-
para reunir um conjunto de rochas granito-gnáissi- mentar é composta por quartzo xistos, epido-
cas e migmatíticas, provavelmente geradas por to-quartzo xistos feldspáticos e micaxistos.
fusão parcial ou total durante o processo de gra- Na área em estudo ocorre principalmente no
nulitização regional. Estas rochas encontram-se extremo oeste, no vale do rio Corumbá onde foi
expostas na porção sudoeste da área do projeto, a cartografada por THOMÉ FILHO (1994) no PLGB,
leste da cidade de Anápolis e sul-sudeste de Aba- o qual descreve as litologias principais como: bio-
diânia. Os melhores afloramentos são encontra- tita-hornblenda-plagioclásio gnaisse (metatonali-
dos principalmente no leito do rio das Antas. to) protomilonítico, epidoto-quartzo anfibolito, epi-
Esta unidade ocorre comumente em faixas doto-plagioclásio anfibolito, granada-clorita-bioti-
alongadas, freqüentemente associada as rochas ta-plagioclásio-quartzo xisto, clorita-muscovita-
granulíticas, com as quais faz contato tectônico quartzo xisto e intercalações de muscovita-plagio-
marcado por extensas zonas de cisalhamento de clásio-quartzo-hornblenda-carbonato xisto. Em
direções NW-SE e E-W. Com a Unidade B do Gru- uma pequena porção no quadrante sudoeste, nas
po Araxá o contato é por falhas de empurrão de cabeceiras do ribeirão Congonhas, às margens do
baixo ângulo, sendo comuns a presença destas córrego Bueno e no rio do Ouro, foi cartografada
rochas em “janelas erosivas” do Araxá. Engloba li- por RADAELLI (1994) no PLGB, Folha Anápolis.
totipos de natureza ortoderivada com predomi- Sua litologia é descrita como anfibolito, bem lami-
nância de ortognaisses de composição tonalítica, nado, de coloração cinza-escuro e estrutura orien-
variando para termos graníticos e granodioríticos. tada, microdobrado, apresentando níveis de clori-
Mostram restitos e rochas granulíticas e anfiboli- ta xisto. Sua composição mineralógica é constituí-
tos. São rochas de coloração cinza-claro a cinza- da por: hornblenda, plagioclásio, epidoto e, em
rosado apresentando comumente bandamentos menor quantidade, quartzo.
metamórficos. São constituídas essencialmente De acordo com THOMÉ FILHO (op. cit.) tan-
de quartzo, biotita, moscovita, plagioclásio e gra- to as rochas da Seqüência Rio do Peixe como as
nada. O feldspato potássico, ausente nos termos do Grupo Canastra foram submetidas a cisalha-
tonalíticos, ocorre nos graníticos e granodioríti- mento dúctil com fenômeno de deslocamento da
cos. Estruturalmente, apresentam-se deforma- cobertura Canastra sobre o embasamento Rio do
das, bastante fraturadas e milonitizadas, em sua Peixe. Nessas áreas observa-se apenas o con-
na maioria podem ser classificadas como miloni- traste do grau metamórfico e de composição, se-
tos ou protomilonitos. parados por superfície aparentemente paralela.

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2.2.4 Metaultramafito Tipo Morro Feio (Mm) Neste trabalho adotou-se a proposta de
LACERDA FILHO et al. (op. cit.), sendo que ape-
As litologias identificadas como Metaultra- nas a Unidade B (MaB) aflora na área ora em es-
mafitos Tipo Morro Feio constituem uma série de tudos.
corpos esparsos, de pequenas dimensões e for- Na área, a unidade é constituída por grana-
mas variadas. Suas melhores exposições são en- da-clorita-muscovita xistos freqüentemente grafi-
contradas a noroeste da cidade de Abadiânia e sul tosos e localmente piritosos, que gradam para
de Corumbá de Goiás, sudoeste da área. A grande duas fácies distintas: a psamítica, com quart-
dificuldade de obter-se uma boa definição de seus zo-muscovita xistos e muscovita quartzitos que
contatos está no fato que estas rochas se mos- grada para a fácies carbonática com grandes cor-
tram-se muito intemperizadas, tendo como encai- pos de metacalcário calcítico, subordinadamente
xantes rochas do Grupo Araxá. Litologicamente re- magnesianos.
únem uma mistura de vários litótipos, compreen- O contato entre esses dois tipos de rochas é
dendo desde serpentinitos a xistos magnesianos gradacional e nas zonas de transição ocorrem in-
como: talco xistos, clorita xistos, talco-actinolita xis- tercalações de um ou de outro, embora ocorram
tos e talco-clorita xistos. áreas de suas predominâncias.
Predominam os serpentinitos que são ro- Sua área de maior ocorrência situa-se na
chas de coloração cinza-esverdeada a amarela- porção sudoeste do Projeto, em torno das cida-
da, de granulação fina a média. Foram intensa- des de Anápolis, Abadiânia e Alexânia, onde ob-
mente silicificados e apresentam-se muito fratura- serva-se sua disposição por aloctonia sobre o
dos e foliados. Possuem, geralmente, minerais fi- Complexo Granulítico e a Seqüência Rio do Pei-
brosos associados e podem conter amianto e cor- xe, em regime tectônico de baixo ângulo, com de-
pos lenticulares de cromita podiforme. Sua com- senvolvimento de notável superfície de descola-
posição mineralógica é representada por: serpen- mento.
tina do tipo antigorita e minerais fibrosos associa-
dos tais como actinolita. Em geral encontram-se 2.2.6 Grupo Canastra
muito alteradas.
Os xistos magnesianos formam uma faixa Em 1955, BARBOSA denominou de Forma-
estreita, disposta concentricamente, acompa- ção Canastra a um conjunto de metamorfitos de
nhando os contatos entre as ultramáficas e os baixo grau que ocorrem ao longo da Serra da Ca-
xistos do Grupo Araxá. A composição mineraló- nastra e ao leste e ao sul de Araxá-MG. Posterior-
gica destas rochas apresenta-se bastante variá- mente, BARBOSA et al. (1970) elevaram-na a ca-
vel, sendo que predominam os seguintes mine- tegoria de Grupo, posicionando-o sobre o Grupo
rais: talco, tremolita, actinolita, antofilita e clori- Araxá. Os argumentos utilizados para esta mu-
ta. dança foram principalmente os contrastes meta-
mórficos encontrados entre as duas unidades du-
2.2.5 Grupo Araxá - Unidade B (MaB) rante o mapeamento na área do Projeto Goiânia.
No entanto, seu posicionamento ainda é contro-
BARBOSA (1955) definiu como Formação vertido, mas a maioria dos autores o considera in-
Araxá a um conjunto de rochas formado por xistos dependente do Grupo Araxá ressaltando a exis-
verdes, micaxistos e migmatitos que ocorrem pró- tência de contrastes metamórficos. FREITAS
ximo a cidade de Araxá-MG e que se estende para SILVA & DARDENNE (In: LACERDA FILHO et al.
o estado de Goiás. Em 1967 este mesmo autor (op. cit.), utilizando-se de informações obtidas em
elevou a Formação à categoria de Grupo. trabalhos no oeste mineiro e sudoeste de Goiás,
Estudada por diversos autores, esta unida- propuseram a subdivisão do Grupo Canastra, em
de sofreu diversas modificações com a retirada de três formações: Serra do Landim, Paracatu e Cha-
litotipos e subdivisões segundo concepções dife- pada dos Pilões. A posição estratigráfica destes li-
rentes em relação as rochas que a compõem. tótipos não se encontra bem esclarecida. A luz
Mais recentemente, LACERDA FILHO et al. dos novos conhecimentos, estas rochas distin-
(1999) baseados em suas características litoquí- guem-se daquelas do Grupo Araxá, sobretudo
micas, metamórficas e ambientais subdividiram o pelo seu metamorfismo de baixo grau.
Grupo em duas unidades: O Grupo Canastra está bem exposto nas
Unidade A (MaA), caracterizada por sedi- porções norte, oeste e centro-sul da área do proje-
mentos plataformais tipo marinho raso e Unidade to em contato tectônico com o Grupo Paranoá (fa-
B (MaB), composta por seqüência pelítica, mari- lha de empurrão), constituído por litologias que se
nha. distribuem com maior ou menor representativida-

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FASE I

de por toda a área de exposição, ocorrendo de dantes veios de quartzo e, localmente, com inter-
maneira indivisa ou em faixas extensas, bem dife- calações centimétricas de quartzito; 3 – Xisto car-
renciadas, onde atingem dezenas de quilômetros. bonoso escuro formando placas, com raras inter-
Pertencem a esta unidade uma grande variedade calações métricas de quartzito; 4 – Xisto carbono-
de tipos petrográficos originados pelo metamorfis- so homogêneo, escuro; 5 – Sericita xisto carbono-
mo de sedimentos diversos predominantemente so, com clorita e abundantes veios de quartzo,
pelitos e psamitos, e subordinadamente peli- com algumas lentes de quartzito; 6 – Xistos a seri-
to-carbonáticos ou químicos. cita e clorita, localmente calcíticos com lentes de
Na área são distinguidas basicamente qua- mármore, milonitos e quartzitos; 7 – Clori-
tro subunidades litoestratigráficas: Canastra Indi- ta-sericita xisto pobre em matéria orgânica.
viso, Formação Serra do Landim, Formação Para- A Formação Chapada dos Pilões (Mcp)
catu e Formação Chapada dos Pilões. aflora em faixas alongadas nas regiões de Anápo-
O Canastra indiviso (Mci) tem suas melho- lis, Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás, Taguatinga,
res exposições nas porções norte da área, a oeste Luziânia, Gama e Cristalina/Ribeirão Arrojado.
de Planaltina de Goiás e a noroeste de Monte Alto, Caracteristicamente são quartzo-sericita-clorita
limitando-se com as rochas do Grupo Paranoá por xistos alternados centimetricamente e decimetri-
intermédio de falhamento de empurrão, nos con- camente com quartzitos, comumente com estrutu-
tatos observados durante os trabalhos de campo. ras bandadas ou laminadas, micáceos. Para o
É constituído essencialmente por sericita, quartzo topo, o quartzito torna-se mais abundante, interca-
e clorita abundante em alguns afloramento e lâmi- lados com xistos. Localmente ocorrem lentes de
nas de zircão, turmalina e opacos como acessóri- mármore e calcixistos.
os. Os litótipos principais são clorita-sericita- Na região de Cocalzinho de Goiás, na por-
quartzo xisto, sericita xisto, quartzo-muscovita xis- ção oeste da área do projeto, os quartzitos for-
to , xisto grafitoso e mármores e ardósias. mam serras alinhadas E-W constituindo vários es-
A Formação Serra do Landim (Msl) ocorre pigões de largura variando entre 0,5 e 3km. Tais
a sul de Brasília, na região de Luziânia e Cristali- quartzitos sustentam a serra dos Pirineus, rece-
na. É formada basicamente por sericita xisto, bendo localmente nomes individuais, dentre os
quartzo-sericita xisto, calcita-clorita-sericita xisto e quais destacam-se: serras de Água Limpa, do Bi-
quartzo-sericita-clorita xisto. Em geral estas ro- came, do Olho D’Água, São João e do Pedro
chas encontram-se milonitizadas com bandamen- (THOMÉ FILHO, op. cit.).
to característico. Transicionam no topo para inter-
calações lenticulares de quartzito fino a médio, 2.2.7 Grupo Paranoá
branco a creme.
Seu contato com as formações Paracatu O primeiro autor a usar o termo Paranoá
(Mpc) e Chapada dos Pilões (Mcp) é tectônico, foi ANDRADE RAMOS (1956) ao referir-se origi-
normalmente por falha inversa. nalmente às camadas de quartzitos puros aflo-
A Formação Paracatu (Mpc) ocorre sob a rantes na região de Brasília, principalmente na
forma de faixas alongadas nas regiões noroeste cachoeira do rio Paranoá, sugerindo sua inclu-
de Sobradinho, Luziânia-Cristalina, leste de Brasí- são na “Série Bambuí“ denominando informal-
lia e ao longo do rio Cormbá de Goiás, sul da área. mente estas rochas de “Quartzito Paranoá.”
São essencialmente quartzo-sericita-clorita xis- BRAUN em 1969, ao estudar estas rochas na
tos, por vezes carbonosos. São também observa- área do Projeto Brasília, dividiu o Grupo Bambuí
das algumas lentes ou níveis métricos a centimé- nas formações Paranoá, Paraopeba e Três Ma-
tricos de ortoquartzitos brancos e quartzo-serici- rias. Em 1979 DARDENNE elevou a Formação
ta-clorita xisto às vezes intercalados com xisto Paranoá a categoria de grupo e propôs a sua di-
carbonoso, quartzito fino ou metassiltito. visão em subunidades. FARIA (1995) e FARIA &
A leste de Brasília, na região do rio São Bar- DARDENNE (1995) o caracterizaram como uma
tolomeu, esta unidade está em contato por falha seqüência deposicional em ambiente marinho e
inversa com as rochas do Grupo Paranoá. Este o subdividiram em doze litofácies, agrupando-as
empurrão marca o limite ocidental aproximado da em quatro megaciclos sedimentares. Os mega-
zona externa da Faixa Brasília. ciclos, com status de formação, foram denomi-
Neste local, a Formação foi subdividida em nados da base para o topo em: Unidade Conglo-
sete fácies litológicas: 1 – Clorita-sericita xisto car- merática Quartzítica (Mpa1); Unidade Síltica
bonoso, muito fino, eventualmente cortado por ve- Ardosiana (Mpa2); Unidade Rítmica Quartzítica
ios de quartzo; 2 – Quartzo-sericita xisto carbono- (Mpa3) e Unidade Rítmica Pelito-Carbonática
so, com níveis enriquecidos em pirita, com abun- (Mpa4).

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FASE I

Neste trabalho, utilizou-se para esta unida- por vezes, com finas intercalações de quartzito.
de, na área do Distrito Federal e Entorno, a con- As ardósias ocorrem muito fraturadas e silicifica-
cepção de FARIA (1995) e FARIA & DARDENNE das, associadas aos metassiltitos. São caracte-
(1995), caracterizando-se duas das quatro unida- rizadas por suas cores vermelho-arroxeado
des deste grupo. Estas unidades ocorrem ampla- quando alterada e cinza-esverdeado onde estão
mente na sua porção central em uma faixa contí- menos intemperizadas. Às vezes, encontram-se
nua que se bifurca nas direções NW e NE em con- extremamente fraturadas apresentando estrutu-
tato por falha de empurrão com o Grupo Canastra. ra laminar homogênea e clivagem ardosiana bem
Afloram ainda de maneira descontínua no extre- desenvolvida. Ocorrem intercaladas com os me-
mo-sul da área como formadora do domo de Cris- tassiltitos e quartzitos em leitos milimétricos a
talina. centimétricos caracterizando os metarritmitos da
Na área em estudo a referida unidade apre- unidade. O metacalcário possui coloração cinza-
senta uma seqüência de metassiltito argiloso, ar- escuro, estrutura maciça, granulação muito fina,
dósia, ritmito, quartzito e metassiltito com inter- por vezes cortado por vênulas de calcita. Ocorre
calações lenticulares de metacalcário pertencen- em lentes dentro do metassiltito cinza bem estra-
tes às unidades Rítmica Quartzítica Intermediá- tificado.
ria e Rítmica Pelito-Carbonática, respectivamen- Em áreas isoladas, próximo ao contato com
te. o Grupo Canastra, ocorrem brechas tectônicas
Unidade Rítmica Quartzítica Intermediá- que passam lateralmente para quartzitos finos. As
ria (Mpa3). Suas melhores exposições são en- relações de contato do Grupo Paranoá com o Gru-
contradas a oeste de Formosa, próximo a Planalti- po Canastra são relativamente mal definidas devi-
na e Sobradinho e nos domos de Brasília e Crista- do às exposições não serem muito claras. Mas os
lina. Consiste, na base, de quartzitos finos a muito contatos são definidos por meio de uma falha de
finos, feldspáticos friáveis, que evoluem, para o empurrão de direção preferencial noroeste. Nesta
topo, para uma alternância de laminações sílti- zona, tanto as rochas do Grupo Paranoá como do
co-argilosas, metassiltito e metargilitos amarelos Grupo Canastra apresentam-se deformadas.
a avermelhados com intercalações de quartzitos
finos a médios localmente grosseiros, classifica- 2.2.8 Grupo Ibiá – Formação Rio Verde (Nrv)
dos como ritmitos. O ritmito possui coloração arro-
xeada com tons amarelo e vermelho. De maneira O termo Ibiá foi utilizado por BARBOSA et
geral, as fácies são areno-pelíticas, formadas pela al. (1970) para descrever um conjunto de rochas
alternância de quartzito fino, metassiltito argiloso, metamórficas sobrepostas ao Grupo Canastra
metassiltito carbonoso, metassiltito e metargilito que ocorre nas cercanias de Ibiá-MG, ocupando
em finas lâminas de espessuras milimétricas a uma faixa NW-SE que se estende para o estado
centimétricas, assim como raras lentes de conglo- de Goiás. PEREIRA (1992) dividiu-o nas forma-
merado intraformacional. O quartzito possui gra- ções: Cubatão e Rio Verde.
nulometria fina a média, bem selecionado e exibe Na área do projeto ocorre apenas a Forma-
coloração rosa amarelada a cinza claro. Os metar- ção Rio Verde (Nrv), a qual ocupa uma pequena
ritmitos caracterizam-se, em geral, pela alternân- faixa na região sul do projeto, a oeste de Cristali-
cia de estratos milimétricos a centimétricos de me- na.
tarenito, metassiltito argiloso, metargilito sil- É constituída predominantemente por cal-
to-arenoso e ardósia na base. cixistos, clorita xistos e sericita xistos com leitos
Unidade Rítmica Pelito-Carbonatada e núcleos de quartzo microdobrados e crenula-
(Mpa4). Ocorre na porção nordeste da área nas dos.
regiões de Planaltina de Goiás e Sobradinho e a
norte de Taguatinga, onde caracteriza-se por um 2.2.9 Granitos Sintectônicos - Granitos tipo
pacote no qual predomina uma alternância de me- Aragoiânia-Alexânia (Ng1ar)
tassiltito, metargilito, ardósia e, subordinadamen-
te, quartzitos finos a médios, lentes de metacalcá- São corpos graníticos isolados, sintectôni-
rio cinza e dolomito com estromatólitos. O metas- cos, a duas micas, peraluminosos do tipo S, de
siltito desta unidade apresenta características se- granulação fina a média, por vezes miloníticos.
melhantes aos das outras unidades sendo uma São constituídos predominantemente de quartzo,
rocha de coloração cinza-arroxeado, por vezes plagioclásio (oligoclásio), feldspato potássico,
amarelada com tons esverdeados, muito argiloso, muscovita, biotita e granada.
alternando-se com níveis de metargilito de colora- Na área, ocorrem, exclusivamente, na Folha
ção creme-arroxeado, com fraco acamamento e, Gama a nordeste de Alexânia e a sudeste, nas

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FASE I

proximidades da confluência do rio Areias com o A Formação Jequitaí (Nje) ocorre na borda
rio Corumbá. do Domo de Cristalina sobreposta as rochas do
Encontram-se encaixados em xistos do Grupo Paranoá, sendo caracterizada como uma
Grupo Canastra, concordantes com sua foliação seqüência de sedimentos glaciogênicos constituí-
S. dos por tilitos, paraconglomerados e ocorrências
esporádicas de varvitos. O tilito apresenta matriz
2.2.10 Grupo Bambuí argilosa esverdeada com seixos, blocos e mata-
cões de quartzito, chert, dolomito, gnaisses, grani-
A denominação Bambuí (RIMANN, 1917) tos, xistos e rochas vulcânicas.
designava inicialmente as seqüências terríge-
na-pelíticas que afloram nos arredores das cida- 2.2.11 Coberturas Detrito-lateríticas
des de Bambuí e Formiga, em Minas Gerais. Pos- Terciário-Quaternárias (TQdl)
teriormente, BRAUN (1969) subdividiu esta unida-
de em três formações: Paranoá, Paraopeba e Esta unidade tem ampla distribuição na área
Três Marias. BARBOSA et al.(1969), mapearam do projeto formando superfícies aplainadas com
as rochas carbonáticas como Formação Paraope- altitudes entre 900 e 1.150m, atualmente em pro-
ba e as areno-pelíticas como Formação Paranoá cesso de dissecação marginal pela erosão.
dentro do Grupo Bambuí. DARDENNE (1978) reti- As lateritas desenvolvem-se sobre todos os
ra a formação Paranoá do grupo Bambuí e a eleva terrenos geológicos e são geomorfologicamente
a categoria de Grupo e subdivide o Grupo Bambuí correlacionadas à superfície Sul-Americana de
em seis formações: Jequitaí, Sete Lagoas, Serra KING (1956). As crostas cujos perfis completos in-
da Saudade, Serra Santa Helena, Lagoa do Jaca- cluindo todos os horizontes envolvidos no proces-
ré e Três Marias. so, podem chegar a 20m de espessura são de la-
Neste trabalho, foi adotada a proposição de teritas autóctones maturas e imaturas, cuja dife-
DARDENNE (op. cit.), para esta unidade, que renciação de horizontes nem sempre é nítida. Nos
consiste de uma seqüência pelito-carbonática, perfis mais desenvolvidos são observáveis os se-
constituída basicamente por siltitos, argilitos, fo- guintes horizontes:
lhelhos, calcário, margas e arenitos subordinados. Horizonte superficial: é uma camada de es-
Os contatos deste grupo com as outras unidades pessura inferior a 1 metro, areno-argilosa, deses-
são quase todos por falhas inversas ou de empur- truturada, de cores amareladas e que desaparece
rão. quando o declive se acentua.
Na área em estudo, esta unidade compre- Horizonte concrecional: inclui a crosta pro-
ende as seqüências pelito-carbonática, terríge- priamente dita, formada por concreções freqüen-
na, dolomítica e terrígena-carbonática, que temente colunares, parcialmente cimentadas por
ocorrem de forma contínua na porção nordeste da óxidos de ferro e alumínio, dando origem a uma
área, na região de Formosa, em contato tectônico textura do tipo “pseudo-onça pintada”. Os minera-
com as rochas do Grupo Paranoá. Ocorre tam- is predominantes são hematita terrosa e goetita
bém, mas de maneira descontínua, a norte de Lu- de ferro ou alumínio e gibsita. Sua espessura varia
ziânia e no domo de Cristalina-GO. de 0,5 a 6m.
Na região de Formosa, devido à escassez Horizonte argiloso: é de caráter saprolítico,
de dados que permitisse uma melhor definição com cores avermelhadas, chegando até a 15m de
das rochas, foi adotada a classificação de espessura.
LACERDA FILHO et. al. (1999) que as agrupou Horizonte pálido: ocupa a interfácie rocha
como Subgrupo Paraopeba Indiviso – (Npi) fresca/saprolito, tendo forma irregular e espessu-
consistindo de siltitos e argilitos de coloração cin- ra variável (menos de 2m) e cores claras.
za-esverdeado a avermelhado, às vezes calcífe- Nesse trabalho o termo laterito foi utilizado
ros, lentes de calcário e intercalações de arenito para designar as formações resultantes de produ-
arroxeado. to de intenso intemperismo, formado a partir de
Já as ocorrências a norte de Luziânia, foram um conjunto de minerais, incluindo óxidos ou hi-
enquadradas como Formação Serra da Sauda- dróxidos de ferro ou alumínio, caulinita e quartzo,
de (Nss) do subgrupo Paraopeba e, no Domo de caracterizados pela razão SiO2(Al2O3 + Fe2O3),
Cristalina, como Formação Jequitaí (Nje). cujo valor não pode exceder aquele requerido
A Formação Serra da Saudade (Nss) é para quartzo e caulinita. Nestas condições inclui:
constituída por argilitos de coloração verde a aver- bauxitas, ferricretes, crostas ferruginosas ou alu-
melhada, folhelhos, intercalações de siltitos e res- minosas, horizonte mosqueado, carapaças; plinti-
tritas lentes de calcário. tos, pisólitos ou nódulos de hematita e/ou ghoetita

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do horizonte avermelhado ou amarelado dos so- inclusive exploradas as areias para construção ci-
los ferruginosos tropicais. vil. No entanto, devido ao fato desses rios corre-
Diversos autores relatam a formação de la- rem em vales encaixados, os depósitos são, na
teritos em vários estágios de desenvolvimento, sua maioria, encontrados nos leitos dos rios, onde
correspondendo a diversas fases pedoclimáticas são explorados através de dragas.
que atuaram durante o Cenozóico, fazendo am- Ao longo das sub-bacias dos rios Corumbá,
plas correlações regionais. Devido ao objetivo até sua confluência com o rio das Antas; Areias;
deste trabalho, essa discussão não será aprofun- Jacaré; do Sal; Verde; Palmas e do Ouro, tem-se
dada. o predomínio de areias brancas, quase puras, fi-
A relevância econômica das coberturas late- nas, quartzosas, sendo de menor volume, as fra-
ríticas reside nos depósitos supergênicos de man- ções mais grosseiras.
ganês e de níquel e ouro detrítico que contêm e Nas sub-bacias dos rios Corumbá após sua
nos indícios indiretos para prospecção mineral. confluência com o rio das Antas; São Bartolomeu;
Na construção civil, são utilizadas in natura como Antas; dos Macacos; Oliveira Costa; Descoberto;
blocos ou pedras de mão, de usos diversos, co- Pamplona; Palmital; Alagado e Capivari, predomi-
nhecidas como tapiocanga ou pedra canga. De nam areias médias a grossas, quartzosas, com ní-
singular importância é o emprego em estradas, veis de cascalho.
para as quais, devido as boas características de Em toda a área, o volume relativo de silte e
compactação e resistência, exploram-se extensas argila nas aluviões é pequeno.
cascalheiras, de ótimas qualidades para uso fre-
qüente como por exemplo, em obras de pavimen- 2.3 Bibliografia
tação como revestimento solto ou base para asfal-
to. ALMEIDA, F. F. M. de. Observações sobre o
Pré-Cambriano da região central de Goiás. Bol.
2.2.12 Cobertura Arenosa Indiferenciada Paranaense Geoc., Curitiba - UFPR, n.6, 1967.
(QPi) p.19-23.
ALVARENGA, C. J. S. de; DARDENNE, M.
Sob a denominação de Cobertura Arenosa A. Geologia dos grupos Bambuí e Paranoá. In:
Indiferenciada foram agrupadas todas as cobertu- CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 30,
ras residuais e/ou transportadas relacionadas ao 1978, Recife. Anais... Recife:SBG, 1978. v.2, p.
Ciclo de Aplainamento Velhas. Sua caracteriza- 546-56.
ção é difícil e estão representadas por solos are- ANDRADE RAMOS, J. R. de. Reconheci-
nosos, areno-argilosos e, mesmo, argilo-areno- mento Geológico no Território do Rio Branco.
sos, que mascaram quaisquer evidências de ou- Rio de Janeiro:DGM, 1956. p. 58-62. (Relatório
tras unidades geológicas subjacentes. Anual)
Ocupam principalmente a região do vale do ARAÚJO, V. A. de. Programa de Levanta-
rio Pamplona, onde assentam discordantemente mentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB. Fo-
sobre as unidades sotopostas, sendo que na área, lha SE.22-X-B-I. Nerópolis. Escala 1:100 000. Go-
estão sobre as lateritas. iânia: CPRM, 1994. 98p.
São areias inconsolidadas de coloração cin- BARBOSA, O. et al. Geologia e Inventário
zenta, amarelada ou avermelhada, sem estrutu- dos Recursos Minerais do Projeto Brasília - Rela-
ras sedimentares, de granulação fina a média, tório. Rio de Janeiro: PROSPEC/DNPM, 1969.
com grãos arredondados e esféricos, normalmen- 225 p.
te foscos e com pouca matriz. BARBOSA, O. et al. Projeto Goiânia - Rela-
A espessura máxima observada foi de 3m, tório Preliminar. Goiânia: DNPM/PROSPEC,
supondo-se no entanto, que possa ter maior pos- 1970, 75p. (Relatório do Arquivo Técnico da
sança em outros locais. DGM, 511).
É interessante observar que essa forma- BARBOSA, O. Geologia econômica e apli-
ção também é encontrada na região sudoeste cada a uma parte do Planalto Central Brasileiro.
de Goiás e até no estado de Mato Grosso, na re- Goiânia:DNPM/PROSPEC, 1963. 70p.
gião das vertentes do rio Araguaia. BRAUN, D. P. G. Novas Contribuições à
Estratigrafia e aos limites do Grupo Bambuí. In:
2.2.13 Aluviões Holocênicas (QHa) CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 32,
1982, Salvador. Anais... Salvador:SBG, 1978. V.1.
Nos leitos das drenagens que cortam a área BRAUN, O. P. G. & BAPTISTA, M. B. Consi-
ocorre expressivo volume de aluviões, onde são derações sobre a Geologia Pré-Cambriana da Re-

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FASE I

gião Sudeste e parte da Região Centro-Oeste do GEOLOGIA DE MINAS GERAIS, 5, 1989, Belo
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(Univ. de Brasília, Relatório de Graduação). Goiânia: CPRM/DNPM, 1994. 96p.

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FASE I

3 GEOLOGIA ESTRUTURAL
3.1 Introdução põem granulitos orto com paraderivados e com os
granitóides da Associação Gnáissico-Migmatítica
A área mostra uma história deformacional e, de um componente rúptil, na fase final. Estas
complexa e polifásica, desde o Ciclo Transamazô- deformações foram também responsáveis pelo
nico até o Brasiliano, com prováveis reativações desenvolvimento de uma forte lineação de estira-
neotectônicas. O conjunto de rochas metamórfi- mento, dispostas entre NNW e EW, associada a
cas representado pelo Complexo Granulítico Aná- espessas zonas de cisalhamento com expressi-
polis-Itauçu, Associação Ortognáissica Migmatíti- vas faixas miloníticas e protomiloníticas, por ve-
ca, pela Seqüência Metavulcanossedimentar Rio zes acompanhadas de retrometamorfismo com in-
do Peixe e pelos metassedimentos dos Grupos tensa transformação dos litótipos envolvidos.
Araxá, Canastra, Paranoá e Ibiá, foi afetado por O Evento 2 desenvolveu-se durante o Ci-
um regime tectono-estrutural de cisalhamento clo tectono-metamórfico Brasiliano. Constitui-se
dúctil simples, de natureza contracional, com a no mais importante conjunto de deformações
geração de estruturas de imbricamento crustal e dúcteis de toda a área estudada. As feições es-
nappes tectônicos. truturais geradas neste evento apontam para
Em níveis crustais superiores, os metasse- um modelo de cisalhamento simples progressi-
dimentos do Grupo Bambuí refletem um tectônica vo, tangencial, com o cavalgamento do bloco su-
compressional em direção ao Cráton de São Fran- doeste (Complexo Granulítico) sobre os metas-
cisco. sedimentos Araxá e destes sobre as litologias
Após a formação das Coberturas Detri- do Grupo Canastra. Afetou com grande intensi-
to-lateríticas Terciário-Quaternárias, há fortes evi- dade estas rochas, envolvendo também, as ro-
dências de falhamentos normais reativando anti- chas do Complexo Granulítico e a Seqüência
gas estruturas. Metavulcanossedimentar. Compreende três fa-
Com os dados obtidos nas atividades de ses de deformação, reconhecidas principalmen-
campo, na interpretação de aerofotos na escala 1: te, nos grupos Araxá e Canastra, estruturados
60.000 e imagens de satélite, aliados ao estudo bi- por movimentos tangenciais (duas fases), es-
bliográfico sobre a região, foi possível identificar e sencialmente de baixo ângulo e transcorrentes
caracterizar três importantes eventos tectônicos oblíquos (uma fase), Este evento gerou também
proterozóicos, na área. O primeiro e o segundo estruturas como a megaflexura dos Pirineus
desenvolveram-se sob regime dúctil e o terceiro (LACERDA FILHO & OLIVEIRA, 1994), nappes
em regime caracteristicamente rúptil. Um último e cavalgamentos e o desenvolvimento de ex-
evento, cenozóico, rúptil, é também interpretado. pressivas foliações miloníticas. São ainda ob-
servadas estruturas em anticlinais e sinclinais
3.2 Seqüência de Eventos assimétricas, dobras invertidas e dobramentos
flexurais do tipo chevron, além de dobramentos
O Evento 1 é o mais antigo, transamazôni- amplos e abertos no grupo Paranoá. Falhas nor-
co. Está restrito ao canto sudoeste da área onde mais oblíquas e de cisalhamento direcionais de
afetou intensamente as rochas das unidades pequeno rejeito, resultantes da reativação de
(Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu, Associa- antigas zonas de fraquezas são também produ-
ção Ortognáissica Migmatítica e a Seqüência Me- tos deste evento. A intersecção de eixos de do-
tavulcanossedimentar Rio do Peixe). Distinguem bras abertas com direção E-W e dobras com o
-se com clareza duas fases de deformação, das eixo ortogonal N-S resultou em estruturas de in-
quais resultaram estruturas imbricadas que justa- terferências dos tipos domo e bacia.

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FASE I

O Evento 3, de natureza caracteristicamen- A mesma orientação NW-SE baliza, a norte


te rúptil, mas com alguns componentes dúctil/rúp- e sul, as coberturas detrito-lateríticas sobre as
til, afetou todas as unidades da área, durante o Ci- quais se assenta a cidade de Brasília, demons-
clo Brasiliano. Está representado por sistemas de trando que um basculamento do bloco preservou
fraturas e falhas nos metassedimentos Araxá, Ca- as coberturas dos processos erosivos. No limite
nastra, Paranoá e Ibiá. No Grupo Bambuí gerou sul do bloco, pode-se inferir uma reativação da fa-
dobramentos holomórficos e grandes falhas inver- lha NW que separa a Formação Chapada do Pi-
sas com acentuada vergência para o Cráton do lões, da Unidade Rítmica Quartzítica Intermediá-
São Francisco. Reflexo do transporte tectônico ria do Grupo Paranoá.
em direção à região em apreço por meio de esfor- Outra evidência de movimentação tectônica
ços de compressão sobre estas rochas. Tais es- jovem é a diferença em cota das chapadas eleva-
forços provocaram deformações e rupturas, ge- das do Planalto do Distrito Federal (entre 1.200 e
rando também cavalgamentos, dobramentos 1.300m), e os planaltos das bacias dos rios Preto
apertados, principalmente nos pelitos próximos a e São Marcos (entre 900 e 1.000m). Essa discre-
suas bordas, tornando-se intensas ao longo dos pância de cotas, pode ser explicada por reativa-
falhamentos cavalgantes que os separam dos ções neotectônicas posteriores ao aplainamento
grupos Paranoá e Canastra. Já em direção ao in- gerador das chapadas.
terior da bacia, as deformações são de natureza
epidérmica, com camadas pouco perturbadas, 3.3 Elementos Estruturais
dispondo-se de forma sub-horizontal ou em ondu-
lações amplas e suaves texturas, permitindo que A caracterização dos elementos estruturais
as estruturas primárias fossem preservadas. das diferentes unidades geológicas permite distin-
Nos granulitos e granitóides gnáissicos ca- guir e identificar na área, três domínios litoestrutu-
racterizam-se pela reativação dos planos de fra- rais: o primeiro situa-se na sua porção sudoeste e
quezas, gerados nas deformações do evento 2 e abrange o Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu,
subordinadamente do evento 1. As estruturas as- a Associação Ortognáissica Migmatítica e a Se-
sociadas a deformação rúpteis compreendem fa- qüência Metavulcanossedimentar Rio do Peixe.
lhas e fraturas de dimensões regionais, na maioria Ocupando cerca de 1% da área estudada, este
das vezes de âmbito local, sem e/ou marcada por domínio exibe como elementos principais, falhas
zonas de brechação cataclástica, de direção pre- (transcorrentes) e zonas de cisalhamentos de di-
ferencial NE-SW, NW-SE, NNW-SSE e uma se- reção preferencial NW-SE, imbricamentos crus-
gunda preferencial N-S. Sua orientação é nitida- tais, além de foliações miloníticas e protomiloníti-
mente NE e os mergulhos são comumente altos, cas paralelas aos contatos, com mergulhos médi-
por vezes, subverticais. os a baixos ( 25º a 40º) mostrando padrões plana-
Um último evento, de característica rúptil, res de direção NNW-SSE traduzidos em banda-
mostrando alçamento e afundamento de blocos, mento gnáissico de orientação preferencial NW-
após a formação das coberturas detrito-lateríticas SE e lineação para NW. Ocorre ainda uma segun-
pode ser interpretado. No leste da área, os rios da foliação milonítica de transposição de direção
Preto e Bezerra, interrompem bruscamente a de- E-W/subvertical e uma terceira de natureza dúc-
posição de aluviões, ao mesmo tempo que se en- til/rúptil que corta todas as outras, de direção
caixam em lineamento de direção E-W. Daí, para NE-SW, As fraturas e falhas dominantes mostram
Sul, o rio Preto passa a escavar seu leito, demons- intima relação genética com as deformações ocor-
trando um provável alçamento do bloco sul. ridas anteriormente, evidenciando reativações de
O traçado do rio Preto mostra que seu anti- antigos planos de fraqueza. As fraturas com ca-
go curso se unia com o rio São Marcos, ambos flu- racterísticas transversais ou de tração, diagonais
indo no sentido Sul. Um notável evento desviou ou de cisalhamento podem ocorrer, às vezes,
seu curso para Leste. Um lineamento de direção como fraturas longitudinais. Estas, mais raramen-
NW-SE pode ser interpretado como o causador do te, podem ser correlacionadas ao evento 1.
fenômeno. Tal lineamento faz o contato das uni- O segundo domínio ocupa a porção centro
dades do Grupo Canastra/Formação Serra do oeste da área compreendendo os metassedimen-
Landim, para SW, com as unidades do Grupo Pa- tos Araxá, Canastra, Paranoá e Ibiá representan-
ranoá/Unidade Rítmica Quartzítica e Grupo Bam- do cerca de 70% do total da área. Exibem zonas
buí/Subgupo Paraopeba Indiviso, para NE. A par- de cisalhamento do tipo contracional, dobras de
tir do lineamento, para Sul, o rio São Marcos mos- estilo variado, além de uma forte foliação de trans-
tra-se aluvionado, para norte, o rio Preto escava posição, reflexo do cisalhamento. Entre os falha-
seu curso. mentos ligados aos grupos Araxá e Canastra des-

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FASE I

tacam-se dois sistemas: o NNW-SSE transcorren- 3.4 Interpretação Estrutural das Feições
te que margeia o cinturão dobrado e um NE-SW de Interesse Hidrogeológico
transcorrente que corta o falhamento principal.
Nos metassedimentos Araxá, Canastra, Paranoá Na área, predominam as rochas metamór-
e Ibiá é nítida a reativação de estruturas antigas. ficas ou cristalinas que constituem um meio he-
Este domínio apresenta duas fases de de- terogêneo onde a circulação da água subterrâ-
formação. Na primeira fase uma foliação miloniti- nea é condicionada as descontinuidades físicas
ca S1, penetrativa de baixo ângulo, paralela ao das rochas, características própria dos aqüífe-
acamamento. A segunda caracteriza-se por uma ros fissurados. Uma simples observação dos
superfície milonítica S2 que responde pela trans- cursos dos rios Corumbá, Descoberto, São Bar-
posição parcial de S1 e S0 com direção preferen- tolomeu, Areias e outros de menor porte mostra
cial NW-SE e mergulhos para SW. A xistosidade que a retilinidade de alguns dos seus trechos co-
(S2) e plano axial bem desenvolvido é o elemento incide com as direções de fraturamento regional
planar constante de natureza penetrativa mais co- que afetou suas litologias. Considerando-se que
mum a todas as rochas. A lineação (Lx) é marcada estes elementos fissurais se constituem nas
por um forte estiramento mineral e uma distribui- próprias formas primárias de recarga, armaze-
ção preferencial para SE, nas rochas dos grupos namento e circulação hídrica, estes trechos
Araxá e Canastra. mostram que tais rochas constituem-se nas
São reconhecidas dobras apertadas, inverti- principais zonas de recargas da região, sugerin-
das, assimétricas, co-participantes de falhamento do, portanto, a existência de áreas fraturadas
de empurrão, que em geral posicionam as rochas que possam se constituir em aqüíferos. Em es-
mais antigas sobre as mais novas. Os eixos de do- pecial, os lineamentos NW- SE, interpretados
bras estão arranjados de oeste para leste parale- como reativados tectonicamente durante o Ce-
lamente a direção do empurrão. Em vários locais nozóico, são sítios favoráveis à intensa circula-
ocorrem nos grupos Araxá, Canastra Paranoá e ção de água.
Ibiá dobramentos resultantes das duas fases de São granulitos, orto e paraderivados, xistos,
deformação que afetaram estas rochas. A primei- quartzitos, metassiltitos, argilitos, calcixisto, calcá-
ra gerou dobras isoclinais e a xistosidade S1 sub- rios e mármores em elevadas posições topográfi-
paralela ao acamamento de natureza milonítica. A cas e submetidos a intensos fraturamentos e do-
segunda deu origem a uma foliação relativamente bramentos, A análise estrutural destas litologias
constante e uma lineação bem representada por fornece importantes informações para o entendi-
eixos de dobras com caimento para NNE e NNW. mento das características hidrogeológicas da
Os dobramentos afetam principalmente as rochas área, uma vez que a partir deste conhecimento
pelíticas, mas o estilo das dobras é freqüentemen- pode-se traçar importantes parâmetros para a in-
te perturbado pela superposição de mais de uma filtração, armazenamento e circulação de água
fase de deformação. subterrânea, bem como, a vulnerabilidade natural
O terceiro domínio situa-se nas porções do aqüífero e consequentemente a locação de po-
leste e nordeste da área abrangendo as rochas ços.
dos grupos Paranoá e Bambuí. É marcado por Constata-se que as melhores estruturas fa-
um padrão determinado de falhas. São falhas de voráveis a infiltração e armazenamento de água
cavalgamento de direção N-S, falhas normais e são as falhas e fraturas, Na identificação das es-
normais obliquas, transcorrentes reativadas e fa- truturas com boas probabilidade de acumulação
lhas extensionais. No Grupo Bambuí as falhas de água, é importante utilizar-se da classificação
são normais ou inversas de alto ângulo com genética das mesmas, que, dependendo da ma-
orientação N-S e vergência para o Cráton do São neira como se apresentam em relação ao esforço
Francisco. atuante podem ser importantes com relação ao
Na porção centro sul da área foram identifi- aspecto hidrogeológico.
cadas por diversos autores estruturas de forma Dentre as falhas e as fraturas as mais favo-
dômica. O domo de Brasília constitui uma estrutu- ráveis são as extensionais ou abertas. Desta-
ra dômica alongada com eixo maior no sentido cam-se ainda as transversais, fraturas paralelas
norte-sul onde afloram os metassedimentos do aos eixos das dobras e as longitudinais, A presen-
Grupo Paranoá. O domo de Cristalina constitui ça de fraturas abertas tem um importante papel na
uma estrutura dômica alongada com eixo maior prospecção de água subterrânea, porque quanto
encurvado de sudoeste para nordeste expondo os maior é a densidade de fraturamentos maior será
metassedimentos do Grupo Paranoá dentro do a sua capacidade de acumulação e circulação de
Grupo Canastra. água subterrânea. As grandes falhas e fraturas

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FASE I

presentes na área podem, portanto, se transfor- de natureza dúcteis e rúpteis ocasionando estru-
mar em grandes canais de circulação e acumula- turas extensionais em geral materializadas em fa-
ção de água e fornecer grandes vazões. Já as fa- lhas normais.
lhas de cisalhamento, provenientes de esforços As rochas dos grupos Araxá, Canastra, Pa-
compressivos, acarretam planos fechados, por- ranoá e Ibiá apresentam-se regionalmente dobra-
tanto não favoráveis. Neste caso conterão pouca das com eixos de direções aproximadas N-S e
quantidade de água ou nenhuma. As de cisalha- NE. As fraturas que apresentam direções E-W e
mento que possuírem zonas de milonitização e NW-SE, são perpendiculares aos eixos maiores
cataclase tornam-se favoráveis, quando estas zo- por isso têm grande importância com relação aos
nas estão submetidas a ação do intemperismo, aspectos hidrogeológicos. Os domos apresentam
provocando a alteração e decomposição das ro- eixos aproximadamente N-S sugerindo que as fra-
chas, propiciando desta forma, a infiltração e acu- turas perpendiculares a direção destes eixos po-
mulação de água. Neste caso, poderão produzir dem ser abertas, com bom potencial para acumu-
um volume moderado de água (LADEIRA, 1985). lar água.
Já o relacionamento entre os dobramentos As formações carbonáticas estão presen-
e a hidrogeologia os efeitos são discutíveis. Por- tes nos grupos Araxá, Canastra, Paranoá e prin-
que embora os dobramentos favoreçam a infiltra- cipalmente no Grupo Bambuí. Em todas elas há
ção de água por intermédio dos planos de estratifi- evidencias de carstificação com a ocorrência de
cação o seu potencial hidrogeológico depende de cavernas e dolinas. Embora localizado, tem gran-
outros fatores como as fraturas extensionais e de de importância para a hidrogeologia da área devi-
alivio geradas no desenvolvimento de uma dobra do a suas formas particulares de recarga, circula-
provocada pela compressão com o aparecimento ção e armazenamento de águas podendo consti-
de uma tração perpendicular aos esforços atuan- tuir-se em bons aqüíferos. A carstificação sendo
tes. um processo anisotrópico, a sua forma e a dire-
Quando observados em conjunto sobre o ção de seus elementos dependem basicamente
mapa geológico, dois sistemas preferenciais se da direção dos principais sistemas de fraturas; da
destacam na área. Um de direção NW-SE e o ou- permeabilidade geométrica destes sistemas e do
tro NE-SW, sendo este o mais proeminente. No sentido principal do gradiente hidráulico. A carsti-
entanto, ambos mostraram em observações de ficação depende sobretudo da relação entre o
campo algumas fraturas abertas, portanto, com gradiente hidráulico e a direção espacial das fra-
características extensionais. O primeiro sistema turas.
ocorre nas porções oeste e sudoeste da área afe- As zonas de maior castificarão são geral-
tando principalmente as rochas granulíticas e os mente imbuídas de forte controle estrutural e refle-
metassedimentos Araxá e Canastra. Em virtude tem em superfície feições morfológicas típicas
de seu paralelismo com a direção do cisalhamen- como dolinas e áreas de afundamento. Estas fei-
to regional, sugere tratar-se de um sistema com- ções geralmente são adotadas como fatores guias
posto de fraturas de cisalhamento, isto é pouco ou critérios de locação de poços. O alinhamento
aberto. No entanto as fraturas abertas poderiam de dolinas sugere zonas preferenciais de maior
ser interpretadas como fraturas paralelas à dire- controle estrutural ou de maior castificarão A iden-
ção do esforço atuantes e geradas por tração tificação destes elementos é um valioso instru-
perpendicular ao esforço. Enquanto as fechadas mento para a hidrogeologia.
seriam fraturas formadas ao longo do eixo do es-
forço. As primeiras também poderiam ser fratu- 3.5 Bibliografia
ras de cisalhamento reativadas em regime exten-
sionais. ALMEIDA, F. F. M. de et al. Províncias es-
O segundo sistema apresenta-se em sua truturais brasileiras. In: SIMPÓSIO DE GEOLO-
maioria com características extensionais. Ocorre GIA DO NORDESTE, 8, 1977, Campina Grande.
afetando todas as unidades da área. É formado Atas... Campina Grande: SBG,1977, p.363-391.
por fraturas e falhas de direção preferencial ALMEIDA, F. F. M. de. A evolução dos Crá-
NE-SW e N-S. Estas fraturas na sua maioria são tons Amazônico e do São Francisco comparada
abertas mas, muitas vezes, estão preenchidas por com a de seus Homólogos do Hemisfério Norte.
veios de quartzo. O condicionamento de veios de In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,
quartzo preenchendo fraturas segundo estas dire- 30, Recife, 1978. Anais... Recife: SBG, v.6, 1978,
ções indicam que as mesmas representam fratu- p.393 - 407.
ras de extensão. Em geral os eventos rúpteis es- ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de.
tão relacionados com reativações de falhamentos Evolução Tectônica do Centro-Oeste brasileiro no

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FASE I

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23
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FASE I

4 MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO


CIVIL, INSUMOS AGRÍCOLAS E
OUTROS BENS MINERAIS

4.1 Introdução área em estudo foi o de sub-bacias e não o limite


geográfico de cada município do DF e Entorno.
A exploração de materiais para a constru- Assim, verificamos que esses municípios
ção civil e insumos agrícolas nas proximidades de detinham até o final de 2001 cento e trinta e três
áreas urbanas constitui conflito de uso do solo que (133) registros de licenciamento, quatro (04) re-
vem afetando seriamente o abastecimento des- querimentos de pesquisa, doze (12) requerimen-
ses centros consumidores. Em virtude da expan- tos de lavra, noventa e três (93) autorizações de
são urbana esta exploração é deslocada para áre- pesquisa, um (01) alvará de pesquisa e vinte (20)
as cada vez mais distantes desses centros, insta- concessões de lavra. Além disso, cadastraram-se
lando-se, em regiões que, por sua vez, são invadi- quatrocentas e quarenta e duas (442) novas ocor-
das por novas habitações. rências, dezesseis (16) extrações de areia aluvio-
Este processo contínuo de deslocamento e nar clandestinas, dezesseis (16) extrações de are-
urbanização gera grande desordenamento no ia paralisadas, trinta e oito (38) minas paralisadas,
crescimento das cidades. Para solucionar este vinte e quatro (24) minas ativas clandestinas, sen-
problema é necessário a elaboração de um zo- do: dez (10) de argila, oito (08) de areia oriunda da
neamento de uso e ocupação do solo dessas desagregação de quartzito, três (03) de pedra-de-
áreas, visando melhor aproveitamento da ocupa- talhe (pedra de Pirenópolis) e três (03) de calcário.
ção urbana e conseqüente redução dos custos de (brita). A Tabela 4.1 mostra a situação dessas
produção desses materiais. Para tanto, é preciso ocorrências e quantos hectares foram requeridos
necessário localizar e caracterizar esses bens mi- para cada substância.
nerais de modo a entender como esta atividade de
explotação pode produzir as matérias-primas ne- 4.2.1 Situação dos Direitos Minerários na Área
cessárias ao desenvolvimento desses centros ur-
banos a custos mais baixos e compatíveis com a A situação dos direitos minerários referen-
realidade de cada município. tes a materiais para a construção civil e insumos
Neste trabalho, procuramos mostrar a locali- agrícolas é apresentada na Tabela 4.1, Figura
zação de cada bem mineral e sua potencialidade, 4.1, Tabela 4.2 e Figura 4.2, por município.
visando produzir dados capazes de orientar o de- Durante o último trimestre de 2001 reali-
senvolvimento da atividade mineral integrada ao zou-se um levantamento de campo, abrangendo
planejamento urbano. toda a área do Projeto, utilizando-se o GPS – Siste-
ma de Posicionamento Global, para se locar com
4.2 Materiais para a Construção Civil e Insu- precisão as áreas com processos no DNPM e to-
mos Agrícolas no Distrito Federal e das as ocorrências passíveis de serem exploradas.
Entorno – (Área do Projeto ZEE RIDE O resultado obtido, somado aos dados ana-
– Fase I) lisados de projetos anteriores apresentou um total
de setecentos e cinco (705) pontos de ocorrência
Os municípios abrangidos por este trabalho ou atividade mineral, sendo quatrocentas e qua-
não têm a sua área total englobada nos limites do renta e duas (442) novas ocorrências e cento e oi-
Projeto. O critério utilizado para a delimitação da tenta e seis (186) de atividade mineral das quais

25
ZEE
RIDE
FASE I

Tabela 4.1 – Direitos Minerais para Material de Construção Civil por Município

Licencia- Requerimento Requerimento Autorização Concessão Alvará de


Município TOTAL
mento de Pesquisa de Lavra de Pesquisa de Lavra Pesquisa
Abadiânia 19 01 02 01 01 23
Alexânia 04 09 - 14
Águas Lindas 04 04
Anápolis 01 02 03
Brasília 38 08 27 04 77
Cidade Eclética 01 01
Cocalzinho 13 03 19 10 45
Corumbá de Goiás 12 08 20
Cristalina 01 06 07
Formosa 08 02 01 11
Luziânia 22 01 03 01 27
Padre Bernardo 04 12 02 18
Silvânia 04 04
S. Antônio
03 01 01 03 01 09
Descoberto
TOTAL 133 04 12 93 19 01 263

noventa e cinco (95) em atividade e noventa e centes, nos municípios de Cocalzinho de Goiás e
uma (91) paralisadas. Das noventa e cinco (95) Corumbá de Goiás, até sua confluência com o rio
em atividade, quarenta (40) estão irregulares, o das Antas, (pois para a jusante começa o aporte
que corresponde a 42% do total. de material mais grosseiro oriundo de rochas xis-
Das noventa e cinco (95) frentes ativas ob- tosas dos grupos Araxá e Canastra); e também
servou-se que: nos rios Jacaré e Verde, ribeirões Melchior, Baião
– trinta (30) são de areias e cascalhos alu- e Pixuá em Cocalzinho; e nos rios das Palmas e
vionares (32%); Verde em Padre Bernardo.
– vinte e quatro (24) de areia lavada e areia Os depósitos ocorrem principalmente no ca-
saibrosa – provenientes da desagregação de nal ativo das drenagens principais e seus afluentes.
quartzitos (25%); Ao contrário do resultado da desagrega-
– vinte (20) de argila para cerâmica verme- ção dos xistos, que produzem areia grossa, es-
lha (21%); tes depósitos estão relacionados à desagrega-
– dezessete (17) de calcário e xisto para bri- ção de quartzitos, tanto dos grupos Araxá e Ca-
ta, cimento e pó calcário (18%); nastra nos municípios de Cocalzinho e Corumbá
– quatro (4) de pedra-de-talhe – Pedra de de Goiás, como do Grupo Paranoá, em Padre
Pirenópolis (4%). Bernardo.
Em geral são de cor creme a creme-averme-
4.2.2 Descrição das Ocorrências lhado, com textura fina a média, contendo argila e
silte.
4.2.2.1 Areias e Cascalhos Aluvionares Sua utilização principal é como agregado
miúdo na indústria da construção civil, na produ-
As areias aluvionares podem ser divididas ção de argamassas.
em dois tipos: areias finas, areias grossas e cas- Como toda a extração é sob regime de licen-
calho. ciamento ou mesmo irregular, não existem dados
oficiais de reservas na região do Projeto ZEE
4.2.2.1.1 Areias Finas RIDE.
No projeto, foram visitados vinte (20) de
A extração de areia aluvionar fina ocorre ocorrência de areia fina aluvionar, assim distribuí-
principalmente no rio Corumbá, desde suas nas- dos:

26
ZEE
RIDE
FASE I

Pontos de ocorrência de Pontos de extração ou


Local Local
areia fina aluvionar ocorrência
Rio Corumbá 07 Rio Corumbá 27
Rio Jacaré 02 Rio das Antas 13

Rio do Sal 02 Rio Areias 12

Rio Verde 03 Rio São Bartolomeu 08


Rio dos Macacos 02
Rio das Palmas 01
Rio Salinas 01
Rio do Ouro 01
Rio Verde 01
Ribeirão Congonhas 01
Rio Oliveira Costa 01
Córrego Baião 01
Rio Descoberto 02
Ribeirão Ponte Alta 01
Rio Pamplona 01
Córrego Pixuá 01
Rio Palmital 02
Total 20 Rio Alagado 02
Rio Capivari 02

4.2.2.1.2 Areia Grossa e Cascalho Ribeirão Melchior 02


Ribeirão Lajinha 02
A extração de areia grossa e cascalho ocor- Ribeirão Samambaia 01
re principalmente no canal ativo, podendo, entre-
Ribeirão Ponte Alta 01
tanto, ocorrer nos terraços aluviais das principais
drenagens. Córrego Moreira 01
Os principais depósitos estão associados às Córrego Vermelho 01
bacias dos rios, Corumbá; das Antas; Descoberto; Córrego Mocambo 01
São Bartolomeu; dos Macacos; Areias; Salinas;
Córrego da Chácara 01
Pamplona; Verde e Capivari, distribuídos nos mu-
nicípios de Luziânia, Cristalina, Anápolis, Corum- Córrego Vaca Brava 01
bá de Goiás, Silvânia, Santo Antônio do Desco- Córrego das Lages 01
berto, Cocalzinho de Goiás, Alexânia, Abadiânia e Total 86
Distrito Federal.
Normalmente estes depósitos são formados
por areias finas a grossas, de cor creme, contendo 4.2.2.1.3 Método de Lavra
cascalho, alguma argila e material orgânico (fo-
lhas e pedaços de madeira). Tanto a areia fina como a areia grossa são
Em geral estão relacionados à desagrega- extraídas do leito ativo das drenagens através de
ção de rochas xistosas dos grupos Araxá e Ca- dragagem (Foto 4.1).
nastra onde a fragmentação dos veios de quartzo
resulta em material grosseiro.
Através de informações verbais dos extrato-
res, soube-se que as areias dos rios São Bartolo-
meu e Pamplona são de qualidade inferior por con-
terem maior quantidade de micas que as demais.
A areia grossa é utilizada como agregado
miúdo na indústria de construção civil para a fabri-
cação de concreto.
Similarmente à situação da areia fina, a sua
extração é realizada em regime de licenciamento
ou mesmo de modo irregular, motivo pelo qual não
existem dados oficiais de reservas.
Durante os trabalhos de campo foram visi-
tados oitenta e seis (86) pontos de extração ou
de ocorrência desse tipo de areia, assim distri- Foto 4.1 – Draga de extração de areia aluvionar do
buídos: leito do rio Corumbá.

27
ZEE
RIDE
FASE I

DIREITOS MINERÁRIOS PARA MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL POR MUNICÍPIO

Abadiânia Alexânia Licenciamento


Licenciamento
2 1 Req. Pesq. 1 Req. Pesq.
1 4
Rec.Lavra Rec.Lavra
Autor. Pesq. 9 Autor. Pesq.
19
Conc.Lavra Conc.Lavra
Alvará Pesq. Alvará Pesq.

Águas Lindas Anápolis


Licenciamento Licenciamento
Req. Pesq. 1 Req. Pesq.
Rec.Lavra Rec.Lavra
Autor. Pesq. Autor. Pesq.
4 2
Conc.Lavra Conc.Lavra
Alvará Pesq. Alvará Pesq.

Distrito Federal Cidade Eclética


Licenciamento Licenciamento
4 Req. Pesq. Req. Pesq.

27 Rec.Lavra Rec.Lavra
38
Autor. Pesq. 1 Autor. Pesq.
8 Conc.Lavra Conc.Lavra
Alvará Pesq. Alvará Pesq.

Cocalzinho
Licenciamento Corumbá de Goiás
Licenciamento
10 Req. Pesq.
13 Req. Pesq.
Rec.Lavra
8 Rec.Lavra
3 Autor. Pesq. 12
19 Autor. Pesq.
Conc.Lavra
Conc.Lavra
Alvará Pesq.
Alvará Pesq.

Figura 4.1 – Direitos minerários para material de construção civil por município.

28
ZEE
RIDE
FASE I

DIREITOS MINERÁRIOS PARA MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL POR MUNICÍPIO

Cristalina Licenciamento
Formosa Licenciamento
1 Req. Pesq. 1 Req. Pesq.
Rec.Lavra 2 Rec.Lavra
6 Autor. Pesq. 8 Autor. Pesq.
Conc.Lavra Conc.Lavra
Alvará Pesq. Alvará Pesq.

Luziânia Padre Bernardo


Licenciamento Licenciamento
1
3 Req. Pesq. 2 Req. Pesq.
1 4
Rec.Lavra Rec.Lavra

22 Autor. Pesq. Autor. Pesq.


12
Conc.Lavra Conc.Lavra
Alvará Pesq. Alvará Pesq.

Silvânia
S. Antônio do Descoberto
Sto
Licenciamento Licenciamento
Req. Pesq. 1 Req. Pesq.
Rec.Lavra 3 Rec.Lavra
3
Autor. Pesq. Autor. Pesq.
4 1
Conc.Lavra 1 Conc.Lavra
Alvará Pesq. Alvará Pesq.

Figura 4.1 – Direitos minerários para material de construção civil por município (continuação).

29
FASE I
RIDE
ZEE
Tabela 4.2 – Ocorrências com e sem registro por município

SUBSTÂNCIAS MINERAIS
MUNICÍPIO Regimes Areia/cascalho Areia/saibro Ardósia Argila Cascalho Calcário (pó, bri- Granito Pedra-de- Xxisto Ttotal
aluvionar de quartzito laterítico ta, cimento) talhe
Licenciamento 14 02 02 01 19
Autoriz. de pesquisa 01 01 02
Abadiânia Requerim. pesquisa 01 01
Concessão de lavra 01 01
No ocor. com registro 16 02 02 01 01 01 23
No ocor. sem registro 07 10 11 01 29
Total de ocorrências 23 02 12 12 01 02 52

Licenciamento 04 04
Águas Lindas No ocor. com registro 04 04
No ocor. sem registro 05 05 10
Total de ocorrências 09 05 14

Licenciamento 03 01 04
Autoriz. de pesquisa 05 03 01 09
Alexânia Alvará de pesquisa 01 01
No ocor. com registro 08 03 03 14
No ocor. sem registro 06 06 31 01 44
Total de ocorrências 14 06 31 04 03 58

Autoriz. de pesquisa 02 02
Requerim. pesquisa 01 01
Anápolis No ocor. com registro 01 02 03
No ocor. sem registro 08 08
Total de ocorrências 01 08 02 11

Licenciamento 04 27 02 05 38
Autoriz. de pesquisa 07 14 01 05 27
Requerim. de lavra 02 02 04 08
Distrito Federal Concessão de lavra 01 03 04
No ocor. com registro 05 36 18 06 12 77
No ocor. sem registro 02 26 04 69 35 136
Total de ocorrências 07 62 22 75 47 213

Licenciamento 01 01
Cidade Eclética No ocor. com registro 01 01
No ocor. sem registro
Total de ocorrências 01 01

30
Tabela 4.2 – Ocorrências com e sem registro por município (Continuação).

Licenciamento 04 05 01 02 01 13
Autoriz. de pesquisa 03 05 10 01 19
Cocalzinho de Goiás Requerim. de lavra 02 01 03
Concessão de lavra 01 09 10
No ocor. com registro 05 08 07 01 22 02 45
No ocor. sem registro 02 02 02 14 06 02 28
Total de ocorrências 07 10 09 15 28 04 73

Licenciamento 11 01 12
Autoriz. de pesquisa 01 06 01 08
Corumbá de Goiás No ocor. com registro 12 01 06 01 20
No ocor. sem registro 07 32 03 03 45
Total de ocorrências 19 01 32 09 04 65

Licenciamento 01 01
Autoriz. de pesquisa 06 06
Cristalina No ocor. com registro 06 01 07
No ocor. sem registro 03 07 14 01 01 26
Total de ocorrências 09 08 14 01 01 33

Licenciamento 04 04 08
Autoriz. de pesquisa 02 02
Formosa Concessão de lavra 01 01
No ocor. com registro 04 07 11
No ocor. sem registro 01 01 03 05
Total de ocorrências 04 08 01 03 16

Licenciamento 21 01 22
Autoriz. de pesquisa 02 01 03
Requerim. de pesquisa 01 01
Luziânia Concessão de lavra 01 01
No ocor. com registro 24 01 02 27
No ocor. sem registro 11 01 17 29
Total de ocorrências 35 01 01 17 02 56
o
N ocor. com registro
Novo Gama No ocor. sem registro 01 02 08 11
Total de ocorrências 01 02 08 11

Licenciamento 01 01 02 04
Autoriz. de pesquisa 03 09 12
Padre Bernardo Concessão de lavra 02 02
No ocor. com registro 01 01 03 13 18
No ocor. sem registro 05 04 01 04 07 21
Total de ocorrências 06 05 04 04 20 39

FASE I
RIDE
ZEE
31'
FASE I
RIDE
ZEE
Tabela 4.2 – Ocorrências com e sem registro por município (Continuação).

No ocor. com registro


Planaltina de Goiás No ocor. sem registro 02 01 07 10
Total de ocorrências 02 01 07 10

Licenciamento 04 04
Silvânia No ocor. com registro 04 04
No ocor. sem registro 05 04 09
Total de ocorrências 09 04 13

Licenciamento 03 03
Autoriz. de pesquisa 03 03
Requerim. de pesquisa 01 01
S. Antônio do Desco-
Concessão de lavra 01 01
berto
Requerim. de lavra 01 01
No ocor. com registro 09 09
No ocor. sem registro 05 03 16 01 25
Total de ocorrências 05 12 16 01 34

No ocor. com registro


Unaí No ocor. sem registro 02 02 04
Total de ocorrências 02 02 04

No ocor. com registro


Valparaiso No ocor. sem registro 02 02
Total de ocorrências 02 02

No ocor. com registro 81 66 01 38 09 47 04 08 09 263


Total No ocor. sem registro 53 51 28 239 58 01 06 06 442
Total de ocorrências 134 117 01 66 248 105 05 14 15 705

32
0
5
10
15
20
25
30
35
40

0
2
4
6
8
10

0
2
4
6
8
10
12
Abadiânia Abadiânia
Abadiânia
Alexânia Alexânia
Alexânia
Águas Águas
Águas
Anápolis Anápolis
Anápolis
Brasília Brasília
Brasília
Cid. Cid.
Cid.
Cocalzinho Cocalzinho
Cocalzinho
Corumbá Corumbá
Corumbá
Cristalina Cristalina
Cristalina
Formosa Formosa
Formosa
Licenciamentos - 133

Luziânia Luziânia

Concessão de Lavra - 20
Requerimentos de Lavra - 12
Luziânia
P. P.
P.
Silvânia Silvânia
Silvânia
S. Antônio S. Antônio
S. Antônio

33
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2

0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0
5
10
15
20
25
30
Abadiânia
Abadiânia Abadiânia
Alexânia
Águas
Águas Águas
Anápolis
Brasília
Brasília Brasília
Cid.
Cocalzinho
Cocalzinho Cocalzinho
Corumbá Cristalina
Cristalina Cristalina

Alvará de Pesquisa
Formosa Luziânia
Requerimentos de Pesquisa - 04

Figura 4.2 – Direitos minerários para material de construção civil e insumos agrícolas.
Luziânia
Autorização de Pesquisa - 93

Luziânia
P. Silvânia
Silvânia Silvânia
DIREITOS MINERÁRIOS PARA MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL E INSUMOS AGRÍCOLAS

S. Antônio
ZEE
RIDE
FASE I
ZEE
RIDE
FASE I

O material extraído passa por uma peneira, xamento dos leitos ativos seria mínima se as la-
a qual separa os seixos, calhaus e material orgâni- vras ocorressem de forma adequada e correta, e
co. Posteriormente este material é estocado às até contribuiriam para o desassoreamento.
margens da drenagem, a uma distância inferior a Porém, quando essa extração é desenvolvi-
100m, podendo acarretar desmoronamentos, da de forma inadequada, pode acarretar sérios
além de que, para construir o depósito é necessá- danos ao meio ambiente, vez que as dragas são
rio desmatar a mata ciliar. estacionárias e localizadas muito próximo às mar-
As peneiras ficam muito próximo das mar- gens, o mesmo ocorrendo com as peneiras que
gens, o que provoca o retorno do material retido retêm o cascalho, o qual se acumula entre a pe-
na peneira para o leito da drenagem, causando neira e a drenagem e, em determinado momento,
assoreamento no local (Foto 4.2). retorna ao leito ativo provocando seu assorea-
mento e muitas vezes desvio do canal.
O pátio de depósito do material extraído si-
tua-se dentro da mata ciliar que, para isso, é des-
truída. O mesmo ocorre com as estradas de aces-
so que cortam paralelamente e muito próximas ao
canal, também causando desmatamento da vege-
tação ciliar e desestabilização das margens de-
vida ao tráfego de caminhões pesados sobre um
terreno pouco compactado, o que provoca um im-
pacto ambiental maior do que a própria extração
mineral (Foto 4.3).

Foto 4.2 – Detalhe da peneira de separação de


areia e seixos. Foto 4.3 – Depósito de areia aluvionar na
zona de mata ciliar.
Os pequenos produtores utilizam pá ma-
nual para o carregamento em caminhões de car- Os óleos e graxas derramados afugentam a
roceria convencional, na maioria das vezes de fauna e causam poluição hídrica. Além disso, po-
terceiros. dem ser observados outros impactos, tais como:
As extratoras de maior porte utilizam pás poluição sonora, emissão de gases, concentração
carregadeiras e transporte em caminhões caçam- de lixo e vasilhames contaminados.
ba basculantes.
4.2.2.1.5 Recomendações
4.2.2.1.4 Impactos Ambientais
Sugere-se que para esse tipo de extração
Normalmente a extração de areia do leito mineral (dragas), os mineradores sejam conscien-
ativo das drenagens provoca a alteração da dinâ- tizados da importância de uma lavra planejada, de
mica fluvial. Como na área em estudo a capacida- modo que o canal fluvial mantenha sua regularida-
de de descarga dos cursos de água é reduzida, de e configuração original, e que a areia seja ex-
principalmente no período de estiagem, a modifi- traída apenas do leito ativo e não de barrancos e
cação das condições hidrodinâmicas pelo rebai- terraços aluviais.

34
ZEE
RIDE
FASE I

As peneiras de retenção de cascalho e ou- – transporte da areia por meio de caminhões


tras impurezas devem situar-se afastadas da mar- basculantes.
gem, de modo a impedir que este material retorne Já em Cristalina o método utilizado é o de
ao leito ativo e evite a formação de uma barreira desmonte hidráulico; o qual consiste na escava-
que possa causar o desvio do leito original. ção dos barrancos arenosos pelo impacto da água
As estradas e o pátio de depósito devem ser sob pressão e prevê as seguintes etapas:
construídos fora da mata ciliar, evitando assim im- – desmatamento da cobertura vegetal, nor-
pactos maiores advindos de sua eliminação. malmente constituída por campos cerrados, por
Recomendam-se ainda cuidados especiais meio de trator de esteira com lâmina.
quanto ao uso de óleos e graxas, impedindo que – desmonte do material do barranco por meio
poluam o curso de água e também que seja cons- de monitores hidráulicos. Geralmente o trabalho
truído um depósito de lixo para evitar a contamina- começa na parte mais baixa do barranco, fazendo
ção da drenagem e do solo em suas proximida- com que a parte superior desabe (Foto 4.4).
des.

4.2.2.2 Areia de Quartzito (Areia Lavada)

A areia fina oriunda da desagregação de


quartzitos ocorre principalmente nos municípios
de Cristalina, Santo Antônio do Descoberto e Co-
calzinho de Goiás.
Esses depósitos estão relacionados à desa-
gregação de quartzitos do Grupo Canastra.
Durante os trabalhos de campo foram estu-
dadas 26 ocorrências de areia de quartzito das
quais dez (10) estão em exploração, seis (06) es-
tão abandonadas e dez (10) novas ocorrências fo-
ram cadastradas. Além disso, foram selecionadas
duas (02) áreas potenciais para exploração desse Foto 4.4 – Desmonte hidráulico de quartzito para
bem mineral, uma em Santo Antônio do Desco- retirada de areia.
berto e outra em Cristalina.
Essa areia apresenta coloração creme-claro – o material é carreado pela própria água
até branca, com granulometria variando de fina dos monitores para um “poço” de onde é bombea-
(predominante) a média, localmente com alguns do para o terreno acima, onde é peneirado para a
grânulos. retirada de impurezas (Foto 4.5).
Sua utilização principal é como agregado
miúdo na indústria da construção civil, na produ-
ção de argamassa e também como areia para jar-
dins.

4.2.2.2.1 Método de Lavra

Os métodos de lavra são distintos nos muni-


cípios de ocorrência desse bem mineral. Em Santo
Antônio do Descoberto e Cocalzinho de Goiás a la-
vra é por escarificação (raspagem mecânica) e
consiste basicamente nas seguintes etapas:
– desmatamento da cobertura vegetal, nor-
malmente constituída por campos cerrados, por
meio de trator de esteira com lâmina.
– decapeamento da camada orgânica, Foto 4.5 – Poços de bombeamento da areia
quando existente, por trator. extraída de quartzitos.
– desmonte do material por tratores de este-
ira com escarificador, que realiza a operação de – da peneira o material segue para uma pe-
extração. quena barragem retentora onde a areia se deposi-

35
ZEE
RIDE
FASE I

ta e a água retorna ao sistema, para abastecimen-


to dos monitores.
A areia é então amontoada e carregada ma-
nualmente ou por pás carregadeiras em cami-
nhões basculantes (Foto 4.6).

Foto 4.7 – Cava abandonada onde se acumulam


águas pluviais.

4.2.2.2.3 Recomendações

Foto 4.6 – Depósito de areia de quartzito pronta Para esse tipo de extração é necessário que
para embarque. se estabeleça um plano adequado para a lavra, de
forma a recuperar a vegetação original e proteger
as drenagens. A poeira pode ser controlada por
4.2.2.2.2 Impactos Ambientais um sistema se aspersão eficiente, com a utiliza-
ção de caminhões-pipa.
Este tipo de material é extraído por dois mé- As cavas produzidas podem ser utilizadas
todos diferentes, como já foi dito anteriormente como lagos, criatório de peixes e até mesmo, de-
(escarificação e cava). Ambos provocam mudan- pois de devidamente preparadas, como áreas de
ças ambientais danosas à natureza, se forem mal deposição de resíduos sólidos.
executados, sem um plano de recuperação con-
sistente. 4.2.2.3 Areia Saibrosa e Saibro
Dentre os danos que podem causar desta-
cam-se: Foram cadastrados na área do ZEE RIDE
– desmatamento e formação inadequada de cinqüenta e cinco (55) ocorrências de areia sai-
taludes, o que favorece o acréscimo do escoa- brosa e saibro, assim distribuídas: trinta e três (33)
mento de águas superficiais, dando origem a vo- no Distrito Federal, sete (07) em Águas Lindas,
çorocas, além de provocar o assoreamento e po- sete (07) em Cocalzinho de Goiás, três (03) em
luição das drenagens próximas. Formosa, três (03) em Padre Bernardo e duas (02)
– produção de grande quantidade de poeira, em Planaltina de Goiás, sendo que apenas a de
no caso da lavra por escarificação, principalmente Cocalzinho ocorre sobre quartzitos do Grupo Ca-
na época seca, afetando a população que reside nastra; as demais se desenvolvem sobre quartzi-
nas proximidades. tos do Grupo Paranoá.
– produção de ruídos por equipamentos de Destas ocorrências vinte (20) representam
lavra e transporte, afugentando a fauna e pertur- minas em atividade, vinte e uma (21) minas parali-
bando os moradores vizinhos. sadas e quatorze (14) novas ocorrências. Deste
– abertura de cavas que, posteriormente, total, trinta e duas (32) possuem licenciamento,
após o abandono da lavra desfiguram a paisagem dez (10) autorização de pesquisa e duas (02) re-
e acumulam águas pluviais estagnadas que se querimento de lavra.
tornam focos de proliferação de mosquitos e exa- Este material é oriundo da desagregação
lam mau cheiro (Foto 4.7). dos quartzitos in situ, os quais são de cor cinza
– uso não controlado das cavas abandona- claro a cinza-avermelhado. Os principais minerais
das como depósito de resíduos sólidos e entulhos, constituintes são o quartzo, argilas não expansi-
às vezes com alto potencial contaminante. vas e secundariamente micas.

36
ZEE
RIDE
FASE I

A sua utilização está diretamente ligada à – poluição sonora e visual;


produção de argamassa para reboco e para obras – poeiras;
de base na pavimentação de ruas e rodovias. – assoreamento de drenagens.;
Apesar de todas as minas em atividade es-
tarem sob regime de licenciamento, algumas pos- 4.2.2.3.3 Recomendações
suem dados de produção, os quais podem ser ob-
servados na Tabela 4.3. Assim como para a areia de quartzito, como
medida preventiva, é necessário que se estabele-
4.2.2.3.1 Método de Lavra ça um plano adequado para a lavra, de forma a mi-
nimizar os impactos ambientais na vegetação e
Em todas as minas em atividade, após a re- nas drenagens.
moção da cobertura vegetal, o desmonte do mate- Deve-se promover o aplainamento do terre-
rial é realizado com trator de esteira, sendo o no, com posterior recobrimento com material fértil
transporte do produto in natura feito por pás carre- e reflorestamento com espécies nativas, caracte-
gadeiras até os caminhões caçamba, que le- rísticas do local. A poeira pode ser controlada por
vam-no diretamente às obras ou para depósitos um sistema se aspersão eficiente, com a utiliza-
nos centros urbanos. O sistema de lavra é o de ção de caminhões-pipa.
cava. As cavas mais profundas podem ser utiliza-
das como lagos, criatório de peixes e até mesmo,
4.2.2.3.2 Impactos Ambientais depois de devidamente preparadas, como áreas
de deposição de resíduos sólidos.
Tanto a areia saibrosa como o saibro são
explotados por meio de cavas, e os principais im- 4.2.2.4 Argila
pactos adversos podem ser resumidos nos se-
guintes itens: As argilas que ocorrem na área do Projeto
– desmatamento, provocando desequilíbrio são de origem fluvial e foram depositadas em pla-
ecológico da flora e fauna; nícies de inundação durante o período das cheias.
– denudação do solo com a retirada da ca- Geralmente têm a forma de lentes e gradam late-
mada fértil; ralmente para silte e/ou material arenoso.
– criação de possíveis focos de voçoroca- Mesmo sendo um produto de alteração, se-
mento e erosão; lecionado pelos processos naturais de transporte

Tabela 4.3 – Produção de Areia Saibrosa e Saibro

No da ocorrência Município Proprietário Produção m3/mês


HA-17 Cocalzinho de Goiás Areal do Exudério 30.000
HA-25 Águas Lindas Areal do Pereira I 45.000
HA-29 Águas Lindas Areal do Pereira II 105.000
HA-77 Gama-DF Areal do Ailton 120.000
HA-102 Sobradinho-DF Clube do Empresário 7.000
HA-113 Recanto das Emas-DF Areal do José Ferreira 3.500
HA-114 Recanto das Emas-DF Areal do Fernando 3.600
HA-118 Recanto das Emas-DF Areal do Tavares 10.000
HA-119 Sobradinho-DF Forn. Areia Bela Vista 200.000
HA-120 Sobradinho-DF Chácara das Palmeiras 250.000
HA-137 Planaltina de Goiás Areal de Planaltina 10.000
HA-144 Padre Bernardo Areal de Monte Alto 5.000
HA-164 Formosa Areal do Ary Ornelas I 5.000
HA-165 Formosa Areal do Ary Ornelas II 3.000
HA-166 Formosa Areal do Ary Ornelas III 2.000
GS-235 Cocalzinho de Goiás Chácara Bicame 2.000
Total 801.100

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FASE I

e deposição, a natureza da área-fonte tem uma 4.2.2.4.2 Impactos Ambientais


importância que refletirá na quantidade e nos tipos
de argilas depositadas. A argila, em sua grande maioria, é extraída
As áreas mais importantes estão associa- na planície de inundação, por vezes muito próxi-
das a rochas siltosas do Grupo Paranoá e intru- mo às cabeceiras das drenagens.
sões graníticas no Grupo Canastra. Os principais fatores negativos e que provo-
Dentre as primeiras destacam-se as ocor- cam impacto ambiental degradante na área de ex-
rências do Distrito Federal (rio Preto; ribeirões: plotação são:
Melchior, Papuda, Piriripau, Jacaré; e, córregos: – erradicação da mata ciliar;
Barreirinho, Buritizinho e Grotão), Padre Bernardo – aceleração da erosão próximo às drena-
(rio do Sal e córrego Desterro), Luziânia (ribeirão gens por águas pluviais;
Paiva), Formosa (Ribeirão Santa Rita). – assoreamento e turbilhonamento das
Na segunda categoria situam-se as argilas águas das drenagens próximas;
de Alexânia e Abadiânia (rio das Antas; ribeirões – transformação da paisagem pela abertura
Cachoeira e Fivela; córregos: Tamboril; Poções; e abandono de cavas;
Formiga; São Jerônimo; Capão da Ripa; Barreiro; – transformação das cavas abandonadas
Taquari; Engenho Velho e Estiva). em depósitos de lixo;
Foram cadastradas trinta e uma (31) ocor- – preenchimento das cavas por águas pluvi-
rências em áreas do Grupo Paranoá e quinze (15) ais estagnadas;
em áreas graníticas; dezessete (17) são áreas
com extração em atividade, das quais dez (10) es- 4.2.2.4.3 Recomendações
tão irregulares; oito (08) com as atividades parali-
sadas e vinte e uma (21) novas ocorrências passí- No caso das argilas recomenda-se que a ex-
veis de explotação. tração seja efetuada pelo método de cavas fecha-
Em geral são argilas de cor cinza-escuro das, sem ligação com a drenagem, para que esta
quando úmidas e cinza-claro quando secas. A não seja contaminada por águas de elevado teor
espessura média dos depósitos é variável de de sólidos em suspensão. Se não for possível a
0,30 a 4m, dependendo da drenagem a que es- adoção desse sistema, é recomendável a criação
tão associadas, sendo mais espessas no rio das de diques ou bacias de decantação, antes de a
Antas. água retornar à drenagem.
A argila extraída desses depósitos aluviona- Deve-se manter uma faixa de proteção,
res é utilizada como matéria-prima na indústria da definida pela área de preservação permanente,
cerâmica vermelha, para a fabricação de tijolos especificada pelo IBAMA e órgão ambiental es-
comuns e tijolos furados. tadual.
As áreas regularizadas e em atividade estão Os rejeitos devem ser estocados de forma
sob regime de licenciamento e, portanto, não foi planejada e em locais adequados, previamente
possível quantificar as reservas oficiais passíveis selecionados.
de exploração. Quando do início da lavra, deve-se estocar o
solo orgânico que recobre a jazida, para uso pos-
4.2.2.4.1 Método de Lavra terior.
Após a exaustão da jazida, procurar reabili-
A extração é realizada a céu aberto, através tar a área, aplainando o terreno e recobrindo-o
da lavra em cava, de maneira manual ou mecani- com o solo orgânico que havia sido retirado e es-
zada, e a argila transportada por caminhões até as tocado para esse fim.
cerâmicas. Após o recobrimento, reflorestar com espé-
Os maiores problemas na exploração des- cies vegetais originais da mata ciliar que existia
sas argilas são: a) devido ao grande volume e al- anteriormente.
tas tonelagens retiradas, associados ao baixo pre- Se a cava for muito profunda, o que não
ço, este material é extraído próximo à zona em ocorre na área do projeto, recomenda-se a cons-
que se localiza a indústria cerâmica, que em mui- trução de lagoas e criatórios de peixes, evitando
tos casos está na periferia da zona urbana, geran- que sejam utilizadas como depósito de lixo.
do conflitos com outros tipos de uso dos solos; b)
como as cavas abertas são de grande porte, tor- 4.2.2.5 Rochas Carbonáticas – Calcários
na-se problemática a drenagem da água acumula-
da nessas depressões, devido a baixa permeabili- As rochas carbonáticas concentram-se na
dade do terreno. região norte da área do projeto, estendendo-se

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FASE I

sob a forma de uma faixa leste-oeste, desde For-


mosa até Cocalzinho de Goiás.
Nos municípios, de Formosa, Planaltina de
Goiás, Padre Bernardo e no Distrito Federal são
representadas por calcários calcíticos e dolomíti-
cos do Grupo Paranoá. Em Cocalzinho de Goiás
ocorrem metacalcários do Grupo Canastra. As
ocorrências em geral são de grande porte e for-
mam lentes encaixadas em siltitos do Grupo Para-
noá e micaxistos do Grupo Canastra.
Geralmente ocorrem sob a forma de morros
descontínuos e irregulares, normalmente com de-
senvolvimento de solo argilo-arenoso avermelha-
do e com vegetação bem desenvolvida. Sua cor
varia de cinza-claro a preto, de granulação fina a Foto 4.8 – Extração de rocha carbonática, a céu
aberto, sob a forma de bancadas.
média, com textura eqüigranular.
Como é do conhecimento geral, os calcários – desmatamento da cobertura vegetal
constituem uma das substâncias minerais mais – remoção do capeamento da jazida
importantes, sendo utilizados em todo o mundo. – desmonte do minério
Podem ser usados in natura ou na fabricação de – beneficiamento do minério
cimento e cal. – carregamento do minério
Na forma in natura são empregados na pre- – transporte do minério aos centros consu-
paração de argamassa e agregados, lastros de ro- midores.
dovia, filtro de tratamento de esgoto, fabricação Nem todas as empresas extratoras adotam
de tijolos silicosos, redução de minério de ferro, fa- o sistema de bancadas sucessivas, muitas utili-
bricação de produtos refratários, vidros, corretivo zam paredões íngremes, o que torna a operação
da acidez do solo, ração para gado etc. perigosa e cara.
Na indústria do cimento é utilizado na fabri- O maquinário utilizado consta principalmen-
cação do cimento Portland. Na indústria de cal, te de:
dependendo de sua composição, obtêm-se cal – pás carregadeiras mecânicas
dolomítico, cal calcíticas, cal de sílica e cal argilo- – perfuratrizes rotopneumáticas
so. – carretas de perfuração
Na área foram visitados oitenta e seis (86) – escavadeiras
pontos de rochas carbonáticas, sendo sessenta e – caminhões basculantes fora de estrada
nove (69) ocorrências, doze (12) minas em ativi- – britadores
dade e cinco (05) minas inativas. – trator de esteira com lâmina
Quanto à situação legal, existem na área Na maioria das minerações o desmonte é
vinte e seis (26) autorizações de pesquisa, treze com explosivos.
(13) concessões de lavra, quatro (04) licencia-
mentos e três (03) requerimentos de lavra. 4.2.2.5.2 Impactos Ambientais
A produção das principais mineradoras
que atuam na região pode ser observada na Ta- A exploração de rochas carbonáticas para
bela 4.4. a produção de brita e pó calcário pode gerar im-
Embora fora da área de estudos, existem pactos negativos tanto na fase de exploração
duas ocorrências de importância regional, nas vi- quanto na fase de beneficiamento, aumentando
zinhanças dos limites do projeto. Uma em Vila de gravidade quando próximas a núcleos urba-
Propício, a oeste, que é explorada para a produ- nos. As instalações para a britagem e o peneira-
ção de corretivo de solo, e outra, ao norte de For- mento geram grande quantidade de pó nas pro-
mosa, que é explorada para brita e pó calcário. ximidades.
Nestes locais, os ruídos e vibrações são
4.2.2.5.1 Método de Lavra intensos devidos ao desmonte da rocha e ao
processo de britagem, bem como o uso de ex-
Todas as jazidas de rochas carbonáticas plosivos.
são explotadas a céu aberto, através de lavra em É comum o abandono de equipamento inuti-
bancadas, obedecendo à seguinte seqüência de lizado, em locais inadequados, o que também pro-
operação (Foto 4.8): voca danos ambientais.

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Tabela 4.4 – Produtos e produção da exploração de rochas carbonáticas.

Proprietário Município Produto 1 Produção Produto 2 Produção Produto 3 Produção Produto 4 Produção Produto 5 Produção Produção
Total
Brita Brasília Cocalzinho Brita 14.000 t/mês 14.000 t/mês

Pedreira Rio Cocalzinho Brita 600 m3/mês 600 m3/mês


Verde
Brical P. Bernardo Brita (1-2-3) Pedrisco Areia Pó calcário 8.000 m3/mês
Artificial
Pedreira Sobradinho-DF Brita 70.000 t/mês Areia 10.000 t/mês 80.000 t/mês
Contagem Artificial
CIPLAN Sobradinho-DF Cimento 100.000 t/mês Brita 70.000 t/mês Argamassa 5.000 t/mês 175.000 t/mês
Cimento Sobradinho-DF Cimento 500.000 t/ano Brita (1-2-3) 15.000 m3/mês Pó calcário 3.000 m3/mês Pedrisco 5.000 m3/mês Argamassa 2.500 t/mês
Tocantins
Pedracon Sobradinho-DF Brita (1-2-3) 30.000 t/mês Pedrisco 5.000 t/mês Areia 3.000 t/mês Pó calcário 2.000 t/mês 40.000 t/mês
Artificial
Pedreira Planaltina Brita 1 Pó calcário 25.000 t/mês
Monzodó
BRITACAL Planaltina Brita (0-1-2) Pó de brita Pó calcário
Mineração Cocalzinho Pó Calcário 20.000 t/mês 20.000 t/mês
Pirineus
Pedreira Sobradinho-DF Brita
Palmital

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Grande parte das oficinas, locais de abaste- – água pluvial: Construção de sistemas de
cimento e lavagem de veículos e equipamentos, drenagem das águas pluviais para as áreas da
constituem focos de poluição hídrica por óleos, mina, depósito de estéril e pátios.
graxas e outros produtos químicos, quando não – áreas de risco: Sinalização e delimitação
existem bacias de decantação para a retenção de zonas de proteção ao redor das pedreiras.
desses produtos. Plantação de árvores, criando uma cortina verde
Para que as perfuratrizes atinjam os níveis que diminua o impacto paisagístico e lançamento
mais elevados das pedreiras, são abertas estra- de fragmentos.
das e realizados desmatamentos, e isto pode pro- – revegetação: Normalmente nestas áreas
vocar a erosão no local. de pedreiras é impraticável oreflorestamento, já
Um grande perigo é o desmonte por explosi- que o solo é praticamente inexistente, sugere-se
vos, o que provoca o lançamento de fragmentos a sua utilização como depósito de resíduos ou mes-
grandes distâncias, colocando em risco trabalha- mo instalação de indústrias.
dores da mina, moradores e o gado nas fazendas
circunvizinhas. 4.2.2.6 Granitos
São comuns as lavras com paredes íngre-
mes, o que provoca a instabilidade das encostas, As rochas granitóides ocorrem intrusivas em
com quedas de blocos e deslizamentos de rocha e micaxistos do Grupo Canastra, apresentando po-
solo. tencial para pedra britada e até mesmo como pe-
Constitui também um problema a disposição dra ornamental, não havendo, entretanto, até o
do estéril e dos finos resultantes da britagem, a momento, nenhuma extração dessas rochas na
qual, quando realizada de maneira errônea, pode área do projeto.
provocar seu carreamento para as drenagens pró- Foram cadastradas quatro (04) ocorrências
ximas, causando o seu assoreamento. sendo três (03) no município de Alexânia e uma
Podem ocorrer, ainda, os seguintes impac- (01) em Abadiânia. Todas possuem autorização
tos negativos: de pesquisa.
– alteração da topografia.
– possibilidade da ocorrência de pneumoco- 4.2.2.7 Lateritas – Cascalho Laterítico
niose por poeiras mistas (PPM) – doença pulmo-
nar causada pela inalação de poeiras durante a As coberturas lateríticas são as fontes dos
extração e beneficiamento do minério, caso não materiais de empréstimo utilizados na construção
sejam utilizados corretamente os equipamentos civil e nas obras rodoviárias. Este emprego advém
de segurança. tanto da natureza do latossolo desenvolvido e de
– alteração da flora e fauna sua espessura (2 metros ou mais, em média 3,5
– assoreamento de ecossistemas. metros), quanto do relevo plano que desenvolveu,
e, além disso, quase sempre, são encontradas
4.2.2.5.3 Recomendações próximo das estradas ou áreas de expansão urba-
na. O enriquecimento em sesquióxido de ferro e
Para minorar e controlar os impactos negati- alumínio e a deficiência em húmus possibilitam
vos citados no item anterior podem ser tomadas que, quando desidratado, esse material origine
as seguintes medidas crostas, cangas e concreções, materiais estes
– poeira: Aspersão das vias de acesso por com ótimas características para a construção de
caminhões pipa e uso de nebulizadores ou filtros estradas.
nos equipamentos de britagem. Neste trabalho foram cadastradas duzen-
– vibrações: Planejar adequadamente os tas e cinqüenta e quatro (254) ocorrências de
planos de fogo. cascalho laterítico, passíveis de serem explora-
– ruídos: Utilizar martelos hidráulicos para a das, distribuídas por toda a área, independente-
“quebra” dos matacões, abafadores para martele- mente do tipo litológico subjacente. Destas,
tes, isolamento acústico nos britadores etc. cento e oitenta e quatro (184) estão intactas e
– óleos e graxas: Construção de caixas se- setenta (70) foram ou estão em fase de explota-
paradoras que evitem a contaminação das drena- ção.
gens e do solo. Apenas nove (09) ocorrências têm situação
– estéril e finos: Construção de depósitos legal no DNPM, sendo sete (07) licenciamentos e
controlados, tipo bermas, e que possam ser reflo- duas (02) autorizações de pesquisa.
restados mais tarde, quando da exaustão ou Fazendo-se um somatório de todas as ocor-
abandono da jazida. rências na área chega-se a um total de 47.000ha e

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FASE I

a um volume aproximado de 1.662.500.000m3 de Não se retire toda a capa laterítica, minimi-


cascalho laterítico. zando assim o impacto provocado pelas águas
pluviais.
4.2.2.7.1 Método de Lavra Já que, praticamente não existe solo para a
sua recuperação, estas áreas podem ser utiliza-
As lateritas são explotadas através de lavra das para a instalação de indústrias e até mesmo
por escarificação (raspagem mecânica). urbanização.
A lavra consiste basicamente nas seguintes
etapas: 4.2.2.8 Quartzito – Pedra-de-Talhe (Pedra de
– desmatamento da cobertura vegetal, Pirenópolis)
quando existente, por meio de trator de esteira
com lâmina. Como pode ser observado na carta de ocor-
– desmonte do cascalho laterítico por trator rências minerais, existem, na região de Pirenópo-
de esteira com escarificador. lis, extensas áreas onde ocorrem quartzitos do
– carregamento do material em caminhões Grupo Canastra, passíveis de serem explorados.
basculantes e, Essas rochas apresentam a característica de se
– transporte para o local de utilização. partirem em placas da ordem de 1 a 3cm de es-
pessura, com superfícies variando de 0,2 a 4m2, o
4.2.2.7.2 Impactos Ambientais que as torna um excelente material de construção.
Essa “clivagem” em placas deve-se ao de-
A lavra do cascalho laterítico provoca o des- senvolvimento de muscovita a partir de níveis ar-
matamento e a formação inadequada de taludes; gilosos de acamadamento, gerando uma foliação
isto, aliado à remoção dessa capa laterítica, faz que varia de paralela a subparalela ao acamada-
com que aumente o escoamento superficial, o que mento.
pode provocar a erosão do solo, originando imen- Durante os trabalhos de campo foram ca-
sas voçorocas e desmoronamentos, tendo em vis- dastradas doze (12) minas de extração de quartzi-
ta que estas ocorrências situam-se em platôs, ge- to, sendo oito (08) no município de Corumbá de
ralmente nas cotas mais altas e que sustentam a Goiás e quatro (04) no município de Cocalzinho de
topografia local. Este fato pode tornar mais difícil o Goiás, além de terem sido selecionadas áreas
aproveitamento posterior dessas áreas. O deca- passíveis de serem exploradas.
peamento dessa cobertura laterítica pode também Conforme o grau de alteração, cor, quanti-
contribuir para o assoreamento e poluição da dre- dade de muscovita, são selecionados para vários
nagem pelo material carreado pelas águas pluviais. usos, tais como: pisos para exteriores e interiores,
Um outro fato marcante e que chama a aten- revestimento de paredes, construção de mesas e
ção nessas áreas é a grande quantidade de poeira bancos.
em suspensão devida à movimentação dos equi- Quando as placas apresentam espessuras
pamentos de extração e transporte do material. superiores a 3cm, o material é utilizado para a
Este fato gera desconforto para os moradores pró- construção de muros, alicerces e calçamento de
ximos e também ao longo do trajeto até o local de ruas.
consumo, pois o transporte é feito por caminhões
caçamba, sem proteção alguma. 4.2.2.8.1 Método de lavra
Um fato comum, não só na exploração das
lateritas, mas em todas as lavras mecanizadas, é A exploração desses quartzitos asseme-
a geração de ruídos que afugentam a fauna e in- lha-se à lavra em “bancada”, porém, de maneira
comodam a vizinhança. mais rústica, não sendo adotado o sistema de
bancadas sucessivas, com lavra planejada; o que
4.2.2.7.3 Recomendações ocorre é a utilização de paredões íngremes, o que
faz com que a bancada única fique muito alta, com
Os impactos ambientais gerados são seme- até 60m de altura, tornando as operações perigo-
lhantes aos descritos para a extração de areia fina sas e caras. Os trabalhos iniciam-se com a limpe-
por escarificação, com a diferença de que não são za superficial do local a ser explorado, quando em
produzidas cavas. alguns casos utiliza-se o trator de esteira. A se-
Recomenda-se que nas áreas onde se está guir, através de alavancas, marretas e finas talha-
extraindo o material use-se aspersão e que os ca- deiras construídas com molas de aço de 1,5 a
minhões de transporte sejam cobertos para dimi- 5mm de espessura, são separadas as placas de
nuir a poeira. quartzito.

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FASE I

Depois de retiradas, as placas passam por turísticas, minimizando sua influência no visual
um processo de padronização, quando então são panorâmico.
cortadas em quadriláteros de tamanhos regula- Analisar e estudar a possibilidade de apro-
res, com o auxílio de um trilho de ferrovia e um pe- veitamento do rejeito como areia fina para uso na
daço de mola de caminhão. construção civil. Com isso seria evitado o asso-
O carregamento dos caminhões para o reamento das drenagens, já que, não haveria acú-
transporte é manual e os caminhões utilizados mulo de estéril nas encostas.
são de carroceria comum. Efetuar fiscalização mais rígida e assídua
para impedir a abertura aleatória de frentes de la-
4.2.2.8.2 Impactos Ambientais vra.

É do conhecimento geral que as cidades de 4.2.2.9 Xisto – Brita


Pirenópolis, Cocalzinho e Corumbá de Goiás são
importantes pólos de ecoturismo no estado de Durante os trabalhos de campo foram visita-
Goiás. das quinze (15) ocorrências de micaxistos passí-
A extração de quartzitos nas encostas das veis de serem explotados como pedra britada.
serras da região provocam um impacto visual ne- Destes pontos cadastrados, oito (08) são ocorrên-
gativo na paisagem (Foto 4.9). cias, quatro (04) minas em atividade e três (03) mi-
nas inativas.
Todas as ocorrências pertencem ao Grupo
Araxá e têm a seguinte distribuição por município:
Corumbá de Goiás – seis (06); Luziânia – duas
(02); Alexânia – duas (02); Abadiânia – duas (02);
Cristalina – uma (01); Anápolis – uma (01); e, San-
to Antônio do Descoberto – uma (01)
O produto das minas em atividade e sua
produção podem ser observados na Tabela 4.5.
A principal utilização da pedra britada é
como agregado graúdo na produção de concreto,
lastros, bases e revestimento asfáltico.
Com relação à situação legal, todas as mi-
nas em atividade estão em situação regular no
DNPM, sendo que, dos pontos visitados, dois
(02) possuem licenciamento, dois (02) conces-
Foto 4.9 – Extração de quartzito para pedra-de-talhe. são de lavra, um (01) alvará de pesquisa, seis
Note-se o desmatamento e o acúmulo de material de
(06) autorização de pesquisa, e um (01) requeri-
rejeito nas encontas do morro, o que está provo-
cando o assoreamento da drenagem. mento de lavra.

4.2.2.9.1 Método de Lavra


Dentre esses impactos negativos desta-
cam-se: Assim como as rochas carbonáticas, os xis-
– desmatamento das encostas, possibilitan- tos são explorados a céu aberto, através de lavra
do a geração de erosões. em bancada, obedecendo à mesma seqüência já
– instabilidade das encostas com quedas de descrita.
blocos e deslizamentos de rocha e solo.
– alteração da topografia local, muito impor- 4.2.2.9.2 Impactos Ambientais
tante para o turismo, devido as belas paisagens.
– má disposição dos rejeitos, com acúmulo A extração de xisto para brita e pó apresenta
de material formando morrotes instáveis que, com impactos em tudo semelhantes aos descritos para
as águas pluviais, são carreados encosta abaixo, as rochas carbonáticas, valendo então, as mes-
provocando assoreamento das drenagens. mas observações.

4.2.2.8.3 Recomendações 4.2.2.9.3 Recomendações

Procurar selecionar os locais de extração Levando em consideração que os impactos


evitando que seja realizada próximo das atrações são os mesmos dos calcários, as mesmas reco-

43
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FASE I

Tabela 4.5 – Produto e Produção das Rochas Xistosas

Produção
N0 da ocorrência Município Proprietário Produto 1 Produto 2
t/mês
GS-026 Luziânia MISTEL – Min. S. Teresinha Ltda. Brita (0-1-2) 15.000
GS-169 Alexânia Com. Industrial Caraíbas Brita (1-2) 10.000
GS-187 Abadiânia Pedreira Goiás Brita (1-2-3) 15.000
GS-256 Anápolis CRA - Mineração Brita (0-1) Pó de Brita 10.000
GS-351 Corumbá COMINAS
Total 50.000

mendações são indicadas para as rochas carbo- Grupo Canastra, sendo que, destas, cinco (05)
náticas. situam-se em Corumbá de Goiás, uma (01) em
Cocalzinho de Goiás, e quatro (04) em Luziânia
4.3 Outros Bens Minerais (Tabela 4.6.B2).
Em Luziânia, as mineralizações auríferas
Através de consulta ao cadastro de ocorrên- ocorrem em rochas do Grupo Canastra. De acor-
cias minerais do DNPM – Departamento Nacional do com Hagemann (1988, in: Lacerda Filho et al.,
de Produção Mineral, constatou-se na área do 1999), o ouro está associado a veios de quartzo
Projeto a existência de sessenta e seis (66) outras boudinados, insertos em quartzo-sericita xistos,
ocorrências minerais, sendo quarenta e uma (41) controlados por escamas tectônicas, separadas
de água mineral e/ou potável, onze (11) de ouro, por zonas de cisalhamento contracional dúctil/rúp-
nove (09) de cristal-de-rocha, duas (02) de chum- til NE-SW/15°-20º NW com os veios orientados na
bo, uma (o1) de caulim, uma (01) de filito e uma direção N50°-70°W/20°. A mineralização é acom-
(01) de rutilo. As tabelas 4.6A e 4.6B mostram a panhada por silicificação, sericitização e local-
situação dessas ocorrências na área. mente piritização.
Segundo Hagemann (op. cit.), a mineraliza-
4.3.1 Descrição das Ocorrências ção é epigenética com relação à origem das ro-
chas encaixantes, mas contemporânea aos even-
4.3.1.1 Água Mineral tos tectono-estruturais, formando-se pela combi-
nação da circulação de soluções hidrotermais nas
As ocorrências de água mineral e/ou potável zonas de falhas e fraturas.
ocorrem predominantemente nos municípios de Pedrosa (1988, in: Lacerda Filho et al.,
Abadiânia – três (03), Anápolis – doze (12), Distri- 1999), descreve que na jazida de Fazenda San-
to Federal – dezessete (17), Cidade Ocidental – ta Maria/Campo Largo (Luziânia), foram bloque-
uma (01), Formosa – duas (02), Luziânia – três ados 3.720kg de Au contido, com teor médio de
(03), Novo Gama – uma (01), Santo Antônio do 0,62 g/t.
Descoberto – uma (01) e Padre Bernardo – uma
(01) (Tabela 4.6.B1). 4.3.1.3 Cristal-de-Rocha
As principais fontes comercializadas estão
condicionadas ao contexto litoestrutural das ro- Cristalina é o principal centro produtor de
chas do Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu e cristal-de-rocha no estado de Goiás. Na área do
do Grupo Canastra e estão associadas a possí- projeto foram cadastradas nove (09) ocorrências
veis interligações entre os sistemas de falha de desse bem mineral, sendo oito (08) em Cristalina e
alívio de tensão e fraturas. uma (01) em Cocalzinho de Goiás (Tabela 4.6.B3).
O principal mercado consumidor situa-se no Em Cristalina ocorrem sob a forma de vei-
eixo Goiânia-Anápolis-Brasília. Mercados secun- os de espessuras variando desde poucos centí-
dários localizam-se no norte de Goiás, Tocantins metros até 5m, preenchendo falhas de direção
e Pará. preferencial N20° -30° E em quartzitos do Grupo
Paranoá. Devido a sua variedade de cores e
4.3.1.2 Ouro inúmeros tipos de inclusões é muito utilizado no
artesanato.
A maioria das ocorrências de ouro corres- Em Cocalzinho a ocorrência é pequena e os
ponde a garimpos abandonados ou paralisados cristais de quartzo, embora sejam de boa qualida-
em aluviões de drenagens que cortam rochas do de, são pequenos (5cm de comprimento) e ocor-

44
ZEE
RIDE
FASE I

Tabela 4.6A – Outros bens minerais com e sem registro, por município

SUBSTÂNCIA MINERAL
MUNICÍPIO Regimes Água Mineral Ouro Cristal-de-Ro- Caulim Chumbo Filito Rutilo total
cha
Abadiânia Autor. Pesquisa 02 02
Pedido de lavra 01 01
No ocor. com registro 03 03
No ocor. sem registro
Total de ocorrências 03 03

Anápolis Autoriz. de pesquisa 03 03


Concessão de lavra 02 02
Pedido de lavra 02 02
No ocor. com registro 07 07
No ocor. sem registro 05 05
Total de ocorrências 12 12

Distrito Federal Autoriz. de pesquisa 06 06


Requerim. de lavra 03 03
Concessão de lavra 06 06
No ocor. com registro 15 15
No ocor. sem registro 02 01 03
Total de ocorrências 17 01 18

Cidade Ocidental Autoriz. de pesquisa 01 01


No ocor. com registro 01 01
No ocor. sem registro
Total de ocorrências 01 01

Cocalzinho de No ocor. sem registro 01 01 02


Goiás
Total de ocorrências 01 01 02

Corumbá de Goiás No ocor. com registro


No ocor. sem registro 05 01 06
Total de ocorrências 05 01 06

Cristalina No ocor. sem registro 08 08


Total de ocorrências 08 08

Formosa Autoriz. de Pesquisa 01 01


No ocor. com registro 01 01
No ocor. sem registro 01 01
Total de ocorrências 02 02

Luziânia Autoriz. de pesquisa 01 01


Concessão de lavra 01 01
No ocor. com registro 01 01 02
No ocor. sem registro 02 04 01 02 09
Total de ocorrências 03 05 01 02 11

Novo Gama Pedido de lavra 01 01


No ocor. com registro 01 01
No ocor. sem registro
Total de ocorrências 01 01

S. Antônio do Autoriz. de pesquisa 01 01


Descoberto
No ocor. com registro 01 01
No ocor. sem registro
Total de ocorrências 01 01

Padre Bernardo Autoriz. de pesquisa 01 01


No ocor. com registro 01 01
No ocor. sem registro
Total de ocorrências 01 01

Total No ocor. com registro 31 01 32


No ocor. sem registro 10 10 09 01 02 01 01 34
Total de ocorrências 41 11 09 01 02 01 01 66

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RIDE
FASE I

Tabela 4.6B – Outros Bens minerais por Município

Substância Simbolo Status Município DNPM Regime


Água Mineral agm Mina Distrito Federal
Água Mineral agm Mina Distrito Federal
Água Mineral agm Mina Formasa
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis
Água Mineral agm Ocorrência Luziania
Água Mineral agm Ocorrência Luziâ2nia
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 01/860353 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Anápolis 95/860582 Conc. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 00/860368 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 01/860061 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Anápolis
Água Mineral agm Jazida Anápolis 93/860393 Ped. Lavra
Água Mineral agm Mina Anápolis 64/6516 Conc. Lavra
Água Mineral agm Jazida Novo Gama 00/860066 Ped. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Formosa 99/860982 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Jazida Abadiânia 95/861882 Ped. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Abadiânia 00/860035 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Abadiânia 00/860036 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência S. Antônio Descoberto 00/860769 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Luziânia 01/860009 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 00/860674 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 00/860673 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 00/860519 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 94/860194 Conc. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 00/860698 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Padre Bernardo 00/860755 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 95/860366 Conc. Lavra
Água Mineral agm Jazida Distrito Federal 93/860672 Ped. Lavra
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 87/861203 Conc. Lavra
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 83/860090 Conc. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 00/861112 Ped. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Cidade Ocidental 95/861442 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 01/860386 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 97/860681 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 96/760819 Conc. Lavra
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 96/760218 Conc. Lavra
Água Mineral agm Jazida Distrito Federal 96/760844 Ped. Lavra
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás
Ouro Au Ocorrência Corumbá de Goiás
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás
Ouro Au Garimpo Cocalzinho de Goiás
Ouro Au Jazida Luziânia 861177 Ped. Lavra
Ouro Au Garimpo Luziânia
Ouro Au Garimpo Luziânia
Ouro Au Ocorrência Luziânia
Ouro Au Ocorrência Luziânia
Cristal-de-Rocha cr Ocorrência Cocalzinho de Goiás
Crista-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina
Caulim c Ocorrência Luziânia
Chumbo Pb Ocorrência Luziânia
Chumbo Pb Ocorrência Luziânia
Filito ft Ocorrência Distrito Federal
Rutilo ft Ocorrência Corumbá de Goiás

46
Tabela 4.6.B1 – Água Mineral

Substância Símbolo Status Município Latitude Longitude Lat. UTM Long.UTM DNPM Regime
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 15º 42’ 27" 48º 05’ 34" 8261271 811612
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 15º 36’ 19" 48º 05’ 23" 8272586 812095
Água Mineral agm Mina Formosa 15º 45’ 46" 47º 44’ 14" 8255394 206700
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 16º 13’ 53" 49º 02’ 11" 8204457 709882
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 16º 15’ 08" 49º 01’ 14" 8202135 715520
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 16º 09’ 18" 49º 00’ 41" 8212886 712636
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 16º 24’ 10" 48º 57’ 11" 8185401 718601
Água mineral agm Ocorrência Anápolis 16º 12’ 55" 49º 03’ 28" 8206262 707611
Água Mineral agm Ocorrência Luziânia 16º 10’ 43" 47º 56’ 21" 8209053 185696
Água Mineral agm Ocorrência Luziânia 16º 03’ 39" 47º 52’ 25" 8222195 192530
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 8205300 721000 01/860353 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Anápolis 8194950 725400 95/860582 Conc. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 8192500 727300 00/860368 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Anápolis 8189150 722450 01/860061 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Anápolis 8202487 713375
Água Mineral agm Jazida Anápolis 8211500 715850 93/860393 Ped. Lavra
Água Mineral agm Mina Anápolis 8187170 716801 64/6516 Conc. Lavra
Água Mineral agm Jazida Novo Gama 8221700 816300 00/860066 Ped. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Formosa 8282200 241700 99/860982 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Jazida Abadiânia 8226800 732650 95/861882 Ped. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Abadiânia 8207900 758400 00/860035 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Abadiânia 8206500 760350 00/860036 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Santo Antônio Des- 8236900 786600 00/860769 Aut. Pesq.
coberto
Água Mineral agm Ocorrência Luziânia 8188550 818250 01/860009 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8272000 810000 00/860674 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8272550 810450 00/860673 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8225450 809800 00/860519 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 8273000 812000 94/860194 Conc. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8275000 235850 00/860698 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Padre Bernardo 8268900 794500 00/860755 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 8269500 218450 95/860366 Conc. Lavra
Água Mineral agm Jazida Distrito Federal 8253450 201850 93/860672 Ped. Lavra
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 8263500 222000 87/861203 Conc. Lavra
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 8255600 201850 83/860090 Conc. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8259050 200550 00/861112 Ped. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Cidade Ocidental 8226700 189950 95/861442 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8223050 184750 01/860386 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8259750 218475 97/860681 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 8243750 198900 96/760819 Conc. Lavra
Água Mineral agm Mina Distrito Federal 8232000 183650 96/760218 Conc. Lavra
Água Mineral agm Ocorrência Distrito Federal 8132000 215500 00/860457 Aut. Pesq.
Água Mineral agm Jazida Distrito Federal 8279100 243200 96/760844 Ped. Lavra

FASE I
RIDE
ZEE
47
FASE I
RIDE
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Tabela 4.6.B2 – Ouro

Substância Símbolo Status Município Latitude Longitude Lat. UTM Long.UTM DNPM Regime
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás 15º 46’ 30" 48º 45’ 08" 8254661 740814
Ouro Au Ocorrência Corumbá de Goiás 15º 47’ 22" 48º 36’ 24" 8252891 756397
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás 15º 47’ 48" 48º 45’ 48" 8252275 739598
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás 15º 51’ 29" 48º 45’ 08" 8245468 740716
Ouro Au Garimpo Corumbá de Goiás 15º 49’ 47" 48º 44’ 50" 8248599 741285
Ouro Au Garimpo Cocalzinho de Goiás 15º 49’ 56" 48º 37’ 26" 8248176 754498
Ouro Au Jazida Luziânia 16º 13’ 44" 48º 00’ 49" 8203412 819276 861177 Ped. Lavra
Ouro Au Garimpo Luziânia 16º 13’ 54" 48º 01’ 54" 8203133 817339
Ouro Au Garimpo Luziânia 16º 15’ 04" 47º 53’ 07" 8201107 191576
Ouro Au Ocorrência Luziânia 16º 14’ 20" 47º 52’ 21" 8202479 192924
Ouro Au Ocorrência Luziânia 16º 28’ 28" 47º 25’ 00" 8177033 241990

Tabela 4.6.B3 – Cristal-de-Rocha

Substância Símbolo Status Município Latitude Longitude Lat. UTM Long.UTM DNPM Regime
Cocalzinho
Cristal-de-Rocha cr Ocorrência 15º 50’ 16" 48º 38’ 09" 8247576 753211
de Goiás
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 47’ 38" 47º 40’ 14" 8141321 215341
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 44’ 55" 47º 39’ 40" 8146348 216281
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 46’ 33" 47º 37’ 17" 8143390 220558
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 45’ 20" 47º 34’ 45" 8145694 225032
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 42’ 29" 47º 34’ 12" 8150966 225942
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 43’ 58" 47º 53’ 46" 8147751 191183
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 46’ 12" 47º 43’ 11" 8143895 210060
Cristal-de-Rocha cr Garimpo Cristalina 16º 45’ 57" 47º 49’ 56" 8144188 198052

48
ZEE
RIDE
FASE I

rem em pequena quantidade.Está associado a fa- DNPM – Departamento Nacional de Produ-


lha em rochas do Grupo Canastra. ção Mineral. Calcário na Região Centro-Oeste.
Goiânia:DNPM, 1975. 19p.
4.3.1.4 Rutilo HAGEMANN, S. G. The structure, petrology
and geochemistry of the gold bearing Canastra
Apenas uma (01) ocorrência de rutilo foi ca- phyllites near Luziânia-Goiás, Brasil. Brasília,
dastrada em Corumbá de Goiás Tabela 4.6.B4. 1988 (Univ. de Brasília - Departamento de Geo-
De acordo com Thomé Filho (1994) na década de ciências).
30, ocorreu intensa extração de rutilo na região, JOHNSTON JR., W. D. Cristal-de-rocha em
sendo ele de excelente qualidade – mais de 95% Cristalina, Estado de Goyaz. Rio de Janeiro:
de TiO2. Encontra-se primariamente dissemina- DF/DNP, 1944. 28p. (Avulso nº 57)
do em xistos do Grupo Canastra, com cristais LACERDA FILHO, J. V.; REZENDE, Aurile-
bem formados e geralmente geminado em joe- ne de; RIBEIRO FILHO, W. Gemas do Estado de
lho. Goiás. Goiânia: CPRM/SMET,1998.
LACERDA FILHO, Joffre V. de; REZENDE,
4.3.1.5 Chumbo Abelson; SILVA, Aurelene da. Programa Levanta-
mentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB. Geo-
As duas ocorrências de chumbo na área do logia e Recursos Minerais do Estado de Goiás e
projeto situam-se no município de Luziânia, às Distrito Federal. Esc. 1:500.000. Goiânia: CPRM,
margens do ribeirão Colônia (Tabela 4.6.B4). No 1999. (Conv. CPRM / METAGO S/A, UnB).
local, Lacerda (1983) descreve uma ocorrência de LACERDA, H. Nota sobre as ocorrências de
chumbo-zinco, em bolsões carbonáticos decimé- chumbo e zinco no ribeirão Colônia-Luziâ-
tricos a centimétricos contidos em muscovita- nia-Goiás. Goiânia. SNG. Núcleo Centro-Oeste.
quartzo xistos, quartzo xistos intemperizados e Boletim Informativo, n.12, 1984.
quartzitos ferruginosos do Grupo Canastra. Os MOTTA, José Francisco Marciano. Projeto
sulfetos estão representados por galena, esfaleri- Pesquisa para Argila. Relatório preliminar. Goiâ-
ta, pirita, com calcopirita e pirrotita subordinadas, nia:CPRM, 1980. 37p. (Inédito)
com valores geoquímicos de até 25 ppm de Pb, OLIVEIRA, C. C. et al. Programa Nacional
1% de Zn e 55 g/t de Ag. de Prospecção de Ouro. Área GO-05 - Luziânia -
Goiás. [Rio de Janeiro]:CPRM, 1996.
4.4 Bibliografia PEDROSA, C. J. [Relatório Final de Pesqui-
sa]. DNPM nos 861177/79. Goiânia: Mineração
BARBOSA, O. et al. Geologia e Inventário Rio de Pedras, 1988. 4v.
dos Recursos Minerais do Projeto Brasília - Rela- SCHMALTZ, Walter Hugo et al. Os princi-
tório. Rio de Janeiro: PROSPEC/DNPM, 1969. pais depósitos minerais da Região Centro-Oeste.
225 p. Goiânia: DNPM, 1982. 255p.
BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Re- THOMÉ FILHO, Jamilo José & OLIVATTI,
cursos minerais da área limitada pelos paralelos Odair. Projeto Rochas Carbonáticas no Cen-
de 13º00’ e 15º00’ Latitude sul e meridianos de tro-Oeste Brasileiro. Goiânia:CPRM, 1980. v. 1 e 2.
46º00’ e 49º30’ Longitude oeste de Greenwich. DNPM – Plano Diretor de Mineração Para a
[Goiânia]:[CPRM/DNPM], [1982?]. [Relatório Região Metropolitana de Fortaleza. Série Difusão
Interno] tecnológica. N0 7. Brasília. 1998.

49
FASE I
RIDE
ZEE
Tabela 4.6.B4 – Rutilo e Chumbo.

Substância Símbolo Status Município Latitude Longitude Lat. UTM Long.UTM DNPM Regime
Argila (pisos e azulejos) Jazida Planaltina 8268450 247650 80/861154 Ped. Lavra
Argila (pisos e azulejos) Jazida Planaltina 8266100 249700 80/861595 Ped. Lavra
Caulim c Ocorrência Luziânia 16º 06’ 39" 47º 48’ 47" 8216747 199089
Chumbo Pb Ocorrência Luziânia 16º 21’ 16" 48º 03’ 11" 8190003 783346
Chumbo Pb Ocorrência Luziânia 16º 15’ 40" 47º 52’ 21" 8200018 192924
Filito fi Ocorrência Distrito Federal 15º 50’ 52" 48º 09’ 34" 8245835 804252
Rutilo rt Ocorrência Corumbá de Goiás 15º 55’ 40" 48º 49’ 35" 8237835 732689

50
ZEE
RIDE
FASE I

5 FORMAÇÕES SUPERFICIAIS –
SUBSÍDIOS PARA PLANEJAMENTO

5.1 Introdução residuais e saprólitos intemperizados in situ. Na


área de estudo foram definidas formações superfi-
A descrição e análise das formações super- ciais oriundas da alteração in situ de diversos con-
ficiais assume grande importância em estudos juntos litológicos, sendo representadas por solos
geológicos e geomorfológicos aplicados ao plane- residuais de granulitos e ortognaisses; granitos;
jamento territorial, pois o reconhecimento de suas xistos e quartzitos; e siltitos, metarenitos, folhe-
características físicas e geomecânicas pode defi- lhos e calcários. Foram definidas também exten-
nir as limitações e as potencialidades de cada tipo sas áreas com predomínio de rocha aflorante
de terreno frente a usos múltiplos. (neste caso os solos tendem a ser delgados ou fo-
Em função de tais características, foi possí- ram decapitados por fenômenos erosivos expon-
vel caracterizar, na área, sete domínios assim ex- do, assim, o saprólito (horizonte C), ou mesmo, a
pressos: Residual de granulitos e de intrusivas rocha sã).
graníticas; Residual de xistos e quartzitos; Resi- A partir do momento que esses mantos de
dual de siltitos, folhelhos, ardósias, metarenitos e alteração sofrem ação de processos erosivo-de-
metacalcários; Cobertura arenosa indiferenciada; posicionais, passam a constituir coberturas alóc-
Predomínio de rocha ou saprólito aflorante e Do- tones, genericamente denominados de “solos
mínio das coberturas detrito-lateríticas que mos- transportados”. O tipo de processo envolvido na
tram duas gerações distintas, uma de idade ter- remoção do manto intempérico autóctone e depo-
cio-quaternária, correlacionável à Superfície de sição em posição topográfica inferior é de funda-
aplainamento Sul-Americana, de King (1956) e mental importância para o entendimento das for-
uma quaternária, correlacionável com o Ciclo Ve- mações superficiais alóctones. Neste contexto, a
lhas, do mesmo autor. Um último domínio, inex- predominância de processos gravitacionais (movi-
pressivo, é o das Aluviões recentes. mentos de massa latu sensu) tende a gerar depó-
Foi realizada uma análise de cada um dos sitos de tálus, colúvios e cones de dejeção. Por
domínios, voltada para ações de planejamento outro lado, a maior influência de processos hi-
público, principalmente, para a ocupação urbana, dro-erosivos (erosão laminar, ravinamentos e vo-
uso agropecuário, implantação de obras viárias e çorocamentos) tende a produzir leques aluviais,
disposição de rejeitos. rampas alúvio-coluvionares e planícies fluviais.
Na área de estudo, foram definidas as seguintes
5.2 Definição e Análise Teórico-Conceitual formações superficiais alóctones: aluviões e uma
cobertura arenosa indiferenciada de idade pleisto-
O conceito de Formações Superficiais, fre- cênica.
qüentemente utilizado por geógrafos e geólogos é Além dos processos intempéricos e erosi-
amplamente aplicado por diversos profissionais vos-deposicionais, de grande relevância para a
que atuam nas áreas de Geomorfologia, Geologia origem das formações superficiais, há de se des-
de Engenharia, Pedologia, Estratigrafia e estudos tacar também os processos de natureza geoquí-
do Quaternário, dentre outros. Este termo abran- mica/pedológica, de fundamental interesse para
ge toda a cobertura de material decomposto so- compreender a gênese das coberturas detríti-
brejacente à rocha sã, podendo ser de gênese au- co-lateríticas que ocupam vastas porções dos
tóctone ou alóctone. chapadões semi-úmidos do Planalto Central Bra-
As formações superficiais de origem autóc- sileiro. Na área de estudo, foram definidas duas
tone são representadas, basicamente, por solos gerações de coberturas detrítico-lateríticas: uma

51
ZEE
RIDE
FASE I

de idade tércio-quaternária, Terciário-Quaterná- sendo um pouco mais expressivo na bacia do rio


ria, correlacionável à Superfície de aplainamento Preto e no rebordo do planalto do Distrito Federal.
Sul-Americana de King (1956); e a segunda de Por fim o Domínio da Cobertura arenosa in-
idade quaternária, menos desenvolvida, ocupan- diferenciada apresenta relevo plano, com declivi-
do posições mais rebaixadas do relevo, resultan- dade muito baixa (entre 0 e 5%), capeando exten-
tes do desdobramento da superfície acima citada. sas superfícies de aplainamento, sem afloramen-
tos, composto por solo areno-argiloso inconsoli-
5.3 Características Gerais dos Domínios dado, de cor cinza, vermelha ou amarela e sem
estruturas sedimentares. Este domínio abrange
Na área, foram observados quatro domínios extensas porções das bacias dos São Marcos e
principais, com características próprias: Residual Preto, com destaque para a região do vale do rio
de granulitos e de Intrusivas graníticas; Residual Samambaia, disposta numa faixa alongada de di-
de xistos e quartzitos; Domínio dos siltitos, meta- reção norte-sul.
renitos e calcários; e, Domínio da Cobertura Are- Destacam-se, também, as extensas áreas
nosa Indiferenciada. Um domínio inexpressivo, mapeadas com Predomínio de rocha ou saprólito
das Aluviões recentes, é também observado. aflorante ocupando aproximadamente, metade da
O Domínio Residual de granulitos e de Intru- área do projeto. Consiste em de terrenos de mor-
sivas graníticas caracteriza-se por um relevo de ros dissecados ou áreas serranas, com intensa
colinas amplas e suaves, com declividades baixas atuação de processos morfogenéticos, com solos
(entre 0-10%) tendendo ao aplainamento. As ro- delgados ou decapitados por fenômenos erosi-
chas afloram principalmente nas drenagens e os vos, expondo o saprólito (horizonte C), ou mesmo
solos são bastante espessos e extremamente pro- a rocha sã. Destacam-se grande parte das bacias
fundos, bem desenvolvidos e drenados, resultan- dos rios Corumbá e Maranhão, o vale do rio São
tes de intensa ação intempérica química, Em de- Bartolomeu, a depressão intermontana do rio Ver-
terminados locais podem atingir até 15m de es- de e o domo de Cristalina.
pessura. Apresentam textura predominantemente Também ocupando extensas áreas, as Co-
argilo-arenosa, baixa erodibilidade e cor verme- berturas detrito-lateríticas estão, invariavelmente,
lha. Ocorrem predominantemente nas proximida- posicionadas nas chapadas elevadas de toda a
des da cidade de Anápolis a qual foi edificada so- região abrangendo, em especial, vastas porções
bre esta unidade. do planalto do Distrito Federal e das bacias dos
No Domínio Residual de xistos e quartzi- rios Preto e São Marcos.
tos o relevo, onde predomina o xisto, é colinoso, O domínio menos relevante é o das Aluviões
localmente com morros dissecados, com solos recentes, em vales de rios e de cursos de água
de com espessura entre 1 e 5m, com textura ar- menores, sendo as áreas mais expressivas locali-
gilo-arenosa e baixa permeabilidade. Onde pre- zadas ao longo dos rios Samambaia, São Marcos,
domina o quartzito, o relevo caracteriza-se por Preto e Bezerra, no leste da área.
alinhamentos de serras com vertentes íngre-
mes; os solos são pouco espessos (inferior a 5.4 Ocupação Urbana
2m), com textura arenosa, pedregosos, local-
mente friáveis devido a presença de sericita. 5.4.1 Características a Serem Consideradas
Este domínio ocorre de forma espraiada na re-
gião, ocupando extensas porções das bacias Para a implantação de projetos e planos di-
dos rios São Marcos, Maranhão e Corumbá e retores urbanos é de suma importância que os
áreas restritas das bacias dos rios São Bartolo- planejadores, conquanto contemplem a baixa fra-
meu e São Gonçalo. gilidade dos terrenos desses domínios para a ocu-
O Domínio Residual de siltitos, metarenitos, pação urbana, considerem ainda que:
folhelhos, ardósias e calcários; apresenta relevo – o Domínio dos Residuais de granulitos e
tabular ou com colinas amplas e suavizadas onde de intrusivas graníticas, apresenta fragilidade bai-
predominam os siltitos e metarenitos, com solos xa a moderada devido as características do relevo
pouco espessos, de textura síltico-arenosa, pouco e dos solos profundos, evoluídos, predominante-
permeáveis. Nas regiões onde afloram rochas mente argilosos, caracterizando baixa potenciali-
carbonáticas o relevo caracteriza-se por morrotes dade para movimentos de massa e baixo poten-
isolados, altos, curtos, com encostas de declivida- cial erosivo.
des moderadas a altas e com muitos afloramentos – por serem argilosos e profundos apresen-
de rocha fresca. Este domínio ocupa, de forma tam profundidade adequada a depuração de con-
disseminada, apenas áreas restritas da região, taminantes, com baixa vulnerabilidade aos polu-

52
ZEE
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FASE I

entes gerados pela ocupação urbana. Estes solos conta de obras de terraplanagem para loteamen-
também podem ser utilizados como fonte para tos sem o emprego de medidas preventivas (Ex:
material de aterro. Alexânia, oeste da área).
– embora os solos sejam geralmente muito – poluição das águas superficiais e subter-
profundos e desenvolvidos, com depósitos pouco râneas devido a falta de saneamento básico e por
consolidados que sugerem facilidades de corte no fossas em contato com o lençol freático. Como os
terreno, na escavação de obras que necessitem núcleos urbanos localizam-se em áreas de cabe-
de escavações mais profundas, não deve ser des- ceira de drenagem, com baixas vazões, existe alta
cartada a possibilidade de que movimentos tectô- suscetibilidade à contaminação.
nicos tenham alçado blocos de rocha fresca à pe- – esgotos domésticos lançados diretamente
quenas profundidades, com conseqüente resis- (sem tratamento) na rede de drenagem (exemplo:
tência ao corte. córrego Melchior, a oeste de Taguatinga, centro
Onde predomina o domínio de xistos, as ro- da área).
chas apresentam uma resistência maior ao intem- – arruamentos construídos aleatoriamente e
perismo químico e os solos são pouco profundos; sem revestimento para proteger o solo da erosão
o relevo é formado por colinas e morros disseca- têm provocado profundos ravinamentos e asso-
dos. Em geral os solos apresentam espessuras reamento dos canais de drenagem. (Ex: Recanto
variáveis entre 1 e 5m, sendo muito argilosos e mi- das Emas, centro da área).
cáceos, de baixa permeabilidade o que favorece a – lixões e cemitérios locados em locais ina-
dissecação fluvial e a erosão laminar. A fragilida- dequados próximos às drenagens e residências.
de é, portanto, moderada a alta. Disposição de lixo em ravinas e voçorocas favore-
– no Domínio da Cobertura Arenosa Indife- ce o espalhamento da contaminação durante as
renciada os solos são pouco consolidados e por- enxurradas.
tanto de fácil corte. Sendo alçados em relação aos – situação de risco em loteamentos implan-
terrenos vizinhos e bastante permeáveis, constitu- tados aleatoriamente em áreas com altas declivi-
em área de recarga de aqüíferos e por isso devem dades (condomínios próximos a Brasília).
ser tratados com muito cuidado para não servir de – fossas domésticas construídas em locais
condutor da poluição para a água subterrânea. inadequados, provocando contaminação do len-
– devido a alta permeabilidade, a constru- çol freático e provocando doenças nos moradores
ção de fossas certamente colocará os detritos em locais.
contato direto com as águas do subsolo. – crescimento desordenado das cidades sa-
– por serem sedimentos pouco consolida- télites, sem um estudo prévio do terreno, com con-
dos, apresentam fragilidade moderada a alta; as seqüências danosas a flora, fauna e principalmen-
edificações de qualquer tipo, nestas áreas, pode- te nascentes de drenagens formadoras das áreas
rão sofrer trincamentos e desestabilização das de captação de águas para o abastecimento do
fundações devido a compactação dos sedimen- Distrito Federal e Entorno. (exemplo: Águas Lin-
tos. das, Samambaia, Recanto das Emas).
– o domínio das coberturas detrito-lateríti-
cas é representado por um terreno aplainado, com 5.4.3 Recomendações
baixas declividades e solos bastantes drenados e
permeáveis. Sobre os mesmos se assentam os Grande parte da área do projeto apresenta
principais núcleos urbanos ao redor de Brasília. características favoráveis do meio físico para o
Embora sejam terrenos estáveis, em seu estado adensamento urbano, desde que sejam tomados
natural, a retirada da crosta laterítica, comum em cuidados como:
obras de loteamentos, pode desestabilizar o perfil – preservar a vegetação das margens das
do solo, acarretando sérios problemas erosionais. drenagens, para evitar o assoreamento das mes-
A alta permeabilidade do solo implica também em mas.
alta fragilidade à contaminação de recursos hídri- – preservar as áreas de fundo de vales, des-
cos. tinando-as como áreas de lazer.
– controlar e fiscalizar a construção de fos-
5.4.2 Problemas Constatados sas sépticas para que não contaminem o lençol
freático.
Dentre os problemas constatados com rela- – manter livres e protegidas as áreas de re-
ção à a urbanização destacam-se: carga dos aqüíferos subterrâneos evitando a im-
– intensos processos erosivos devido a eli- permeabilização excessiva que impeça a percola-
minação da vegetação e cobertura laterítica por ção das águas.

53
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FASE I

– evitar a edificação nas encostas de colinas canizada. Além disso os solos são bastante are-
e morros. nosos e pobres em nutrientes. São áreas que de-
– efetuar estudos geotécnicos nas obras vem ser destinadas para proteção ambiental.
que necessitem de fundações e escavações pro- Nos terrenos onde predominam os xistos,
fundas. os solos também não são muito espessos, são ar-
– a região onde ocorrem as serras de quart- gilo-arenosos com muita mica e ferruginosos; o
zitos deve ser destinada em princípio para preser- relevo é colinoso por vezes bastante acentuado
vação ambiental ou atividades de ecoturismo. A não sendo bons para a agricultura, adaptando-se
região, devido a seus atrativos naturais, tem gran- melhor para a pecuária.
de potencial turístico. A criação da APA e do Par- Nas regiões onde predominam os solos de
que estadual da Serra dos Pireneus é uma iniciati- siltitos, folhelhos, ardósias, e metarenitos e calcá-
va nesse sentido. As atividades de mineração do rios, ocorrem situações diversas.
quartzito que se desenvolvem na região devem Na área de predomínio de rochas carbonáti-
seguir normas de controle ambiental. cas os solos são pouco espessos e menos evoluí-
– considerar que nas áreas onde ocorrem dos, portanto menos lixiviados e logo mais férteis.
rochas carbonáticas existem muitas lavras em ati- No entanto, devido a presença de blocos e mata-
vidade, o que por si só já é o suficiente para limitar cões dispersos irregularmente e em função da de-
a urbanização. Além disso, as lavras são realiza- clividade moderada a alta desses terrenos, deve-
das a céu aberto, com o uso de explosivos e cami- se levar em conta que essas características po-
nhões de grande porte para o transporte do miné- dem dificultar a mecanização dos solos.
rio. Em razão disso não se recomenda a urbaniza- O substrato rochoso é muito fraturado e
ção dessas áreas, enquanto perdurar o processo existem dolinas e sumidouros de drenagens, o
de explotação. que faz com que essas áreas sejam bastante per-
colativas e por isso, vulneráveis aos poluentes
5.5 Uso Agropecuário agrícolas.
Devido a baixa capacidade armazenadora
5.5.1 Características a Serem Consideradas das rochas associadas e a infiltração e dispersão
rápida das águas das chuvas, as drenagens po-
Na implantação de projetos de utilização dem secar rapidamente nos períodos secos.
dos solos para fins agrícolas e/ou uso pecuário, é Onde predominam os siltitos e metarenitos
importante que os planejadores levem em consi- os solos são argilo-arenosos a areno-argilosos,
deração cada tipo de solo, caracterizando sua fra- pouco profundos, lixiviados, com relevo por vezes
gilidade para essa forma de uso. Para tanto, na colinoso suave. Embora pobres, são favoráveis à
área do projeto, é necessário que se considerem agricultura mecanizada e pastagens.
os seguintes aspectos do meio físico. Localmente, principalmente no planalto disse-
No domínio dos granulitos, devido a declivi- cado do alto rio Maranhão, o relevo é muito aciden-
dade baixa, solos pouco compactados, predomi- tado, com vales profundos, encaixados e vertentes
nantemente argilosos, férteis, de baixa erodibili- sulcadas, impossibilitando os processos de mecani-
dade quando manuseados adequadamente e de zação. Além disso, são altamente suscetíveis a pro-
baixa pedregosidade, as áreas são facilmente ma- cessos de erosão e movimentos de massa.
nuseáveis por meios mecânicos e portanto favorá- No Domínio da Cobertura Arenosa Indiferen-
veis à prática da agricultura mecanizada. ciada pode-se observar as seguintes condições:
Por serem solos profundos e bastante evo- – devido a baixa declividade, solos pouco
luídos, podem ser também bastante lixiviados nos campactados e de baixa pedregosidade, as áreas
níveis superficiais, e, por conseqüência, empobre- deste domínio são facilmente manuseáveis por
cidos em nutrientes e enriquecidos em alumínio e maquinários e, portanto, favoráveis à prática da
ferro (solos laterizados). Devido a natureza argilo- agricultura mecanizada;
sa deve-se considerar que esses solos são muito – a baixa densidade de relevo e o baixo nú-
aderentes, quando molhados, e tornam-se duros mero de canais de drenagem indicam que são
e compactados quando mecanizados intensa- áreas de baixa erosão hídrica;
mente. – os terrenos apresentam permeabilidade
No domínio dos xistos e quartzitos, princi- alta e o solo é areno-argiloso, empobrecido e late-
palmente nas serras de quartzito onde a declivida- rizado (rico em alumínio e ferro).
de das encostas é alta, os solos são pouco espes- – devido a predominância de camadas sedi-
sos e a freqüente presença de blocos e matacões mentares com baixa capacidade de armazena-
tornam praticamente impossível a agricultura me- mento, o sistema de drenagem é muito influencia-

54
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RIDE
FASE I

do pela periodicidade climática e podem secar nos 5.5.3 Recomendações


períodos de estiagem, podendo ocorrer deficiên-
cia de água para irrigação nos períodos de longas Em razão das características do meio físico
secas. e considerando a importância ambiental que as
– deve-se considerar para toda a região que áreas atualmente cultivadas têm para a região, na
a umidade, de muito baixa a moderada, é muito in- elaboração de projetos agropecuários, recomen-
fluenciada pela variação climática devido a evapo- da-se que sejam tomados os seguintes cuidados:
transpiração. – analisar o grau de interferência da prática
agrícola na qualidade das águas e tomar medidas
5.5.2 Problemas Constatados que controlem o uso excessivo de adubos e de-
fensivos poluentes.
Dos problemas constatados, com relação – conforme a região, incentivar e priorizar a
ao uso agropecuário dos solos, na área do projeto, prática da agricultura orgânica, principalmente no
verificou-se que: que diz respeito ao cinturão verde que abastece
– no Domínio da Cobertura Arenosa Indife- de hortaliças o Distrito Federal e as cidades do
renciada, pratica-se intensamente o cultivo irriga- Entorno.
do ou não de milho, soja, algodão, feijão e sorgo. – incentivar o reflorestamento, pastagens e
Apesar de altamente produtivo, este tipo de cultu- sítios de lazer em regiões em que a poluição pode
ra exige a aplicação intensiva de adubos, e defen- afetar a população.
sivos altamente poluentes. Esse domínio, pelas – exigir que seja preservada a vegetação pri-
suas condições topográficas, característica do mária ainda existente nas margens das drenagens
sistema de drenagem e devido ao solo bastante e reflorestar com espécimes nativas aquelas já des-
permeável, apresenta alta favorabilidade à recar- matadas, pois elas funcionam como barreiras natu-
ga dos aqüíferos locais. Essas águas certamente rais para a contenção do fluxo de sedimentos e da
carregam alta taxa de poluentes agrícolas, poden- poluição dos mananciais hídricos superficiais.
do contaminar o lençol freático e a rede de drena- – exigir a utilização de técnicas conservacio-
gem. Neste trabalho não foi avaliado o impacto nistas do solo, visando diminuir o fluxo de sedi-
dessa atividade, mas com certeza ela está com- mentos para as drenagens e o depauperamento
prometendo a qualidade das águas da região, e dos solos.
que se não for controlada poderá gerar danos am- – instruir os agricultores para que preser-
bientais e para a saúde da população que utiliza vem as áreas com declives mais acentuados para
essa água. reflorestamento.
– outro fato relevante é o desmatamento ex- – promover campanhas educativas visando
cessivo das margens das drenagens e fundos de a alertar e ensinar os agricultores sobre a fragilida-
vales, favorecendo a erosão e o conseqüente as- de e a importância ambiental e hidrológica desses
soreamento dos rios. terrenos.
– as queimadas, muito comuns nos perío- – nas regiões com terrenos mais acidenta-
dos mais secos, realizadas sem os devidos cuida- dos e com possibilidades de movimento de mas-
dos, como ausência de aceiros, torna-se um sas, coibir sua utilização para a agropecuária e, se
agente degradador do meio ambiente com impac- não for possível, planejar e restringir a utilização a
tos não apenas locais como também regionais. pequenas parcelas associadas aos sopés de en-
– a utilização intensa de maquinários pesa- costas e fundos de vale, adotando técnicas con-
dos sobre os solos argilosos e com alta capacida- servacionistas que minimizem os problemas da
de de compactação possibilita a formação de uma erosão.
crosta subsuperficial muito endurecida e compac- – controlar, fiscalizar, coibir e exigir cuida-
tada, tornando-se impermeável e diminuindo a ca- dos especiais nas queimadas.
pacidade de recarga dos aqüíferos. Ela ainda age – controlar a implantação excessiva de pi-
como uma superfície que facilita o rápido escoa- vôs centrais, realizando estudos de viabilidade de
mento das águas pluviais e conseqüente remoção implantação e estudos de vazões das drenagens
dos solos menos compactados. utilizadas para esse fim.
– o uso generalizado e sem controle de pi- – fiscalizar e coibir o uso excessivo de água
vôs centrais, principalmente na região do vale do nos pivôs centrais através de estudos dirigidos à
Pamplona, poderá acarretar falta de água nas pro- necessidade de água da cultura a ser irrigada, ve-
priedades situadas mais a jusante das drenagens rificando também a quantidade de água que deve-
que foram barradas para a obtenção de água sufi- rá ser distribuída para as propriedades situadas a
ciente para o abastecimento dos pivôs. jusante.

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FASE I

5.6 Implantação de Obras Viárias direções e com mergulhos variáveis. Nestes lo-
cais, deve-se prever que a malha viária em deter-
5.6.1 Características a Serem Consideradas minados pontos, ficará em posição desfavorável a
esses planos. Nestes casos, os taludes dos cortes
Na elaboração de projetos visando a im- ficarão propensos a instabilidade natural e neces-
plantação de obras viárias nos terrenos que ocor- sitarão de obras de contenção.
rem na área do Projeto ZEE RIDE Brasília – Fase Como os solos no domínio dos xistos e
I, os planejadores devem considerar as caracte- quartzitos é pouco espesso, deve-se prever a ne-
rísticas do meio físico de cada domínio e levar em cessidade de muitos cortes em rocha de difícil
conta os seguintes aspectos. desmonte, inclusive com o uso de explosivos.
Prever dificuldades na operação de maqui- Os solos do domínio dos granulitos, por se-
nários nos domínios onde o solo é argiloso, muito rem evoluídos, servem como fonte de matéria pri-
aderente e plástico devido ao emplastamento. ma para a construção de aterros, pois são está-
Nas regiões onde predomina a Cobertura veis e com boa capacidade de compactação. O
Arenosa Indiferenciadas e nos chapadões, o rele- mesmo ocorre com as inúmeras coberturas laterí-
vo é suave, com baixos desníveis altimétricos e ticas existentes na área.
baixa densidade de drenagem, motivos pelos Nas áreas onde predominam os quartzitos,
quais esses terrenos exibem baixo potencial para os solos são bastante friáveis e pouco compacta-
movimentações de massas e apresentam baixa dos e a infiltração das águas das chuvas poderá
resistência ao corte; assim, devemos considerar acarretar pequenos colapsos, ruptura de taludes e
que não exigirão a construção de muitos aterros, ravinamento.
pontes, cortes de taludes, sendo por isso, favorá-
veis à implantação de obras viárias. 5.6.2 Problemas Constatados
Nas áreas onde ocorrem rochas carbonáti-
cas existem muitas cavidades subterrâneas (gru- Dentre os impactos negativos constatados
tas) como mostram as dolinas e sumidouros de devido a implantação de obras viárias realizadas
drenagem que ocorrem na região. Nestes locais sem considerar as características do meio físico
deve-se atentar para o fato de que poderão ocor- citadas e sem tomar os cuidados técnicos exigi-
rer subsidências bruscas (colapsos) quando de dos, destacam-se:
tráfego muito pesado. – presença de processos erosivos em locais
Como o material de alteração das rochas em que o solo está desprotegido de revestimento
carbonáticas é muito argiloso, aderente e escorre- ou revegetação.
gadio, principalmente quando molhado, deve-se – a retirada inadequada de material de em-
prever o emplastamento dos maquinários durante préstimo e abandono do local sem obras de prote-
os períodos chuvosos. O mesmo ocorrendo no ção contra a erosão provocam escorregamentos e
domínio das rochas granulíticas. entulhamento dos vales próximos.
Com relação às áreas com relevo monta- – vários deslizamentos de taludes em cortes
nhoso, declividade alta, altos desníveis altimétri- de estrada em razão da falta de obras de revesti-
cos, deve-se considerar que são terrenos instá- mento.
veis e sujeitos a grandes movimentações de mas- – pontes danificadas devido a acomodação
sas. Este risco aumenta nas zonas tectonizadas e de blocos e a força das águas no período chuvoso.
com alta densidade de planos estruturais verticali- – voçorocamento nas encostas devido a
zados (fraturas e xistosidade). Esses terrenos concentração de águas de escoamento superfi-
apresentam características que favorecem os pro- cial.
cessos de deslizamentos, portanto, os cortes das – estradas locadas muito próximas a doli-
obras viárias devem ser ortogonais à direção dos nas.
referidos planos. – escorregamento de taludes em locais
Ainda nesses terrenos, a existência de gro- onde a rodovia foi implantada em posição desfa-
tas profundas lhes conferem alto potencial erosivo vorável em relação à foliação e às fraturas das ro-
e ainda necessariamente ter-se-á de intervir em chas xistosas.
um grande número de canais de drenagem, ater-
ros e obras de contenção de encostas o que impli- 5.6.3 Recomendações
ca em dificuldades operacionais e grande gastos
para sua construção. Na elaboração de projetos que objetivam a
No domínio dos xistos, a densidade de pla- implantação de obras viárias na região ora em es-
nos estruturais é muito alta e dispostos em várias tudos recomenda-se:

56
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FASE I

– eliminar os efeitos do escoamento das os. Os demais aspectos devem levar em consi-
águas superficiais (erosão), através de uma co- deração o grau de incômodo que a atividade cau-
bertura vegetal adequado nos locais atingidos. sa à população.
Para eliminar os efeitos de escoamento das águas Os parâmetros relativos à avaliação do solo
superficiais (erosão), recomenda-se que nos lo- baseiam-se nas suas características físicas, nas
cais atingidos seja feita uma cobertura vegetal condicionantes de infiltração e/ou percolação das
adequada. águas de drenagem da área de disposição, no
– evitar cortes em locais que exponham a tempo de escoamento destas águas no perfil pe-
transição solo/rocha. dológico e na sua erodibilidade.
– drenar os taludes com surgência de água No caso dos recursos hídricos, os parâme-
para melhorar a estabilidade. tros são subdivididos em: recursos hídricos super-
– não executar obras de cortes e aterros du- ficiais, subsuperficiais e subterrâneos. Nos dois
rante o período das chuvas. primeiros, devem ser selecionados respectiva-
– tomar muito cuidado com as zonas de mo- mente, a distância dos cursos de água e a profun-
vimentação tectônica (falhas, fraturas) pois são didade do lençol freático, em função do risco de
zonas instáveis e podem constituir-se em planos contaminação direta dos mananciais de água, por
de deslizamentos. água por escoamento superficial e por infiltração.
– dimensionar corretamente as obras de Para os recursos hídricos subterrâneos deve-se
arte, principalmente as pontes, pois no período considerar as características do substrato rocho-
chuvoso as corredeiras são fortes e transportam so, que condiciona a passagem e o acúmulo de
muito material rochoso e troncos. água no subsolo e a potencialidade do aqüífero
– que o traçado seja planejado de acordo para a preservação de sua utilização.
com o relevo, evitando-se que as rampas conte- Nos parâmetros de uso e ocupação do solo
nham solos coluvionares. devem ser considerados os usos atuais das áreas
– dotar as obras de terraplanagem, cortes e pré-selecionadas, levando-se em conta a impor-
aterros de revestimento logo após sua execução. tância desses usos para a população atingida e
– na região das rochas carbonáticas evitar suas condições para disposição de lixo. Também
áreas muito próximas à dolinas. deve ser avaliada a capacidade de utilização das
– realizar estudos geológicos e geotécnicos áreas de acordo com a geração de lixo e a sua dis-
detalhados que informem as condições subterrâ- tância de núcleos populacionais, visando contro-
neas locais do terreno. lar os transtornos causados à população por essa
– nos terrenos xistosos evitar o traçado em atividade. As áreas com atividades de mineração
posição desfavorável em relação aos planos es- e as áreas já degradadas por disposição inade-
truturais. Não usar o material de alteração das ro- quado do lixo, também devem ser contempladas
chas para aterros, pois é um material muito micá- quanto ao seu uso, considerando a potencialidade
ceo. para a atividade e as condições ambientais em
seu entorno.
5.7 Disposição de Rejeitos Em relação aos parâmetros socioeconômi-
cos, devem ser selecionadas: a vida útil para a ati-
5.7.1 Características a Serem Consideradas e vidade e a distância de núcleos populacionais,
Recomendações tendo em vista a área a ser impactada, o grau de
incômodo que irá causar à população e os custos
Nos projetos visando a seleção de áreas de infra-estrutura necessários para a implantação
para a disposição de rejeitos, os planejadores de- do empreendimento.
vem levar em consideração as características do
meio físico do local, atentando para os seguintes 5.7.2 Critérios Recomendados para a Seleção
pontos: de Áreas para a Implantação de Aterros
Os parâmetros de avaliação devem ser de- Sanitários
finidos a partir de características do meio físico
(rocha, solo, recursos hídricos superficiais sub- Segundo a ABNT (1993), os critérios elimi-
superficiais e subterrâneos), aspectos de ocupa- natórios e seletivos para a seleção de uma área
ção e uso do solo e aspectos socioeconômicos. destinada à implantação de aterro sanitário são:
As características do meio físico devem ser con- Eliminatórios:
sideradas em função de sua relevância para a – Distância do centro produtor de lixo - 4 a
proteção do meio ambiente em relação aos ris- 10 km.
cos de contaminação por disposição de resídu- – Distância de moradias > 500m.

57
ZEE
RIDE
FASE I

– Distância de cursos de água, alagados, re- sentam também baixa erodibilidade, sendo por-
servas > 400m. tanto áreas sem maiores problemas para a cons-
– Profundidade do lençol freático > 5 me- trução de aterros sanitários.
tros. O domínio Residual de xistos e quartzitos,
– Distância de poços > 400m. mostra relevo colinoso, com solos rasos e friáveis,
– Distância de zonas propensas a riscos geo- apresentando dificuldades para a construção de
lógicos e hidrogeológicos (erosão, escorregamen- aterros sanitários.
tos, colapsos, falhas, fraturas abertas, etc.). O domínio Residual de siltitos, folhelhos, ar-
Seletivos: dósias, metarenitos e calcários tem relevo tabular
– Compatibilidade com usos atuais e futu- ou de colinas suaves, localmente de morros isola-
ros. dos nas rochas calcárias. O solo é raso, pouco
– Distância da via rodoviária mais próxima < permeável. Apesar da carência de material de em-
2km (devido ao custo de implantação). préstimo, não mostram maiores problemas para a
– Topografia do terreno - preferência para construção de aterros sanitários, exceto, local-
áreas de relevo suave: 2 a 5% de inclinação. mente, onde ocorrem rochas calcárias.
– Disponibilidade do material de emprésti- As áreas com Predomínio de saprólito e ro-
mo: distância economicamente viável. cha aflorante, mostram relevo acentuado, com so-
– Adequação das características do material los rasos ou inexistentes; falhas, fraturas e folia-
de empréstimo: solo argilo-arenoso ou areno-argi- ções metamórficas estão generalizadamente dis-
loso, permeabilidade muito baixa pós-compacta- tribuídas. São áreas com problemas para a im-
ção. plantação de aterros sanitários, pelo relevo, pela
– Capacidade (vida útil do terreno): > 5 carência de material de empréstimo e pela hetero-
anos. geneidade e estruturação do substrato.
– Direção dos ventos: de preferência cida- As Coberturas arenosas indiferenciadas,
de-aterro. apesar da topografia plana e disponibilidade de
– Cortina vegetal. material de empréstimo construção de aterros sa-
– Valorização da terra: baixa. nitários, mostram extrema permeabilidade, erodi-
– Aceitação da população e de entidades bilidade e baixa capacidade de carga, logo com
ambientais não-governamentais. problemas para a disposição de rejeitos.
– Uso e ocupação das terras: de preferência As Coberturas detrito-lateríticas, são pla-
áreas devolutas ou pouco utilizadas. nas, estáveis em seu estado natural, com boa ca-
– Menor potencial para a geração de impac- pacidade de carga e freático profundo. Não mos-
tos ambientais. tram-se problemáticas para a implantação de ater-
Como se observa, com relação às unidade ros sanitários, apesar da intensa ocupação urba-
de formações superficiais, fazem parte dos crité- na e agrícola.
rios eliminatórios, as áreas cujo lençol freático Por fim, as Aluviões recentes, são totalmen-
seja raso, bem como as áreas propensas a riscos te desfavoráveis para a disposição de rejeitos pelo
geológicos e hidrogeológicos (erosão, escorrega- fato de serem áreas alagáveis, com freático raso e
mentos, colapsos, falhas, fraturas abertas, etc.). altamente permeáveis.
Como critério seletivo, os terrenos devem
apresentar relevos suaves, 2-5% de inclinação, 5.8 Bibliografia
havendo disponibilidade de material de emprésti-
mo. ABNT - 1993 - Projeto de Norma
O Domínio Residual de granulitos e de intru- 001.603.06-006.
sivas graníticas, mostra baixas declividades, com KING, L. C. A. Geomorfologia do Brasil Ori-
solos espessos, mostrando disponibilidade de ental. Revista Brasileira de Geociências, Rio de
material de empréstimo e freático profundo. Apre- Janeiro, n.2, 1956, p.174-265.

58
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FASE I

MAPAS TEMÁTICOS
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Governo do DA REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO
DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
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CENOZÓICO GRUPO CANASTRA cho 14 RORAIMA


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mm Formação Chapada dos Pilões: predominância de quartzo- 07 Mcp1 TQdl 82 QHa QHa Msl ib.
R
io
Contato definido Falha transcorrente Mcp1 TQdl RMsl Sã
A

Aluviões Holocênicas: depósitos aluvionares arenosos e argilo- Mcp1 sericita-clorita xistos intercalados com quartzitos micáceos 20 TQdl 30
PE

QHa sinistral G TQdl Msl o


DOS

arenoso localmente com níveis de cascalhos. brancos. Lentes de mármore (mm) e calcixisto (cxt). A-

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Contato aproximado 16 30 QHa jea
Mpc E- Córr. Cága 35 Msl TQdl AMAZONAS

La
18 MARANHÃO CEARÁ
Cobertura Arenosa Indiferenciada: areias finas a médias, síltico- LA do
Mcp2qt TQdl Mpcqt do
Falha transcorrente 35 Mcp2 Marcos PARÁ RN
pira

Formação Chapada dos Pilões: predominância de quartzitos 25 15 Mcp1


Ri b

QPi argilosas, grãos arredondados e esféricos, localmente com RG 24 35 75


COVA

PB
Mcp2 micáceos brancos intercalados com quartzo-sericita-clorita Contato transicional ou 2 A QPi Msl PIAUÍ
l

qt dextral
. C

níveis de cascalhos. QHaR 71 Mpc TQdl Msl . ACRE PE


xistos. Lentes de quartzitos puros (qt). gradativo TQdl ib. Ri b QHa AL
s

Coberturas Detrito-lateríticas Terciário-Quaternárias: depósitos TQdl TQdl 30 TQdl QHa SE


E 30 TQdl TOCANTINS
ac

Mcp1
S

Mcp1 Fur 29 TQdl


S

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l

TQdl de latossolos vermelhos-amarronados, constituindo perfis Formação Paracatu: clorita-sericita xisto carbonoso, muito fino, Falha contracional TQdl 77 n
RONDÔNIA
Pedro
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20 QHa as BAHIA
maturos e imaturos com níveis de cascalhos. Mpc s s s s
A QHa 55
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qt eventualmente cortado por veios de quartzo e níveis de pirita. Acamadamento com DA Mcp2qt 70
(empurrão ou inversa)
l

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30
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MATO GROSSO
Localmente ocorrem lentes de quartzito, mármore e milonitos. 30 CA TQdl TQdl
s

mergulho medido TQdl 40 Msl


b.
s

CH s GOIÁS

ICO
Ri
l

Formação Serra do Landim: sercita xistos, quartzo-sericita 30 40 OE QHa 59


s
A área mapeada no MINAS
Falha contracional

NT
Msl xistos, com intercalações de níveis quartzosos e IRA TQdl GERAIS
s
s

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TQdl Projeto ZEE RIDE - MATO GROSSO
Rib

Acamadamento com 24


TQdl Mpc
(empurrão ou inversa 77Mcp77
DO SUL
s s 25 Mcp2qt
l

s
subordinadamente xistos carbonosos. s
TQdl

AT
NEOPROTEROZÓICO Mcp1 12 32 QHa TQdl s Msl Fase I, corresponde SÃO
. d

mergulho indicado
Rib

39 36 TQdl PAULO RJ
provável)
s

Canastra Indiviso: metarenitos, carbonatos, xistos grafitosos, 19 05 Msl a, aproximadamente,

O
COBERTURAS CRATÔNICAS mm QHa Mpc s

N
. S

QPi EA
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Moreira

TQdl
s
Mci
l

sericita xisto,quartzo-muscovita xisto, clorita xistos, metassiltitos, 34 50 40% da área total da PARANÁ
OC
l
10
To

GRUPO BAMBUÍ Foliação com mergulho QHa Msl


ama

meta-argilitos sílticos, margas, mármores (mm) e ardósias. Mcp1 NJe QHa Região Integrada de
s

Brecha de falha
p

45 NJe
s
SC
TQdl
s

Mcp2qt
áz

medido TQdl 25 35 Desenvolvimento do


-l
mba

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Subgrupo Paraopeba - Formação Serra da Saudade: siltitos e GRUPO ARAXÁ 40 64 79 s


Nss RIO GRANDE
s

QHa
s

Distrito Federal e
s

72
sia

argilitosverdes a avermelhados. 36 43 QPi DO SUL


Ri

Unidade B: calci-clorita-biotita xisto, calci-clorita-biotita xisto Zona de cisalhamento ão o Entorno (RIDE).


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QHa NJe
s

TQdl
s

40' 40'
b.

Foliação com mergulho


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MaB 49 80 Sã o Pe
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feldspático,alci-granada-biotita-quartzo xisto feldspático, TQdl


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r.

Subgrupo Paraopeba Indiviso: siltitos e argilitos cinza esverde- indicado Mpc l s


Mpa4 TQdl TQdl
Ba

granada-clorita xisto,hornblenda-granada xisto feldspático, 40 30 TQdl . Msl


Npi 20 ib
La

Zona de cisalhamento
s
ados a avermelhados, calcíferos, calcários cinza e intercala- 40
qt grafita xistos, lentes de metacalcário , subordinadamente 19 76 Mcp1 R AUTORES:
Furnas

s
s s
Mcp2qt Mcp1 04
jea

s 20 39 89
ções de arenitos de coloração rósea. Quartzitos subordinados contracional 89 29 l
TQdl Mpa4
da
Rib.

quartzitos micáceos. QHa Gilberto Scislewski


do l

(qt). Foliação milonítica com TQdl 55 10


28 35
NJe dro Antônio Augusto Soares Frasca
TQdl 77 b. Pe
METAULTRAMAFITOS TIPO MORRO FEIO mergulho medido r o TQdl
36 QHa Ri
43 20 s
Zona de cisalhamento Ped Vanderlei Antônio de Araújo
Rib.

15
Nje Formação Jequitaí: Diamictitos e ritmitos varvíticos. 27 40 Mcp2
33
NJe BR 16
86
a São o
QHa
err Joseneusa Brilhante Rodrigues
-04
Mm Metaultramáficas, serpentinitos, talco-clorita xistos, talco xistos. transcorrente dextral QHa Sã
l

Foliação milonítica com TQdl


s
0 .
20 R i b.
76
10 Mpa4 NJeS Ri b Hélio Silveira Gonçalves
24 33 29
s
mergulho indicado 15 20 62
l

SEQÜÊNCIAS METAVULCANOSSEDIMENTARES Zona de cisalhamento 25 15


TQdl dos 80 55 28 31
42 70 Top
Mpa4 COORDENAÇÃO:
Rio do Peixe: biotita-hornblenda-plagioclásio gnaisse transcorrente sinistral 30 04 á zio 04
ARCO MAGMÁTICO DE GOIÁS Lineação B com caimento Chefe do Departamento de Gestão Territorial: Cássio Roberto da Silva
l

(metatonalito) protomilonítico, epidoto-quartzo anfibolito, 10 Mcp1 17 Mpa4 s


Mrp 10 30 27 25 Rib.
medido 29 70 Mpa4 Chefe da Superintendência Regional de Goiás: Mário de Carvalho
S. BARTOLOMEU

GRANITOS SINTECTÔNICOS epidoto-plagioclásio anfibolito, granada-clorita-biotita- 45 do30 72 TQdl Mpa3


Mpc
l

plagioclásio-quartzo xisto, clorita-muscovita-quartzo xisto, Zona de cisalhamento QHa 70 s Ba Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da SUREG/GO: José Mário da Silva
Granitos tipo Aragoiânia: granada-biotita-muscovita metagranito,
s s s s
Mcp2qt 33 gre Mcp2 Chefe do Projeto: Gilberto Scislewski
Ng1ar biotita metagranodiorito, biotita metagranito, gnaisses e
muscovita-quartzo xisto, cloritóide quartzito, muscovita-biotita- Lineação B com caimento transcorrente compressional Mcp2qt RI s
l

feldspato xisto,muscovita-plagioclásio-quartzo-horblenda- indicado


O 35 Mcp1 TQdl 07 Supervisor de Gestão Territorial: Jamilo José Thomé Filho
pegmatitos associados. 65 CRISTALINA Mpa4
R

20 81
ib

carbonato xisto, meta-alcaligranito,metamicrogabro,


Anticlinal 30 Pau Mpa3
.

QHa
l

metabasalto. Mpc Mcp2qt NJe de 04 PLANEJAMENTO E EDIÇÃO CARTOGRÁFICA:


Lineação de estiramento CO57 TQdl Óle 05 TQdl
15 39
o Chefe da Divisão de Gestão Territorial - DIGATE: Regina Celia Gimenez Armesto
MESOPROTEROZÓICO PALEO-MESOPROTEROZÓICO 87
l

com caimento medido Sinclinal RU14 Nrv 44


Ri

76 20 MB 25 Mcp1 Mpa410 Chefe da Divisão de Cartografia - DICART: Paulo Roberto Macedo Bastos
COMPLEXOS INDIFERENCIADOS
b.

FAIXA BRASÍLIA Nrv Mpc Á RIO dos


25
l
Mcp1 TQdl s 15 Técnicos da DICART: Wilhelm P. de F. Bernard, Marília S. Salinas do Rosário, Maria Luiza Poucinho,
l

GRUPO IBIÁ ASSOCIAÇÃO ORTOGNÁISSICA MIGMATÍTICA Lineação de estiramento Antiforme 35 Nrv 50


25 Mcp1 TQdl agre
B 82
70 -0 Afonso de S. Lobo, José Carlos Ferreira da Silva, João Carlos de Souza Albuquerque, Risonaldo
Ortognaisses graníticos, tonalíticos, granodioríticos, com restitos com caimento indicado 27 Nrv 49 BR
Nrv Pg1 15 16 Pereira da Silva, José Pacheco Rabelo, Leila Maria Rosa de Alcântara e Marco Antônio de Souza.
l

Formação Rio Verde: calcixistos, clorita xistos e sericita xistos. de rochas granulíticas e anfibolíticas. TQdl 17 85
Sinforme Preparo dos dados para tratamento em Sistema de Informações Geográficas: Luiz Cláudio Ferreira
Lineação de estiramento
COMPLEXO GRANULÍTICO ANÁPOLIS - ITAUÇU Base planimétrica e tema digitalizados pela Divisão de Cartografia - DICART, a partir da integração, na escala
Associação de Supracrustais Granulitizadas: gnaisses
horizontal Sinforme normal com TQdl
MESO - NEOPROTEROZÓICO 1:250.000, das folhas editadas pelo IBGE e DSG, na escala 1:100.000.
Pais granadíferos, silimanita gnaisses, gnaisses calcissilicáticos, caimento Atualização da base planimétrica realizada durante os trabalhos de campo desenvolvidos pela equipe técnica da
diopsídio mármore, granada quartzitos gonditos e, Junta de cisalhamento Mcp1 TQdl
GRUPO PARANOÁ 30 Superintendência Regional de Goiás.
subordinadamente, anfibolitos. com mergulho medido
Unidade Rítmica Pelito Carbonatada: metassiltitos, metargilitos, Antiforme normal com
cc Associação de Ortogranulítica: granulitos básico-ultrabásicos,
Mpa4 filitos carbonosos rítmicos, calcixistos, quartzitos feldspáticos Paio metagabros,metanoritos, metapiroxenitos, hiperstenitos, talco- caimento
ct finos a médios e, subordinadamente, metadolomitos e
metacalcários (cc) com conophyton. Localmente cataclasitos (ct).
clorita xistos, serpentinito.Gnaisses charnoquíticos e
enderbíticos, hiperstenitos tonalíticos com
Junta de cisalhamento
com mergulho indicado
Antiforme inclinado
ZEE RIDE - FASE I
Unidade Rítmica Quartzítica Intermediária: quartzitos finos a intercalações de anfibolito. horizontal
qt Junta de cisalhamento
Mpa3 médios (qt), com intercalações de metassiltitos carbonosos, raras
lentes de conglomerado intraformacional, metassiltitos, vertical MAPA GEOLÓGICO
metargilitos e ardósias na base.
Antiforme invertido
Falha ou zona de com caimento
cisalhamento ESCALA 1:250.000
Sínforme inclinado com 5 0 5 10 15 20 km

Falha, fratura ou zona de caimento


CAPITAL Estrada pavimentada Limite da área do projeto - Fase I PROJEÇÃO CÔNICA CONFORME DE LAMBERT
cisalhamento
Longitude de origem: MC -48º
Estrada não pavimentada, Braquissinforme normal
CIDADE Curso de água permanente Latitude de origem: -16º
tráfego permanente Falha ou zona de 1º paralelo padrão: -15º30’
cisalhamento provável Domo 2º paralelo padrão: -16º30’
Vila, distrito Estrada de ferro Lago, represa Datum horizontal: SAD-69 - MG
Falha extencional Foto-lineamentos
Limite do DF Limite estadual Área alagada
l l l l l l
2002
(falha normal) estruturais 17º00' 17º00'
48º20' 48º00' 40' 20' 47º15'
48º20' W GREENWICH 48º00' 40' 47º20'
15º10'
15º10'
PROJETO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO
Governo do DA REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO
DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA

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MEIO AMBIENTE Ministério da Agricultura, PARA CONSTRUÇÃO CIVIL, INSUMOS

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HA-238 DeGS-85 a (aca) lt
lt ag (ac) GS-204 lt a (aca) sc (cl)
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Rio

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OUTRAS OCORRÊNCIAS GS-14 Projeto ZEE RIDE - MATO GROSSO


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40% da área total da PARANÁ EA
Apesar do objetivo primordial deste trabalho ter sido o cadastramento de minerais utilizados na construção civil e agricultura, foram, OC
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o Região Integrada de
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adicionalmente, cadastradas as seguintes ocorrências minerais obtidas a partir de consulta ao Departamento Nacional da Produção Mineral – DNPM: a (aca) Ba
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AUTORES:
o dro Gilberto Scislewski
cr - cristal de rocha
qt (aqt) cr Pedr Pe
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. COORDENAÇÃO:
qt (aqt)
ocorrência porto de areia ativo jazida dos GS-46
GS-13 Chefe do Departamento de Gestão Territorial: Cássio Roberto da Silva
l

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Top Chefe da Superintendência Regional de Goiás: Mário de Carvalho
lt á zio
mina ativa porto de areia inativo garimpo a (aca) s qt (aqt) qt (aqt) Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da SUREG/GO: José Mário da Silva
l

cl
GS-25 GS-29 Rib. GS-41 GS-42 Chefe do Projeto: Gilberto Scislewski
S. BARTOLOMEU

do Supervisor de Gestão Territorial: Jamilo José Thomé Filho


mina inativa
l

RI sB cr
ag cr
O res
a (aca) PLANEJAMENTO E EDIÇÃO CARTOGRÁFICA:
l

a (aca) cr
ÁREAS MINERALIZADAS/PREVISIONAL GS-28
GS-24
cr
lt GS-19 CRISTALINA Chefe da Divisão de Gestão Territorial - DIGATE: Regina Celia Gimenez Armesto
Rib. Pau qt (aqt)
l

a (aca) de cr Chefe da Divisão de Cartografia - DICART: Paulo Roberto Macedo Bastos


lt Campo mineralizado aflorante Leito ativo de drenagem passível de ser explotada COGS-23 a (aca) Óle Técnicos da DICART: Wilhelm P. de F. Bernard, Marília S. Salinas do Rosário, Maria Luiza Poucinho,
cl o GS-53
l

RU Afonso de S. Lobo, José Carlos Ferreira da Silva, João Carlos de Souza Albuquerque, Risonaldo
Ri

para areia e cascalho aluvionar MB GS-22RIO xt (br) cr


b.

Á l GS-21 dos Pereira da Silva, José Pacheco Rabelo, Leila Maria Rosa de Alcântara e Marco Antônio de Souza.
ca ac ag lt
l

lt GS-20 0
es 05 Preparo dos dados para tratamento em Sistema de Informações Geográficas: Luiz Cláudio Ferreira
cl Bagr BR
-
GS-59
l

Campo provavelmente mineralizado lt


qt
GS-58 lt Base planimétrica e tema digitalizados pela Divisão de Cartografia - DICART, a partir da integração, na escala
1:250.000, das folhas editadas pelo IBGE e DSG, na escala 1:100.000.
Atualização da base planimétrica realizada durante os trabalhos de campo desenvolvidos pela equipe técnica da
qt(aqt) gr ag (cl)
Superintendência Regional de Goiás.

DADOS CADASTRAIS
GS -182 - Número do ponto cadastrado
GS - Gilberto Scislewski JT - Jamilo Thomé
ZEE RIDE - FASE I
HA - Homero Araújo VA - Vanderlei Araújo
MAPA DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL,
INSUMOS AGRÍCOLAS E OUTROS BENS MINERAIS
HG - Hélio Gonçalves
ESCALA 1:250.000
5 0 5 10 15 20 km

CAPITAL Estrada pavimentada Limite da área do projeto - Fase I


PROJEÇÃO CÔNICA CONFORME DE LAMBERT
Longitude de origem: MC -48º
Estrada não pavimentada,
CIDADE Curso de água permanente Latitude de origem: -16º
tráfego permanente 1º paralelo padrão: -15º30’
2º paralelo padrão: -16º30’
Vila, distrito Estrada de ferro Lago, represa Datum horizontal: SAD-69 - MG

Limite do DF Limite estadual Área alagada 2002


17º00' 17º00'
48º30' 20' 48º00' 40' 20' 47º15'
48º20' W GREENWICH 48º00' 40' 47º20'
15º10'

Governo do
15º10'
PROJETO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO
DA REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO

Sal ZEE RIDE - FASE I

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