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Máquinas Hidráulicas e Pneumáticas:

Ar Comprimido

Apresentação: Francisco José Simões


Consumo Específico é a potência absorvida por unidade de volume de ar e na
unidade de tempo escolhida.

Unidades: cv/m3/min, HP/100 pés3/min de “descarga livre padrão de ar”.

Para um compressor ter bom desempenho (baixo consumo específico), é preciso


que ele seja adequadamente resfriado (p.ex., água a 10 ⁰C abaixo da temperatura
ambiente).

Compressores resfriados a ar possuem consumo específico de 3 a 5 % acima daqueles


resfriados a água.

Consumo específico excelente = 6,5 cv/m3/min = 18,2 HP/100 pés3/min


Descarga livre padrão (d.l.p.) é a quantidade de ar livre descarregada por um
compressor, corrigida para as condições de pressão (760 mmHg), temperatura
(15 ⁰C) e umidade (36 %) reinantes na admissão.

Descarga livre efetiva (d.l.e.) é a quantidade de ar livre descarregada por um


compressor na pressão de saída de operação.

𝑝2
Relação de compressão, R: 𝑅=
𝑝1
onde p1 é a pressão atmosférica = 1,033 kgf/cm2 (abs)
p2 é a pressão final (abs)
Digite a equação aqui.

O volume real (V2) ocupado pelo ar depois de comprimido é obtido dividindo-


se o volume inicial de ar livre (d.l.p., V1) pela relação de compressão, R:
𝑉1
𝑉2 =
𝑅

P2 →
Fatores a considerar na escolha do compressor:
Fundamentos termodinâmicos aplicáveis aos
compressores e às instalações de ar comprimido.

Processo politrópico de compressão:

Processo em que para um gás perfeito 𝑝 𝑉 𝑛 = 𝐾 (𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. )


onde n é o índice de compressão

Para n = 1: 𝑝 𝑣 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. (processo isotérmico)

À medida que o calor vai sendo gerado, ele vai sendo retirado pelo sistema de
resfriamento para manter a temperatura constante.

Para n = 0: p = const. (processo isobárico)


Para n = k: 𝑝 𝑉 𝑘 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. (processo isoentrópico ou adiabático reversível)

onde k = cp / cv (para o ar, k = 1,4)

As equações aplicáveis à compressão e expansão adiabáticas são as chamadas leis


de Poisson:

𝑘 −1 1 1
𝑇1 𝑝1 𝑘 𝑉2 𝑝1 𝑘 𝑉2 𝑇1 𝑘 −1
= ; = ; =
𝑇2 𝑝2 𝑉1 𝑝2 𝑉1 𝑇2
Trabalho na compressão isotérmica:

𝜏𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜏𝐴𝐵𝐶𝐺𝐴 +
+ 𝜏𝐺𝐹𝐷𝐶𝐺 − 𝜏𝐴𝐵𝐷𝐸𝐴

ou
𝑝2
𝜏𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2,3 𝑝1 𝑉1 𝑙𝑛
𝑝1
Trabalho na compressão adiabática:

Nos compressores alternativos,


a troca de calor é pequena.

O trabalho total pode ser calculado por:


𝑛 −1
𝑘 𝑝2 𝑛
𝜏𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑝1 𝑉1 −1
𝑘 −1 𝑝1

O trabalho na compressão isotérmica é


menor que na compressão adiabática.
Exemplo (exercício 11, pg. 577):
Um volume de 4 m3 de ar acha-se submetido à pressão atmosférica.
Determinar os trabalhos que se realizarão sob a forma de compressão
isotérmica e depois sob a forma adiabática, quando o ar for
comprimido a 6 atmosferas manométricas. Considerar k = 1,4.
Diagrama do compressor alternativo:

Seja um compressor alternativo monofásico e de simples efeito (p = 4 a 5 atm).

O diagrama teórico apresenta 2 curvas politrópicas (situadas entre as curvas


isotérmica e adiabática) e 2 curvas isobáricas (aspiração e escapamento).

A pressão de aspiração deve ser a pressão atmosférica.

O consumo de potência do compressor é proporcional à área encerrada pelo gráfico.


Compressão polifásica:

Para p > 4 atm, a compressão é escalonada em compressores de 2 ou mais estágios.


Nestes casos, é indispensável esfriar o ar entre os estágios.

Num compressor bifásico:


1- ar entra no primeiro cilindro à pressão atmosférica e é comprimido até uma
pressão intermediária;
2- ar passa por um resfriador (a ar ou a água) intermediário (intercooler) para
voltar à temperatura inicial (quanto menor a temperatura, maior o rendimento);
3- ar entra no 2º cilindro com pressão ≈ pressão de saída do 1º (geralmente, há
perda de ≈ 0,05 atm no intercooler).

Potência consumida com 2 estágios ≈ 85 % da potência consumida com 1 estágio.


Exercícios:

Determinar a economia de trabalho absorvido por um compressor de dois estágios


em relação ao de um estágio. Supor que são admitidos 3 m3 de ar na temperatura e
pressão ambientes, e que a pressão final deve ser de 12 atmosferas (man.).
Considerar o índice de compressão k = 1,3. (exercício 12, pg. 579)

Determinar o índice de compressão adiabática que se verifica em um cilindro de 300


mm de curso e espaço livre de 5 %, a 4,4 atm absolutas, e de cujo diagrama
representado na figura a seguir tiramos os seguintes elementos:
V1 = 252,8 mm; p1 = 1,38 atm; V3 = 124,3 mm; p3 = 3,5 atm. (exercício 13, pg. 582)
Pressão média efetiva, pm:

* Compressão monofásica:
𝑛−1
𝑛 𝑝2 𝑛
𝑝𝑚 = 𝑝1 −1
𝑛 −1 𝑝1

* Compressão bifásica:
𝑛−1
𝑛 𝑝4 2𝑛
𝑝𝑚 = 𝑝1 2 −1
𝑛−1 1
Exercício (exercício 14, pg. 582) :

Achar a pressão média efetiva de uma compressão monofásica e de


uma bifásica, sendo a pressão final de 7 atm. Adotar n = 1,4.
Potência indicada e potência efetiva:

Com a pressão média efetiva, pode-se calcular a potência indicada por:


𝑝𝑚 𝑄
𝑃𝑖 = (𝑐𝑣)
75 × 60
onde Q é a vazão em m3/min. e pm é a pressão média efetiva em kgf/m2.

A potência efetiva no eixo do motor que aciona o compressor é dada por:


𝑃𝑖
𝑃𝑒 =
𝜂
onde η é o rendimento mecânico.
 Instalação de ar comprimido:
a) Local de compressores:
compressores reservatório de ar comprimido
resfriador intermediário (intercooler) purgador
resfriador posterior (aftercooler) silenciador
separador de umidade condensada garrafa de pulsação
desumidificadores para secagem total do ar filtros

b) Linha de ar comprimido:
fazer o traçado da linha
dimensionar o alimentador e seus ramais
localizar e instalar acessórios (separadores de condensado, purgadores, filtros,
reguladores de pressão, lubrificadores e válvulas).
Previsão de consumo de ar comprimido:

É necessário conhecer, através dos catálogos dos fabricantes, a demanda de cada


tipo de equipamento, aparelho ou máquina que será empregado.

Conhecendo-se o plano de operação e de produção da indústria, pode-se


estabelecer as condições de simultaneidade de funcionamento, identificar e agrupar
os equipamentos segundo a probabilidade que poderá haver de que operem ao
mesmo tempo.

É preciso obter o consumo máximo provável para um ramal, uma linha tronco e até
para a instalação toda.
Alguns projetistas, após acharem o valor do consumo, dobram seu valor
para o dimensionamento das tubulações e cálculo da capacidade dos compressores,
como uma precaução para garantia da capacidade nos “picos” de demanda de ar
comprimido.
Dimensionamento das tubulações:
• Perdas de pressão admissíveis:
Perda máxima de pressão na rede até o ponto mais afastado: 0,3 kgf/cm2
Tubulações principais: 0,0002 kgf/cm2/m ou 0,02 atm / 100m
Tubulações secundárias: 0,08 atm / 100 m
Tubulações de acesso direto aos trabalhos: 0,20 atm / 100 m
Mangueiras de marteletes, perfuratrizes, etc.: 0,20 atm / 50 m
• Velocidades admissíveis para o ar comprimido:
Tubulações principais: 6 a 8 m/s
Tubulações secundárias (ramais): 8 a 10 m/s
Mangueiras (tubos elásticos de acoplamento de ferramentas): 15 a 30 m/s
• Critérios de dimensionamento das tubulações:
O menor diâmetro de uma ramificação deve ser de 1” e a menor saída
dessa ramificação (sub ramal) deve ser de ¾”.
A determinação dos diâmetros das tubulações é baseada em:
- velocidades aconselháveis para o escoamento do ar;
- perdas de pressão admissíveis.
1º Método: Partindo da velocidade de escoamento do ar:
Dimensionamento de ramais secundários até cerca de 10 m (pequena
extensão tem perda de carga desprezível):
- determina-se a vazão de ar normal, Qnormal (descarga livre padrão, dlp),
em m3/min. ;
- estabelece-se a velocidade para os ramais entre 8 e 10 m/s;
- calcula-se a razão de compressão, R, para a pressão no início do trecho
de linha: R = (p + 1)/1;
- acha-se a descarga real, Qreal, para a pressão de serviço, p:
Qreal = Qnormal / R
- utiliza-se a Tab. 10.7: com a velocidade e Qreal , obtém-se o diâmetro na
primeira coluna.
Exercício (ex. 15, pg. 586):

Um ramal de 9 m de comprimento conduz 3,5 m3/min. (d.l.p.) de ar


sob a pressão de 7 kgf/cm2. Qual deverá ser o diâmetro da tubulação?

- Velocidade adotada: 8 m/s


- Relação de compressão: R = (7+1)/1 = 8
- Descarga real: Qreal = 3,5 / 8 = 0,437 m3/min
- Tabela 10.7: com V = 8 m/s e Qreal = 0,437 m3/min, a vazão mais
próxima é de 0,463 m3/min à qual corresponde o diâmetro de 1 ¼”.
2º Método: Considerando a perda de carga.
Pode-se utilizar dois processos diferentes:
1º Processo:
- escolhe-se o diâmetro em função da descarga e da velocidade;
- calcula-se as perdas de carga por meio de fórmulas apropriadas;
- verifica-se se o valor é inferior ao limite permitido.
2º Processo:
- determina-se o limite para a perda de carga;
- calcula-se o diâmetro correspondente;
- adota-se o diâmetro comercial imediatamente superior se o valor não
for igual ao diâmetro de um tubo comercial.
1º Processo: Cálculo das perdas de carga nas tubulações.

2
Perda ou queda de pressão, hf : ℎ𝑓 = 𝑙 𝛿 𝛼 𝑉2
𝑑

onde hf = a perda de pressão manométrica em kgf/m2;


l = o comprimento da tubulação em metros (tubos retos + comprimentos
equivalentes dos acessórios);
δ = o peso específico do ar comprimido na temperatura e na pressão
dentro da tubulação (obtém-se da Tabela 10.8);
V = a velocidade do ar em m/s;
d = o diâmetro do tubo em metros;
α = coeficiente variável com o diâmetro e calculado por:

0,00001294
𝛼 = 0,000507 +
𝑑

Sendo Q a descarga de ar, em m3/s, na pressão de trabalho,


alternativamente, pode-se usar a expressão:
𝑄2 𝑙 𝛿
ℎ𝑓 = 3,25 𝛼
𝑑5
 Fórmula de Worthington:
𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑄2
ℎ𝑓 = 0,842
𝑅 𝑑5

onde hf perda de carga em kgf/cm2


Ltotal é o comprimento em m
Q é a vazão normal em m3/min
R é a relação de compressão para a pressão de trabalho
d é o diâmetro interno da tubulação em cm
Exercícios:

Calcular a perda de carga numa linha de ar comprimido de 1 ½” de diâmetro e 100


m de comprimento total (real + equivalente), conduzindo 3,5 m3/min de “ar livre
padrão”, quando comprimido à pressão de 7 kgf/cm2, sendo a temperatura de 20 ◦C.
(exercício 16, pg. 589)

Determinar a perda de pressão em uma tubulação de 200 m e um diâmetro de


0,10 m, por onde escoam 35 m3 de ar livre por minuto, à pressão de 7 atm (man.)
e temperatura de 30 ⁰C.
(exercício 17, pg. 589)
Emprego de ábacos:

A seguir são apresentados ábacos para


determinação rápida da perda de carga,
úteis principalmente para dimensionar
muitos ramais com precisão razoável.
2º Processo: Cálculo do diâmetro após fixar a perda de carga admissível.

A partir da fórmula da perda de carga, pode-se obter o valor do diâmetro:

5 𝑄2 𝑙 𝛿
𝑑= 3,25 𝛼
ℎ𝑓

Neste caso, a perda hf é estabelecida a priori, de acordo com as recomendações.


δ é obtido a partir da Tabela 10.8, com os valores da temperatura e da pressão.
α é um coeficiente que depende do diâmetro e deve ser determinado por iterações.
 O diâmetro da tubulação pode ser obtido pela fórmula simplificada de
Worthington:
𝑄
𝑑 = 14,56
𝑅𝑉

onde d é o diâmetro interno da tubulação em cm


Q é a vazão de ar normal em m3/min
R é a relação de compressão
V é a velocidade do escoamento do ar em m/s
Exercícios:

Para Q = 3,5 m3/min (d.l.p.) e pressão efetiva p = 7 kgf/cm2, com diâmetro de 1 ½”


= 38 mm, obtém-se da Fig. 10.23 a perda de carga de 0,0014 kgf/cm2/m. Para uma
tubulação com 100 m de comprimento, a perda será de 0,14 kgf/cm2.
(exercício 18, pg. 591)

Uma tubulação de 150 m de comprimento total (real + equivalente) alimenta de ar


comprimido a 6 atm manométricas com uma temperatura de 30 ⁰C, 12 máquinas
operatrizes que consomem individualmente 2 m3 de ar livre por minuto e
funcionam simultaneamente. Se as perdas aceitáveis por fugas representam 5 % e
as de atrito 0,12 atm, qual deverá ser o diâmetro da tubulação?
(exercício 19, pg. 592)
Perdas de carga localizadas:

O comprimento equivalente (ou virtual) corresponde ao comprimento de uma


tubulação reta fictícia cuja perda de carga é igual à soma das perdas de carga das
conexões, registros e outros componentes (vide Tabela 10.9 adiante).

Para obter o comprimento equivalente de uma peça, é necessário conhecer o


diâmetro da tubulação, o qual é calculado com o valor da perda de carga. Esta
indeterminação é resolvida pelo seguinte procedimento:

- Se a tubulação tiver mais de 100 m de comprimento real, acrescenta-se 10 %.


- Se a tubulação tiver menos de 100 m de comprimento real e poucas conexões e
acessórios, acrescenta-se 20 % no comprimento.
- Se a tubulação tiver menos de 100 m de comprimento real e muitas conexões e
acessórios, acrescenta-se 40 % no comprimento.
- determina-se a perda de pressão admissível conforme recomendado;
- calcula-se o diâmetro da tubulação pela fórmula;
- obtém-se os comprimentos equivalentes das peças na Tabela 10.9. Soma-se os
comprimentos equivalentes ao comprimento de tubo reto real.
- recalcula-se o diâmetro e verifica-se se houve alguma disparidade em relação
ao valor anterior. Ao adotar-se um novo diâmetro, este deve ser de um diâmetro
comercial logo acima do valor calculado.
Perdas por vazamentos:

Em instalações antigas e mal conservadas, as perdas por vazamentos podem chegar


a 30 % da capacidade total do compressor mas podem ser reduzidas a 5 %.
Grandes quantidades de ar podem escapar por furos relativamente pequenos.
Vazamentos admissíveis:

- Pequenas instalações: até 5 %


- Instalações industriais: cerca de 5 %
- Estaleiros, siderurgias, usinas, pedreiras: até 10 %
- Forjarias, fundições com moldagem pneumática: até pouco acima de 10 %

Exemplo:
Uma instalação industrial de ar comprimido possui capacidade de 30 m3/min com
pressão de 7 kgf/cm2. Foi verificada uma perda de 35 % (= 10,5 m3/min).
Os reparos reduziram as perdas para 8,4 % (= 2,52 m3/min). Para um regime de
operação de 3600 horas por ano, a economia total de ar será de 1.723.600 m3 de ar
livre. A compressão de 1 m3 de ar atmosférico até a pressão de 7 kgf/cm2 requer cerca
de 0,09 kWh. A economia anual seria 155.124 kWh após os reparos.
Local dos compressores:

Reservatório de ar comprimido:
Próximo à saída do compressor, é colocado um reservatório cilíndrico de aço com
o eixo vertical, preferivelmente, para reduzir o espaço ocupado.
O reservatório pode ficar ao ar livre, no exterior, para facilitar o resfriamento do ar
comprimido antes de sua distribuição e por segurança.
Quando o ar se resfria, parte de sua umidade se condensa e pode ser retirada pelos
purgadores. A umidade do ar prejudica os equipamentos e tubulações.
Os reservatórios de ar comprimido são necessários pois:
* Reduzem os efeitos das pulsações dos compressores alternativos → variações
da velocidade do ar → perdas por atrito e choques.
* Tendo a capacidade adequada, atendem às demandas extraordinárias de ar
comprimido.
* Permite que o ar fique em repouso para separação do óleo e da água que são
arrastados pelo ar comprimido.
* Possibilitam que o ar se esfrie antes que seja conduzido às tubulações.

Recomenda-se que o reservatório seja instalado no exterior do prédio e que nele


sejam instalados um tubo de purga e uma válvula de segurança.
Entre o resfriador posterior do compressor e o reservatório deve haver um
“separador de condensado”.
Capacidade dos reservatórios de ar comprimido:

Algumas recomendações:
1º caso: reservatório apenas para reduzir a intermitência de fornecimento do
compressor. O volume, ∀ (m3), é obtido por:
∀= 5𝑄 ; onde Q = m3/min. de ar livre aspirado.
2º caso: instalações importantes.
3
∀= 𝑄 ; onde Q = m3/hora de ar livre aspirado.
3º caso: para compressores rotativos.
∀ = 1Τ2 5𝑄 ; onde Q = m3/min. de ar livre aspirado.
Resfriamento do ar:
O resfriamento é necessário para que a compressão se aproxime o máximo
possível de um processo isotérmico e para que o óleo de lubrificação se
decomponha.
Nos compressores monofásicos, o resfriamento é feito passando ar ou água pela
camisa do cilindro.
Nos compressores polifásicos, entre uma fase e outra, há um resfriador
intermediário (intercooler).
Entre o compressor e o reservatório, às vezes é instalado um resfriador posterior
final (aftercooler).
Quantidade da água para refrigeração:

Nos catálogos dos compressores são indicadas as demandas de água para o


resfriamento do ar comprimido e das camisas dos compressores.

A quantidade de água pode ser calculada aproximadamente pela fórmula empírica


de Lagrange:
𝑄 = 0,3 × 𝑡 + 0,5
onde: Q é a descarga em litros por minuto para cada m3 de ar livre aspirado no
mesmo intervalo de tempo;
t é a temperatura (⁰C) inicial da água na entrada da camisa do compressor
ou na entrada do resfriador.
Resfriador final do ar comprimido (aftercooler):
Separação da umidade contida no ar:
O ar atmosférico sempre contém alguma umidade.
Um ar saturado de vapor pode vir a conter mais umidade se aumentar sua
temperatura e/ou diminuir sua pressão. Caso contrário, se diminuir a temperatura
e/ou aumentar a pressão, o vapor irá condensar.
Com o resfriamento, uma parte da umidade deposita-se na camisa do cilindro do
compressor; outra no aftercooler e o resto no reservatório e ao longo da instalação
até o ponto de consumo.
A água condensada deve ser retirada antes que atinja os motores, equipamentos e
instrumentos pois sua presença é prejudicial. Por isso, são usados resfriadores
acompanhados de separadores de condensado ou de umidade junto aos
equipamentos e nos pontos baixos da rede onde a água condensada tenderia a
depositar.
Figs 10.28, 29, 30, 31
“Poço de drenagem de condensado” é um receptáculo colocado num ponto baixo
do encanamento. Pode ser um “T”. Próximo ao fundo, há um pequeno tubo que
leve o condensado até o purgador ou uma pequena torneira para operação manual.
“Separador de umidade ou condensado” possui placas defletoras para desviar o ar
e reduzir sua velocidade de maneira que as gotículas de condensado não possam
acompanhar o deslocamento do ar devido à inércia.
Os separadores podem ser dos tipos vertical e horizontal:
Instalação dos acessórios:
Observações sobre as linhas de ar condicionado e a instalação de purgadores,
filtros e reguladores de pressão:
• A linha aberta em geral é mais conveniente
que a linha em circuito fechado.
• A declividade da linha permite o escoamento
da água condensada quando ela é no sentido
do escoamento do ar.
• Devem-se colocar elementos de drenagem
(poços ou separadores e purgadores) nos
pontos baixos e nos trechos extensos,
afastados de ≈ 40 m.
• Além dos locais citados acima, devem-se colocar purgadores em:
• Final de uma linha (Fig. 10.33) ;
• Antes de cada equipamento importante;
• Pontos de elevação da linha (Fig. 10.34)
 A tomada de ar de uma linha para alimentar um ramal ou equipamento deve ser
feita pela parte superior da linha alimentadora, para evitar o arraste de algum
condensado para o ramal (Fig 10.35).
 Recomenda-se um “purgador de bóia” (Fig 10.36) sempre que não houver muito
óleo na linha. Caso a quantidade de óleo seja excessiva, devem-se usar
purgadores termodinâmicos.
Filtros:
Os filtros protegem os equipamentos e válvulas de precisão contra partículas
sólidas oriundas de oxidações ou dos processos de montagem das tubulações.
O elemento filtrante pode ser de aço inoxidável, de bronze sinterizado, de fibras
de borossilicato ou cerâmica.
O filtro também pode funcionar como retentor de
umidade e ter junto um purgador.
Lubrificadores:
Certos equipamentos necessitam de uma lubrificação que
reduza o atrito e proteja as peças contra a oxidação.
A solução é misturar pequena quantidade de óleo no ar
comprimido. Isto é feito nos lubrificadores de ar.
Um lubrificador deve manter constante a relação óleo-ar
para que não haja deficiência ou desperdício de óleo.
Reguladores de pressão:
Há equipamentos e ferramentas que operam a pressões inferiores à da rede.
Um regulador de pressão permite uma regulagem exata e constante da pressão
secundária durante flutuações de pressão do alimentador e mudanças na vazão do
ar comprimido.
A válvula de controle é comandada por um diafragma que a abre contra a carga de
uma mola ajustável quando uma pressão secundária decrescente atua sobre a base
do diafragma.
Um regulador de pressão faz parte da unidade de tratamento de ar, “FRD”,
constituída de um filtro de ar (FIL), um regulador de pressão (REG) e um
lubrificador (DIM).
Unidade de tratamento de ar:
Admissão do ar no compressor:
É indispensável que o ar, antes de penetrar no compressor, passe por um filtro para
que partículas de pó abrasivas tenham acesso à câmara de compressão do
compressor.
A tomada de ar deve estar num local sombrio e com boa ventilação natural para
que o ar seja admitido na temperatura mais baixa possível.
A perda de carga no tubo de aspiração de ar não deve ser superior a 25 mm de
coluna de água, excluindo-se o filtro.
A tomada de ar deve ficar a pelo menos 3 m acima do nível do terreno e, se
possível, ficar à mesma distância das paredes adjacentes.
A velocidade do ar no tubo de aspiração
deve ser de:
• 5 a 6 m/s para compressores de simples
efeito e tubo de aspiração com menos de
6 m;
• 6 a 7 m/s para os compressores de duplo
efeito.

O dimensionamento do tubo de aspiração


pode ser feito usando-se o diagrama ao lado.
Filtro de ar:

Na linha de aspiração do ar do compressor, deve haver um filtro que retenha


partículas sólidas carregadas pelo ar.

O filtro deve ser localizado


próximo ao compressor e com
fácil acesso para inspeção,
manutenção e limpeza.
Os filtros mais comuns para compressores de ar são:
• Filtro de papel impregnado
Para compressores de pequena e média capacidade;
com eficiência de 99% quando novo; perda de carga
de 25 a 35 mm de coluna de água.
• Filtros impregnados de óleo
Feito com várias camada de tela metálica umedecida
com óleo; devem ser limpos após 50 a 100 horas de
uso.
• Filtros de feltro
O feltro é suportado por uma tela metálica; filtra até
30 m3/min.
• Filtros de óleo
semelhante aos filtros de linha de ar comprimido.
Válvulas:
Tipos de válvulas para instalações de ar comprimido:
V. de esfera: para bloqueio,
até o diâmetro de 2”.
V. de gaveta: para bloqueio,
diâmetros acima de 2”.
V. de globo e de agulha: para regulagem de ar. Provocam grandes perdas.
V. de diafragma: são excelentes para regulagem. Pequena perda de carga. Para ar
não muito quente para não deteriorar o diafragma rapidamente.
V. de redução de pressão:
• de ação direta: graduação manual com parafuso sobre a mola e o diafragma.
• de atuação por pistão, com válvula piloto interna.
V. de segurança:
permite a saída do ar quando a pressão atinge
valor especificado.
Secagem total de ar comprimido:

Ar comprimido desumidificado é utilizado em diversos setores da indústria.


A desumidificação se realiza passando o ar por um reservatório de pressão com
sustâncias químicas higroscópicas (sílica-gel, Si O2) e por filtros complementares.

• Instalação para pequena vazão de ar e operação intermitente:


Possui apenas uma coluna de desidratante cujo poder de adsorção é
recuperado aquecendo-a com um aquecedor elétrico, quando ela sai de operação.
• Instalação para médias e grandes vazões e operação contínua:
Enquanto uma coluna está em operação, a outra
está sendo recuperada, num revezamento a
intervalos regulares.
O próprio ar seco de saída (15 a 20 %) de uma
das colunas é usado na recuperação da sílica-gel
da outra coluna.
Observe a figura ao lado onde:
1) Filtro inicial retém partículas até 5 micra;
2) Filtro de carvão ativado retém óleo;
3) Desumidificador com sílica-gel;
4) Filtro final antes do ar ir para uso
(≈0,01 g/m3 de água)

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