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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTRADAS E FERROVIAS II

DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS

Jully Evany Oliveira Santos


Larissa Karine de Oliveira Santos
HISTÓRICO
■ Primeiro procedimento documentado: Hubbard-Field
- Originalmente desenvolvido para dosagem de misturas de areia e asfalto e
posteriormente modificado para aplicação em misturas com agregados
graúdos (Asphalt Institute, 1956);
■ Entre 1940 e 1995: 75% dos departamentos de transportes norte-americanos
utilizavam o método Marshall e 25% o método Hveem;
■ A partir 1995: Introdução do método Superpave que vem gradativamente
substituindo os outros dois;
HISTÓRICO
No Brasil:
■ Tem-se utilizado principalmente o método Marshall, ou suas variações;
■ O uso do método Superpave tem sido mais restrito a pesquisas no
âmbito das universidades do país.
“Os critérios de dosagem não são únicos, dependem do tipo de
mistura da tradição local, da disponibilidade de equipamentos de
maior ou menor evolução tecnológica. Uma dosagem racional será
aquela que, por meio de testes laboratoriais, procure elucidar o
processo de degradação do material que possivelmente ocorrerá em
pista.”

(BALBO, 2007)
· Trabalhabilidade (lançamento e compactação);

OBJETIVOS DA ·
·
Estabilidade (cargas estáticas ou móveis);
Durabilidade (teor de asfalto adequado);
DOSAGEM DE UMA · Baixa deformação permanente (trabalhar matriz

MISTURA pétrea);
· Pouca suscetibilidade à fissuração;

ASFÁLTICA · Vazios suficientes (com ar);


No quadro abaixo, apresenta-se uma aproximação do que seria razoável, em termos de
estudos para a formulação de misturas asfálticas adequadas, tendo em vista diversos
processos de degradação do material em serviço.

TIPO DE PATOLOGIAS A SEREM COMBATIDAS EM TIPO DE DOSAGEM APROPRIADA


PISTA

Exsudação, escorregamento lateral Estabilidade, fluência

Deformação plástica em trilhas de roda Deformação plástica, estática ou dinâmica

Fissuração por fadiga Ensaio dinâmico de fadiga

Reflexão de fissuras Ensaios combinados de fatura e fadiga


Quadro 1 - Possíveis critérios de dosagem de misturas asfálticas. (BALBO, 2007)
Durante a evolução dos procedimentos de dosagem, diversas formas de
compactação vêm sendo desenvolvidas. Dependendo do sistema:

As amostras podem ser: A compactação pode ser realizada por:

■ Cilíndricas ■ Amassamento
■ Trapezoidais ■ Vibração
■ Retangulares ■ Rolagem
Fonte: BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M.; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B..
Pavimentação Asfáltica: Formação Básica para Engenheiros. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ.
DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS UTILIZADOS
NA DOSAGEM
ESQUEMA PARA COMPREENSÃO DO USO
DOS PARÂMETROS FÍSICOS DOS
COMPONENTES - ASFALTO E AGREGADOS -
NA DETERMINAÇÃO DE:

■ MASSAS ESPECÍFICAS (APARENTE E


EFETIVA)
■ VAZIOS DE AR
■ TEOR DE ASFALTO ABSORVIDO
DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS
■ DOSAGEM DE MISTURAS DENSAS
+ MARSHALL
+ SUPERPAVE

■ DOSAGEM DE TRATAMENTOS SUPERFICIAIS


+ CALIFÓRNIA
+ CAIXA DOSADORA
MARSHALL
ORIGEM
■ É o mais difundido e utilizado no mundo e foi desenvolvido por Bruce Marshall em
1939;

■ A norma do DNER-ME 043/1995 (Misturas betuminosas a quente – ensaio Marshall),


normalmente referida como procedimento adotado para determinação do teor de
ligante asfáltico, aponta somente o método de execução do ensaio de estabilidade e
fluência;

■ Já a norma ABNT-NBR 12891:1993 - cancelada - (Dosagem de misturas betuminosas


pelo método Marshall), apresenta o procedimento de dosagem de mistura asfáltica, e
aponta a forma de obtenção do teor de ligante asfáltico de projeto.
ORIGEM
■ Marshall (impacto) -> Superpave (amassamento);

■ Problemas -> Excesso de ligante;

■ Exsudação devido à pós-compactação causada pelo tráfego;


PASSO A PASSO
■ Determinação das massas específicas reais do cimento asfáltico de petróleo (CAP) e
dos agregados;

■ Seleção da faixa granulométrica a ser utilizada de acordo com a mistura asfáltica;

■ Escolha da composição dos agregados, de forma a enquadrar a mistura nos limites da


faixa granulométrica escolhida, sem considerar o teor de asfalto;

■ Escolha das temperaturas de mistura e de compactação, a partir da curva


viscosidade-temperatura do ligante escolhido;
PASSO A PASSO
■ Adoção de teores de asfalto para os diferentes grupos de CPs a serem moldados.
Cada grupo deve ter no mínimo 3 CPs. Conforme a experiência do projetista, para a
granulometria selecionada, é sugerido um teor de asfalto (T, em %) para o primeiro
grupo de CPs. Os outros grupos terão teores de asfalto acima (T+0,5% e T+1,0%) e
abaixo (T-0,5% e T-1,0%);

■ Após o resfriamento e a desmoldagem dos corpos de prova, obtêm-se as dimensões


dos mesmos (diâmetro e altura). Determinam-se para cada corpo de prova suas
massas seca (MS) e submersa em água (MSsub);

■ A partir do teor de asfalto do grupo de CPs em questão (%a), ajusta-se o percentual


em massa de cada agregado;
PASSO A PASSO
■ Com base em %n, %a, e nas massas específicas reais dos constituintes (Gi),
calcula-se a DMT correspondente ao teor de asfalto considerado (%a) usando-se a
expressão a seguir:
PASSO A PASSO
■ Cálculo dos parâmetros da dosagem para cada CP, conforme as seguintes expressões:
PASSO A PASSO
■ Os parâmetros volumétricos a seguir devem ser sempre calculados com valores de
Gmb médio de três corpos de prova:
PASSO A PASSO
■ Após as medidas volumétricas, os corpos de prova são submersos em banho-maria a
60°C por 30 a 40 minutos. Retira-se cada corpo de prova colocando-o imediatamente
dentro do molde de compressão. Determinam-se, então, por meio da prensa Marshall,
os seguintes parâmetros mecânicos, objetivando uma curva com resultado:

+ Estabilidade (N): carga máxima a qual o corpo-de-prova resiste antes da ruptura;


+ Fluência (mm): deslocamento na vertical apresentado pelo corpo de prova
correspondente à aplicação da carga máxima.
https://www.youtube.com/watch?v=X_DFj8LosOk

Corpos de prova
submersos em água a
Molde de compressão
60ºC

Prensa Marshall
Curva resultante do
ensaio
PASSO A PASSO
■ Com os valores obtidos, são plotadas seis curvas em função do teor de asfalto que
podem ser usadas na definição do teor de projeto.

Teor de asfalto x Massa específica aparente (g/cm³)


x Massa específica máxima teórica (g/cm³)
x Volume de vazios (%)
x Vazios do agregado mineral (%)
x Relação betume/vazios (%)
x Estabilidade (N)
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE PROJETO DE LIGANTE ASFÁLTICO
■ Há diversas alternativas para a escolha, e observa-se distinção de procedimentos
para definição do teor de projeto dependendo do órgão, empresa ou instituto de
pesquisa;

■ É comum a escolha se dar a partir da média de três teores associados à máxima


estabilidade Marshall, à massa específica aparente máxima da amostra compactada
e a um Vv de 4% (ou média das especificações);

■ Outra forma de se obter o teor é fazendo uso somente dos parâmetros Vv e RBV;

https://www.youtube.com/watch?v=3rQX5q2QTLk
SUPERPAVE
ORIGEM

- Estudo do Strategic Highway Research Program (Década de 80)


- Rodovias norte americanas de tráfego pesado passaram a
evidenciar deformações permanentes prematuras (excesso de
ligante);
- Compactação por impacto produzia CP’s com densidades que
não condiziam com as do pavimento em campo.
SUPERPAVE

Sigla correspondente a SUperior PERformance Asphalt PAVEments


(Pavimentos Asfálticos de Desempenho Superior) correspondente a uma série
de métodos desenvolvidos no Strategic Highway Research Program (SHRP –
Programa Estratégico de pesquisas rodoviárias/EUA).

NORMA DNIT 178/2018 - PRO


NÍVEIS DE PROJETO
No procedimento Superpave-SHRP há três níveis de projeto de mistura dependendo do tráfego e da
importância da rodovia, conforme indicado na tabela abaixo:

Nos Níveis 2 e 3, ensaios baseados em desempenho são conduzidos para otimizar o projeto a fim de
resistir a falhas como deformação permanente, trincamento por fadiga e trincamento à baixa
temperatura.
COMPACTAÇÃO
POR AMASSAMENTO (GIROS)
CGS – Compactador Giratório Superpave

■ Ângulo de rotação de 1,25 +/- 0,02°;


■ Taxa de 30 rotações por minuto;
■ Tensão de compressão vertical durante
a rotação de 600kPa;
■ Capacidade de produzir
corpos-de-prova com diâmetros de
150mm e 100mm.
DURANTE A COMPACTAÇÃO (DNIT 178/2018 - PRO)
■ Determinação da densidade relativa corrigida pela equação:

ONDE:
Cn = densidade relativa corrigida em qualquer giro - n, durante o processo de compactação, expressa como
uma porcentagem da densidade máxima teórica;
Gmb = massa específica aparente do corpo de prova extraído;
Gmm = densidade máxima teórica da mistura (amostra de referência);
hm = altura do corpo de prova registrado no giro final, mm; e
hn = altura do corpo de prova registrado em qualquer giro durante o processo de compactação, mm.
Os esforços de compactação Ninicial e Nmáximo são usados para se avaliar a
compactabilidade da mistura.

Nprojeto é usado para se selecionar o teor de ligante de projeto.

Esses valores são função do tráfego (N), e variam conforme a tabela:

Fonte: NORMA DNIT 178/2018 - PRO


Análise da curva de densidade versus número de giros, para definição das propriedades
volumétricas (Nproj) e parâmetros da qualidade da mistura quanto à trabalhabilidade
(Nini) e a tendência a problemas de fluência ou deformação permanente (Nmáx).
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE PROJETO – SUPERPAVE

1. Escolha de 3 composições granulométricas


2. Compactação de corpos-de-prova (2CP’s por mistura)
3. A partir das misturas experimentais se obtêm as
propriedades volumétricas:
- Vv
- VAM
- RBV
4. Verifica-se também a proporção pó/asfalto (p/a)
- 0,6 e 1,2
5. Quantidade de ligante: 4% de vazios no nº de giros de projeto
- Caso não ocorra na mistura experimental, faz-se estimativa por meio de fórmulas empíricas.
- Teor de ligante usado para atingir os 4% de vazios.

6. Obtenção do teor de ligante estimado.


7. Seleção do teor de ligante asfáltico de projeto:
- Confecção de CP’s no teor de ligante estimado

8. CP’s são novamente compactados no Nprojeto e propriedades


volumétricas correspondentes são obtidas.
9. Teor final de projeto correspondente a um Vv = 4%
cCONSIDERAÇÃO
O compactador giratório propicia a formação de uma estrutura do esqueleto pétreo mais
próximo do que se obtém no campo, com os procedimentos de compactação típicos de uma obra de
pavimentação. Por isto, deve ser usado preferencialmente, tanto na dosagem quanto na preparação
de corpos de prova, para os ensaios mecânicos.

NOTA: Se o ligante for o asfalto-borracha o equipamento Marshall é o mais indicado.


DOSAGEM DE
TRATAMENTOS
SUPERFICIAIS
REVISÃO - DEFINIÇÃO

O tratamento superficial é
um revestimento flexível de
espessura delgada,
executado por espalhamento
sucessivo de ligante asfáltico
e agregado, em operação
simples ou múltipla, sendo
classificado em dois tipos:
REVISÃO - TIPOS

■ Tratamento Superficial Simples (TSS): inicia-se pela aplicação do ligante, sendo recoberto
em seguida por uma única camada de agregado. O ligante penetra de baixo para cima no
agregado (penetração invertida).

■ Tratamento Múltiplo: inicia-se pela aplicação do ligante que penetra de baixo para cima
(penetração invertida) na primeira camada de agregado, enquanto a penetração das camadas
seguintes de ligante é tanto invertida como direta. A espessura acabada é da ordem de 10 a
20mm. Os tratamentos múltiplos dividem-se em tratamento superficial duplo (TSD) e
tratamento superficial triplo (TST).
DOSAGEM DE TRATAMENTOS SUPERFICIAIS
Atualmente, há um número considerável de métodos para dosagem dos materiais para
este tratamento. Em geral são considerados parâmetros relacionados ao tamanho do
agregado:

+ Método de Linckelheyl: diâmetro médio;


+ Método do Asphalt Institute: diâmetro médio “ponderado”;
+ Método Califórnia: tamanho máximo efetivo (# 90%);

● Método experimental direto com o uso de uma caixa dosadora;


MÉTODO CALIFÓRNIA

AGREGADO POR CAMADA (litros de agregado solto/m²):

São feitos os cálculos do:

1º - Tamanho Máximo Efetivo (TME) = D90 (mm)

2º - Volume a ser Fixado (Vf) = 0,70xD90 (L/m²)

3º - Volume a ser Espalhado (Ve) = 0,80xD90 (L/m²)


MÉTODO CALIFÓRNIA

LIGANTE POR CAMADA

São feitos os cálculos do:

4º - Volume de CAP = 0,07 Vf + K (L/m²)

onde K = Superfície (rica = 0 ; normal = 0,33 ; pobre = 0,5)

5º - Volume de EMA (Vema) = Vcap / 0,65) x 100 (L/m2)


MÉTODO EXPERIMENTAL DIRETO - USO DE CAIXA DOSADORA

■ É usada uma caixa dosadora (800 × 250 × 40mm), idealizada por Vaniscotte e Duff
(1978a, 1978b);

■ A dosagem ótima é a que corresponde à ausência de exsudação e o mínimo de rejeição


de agregado da última camada do tratamento, o que é possível a partir do uso de um
simulador de tráfego de laboratório, onde rodas padronizadas solicitam o tratamento
construído em placas experimentais.
MÉTODO EXPERIMENTAL DIRETO - USO DE CAIXA DOSADORA: EXECUÇÃO

■ Espalha-se o agregado sobre o fundo da caixa,


em posição horizontal, de modo a formar um
mosaico igual ao que se deseja construir na
pista;
■ Coloca-se então a caixa na posição vertical e
lê-se a taxa de agregado, em litro/m², na
graduação indicada na tampa transparente da
caixa ;
MÉTODO EXPERIMENTAL DIRETO - USO DE CAIXA DOSADORA: EXEMPLO

A seguir, um exemplo de método experimental direto para um TSD que Pinto (2004)
apresenta:

Dados:

+ Pt = 9,019kg (massa da bandeja ou placa com o agregado da primeira camada)


+ Pp = 3,593kg (massa da bandeja ou placa)
+ A = 0,32m² (área da placa)

Calcula-se a taxa de agregado graúdo da primeira camada (Tg):


MÉTODO EXPERIMENTAL DIRETO - USO DE CAIXA DOSADORA: EXEMPLO

Tem-se que a taxa de agregado miúdo (Tm) é aproximadamente metade da taxa de agregado
graúdo, portanto, Tm = 9kg/m².

Taxa total de agregados:

Tt = Tg + Tm = 17 + 9 = 26 kg/m²

Taxa total de agregados em litros/m², sabendo que massa específica aparente solta do agregado
é 1,35g/cm³:
MÉTODO EXPERIMENTAL DIRETO - USO DE CAIXA DOSADORA: EXEMPLO

Esse volume é dividido entre os dois banhos, assumindo-se como regra prática que 60% do valor
é colocado no 1º banho de ligante e 40% no 2º banho:

1º banho de ligante (60%): 1,2 L/m² ⇒ 1ª camada de agregado: 17 kg/m²

2º banho de ligante (40%): 0,7 L/m² ⇒ 2ª camada de agregado: 9 kg/m²


REFERÊNCIAS
BALBO, Jose Tadeu. Pavimentação asfáltica: materiais, projeto e restauração. São Paulo; Oficina de Textos, 2007.

BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M.; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B.. Pavimentação Asfáltica: Formação Básica. para
Engenheiros. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ.

DNIT 178/2018 - PRO - Pavimentação asfáltica - Preparação de corpos de prova para ensaios mecânicos usando o compactador
giratório Superpave ou o Marshall – Procedimento.
OBRIGADA!

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