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Opióides endógenos;
Receptores opióides;
Mecanismo de analgesia;
Hiperalgesia, tolerância e dependência;
Farmacocinética e farmacodinâmica;
Metabolismo;
o Atentar para pacientes com hepatopatias e/ou afecções renais. Ex.: Droga de
metabolismo hepático em pacientes com insuficiência hepática → alteração da
farmacologia da droga. O mesmo raciocínio aplica-se aos pacientes com insuficiência
renal submetidos ao uso de drogas que são metabolizadas ou excretadas através do
sist. renal.
Interações farmacológicas;
o Os principais efeitos colaterais dos opioides estão associados com os sedativos. Entre
os efeitos mais indesejados estão a depressão respiratória → efeito mais temido, é
fatal. Qualquer médico que vá aplicar algum opioide, seja fentanil, morfina ou algum tipo
mais potente, tem medo de provocar tal efeito. A associação com os sedativos
hipnóticos gera a sua função de diminuir o estado de consciência do paciente e podem
intensificar o efeitos que a droga proporciona, ou seja, sedação profunda.
Representantes;
o Ex.: Morfina, codeína, tramal.
Agentes de reversão.
o Existem drogas que são antagonistas dos opioides, ou seja, são usadas para reverter
os efeitos colaterais dos mesmos.
OPIÓIDES ENDÓGENOS/RECEPTORES
MECANISMOS DE ANALGESIA
OPIOIDES | TURMA 73 2
Os opioides agem tanto de forma central como de forma periférica para o controle da dor. Estes
mecanismos são muito complexos. Contudo, é importante saber que a principal via de ação do
opioide é a via central, tanto espinhais (corno dorsal da medula) como supra espinhais (sub.
cinzenta periaquedutal, amígdalas, córtex somatossensorial que ativam vias inibitórias
descendentes).
Esta informação apresenta importâcia clínica evidente → Ao fazer uma raqui ou peri é muito
mais efetivo do que fazer IV. Desta forma, observa-se maior efetividade se colocarmos o opioide
em contato direto com SNC.
Três características associadas ao uso dos opioides. São indesejadas, mas devido a sua
presença é necessário que as reconheçamos a partir dos seguintes conceitos:
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Tolerância aguda aos efeitos de uma droga, devida a uma causa farmacodinâmica que se
desenvolve rapidamente, é denominada taquifilaxia.
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA
Estas drogas fazem parte do grupo das piperidinas e mais na frente falarei mais a vocês sobre
elas. São drogas potentes, controlam bem a dor, mas rapidamente levam a depressão
respiratória. Não prescrever em enfermarias, ambulatórios, domicílio. Administrar em ambiente
bem controlado.
A morfina por sua vez, tem pico de ação em torno de 90min, é importante saber disso para não
ocorrer superdosagem e durante o pico causar queda da função respiratória. Ex.: Faz dosagem
sobre dosagem (30/30min) para tentar “controlar” a dor e após 90min das três doses – exemplo
– administradas teremos o pico de ação da morfina levando a depressão respiratória.
Em 10 a 15min depois iremos observar cerca de 50% de sua ação. O que podemos fazer para
promover o controle da dor nestes pacientes? Associação de drogas amplifica o efeito positivo e
reduz os efeitos colaterais de cada droga. Ex.: Dipirona, ketamina, midazolan → potencializa o
efeito analgésico sem aumentar tanto o efeito depressor respiratório).
O único opioide que entra em equilíbrio rapidamente após a infusão é o remifentanil. Os demais
demoram horas. Se passarmos 2-3 horas infundindo um opioide que não seja ao remifentanil, a
concentração plasmática estará sempre aumentando.
Repercussão negativa ao final do procedimento se você precisar despertar o paciente ou
necessitar acabar com o efeito do opioide rapidamente. Em resumo, isto acontecerá porque a
droga está se acumulando. Normalmente, ela estará se distribuindo, pois, apresenta perfil muito
lipossolúvel. Desta forma, ao administrarmos as outras drogas em infusão contínua elas vão se
acumulando e ao desligar a infusão os tecidos periféricos que inicialmente serviram para coletar
o opioide irão servir posteriormente como fonte para aumentar a concentração plasmática.
Remifentanil – melhor perfil para a infusão contínua, cerca de 10min após a parada da infusão o
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efeito da droga é cessado, para tanto, é utilizado no controle INTRAOPERATÓRIO da dor .
Como obsevado no gráfico (c). É muito positivo em um ambiente anestésico cirúrgico.
1. No controle pós-operatório da dor – bloqueio de neuroeixo, peridural, morfina, fentanil. Drogas
que tem um perfil de demora maior, um tempo prolongado de ação.
Apenas fazer infusão contínua de opioides em pacientes de UTI e em ambiente de anestesia, no
paciente de enfermaria se faz em bolus.
Ainda é aceitável para a infusão contínua o Fentanil, Alfentanil e Sulfentanil, mas não são
drogas tão adequadas, pois, ainda exibem resistência ao despertar rápido do paciente, a
exemplo de procedimentos cirúrgicos em seu término (no qual eu precido acordar o meu
paciente). O alfentanil e o sulfentanil demoram 40, 50, 60min dependendo do tempo da cirurgia,
não são drogas tão adequadas para o ambiente anestésico cirúrgico. Mas não são totalmente
“excluídas”, a exemplo de seu uso em cirurgias cardíacas. Podem ser utilizadas em cirurgia
cardíaca, pois, o paciente não é extubado imediatamente ao fim da cirurgia – o paciente vai
intubado para a UTI – o que justifica utilizar opioides de ação mais prolongada.
OPIOIDES | TURMA 73 4
Essa imagem reflete o perfil da farmacodinâmica, droga chegando no sitio efetor e o que ela vai
fazer. O principal efeito desejável do opioide é a analgesia. Já entre os efeitos indesejáveis,
destaca-se a depressão respiratória. Entretanto, existem vários outros efeitos alternativos
desejáveis e indesejáveis expostos a seguir:
Positivos: Controle da tosse (morfina e codeína), controle do tremor em situações de hipotermia,
por exemplo (meperidina – NÃO UTILIZE PARA O CONTROLE DA DOR).
Negativos:
o Sedação.
o Euforia → causada pela meperidina por efeito do metabólito ativo normeperedina,
pois, pode causar CONVULSÃO. Por isso não se utiliza mais – além de ser um
opioide fraco. Causava tais efeitos principalmente pelo hábito de repicar as doses,
sendo produzidas cada vez mais níveis maiores de normeperidina. Muito associada ao
risco de dependência.
o Náuseas e vômitos → tramal – principalmente se for feito direto na veia – DILUIR EM
SORO DE 100/500mL e associar o antiemético (ex.: Nalsedron é administrado antes
do tramal diluído). Sintoma que causa mais angústia no paciente em pós-operatório.
o Vasodilatação, bradicardia e hipotensão (Piperidinas – Fentanil, sulfentanil, alfentanil).
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METABOLISMO
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
REPRESENTANTES
Mais comuns são: morfina, codeína e tramal. Fora do ambiente anestésico-cirúgico estas são as
drogas mais utilizadas.
Para o anestesista e dentro do ambiente anestésico-cirurgico são as piperidinas → opioides fortes.
Ex.: Alfentanil, fentanil, remifentanil, sulfentanil.
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Alfentanil e remifentanil são os que têm o pico de ação mais rápido. Alfentanil é indicado para
indução em sequencia rápida – Quando o paciente está com estômago cheio. Se não utilizados
aqueles que apresentam picos de ação mais rápidos o paciente irá dessaturar.
Para indução em seq. rápida, na prática, ou não faz opioide – técnica clássica – ou utiliza
aqueles de ação mais rápida.
Na indução eletiva se utiliza o Fentanil, pois, ele é mais cardioestável que o alfentanil.
Morfina: Tempo de ação de 90min, logo, se não resolver com morfina, deve-se associar outras
drogas (Midazolam, cetamina, dipirona). Midazolan e morfina são uma associação de sucesso
para prevenir a depressão respiratória.
o Quando falamos em depressão respiratória falamos em depressão respiratória central,
mas seda o paciente. Esse efeito é consequência da falta de conhecimento da
farmacologia da droga.
o Quando falamos em obstrução respiratória nos referimos a, por exemplo, pacientes
obesos que podem deprimir com fentanil fazendo com que a língua caia e obstrua a via
aérea.
Outros estão descritos acima na tabela.
Dor que não foram controladas com analgésicos mais comuns, iniciamos a tentativa de seu
controle por opioides fracos como codeína ou tramal → início do escalonamento do opioide.
PCA → bomba que infunde a droga acionada pelo paciente. Médico controla os parâmetros da
bomba (dose, taxa e tempo, se em bolus ou infusão contínua, etc).
Doses médias – doses variam muito de serviço para serviço e também variam de acordo com a
experiência do profissional. Quanto mais eu me sinto seguro em dominar as informações sobre
os efeitos colaterais de cada droga mais me sinto seguro quanto a execução da técnica.
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AGENTES DE REVERSÃO
VO
IV
Utilizada no fim das cirurgias. Não gera depressão Drogas menos utilizadas, são opioides mais
resp., mas tbm não faz um controle tão efetivo da fracos. Ex.: Quando há um receio maior que o
dor porque o principal receptor é o µ. paciente faça dep. resp.; quando o paciente
será deixado na enfermaria e não há alguém
que o monitorize regularmente; cirurgias não
muito dolorosas.