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O lado oculto de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa é reconhecido pela sua criação literária, mas não é nesta perspectiva que
vamos

abordar o escritor, ainda que enriquecedora e legítima de exploração. É o seu lado oculto que

estamos interessados em analisar.

Desde tenra idade, Fernando Pessoa sentiu um apelo muito forte pelo lado espiritual e na

adolescência começou a aprofundar os diversos campos do ocultismo. A sua imaturidade ainda


não

lhe permitia encarar o ocultismo como uma relação com ordem do Universo. Foi a partir da
leitura

de algumas obras teosóficas, que ficou encarregue de traduzir, que Fernando Pessoa começou
a

assumir a possibilidade de um conhecimento espiritual completo e verdadeiro. O seu interesse

levou-o a explorar também a Cabala, a Maçonaria, os Templários, etc. A sua primeira


experiência

espiritual foi através do Oculto. Só mais tarde o escritor assumiu uma posição crítica em
relação

ao mediunismo: foram inúmeras as consultas que fez aos espíritos, por um lado com o intuito
de

ficar a saber sobre coisas triviais, como o amor e o dinheiro, mas essencialmente para
descobrir

sua missão enquanto indivíduo.

A partir de 1917/18, Pessoa escreve o seu já conhecido relatório “Um caso de mediunidade”,
que

fala dele próprio e do seu afastamento de tais práticas, para se abrir a um invísivel, que

desconhecemos o que é, mas sabemos não ser controlado pela vontade.

Numa carta enviada à sua tia Anica, Pessoa conta as suas vivências espirituais, referindo-se a

experiências como a escrita automática e a aura magnética, que o escritor consegue


reconhecer

não só nas pessoas mas também em si próprio. Essas visões não o incomodavam e despertam-
lhe a
curiosidade. Tinha já profundos conhecimentos da Teosofia e acreditava que estava a ser
guiado

por um mestre desconhecido, numa iniciação aos seus sentidos superiores.

A dúvida poderá levar-nos a perguntar se espiritualismo pessoano não se tratava apenas de


uma

mistificação. Apenas podemos afirmar que Fernando Pessoa assumiu o caminho espiritual
desde

muito cedo inspirando-o até á sua morte. A sua missão na sociedade portuguesa da altura,

atrasada e materialista, foi a de um escritor que tenta quebrar a estagnação do meio, abrir

sensibilidades e sugerir melhores formas de vida.

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